Você já deve ter visto um filme que gostou muito, ou odiou muito, e ao conversar com um amigo ele jogou um pequeno balde de água fria, dizendo que o livro/jogo/quadrinho/série é melhor, e trazendo dezenas de referências e comparações que você mesmo nem imaginava. Pois é, caso não tenha um amigo assim, você é esse amigo. E se não é, passará a ser depois dessa lista.
Aqui irei resumir todos os Filmes, sem exceção, que adaptaram Jogos de Vídeo Game pras telonas. Contudo, pra lista não ficar bagunçada de mais, meu foco serão filmes "live-action" ou animações em CGI. Existem muitas animações 2D que acabam tendo pesos canônicos bem diferentes dos longa metragem convencionais, mas eu não as deixarei de fora, e farei breves citações.
A lista também estará em Ordem de Lançamento, assim da pra fazer um paralelo cronológico de como a história desse tipo de arte se desenvolveu ao longo dos anos, e como tudo pode voltar a acontecer em breve.
Com o recém sucesso da Nintendo em sua nova empreitada cinematográfica com Mario, é de se esperar que muitos outros filmes surgirão nos próximos anos, baseando-se na mesma fórmula. Porém, não é a primeira vez que isso ocorre, e é bem comum haverem filmes adaptando jogos. Aliás, engraçado que a nova "revolução cinematográfica gamer" partirá de uma animação da Nintendo, pois foi a Nintendo que começou com a primeira grande "revolução cinematográfica gamer".
Super Mario Bros - O Filme (1993) -
Ação/Humor/Aventura
Em 1993 surgiu o primeiro filme adaptando um jogo, e veio justo da Nintendo. O filme em si foi feito pela Lightmotive junto da Disney, mas utilizaram (com a devida permissão) o personagem mais famoso da empresa na época, com a ideia de torna-lo mais palpável, real e físico. Assim nasceu a primeira, e pra muitos a pior adaptação de games já feita (começando legal), mas que pra mim é uma das melhores.
Super Mario Bros é uma versão com pessoas reais dos jogos do Mario, que buscou retratar o universo colorido do jogo, de um jeito "invertido". Levaram a sério de mais o conceito de realidade, e fizeram todo o possível pra justificar e converter tudo que tinha no jogo de plataforma, em uma obra de Ação e Humor Pastelão, em um ambiente cyberpunk. Aliás, fiz um post sobre este filme e o quanto eu o admiro, só clicar aqui: Super Mario Bros - O Filme de 1993.
Double Dragon -
Ação/Ficção
Largada dada, começaram as adaptações genéricas buscando levar o que tinha nos consoles, para as telas de cinema. A princípio seguiram a risca a fórmula inicial, com filmes como Double Dragon, lançado em 1994.
Ele foi inspirado no jogo de mesmo nome, um Beat'em Up de sucesso, que rendeu um filme de Ação e Ficção Científica, com Humor também, e um enredo mais encorpado do que os jogos ofereciam. Era a época dos filmes de pancadaria, então um jogo desse estilo combinou mais com a ideia de tornar real.
Street Fighter - A Última Batalha -
Ação/Luta
No mesmo ano, surgiu "Street Fighter - A Última Batalha", seguindo a lógica de Jogo de Luta convertido em Filme de Ação, pegaram principalmente Street Fighter II e tentaram criar uma narrativa mais arrojada que aquela vista no sistema de combates do jogo (que aliás, nem tinha história, apenas conceito).
O filme feito nos EUA botou como protagonista o personagem americano Guile, interpretado por Jean Claud Van Damme, ao invés dos Ryu e Ken (Byron Mann e Damian Chapa) que ficaram com papeis reduzidíssimos (e todos sabemos que eles são os reais protagonistas!).
Numa trama complexa envolvendo guerra e dominação mundial desejada por M. Bison (por Raúl Juliá, um Bison/Vega magrinho), a adaptação tenta levar a ação dos jogos para o cinema, e não fez um trabalho tão feio (na verdade foi sim, mas se tornou nostálgico). Aliás, tentaram até emplacar um jogo baseado no filme, baseado no jogo! Mas usaram uma técnica que imitava o que foi feito na concorrência, e não ficou nem um pouco legal. Falando em concorrência...
Mortal Kombat - 1995 -
Ação/Luta/Ficção
Em 1995 surgiu ele, Mortal Kombat, filme inspirado nos jogos de luta mais violentos da época, e dirigido por Paul W. S. Anderson. Ele teve como base o primeiro jogo da franquia, mas é claro que com um enredo mais esticado, ao invés de vários Fatalities a torto e a direita, tendo até classificação indicativa pra 12 anos, o que deu uma censurada e minimizada no gore.
Contudo ele foi bem feito, nesse caso dando a devida atenção a cada personagem, e trazendo uma boa história, com boas cenas de luta e ação, além de claro, uma violência alta (não tão explícita quanto nos jogos). O melhor dele porém foi a música, a icônica trilha sonora de MK, eternizada e relembrada até os tempos de hoje.
Mortal Kombat: Aniquilação -
Ação/Luta/Ficção
Em 1997 continuaram a investir nessa franquia de luta, com o sucesso do primeiro filme, trazendo "Mortal Kombat: Annihilation", longa baseado no terceiro jogo, com elementos dispersos dos 4 títulos iniciais (principalmente personagens, cenários e referências).
Com uma troca de elenco estranha (pô, mudaram o Rayden!) o filme apostou mais em efeitos especiais (datados que só) pros combates e truques de câmera, apesar de ainda ser cheio de ação e lutas coreografadas, e de sangue. Os efeitos especiais foram a parte mais trágica do filme, se bem que o enredo foi terrível, e a qualidade das lutas caiu consideravelmente.
Pokémon - O Filme -
Animação/Aventura
É importante mencionar que todos esses filmes até então já tinham animações e shows televisivos inspirados nos jogos. Eles tiveram sua empreitada cinematográfica, mas antes mesmo eles tinham desenhos passando na televisão, assim como foi o caso de Pokémon. A jornada de Ash com seu Pikachu era um sucesso na época, e era uma adaptação tão boa do jogo de portátil, que além de gerar seu próprio jogo adaptado (falo melhor disso no artigo "Pokémon Red/Blue/Green/Yellow"), ainda alcançou os cinemas, dezenas de vezes. O primeiro filme, apesar de ser uma animação, é sem dúvidas o mais marcante da franquia: Pokémon - The Movie (Mewtwo Strikes Back).
Ele saiu em 1998, e fez todos chorarem junto do Pikachu, em uma aventura paralela aos eventos do show televisivo. Menciono ele pois é curioso de mais, uma vez que por conta do sucesso deste filme, uma lista gigantesca de filmes da série saiu nos cinemas, perdendo a força com o passar dos anos, mas continuando e insistindo na fórmula até os dias de hoje. São mais de 20 animações, e teve até remake... mas isso foge muito ao tema. Focarei nos live-action.
Wing Commander - A Batalha Final -
Combate Espacial/Ficção/Ação
Em 1999 a Fox lançou sua adaptação de um jogo de Simulação de Voo/Combate Espacial, o Wing Commander, num formato de Ficção Científica e Aventura Espacial, como um Star Wars da vida, mas sem a graça de um Star Wars da vida. Sem aliens, sem planetas, sem roteiro, mas com bons efeitos especiais, umas sequências de navinhas legais, e o Salsicha.
Eu nunca joguei Wing Commander, e está longe de ser um gênero que gosto, mas sempre admirei a capacidade visual de jogos de simulação, ainda mais os de Voo Espacial, e Wing Commander era um bom exemplo disso (apesar de ter envelhecido muito mal). O filme era muito promissor, com elenco no auge na época, e um orçamento decente, mas deixou muito a desejar, com um roteiro fraco, e uma ficção barata e genérica.
Final Fantasy: The Spirits Within
Ficção Científica/Animação
"Focarei nos live-action" e já venho pra um filme TOTALMENTE em CGI. É que este é um caso importante do cinema, pois foi o primeiro filme inteiramente feito com CGI simulando pessoas reais, e apesar de hoje em dia ser algo comum (até mesmo pelas tecnologias e IAs de captura de movimento, faces e afins), naquela época isso foi um salto gigantesco em tecnologia.
Lançado em 2001, o filme é inspirado na franquia de jogos RPG da Square Enix, Final Fanasy, também feito pela própria Square e seu estúdio (Square Pictures, que foi descontinuado logo em seguida) e foi mais que uma adaptação, ele foi algo inovador, único, e revolucionário na indústria áudio visual. Pena que ele ainda tinha que ser uma boa adaptação, e seu enredo totalmente original e sem a menor relação com o que havia na série de jogos, deixou a desejar para os fãs.
O longa contava uma história completamente nova, em um mundo completamente novo, com fantasmas espaciais e uma ficção beirando o terror de tão sinistra, mas numa animação tão bela quanto as vistas nos jogos. A própria desenvolvedora dos jogos (que já se destacava pelas obras de arte em forma de animações incluídas nas cutscenes de seus títulos) criou o filme, e a decisão da originalidade não foge tanto assim ao que os jogos ofereciam, uma vez que Final Fantasy é marcado por ter um universo, um enredo e personagens únicos em cada jogo, sem os relacionarem (quase nunca).
Lara Croft: Tomb Raider -
Ação/Aventura
Também em 2001 saiu o primeiro filme de Lara Croft (com Angelina Jolie), a pior arqueóloga do mundo, mas a melhor espancadora de bandidos e pistoleira da nova era. A moça tinha treinamento de espiã, era rica, atraente, mas queria que queria vasculhar artefatos antigos estilo Indiana Jones.
O longa adaptou a série de jogos de Lara Croft feito pela Eidos, Tomb Raider, mas sem um jogo específico, também mirando numa adaptação mais original com roteiro próprio, preservando apenas as características superficiais da personagem, como suas habilidades com armas, sua sensualidade exagerada, e um pouco dos conceitos dos jogos de Aventura e Exploração de Tumbas, mas apostando muito mais em tiroteios com bandidos e viagem no tempo. E como praxe da época, enfiaram um "parceiro romântico" pra protagonista, e dedicaram a narrativa a isso, minando bastante de sua representatividade feminina.
Mas o filme se saiu bem, apesar de não ser dos melhore, e Angelina Jolie foi uma ótima Lara.
Resident Evil - O Hóspede Maldito -
Terror/Ação
Em 2002 chegou ele, que iniciaria a maior franquia de filmes adaptando jogos da história! Resident Evil de Paul W. S. Anderson, com Milla Jovovich (sua esposa) no papel de Alice, a protagonista, que jamais existiu nos jogos.
Acontece que a adaptação de Resident Evil se inspirou fortemente no enredo do primeiro jogo da franquia, que por si só era Survival Horror com poucos elementos de ação. Mas o longa optou por usar Personagens, Criaturas, Cenários, e até uma narrativa semelhante, como pano de fundo. O destaque foi Alice como a personagem principal, apenas passando pelos eventos dos jogos, mas numa perspectiva diferente, que alterava muitos eventos, e até mesmo tirava o holofote dos personagens originais dos jogos, sempre focando em Alice.
O filme porém é um ótimo exemplar de ação, com terror, cheio de zumbis e ficção.
House of the Dead
Terror/Ação
Pensa num filme genérico, repleto de atuações mal feitas, e efeitos especiais e práticos desastrosos! Este é House of the Dead, dirigido por Uwe Boll e lançado em 2003, é um thriller de ação com zumbis super poderosos, e bastante slowmotion. Ele mostra um grupo de jovens numa ilha tendo de sair na bala contra hordas de zumbis, intercalando o tiroteio com cenas dos jogos para que lembremos que é uma adaptação, pois em nada se parece com o jogo (nem em conceito).
Adaptação essa de uma série de jogos em Tiro em primeira Pessoa, em trilhos, onde o jogador tinha que usar um controle em forma de arma pra atirar na tela, enquanto os personagens se moviam sozinhos numa assombrosa aventura repleta de zumbis e monstros cada vez mais bizarros. A história? Tanto faz (tinha, mas era superficial, o legal era meter bala nos mortos vivos com a pistolinha do Arcade).
Lara Croft: Tomb Raider - A Origem da Vida
Ação/Aventura
Seguindo o que o primeiro filme fez, este traz Angelina Jolie mais uma vez como Lara Croft, metendo bala nos bandidos enquanto viaja pelo mundo e se apaixona. Aliás, a escolha da atriz foi justamente pelo apelo sexual semelhante ao dos seios poligonais de Lara nos jogos, que deixavam os jogadores malucos na época.
É uma história ainda mais genérica que a primeira, mas agora com Lara sendo praticamente uma agente especial não cadastrada, que quer salvar o mundo. Ele se diz adaptar os jogos, mas na verdade é um roteiro original, ancorado nos personagens dos jogos e alguns conceitos. Pelo menos ele tem mais tumbas.
Resident Evil 2: Apocalipse
Ação/Zumbis
Em 2004 Resident Evil voltou, e Alice também. Agora adaptando o enredo de Resident Evil 3, mas com a interferência da superpoderosa heroína esposa do diretor, eis que botam Jill Valentine de escanteio pra se tornar uma seguidora de Alice!
O filme já passa mais pro gênero ação aqui, com o terror sendo bastante reduzido. Armas viram o foco, e o que tem de Resident Evil 3 são apenas as referências supérfluas, e personagens que servem de elenco de apoio pra estrela principal. Tem zumbis, tem monstros, tem até o Nêmesis, mas não tem terror.
House of the Dead: A Casa dos Mortos 2
Zumbis
E fizeram de novo, mesmo com o fracasso do primeiro filme, financiaram uma segunda adaptação, agora dirigida por Michael Hurst, e mostra policiais indo até um campus pra impedir a propagação de um vírus zumbificador.
Em roteiro é melhor que o primeiro, inclusive lembrando o conceito narrativo do primeiro jogo da franquia (policiais tentando conter uma infecção, mas ao invés de uma mansão, é uma universidade) mas acaba caindo no clichê de filmes de terror e ação baratos, com atuações fracas, efeitos ruins, e um terror bem fraquinho, voltado pra gore plástico e zumbis caricatos.
Final Fantasy VII: Advent Children
Animação/CGI/Aventura
Eu sei, é outra animação, não é justo! Mas fazer o que, esse filme é histórico por uma razão que não posso ignorar: Ele continua os jogos.
Na verdade muitos filmes e animações foram lançadas com conteúdo cânone, mas no caso de Final Fantasy, este optou por dar continuidade a história vista em um dos muitos títulos, o VII, mostrando toda a capacidade gráfica da Square em seus projetos, e trazendo Cloud, protagonista somente de Final Fantasy VII, pra uma nova aventura (na verdade, complementar), pro deleite dos fãs.
O filme foi lançado em 2005, é muito bem feito e entretém mesmo aqueles que nem conhecem Final Fantasy VII. Pode não ser uma obra prima, mas merece ser listado como boa adaptação, até porque posteriormente o Remake deste jogo em particular usou como base as artes melhoradas do filme. O jogo original era um RPG de PlayStation 1 com personagens em 3D, mas um 3D bem simples e poligonal, que recebeu um baita upgrade no filme.
Doom: A Porta do Inferno -
Ação/Terror
Voltando pro gênero live-action, eis um dos melhores filmes do estilo, lançado em 2005 e com Dwayne Johnson (The Rock) no elenco, não como protagonista, mas num papel bastante importante e marcante. O filme mostra um militar viajando pra Marte por um portal, onde se junta a outros militares e explora uma antiga cidadela colonizada por um povo já extinto, onde descobre um vírus que transforma pessoas em monstros violentos e satânicos.
Poxa, o filme não tem absolutamente nada a ver com o jogo Doom em enredo, mas é uma baita adaptação dele em conceito, atmosfera e narrativa! Pois ele funciona muito bem como um filme de ação, terror e suspense, e apesar de seguir o clichê desses gêneros, ele é bem feito de mais, com um ar de ficção científica espacial, e criaturas bem viscerais e assombrosas.
O jogo em que se inspira é o primeiro Doom, um clássico de Tiro em Primeira Pessoa, com pessoas possuídas e demônios por toda parte que devem ser explodidos na base da bala, antes que saiam do planeta deles e invadam a Terra. Porém, juro que senti muito mais semelhança com Doom 3, e a escuridão constante do filme, junto com a sensação claustrofóbica dos ambientes fechados e isolados. Mesmo com os personagens em grupo, da medo pois os monstros podem vir de qualquer lado, ou situação, e atacar a qualquer instante.
Este filme faz o mesmo que House of the Dead, incluindo uma "cena do jogo" pra nos lembrar que é uma adaptação, porém nele isso ocorre de um jeito justificado, e é muito bem feito, com o personagem "entrando em primeira pessoa" e rendendo um momento found footage em CGI, dele metendo bala nas criaturas enquanto procura uma zona segura. É muito irado!
Alone in the Dark - O Despertar do Mal
Ação
Outro filme de Uwe Boll, este diz-se adaptar o jogo Alone in the Dark: The New Nightmare (o quarto jogo da franquia), mas em nada se parece com ele, reutilizando nomes de personagens, e alguns poucos conceitos da história. Ele falha, é cheio de erros de continuidade, nem de longe assusta, quem dirá empolga, e sua trama é "original", sem nem mesmo tentar entender a série de jogos.
O que é um jogo de Survival Horror que inspirou franquias inteiras (além da própria), sendo pioneiro no gênero, apenas se converteu em Ação, Tiroteio e Luta, numa adaptação relaxada e preguiçosa, de um diretor que já deixou claro o tipo de filme que gosta de fazer.
BloodRayne
Ação/Vampiros
Uwe Boll de novo? Okay o filme é ruim, próximo. Aliás, e se eu disser que eu não joguei o jogo por causa do filme!? Pois é, BloodRayne é ruim ao ponto de me afastar do nome e causar repulsa só em escuta-lo. É um filme de ação estilo Uwe Boll (só isso basta pra entender!), com um amadorismo esquisito de mais pra quem tá na terceira tentativa de adaptar um jogo pro cinema. Se passa na era vitoriana, com uma vampira se envolvendo com outros vampiros pra rastrear e matar mais um vampiro poderoso, através de alguns talismãs.
Agora o jogo é estilo Tiro em Terceira Pessoa e Hack&Slash lançado pra Ps2 e PC (a franquia foi pra mais plataformas, mas o filme se inspira no primeiro jogo... aparentemente, pois o enredo em nada se parece, nem mesmo é na mesma época), com uma vampira chamada Rayne, que é uma caçadora de criaturas sobrenaturais, e se alimenta dos inimigos depois de meter faca, tiro e esquarteja-los! O jogo só de ver soa excelente, uma pena que o conheci depois de assistir o longa.
Terror em Silent Hill
Survival Horror/Terror
Christophe Gans, um francês fã de Silent Hill, foi responsável por eu me tornar fã de Silent Hill, ao fazer este longa inspiradíssimo e apoiado na essência dos jogos. Este filme, lançado em 2006, deveria ser o exemplo que os demais filmes seguiriam. Falo tudo sobre a genialidade de Terror em Silent Hill no meu artigo: Silent Hill - O Filme.
Em resumo, ele adapta majoritariamente o primeiro jogo da franquia (com detalhes inspirados também no Silent Hill 2 e Origins), mas ele muda muito, criando um enredo semelhante em conceito, mas totalmente diferente em detalhes. Ele até mesmo mudou o protagonista (de homem pra mulher inclusive) pois teve uma percepção mais precisa do que funcionaria no cinema. Ainda assim, mesmo mudando tudo, ele conseguiu criar uma obra que honra sua versão em vídeogame, inspira, e atrai pros jogos, além de causar medo, mesmo pra quem nem sabe o que é Silent Hill. Foi o que ocorreu comigo.
Só conheci Silent Hill por causa da minha mãe que assistiu o filme comigo, e depois me vi mergulhado nos terrores e horrores psicológicos dessa franquia de Survival Horror. O legal, é que a obra de Chistophe chegou a influenciar os jogos principais da franquia, e elementos que ele criou se tornaram pseudo-cânones (eles inspiraram novas percepções e interpretações nos jogos que se seguiram, fomentando uma evolução no enredo da série como um todo). E tudo começou como um mero fã, que praticamente implorou pra Konami autorizar seu filme.
D.O.A. - Dead or Alive
Luta
Mulheres sensuais lutadoras de estilos diferentes, saindo na porrada em uma competição numa ilha... é isso mesmo?
Dead or Alive, o jogo no qual o longa se inspira, é de Luta em 3D (foi um dos percursores do gênero, vindo depois de Virtual Fighter e seguindo a mesma mecânica), e se formos considerar as referências e o estilo do filme para com o jogo, ele parece bem fiel. Claro que, a cafonice do roteiro, e exagero na sensualidade das personagens (que tecnicamente também havia no jogo...) pode ser bem negativo pra sua apreciação. Tem homens no jogo também tá, mas o destaque é pra física que aplicaram justamente na mulherada.
Resident Evil 3: Extinção
Ação/Zumbis
Este foi o filme que consolidou Alice como a protagonista definitiva do cinema, e é também o que tem um roteiro totalmente baseado nela, ou seja, é algo inédito e sem relação com a série de videogame. Porém, ele pega um nome ou outro de personagens conhecidos, e joga como coadjuvantes, só pra manter a marca.
O roteiro foca totalmente nos Zumbis, e ignora qualquer outra ameaça biológica possível, sendo mais uma história sobre sobreviventes ao apocalipse que varreu a humanidade, presentes num deserto e lutando contra o governo, que quer capturar quem? Alice! É um bom filme de ação com zumbis, mas nada se parece com Resident Evil, nem tem qualquer embasamento nos jogos. Porém, leva o título!
BloodRayne 2 - Liberação
Vampiros/Ação
Sim, em 2007 Uwe Boll trouxe mais uma pérola, que por incrível que pareça, não foi uma tragédia completa como suas investidas anteriores. É um filme mais bonito em cenário, com uma nova atriz no papel da vampira protagonista Rayne, e um roteiro se passando no faroeste! É ruim? É.... mas é melhor que o primeiro.
O tenso é que é mais um filme original, que não usa nada dos jogos que diz adaptar. Ele apenas conta a história da mesma vampira agora no velho oeste lutando contra mais vampiros, ao bom e velho estilo cowboy. De certa forma, mais parece que só botaram o nome do jogo pra vender, pois de semelhança nada há. Mas isso é bem comum inclusive... já achei até um filme de Evil Within que nada tinha a ver com o jogo. É fácil surfar na onda das adaptações de jogos, apenas pegando um roteiro da gaveta e trocando o título por se parecer com a sinopse do jogo...
Hitman
Ação
A Fox trouxe em 2007 um dos filmes que eu curto, mesmo não gostando tanto dos jogos. Irônico que, pra muitos ele não é uma boa adaptação, mas ele entrega tudo da franquia, num bom filme de ação, assassinato e espionagem, com reviravoltas e o carequinha com código de barras. Ele lembra muito Carga Explosiva e Busca Implacável, naquele modelo bacana de tiroteio urbano e lutinhas coreografadas, e o que eu mais gostei é que humanizaram um pouco o personagem, colocando ele pra confraternizar com uma coadjuvante.
Hitman é uma série de jogos lançada pela Eidos, de Furtividade, Assassinato e Estratégia, além de ter elementos de Tiro em Primeira Pessoa. No caso, o foco dele é se disfarçar, e executar os alvos da forma que quiser, usando os recursos do cenário sem ser capturado. O protagonista, o Agente 47, é sempre o mesmo, um cara careca com um código de barras na nuca, que anda de paletó e gravata vermelha, mas consegue se disfarçar em quem quiser, apenas trocando de roupa e botando um chapeuzinho.
Salve-se Quem Puder - Postal -
Humor/Ação
Acho que virou moda botar Uwe Boll pra fazer filmes de jogos e cagar tudo. Mas nesse caso fizeram de propósito pra ver quanta merda seria produzida, e a diarreia veio grande, no bom sentido.
Postal já é um jogo polêmico, onde o jogador controla um personagem em visão isométrica, e sai dando tiro em todo mundo, todo mundo mesmo, independente de quem seja. Eu sinceramente não entendia a razão das proibições do jogo em mais de 30 países, até saber que ele foi feito inspirado nos massacres famosos nos EUA, com até mesmo seu título sendo uma referência a isso, que vem da gíria norte americana Going Postal, que significa basicamente "Surtar", gíria esta resultante de um caso famoso onde um carteiro massacrou colegas de trabalho em um momento de raiva. O jogo pode não parecer nada de mais pelo visual simples, mas junto com sua inspiração, é difícil não detestá-lo.
Além disso, Postal², uma continuação dessa tosqueira, agora em visão em terceira pessoa, apenas elevou a arte de chocar pra um nível absurdo, com a possibilidade de realizar massacres atirando nas pessoas gratuitamente, urinar em seus cadáveres, e fazer tudo quanto é atrocidade, isso tudo no controle do protagonista, Postal Dude.
O filme também traz esse Postal Dude como protagonista, num dia ruim, mas em uma trama com humor negro envolvendo política, terrorismo, racismo, preconceitos de todos os tipos e violência. Nas mãos de Uwe Boll, pela primeira vez, viu-se um filme bem adaptado dos jogos que, nem precisava existir de tão tóxico.
Like a Dragon
Ficção Policial/Ação/Drama
Este é um filme que desconheço, e trata-se da adaptação de Yakuza, uma franquia que eu também desconheço. Ele foi lançado em 2007, e o título pode se confundir com o jogo da mesma franquia "Yakuza: Like a Dragon" que foi lançado bem depois do filme, sem relação alguma com o longa.
Aliás, Yakuza são jogos de ação estilo Beat'em Up, porém em 3D (e não naquele formato convencional isométrico horizontal). O jogador passeia por Tokio como um membro da Yakuza, cumprindo missões e lutando contra outros bandidos em um combate livre no meio da rua. O jogo acabou virando um RPG de turno justamente a partir de "Yakuza: Like a Dragon" (lançado em 2020) que por pura coincidência, tem o mesmo nome do filme adaptado muito antes.
O que sei dele é que é uma adaptação nipônica dirigida por um nome bastante familiar pra mim, Takashi Miike, que não chegou a ser lançada por aqui, mas é um filme bem aclamado como adaptação, ainda mais para quem conhece os jogos.
Ele aparentemente é fiel, replicando características tanto dos personagens, quanto do ambiente e seu enredo, inspirando-se no primeiro jogo da franquia. Porém ele tem uma narrativa própria, conduzida com ação, múltiplos protagonistas, e humor. Ele é marcado pelo exagero de certas cenas de ação, mas ainda condizente com tudo o que o jogo mostrava.
Vale dizer que Miike é um diretor importante nas adaptações de jogos, a se recordar posteriormente, pois ele pode acabar desenvolvendo um Live-Action de No More Heroes! Achei até curioso isso pois desconhecia completamente este fato, e acabei citando isso no artigo de No More Heroes 3, sem nem saber que a possibilidade era mesmo real.
Em Nome do Rei
Um Conto de Dungeon Siege
Fantasia/Ação
Sério que tem filme de Dungeon Siege?! Me sinto até mal agora por não ter curtido tanto assim o jogo, como falo no meu review... mas pera... Uwe Boll como diretor?! Vou passar pro próximo... mas pera... Jason Statham como ator principal?! Estou confuso.
É que normalmente, os filmes com Jason Statham são bons, mesmo não sendo bons (eu curto o ator), mas logo o diretor dos filme adaptados ruins foi pegar Dungeon Siege como tema, sendo que o próprio Dungeon já é narrativamente complexo de mais. O filme lamentavelmente tem péssimas atuações, efeitos medíocres, e um roteiro original que nada tem a ver com Dungeon Siege. No máximo botou os os monstros Krugs pra dizer que é um Dungeon Siege.
Dungeon Siege é uma franquia de RPG aclamada, mas que me incomodou por ser enganosa em seu primeiro jogo. Eu curtia tanto ele, mas só quando começava, e no dia que me atrevi a ir até o fim, me frustrei pela falta de variedades, jogabilidade repetitiva, e enredo complexo de mais pra entender de cara. Sei que foram mais falhas minhas do que tudo, mas até o jogo é extremamente melhor que este filme.
Far Cry
Humor/Ação
Uwe Boll fez o filme em 2008. Entendi porque nem sabia que existia... meu radar de filmes tentou me impedir. Tá fácil taxar filmes de jogos como ruins pois, 90% da lista é só do alemão Uwe Boll, como que Hollywood permite isso?! É tanto dinheiro desperdiçado, mas o pior é a reputação das adaptações sendo tacada no lixo a cada nova bomba que esse cara lança. Comecei esta lista sem nem saber quem ele era (eu nunca ligo pra direção das coisas) e agora estou revoltado.
A técnica desse diretor já ficou claríssima: Ele pega um jogo, diz que fará adaptação, consegue financiamento, e lança um filme feito com um roteiro aleatório, botando referencias vagas aqui e ali (pra fingir que é uma adaptação) e pronto.
Em nada se parece com Far Cry, o jogo de tiro que explodia PCs de tão exigente pra rodar, então como adaptação ele não presta. Mas como filme genérico de ação e humor pastelão, é um filme legal até, com boas cenas, uma boa ambientação, coreografias de ação bem executadas, e um humor não intencional divertido.
Voltando um pouco pros filmes em CGI, esse é importante citar pois foi uma investida da Capcom em obras cinematográficas canônicas no universo dos jogos (antes de começar a rebotear tudo). Degeneração foi o primeiro título de Resident Evil, lançado em 2008, que não tinha ligação com os filmes da Alice, mas também não tinham muito a adicionar aos jogos.
Acabou que, ele não é exatamente uma adaptação, mas sim uma cutscene posta fora dos jogo pra galera assistir. Pelo menos foi bem feito, teve dublagem oficial, e conta uma história entre os jogos Resident Evil 2 e 3, mostrando Leon e Claire juntos pra impedir a propagação do vírus pelo mundo por causa de um avião. E detalhe: Tem jogo dele, pra celular (N-Gage 2.0), lançado após o longa.
Max Payne -
Ação/Film Noir
Diz-se baseado em Max Payne, e até tem referências e citações, mas esse filme lançado em 2008 não agrada em nada, e tem uma história pouco relacionada ao policial da narcóticos todo drogado buscando vingança pela família, e desbaratando uma conspiração de drogas.
Max Payne... falo tudo sobre esse jogo (aliás sobre a franquia inteira) numa série de artigos, só clicar aqui: Tudo sobre Max Payne.
Enquanto chamado de "Max Payne", esse longa nunca será bom, pois em nada se parece com o mesmo. Inclusive, quando assisti, fiquei perplexo ao descobrir que era "Max Payne". Reconheci alguns nomes, captei algumas referências, mas em momento algum vi a essência do jogo nisso.
Street Fighter: A Lenda de Chun-Li
Ação/Luta/Humor
Em 2009 trouxeram uma nova adaptação em live-action os jogos de luta na rua, e dessa vez botaram o protagonismo nas costas de Chun-Li. Ryu e Ken outra vez são esnobados, mas o filme não faz muito feio em sua execução geral, pois ele esnoba todo mundo, descaracterizando todos os personagens da série de jogos, já deixando claro que é uma história sobre a pianista de pernas fortes chamada Chun-Li.
Também não é nenhuma obra prima, e nem se inspira em qualquer jogo da série (apenas tem personagens mas, o roteiro é todo viajado numa conspiração e mal da pra reconhecer os personagens). Detalhe, ele não tem nenhuma relação com o outro filme também.
Resident Evil 4: Recomeço
Ação/Zumbis
Alice volta, com Paul W. S. Anderson agora na direção (e não só roteiro), e este filme não é um Resident Evil. Já desistiram de adaptar os jogos, e só optaram por formular um roteiro próprio com coisas que nunca ocorreram nos jogos, e botando nome de personagens reconhecíveis, pra servirem de apoio pra Alice brilhar.
Ela dá uma surra no Wesker, Chris é um bunda mole, o negócio é feio viu, além de tudo ser voltado só pra zumbis mesmo e pronto (os monstros que surgem são só zumbis diferentes). O mundo já foi, Alice agora é clonada, tem super poderes, o negócio viaja tanto que sinceramente, eu nem acho que este filme mereça estar numa lista de adaptações de jogos. Ele só passa por causa do título, mas suas referências são muito baratas e denigrem a imagem da franquia de jogos. Os caras abraçaram o fim do mundo com zumbis e esqueceram que Resident Evil nem se trata de ZUMBIS! Pararam a adaptação lá em Resident Evil 2 e Raccon City virou o único mundo que conhecem.
O pior é que, como filme independente, a Saga de Alice é até que bem legal de acompanhar, sempre com muita ação (o terror morreu faz tempo), e umas maluquices
The King of Fighters - A Batalha Final
Luta/Ação/Ficção Científica
Em 2010, fizeram isso, mas é a mesma tática que acabou se tornando comum nessas adaptações, principalmente dos jogos de luta: Pega os nomes dos personagens, bota uns caras de cosplays, inventa um roteiro qualquer que faça eles se espancarem, e filma. Depois diz que é a adaptação.
Onde que pessoas acessando a Matrix pra sair na porrada é um KOF?! The King of Fighters é um jogo de luta com um sistema de trios, que acaba para os desenvolvedores do longa soava melhor como um "Filme de realidade imersiva". O pior que até funcionaria (ignorando que é um KOF), se pelo menos tivessem boas atuações, e algum combate decente.
Tekken: O Rei do Punho de Ferro
Luta/Ação
Esse filme é mais uma adaptação de luta (nem sabia que tinha tanto jogo de luta assim), agora de Tekken, um famoso e poderoso título do gênero. O filme saiu em 2010, e como se tornou comum, nada tinha a ver com o jogo... pelo menos não totalmente.
Seu enredo bota todo mundo pra sair na porrada em um torneio de artes marciais, e isso é tudo que ele tem do jogo. Os personagens são irreconhecíveis em suas personalidades, lembrando apenas pelo visual (forçado e artificial), algo que no jogo era bem diferente. Em Tekken (game) os personagens tem uma lore trabalhada e motivações individuais e fortalecidas por seus enredos. Não é só pancadaria, tem história e uma razão pra tudo acontecer, enquanto no filme, bem... tem boas lutas apenas.
Prince of Persia: Areias do Tempo
Viagem no Tempo/Aventura/Suspense
Lançado também em 2010, esse é um dos meus favoritos, pois ele foi roteirizado pelo próprio criador do jogo, Jordan Mechner, e carregou a exata essência dos jogos, principalmente (mas não exclusivamente) o homônimo.
Apesar de adaptar e até ampliar a história de Dastan (nomeado pela primeira e única vez no filme, jamais nos jogos), o filme serviu como uma nova página no livro da vida do personagem, sem repetir as fórmulas dos Prince of Persias, mas criando a sua própria. Este também é um dos filmes que me atraiu pro jogo, pois gostei tanto da narrativa que quis conhecer mais a fundo. Contudo, ele não é perfeito pelo tipo de fotografia adotada, e lamentavelmente pelos atores (que por questão de etnia, acabaram não sendo as melhores opções, apesar de terem sim uma ótima atuação). O filme também vacila com o desenvolvimento dos relacionamentos, não soando nada orgânico... mas eu falo melhor disso no artigo sobre Prince of Persia: Areias do Tempo.
BloodRayne - O Terceiro Reich
Ação/Pornô
Em 2011 o assassino de adaptações retorna com a terceira obra de sua autoria, que é enfeitado com um título de jogos bons só pra enganar quem ainda acredita que algo de Uwe Boll é minimamente inspirado em qualquer jogo que seja.
Se passando durante a segunda guerra mundial, a vampira agora caça nazistas vampiros, e é isso, com direito a nudez e erotismo constante inclusive da própria Rayne. O negócio foi longe, e com uma fotografia amadora de mais, e atuações trágicas de gente que provavelmente nem foi pago pra atuar, ele até simula uma adaptação do primeiro jogo, acredite, ele não é nada parecido. Aliás, deu vontade de jogar ReVamped só pra conhecer melhor o que tem de bom nessa série de jogos, pois se depender dos filmes, nunca nem tocarei num BloodRayne.
Silent Hill 3D - Revelação
Terror/Ofensa
Me recuso a falar novamente desse filme, escrito e dirigido por MJ Bassett. Se quiser saber como é essa porcaria, e porque ele é tão ofensivo, leia meu texto sobre Silent Hill 3D - A porcaria.
Em resumo, ele adaptar o enredo de Silent Hill 3, mesclando/desconstruindo o que foi mostrado em Terror em Silent Hill, sem compreender as mudanças propositais do primeiro longa. Aliás, nem chamaram o diretor original pra fazer essa porcaria, e no fim ele se tornou uma adaptação estilo Copia e Cola do terceiro jogo, sem tirar nem por. É terrível, pois se já é ridículo fingir que adaptou algo e só botar o nome, imagina pegar algo pronto e destruir, dizendo que é uma adaptação quanto é só um filme com cosplays. Lamento muito, pois eu até gostei da atuação de Heather.
Resident Evil 5 - Retribuição
Zumbis/Super Heróis
Então... Leon finalmente apareceu em "Resident Evil - Alice"... porém jesus... o filme não adapta história nenhuma dos jogos, e agora o que tem deles é só a participação especial de cosplays dos jogos. A versão do Leon, e da Ada Wong (personagens importantíssimos e principais de Resident Evil 2, 4 e 6) são transformados em coadjuvantes com pouquíssimas falas, e o Wesker (vilão principal em Resident Evil 5, mas também um personagem importante em toda franquia desde o 1) tá super caricato.
O filme de 2012 é bom, como mais um episódio da saga de Alice, que provavelmente fortaleceu muito o casamento do diretor com a atriz principal. Nepotismo que chama? Poxa, assassinaram a possibilidade de fazer boas adaptações pra criar filmes de ação sanguessugas em cima das obras da Capcom. Pior que... eu curti o filme. Apaguei tudo da memória, mas me lembro que curti (meu ódio por Resident Evil as vezes me assusta).
Resident Evil: Condenação
CGI/Zumbis
No mesmo ano saiu o segundo filme em CGI da Capcom pra franquia, novamente contando um evento entre jogos (se não me engano o Resident Evil 4 e 5) conectando-os e adicionando informações cânones pra série, e mostrando Leon numa luta contra terroristas biológicos. A questão é que, repito: É indiferente assistir.
São longas legais, bem feitos, mas são só isso. Filmes intermediários que não adaptam nada, apenas preenchem lacunas, e poderiam ser lançados apenas como cutscenes dentro dos jogos que não fariam qualquer diferença. Ainda assim, parecem até um recado da própria Capcom (talvez arrependida do contrato com Paul W. S. Anderson) de que eles podem, se quiser, fazer seus próprios filmes da série.
Ace Attorney
Investigação/Tribunal/Humor
Esse sim eu tô pasmo em conhecer. É outro filme lançado em 2012 do Takashi Miike (sim, aquele de No More Heroes - Live Action... que vai acontecer pode confiar!). Ele é considerado por muitos um dos melhores filmes em adaptação de jogos da história, mas não chegou a sair por aqui, e te juro, eu nem conhecia o filme, muito menos o jogo! Curiosamente ele adapta o primeiro jogo da série, se concentrando em alguns dos casos investigados nele, e entrega um resultado épico, valendo o crédito de melhor adaptação. Engraçado, um filme de tribunal baseado em um jogo Visual Novel que se sai extremamente bem...
Phoenix Wright: Ace Attorney é o jogo da Capcom, que eu só conheci pois o personagem surge como um dos lutadores de Marvel vs Capcom 3, e eu tive que pesquisar pra entender quem raios era aquele advogado que apontava o dedo! O jogo é uma mescla de Investigação Policial com Julgamento Tribunal, em um formato de Visual Novel puxado pra comédia. Nem de longe é do meu agrado, mas confesso que tem uma pegada Law&Order e eu gosto disso.
Need for Speed
Corrida/Ação
Em 2014 saiu pela DreamWorks SKG e Disney um filme baseado nos jogos de corrida de Need for Speed, franquia popular, que eu particularmente nem curto. É que, corrida comigo não rola, eu sou daqueles que joga Mario Kart e já sai furioso, imagina com um jogo de carros realistas que saem em rachas no meio das ruas.
Mas, o filme é decente. Confesso que não gostei, novamente pelo meu gosto não digerir coisas com corrida, mas eu vi nele mais potencial que em Velozes e Furiosos (filme que ele imita, mas pelo menos entrega mais corridas!). Os personagens são mal desenvolvidos e rasos, e o enredo me soou complicado de mais pra quem só queria ver os carrinhos mesmo. Juro que quando fecho os olhos pra tentar lembrar, tudo que vejo é um helicóptero filmando um jovem numa competição de corrida, e não sei mais nada do filme, mas sei que pelo menos ele lembra os jogos e é uma adaptação decente.
Hitman - Agente 47
Ação
O segundo filme a adaptar a série de assassinato furtivo Hitman, saiu em 2015 e, apesar de não ter nada a ver com o primeiro filme, ele também não se distancia em qualidade. Ele humaniza mais ainda o protagonista, agora dando um relacionamento fraternal pra ele, e colocando-o em ação ao lado de uma personagem inédita, mas tão importante quanto ele. Parece que foi mais na onda de "Hitman: Codename 47" onde o personagem também acaba falando um pouco mais.
Engraçado que, pelo que me recordo dos jogos, eles nunca abordam o lado pessoal do Agente 47, e neste filme (de certa forma no outro também) é exatamente essa parte que é mais abordada. Ele ainda é alguém sem emoções, frio para servir como executor perfeito, mas ao mesmo tempo, é legal ver uma adaptação voltada pra parte vaga dos jogos, ainda preenchida com uma ótima ação, e um bom roteiro.
Angry Birds - O Filme -
CGI/Humor
O primeiro filme que verdadeiramente adaptou um jogo para o cinema em forma de animação CGI foi este, feito pela Sony e inspirado nos jogos de celulares mais famosos na época, os dos passarinhos destruidores de casinhas de porcos. Seu enredo era uma dramatização mais trabalhada do que o jogo da Rovio Entertainment conseguia mostrar, afinal seu título servia unicamente para o entretenimento rápido em um puzzle de disparo e demolição. Lembro que o jogo fez um baita sucesso, tinha dezenas de versões, e foi um marco na história dos jogos Mobile.
O longa é uma releitura da colonização: Porcos descobrem ovos na ilha dos pássaros e os enganam, fingindo serem amigos com presentes e roubando os ovos para comerem. Depois os pássaros invadem a ilha dos porcos, se jogando em tudo e destruindo tudo. Essa história vem depois de uma longa introdução do Pássaro Irritado e a demonstração de como ninguém na ilha dos pássaros gosta dele por sua raiva, mas no fim, sua ira ajuda a salvar os ovos.
O filme porém é... bobinho, mesmo tendo participação da própria Rovio em seu desenvolvimento. Funciona, é engraçado, mas infantil de mais, e acaba não sendo tão incrível assim. O roteiro acaba sendo genérico de mais, e as animações apesar de excelentes, não nos marcam, nem tem qualquer passagem memorável.
Warcraft -
O Primeiro Encontro de Dois Mundos -
Fantasia/Aventura
Inspirado na franquia Warcraft, desenvolvido pela Bizzlard Entertainment, este filme adapta o primeiro jogo (Warcraft: Orcs & Humans), que é de 1994 e de Estratégia em Tempo Real. Eu jurava que ele adaptava World of Warcraft, que é um MMORPG bastante famoso, mas faz mais sentido ele adaptar a história dos Orcs (é tudo que ele conta afinal).
Seu filme não me agradou, mesmo sendo muito bonito, rico em detalhes e referências, e mesmo sendo uma adaptação honesta e bem feita que até complementa a obra original. Ele acaba sendo confuso, complexo em demasia, e bastante desinteressante, ainda mais pra quem não jogou Warcraft e não pega as referências.
Seu enredo imita a narrativa de Senhor dos Anéis, focando em múltiplos personagens em ciclos separados, que acabam se conectando no final, mas, tudo soa tão complexo que é difícil se envolver, e deixar afetar pelas baixas e reviravoltas, além de ser complicado entender a tramoia dos Orcs e divisão dos universos. Mas essa é só uma opinião, e talvez pra quem jogue seja uma boa adaptação.
Kingsglaive: Final Fantasy XV
CGI/Fantasia
Em 2016, junto com o jogo Final Fantasy XV, no qual se inspirou, saiu um filme em CGI intitulado "Kingsglaive: Final Fantasy XV". Eu falo tudo sobre o filme aqui: "Kingsglaive: Final Fantasy XV".
Ele conta uma história própria e independente do jogo, que funciona como um prequel, mas apresenta seus próprios personagens, protagonistas, antagonistas, criaturas, cenários e eventos (inclusive eles não aparecem no jogo, diretamente). O longa serve bem como adaptação, apesar de ser um complemento ao jogo em uma animação 3D muito mais polida que as tentativas anteriores da Square.
Assassin's Creed
Ação/Viagem no Tempo/Ficção Científica
Em 2016 surgiu a adaptação livre de Assassin's Creed da Ubisoft, com uma trama própria, e elementos originais em relação a franquia de jogos. Ele conta uma história dividida em dois tempos, onde o protagonista encarna uma versão antepassada de si mesmo e revive eventos antigos, através de uma tecnologia superdesenvolvida. Sua missão é impedir que Templários peguem a Maçã do Eden (pra dominarem o mundo) buscando pistas no passado, enqu anto desvenda os próprios mistérios de sua vida presente.
O filme infelizmente não é uma das melhores adaptações. Mesmo se baseando em conceitos e contextos do primeiro jogo da franquia, ele muda nomes de personagens, cria seus próprios, e ainda por cima altera muitas premissas e detalhes bastante característicos da franquia, como as tecnologias usadas, e seus impactos na realidade. Nos jogos, uma tecnologia de imersão total permite que pessoas viagem para o passado revivendo memórias de seus antepassados, mas sem poder altera-las, onde acabam se tornando Assassinos de uma seita que enfrenta Templários, milenarmente.
Resident Evil 6: O Capítulo Final
Em 2017, Milla Jovovich e seu marido Paul W. S. Anderson encerram sua jornada cinematográfica no mundo de Resident Evil, finalmente livrando a Capcom do contrato.
É um bom filme de ação, mas como sabemos, o que tem dos jogos é só o título e mais um monte de referências vagas e pessoas como cosplays em referências aos personagens, pra servirem de pano de fundo pra Alice brilhar na matança contra zumbis, clonagem, super-heroísmo, mundo pós-apocalipse e explosões.
Enquanto o casal fez essa lambança com o título, os jogos se renovaram sem jamais apelar pra "apocalipse mundial de zumbis".
Resident Evil: A Vingança
CGI/Zumbis
No mesmo ano, saiu mais um filme da Capcom sobre essa mesma franquia, usando a técnica em CGI de sempre, agora unindo dois personagens icônicos dos jogos, Leon e Chris, em mais uma jornada para vencer o terrorismo biológico, e claro, enfrentando zumbis.
É só mais uma história intermediária, que serve de complemento à trama conturbada da franquia de jogos, este se passando aparentemente após os eventos de Resident Evil 6. Mas, a franquia teve um soft-reboot a partir de Resident Evil 7 (lançado também em 2017), o que alterou significativamente muitos elementos dela, inviabilizando essa "conexão".
Rampage - Destruição Total
Kaiju/Ação
Em 2018 saiu este filme, baseado num jogo de Monstros Gigantes devastando cidades, igual Círculo de Fogo e Godzila. Ele tem como protagonista humanos, no caso o The Rock assume papel de um adestrador de animais bombado. O filme mostra animais infectados por uma substância criada em laboratório, e sofrendo mutações que os tornam gigantes, e violentos, e The Rock luta pra fazer seu amigo Gorila Albino, que era dócil, voltar ao normal.
O jogo em si é bem engraçado e inusitado, com de fato monstros e animais gigantes destruindo cidades. Os cenários fazem parte significativa do gameplay, pois o objetivo é destruir tudo o mais rápido possível, e devorar as pessoas. Inicialmente ele era com um Gorila Gigante, mas conforme a franquia cresceu, mais animais e monstros se uniram à destruição mundial.
Tomb Raider - A Origem
Ação/Aventura
Em 2018 decidiram mais uma vez trazer um filme sobre Lara Croft, mas agora contando eventos dela jovem, no início de sua jornada como Pior Arqueóloga do Mundo, mas mercenária incrível. Com Alicia Vikander no papel da Lara jovem adulta, o filme tenta retratar o reboot da franquia, Tomb Raider lançado em 2013, mas imitando e adaptando de forma imprecisa.
O jogo em si ignorava os eventos de todos os títulos da franquia, mostrando uma Lara Croft inexperiente, que aprende na marra a sobreviver após um acidente que a isolou em uma ilha, com bandidos, animais, e até seres sobrenaturais. A questão é que, enquanto no jogo há uma evolução gradual da personagem, convincente e bem emocional, no filme essa evolução não ocorre, com ela já aparecendo forte e habilidosa desde o princípio.
O enredo tenta justificar suas habilidades, mas pouco convence, e pior, ele vai contra vários detalhes cruciais pra jornada de 2013, convertidos em algo clichê para os cinemas. É uma adaptação superficial, que tenta, mas não consegue transmitir o mesmo significado do reboot.
Angry Birds 2
Animação/Humor
Em 2019 a Rovio junto da Sony lançou mais um filme adaptando o joguinho de celular (que já não estava mais tão famoso na época, virando um jogo saturado com dezenas de cópias e versões diferentes).
É um filme infantil, enérgico, cheio de piadas e uma animação muito bem feita, mas que se esquece do tema "Angry Birds". O filme mostra que os pássaros e os porcos continuaram sua rivalidade, com os pássaros adaptando os Estilingues e Trampolins em sua comunidade (os presentes dos porcos) e, apesar da briga constante os dois eram "amigos" por assim dizer. Eles acabam se unindo pra enfrentar uma nova espécie hositl que aparece, as águias, de uma ilha do gelo. Pra enrolar, o filme foca também no Red (o Pássaro Irritado) buscando retomar seu posto de "herói" competindo contra o Rei Porco e uma pássaro com quem passa a flertar. Além disso, tem uma subtrama fofa dos passarinhos pequenos tentando resgatar ovos perdidos.
Apesar de ser sim um filme divertido, ele se distancia do tema "adaptação", e pouco tem a ver com o "Angry Birds 2" de fato, ou com qualquer uma das dezenas de variações do título. O máximo que faz é pegar os personagens e botar na tela com uma personalidade baseada em seus poderes, e um desenvolvimento bem bolado de suas características mais marcantes, e de certa forma, não dava pra esperar algo melhor de uma adaptação de um jogo de Puzzle e Destruição. Pelo menos é um bom filme, que dá mais profundidade aos personagens, inclusive com novos porcos interessantes.
Doom: Annihilation
Ação/Ficção Científica
Em 2019 alguém teve a brilhante ideia de refazer a adaptação do jog ode tiro, criando assim um novo filme em live-action, agora baseado nos jogos mais modernos da saga Doom. O problema é que ficou bem ruim.
Além de desconsiderar tudo que o primeiro filme mostrou, este segue a premissa de Doom (jogos) mais literalmente, e até tenta replicar as criaturas, cenários, mecânicas de jogabilidade, de forma convertida para o cinema. Mas ele consegue a proeza de ser pouco criativo, com um design de personagens pouco variado e um enredo desanimador, mostrando soldados em Marte, se matando pra sobreviver ao confronto contra pessoas transformadas em demônios. Inclusive, ele traz uma trama familiar clichê de resgate, que termina em aberto, na esperança de continuar um dia.
Pokémon - Detetive Pikachu
Investigação/Fantasia/Aventura
Também em 2019 surgiu ele, o filme de Pokémon em live-action, mas que na verdade era uma adaptação de um spin-off dos jogos: Detetive Pikachu (basicamente um jogo de investigação do Nintendo DS, em que nós somos um humano que ajuda um Pikachu detetive falante a desvendar mistérios). No filme, acompanhamos a jornada de um jovem rapaz tentando descobrir o que houve com seu pai, ao lado de um Pikachu falante, que apenas ele pode escutar.
É uma adaptação bem feita, com excelentes efeitos especiais, e que tem uma boa narrativa. Porém, soa meio forçada a participação dos muitos Pokémons, alguns até sendo incluídos de forma bem premeditada e planejada, mas a grande maioria apenas aparecendo em puro fan-service, sem qualquer significância.
Este filme teve a animação realizada por um estúdio chamado Moving Picture Company Vancouver, bem mais voltado pro ultrarealismo, o que combinou com o live-action (não soando apenas uma animação em crossover com pessoas). A versão mais verdadeira dos Pokémons convence, e foi bem realizada.
Sonic the Hedgehog
Aventura/Humor
Isso abriu as portas para mais um filme com o trabalho artístico da MPC Vancouver em 2020, mas a polêmica surgiu rapidamente em cima do design que planejaram para o ouriço da Sega, em trailers promocionais divulgados do filme já em pós produção. Os fãs odiaram a estética realista de mais do personagem, que foi apelidado de "Sonic Feio", e a empresa foi praticamente forçada a reanimar o personagem, num design mais parecido com o que os jogos mostravam.
Justamente por isso, o que antes era pra ser um live-action realista do personagem, se tornou só mais um filme crossover de animação com humanos, numa história clichê que, apesar de criativa, não ia muito além do costumeiro herói se aliando com pessoas pra vencer um vilão em comum. Aliás, mesmo com Robotinik sendo interpretado perfeitamente pelo magnífico Jim Carrey, o filme não é muito memorável, apesar de ser uma boa trama para o personagem, que tenta contar sua origem.
O jogo no qual o filme se baseia não existe, e ele é uma mescla de elementos vistos em todos os games da série Sonic, tanto narrativa quanto visualmente. Os jogos em si costumam ser de aventura e plataforma, onde o ouriço é controlado em alta velocidade, correndo por obstáculos para alcançar o final dos cenários, e enfrentar chefes.
Um detalhe: O "Sonic Feio" se tornou tão icônico, que virou personagem coadjuvante de importante participação no filme "Tico e Teco" da Disney. O estúdio MPC Vancouver inclusive quem animou isso (numa piada própria), voltando de uma quase falência em 2019, como "MPC Film", e permanece na ativa, tendo trabalhado recentemente me filmes como Transformers - Rise of the Beasts e o live-action de A Pequena Sereia.
Monster Hunter
Kaiju/Ação/Fantasia
A Capcom não parece ter aprendido, e mais uma vez permitiu que Paul W. S. Anderson adaptasse uma de suas IPs para o cinema. O resultado foi mais um filme com Milla Jovovich protagonizando, e fazendo referências vagas (e terrivelmente adaptadas) ao jogo que dá título ao longa-metragem.
É um filme de ação onde a personagem e sua equipe de militares, acaba se vendo presa num mundo alternativo, repleto de criaturas gigantescas e monocromáticas, lutando pra sobreviver na base do tiroteio, explosão e bomba.
Enquanto isso, os jogos são RPGs de Ação onde caçamos monstros gigantes usando nossas espadas e equipamentos, tanto off quanto online, em combates épicos e estratégicos baseados nas capacidades do jogador e seu personagem.
Resident Evil: Infinity Darkness
Série/CGI/Zumbis
Em 2021 ocorreu algo curioso, onde a Capcom lançou uma série animada inspirada em Resident Evil. Contudo, essa "série" tinha apenas 4 episódios, e o mais curioso é que ela mais parecia um filme, cortado em 4 partes... e pior que era mesmo.
Resident Evil: Infinity Darkness é mais uma das animações em CGI da Capcom, agora querendo fingir que é uma série (talvez pra surfar na onda da época com a alta da streaming), e cortou seu filme pronto em quatro partes, esticando-o com enrolações e achando que ninguém perceberia. Falo mais dele no artigo "Resident Evil: Infinity Darkness".
Isso tudo também ocorreu durante o reboot de toda a franquia, onde passaram a fazer novos jogos, como remakes de toda a série, partindo de Resident Evil 2, e assumindo de vez esse mesmo visual da série. Ou seja, o passado ficou no passado.
Resident Evil: Bem Vindo a Reccoon City
Zumbi/Ação/Terror
Também em 2021 um novo filme de Resident Evil, em live-action, saiu nos streamings. Agora, era uma releitura e reimaginação do primeiro jogo da franquia, trazendo os mesmos personagens, mas com etnias alteradas, e significados levemente modificados.
O filme é ruim, mas apenas a partir da segunda metade, por começar a abraçar a cafonice e se tornar brega de mais. Porém, sua realização inicial soava promissora, e adapta bem a atmosfera dos games. Falo melhor dele no artigo: Resident Evil: Wellcome to Reccoon City.
Mortal Kombat (2021) -
Luta/Ação
Nessa onda de remakes de filmes já existentes que adaptaram jogos (a falta de criatividade foi muito longe hein), alguém pensou que seria uma boa ideia fazer mais uma história do primeiro jogo de luta sanguinária.
O resultado foi algo ridículo, num filme sem lógica, com péssimas coreografias, nada de sangue (o que tem é risível) e um enredo desastroso e degradante, com direito a personagem original (sendo que a franquia já tem dezenas de bons personagens) e uma maluquice chamada "Arcanos" pra explicar os poderes da galera. Falo tudo o que achei dessa péssima adaptação no artigo: Mortal Kombat 2021.
Um Lobo Entre Nós
Humor Negro/Terrir
Basicamente, o filme conta a história de pessoas numa cidade, com um suposto lobisomem assassino a solta, e cabe a um policial, junto de moradores, descobrir quem é o lobisomem para sobreviverem, enquanto estão todos presos na cidade por causa de uma nevasca.
É um filme que adapta um jogo em VR da Ubisoft chamado "Werewolves Within", que é basicamente uma versão digital do jogo de tabuleiro "Detetive", mas trocando o assassino por um lobisomem. Daí, os jogadores precisam descobrir quem no círculo de amigos é o lobisomem, baseando-se em dicas, conversas e respostas (verdadeiras ou não) uns dos outros.
Sonic the Hedgehog 2
Aventura/Humor
Sonic volta em 2022, numa continuação direta do primeiro filme, agora com a ajuda de seu amigo Tails, e em busca das Esmeraldas do Caos, enquanto Robotinik tem a ajuda de Knucles. O filme é bem feito, só isso.
Ele adapta, de forma mais clara e direta dessa vez, eventos do terceiro jogo da franquia, inclusive pela participação de Knucles e Tails. Porém é claro que ele mescla isso ao mundo humano (coisa que não tem nesses jogos).
Uncharted - Fora do Mapa
Ação/Aventura
Em 2022 Sony e Naughty Dog quiseram trazer as aventuras de Nathan Drake, interpretado por Tom Holland, jovem e no início de suas aventuras como caçador de tesouros pelo mundo, para as telas do cinema. E não fez feio, pois o filme é divertido, tem boa ação, faz alusão aos jogos da franquia, e consegue ser fiel de certa forma as características do personagem e seu universo.
Uncharted em si é um jogo de ação, bem parecido com Tomb Raider, mas com um cara no protagonismo, desvendando mistérios e arruinando tumbas na busca de tesouros, enquanto mete bala em bandidos, e criaturas sobrenaturais.
Super Mario Bros - O Filme (2023)
E por fim, chegamos na animação da Illumination Entertainment em parceria com a Nintendo, e grande sucesso agora de 2023.
O filme do Mario bateu recordes na bilheteria mundial e bem, é um filme de sucesso, que adapta todo o universo do mascote da BigN, de forma animada, divertida, nada canônica mas, respeitosa. Fizeram o possível pra agradar, mas também pra criar algo novo e coeso, e o resultado foi um bom filme, que adapta bem o personagem Mario, e até o Donkey Kong, para um publico novo.
Conclusão
Esse sucesso escancara portas para novas adaptações, e não duvido que surgirão filmes e mais filmes usando a mesma técnica. Claro que, se olharmos bem pra lista já notamos quais os erros e acertos do cinema, onde as cosias costumam dar certo e errado. Se Holywood aprenderá com isso não sei... mas que to torcendo pelo que virá, isso eu estou!
E aliás, aprendemos que:
- 1 - Bom filme é aquele que capta a essência dos jogos e transfere pra telona.
- 2 - Tudo sempre depende do público alvo.
- 3 - Nem sempre deve-se seguir a risca o que o jogo mostra, mas também nunca deve-se ignora-lo por inteiro.
- 4 - Se der o filme pra um casal fazer, cometerão nepotismo.
- 5 - NUNCA DE UM FILME DE ADAPTAÇÃO DE JOGOS NAS MÃOS DE UWE BOLL!
No fim das contas, tudo depende de sorte mas, se fizerem com carinho, sempre dá pra trazer uma boa adaptação pras telas do cinema.
Filmes pós 2023
Enquanto escrevo esta lista, já há filmes anunciados pra este ano e os próximos. Quando saírem os analisarei, mas por hora vou apenas citar:
Este é mais um capítulo da saga da Capcom no CGI... ta previsto pra sair este ano... e pela capa vai juntar todo mundo!!!
Atualização: Ficou ruim, não tem nada pra contar, só junta o elenco de todos os jogos pra um evento sem graça em uma ilha, com zumbis sem motivo, e uma animação terrível (inferior até ao dos outros projetos).
O criador da série, Scott Cawthon está envolvido neste filme que já tem trailer, e sairá ainda este ano, previsto pro finalzinho de outubro.
Se seguir a regra dos sucessos, ele já tem um ponto positivo pelo envolvimento do criador. Sinceramente, eu não curto os jogos de Five Night at Freddy's pois são puro jumpscary. Nós ficamos presos numa cadeira, monitorando telas, e tentando não deixar que robôs em forma de ursinhos nos ataquem de surpresa.
Mas meu irmão é muito fã, e eu irei no cinema com ele. Direi o que achei aqui depois.
Atualização: É um bom filme de terror, que aborda o sub-enredo dos jogos e os destaca, explicando mais o que são os animatrônicos, e falando de seus personagens secundários, não apenas focando em jumpscary.
Gran Turismo
Corrida/Drama
Este filme é uma suposta adaptação de uma franquia de jogos de corrida, só que de um jeito muito diferente do normal. Ele pretende pegar jogadores do videogame Gran Turismo, e coloca-los pra correr em uma competição REAL de Corrida.
O filme deve ser considerado uma adaptação??? São gamers entrando numa corrida de verdade baseada no jogo que são fãs... e não uma adaptação do jogo em si. Se bem que Gran Turismo é um jogo simulador de corrida que, não tem bem uma história, apenas a competição... isso é muito maluco, e agora quero ver se será realista, ou totalmente fictício... um monte de jovens correndo profissionalmente depois de passarem a vida jogando video game... ai ai viu.
Return to Silent Hill
Terror
Este é o filme que eu tô ansioso de verdade pra assistir. Dizem que sairá ainda este ano, em outubro, em pleno halloween. E a ansiedade fica como???
O criador do primeiro filme, Christophe Gans, está no encargo desta continuação DIRETA do filme que ele fez. Ignorando a sequência do outro diretor, a mente criativa de Gans volta pra trazer a essência de SH mais uma vez pro cinema.
Foi anunciado que é uma adaptação do segundo jogo da franquia, e já tem até uma suposta sinopse circulando:
Impulsionado pelas sombras de seu passado, James Sunderland retorna a Silent Hill para encontrar seu amor perdido, Mary Crane. Mas a pequena cidade escura e deprimente não é mais o lugar de suas memórias. Ele conhece personagens que parecem muito familiares e que tentam desviá-lo de sua busca por Mary. Quanto mais ele procura por Mary, mais ele começa a se perguntar se isso ainda é realidade - ou se ele caiu no submundo sombrio de Jacob Crane.
Mas conhecendo o cara... creio que terá muito mais profundidade que apenas Silent Hill 2. Eu já imagino e aguardo pela mescla de elementos de outros jogos, como principalmente Silent Hill 4 (talvez, o nome "Jacob Crane" seja uma conversão de Walter Sulivan! Faria sentido visto que o segundo e quarto jogo são diretamente conectados). Já é uma surpresa a adaptação descartar os "Da Silva" uma vez que no primeiro longa, ele já havia adaptado conceitualmente a história de James Sunderland no Christopher Da Silva. Falo mais a respeito no meu artigo: 5 Novidades sobre Silent Hill, mas assim que o filme sair, farei um artigo exclusivo pra ele.
É uma série que adapta os jogos de Action RPG do bruxo caçador de monstros. É muito boa... pelo menos na primeira temporada.
É uma série em live-action que adapta o jogo de Terror, Drama, Suspense e Ação da Sony, de mesmo nome, e praticamente copia e cola o enredo dele, mas é muito bem feito e compensa assistir.
Série em 2D em formato de anime que funciona como prequel para o jogo Cyberpunk 2077. Ele ajudou a trazer a atenção de volta pro jogo que, acabou não se saindo bem no primeiro lançamento, pela quantidade absurda de bugs. Além da animação ser excelente, ajudou o jogo a voltar pra boca do povo.
É uma série animada da Netflix, inspirada nos jogos Castlevania da Konami, reescrevendo as histórias de personagens vistos em Rondo of Blood, Symphony of the Night e Harmony of Dissonance.
Baseado na franquia de jogos de mesmo nome, ainda em 2023 a Netflix trouxe este anime que conta uma história inédita de um personagem que só aparece em um spin-off, dando muito mais enredo pra ele, e trabalhando o universo de samurais dos games. É uma história nova, que vale como adaptação, pois mantém a essência do título da Capcom. Além disso o estilo de arte é uma mescla de 3D com rodoscopia, e a história é boa, além de violenta. Parece que a Capcom está aprendendo, e a Netflix também.
Série da Primevideo lançada em 2024, inspirada nos jogos da Bethesda... nunca nem joguei, mas curti muito a série, que se passa num mundo futurista pós apocalíptico, onde diferentes sociedades se mesclam na busca do domínio... é praticamente o mesmo mundo em que vivemos, mas com mutantes, robôs, zumbis, tiro de dentes e muitos refúgios.
E bem, é isso.
Faltou algum filme na lista? Tetris não conta (mas falei dele separadamente) ... pois é só uma biografia de bastidores (é bem mais que isso, recomendo inclusive). Mas tirando ele, faltou algum??
Espero que não, deu trabalho isso aqui. Se eu errei, por favor me diga. E caso tenha curtido, ou discorde de algo, adorarei seu comentário. Aliás, nem todo filme dessa lista tem artigo no site, mas gostaria que eu fizesse de algum? Ficaria feliz em saber.
Enfim, texto diferente né!? Pior de tudo será ter de atualiza-lo com o tempo, se é que o pessoal vai curtir.
See yah!
8 Comentários
Filmes inspirados em jogos é tipo:
ResponderExcluir''bora fazer um filme de Resident Evil, é legal, o povo gosta de zumbi!''
''mas já não tem tanto filme desse jogo não??''
''ah, então faz um do Sonic ai, o povo gosta do ouriço azul''
''Mas já tem um filme desse ouriço!!''
''faz outro''
Simplesmente isso kkkkkkk, mds, quanto filme de Resident Evil, eu to chocado kkkkkkk
Felizmente temos filmes bons sobre jogos, alguns copiam e colam e dá certo, outro não fazem nem isso, outro são como jogar o jogo só que sem os controles, pra mim o melhor sempre vai ser Prince of persia, não tem jeito, me marcou demais kkkk, eu nem conhecia o jogo quando assisti, e mesmo assim adorei, acho que o filme é realmente bom independente do meu valor nostálgico.
Alias, ótimo texto senhor carinha!!! Que venham mais como esse (descontraídos e com opinião, mas ainda que sejam sobre jogos, ou filmes, eu adoro).
See yah!!
Pessoal não sossega na hora de produzir esses longas malucos.
ExcluirBem, obrigado sr Wilson, tipo... bom que gostou do resultado. Eu bem que gostaria de produzir mais artigos assim mas tudo depende da inspiração!!! Um hora as ideias surgem kkkk.
To jogando MegaMan Legends já. To fazendo vídeos no youtube (eu agora to me gravando!!!). Logo sai o artigo (e a dublagem do jogo é muito boa!)
Quando mais novo até gostava de alguns destes filmes aí... simplesmente porque não tinha uma visão mais detalhista sobre enredo e coisa do tipo então não ligava muito... mas hoje em dia, resisto bastante a assistir algum filme de jogo... obviamente tem exceções como os dois filmes do sonic que eu gostei bastante, recentemente vi também o filme do mario que ficou bem legal e assim vai...
ExcluirMexer com filmes e games é uma fórmula muito volátil porque certas escolhas criativas que se tomam mudam coisas que não deveriam...
Essas escolhas criativas são tomadas visando um grande público, mas os fãs das franquias dos jogos não curtem, e as vezes essa escolha criativa é algo que nem vai cair bem, aí tem o público alvo criticando e os fãs das antigas...
Fora os detalhes como trilhas sonoras, efeitos gráficos, coisas que faltaram, coisas que foram acrescentadas...
Complicado lidar com isso, porém, eu só tô interessado em assistir mesmo, se perco meu tempo uma vez já sei que não perco de novo kkk
Pois é sr Sieg, acaba que não temos saída, o jeito é assistir o que der e torcer pra ser algo que não desperdice nosso tempo.
ExcluirE em adicional ao que disse, essas adaptações muitas vezes agradam uns, e outros não, tudo baseando-se justamente nesse público alvo dos cineastas, sejam jogadores ou espectadores. Um bom exemplo pra mim é o primeiro Silent Hill, que tenho como meu filme predileto, mas que também conheço pessoas (até mesmo de gostos idênticos aos meus) que não curtem.
Tudo varia muito né, desde a obra até seu alvo... mas o que importa é que... uma provável era de animações toscas vem por ai.
Aproveitando que já está todo mundo nesse comentário aqui, então vou também.
ExcluirSobre o que o Sr Wilson disse, eu particularmente prefiro esses estilos que parece que tô vendo o jogo só que sem o controle do que quando pegam simplesmente o título e o nome de alguns personagens e faz algo completamente diferente (como resident evil ~ incluindo a série).
Mas no geral é uma fórmula bem difícil de agradar a todos mesmo, fãs de games também costumam ser extremamente exigentes aí piora tudo.
Respondendo agora ao Max, primeiro que achei ótimo você compilar tudo em um artigo kkkk bem criativo. Segundo, eu já tenho uma visão diferente em relação às animações, é bem mais fácil você ser fiel à ideia original e representar o que nós gostamos em uma animação que em um live action (inclusive ainda não vi Mario, quero muito). Então eu tô de certa forma otimista para o futuro, tem coisa que simplesmente não dá pra representar em live action sem parecer ridículo e com usos abusivos de CGI, mas veremos o que tem por vir
Eu só posso concordar sr Ed, pois tipo, animações simplificam muito o processo. Também tá bem próximo do formato dos jogos (basta esticar mais as cinemáticas). O problema mesmo seria criar coisas com boa qualidade, só isso que me assusta.
ExcluirCuriosamente, já tem anuncio na netflix de adaptação de Devil May Cry (mais uma em animação), Tomb Raider e Onimusha (a do Onimusha já até saiu... to precisando assistir).
Parabéns por todo o trabalho, vc é muito dedicado
ResponderExcluirObrigado sr Jonathan!!! Vou manter esse post sempre atualizado.
ExcluirObrigado de mais por comentar, isso me estimula a continuar.
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