AnáliseMorte: Bayonetta 3 - Mais um Monte de Bruxas, Menos Cabelo

O terceiro capítulo da saga da Bruxa caçadora de Anjos é um triste desfecho, para a franquia como a conhecemos.

Bayonetta 3 é um jogo divertido, repleto de mecânicas variadas e com toda certeza é um jogo fácil, e rápido de dominar, porém é um dos jogos mais caóticos e desorganizados que já pude experimentar.


Antes de tudo, saiba que escrevi a respeito de Bayonetta 1 e Bayonetta 2, com bastante entusiasmo. Recomendo que leia, mas não se preocupe, este artigo é tecnicamente independente.

Infelizmente não foi o mesmo com Bayonetta 3... mas me esforcei.

Mesmo inovando com uma mecânica aprimorada do sistema de Invocações Demoníacas, o jogo peca muito por excesso, tornando tudo "Grande e Maior" de mais, o que faz ele se tornar confuso, poluído, aglomerado, e simplório.

Elementos que tornavam a heroína única, foram completamente desconstruídos, sejam características físicas, comportamentais, narrativas e até as movimentações.

Enquanto os títulos anteriores foram de uma abordagem tímida de paradoxos temporais, para um completo mergulho numa viagem temporal toda complexa mas coesa, este opta por apostar no Multiverso... de Bayonettas.

Então prepare-se pra conhecer a história onde um monte de Bayonetta sai na porrada até a morte!

Boa leitura!

Pra começar é bom falar que o visual segue o mesmo padrão dos títulos anteriores, mas foi lançado com exclusividade pra Nintendo Switch, e eu diria até que seus gráficos são belíssimos, se conseguisse vê-los fora das cutscenes.


É que é tanta coisa ao mesmo tempo, que mal da pra enxergar a protagonista, quem dirá o resto. Pra variar, fizeram mal uso das longas cutscenes e acabamos gastando muito tempo assistindo, e pouco jogando. Nem mesmo quick time events existem (na verdade existem, raramente, e é sempre algo relacionado a martelar o botão), o que acaba nos exaurindo visualmente, por não termos tanta atividade ou conectividade ao que tá rolando na tela.


Falando nisso, apesar da maioria das cutscenes serem cinematografias que usam o próprio jogo e seus modelos em tempo real (aparentemente), também temos os famigerados "slides". Enquanto no primeiro jogo eram filmes antigos, e no segundo um relojão, aqui é o Amuleto do Tempo e suas engrenagens que retrata as cenas em slides, contando eventos (principalmente as visões em mundos alternativos).


E, claro, temos mais uma vez uma criança misteriosa que acaba entrando no caminho de Cereza (nome real de Bayonetta), e carrega uma boa parte do enredo com ela. Essa mesma criança (já não tão criança mais) é, como de costume, a pessoa que guia cada capítulo no menu de seleção, mas agora ela atira Dardos no mapa, ao invés de botar um bonequinho (como a criança do primeiro jogo) ou usar cartas (como a criança do segundo).


Falando nisso, dessa vez não ficam só nas insinuações, e agora sim, a criança da vez é filha de Bayonetta. A questão é qual Bayonetta.

E sim meus caros, a ideia de "Bayonetta 3" é o Multiverso! Modinha que já encheu o saco nos cinemas, e agora ta chegando nos games... mas falarei muito disso depois... aguenta ai!


Bora bagunçar tudo? Já que tô falando de um game caótico, bora misturar as coisas. Geralmente começo falando da parte técnica do jogo, o que sempre é uma chatice, então agora irei direto pra parte dos personagens, e deixo a parte sobre como o jogo é no final.

Personagens

Bayonetta


Nossa protagonista não é nossa protagonista. Na verdade a Bayonetta que mais controlamos durante o jogo todo é uma versão alternativa daquela que controlávamos nos dois jogos anteriores.


E essa é a premissa de "Bayonetta 3": Somos uma Bayonetta lutando pra salvar o multiverso das Bayonettas!

É, em tempos onde virou moda falar do multiverso, era de se esperar que algum jogo faria uma aposta do tipo, só não esperava que seria justamente Bayonetta! Aqui, a Bayonetta que conhecemos morre ainda no inicio, pra nos indicar que a ameaça é tão grande, que até ela sucumbiu.


E isso funciona, isso realmente nos estimula a jogar crentes que veremos A Obra Prima. Mas não, tudo caminha para a resolução mais genérica que você pode imaginar.

A Bayonetta da vez é a mais poderosa de todas, pois ela é capaz de dar seu coração em troca de poderes, literalmente. Por isso é até justificável ela encontrar outras Bayonettas e herdar seus poderes, como se elas transferissem parte de si pra torna-la ainda mais forte, confiando que aquela era a escolhida.


E visualmente falando, a ideia que temos é essa, de que as Bayonettas dos demais universos tentam provar que são especiais e são as mais fortes, mas no fim reconhecem que aquela Bayonetta que estamos controlando é a mais poderosa, e pronto, mais poder pra ela.

Mas apesar de conceitualmente ser isso, na verdade ela só deu sorte, e todo o crescimento da personagem cai por terra no desfecho, quando ela precisa ser salva 6 vezes seguidas, pra então se erguer e vencer (se bem que até depois disso ela é salva mais uma vez).

Apesar de ainda ter seu cabelo, e agora ainda maior, esse cabelo todo só funciona mesmo pra abrir portais, cobrir seu corpo um pouco e controlar os demônios dela... mentalmente.


Na lógica, a forma dela como demônio deveria ser o cabelo fazendo isso por ela, mas na verdade ela se transforma totalmente mesmo, como se fosse uma fusão entre eles, mas justificada por uma Máscara do Demônio (jogaram Zelda Majoras Mask e decidiram copiar).


Sobre a transição de realidades que é um poder comum da bruxa, isso ficou completamente ignorado. Agora Bayonetta enfrenta anjos, demônios e Homunculos na frente de todo mundo mesmo, e o mundo inteiro enfrenta as bestas também.


Tanto que o tempo todo ela encontra exércitos confrontando os monstros, que são visíveis pra todos. Por isso, ela quase não passa mais pelo Limbo pra atravessar camadas da realidade... mas ela chega a atravessar portais específicos numa ilha, pra alcançar pontos em Realidades Alternativas, e em algumas partes precisa apelar pro Limbo pra se livrar de alguns estorvos humanos.

Bayonetta agora simplesmente viaja por universos, num piscar de olhos, mas isso não é bem um poder só dela. Todo mundo pode viajar entre universos basta estar no lugar certo.

Enzo


Ah nosso alívio cômico de pouca presença finalmente ganha muito mais destaque, não como aliado, mas como um easter egg significativo no multiverso.


Primeiro, a família de Enzo finalmente é mostrada, numa foto. Mas, há de se considerar que é um universo diferente.

Mesmo assim, ele tem uma personalidade idêntica ao Enzo dos outros jogos, sendo um capacho de Bayonetta, e servindo como motorista, agente, assessor, carregador, e por ai vai.


A ameaça da vez passa a exterminar boa parte do mundo (na real ele apaga universos inteiros) e enquanto ele se esconde no Bar de Rodin, Bayonetta e os outros vasculham o que restou dos mundos para achar uma solução.

Apesar de Enzo só reaparecer mesmo no final como de costume, agora é possível encontrar versões alternativas dele nos outros mundos.


Uma versão é um Soldado Chinês, que fica encolhido no chão após Luka derruba-lo sem querer...


Outra é um Egípcio, que apesar de não aparecer fisicamente, tem um hieróglifo dele numa parede (ganha-se até conquista ao olhar pra ele).


E a terceira aparição é uma versão Policial dele, que nesse caso tem uma participação um tiquinho maior (apesar de ser ignorado posteriormente). Ele chega a ganhar mais destaque, mas é só pra dizer que independente da realidade, Enzo sempre parece estar próximo de Bayonetta, por bem ou por mal.


Rodin


O poderoso Rodin é um demônio, mas também um barman, e um ótimo informante de Bayonetta. Esse cara tenta não se envolver, mas sempre ta por perto quando Bayonetta precisa.


Aqui, ele retorna, trabalhando num Food Truck (na verdade é uma vã que vende pizza), com chapéu e avental (mais uma vez mostrando que faz trabalhos comunitários), e acaba salvando a vida de Enzo paralelo ao suporte que dá a Bayonetta, contribuindo com uma nova encomenda de armas pra ela.


Mas, Rodin se restringe às Pistolas que entrega no começo do jogo, e uma bazuka martelo mas... é tudo muito breve. Dessa vez apesar do bar dele abrir novamente pra Bayonetta visitar, ele não vende mais armas, apenas recursos secundários como colecionáveis e consumíveis.


Por isso, agora seu vício por Vitrolas é demonstrado pela aparição delas, no meio das fases, nas diferentes realidades, que sempre levam quem as aciona (tocando o disco) pro bar dele.

Inclusive, Rodin é o único que não tem pelo menos 1 versão alternativa de si mostrada em algum dos muitos universos visitados.


Se a presença dos portais pros Portões do Inferno é algo canônico, é um forte indicio de que Rodin está vinculado a todos os universos como uma entidade singular. Porém, caso sejam só um recurso pra apontar a hora de visitar a lojinha, bem... é só ignorar mesmo.


A loja em si nem tem qualquer coisa interessante, exceto por acessórios que podem ajudar bastante, e os consumíveis, como um recurso limitado de Corações e Luas de Pedra (sempre ficando mais caros até esgotarem), e itens de cura. 


Mesmo assim, considerando que o jogo nem tem Game-over, a presença da loja em pontos específicos dos mapas chega a ser irrelevante.


Até porque da pra acessar ela livremente, e com muito mais recursos (como treinamento) fora das fases. Ou seja, é bom que seja algo canônico caso contrário, é um desperdício de memória do jogo.

O porém é que, se de fato Rodin for uma entidade única, ele tem consciência única... ou talvez por ele ser um demônio a forma como lida com o multiverso é diferente. Algo que pode ser observado em outros demônios também.


Só que é esquisito ele gerenciar o bar em infinitos universos... isso é. Na lógica, ele deveria ter consciência de todas as outras Bayonettas, afinal pelo menos 3 delas sabemos que o consultaram frequentemente... então fica meio vago isso. E só pra constar, o jogo confirma que demônios não possuem versões alternativas e transitam entre universos.

Detalhe, é Rodin quem dá as missões de Bayonetta aqui.

Viola


Essa é uma viajante do tempo, e dos multiversos, que aparece de supetão aparentemente auxiliando Bayonetta na luta contra o vilão. Mas, nada dela é contado, sendo uma personagem bem misteriosa e determinada a ajudar Bayonetta... 


De início ela parece parte de um tipo de resistência composta por soldados, mas é a única que usa roupas personalizadas, além de mostrar capacidades acima da média. Só que não da tempo dela fazer muito, já sendo forçada a usar um dispositivo estranho, pra viajar entre as dimensões.

Ela é a última esperança, e busca por uma Bayonetta que possa ajuda-la a deter o grande vilão, quem vem aniquilando os universos um a um.


Bem, nem tentam esconder que ela é filha de Bayonetta e Luka. Mas ela também nunca se apresenta dessa forma.


Viola tem traços da personalidade de Luka, sempre sendo atrapalhada e sempre cobrando pra que Bayonetta a chame pelo nome. Ela também carrega coisas que Luka usa, como o Gancho pra se pendurar e balançar por ai.


Isso é trocado quando ela descobre seu verdadeiro poder, e ganha Asas pra voar por um tempo ao invés de se pendurar.


Pro lado de Bayonetta, ela usa uma invocação demoníaca, pode paralisar o tempo (mesmo não tendo um amuleto de Umbra ou parecendo uma bruxa) e tem certas semelhanças físicas sutis com ela (mesmo sendo totalmente diferente, com cabelo curtíssimo, loiro, e ainda ser roqueira).


A invocação que ela carrega, o Gato Gigante, é na verdade uma cópia do ursinho de pelúcia que Cereza carregava na infância (ela deve ter dado ele pra ela de presente), que inclusive ela carrega pendurado na espada. O brinquedo virou um demônio (ou o demônio inspirou o brinquedo), mas o mais importante é que é a mesma criatura carregada pela Bayonetta criança, e a filha dela.


Viola é uma referência ao John Connor de "Exterminador do Futuro", que inclusive é uma recorrente referência neste jogo, mesmo ele pouto tendo a ver com qualquer temática já abordada na franquia de filmes sobre máquinas viajantes no tempo (o máximo que Bayonetta costumava se igualar era com viagens no tempo e paradoxos mas, era bem diferentes dos abordados no filme de ficção científica apocalíptica, de James Cameron).


Ela viaja pelo tempo, mas também pelos universos, e o foco do jogo é essa viagem de universos. Porém, a origem de Viola nunca é revelada. Mesmo com seus pais descobrindo sua identidade ao fim sem qualquer surpresa (os dois sabiam o jogo inteiro, era óbvio), nenhum deles tinha o relacionamento para gera-la.


Ou seja, ela era uma viajante do futuro, ou de uma realidade onde só existia ela, pois seus pais haviam falecido ou algo do tipo. O universo de origem de Viola nunca é revelado, o que é sim um bom mistério, mas mal utilizado no desfecho. O problema é justamente como isso é usado no enredo.


Além de Viola ficar como uma personagem secundária, mostrada como fraca, e sem importância ao longo de toda a história, ela não é útil ao desfecho, muito menos auxilia ou se revela como "Escolhida" ou algo assim.


Viola só serve pra motivar Bayonetta um pouco mais, ao vê-la quase morrer, e mesmo no momento em que ela seria uma peça essencial pra que a Bruxa se revoltasse e se superasse, isso é descartado pra uma cena fan service, sem relevância real pro enredo.

Viola é atacada pelo vilão, e chama Bayonetta de "Mammi" pedindo por socorro, sendo um baita momento emocional. Mas quem salva o momento são as duas Bayonettas do primeiro e do segundo jogo, tirando Viola de cena praticamente.


A heroína do tempo até tem momentos inspirados em seu pouco gameplay, mas sua jornada é totalmente paralela a de Bayonetta, e pior, é equivocada por falsas informações que ela mesma acaba propagando.

Tanto que toda a ideia de que o real objetivo de Bayonetta seria proteger sua linhagem, é completamente estapafúrdia mediante ao enredo, pois tudo acaba do jeito mais errado possível.


Bayonetta morre, todas as Bayonettas aparentemente morrem, o Luka também vai pro saco, levando todos os Lukas com ele, e ainda por cima, Viola nunca volta pro seu respectivo tempo! Ela permanece ali na mesma dimensão em que a Bayonetta final foi encontrada e, vive sua vida.


Usando o sobrenome da "família", que nunca foi estabelecido assim (Bayonetta era um apelido pro estilo de luta da Cereza, e também foi concebido como nome por ela não se lembrar de sua origem) ela se apresenta como a nova Bayonetta, o que jamais será.

O próprio jogo tem a audácia de dizer "Continua na próxima geração" alegando que o tempo da Bayonetta que conhecemos se foi, e agora teremos essa versão sem sal e enfraquecida, em jogos cada vez mais genéricos de Hack&Slash barato.


Aliás, assim como seu pai, Viola é uma Fada, e pode assumir essa forma ficando extremamente poderosa, com capacidade de voo, disparo de energia e mobilidade acelerada, tudo isso por tempo limitado.


Ela descobre isso logo depois que é "morta" pelo próprio pai lobifada. Mas claro que ela não morre, e se regenera por magia rapidamente.


Ela também atira dardos e... sim, eu disse Fada. Sim, Luka é uma Fada.


Luka


De um humano que só queria vingar o pai, pra um investigador sobrenatural, e agora pra uma entidade astral suprema que vira lobisomen (ou lobifada)! Esse é Luka, o personagem mais superestimado de toda a franquia.


Apesar de sugerido como tal, Luka não é um Lumen (um Sábio devoto de Anjos), mas sim uma FADA. Pois é... isso nunca nem apareceu em qualquer Bayonetta, mas agora existem Fadas, no mundo do Caos mesmo (o mundo humano) mas, escondidas. E... Luka não é só uma Fada, ele é a RAINHA DAS FADAS... em um dos muitos universos.


É que, o Multiverso de Bayonetta só se aplica ao Mundo do Caos. Os anjos (Mundo da Luz) e os demônios (Mundo das Trevas) não são afetados, por isso eles não tem versões alternativas. Mas, Luka teria que ter versões alternativas (pra gerar Viola é claro), mas ele também tinha que ter algum poder especial, afinal tudo que ele já era não bastava pra garanti-lo no enredo (isso aos olhos dos novos desenvolvedores), então decidiram inventar uma raça nova jamais citada, da qual ele faz parte, e também existe no mundo Humano (Mundo do Caos), mas escondidas: Fadinhas.


Tinha tanto que poderiam fazer, mas no final fizeram isso. Luka podia ser um Lumen em outros universos, ter herdado o poder de uma versão alternativa sem querer, sei lá! Mas não, criaram fadas com licantropia crônica! E sabe o que é mais tenso? Nada disso é contado no jogo... você encontra esses dados em relatórios no menu mesmo, relatórios estes que pela primeira vez em Bayonetta, não tem justificativa canônica.


Os textos antes eram todos escritos de algum pesquisador, fosse o pai de Luka, ou o próprio Luka. Agora não, são só aqueles textos genéricos de todo jogo, pra que conheçamos mais dos personagens, acessando o menu principal e lendo sobre eles.


Luka no universo dos outros dois jogos, era um humano normal, mas habilidoso, e com recursos de sobra, além de ter ganhado os óculos que Cereza criança usava, permitindo que ele visse o sobrenatural.


Além disso, vale lembrar que ele se consolidou como Investigador, com um olfato apurado, e uma obsessão por procurar Bayonetta, ele é um perfeito jornalista, que viaja pelo mundo e evita conflitos.

Aqui porém, Luka é mais sério, pouco atrapalhado (no começo, depois ele desanda totalmente) e com ar misterioso. Nem demora até ele começar a virar Lobisomen, demonstrar aptidão mágica, e pior, descobrir conexão com um Luka Fada de outro universo. 
 

Uma pena que usaram a desculpa do "É outro universo então esqueça o resto" pois, Luka era um baita personagem que tinha uma razão incrível pra ficar próximo de Bayonetta... agora meio que o roteiro diz "Eles ficam juntos, é isso".


Luka se funde a todos os demais Lukas de outros universos no final, assim como ocorre com Bayonetta. Parece que o Luka Fada era uma versão dele que sobreviveu por ser oculto e por nunca ter sido afetado pela Singularidade. Sua sobrevivência no mundo entre as realidades, permitiu que se conectasse à Luka, o último existente, no último mundo sobrevivente.


Mas não é só isso, inventam agora que com a morte de cada membro em outros universos, uma massa de maldade gerada pela união de todas as almas, chamada Adão, acaba corrompendo a mente dos Lukas remanescentes, afetando por fim o próprio Luka (por isso ele vira Lobisomen Fadinha!).


E sabe o que é mais bizarro? Ele só é salvo por causa dessa transformação. Luka Fadinha chega até ele e o ajuda a voltar ao normal, sacrificando sua existência pra se fundir a ele e os demais Lukas, recobrando a consciência principal, ressuscitando, e conectando todas as almas de Lukas em si. Isso tudo é contado de forma superficial, só pra fazer alguma justificativa da razão de Luka ser importante, sendo que não precisava de nada disso, ele já era importante sendo O PAI DA VIAJANTE DO TEMPO!


É ilógico, o Fadão que era o mais poderoso obviamente, abre mão de sua existência pra unir um dos Lukas com sua Bayonetta. Se bobear no universo desse Luka Fada, a Bayonetta tinha sido morta muito antes, talvez por ele próprio quem sabe. A questão é que ele abre mão de tudo por esse último Luka.

E no fim, Bayonetta e Luka morrem juntos, sem nunca gerar de fato a Viola. Bayonetta morre primeiro, após vencer o mal de forma muito anticlimática, tem seu corpo destruído e sua alma é reclamada pelos demônios. 


Daí Luka se recusa a deixa-la partir sozinha, e afunda junto no pacto. Pelo menos eles se beijam.


Claro que na lógica eles não morrem, e pode acontecer de Viola repetir os passos da mãe no "Bayonetta 2", buscando pela alma dela, e do pai, no mundo dos demônios, assim como foi com Jeanne. Mas acredito que não farão isso.


Até porque no fim mesmo, Viola já aceitou sua nova vida de Bayonneta Pirata, e seguiu presente no universo ao qual nem pertencia... mesmo sem nunca ter tido razão pra existir ali inclusive (afinal ela nunca nasceu!).

Jeanne


A amiga de Bayonetta, eu sinto tanta pena com como aniquilaram a imagem dela.


Antes uma bruxa intimidadora e estratégica, que deu suporte a sua amiga mesmo se passando por vilã, Jeanne virou um mcguffin, precisando ser ressuscitada em "Bayonetta 2". Sua enorme importância pra Bayonetta perdeu força, assim como ela própria perdeu estilo, poder, e até aparência aqui no 3.


Jeanne sofreu uma terrível repaginada no design, onde removeram sua silhueta feminina, seios, e deixaram ela estranha, ainda mais se comparada as versões anteriores. Ela não parece a mesma personagem, até porque não é, afinal é uma Jeanne de outro universo.

Mas, tirando o físico dela, ela tem exatamente as mesmas habilidades da Jeanne vista anteriormente, até mesmo as Transformações em Animais, dando a impressão que ela nunca evoluiu, diferente de sua amiga.


Mas detalhe, isso é furada! Afinal essas habilidades animais só aparecem nas missões especiais da Jeanne (que são obrigatórias, apesar de serem um jogo diferente, e são canônicas).


Quando ela é liberada pra gameplay (pós jogo) os poderes dela imitam os da Bayonetta desse universo, com invocações ao invés de transformações em animais. Ou seja, até isso é inconsistente. 

Jeanne é posta como personagem secundário numa trama secundária, sem graça, sem desafio, e pior de tudo, sem SIGNIFICÂNCIA.


Tristíssimo assistir uma personagem antes tão bem construída, virando apenas um elenco de apoio descartável.

As campanhas de Jeanne são ainda menos interessantes que as de Viola, e até mudam o estilo do jogo pra um formato nada inspirado (que é até mesmo considerado outro jogo! com créditos a parte).


Ela banca uma espiã, se infiltrando num prédio pra localizar um personagem que Viola diz ser importante, mas no fim nem é (não do jeito que ela pensa).


Esses momentos sempre são em visão lateral, virando um jogo de plataforma, onde Jeanne enfrenta monstros que patrulham a base do cara, como seus seguranças, e invade tudo destruindo tudo, até finalmente chegar nele e pacificamente "resgata-lo".

O desfecho disso é uma besteira que causa incômodo, pois esse personagem se revela o vilão na última hora, o que ironicamente não revela muita coisa.


Curioso que ele mata Jeanne perfurando ela com uma espada, e absorvendo sua alma, que depois de tudo volta, como espírito, pra ajudar Bayonetta antes de apenas evaporar.


Jeanne é um personagem sacrificado pela trama, que termina não servindo de muito, diferindo  drasticamente de seu peso narrativo nos dois jogos anteriores.

Mas o que mais me incomodou foi a aparência dela. Tem algo muito diferente na Jeanne de Bayonetta 3.


Eu achei estranho, mas... considerando que é a Jeanne de outro universo, é só ignorar né?

Ainda tem o caso das outras Jeannes e Bayonettas... mas falarei disso a parte.

Sigurd


Tem dois Sigurd na trama, de um deles nada se sabe, e do outro pouco menos disso.


A primeira aparição de Sigurd é como um cara ao lado de Viola, que inclusive a orienta a viajar no tempo e universos, pra buscar uma versão alternativa dele mesmo. Tudo é dito de um jeito bem vago e urgente, nos fazendo indagar a respeito, aguardando que isso uma hora ou outra retorne com mais respostas.


Mas nunca acontece. Esse Sigurd nunca é explicado diretamente na trama, e no seu lugar surge o outro Sigurd, quem Viola acaba encontrando (com ajuda de Jeanne) e, se revela apenas um golpista que tramou tudo.


Sigurd era um alquimista, que queria a destruição total do multiverso para obter controle absoluto sobre tudo. Sua motivação pra isso nunca é nem mesmo sugerida, e ele apenas brota como vilão principal, de um jeito super genérico, e sem qualquer desenvolvimento.

Ele a princípio é um cara em uma cadeira de supertecnologia, isolado em sua base (repleta de seguranças Homunculos!), e Jeanne nem suspeita disso.


Vale mencionar que os inimigos da vez são exatamente Homunculus, criados por algum alquimista com hypertecnologia, pra bater de frente com a magia. E ainda assim, ela nem suspeita.


Independente disso, a tramoia de Sigurd é falha, mas acaba bem sucedida mesmo nem fazendo sentido. Ele precisava de 5 artefatos que só podiam ser encontrados em 5 universos específicos (completamente randômicos) e ele designa Bayonetta pra fazer isso, enquanto bota seus próprios Homunculus pra tentar impedi-la.


É algo tão estúpido, pois na lógica, ele nem precisava pôr seus monstros pra atrasa-la, era só mentir pra ela e deixar que ela fizesse o resto. Mas não, ele envia criaturas colossais pros outros universos em busca desses mesmos artefatos, ou melhor, da Bayonetta que estaria indo atrás dos artefatos, enquanto destroem todo o resto já com o plano definitivo. Poxa, ele chega ao cúmulo de fazer seus homunculus sabotarem sua máquina, atrasando os próprios planos dele! Qual a lógica?


Bayonetta tem que ir nos 5 universos pra buscar esses artefatos (que por si só também não fazem sentido algum, explicarei depois o porquê) só pra entrega-los de mão beijada pro vilão! E assim torna-lo o supremo.

Mas ele já era supremo antes disso, e ele nem precisava de tanto show pra convencê-la. Viola, tão convicta que era a única forma de salvar o multiverso, faz questão de convencer ela! Então caramba Sigurd só precisava esperar sentado.


Mas não, ele decide mudar o plano na etapa final e se coloca como vilão, pra sair na porrada com Bayonetta e obviamente, perder.

Até tentam ser criativos, mostrando que o vilão era tipo a personificação do Destino, e que todas as Bayonettas que sobreviviam acabavam chegando na mesma etapa final e eram executadas. Porém ocorre o oposto pois, dessa vez, a Bayonetta é especial, não ao ponto de ser mais forte, mas de ter mais contatos.


O vilão só é derrotado pois as outras Bayonettas que ele absorveu aparecem tudo junto. A Bayonetta que controlamos ganha suporte de todas e, só assim ganha força o bastante pra peita-lo.

E ainda por cima, no final mesmo, Jeanne também volta a vida só pra ajudar ela e depois vazar. Tudo pro chefe explodir de forma genérica.


E sabe qual a explicação disso tudo? Bem, o vilão real, real mesmo, é "Singularidade", uma das versões de Sigurd (o nome nem parece né!?) que atingiu o ápice da tecnologia e é obcecado pelo estudo do Multiverso, acreditando de pés juntos que o Universo do Caos se tornou frágil, e um alvo fácil pros demais universos, ao se dividir em múltiplos.


Daí o objetivo dele é unir tudo de novo, tornando aquele de onde ele saiu o único, e fazendo ele se sobressair sobre os demais universos (dos anjos e demônios). E quem é o alvo dele em todos os universos? Bayonetta, só por ela ser fortona mesmo. Sério, ele caça a Bayonetta só por ela ser forte.

Singularidade podia se comunicar com suas outras versões então, todos sabiam do plano real, inclusive o Sigurd rebelde que ajudava Viola. Logo, o tempo inteiro ele enganou geral... por nada também, pois mesmo conseguindo concluir seu plano, ele falha.


Rosa


Outro personagem que dá o ar da graça é a mãe de Bayonetta, mas ela surge como uma versão alternativa apenas, que em seu universo permaneceu viva e lutou ao lado da filha, como um tipo de ladra.


Ela é a única personificação variada que tenta explorar um "What it" por assim dizer. Todos os demais universos acabam sendo apenas justificativas ralas pra mostrar cidades diferentes onde Bayonetta manda... o que também é bem esquisito.


Mas a aparição de Rosa é pra trazer um pouco de maternidade na consciência de Bayonetta e fazê-la mostrar que superou seu passado, tanto que ela mata ela assim que isso se torna necessário, sem nem hesitar.


Coisa que ela já não faz com Jeanne por exemplo, mas tudo tem sua explicação, por mais besta que soe.

Rosa acaba sendo possuída por um parasita e vira o primeiro chefe da fase, mostrando os poderes de sua arma, e de sua invocação. 

Bayonettas Alternativas

Achou que tinha acabado? Pois é, tô só começando.


Existem infinitas Bayonettas mas, só algumas recebem destaque. Duas delas, obviamente, são puro fan-service pra alegar que a Bayonetta do primeiro jogo, e do segundo jogo, são diferentes (mesmo não sendo).

As demais são extremamente genéricas e mesmo tendo um pouco de criatividade, acabam não tendo um background narrativo que preste, tirando uma, por alto.

Bayonetta "mãe de Viola"


A primeira Bayonetta que vemos é tecnicamente a Bayonetta do primeiro jogo, sem mudanças, mas também sem qualquer evolução. É que na lógica lá do jogo estreante, haviam duas Bayonettas por causa dos conflitos temporais e afins, apesar de que também existe aquele porém das mudanças temporais afetarem apenas A MENTE dos envolvidos, e não fisicamente.


Por isso a primeira Bayonetta, que morre em combate ao peitar o chefão na mesma cena final do jogo, onde Viola escapa, é a Bayonetta do passado mesmo, do tempo em que ela talvez nem sabia que seu nome era Cereza, por exemplo.


Nesse ponto é estabelecido que apesar de serem universos diferentes, eles ficam em linhas temporais diferentes também.


O jogo diz que essa é a Bayonetta mãe de Viola (nos documentos, nunca na trama), o que significa que Bayonetta teria ficado com Luka caso os eventos de "Bayonetta 1" nunca tivessem sido alterados com o final. Quase como se ela encontrasse outra forma de vencer seu pai, ou algo assim. Mas, fato é que Bayonetta ainda viveu anos sem mudar nem mesmo seu estilo, pois se ela é a mãe de Viola, no mínimo 18 anos se passaram afinal essa é a idade de Viola.

Por isso que digo que ela não teve nenhuma evolução. Originalmente, a Bayonetta do primeiro jogo evolui muito na transição pro segundo, em uma diferença de apenas 1 ano. Ou seja, essa travou no tempo ao se vincular a Luka.


Mas acredito que isso seria um mero equívoco do relatório, que cita na verdade Bayonetta como mãe, no geral. Viola não tem seu passado mencionado e na introdução do jogo, ela mesma diz que essa não é a primeira realidade que ela visita. Tanto que, o portal que ela abre é tido como sua última chance, o que sugere que ela tinha passado por outras realidades antes disso.

Ao morrer, essa Bayonetta transfere suas últimas palavras e um pouco de energia pra Viola, a curando e preparando pra última viagem, de encontro à Bayonetta que nós passamos a controlar. 


Por conta disso que a Bayonetta protagonista vai de encontro a Viola, mas passa direto por ela, indo pra uma festa num navio, completamente randômica, e sem nada de importante. Pois, nesse navio ela enfrenta homúnculos que começam a invadir o mundo mas, não eram apenas eles ali. Eles estavam em toda parte, inclusive num tsunami que varre a cidade!

Então tecnicamente, a passagem de Bayonetta nessa introdução é desnecessária.

Bayonetta Japonesa


Uma Bayonetta Otaku surge no Japão, sendo essa sua cidade natal em um dos universos visitados.


Nada de especial nela, tirando o fato que seu demônio patrono não é a Madama Butterfly, mas sim a Tarantula de Fogo Gigante, e por causa disso ela não usa pistolas, mas estranhos Yoyos de Serras que soltam Teias.

Ela morre é claro, executada por capangas de um chefe, passando sua invocação, pacto e armas pra Bayonetta invasora.


Um dos poucos detalhes sobre ela é que sua Jeanne morreu assim que a invasão multiversal começou.


Essa Jeanne não chega a participar da história, mas pode ser vista em cutscene.

Aliás, nós chegamos a jogar como ela pra testar a arma dela, e a transformação em aranha, na luta contra o chefe da fase dela.


Ela vira a aranha pra atravessar o cenário destruído e alcançar o chefe, muito parecido com o teste de sua invocação (feito pela Bayonetta principal). 


Mas nada muda em sua mecânica, e no fim ela é morta mesmo vencendo a luta do chefe.

Bayonetta Chinesa


Mesma ideia, mas agora é uma Bayoneta na China... FEUDAL. Sim, o tempo regride, e aqui Bayonetta é um tipo de comandante do exército chinês que batalha na Muralha da China pra vencer a invasão de Homunculos.


Mas Bayonetta usa como patrono um demônio Trem, em plena China Feudal (em quem ele se inspirou pra tomar forma?) e ela usa sua magia abertamente pras pessoas verem.


Apesar de muito forte, e até lutar ao lado da nossa Bayonetta, ela morre, também executada, mas agora pelo próprio chefão (que esmaga ela apertando e absorvendo), passando seus pertences do pacto pra nova Bayonetta, depois do chefe ser derrotado.


Bayonetta Egípcia


Num passado ainda mais distante, a Bayonetta tem até uma Jeanne! E ela é tutora da Princesa do Egito, Bayonetta (sim, eles colocaram Bayonetta como uma princesa, no Egito... sendo que ela teria potencial pra ser considerada uma deusa!) e não tem ninguém em seu reino, nenhum exército lutando nem nada. Na verdade o Egito nem é atacado até metade do capítulo.


Essa parte me confunde fácil, pois nesse universo quem manda é Jeanne. Ela é mais poderosa que Bayonetta, sendo aquela que ensina e protege a Princesa do Egito. De início ela tá correndo pra enfrentar o mal sem pôr sua pupila em perigo, e acaba enfrentando Bayonetta (a nossa) confundindo com a sua pupila, pra mostrar quem é mais forte. O patrono dela é um Sapo Cantor.


Nem vou falar mal da ideia do Sapo pois achei uma das mais inspiradas, apesar de achar que um Gato (Egito né!) seria mais legal. Mas, após muito enfrentar Jeanne e conquistar sua invocação (após ela ser morta por um dos homunculus), resta enfrentar ainda a Bayonetta daquele universo.

Ela tem como patrono o Pássaro Demoníaco, e perde o controle com a perda de sua tutora, e ela se converte numa ameaça bem mais poderosa, sendo inclusive bem orgulhosa de seu poder absurdo.


Detalhe que ela oferece o sangue do pulso pra fazer esse pacto, achando que esse era o pacto supremo. Mas ao ver a Bayonetta protagonista arrancando o próprio coração, ela entende quem é a mais forte.


Por isso ela acaba se sacrificando, ao ver que a Bayonetta invasora é muito mais poderosa, e tem mais chances de vencer, dando sua vida pra salvar a dela.


Aliás, o artefato que o alquimista queria era só um dos muitos tesouros da Bayonetta egípcia, que é roubado de seu cofre depois que ela é derrotada.


Bayonetta Francesa


Agora na França contemporânea, Bayonetta é uma mágica itinerante de dia, e uma ladra de noite, que rouba coisas ao lado de sua mãe, mas, ambas são defensoras do mundo é claro, lutando contra os anjos.


Essa é a única história que ao meu ver foi inspirada, pois consegue mostrar uma realidade plausível e paralela àquela que pertencemos. Sem contar que, nesse universo, além do envolvimento com Enzo ser bem diferente, Bayonetta ainda tem sua mãe, revelando mais ou menos como ambas ficariam juntas.


Lembrando que a morte de Rosa é impossível de evitar, no universo da nossa Bayonetta, pois é isso que molda quem a personagem é, mas isso não é ignorado nessa realidade, pois a sobrevivência dela carrega a morte de todas as outras bruxas na Guerra dos 500 anos passados.


Enfim, Rosa é assassinada pela Bayonetta invasora (nossa Bayonetta) após ela ser parasitada por um dos Homunculos, e sua arma, além de seu pacto, são passados pra Bayonetta (que passa a controlar uma Metralhadora feita com Portões demoníacos e um demônio em forma de Torre).

Já sua versão francesa, passa a acreditar que ela é a vilã, ainda mais por ter matado sua mãe, e se volta contra a "impostora". 


E pra piorar, ela acaba sendo parasitada depois, virando uma vilã.


Detalhe que nesse universo, ela tava tentando roubar justamente o artefato que o alquimista queria. Se ela sabia da importância disso ou não, não da pra saber, mas foi uma coincidência bem feliz pois facilitou muito pra Bayonetta.


A Bayonetta francesa usa um demônio voador elétrico que parece um Morcego, e depois de muito resistir, acaba sendo controlada por um parasita, assim como foi com sua mãe, e é destruída, passando o que sobrou pra Bayonetta invasora.

Bayonetta 1 e 2


No final, quando a bruxa ta caída e quase sendo executada, surgem suas duas versões mais fortes, a Bayonetta da versão final do primeiro jogo, e a Bayonetta do segundo.


Apesar de ambas serem a mesma, só com 1 ano de diferença e um visual diferente, o jogo nos diz que são duas Bayonettas de universos diferentes, que também resistiram à Singularidade e tão lá pra ajudar numa luta tripla... que não acontece.


Na verdade a gente só controla a Bayoneta do 1, sendo que a do 2 nem mesmo chega a ser jogável. Disso, o positivo é que o layout é o mesmo de Bayonetta 1, apesar do gameplay ser bem inferior e apenas uma simulação do que era no jogo original.


Depois eles fundem as 3 Bayonettas numa mescla besta, e apenas ficamos mais fortes mas com nossas mecânicas normais, peitando o vilão até finaliza-lo e... é isso.


Jeanne Alternativa


Antes de falar do restante do jogo, preciso falar que tem uma Jeanne no universo alternativo, que acaba morrendo se sacrificando pela sua amiga.


O elo das duas era fortíssimo, tanto que Jeanne nem queria que Bayonetta se arriscasse (elas lutam justamente por isso). Mas ela morre primeiro, com a egípcia indo ao seu encontro no outro mundo ao salvar a Bayonetta invasora.


O que quero destacar aqui é que ela confunde-se um pouco com a Bayonetta. 

Essa Jeanne morre após lutar junto da Bayonetta, sendo absorvida pelo chefe ao vencer. Quem a mata inclusive é a Bayonetta egípcia, pois a protagonista se recusa a atirar. 


Como ela tava sendo absorvida, o ataque misericordioso poupou ela da dor.


Depois disso as duas Bayonettas enfrentam o chefão juntas.


Bayonetta Criança

Só pra não esquecer mesmo, existem momentos que Bayonetta precisa interagir com um Homúnculus que afeta o tempo. É só um puzzle, mas é interessante pelo fato dela temporariamente ficar na forma "criança".


Na real ela fica mais alta que sua versão infantil passada (como se fosse adolescente) mas no visual infantil. E ela perde a maioria dos poderes (só tendo pulo duplo), tendo de correr contra o tempo pra alcançar os objetivos no cenário.


O mapa mesmo ela modela administrando o fluxo do tempo, girando no homúnculus caído (como se fosse pole dance), o que a faz rejuvenescer temporariamente.


Esses momentos sempre são opcionais.

Mecânica Geral

Agora que conhece os personagens, e a complexa desgraça na quais mergulharam a narrativa de Bayonetta, bora falar da mecânica em si, que não é nem de longe a parte boa.

O pouco tempo de jogo se resume a andar, fingir que explora, e lutar contra inimigos em pontos específicos. Pra nos manter distraídos tem alguns puzzles e missões paralelas, mas até isso acaba sendo meio "linear". Tem até a opção de orientação caso o jogador consiga se perder.


Fato que a linearidade sempre foi algo presente na franquia, mas pelo menos tentavam variar com coisas diversificadas. Agora tudo é muito vazio e quieto, até surgirem meia dúzia de monstrinhos e pronto, tudo vazio e quieto novamente.

Há momentos em que o cenário chama a atenção com eventos ao fundo, claro que há, mas no geral quase não da pra aproveita-los, por causa da maldita câmera.


A personagem fica distante da câmera, pra dar mais destaque às criaturas colossais que ela invoca, e facilmente perdemos o controle da visão, mesmo ainda tendo de controla-la para conseguir pelo menos brincar durante as lutas. 

Tudo é desequilibrado, com as bestas gigantes invadindo a tela e arrasando tudo, dando um aspecto de bagunça, e pior, arruinando nossa percepção geográfica, fazendo tudo parecer apertado de mais, e fechado de mais.


Por mais que os cenários pareçam grandes quando não tem invocações tomando o espaço todo, eles são limitadíssimos, e pouco há para buscar. O que tem, geralmente se resume a colecionáveis dispensáveis (que inclusive podem ser obtidos sem nem procura-los, apenas concluindo o jogo pela primeira vez). Também há pequenos enigmas, e desafios de combates regrados, exatamente como nos demais jogos, só que piorados.

É que, além de estarem sempre fáceis de se encontrar, esses combates tem regras completamente bobas, e mal rendem divertimento, servindo mais pela recompensa que é útil em todo caso, uma expansão da vida ou magia, ou melhor, uma parte da expansão.


Pra aumentar a vitalidade máxima de cada personagem individualmente, é preciso usar um Coração, e pra aumentar a Magia é preciso usar uma Lua de Pedra. O Coração geralmente vem fragmentado em 4 partes, e a Lua em 2, com esses desafios entregando só um fragmento, pela primeira vez superados, mas isso é fórmula repetida dos outros "Bayonettas".

Dos enigmas, o único que pode compensar é a busca pelo "Gato, Sapo e Corvo", que nem mesmo faz sentido junto a mitologia de Bayonetta, mas está presente pra nos fazer gastar um tempinho caçando essas pequenas criaturas reluzentes em carmesim.


São apenas animais escondidos nas fases, que caso encontrados e capturados, liberam uma fase especial. 

Os Gatos miam, assim são encontrados e correm muito rápido, sempre sendo difícil alcança-los. Alguns tem que ser capturados na corrida mesmo, outros com obstáculos jogados no caminho.


Os Sapos coaxam, e aceleram o coaxar quando nos aproximamos. Eles sempre ficam escondidos e não se movem, podendo ser encontrados pelo som que fazem mesmo.


Os Corvos grasnam, e ficam parados em cantos, voando rapidamente pra longe e fazendo rotas específicas. É preciso pega-los no ar e caso fujam, reaparecem no local onde foram vistos antes.


Existe um animal extra que não faz exatamente parte desse desafio, mas aparece em todas as fases. É uma Aranha Entregadora, que só precisa ser atacada pra liberar um item.


Toda fase tem um de cada, e a recompensa acaba sendo gratificante pois revela desafios extras opcionais, que podem dar Vida ou Magia já completos (sem precisar dos fragmentos), Acessórios ou até Armas e Invocações novas. 

Também tem a possibilidade de se enfrentar criaturas "inéditas" e isso é o suficiente pra nos chamar atenção, numa extensão do gameplay.


Mas na campanha em si, nada disso sequer tem importância. Independente do que façamos, nosso objetivo é só andar e bater nos inimigos que surgem, em intermináveis Versículos de cada Capítulo.


Uma característica antes bastante divertida, acaba sendo maçante e repetitivo neste título, com os inimigos e chefões surgindo de forma abrupta, sem qualquer significado, e pior, sem criatividade no design, revelando-se seres genéricos e repetidos fortuitamente. 

São monstros grandes de gosma, e é isso. Tudo sempre é grande e gosmento, tudo é sempre derrotado do mesmo jeito, perdeu-se aquele impacto, a surpresa, com raríssimas exceções.


Um ponto forte do jogo são os enredos das armas (tenho ressalvas) e como elas e suas invocações são obtidas, ao menos até metade da campanha, pois depois disso todo o cuidado que pareceram ter ao desenvolver reviravoltas antes de conquistar as tão desejadas armas, simplesmente some, chegando ao cúmulo de jogar 2 ou até 3 armas e invocações AO MESMO TEMPO, pro jogador pegar e testar... em missões secundárias.

Sistema de Batalha Piorado

Pois é, o jogo é tão cheio de coisa, que mal nos dá tempo de conhecer o que obtivemos. Com uma renovação desnecessária na antes funcional mecânica estreada em "Bayoneta 2", o que temos aqui é um sistema retrógrado de mudança manual de armas, que só nos desanima e desestimula a testá-las.


Temos umas 50 armas (exagero, mas são muitas), mas podemos usar somente duas, e pra equipa-las devemos parar o jogo, abrir o menu, ir até a parte onde elas estão, torcer pra estarem habilitadas (pois se estivermos em batalha geralmente elas não ficam, enquanto atacamos ou somos atacados) e aí trocar, torcendo pra dar tempo de ver ou fazer alguma coisa quando voltarmos pra luta.

A mesma regra vale pras invocações, mas nesse caso temos 3 equipáveis. Só que há regras diferentes pra elas, onde caso morram, temos de esperar um tempinho pra reviverem, e também usam magia pra atacarem.


Pior é que o sistema de invocação é uma porcaria de mexer... eu falarei mais depois.

Sistema de Aprimoramento

Chato mesmo é o sistema de upgrade de habilidades, que se não nos atentarmos, chegaremos facilmente até o final do jogo sem nem saber que tínhamos mais habilidades pra desenvolver! O jogo não explica, não há nada que nos indique como fazer o upgrade, então é normal apenas não fazermos.


Com três tipos de moedas, tudo soa como exagero atrás de exagero. Tem uma moeda própria pra comprar itens e acessórios, e uma própria pra colecionáveis. Ainda por cima, uma outra moeda é usada como recurso de upgrade em habilidades, mas a gente só descobre isso quando é meio tarde de mais.

Os demônios podem ser melhorados com orbs vermelhos, e as armas também, mas pra chegar nisso é preciso apertar um botão no menu, em cima da grade de habilidades de Bayonetta, pra ver as demais habilidades, das invocações, e também dos demais personagens.


Fogo é a desordem pra obter as outras moedas. A pra comprar itens é pega jogada no chão mesmo, aos montes por toda parte, como fetos de homunculus. 


A usada pra comprar colecionáveis são as aureolas que Rodin tanto ama, mas agora só saem de objetos randômicos. Se tiver algo "diferente" destrua que sai essas argolas...


E os Orbs, usados em todo o resto, são pegos como premiação ao vencer inimigos ou concluir fases, tudo com base nos pontos do jogador.

Tudo isso pra quase nada.

Variedades e Mudanças

Há mais de um personagem jogável... mas em campanha só 1 realmente é nossa segunda opção, apenas em fases específicas (a principio, pois da pra rejogar tudo com outros personagens se quisermos perder tempo), e não temos como trocar de personagem durante a campanha.


Nem mesmo nas vezes em que temos 2 personagem em campo é possível mudar de personagem, tirando um único momento onde somos obrigados a fazer isso, numa divertida e rara luta diferente.

Falando desses momentos, tem alguns super inspirados que conseguem arrancar nosso fôlego. Um deles até me fez chorar de alegria, pois era inusitado e foi muito divertido além de perfeitamente encaixado.

Mas, todos esses momentos são relacionados ao clímax de algum chefão, dando muito mais destaque pro momento em si do que pro chefão.


Pior é que, não são todos os clímax que passam essa sensação agradável de estar vendo um espetáculo. Mesmo o jogo sendo linear, bagunçado, difícil de ver e fácil, esses momentos compensam o esforço... pena que não são todos.

O próprio final é um dos momentos que perdeu a chance de ser realmente épico, e ficou apenas idiota e previsível. Estou até pasmo por terem a pachorra de arruinar a "tradição Bayonetta" de encerrar com algo gigantesco e cósmico, pra fazer algo massivo e meramente cinematográfico. 

O Maior Erro

Agora o ponto definitivamente mais negativo do jogo, é seu enredo, que é preguiçoso, previsível, tumultuado, vago e sem resolução! 

Estou até agora tentando entender como lançaram um final de Bayonetta assim, mas calma, eu vou falar de tudo a seguir.


Acredito que Hideki Kamiya (criador de Bayonetta e Dante de DMC) esteve mal inspirado aqui, ou a influencia do novo diretor Yusuke Miyata foi tamanha, que o fez negligenciar sua própria obra.

Os maiores "méritos e atrativos" de Bayonetta sumiram aqui. A sensualidade da moça desapareceu por completo, aliás não só dela, mas do elenco todo. Agora ela tá muito mais voltada pro lado carnavalesco e extravagante, com roupas coloridas e acessórios chamativos, como se fosse uma modelo de um estilista bem excêntrico. 


No entanto, aquela ideia que destacou a personagem, do cabelo revestindo o corpo e precisando sair pra dar forma às suas invocações, não só quase nem ta presente (e quando tá, perdeu qualquer toque sensual), como também não faz sentido, afinal agora o cabelo dela não é mais uma arma.

Sei que, por ser um jogo atualmente exclusivo da Nintendo, da pra entender que quiseram desvincular a imagem da personagem de coisas conotativas. No entanto... ISSO QUE TORNAVA ELA ÚNICA.

A personagem era sensual e fazia questão de usar e abusar disso pra provocar os inimigos. Agora ela apenas fica peladona enquanto faz performances nada interessantes, e é totalmente censurada, não só pelo cabelo, mas pelo próprio jogo e seu design mesmo.


Aqui muito mais dela é revelado, e esse "muito" na verdade é bem menos, e nada provocante... inclusive é estranho. Antes era curioso o cabelo revestindo tudo, agora os caras botam apenas... luz.


Não tem mais polêmica, somente a Censura Saylor Moon.

Habilidades

Outra característica que se perdeu, que inclusive é a razão do seu nome, é a das Armas nos pés e Mãos. Bayonetta agora nem faz questão de usar isso, com total destaque apenas pras armas de punho que ela usa.


Em jogabilidade, agora ela ficou totalmente genérica, sendo apenas mais um personagem que bate com as mãos e dá chutes. Aquela essência de pés dando tiros paralelo às mãos, no meio dos murros, realizando combos, enquanto assistia a personagem fazendo um monte de movimentos malucos se contorcionando com pés e mãos, bem... tudo isso não tem mais.


O foco da personagem agora é a transformação.

Essa Bayonetta pode se transformar por inteiro em qualquer demônio que tenha contrato, ou meio que criar uma versão hibrida de seu corpo com o deles, vestindo uma máscara (que a gente nem vê).

Paralelo a isso, ela também tem a capacidade de invoca-los por inteiro, e não só uma parte deles. Agora Bayonetta pode manter os demônios em campo. Para fazer com que permaneçam, ela deve dançar (consumindo Magia) e perdendo controle sobre seu próprio corpo.

No entanto, durante toda a dança, passa a ser possível mover os gigantescos demônios invocados, atacando com chutes, socos, pulos e especiais, até serem liberados ou a magia acabar.


Bayonetta também pode atacar, mas tem que ficar com o botão de invocação pressionado, ou os demônios simplesmente somem. 

Os comandos pra ataques dos demônios ficam registrados no meio da tela e demoram um pouco pra serem correspondidos. Então enquanto Bayonetta pula, chuta, esquiva e atira, o jogador deve ficar atento com os comando registrados pro demônio imitar no centro da tela, ou então vira uma bagunça maior ainda, e sem controle algum.

Além disso, ela se torna vulnerável por não poder andar, mesmo os inimigos indo mais na direção das criaturas gigantes, alguns podem mirar nela (ou até acerta-la por engano) o que cancela as invocações.


Daí a confusão. Imagina atacar usando um bichão que afasta a câmera pra caber na tela, e perder a noção de onde a personagem ta, pra tentar protegê-la! É isso que ocorre.

Ela pelo menos ainda tem aquela esquiva que deixa o tempo mais lento se executada na hora exata do ataque... mas o ruim é que quando ela tá invocando algo, ela não pode fazer isso.

Sem contar que não da pra usar a todo momento não, exceto quando ela obtém uma invocação que em um dos seus poderes mais forte, pode paralisar o tempo. Mesmo assim, isso pouco ou nada ajuda fora de batalha.


Pra variar, as armas que ela equipa são em sua maioria Grandes e Espalhafatosas, tomando ainda mais espaço da tela, não só com a forma física delas, mas as luzes e efeitos que causam.

Triste é ver que os movimentos de Bayonetta agora estão ainda mais genéricos, como um hack&slash qualquer. Nem mesmo são armas criativas, algumas parecendo até repetitivas, e todas elas já se auto-instalam como Armas Brancas e de Fogo ao mesmo tempo, deixando ela com só 3 movimentos de ataque: Chute, Soco e Tiro.


O modelo de Set de Armas aqui é muito mais simplificado. Tanto faz se é pé ou mão (nem é mais citado isso) ela simplesmente só pode andar com 2 armas equipadas que ao serem trocadas, mudam sua forma física por inteiro (dando a capacidade de transformação da arma respectiva).

Inclusive, lembrei muito sabe do que? "Kingdom Hearts 3", e as transformações de Sora. 

Tecnicamente é exatamente a mesma coisa! Algumas armas só parecem mudar o desenho, pois na prática tem os mesmos efeitos. 

Outro movimento que ela ainda possui é o Pulo Duplo, seguido por um Terceiro Pulo Especial. Esse terceiro pulo varia o efeito dependendo da arma que Bayonetta estiver equipada, fazendo ela se transformar.


Bayonetta não tem mais as formas de animais (somente a primeira que morre no comecinho), então ela agora só tem vínculo com formas demoníacas.

Mas não espere nada muito dinâmico não. Todas as formas só dão um Pulo Maior ou Aumentam a Velocidade dela. Cada uma de um jeito, e acabam tendo efeitos adaptativos ao ambiente explorado, mas nenhum é essencial pra alguma ação específica (mesmo os puzzles dedicados podem ser resolvidos com pulos diferentes), todos sendo muito parecidos.


Ataques não mudam com as formas, elas não podem atacar. Só os efeitos das armas mesmo, que as vezes podem gerar a transformação na finalização de um combo, ou seja, ao invés de invocar algo, Bayonetta que se transforma no final dos combos, apesar de ela também poder invocar demônios.

Ao término de cada combo longo, por um segundo Bayonetta pode invocar um de seus demônios pra um golpe simples, sem consumo de magia. O demônio invocado não é aquele que ela tiver na Seleção de Invocações, mas sim o respectivo da arma equipada.


Sobre o círculo de Invocações, apesar dele ser grande, só da pra pôr 3 invocações, e apenas invocar 1 por vez. A magia usada pra todas é a mesma, e ela se restaura com golpes acertados nos inimigos.

Os demônios não tem vida, mas se enfurecem caso recebam muito dano, e além de perderem o controle (ficando vermelhos e violentos inclusive pra Bayonetta), eles podem apenas explodir ou serem desabilitados por algum tempo (alguns longos segundos), mas demônios nunca morrem definitivamente.


Ao longo do jogo, alguns demônios acabam fazendo contratos temporários com Bayonetta, mas logo depois eles firmam contrato permanente, ao final das fases, virando parte fixa da coleção dela.

Além de Bayonetta temos Viola, que não tem as habilidades capilares da bruxa, mas também pode invocar um bichinho grande.


Ela conta com uma Espada pra atacar, e ao invés da esquiva temporal, ela tem uma defesa absoluta que pode também deixar o tempo mais lento. É mais confuso de jogar com ela pois os botões invertem (o de defesa dela é diferente do de esquiva).


Apesar de ser usada na campanha obrigatoriamente algumas vezes, Viola não evolui muito, nem encontra novas armas ou invocações. Seu máximo é quando ela passa a ganhar sua transformação própria.


E como arma, ela usa Dardos mágicos, 4 de uma vez. Ela nem chega a tocar em Armas de Fogo.


Armas

Aboliram completamente as armas de fogo ou armas descartáveis.


O que temos são os demônios, que sempre que realizam um pacto com Bayonetta, entregam automaticamente uma arma, como um símbolo do pacto (apesar de literalmente aparecer um símbolo do pacto nas costas dela!).

Todas as armas tem efeitos de Disparo próprios, e de Dano Físico próprio. E todas as armas são de ataque "massivo". Umas indo mais longe que as outras, mas todas servindo basicamente pra destruir tudo o mais rápido possível.

Chega a ser assustador como tudo que a Bayonetta carrega é gigantesco. Tem coisa que nem efeitos e animações decentes possuem, e aquela articulação toda que ela tinha com as armas desapareceu. Nem da pra reconhecer a moça com nome de arma e bem, reservarei um espaço no artigo pra falar dos Demônios/Invocações e suas respectivas armas, sem enrolar.

Coisas Preservadas

Bem, uma ação antiga dela se preservou mas, quase não tem efetividade aqui: Execução por Tortura.


Quando inimigos estão atordoados, pode surgir a opção de causar dano por tortura mas, tudo fica ofuscado com o tanto de bagunça em tela. Nem da pra perceber, e isso também nem mata os inimigos, pelo menos não garante que morrerão, sendo necessário drenar boa parte de suas vidas pra conseguir algo assim.


Outras coisas que se mantiveram foram os Placares de Pontuação, premiando o jogador pelo número de conquistas ao término das fases, e o quão bem sucedido o jogador foi na média, com um Troféu de um dos personagens.

Também mantiveram a fabricação de Poções, tão simplificado quanto o 2. Os itens pra se construir são aqueles pirulitos consumíveis pra curar vida, magia, ou dar algum benefício como imunidade a danos, temporariamente.


E, o jogo conta com salvamento automático (ou manual se o jogador quiser), além de ter vidas infinitas. Morrer só faz voltar pro último ponto seguro, se for um chefe por exemplo, retorna pra última etapa da luta sem problemas. O máximo que se tem é penalidade no troféu.


Momentos Dinâmicos

Agora sim as coisas ficaram lindas. O que mais tem aqui são momentos de clímax pra lá de inusitados e variados. Eles parecem até outro jogo, rendendo momentos impressionantes.

Todos eles estão relacionados a algum combate final com algum chefão, mas nem todo chefão tem um momento assim. Geralmente são só os definitivos das grandes fases, que por si só nem se destacam. Mas, nem da pra lembrar de tudo, e deixarei isso pra falar quando for descrevê-los.

Acontece que é ainda melhor falar dos chefes pelo jeito como eles são derrotados do que por eles mesmos, por isso acredito que seja melhor citar os demônios que os matam, junto com esses momentos épicos.

Demônios Invocados

A justificativa para Bayonetta passar a invocar demônios de corpo inteiro e controla-los por magia, quase como marionetes, é a de que eles não atacam nada além de anjos (balela). E mesmo com Bayonetta lutando, eles se negam a atacar a nova espécie que ela enfrenta (balela, pura balela... ela podia invocar partes deles com cabelo se isso fosse mesmo problema, nada a ver!).


Então, ela usa um encantamento proibido pra abrir portais de cabelo e ainda controlar geral com ele, enquanto dança. Detalhe que... não é a primeira vez que Bayonetta faz isso (no primeiro jogo já foi possível controlar um demônio de corpo inteiro, mas invocado por cabelo puro, no meio do mar!).

Agora ela tornou isso seu poder padrão, e invoca-los é sua forma de lutar. 

Também existe um especial Climax onde Bayoneta pega a Máscara do Demônio e executa um especial. Sendo sincero não tem nada tão legal nisso, e é demorado pra carregar e lançar, usando um tipo de energia acumulada por combos.


A seguir darei um resumão de cada demônio, e apesar de serem muitos, nem são tantos assim. Nem todos tem grandes histórias, mas tem um ou outro que achei inspirados. E aliás, pra dar aquela resumida monstruosa, vou contar aqui os melhores momentos desses demônios, que já resume parte da história do jogo e mostra tudo que tem de bom neles.

Madama Butterfly


O demônio patrono da maioria das Bayonettas mais fortes dentre os universos, seja a mãe de Viola, seja a primeira, a segunda, ou essa de agora. Madama sempre tá com a mais fortona. Lembrando que os demônios patronos são aqueles que obtiveram a alma da bruxa num pacto, se tornando a principal invocação delas. Bruxas podem fazer outros pactos é claro, mas a principal é a primeira.


Madama foi aparecendo gradualmente ao longo dos jogos, e agora ela é invocada de corpo inteiro, tanto fisicamente, quanto pelas Máscaras. Aliás, Máscaras são um recurso novo das Bruxas que facilita a transformação em demônios (ou seja, realmente não tem mais nada a ver com o cabelo).

Em Bayonetta, a máscara apenas permite um pulo duplo que paira no ar por um tempo. Sem contar que ela ganha mais velocidade ao andar.


Invocada através das Pistolas "Mundo de Cor" (o nome das armas varia de Bayonetta pra Bayonetta), suas armas causam praticamente os mesmos efeitos em qualquer versão: Atiram, e dão Murros e Chutes com partes dela invocadas de portais.


Mas agora como ela aparece de corpo inteiro, ela pode andar, desfilando, e não tem tantos golpes além dos socos e chutes. 

Ela é bem serena, e no máximo pode jogar encantos nos inimigos, os seduzindo brevemente.


Uma versão muito mais poderosa dela é invocada numa das lutas, com ela se tornando a Rainha Butterfly. Bayonetta oferece seu coração pra ela, como prova máxima de pacto, e mesmo que ela não morra (afinal bruxas com pactos são tecnicamente imortais, até terem suas almas reclamadas pelos demônios), a dor do coração perdido é sentida.

Nessa forma ela fica gigantesca, e acima das nuvens, se banhando nas nuvens enquanto atira bolhas gigantes.


É um momento especial de luta final contra um chefe genérico que se multiplica, porém ela fica extremamente lenta, e só ataca com as bolhas, de tão imponente que é, movendo as mãos toda relaxada como se tivesse numa banheira em pleno céu. 


E, basta prender o vilão em uma bolha que com um único peteleco ela já esculhamba com ele, sem nem precisar de qualquer efeito espalhafatoso.


Outro momento é numa outra batalha contra chefes, onde Bayoneta fica em cima dela e ela sai na porrada, gigantesca mas mais rápida, enfrentando vários monstros enormes.


Gomorrah


Esse é aquele dinossauro que Bayonneta também adora invocar, sendo tecnicamente seu segundo maior pacto. Inclusive, ele é o primeiro amotinado no Bayonetta 2. Mas, agora ele ta sob controle, apesar de novamente ser o primeiro a fazer algo fora dos conformes.


Bayonetta o invoca no modo capilar pra tentar usa-lo contra um dos novos inimigos, mas ele se recusa a atacar, ficando paradão. É que os demônios só atacam anjos, e Gomorrah então só gosta de comer anjos (afinal ele é o Devorador de anjos). Como os novos inimigos são basicamente robôs, ele não faz nada.

Gomorrah que acaba induzindo Bayonetta a fazer um Pacto Proibido, com ela ganhando poder total sobre a alma dos demônios, e só assim ele passa a obedecer... mesmo que ainda seja invocado "parcialmente".


De todos, ele é o único que ainda não sai totalmente do portal pra atacar. Ele é bem grande, e em alguns ataques acaba saindo, mas geralmente fica só com parte do corpo pra fora.


Um momento legal dele é logo no começo, quando Bayonetta monta nele e sai surfando pelos prédios, e desviando de metrôs, até chegar no chefão.


Em uma parte ele até passa pela água (usando carros como patins), o que é visualmente legal, apesar de nada desafiador.


A arma relacionada a ele, junto da Máscara, é um Canhão gigante chamado "Columna G", que tem tiros lentos de energia carregada...


E serve como um porrete grandão, também lento.


É uma arma entregue gratuitamente por Rodin, apesar de ser uma das invocações base de Bayonetta.


Ao usar sua máscara ela vira um demônio que pode usar um propulsor de energia, dando um terceiro salto carregado e longo pra frente.


Ela também ganha mais velocidade mas, corre de forma desengonçada, o que dificulta a mobilidade.


Gomorrah Vil é sua forma suprema, também invocada após Bayonetta oferecer seu coração como prova de pacto. Ele se torna extremamente maior, e enfrenta um outro inimigo genérico, mas também gigante, num confronto estilo Godzila. 


É tremendamente mais lento que qualquer outro combate, e funciona quase como Pedra, Papel e Tesoura. O jogador ataca, e o inimigo também, os ataques se rivalizam e, o mais forte (apontado no canto) supera, causando dano.

Também da pra simplesmente sair atirando bolas de energia, mas demora muito pros gigantes responderem nesse confronto colossal.


Ele é invocado outra vez assim, pra lutar contra o chefe final (faltou criatividade) que também fica gigante sem razão, e de um jeito pra lá de genérico. Porém pra mostrar que Bayonetta é muito forte, ela faz uma segunda invocação junto com ele pra terminar a luta.


A versão mais forte das duas invocações principais dela se unem pra mandar o chefe final pro espaço... mas era só o começo da batalha final.


Um outro momento legal do Gomorrah é quando ele tem que matar um monte de zumbis na França, e vira um dinossauro grandão tacando fogo no pessoal tudo... enquanto dançam.


Na França é o único mapa onde as máquinas criam uma versão parasita que domina a mente dos outros, então aparecem vários soldados, tanques e até helicópteros possuídos. 


Mas, nem da pra ver direito de tão grande que o Gomorrah fica.

Phantasmaraneae


A Aranha Gigante de fogo ressurge, nem tão grande quanto antes, mas tão poderosa ao ponto de ser temida e até mesmo, o patrono de uma das Bayonettas de outro universo, nesse caso o do Japão.


Essa aranha é consciente, e fala bastante, reconhecendo a nova Bayonetta como sua aliada e até a ajudando temporariamente no inicio da fase.


Ao ser invocada ela pode jogar filhotinhos, soltar teia, fogo, subir em paredes e até absorver fogo, além de explodir.


De início, Phantasmaraneae é usada numa fase rápida onde tudo começa a ser consumido pela energia destruidora de mundos. 


Daí é preciso pular entre os prédios, usando sua invocação, pra ganhar impulso e passar por eles.


Sua máscara permite virar meio aranha, ganhando um pulo duplo com um disparo de Teia pra se balançar entre prédios, uma vez apenas, até tocar no chão novamente. 


Ela também permite andar nas paredes (igual Bayonetta sempre fez, sob a luz do luar). Aliás, Bayonetta não tem mais sua magia base de andar na parede, só pra validar o efeito dessa transformação.

Ela até chega a usar isso, em Cutscene, assim como o uso das pistolas nos pés. Mas na jogabilidade não.


A arma que ela oferece são os "Yoyo Ignis Araneae", a arma que eu mais usei. 


Basicamente são grandes serras circulares giratórias que avançam e causam dano repetitivo, criando combos. São poderosas, e ainda são rápidas e letais, acertando áreas grandes e distantes facilmente.

Em uma parte do jogo, Bayonetta oferece o coração mais uma vez, pra fazer ela virar The Phantom, uma versão de tamanho comum dela, mas em combustão constante!


Nessa hora, a luta é intercalada entre Phantom, flamejante que só, atacando a base de mais um chefe pra lá de genérico, enquanto também ganhamos controle de outra Bayonetta Egípcia, da realidade alternativa, voando acima do chefe gigante.


O brilho incandescente de Phantom é compartilhado com o gameplay inédito da invocação da nova Bayonetta, onde trocamos entre ambos quando desejarmos, mudando o ponto de visão.


E a batalha é com contagem de tempo regressivo, pois Phantom explode depois da magia acabar, e o chefe só recebe dano nos olhos que abrem em cima, ou embaixo.


De todos os chefes, esse foi o único que me empolgou, afinal pra vencê-lo é algo bem variado. E, no final, eu ainda tive que derrota-lo no último segundo, subindo com Phantom pelos tentáculos dele e vencendo na pura sorte. Por isso me marcou.

Malphas


Essa é a tal invocação voadora, trazida da Bayonetta egípcia, e a Bayonetta original também já fez invocações dele antes, mas essa não tinha seu contrato.


Essa ave demoníaca aparece em bandos antes da principal surgir, e ela não fala, apesar de também se  oferecer para a Bayonetta invasora, na tentativa de salvar sua mestra.


Apesar de voar, isso não faz muita diferença no gameplay, porém ela é a única invocação que pode agarrar inimigos e até joga-los em penhascos. Além disso ela tem poderes de ar expansivo.


Num de seus testes, ele é usado pra acionar interruptores criados exclusivamente pra Bayonetta Egípcia, mesmo o Sapo sendo tecnicamente mais importante.

Sua arma é um Leque Enorme chamado "Simun", que ataca meio de longe com vento cortante.


E sua Máscara faz Bayonetta ganhar asas, planando por mais tempo e em linha reta.


Malphas não ganha uma forma evoluída, mas durante a luta final da fase, o jogador pode controlar a Bayonetta Egípcia, já na invocação do Malphas.

E ainda tem uma fase inteira de voo, pra escapar do desabamento do "cofre do tesouro", que é bem interessante, com direito a um outro chefe genérico perseguindo Malphas...


Enquanto ele desvia da lava, areia, e pedras desmoronando, além de destruir os cristais no caminho.


Numa parte Bayonetta tem que atirar contra alguns monstros enquanto ele voa...


E até mesmo surfar em uma estátua de pássaro, tudo enquanto mantém a invocação.

Baal


Esse é o Sapo Cantor, que de início aparece ao lado de sua invocadora, Jeanne Egípcia, num combate contra Bayonetta no meio de uma visão temporal.


Depois disso Bayoneta Egípcia acaba derrotada e a Jeanne Egípcia segue avançando sozinha, com Baal se oferecendo pra invasora de outro universo como ajuda pra tentar salvar Bayonetta e Jeanne. Baal também fala, e muito, sempre cantarolando, e é um demônio fêmea (o sapo usa até bojo por baixo do vestido!).


O maior diferencial do sapo é o fato de causar veneno nos inimigos com seu canto. Um de seus ataques (música pura) pode criar uma chuva de sangue que drena muita vida de todos na área.


A arma que ele gera é um Microfone com Suporte chamado "Libido Anfíbia BZ55" que funciona como um Bastão/Cajado longo além de atirar esferas musicais nos inimigos.


Sua máscara faz Bayonetta ganhar uma forma que pula bem mais alto, com um impulso pra cima no meio do ar, mas também se move apenas pulando, o que a deixa um pouco mais lenta.


Baal ganha uma forma melhorada pelo pacto do coração, o que é surpreendentemente divertido e inesperado. Bayonetta o transforma em Baal Zebul, uma dama elegante cantora de ópera, em tamanho normal mesmo.


O que torna ela espetacular é que sua música mata tudo o que toca, e ela canta durante a luta inteira, trazendo um desafio de Ritmo! 


O jogador só precisa apertar o botão da direção que as hordas de demônios vem e, executa-los com a música automática, mas tocante! Além disso tudo vai ficando mais incrementado conforme a música avança, virando um verdadeiro show.


É um dos melhores momentos do jogo, que encerra com o chefe sendo derrotado, que infelizmente era a Bayonetta Francesa parasitada.


Daí ela explode e chove sangue de demônio.


Mictlantecuhtli


Esse é o demônio contra quem Bayonetta precisa lutar usando Baal, mas é por conta da Bayonetta Francesa ser controlada por um homunculus parasita, assim como a Rosa francesa.

Ele surge no cenário da França, e chega a ser usado como invocação emprestada antes mesmo da Bayonetta Francesa morrer.


Seus diferenciais, além da capacidade de voar, é de se dividir em dois durante os ataques (sua parte de cima e de baixo), deslocando-se ainda mais rápido e atingindo uma área maior (e ele já é grande).


Ele também usa poderes elétricos, e tem um especial único que permite ver no escuro usando um sensor sonoro. Isso faz com que Bayonetta enxergue apenas as linhas do mapa, tendo uma chance melhor de se mover.


A Arma que ele oferece é a "Abra Cadabra", uma combinação de Cajado e Cartola, que permitem lançar objetos aleatórios nos inimigos.


Quando carregado o disparo, essa arma pode disparar coisas grandes como Carros.


A máscara faz Bayonetta virar um demônio parecido com o Mictlantecuhtli, inclusive dividida ao meio, o que apenas deixa ela voar mais longe com um impulso, ao jogar sua parte pra frente como um raio.


A parte de maior destaque, além do enfrentamento contra Bayonetta Francesa que o usa, é uma perseguição no meio da cidade, com Bayonetta perseguindo a mãe dela (que tava possuída) pela estrada, voando entre as realidades.

E até mesmo tendo Enzo e todos os policiais em sua cola!


Ela também acata atirando e usa o sonar pra ver algumas passagens. Tudo enquanto o chefe (a mãe dela) tenta fugir.


É um momento divertido, com a tela variando no estilo de câmera, sempre se inspirando no estilo de jogo de tiro de navinhas.


A luta contra o "chefe" é ainda na forma de "nave", atirando contra a invocação da mãe da Bayonetta, a Torre, em seus vários andares, depois de um longo percurso.


Trem de Guerra Gouon


Alguns deixei por último pois são demônios com histórias mais elaboradas.


Esse Trem, visto na China antiga e controlado pela Bayoneta chinesa general, é uma máquina diabólica tirada de seu tempo, mas o mais interessante é que é apenas um objeto, possuído por um demônio que se vinculou a ele.


O trem é todo armado, e é uma das invocações mais diferentes pois, ele nos pede pra desenhar a rota antes mesmo de se mover. Ele segue o trilho que montamos, e faz os movimentos que ordenamos durante a montagem dos trilhos.


Visualmente falando é uma baderna, mas é divertido ver o trem avançando, parando, dando voltas, atirando, tudo com base nos sinais que botamos.


Foi por causa dele que descobri que tinham mais habilidades pra liberar nos demônios, usando os Orbs vermelhos no menu principal.

Joguei um bom tempo apenas com os upgrades base de Bayonetta, quando os demônios tinham janelas inteiras com movimentos novos (normalmente girar o analógico e apertar um ataque, nada tão complicado).


O Trem é poderoso pois permanece em tela executando suas ações pré-programadas (o que é bom pois libera a gente pra andar e se proteger enquanto ele arrasa tudo), e atingindo uma área gigantesca, ele ainda pode pular (na verdade voar) e tem uma mobilidade altíssima. Sem contar que ele paralisa o tempo pra Bayonetta montar os trilhos, pelo tempo que desejar.


O ruim é que ele é uma das invocações que se enfurecem mais fácil, e quando isso ocorre, vira um problema pra todo mundo.


A arma que ele traz é a "Locomotosierra" (em espanhol, em inglês é outro nome), uma Serra Elétrica gigante, que pode virar um canhão de serras, e é bem lento e pesado.


Além de em alguns combos servir de veículo, quase como uma moto... mas ele superaquece quando fica muito tempo carregado.


A máscara dele faz Bayonetta virar uma maquinista diabólica com metade do corpo em forma de trem. Dessa forma ela pode correr no ar rapidamente, fazendo desvios leves, mas sendo rápido de mais pra controlar.


E no chão apesar de rápida, ela não é tão eficiente por só seguir junto ao chão, e parar em qualquer obstáculo.


De momentos importantes, temos a grande aparição da Bayonetta montada no Trem é claro, que é quando o Trem é emprestado pra testes, mas o melhor momento é no final, onde as duas Bayonettas lutam juntas contra o inimigo.


Bayonetta (a nossa) monta no trem em diferentes partes armadas, e tem de atirar no chefão genérico enquanto a Bayonetta Chinesa conduz o veículo.


É uma luta grande, e uma perseguição bastante eufórica, que se encerra com uma meia vitória, até que o vilão muda de forma (absorvendo a egípcia), e a Bayonetta invasora invoca a Madama Butterfly, sacrificando seu coração.

Torre do Relógio de Umbra


Outro demônio objeto é essa torre, que tem vários andares, cada um com armas e efeitos diferentes.

Sendo o total oposto ao trem em questão de mobilidade, essa torre não pode andar, mas quando invocada sempre causa desastre explodindo ou esmagando tudo, e ainda pode ter seus andares girados pelo analógico.


A torre em si é um resquício demoníaco combinado. É o que sobrou da torre de Umbra, durante a guerra das bruxas, que Rosa Francesa preservou ao sobreviver, criando de certa forma esse demônio. Ele combina as almas de todas suas irmãs bruxas, com restos de Umbra.


Por isso eu disse que ela mantinha cicatrizes. Rosa deveria ter morrido no evento, mas caso sobrevivesse, faria esse pacto pra marcar a si mesma pra sempre.

A Torre é obtida apenas quando Rosa é morta, antes sendo enfrentada como um chefe, quando ela é parasitada por homúnculus.


Rosa pede pra ser morta, pois o homunculus tinha tomado total controle dela, e ao mata-la, a Torre passa pra Bayonetta, na forma de uma arma "O Tártaro".


Essa arma também é usada por Rosa, e é basicamente um escudo formado por dois portões, que vira metralhadoras bem potentes.

A máscara faz com que Bayonetta vire uma Marionete, voando pendurada, mas lentamente.


E a Torre em si tem poderes absurdos como a capacidade de Paralisar o tempo a qualquer momento.

Pode dar murros com braços mecânicos saídos dela, abrir portais pra atirar....

Ou até invocar um Robô de Umbra pra Bayonetta pilotar, enquanto durar magia.


Cheshire


O Gato Gigante de Viola é uma invocação independente, e autônoma. Por mais que siga Viola e até a responda, ele não parece ter um pacto com ela, e nem é reconhecido pelo próprio Rodin.


Na verdade ele parece apenas querer protegê-la, e sempre está com ela, na forma da espada Mab Dachi, com um chaveiro de gatinho.


Quando invocado em batalha, a espada fica no chão e não é possível usa-la, mas Viola parte pros murros e chutes.

Cheshire também não é controlável, fazendo seus ataques como desejar, o que da um pouco mais de liberdade ao jogador, apesar de tirar o controle, tecnicamente.


Ele é usado como meio de transporte constantemente apenas nas cutscenes, por poder voar usando sua bicicleta gigante, mas seu maior momento de destaque é a hora em que nós o controlamos pela primeira e única vez.


Viola fica presa no deserto do Egito, e quase morre de sede, enquanto procura por Cheshire perdido (a espada caiu pelo deserto).


Então, quando ela capota, Cheshire surge e passa a carrega-la, enfrentando inimigos por conta, tudo enquanto ela ta desmaiada.


E, o objetivo dele é buscar água, então ele vai cavando o deserto em busca de algum oásis, tudo sob nosso comando.


Quando encontra, Viola recobra a consciência e tudo retorna ao normal, com ele ainda ficando ao seu lado e não obedecendo qualquer comando.


Como já disse, Cheshire é inspiradíssimo no ursinho que Bayonetta carregava quando criança no primeiro jogo, provavelmente sendo um pacto que a mãe de Viola fez para mantê-la segura, e assim como os outros demônios objetos, ele pode ser uma possessão em algo querido.

Madama Styx


Essa invocação é a versão da Madama Butterfly, mas da Jeanne.


Tem exatamente os mesmos movimentos, e só é mesmo liberada depois do jogo terminar, com Jeanne se tornando jogável na campanha normal.


Porém erroneamente, habilitam movimentos novos pra Jeanne quando no gameplay dela ela já tinha os movimentos dos animais. Achei isso uma furada. E notou? O design dela também sofreu modificações.

Aliás, se tem algum momento realmente em destaque dela, é no combate final em que ela e a Madama Butterfly se unem pra mandar o chefão de volta pra Terra. Mas, tudo isso é só em cutscene, e é bem rápido. E a união nem é uma fusão, é só elas dando um soco juntas.


Labolas


No fim do jogo, a Bayoneta 2 aparece com esse demônio sendo seu "patrono" (apesar de não ser bem isso na real, afinal ela também serve à Madama Butterfly). 

Ele é forte, e é basicamente um tigre gigante e rápido.


Sua arma, chamada "Cruel Altea", é liberada após o jogo concluir, e é uma arma composta por 5 partes (como um robô megazord) que voa até o inimigo a cada golpe.

Ela pode congelar também, soprando uma fumaça que paralisa geral por uns segundos.


E, a invocação em si é a única, até o momento, que é a fusão de animais normais em um demônio. Achei legal a história, pois fala que 5 gatos acabaram no inferno e, ao terem contato com energia demoníaca, se fundiram no Labolas (megazord de gatinhos).

Lembrando, que gatos sempre foram as únicas criaturas que podiam transitar entre o limbo e o mundo humano, além das Bruxas. E, agora talvez também passem pelo Inferno, mesmo que não seja normal afinal, viram demônios.


Não há nenhum momento real de destaque com Labolas, apenas a luta final mesmo, onde aparece atacando o chefão.

Sua máscara faz Bayonetta virar um tigre que voa pra frente e caindo lentamente enquanto avança.


Alraune


Esse é um chefe demoníaco de "Bayonetta 2" que ressurge em missões paralelas, e se derrotado, libera sua arma e invocação pra Bayonetta.


É uma mulher planta, que tem sua história como sendo uma alma de uma moça corrompida no inferno que, virou um demônio, e agora envenena geral com uma planta grande.


É isso que ela faz ao ser invocada.


Seu chicote, "Alruna", causa golpes a distância rápidos, mas nem supera os Yoyos, apesar de envenenarem os inimigos.


E, sua máscara faz Bayonetta criar uma plataforma de planta no ar, permitindo que ela fique parada e possa pular mais uma vez.


Kraken


Por fim, a real arma obtida ao terminar o jogo, num combate pós créditos.


Viola acaba sendo atacada por uma Bayonetta sombria, que fez um pacto proibido. Essa Bayonetta Sombria é chamada de "Eva", que é a união de todas as almas das Bayonettas mortas nos outros universos, assim como foi com Luka, corrompidas por uma energia sombria.


Kraken é dito como o único demônio que as bruxas evitam fazer pacto, mas essa Bayonetta conseguiu isso, e ele é bem poderoso, além de enorme (na invocação dela claro).

É um chefe final, que depois de derrotado uma segunda vez, é liberado pra um terceiro combate opcional, onde só então recompensa com a arma e invocação, mas apenas no replay das fases.


Seu destaque fica pro primeiro encontro dele. Na verdade Kraken é um demônio que surge no início do jogo, como chefão, mas é logo ignorado pela ameaça maior, os Homunculus destruindo o mundo. Ele é enfrentado num barco, depois de uma longa introdução como tutorial de batalha, com Bayonetta e Jeanne se unindo pra enfrenta-lo.


Jeanne chega a ser capturada pelo Kraken e devorada, mas Bayonetta usa a Madama Butterfly para salva-la, embaixo dágua, e ambas fogem, também com ajuda de Rodin, que mergulha pra busca-las.


A luta ocorre no mar, em espaços abertos por causa dos homúnculos, mas o Kraken desaparece depois disso, voltando apenas no pós crédito como chefe especial, domado por uma Bayonetta.


Moral da história: Ele queria só ajudar! Mas foi mal interpretado.

Sua arma é a "Casiopeia", uma Âncora Gigante que se expande pra frente, numa cordinha, chegando muito longe nos ataques, com boa velocidade e ainda é forte.


E a invocação é uma lula gigante mesmo, que taca tinta e bate com tentáculos. A versão chefe era bem mais interessante, e maior, usando tinta no chão pra deixar Bayonetta lenta.


A máscara faz Bayonetta virar um demônio lula, que voa jogando tinta, pairando no ar por muito mais tempo, que qualquer outro demônio voador, mas também caindo no fim.


Rodin

A invocação comprada, que sempre é cara de mais pra se obter.

Pra conseguir ela é preciso lutar contra ele, e pra lutar contra ele é preciso comprar um ticket de 999.999 dinheiros! É caro de mais... mas sei que tem.


Nunca consigo destravar os combates contra ele, mas sei que tem então, vale citar.

Inimigos

E aqui chega a parte mais longa e divertida do artigo, onde explicarei cada monstro novo por suas características únicas e interpretarei seus significados:

Homunculus

É o único inimigo novo no jogo na verdade, e é uma máquina feita por nanotecnologia que pode tomar a forma que seu mestre lhe ordenar, geralmente assumindo um corpo humanoide, mas também podendo se aglomerar e se fundir pra criar formas maiores e diferentes.


Pronto, esse é o inimigo do jogo.

Sério, todos os chefões e monstros que surgem são derivados deste monstro, e nenhum deles tem significado (mesmo havendo toda a apresentação igual era com os Anjos e Demônios nos jogos anteriores).


Por mais que as versões de suas transformações mudem, tudo sempre remete a essa massa de nanotecnologia, e nunca há nada inédito. São sempre criaturas colossais, inspiradas em formas demoníacas ou mitos humanos mas, sério, nem compensa perder tempo analisando isso.

Até porque a real fonte de inspiração dos Homunculus é a sátira à Skynet. Máquinas vindas de um tempo/mundo onde subjugaram a humanidade, pra conquistar o domínio total de todos os mundos e tempos, tirado do Exterminador do Futuro.

Anjos e Demônios

Pra não dizer que não tinham, tinham. Os anjos e demônios (hostis) que surgem são praticamente quests secundárias que podem aparecer nas fases e da até pra passar direto evitando os confrontos. 


Nenhum é obrigatório, ou original, pois tudo se repete do jogo anterior (até chefes viu). Então nem vale a pena detalhar. Eles surgem sem nem fazer parte da história. Os únicos inimigos interessantes são os personagens ou invocações que enfrentamos. Mas destes já falei tudo.

Singularidade, o Chefe Final


O chefão final é o líder dos homunculus, que é um humano modificado sinteticamente, que só é obcecado em fazer o mundo inteiro virar um só com seus outros universos.


Por mais que o jogo tente fazer parecer que esse é um baita objetivo, o jeito como ele mostra só deixa claro o quão ridículo é esse roteiro. 

O chefão final mesmo, é só um cara que usa tecnologia e por isso, é fortão, mas essa força toda nunca é justificada. Ele é imbatível até o roteiro decidir que chegou a hora dele perder, ai ele muda de formas e pronto, perde, do jeito mais idiota possível:


Primeiro ele fica gigante, e chega Bayonetta e invoca 2 mega demônios pra lançar ele direto pra lua.

Daí ele vira um invocador de chefes, e vem Bayonetta e depois de dar uma surra nele, invoca TODAS AS BAYONETTAS MORTAS, e até JEANNE, mandando ele de volta pra Terra.


E aí, o chefe ainda inteiro, muda de forma pra finalizar ela, e Bayonetta não desiste, repetindo a luta do início do jogo, até quase ser morta.


E assim, Viola surge pra ajudar, e o chefe consegue vencê-la rapidamente, mas...

As duas Bayonettas aparecem, e lutam contra ele, até se fundirem à Bayonetta principal, mas o chefe continua forte.


Daí Luka aparece, e luta ao lado de Bayonetta na forma de lobisomen... e só então, o chefe explode de vez. Apenas explode, e o tão poderoso personagem vira poeira.


Personagem esse que o tempo todo dizia "Eu sei tudo, e isso tudo está predestinado" e do nada passa a dizer "Como assim, como vocês estão fazendo isso?" pois afinal, o roteirista sabotou o vilão que de tão poderoso, e bem sucedido, precisou de canetada pra fracassar (mesmo tendo seu plano perfeitamente executado).


A própria Bayonetta Principal (que ele mesmo chama de a Arquivo Original) cria dúvidas nele, que passa a questionar quem são os Arquivos Originais.


Aliás, Arquivos Originais são só palavras genéricas que o cara usa pra citar os personagens que seriam do seu universo, ou do universo que ele considera principal, mas ele mesmo perde total noção do que é original ou não. O fato de chamar Bayonetta assim já é um baita erro, pois tecnicamente ele havia matado sua Bayonetta original, e sabia disso.

Claro que, ao término do jogo aquele Alquimista (chamo ele assim pois até onde sei, são alquimistas que fazem homunculus, aprendi em Ragnarok Online!) que Jeanne "resgatou" era a peça chave para liberar o tempo por assim dizer, e abrir acesso de si mesmo e suas criaturas pra todos os outros universos. Mas meio que isso também fica meio vago considerando que, já havia uma versão astral dele corrompendo todo o resto.


Cara, sabe o que me parece? Assistiram "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" e tentaram copiar...  misturando com "Exterminador do Futuro" e outras obras do cinema.

Bem que achei esquisito do nada o vilão ter controle sobre a Realidade e distorcer o mapa exatamente como o Doutor Estranho faz, sendo que esse tipo de "magia" nunca foi nem insinuado em Bayonetta, e pior, o cara nem é "mago", é cientista. Qualé!


É tudo confuso, é só isso. Um confuso desestruturado e desgovernado que optaram por encerrar abruptamente.

No fim do jogo, Bayonetta e seu amado morrem, e a filha que nunca tiveram fica lá no mundo ao qual não pertence, vivendo a vida que não deveria viver, sob o nome que nem merece, afinal nada tem a ver com Bayonetta.


Há um breve momento de inspiração quando nos créditos vemos Bayonetta numa performance bela e emocional, enquanto fragmentos de sua história flutuam. Isso até da aquela sensação de que talvez algo mirabolante ocorreria, afinal os poderes de Bayonetta normalmente se expandem pela dança, e a dança que ela fez "no inferno" seria tão performática e profunda, que lhe daria um poder nunca antes visto.


Mas não, isso tudo é pra fazer Eva aparecer, e lutar contra Viola, pra no fim ela voltar a forma Bayoneta espiritual e dizer "Vai la filha, você é a nova Bayonetta". Poxa, Viola nem usa armas mano! Ela atira Dardos!!!


Depois disso ainda somos brindados com outra dança, agora não canônica e muito tosca, quebrando um clima azedo que fica ao ver o desfecho brusco e vazio que o título nos deu, onde reúnem todos os personagens que já se foram pra uma coreografia longa e chata.


Tem também aqueles Clássicos Créditos com Lutinha pra nos pontuar...


E no fim, um Pole Dance nada sensual da protagonista, sério, os caras só colocaram alguém girando num pedaço de cano e pronto.


E pra fechar tudo, aquele pôster numa imagem grande mostrando todos os personagens do jogo, que aqui nem precisou de muito né.


E bem, é isso.


O que? Acha que eu deveria contar a história do jogo ou algo assim??

Ela ta toda aqui, fragmentada pelas partes que gostei e não gostei.

Não há absolutamente nada a acrescentar, e infelizmente, é assim que o enredo de Bayonetta 3 é.

Espero que tenha gostado do texto, e não tenha sido muito longo.

O jogo não é longo, mas parece de tanto que nos força, e pela primeira vez, eu não senti vontade de rejogar um Bayonetta.

Obrigado pela leitura.

See yah!

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2 Comentários

  1. Concordo profundamente com a sua compreensão do final do jogo

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    1. Obrigado pelo comentário!

      Meu, pior que quando joguei Bayonetta 1 e 2 eu fiz tão empolgado, tanto que logo depois de terminar o artigo do 1 eu já fui fazer do 2, e amei ambos. Ai vem o balde de água fria com o 3... triste de mais.

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