AnáliseMorte: Travis Strikes Again - No More Heroes - O Suda51verse

Um "Spin-off" que tem mais informações e elementos cânones pra franquia do que o Segundo Jogo, que o antecedeu. Foi só por isso que acabei jogando ele, e não me arrependi.

"Travis Strikes Again" é pertencente a franquia "No More Heroes", mas ele não tem muito a ver em jogabilidade. Seus desafios são diferentes, e sua mecânica é própria, com uma temática muito distinta do que é visto na franquia principal.

No entanto este é um jogo importantíssimo, e bem divertido.

Gostando ou não de No More Heroes, vale a pena dar uma olhada, pois um diferencial gritante deste título é a Quebra da Quarta Parede, e enorme quantidade de referências a outros jogos, franquias e até filmes.

Bem, falarei tudo a respeito de TSA-NMH (abreviatura gigantesca), e não pouparei nos spoilers.

Boa leitura.

TSA vs NMH2

O que me levou a jogar TSA (lançado em 2019) foi o No More Heroes 3 (lançado em 2021), que acabei dando início logo após concluir minha jornada em No More Heroes 2 (lançado em 2010). Isso ocorreu pois nada do que rolava em NMH3 fazia sentido.

O jogo não segue nenhum evento mostrado no 2, ele parece brotar do nada de eventos completamente malucos, muito posteriores ao que já foi visto nos títulos principais, tanto que, tem até personagem que foi morto no primeiro título, aparecendo como se nada tivesse acontecido!

O protagonista ainda surge com acessórios novos, movimentos nunca antes vistos (como PULAR, algo que foi até esquisito) e, toda a temática é diferente. Ele é mais colorido e disperso da realidade, com ameaças espaciais e muitos personagens irreconhecíveis. O protagonista mesmo está diferente.

Isso me causou confusão, afinal de contas, eu estava com a mente fresca do segundo título, e por tabela do primeiro (afinal eu acabei relendo meu artigo dele pra escrever o do segundo) e não era normal não entender absolutamente nada.

Sim, o jogo começa de um jeito tão estranho que faz parecer que o jogo anterior foi pura perda de tempo. Eu precisava entender, e não era o tipo de coisa que valeria esperar, pois diferente do que normalmente ocorre, ele não dava o menor indício de que haveriam explicações.

Não era como no caso de Kingdom Hearts 2, que começa com eventos totalmente desconexos de seu antecessor direto, mas que ao longo do jogo vão se explicando e são propositalmente inéditos e intrigantes, só pra favorecer o enredo. Tanto que nele, o início nem é com o protagonista costumeiro (Sora), e sim com um personagem bem diferente mas, parecido (Roxas), tudo só pra causar curiosidade mesmo.

Já em No More Heroes 3, tudo começa com o Travis de sempre, mas mudado, envelhecido e sofrido, com uma Death Glove em uma mão, e um monte de garotas como aliadas, incluindo a Badgirl (quem morreu pelas mãos dele ainda no primeiro jogo) sem contar que o Gato começa a falar, e... cara a coisa vai de 8 a 80 muito depressa, e nada parece fazer sentido, com tudo piorando a cada segundo que passa. Depois do primeiro chefe e o modelo de diálogo dele, eu já desisti e fui pesquisar o que eu tinha perdido.

Foi assim que descobri a existência de Travis Strikes Again, um jogo intermediário que relata os eventos mais importantes entre o segundo jogo, e o terceiro (sabe o que é pior? Ele também não explica tudo pra gente, então o 3 continua sendo bem esquisito de início).

Eventos estes até mais importantes que absolutamente tudo contado e mostrado no segundo jogo, tirando no máximo a aparição e participação de Shinobu como nova aliada de Travis.

TSA revela muita coisa, em pouco tempo, e apesar de ser repleto de informações, ele acaba ficando meio vago em algumas poucas coisas. Tudo é mostrado e narrado, mas como o jogo varia muito em estilos, ele acaba ficando um pouco complexo pra se entender em alguns momentos.

RETALHO DE JOGOS

É que, Travis agora viaja entre jogos de videogame (tanto reais do nosso mundo, quanto fictícios do mundo de Travis), e pra variar ele não vai sozinho. Junto dele estão sua gata, Jeane, que revela-se uma grande falastrona, e um aliado inesperado, o pai de alguém que ele matou no passado, com quem ele jamais interagiu antes!

Você controla Travis e o pai da Badgirl, intercaladamente ou paralelamente (caso jogue em co-op), e tudo gira em torno de resolver cada jogo que eles visitam, e superar os desafios diversos.

Grande parte dos jogos resume-se a atacar, geralmente com a câmera posicionada acima dos personagens, numa visão isométrica por assim dizer (apesar de tudo ficar mais centralizado). Não é possível mover a câmera, na maioria das vezes... mas isso muda dependendo do momento, e do jogo visitado.

Cada jogo tem suas regras, e cada momento tem suas mecânicas. Algo que se destaca e diverte pela variação, mesmo que tudo pareça muito igual.

Travis pode entrar nesses jogos quando quiser e repeti-los, atrás de pontuação ou itens escondidos. Mas isso só vai sendo liberado a cada nova Death Ball coletada, e seu maior objetivo é justamente coletar todas as Death Balls.

Só que o que é uma Death Ball? Isso nunca foi nem citado nos jogos anteriores, e agora do nada se torna um macguffin primordial, que é capaz inclusive de RESSUSCITAR OS MORTOS. Já aí o tom do jogo, e da franquia, revela uma nova face.

No primeiro título, Travis era um assassino querendo subir num ranking pra descobrir a verdade sobre seu passado. Mesmo tudo sendo um pouco viajado, havia certa ordem. Mortes soavam definitivas, as armas do anti-herói eram quase realistas uma vez que seguiam regras físicas (sabres de luz projetados com laser) e, havia certo drama nas perdas.

No segundo título, Travis era um assassino aposentado (por assim dizer) que é caçado por ser uma lenda, e acaba voltando ao ranking forçadamente, descobrindo que haviam consequências por matar até mesmo figurantes. Já nessa jornada ele acaba se deparando com seres sobrenaturais e eventos paranormais, e a física, lógica, e afins meio que morrem de vez. Ainda haviam certos limites mas, aos poucos tudo vai sendo deixado de escanteio e, até a morte torna-se insignificante, com alguns vilões retornando a vida com justificativas intrigantes mas, válidas.

Agora, em TSA, física e lógica se foram de vez, mas ao menos voltou a ser divertido. Justamente por variar tanto em estilos, e não se levar muito a sério, o jogo consegue ser divertidíssimo e prende a atenção.

Ele é traduzido e vem em vários idiomas, e ainda bem, pois muito dele gira em torno de diálogos longos, e muitas piadas estão em textos.

Pra falar deste jogo, terei de falar de cada um dos modelos que ele usa, e tentarei explica-los, mas eu não sou nenhum especialista. Também preciso adiantar que os mini-games e jogos aqui referenciados não são como os puzzles vistos em NMH 1 e 2. Travis dessa vez realmente entra nos jogos.

MECANICA

Cada parte do jogo é um modelo diferente, e isso vale até pro menu principal.

Na tela inicial, Travis está em seu acampamento, depois de ter fugido de sua posição no ranking outra vez, e se isolado de tudo e todos. A única que ele levou consigo foi Jeane, sua eterna gatinha.

Nesse mapa ele pode andar, mas sem mover a câmera. Não da pra atacar, mas da pra pular apesar disso não ajudar em nada.

Tudo que ele faz é interagir com pontos do cenário, como seu super computador pra checar um blog de culinária sobre Yaksobas, ou para comprar Camisetas (numa internet bem ruim diga-se de passagem, com um sistema bem ultrapassado). 

Pode mexer na estante com revistas sobre os jogos que ele vai descobrindo (e as revistas surgem do nada, por magia, a cada novo jogo encontrado), e elas trazem breves resenhas sobre os jogos, alguns bem reveladores, outros teóricos, mas todos interessantes.

Pode também interagir com o Console "Death Drive MK II" que é simplesmente a coisa mais viajada que já vi na vida: Um vídeo game de Realidade Virtual Imersiva, que puxa o jogador pra dentro, mas está fora do mercado. Até ai tudo bem, a questão é como tudo isso é montado...

O negócio é tão viajado, mas tão viajado, que a composição do console é simplesmente maluca, com direito a uma Panela acoplada, e Luvas para controlar que se conectam ao cérebro do jogador e podem até mata-lo (as Death Gloves). As fitas dele então, são Bolas de Bilhar que se parecem com Olhos. É loucura. 

O console teve apenas 6 jogos feitos mas jamais lançados, e são raríssimos. Travis tinha apenas 1, que ele acaba conquistando na verdade graças a visita de seu aliado outrora algoz, o pai de Badgirl (falarei disso depois).

Além disso, Travis pode interagir com a Moto dele, que leva pra um "jogo" a parte. A história do jogo é contada em formato de Visual Novel, como se fosse um jogo de computador bem antigo, monocromático, e com diálogos em tela. 

Observação: O jogo saiu em 2019, e pra plataformas recentes na época (PC, Swith e PS4) e ainda assim, ele tem gráficos bem modestos e limitados, como se fosse um jogo indie. Ele nem de longe é um AAA, porém é um jogo excelente pra franquia em acréscimos de informações. E curiosamente, os desenvolvedores se orgulham bastante do que criaram, citando constantemente a engine que usaram (Unreal Engine 4).

E aqui entram os demais estilos:

Aventura de Travis - Jogo ativado na Moto

Pra coletar as Death Balls, Travis precisa sempre passar por essa aventura, contada no formato citado. Sempre com um visual retrogrado, tudo que vemos e ouvimos é sem qualquer interatividade.

Apenas lemos, e acompanhamos a história, em alguns momentos vendo ação (por texto) e imaginando as cenas, afinal é bem no formato Visual Novel antiga.

O jogo e seus personagens se comunicam não só entre eles, mas com o jogador também. Travis e Jeane (principais personagens) sabem muito bem que estão em um jogo, e não escondem isso. Inclusive, eles rompem as regras as vezes, alteram coisas do sistema, abusam de bugs, eles fazem coisas que jogadores não fariam, até mesmo mudando eventos só pra deixar tudo mais divertido.

Nesse modelo, tudo que fazemos é ler, mas há certa ação, combates, viagens e reviravoltas mirabolantes. Tudo ocorre na mesma tela, mas há um espaço pra texto na parte central, e uma tela menor mostrando a paisagem (toda pixelada). Também há dois retângulos onde aparecem os personagens que estão falando, geralmente de um lado o protagonista e do outro os coadjuvantes. 

Apesar de ter um padrão, as vezes a história vem detalhadamente, as vezes vem resumida, e tudo varia com base no que Travis e Jeane acham melhor para nós, os jogadores. Eles vão adaptando a Visual Novel pra não ser cansativa, mas ela sempre é necessária para que uma nova Death Ball seja encontrada.

Cada Death Ball tem sua história pra ser localizada, mas depois eu comento mais a respeito.

Controles e Movimentos

Dentro dos jogos, Travis geralmente tem as mesmas ações, mas as funções variam um pouco, e certas ações podem ser desabilitadas.

No primeiro jogo ele tem tudo isso apresentado. Ele pode Atacar com o Sabre de Luz, com um ataque fraco, e um ataque forte. O Ataque Fraco funciona só de segurar o botão, sem parar, mas o dano é bem baixo. No caso do ataque forte ele leva um tempo pra funcionar, e apesar de mais demorado ele causa muito dano, e ainda aumenta os pontos do Especial Único. Golpes gastam energia do sabre, e ele precisa recarregar de tempos em tempos, balançando ele assim como faz nos outros jogos.

Travis também pode pular, pra alcançar plataformas e pegar moedas, que servem pra comprar camisetas, e ele obtém experiência dos inimigos mortos, pra melhorar as habilidades.

É a primeira vez que Travis pula na franquia (uma das limitações nos 2 jogos iniciais era justamente essa, com Shinobu começando a pular no segundo jogo e ainda assim, sendo mal otimizado). O movimento flui bem, e ele ainda pode complementar com golpes fracos ou fortes.

Ele também pode carregar um Especial Único, que dá 3 golpes poderosos (quando habilitado a silhueta de Travis levanta uma plaquinha), e escala em até 3 níveis. Resumidamente, esse especial se habilita quando Travis causa muito dano sequencial, sem tomar golpes. Caso ele use o especial uma vez, ele vai pro level 2, e se ele conseguir atacar várias vezes sem tomar dano, até carregar a nova barra circular, ele libera o mesmo especial outra vez, mas mais forte.

Fazendo isso até o nível 3, tudo fica muito mais forte, e caso continue atacando sem levar dano, esse especial vai sendo renovado no nível 3. Mas é difícil ficar sem levar dano.

A vida de Travis é representada por sua silhueta no canto esquerdo da tela. Ela é preenchida, e caso seu preenchimento se esvaia por completo, é morte instantânea. Mas Travis pode contar com Continues (que coleta nas fases).

Do lado direito fica a silhueta do aliado, quem pode ser convocado a qualquer momento na maioria dos jogos. Basta entrar no Menu e Selecionar o Personagem. 

O Menu mostra um monte de informações, mas a principal e mais importante nele, além da parte de troca de personagens, é a de Habilidades.

Ao longo das fases os personagens podem coletar Chips, que habilitam movimentos únicos (4 no total, cada um respondendo a um comando que depende do controle que o jogador ta usando, seja teclado e mouse ou joystick). Eles podem ser equipados a qualquer momento, e alguns são exclusivos de Travis, outros de seus aliados. 

Os poderes desses chips são bem variados, com Golpes à Distância, Golpes Repetitivos, Ataques de Energia, Potencializadores, Coisas que Afetam o Cenário, ou Coisas que Afetam Inimigos, e até Curas. Como usar tudo isso vai de jogador pra jogador.

Para usar os poderes, basta apenas que a Estamina deles esteja total, e cada poder tem sua própria estamina e tempo de recarga. Tudo se renova automaticamente, e o jogador só precisa sobreviver até elas reativarem.

Travis conta com Esquiva pra tentar fugir das hordas de inimigos que aparecem, mas como todos seus movimentos são de ataque corpo-a-corpo, e os inimigos não esperam pra atacar, é um risco chegar perto deles, por isso que os Chips acabam sendo a melhor forma de lutar.

O aliado de Travis e os demais personagens que vão sendo liberados tem seus movimentos de ataque semelhantes aos dele, mudando apenas a arma mesmo, por isso a mecânica é igual pra todos.

1° Jogo

Eletric Thunder Tiger II

A primeira fase é praticamente um tutorial, embalado com uma musiquinha eletrônica pauleira (aliás toda a trilha sonora de TSA é bem eletrônica e divertida), o jogo é quase uma discoteca, com Travis indo em busca do chefão, também o protagonista do jogo que ele invadiu, e pra variar, um personagem que ele é fã.

História da Fase: Num mundo onde a Eletricidade é escassa e ocorrem constantes blackouts, um pai de família, equipado com uma armadura a base de eletricidade, enfrenta as empresas de eletricidade pra levar luz ao mundo, e também a sua esposa e filha.

A fase é inteiramente em visão isométrica e sem manipulação de câmera, com as vezes tendo um giro vertical leve, mas nunca permitindo uma visão livre. 

Felizmente, os inimigos acabam demarcados nos cantos da tela caso saiam do campo de visão, com bordas vermelhas na direção em que estão. Isso facilita alcança-los caso o jogador se afaste muito e se perca.

Como as fases são lineares, com poucas ou nenhuma ramificação de caminho, não é tão fácil se perder.

Em variação, o máximo que existe é a parte da Fábrica, em que o jogador precisa evitar o contato com pontos eletrificados no chão, ou com tubos de gás. 

Também há um local que pode ser movido acionando interruptores, mas não é nada complexo.

Além do chefe do meio da fase (que se repete em todos esses jogos), há um trecho que faz referência ao estilo "Beat'em up" (briga de rua) com a câmera travando na horizontal e hordas de inimigos vindo constantemente, em áreas fechadas por paredes invisíveis. Legal que nessa parte realmente aparece uma rua, onde rolam as brigas.

Os jogos que eles visitam em questão tão todos repletos de bugs violentos, que danificam boa parte da estrutura do mundo virtual. Esses bugs começaram a surgir aos montes, e são todos propositalmente enviados pela criadora dos jogos... mas depois explico.

2º Jogo

Life is Destroy

O segundo jogo até parece com o primeiro, mas a câmera se posiciona muito mais acima, e de forma centralizada. Travis fica na maioria do tempo sendo visto de cima, e de longe.

História da Fase: Um assassino sobrenatural está matando pessoas e precisa ser detido. Você precisa encontra-lo antes que a contagem de corpos ultrapasse o infinito.

O jogo é pseudo investigativo, com Travis caçando um Serial Killer, tendo de visitar as cenas dos crimes até acha-lo, mas as casas dos assassinatos tiveram seus caminhos modificados pelo criminoso.

O objetivo aqui é reposicionar o mapa, montando rotas para que Travis alcance as Casas de Assassinatos. E pra isso ele precisa apenas andar pelas ruas, atacar os inimigos que surgem, e acionar os interruptores em forma de Cartas, mudando as rotas, até um caminho ser formado.

Em certo ponto do jogo, uma Cabeça Voadora começa a perseguir Travis, acelerando o processo e dificultando o trabalho, pois ela tira uma vida ao contato. Como são 9 casas pra encontrar, acaba ficando relativamente enjoativo, então essa misteriosa ameaça dá uma elevada nos ânimos.

A cada Casa visitada, a câmera volta pro formato padrão, e Travis tem de limpar a casa, passando pelos quartos e derrotando os inimigos até não sobrar nada.

3º Jogo

 Coffee&Donnuts

Seguindo um modelo Investigativo também, este jogo já se passa num cenário lateral, com Travis e seu aliado lado a lado. Geralmente nos outros jogos, um personagem fica oculto, ou só aparece no co-op. Nessa fase o aliado aparece seguindo Travis (ou quem tiver liderando) independente de ser co-op ou não.

Isso ocorre pois eles interagem diretamente e tentam investigar juntos. O objetivo deles é descobrir quem matou um cara, e pra isso eles precisam explorar portas de uma mansão.

História da Fase: Num mundo apocalíptico, um Rei é deposto por rebeldes e decapitado na frente de seu filho, que é cegado e jogado no deserto, enquanto o mundo rui. Então após muito tempo ele encontra acidentalmente uma cova, onde o cérebro de seu pai foi acoplado a um robô de madeira. Agora, idoso, cego, mas fundido ao que restou de seu pai, o príncipe volta ao mundo para retomar seu trono, e comer Rosquinhas com Café.

Algumas portas ficam trancadas por paredes transparentes, e precisam ser rompidas concluindo objetivos. De início até parece que é um jogo fácil, mas conforme as portas vão abrindo, fica mais fácil se perder, sem contar que são 3 andares.

Algumas portas levam pra quartos, com npcs que falam asneiras. Em outras há uma transição pra parte de fora da mansão, onde ocorrem combates.

Muitos inimigos vem em linha reta mesmo, e o jogador precisa vencê-los pra alcançar a parte final (sempre na horizontal), e encontrar os itens que a investigação pede.

Basta apenas cumprir essas regras e não esquecer qual a próxima porta pra entrar, pra no fim o chefe aparecer.

Em alguns momentos, do lado de fora da mansão, também rolam referências aos clássicos jogos de Plataforma, com direito a Rosquinhas voadoras e trampolins. 

Enquanto eu jogava sempre senti uma nostalgia em relação a Clock Tower de Snes. É que, os cenários se assemelham muito, sendo uma mansão com escadarias e muitas portas pra se explorar, além de tudo ser numa visão horizontal. O fato de ser investigativo também lembraram o estilo, mas não há a parte do terror, e claro, é um jogo mais de ação e bem diferente na prática (da pra pular pelas escadas mano!).

Engraçado isso, pois Suda 51 começou sua carreira na Human Entertainament, empresa que criou o Clock Tower... mesmo que ele não tenha nada a ver com CT, a referência parece não ser mera coincidência.

4º Jogo

Golden Dragon GP

Este é um jogo essencialmente de corrida, mas que se resume a Acelerar e trocar a Marcha pra vencer em rachas de Linha Reta. Cada Marcha precisa ser acionada no tempo certo (quando chega no limite) pra assim aderir uma velocidade maior.

Também é possível usar um Turbo, 1 vez por corrida, e a corridas são bem breves e rápidas, não tomando quase nada do tempo, e sendo repetíveis em caso de falha, sem game-overs.

História da Fase: Competidores de todo o mundo se unem no submundo para disputar uma corrida mortal, porém não tão mortal assim. As corridas rolam numa realidade virtual, mas vale tudo, para chegar primeiro.

A questão é que pra vencer, a Moto Virtual de Travis precisa ser modificada constantemente, com upgrades que aumentem o número de Marchas que a moto pode dar, e assim permitir que ela pegue mais velocidade em menos tempo.

Pra pegar esses upgrades, Travis deve visitar um "Prédio do Dragão", em andares diferentes, e passar por várias salas até chegar no final.

Esse jogo então conta 3 tipos de visuais: Primeiro a sala principal, onde Travis aparece para se preparar pros dois eventos. Nessa sala ele só pode andar, e parece um quarto japonês pequeno, justamente pra simbolizar o mundo real.

É que, esse quarto (já dentro do jogo) seria o mundo real, e dele, Travis acessaria um jogo virtual de imersão estilo "Tron". Sim, o jogo de Imersão é sobre outro jogo de Imersão. 

Daí, enquanto uma das saídas leva pra dentro da corrida, a outra leva pro Prédio de Upgrades.

A Sala do Prédio de Upgrades se divide em 3 andares visitáveis, cada um com múltiplos corredores e saletas pelas quais Travis deve percorrer, até chegar ao ponto onde o Upgrade está.

O complicado dessa parte é que, os caminhos se fecham atrás de Travis, e nem todas as rotas e corredores ficam abertos. É tudo aleatório, não da pra saber quais caminhos se abrirão ou quando, e o jogador não tem tanta escolha apesar de parecer. Algumas salas podem ter moedas, itens ou inimigos, e vai da sorte mesmo chegar até o final pela melhor rota possível. Os caminhos mudam a cada vez que Travis visita esses andares.

A Corrida ocorre no console que Travis usa (parece com um Virtual Boy), onde só acontece uma corrida rápida em linha reta, contra um rival. As Marchas devem ser ajustadas enquanto Travis acelera, e a posição delas muda de partida pra partida.

O mais rápido ganha, o mais lento explode, e as corridas ficam mais rápidas conforme o jogador avança no ranking até chegar na final, onde conhece e posteriormente enfrenta o chefão.

5º Jogo

Killer Marathon (Death Drive

Este jogo é bugado e em desenvolvimento. Ele nem tem review prévio, e nunca foi nem terminado, mas foi "lançado" em sua Death Ball.

História da Fase: Junevile tentou criar um jogo mas, ficou sem verba, brigou com o pessoal, e decidiu lançar isso. Para não ficar sem nada, o jogo carrega uma versão do "Death Drive", o primeiro jogo do dono da empresa que HAZRE, o lendário John Winter.

A primeira parte é apenas um corredor de programação, quase vazio, com npcs soltos e um fundo branco infinito. 

Avançando nele, Travis acaba caindo num jogo simples estilo Shoot 'em up (Shmup) chamado Death Drive, onde o jogador controla uma nave que atira sempre que se move, e precisa desviar de asteroides e mísseis, além de mirar em uma nave alienígena, por baixo, atirando até ela explodir.

Esse jogo vai ficando mais difícil a cada nível, e eu cheguei até o nível 9 mas não consegui vencer.

Aparentemente tem 9 níveis, mas não há recompensas por vencer. Geralmente os jogos dão pontuação, chips de habilidades, dinheiro ou uma progressão no enredo, com direito a chefões e tal, mas neste nada ocorre, pois o jogo nem tava pronto, e nem era o verdadeiro.

Observação: Quem entrega esse jogo pirata é o ex-namorado de Junevile, tentando sabotar Travis, a pedidos dela. Esse namorado é bem esquisito e até confunde-se com outro ex-namorado dela (sim, ela tinha vários).

DAMNED: Dark Knight (Serious Moonlight)

Este seria um caso parecido, mas é um pouco pior. Este tem um review prévio, mas o mesmo nem sabe como o jogo é. Quem fez o texto nem conseguiu qualquer informação sobre ele além do título, e já escreveu teorizando a respeito. Acabou que foi igual a mim, e errou em tudo.

O jogo tem outro título ao começar, que substitui o original, mostrando-se algo completamente diferente. Inclusive, a cutscene dele tem um visual melhor que os jogos do Travis! É ligeiramente mais realista, e faz uma referência direta ao verdadeiro "Shadows of the DAMNED", tanto que ele é um tipo de continuação. 

Observação: Nunca joguei o Shadows of The DAMNED e muito menos sei qual o final real dele, mas aqui eles dizem que no final o protagonista morre... se é spoiler ou um tipo de conclusão alternativa, isso só saberei quando terminar o jogo verdadeiro... um dia.

História da Fase: Após a morte do herói Garcia em "Shadows of the DAMNED", sua fiel parceira de batalhas, a arma Johnson, herda seus poderes, assumindo assim a forma de "Eight Hearts", o novo herói da franquia. Agora, Eight Hearts luta no lugar de seu antigo parceiro, contra os demônios e monstruosidades que ameaçam o planeta.

Ele consiste em lutar contra bugs em uma cidade macabra, que seria o submundo. Seguindo o modelo do primeiro mesmo, o grande objetivo é sair matando tudo enquanto avança pelas fases.

Porém há variáveis. Algumas partes começam a "escurecer" o que drena a vida de Travis. Ele tem de eliminar os inimigos antes da tela ficar totalmente ofuscada, pra assim não sofrer dano.

Por isso, de partes em partes sempre surgem portas invisíveis pra atrapalhar e tentar atrasar Travis nos combates.

Em uma parte ocorre algo esquisito, com um desafio sendo destrancar uma porta, que tem uma Cabeça de Bebê Demoníaco como tranca. 

É preciso alimentar ele com um item pego num labirinto ali mesmo, labirinto formado por barracas e becos, com inimigos explosivos. O tempo também fecha nessa área, sendo preciso derrotar os inimigos a cada rodada em que se busca pelos itens pra satisfazer o bebê.

Isso se parece muito com as portas trancadas de Devil May Cry, onde é preciso pegar Orbs da fase ou coisas assim pra que destranquem, muitas vezes sendo trancas formadas por espíritos em forma de rostos. Mas na verdade é um elemento presente em Shadows of the DAMNED (tem mesmo trancas com cara de bebê demoníaco lá).

Tem uma outra parte em que tentaram simular com bastante humildade, o estilo de câmera (Sholder View) do Shadows of the DAMNED, mas pelas limitações de câmera fica meio ruim de controlar. Irônico que no fim da campanha, o modelo padrão de No More Heroes (que é justamente esse) é liberado e flui bem.

Enfim, passando por tudo isso o chefe surge, e o review verdadeiro do jogo certo aparece para lermos. 

Os Reviews de Carlos e Taro Gida

Esses textos são artigos de revista que lembram muito as revistas de jogos antigos, com comentários, dicas e teorias sobre como os jogos eram. Aqui, todo artigo ocupa apenas 2 páginas, e são bem ilustrados e montados, além de satisfatoriamente explicativos.

Quase todos os jogos possuem um Review, exceto o jogo Falso, e a fase final. Essas resenhas são escritas por um cara chamado Carlos Setagaya, e ilustrados por outro cara estranho de óculos chamado Taro Gida (pelo que eu entendi).

Legal é que também há dicas de segredos, e há fotos de locais que Travis pode visitar e realizar ações específicas, com uma combinação de botões, pra liberar vidas extras ou experiência. Infelizmente eu não consegui fazer nenhuma delas, mesmo indo nos locais exatos das fotos, pois no Teclado os controles mudam, e no Joystick também não funcionaram da forma como é pedido no Review.

Mas, sei que essas dicas são reais pois no Menu de Conquistas há o espaço designado pra esses segredos.

O único que não é real é o terceiro, que geralmente envolve mexer com o Console de formas absurdas (preparando um miojo por exemplo).

Detalhe: O Review muitas vezes faz referência a Travis. Ele usa imagens de Travis no jogo, e algumas vezes cita o nome dele, ou até mesmo eventos que só ele entenderia. Como na parte em que diz que, um dos segredos revelaria a Secretária Eletrônica de Sylvia com sons de crianças (os filhos de Travis) ao fundo. 

Esse Carlos também fez o primeiro texto sobre o Death Drive MK II, antes dele ser lançado, com informações precárias sobre o projeto.

Banheiros


Assim como em todos os "No More Heroes", Travis salva o jogo em Banheiros.

Mas, aqui são sempre banheiros químicos ou privadas digitalizadas nas fases, cerca de 6 a 8, um por cada setor. 

Eles são obrigatórios, caso o jogador queira a pontuação que eles liberam. Mas podem ser ignorados (o que não é uma boa alternativa). 

Salvar permite retornar do banheiro que quiser, tanto em caso de game-over ou se apenas sair do jogo mesmo. Mas, perdendo vidas sem game-over, sempre retorn-se pro último banheiro salvo.

CIA

Então, um último "jogo" na campanha principal ocorre no que seria a sede da CIA, passando por uma mescla de Jogo com Mundo Real. Travis permanece no layout de jogo, mas ele diz estar no mundo real, então a gente acredita.

História: Junevile tramou para derrubar a CIA assim que todas as Death Balls fossem reunidas. Só assim ela impediria o governo de replicar seu console e criar clones pra guerra. Então ela lançou bugs que foram se tornando mais fortes, até saírem dos jogos e se mesclarem com a realidade, tudo para que Travis exterminasse todos (incluindo os membros da CIA), em um massacre desenfreado.

O objetivo nessa fase é avançar, passando por portas especiais que se abrem com interruptores, evitar penhascos, superar caminhos com portais que teletransportam, e dar a sorte de não bugar.

Também há trechos em que a tela inteira fica distorcida, impedindo de enxergar o entorno de Travis. Ele precisa acionar interruptores no chão pra que tudo volte ao normal temporariamente, ou ele fica praticamente às cegas.

Outra coisa que tem nela e, não faz o menor sentido, são máquinas de Arcade de um jogo chamado "Hotline Miami" que Travis precisa acionar com Fichas Especais (50 Benção o nome) que ele encontra. Essas máquinas revelam diálogos com animais que vivem nelas, com uma arte própria, mas não liberam nenhum minigame nem mesmo o tal Hotline Miami.

Pra variar, nenhum dos diálogos faz qualquer sentido. Os animais parecem procurar pro um dos amigos que se perdeu ou algo assim, e quando Travis encontra ele (o Tigre) ele foge, sem nunca falar nada.

Travis também encontra um cara em uma dessas máquinas (é bem na parte que buga) e, nada é explicado! Todo esse trecho me fez boiar.

Na versão original do "Travis Strikes Again", antes das correções chegarem, um bug (literalmente e ironicamente) impossibilitava o progresso dessa fase, que é tecnicamente a última: Depois do Banheiro 7, Travis não pode mais avançar pois o inimigo que deveria ser hostil, simplesmente não reage a ele, não ataca, e por consequência não pode ser atacado. Ele impede a passagem de Travis fisicamente e não há maneira de supera-lo.

A única forma de passar, é burlando o jogo (mexendo nos arquivos de salvamento) ou, pegando a atualização com a correção. Eu bem que podia pegar essa correção, mas sabe que curti esse bug? É que, a própria fase CIA é considerada corrompida, desde o início, dentro do enredo!

Logo ao entrar recebemos um alerta de que a fase não ta boa, e o fato dela ser uma mescla de realidades (o mundo dos jogos tentando sair pro mundo físico) já torna tudo meio que, instável.

Enfim, essa fase possui como chefe justamente o último do jogo, mas ela não é a última fase real, pois posteriormente surge a DLC (ou complemento por assim dizer).

Curiosamente, sempre ao término de um setor, Travis precisa avançar por caminhos repletos de corpos desenhados no chão. Pelo que parece, esses corpos são uma distorção da realidade mostrando os mortos reais da CIA, jogados ali... que provavelmente Travis matou achando que era tudo um jogo.


7º Jogo

Killer Marathon (Real)

Após concluir a campanha de "Travis Strikes Again" há uma consequência por uma das Death Balls ter sido falsa, então na DLC vem o jogo verdadeiro, que é bem longo, mas interessante.

História da Fase: Todos os criminosos do mundo agora participam de uma maratona mortal, onde devem se executar até alcançar a linha de chegada. O maior criminoso do mundo, Silver Face, é o vencedor unânime e, ninguém pode contra ele. 

Ele é uma corrida contra o tempo, onde Travis deve se apressar para chegar ao limite da fase (ambientada em mesas de Pinball gigantescas), evitando os obstáculos, inimigos, e as vezes tendo de lutar antes do tempo acabar.

A cada objetivo superado um ainda mais tenso surge, e toda essa fase vem no nível de dificuldade máximo (só pra lascar mesmo com a gente) por padrão, mas dá pra mudar (apesar do jogo pedir pra não fazê-lo ou fica fácil de mais). É possível mudar o nível de dificuldade a qualquer momento, sem qualquer penalidade, em qualquer um dos jogos. 

O primeiro desafio é só a corrida, mas o segundo já fica mais complicado com paredes pra quebrar, e pontos que se abrem aleatoriamente, além dos inimigos (nem todos obrigatoriamente enfrentáveis) que surgem pra encher o saco.

O segundo desafio, que se passa num novo setor (após pegar um avião) já tem ainda mais obstáculos e rotas pra se destruir, mais inimigos, e também portais pra passar de um lado pro outro dos cenários.

O terceiro desafio, depois de pegar um Trem pro Espaço, traz uma regra nova que é meio complicada de superar: Não pode correr. Mas permanece sendo uma corrida com tempo limite! O tempo é compartilhado entre todas as fases só pra constar.

Nessa parte, é preciso andar (o que consome oxigênio, algo consumido ainda mais rápido caso corra) até pontos com oxigênio pra se recuperar e permanecer andando até alcançar o limite da fase. Caso acabe o oxigênio, é morte instantânea, mas ainda não é Game-Over (ele só ocorre se todos os continues forem gastos).

Depois, ao entrar num Satélite em Queda Livre, Travis vai parar no Oceano, e continua a corrida de baixo d'água (correndo mesmo, o que muda é só o cenário base pra Mesa de Pinball). Nessa parte o maior obstáculo são os  "Sinos" (sei lá como chama isso) no chão que impossibilitam a passagem quando levantam... mas não é nada tão complicado de evitar.

Por fim, tem os combates contra o sub-chefe, e uma rota final com o tempo correndo, onde hordas com todos os inimigos do jogo surgem.

Depois vem o chefe, que inclusive faz piada com relação a ele ser um chefe posterior ao chefe final do jogo. Mas depois falo melhor disso.

Personagens

Existem muitos personagens no jogo, mas os principais mesmo são apenas 6, que acabam levando a trama até o final. Todos eles acabam sendo importantíssimos pra trama e são indispensáveis pro entendimento do enredo.

Travis Touchdown

O protagonista, aqui ressurge como um fujão.

É que, Travis abandonou família e amigos, além de seu trabalho, pra se esconder na floresta com um enorme trailer que arranjou. A única que levou consigo foi sua gatinha, Jeane.

A fuga se deu pois ele cansou de fazer parte do Ranking de Assassinos e ser caçado por isso, então apenas deu o fora, agora se isolando de tudo e todos.

Mas, por causa de Badman, ele volta pro pódio, e tem sua localização exposta, atraindo tudo e todos.

Travis usa um Sabre de Luz personalizado, e uma Death Glove que junto ao Death Drive MK II, lhe confere poderes de videogame! Claro, apenas dentro do mundo dos games...

A roupa dele tá um pouco diferente. Ao invés de uma jaqueta vermelha, ele veste púrpura, e não da pra trocar. No máximo é possível mudar sua camiseta (assim como do Badman), mas ele precisa encontrar, ou comprar o que tiver no mercado virtual.

O bom é que neste jogo temos uma visão melhor do lado gamer de Travis. Claro que sempre vimos o quão maluco ele era, enxergando jogo em tudo, mas dessa vez testemunhamos seu lado jogador de verdade. 

Há um momento em que ele é reconhecido por uma moça chamada Juliet, como vencedor de um torneio de Unreal Tournament (jogo de tiro, eu jogava muito). Ele consegue acesso a uma das Death Balls graças a isso... aliás ele venceu ela, que era a Terceira Secretária de Damon... isso não importa muito eu acho... mas é bom citar.

Badman

Esse é o co-protagonista, e também vilão até certo ponto. É que, Badman entra na história com o intuito de matar Travis, como vingança pela morte de sua filha. Mas... ambos acabam se aliando para caçar as Death Balls e ressuscita-la.

A história de Badman é contada com muitos detalhes no final da DLC (e é uma Visual Novel longa pra caramba). O propósito é explicar a razão de sua máscara, e dele usar um Taco pra lutar.

Resumindo tudo: Ele era um motorista de caminhão que lidava com entregas ilegais, daí um dia perdeu a mercadoria, foi castigado, e teve o rosto desfigurado. Mas, em contrapartida, ele aprendeu que tinha um poder interno surreal e virava um assassino terrível sempre que era levado ao limite, próximo da morte.

Ele usa o taco pois tem grande familiaridade com ele, e é extremamente eficaz, tanto quanto o Sabre de Luz improvisado de Travis.

A primeira Death Ball é Badman quem leva, sem saber de seu real significado. Ele é forçado a leva-la até Travis, pelo mesmo cara que lhe diz onde Travis se escondeu, pra ele se vingar. Esse cara nunca é explicado dentro do jogo, mas ele é um personagem de outro jogo em uma participação especial.

Essa Death Ball é reconhecida por Travis, que então oferece a chance de trazer a filha do cara de volta: Havia uma lenda, de que caso alguém reunisse as 6 Death Balls, e terminasse os jogos, essa pessoa poderia realizar qualquer desejo.

Aliás, quando as 6 Death Balls se unem, elas invocam um Tigre dos Desejos. Nem preciso dizer que é uma referência a Dragon Ball e o Shenlong né?!

As Death Balls eram jogos encapsulados em esferas que só funcionavam no Death Drive MK II, console que Travis tinha em seu Trailer. Juntos eles decidem tentar achar as bolas e trazer a garota de volta.

Badman usa um Taco como arma, e pra recarregar suas energias ele bebe cerveja e cospe no taco pra lubrifica-lo.

Aliás, antes de afundar na vida dos assassinatos, Badman era um exímio jogador de Basebol que sofreu lesões e por isso teve de parar de jogar. Sua fama rende uma das Death Balls.

O nome real dele era Birkin.

Badgirl

Essa é a filha do Badman, morta como ranking 3 no primeiro jogo. A garota morreu de uma forma bem tensa, com ela mesmo perfurada pelo sabre de luz, ainda atacando Travis de forma ensandecida... e isso era apenas uma característica puxada do pai.

Badgirl não era uma assassina a princípio. Ela foi transformada nisso só depois que seu pai virou um assassino contratado. Ela encontrou prazer em matar, e em participar das lutas rankeadas, fazendo inclusive questão de mandar os vídeos de suas lutas para seu pai, anonimamente. 

Aliás, para ela despertar o "poder de fúria" como o pai, o filha da mãe que contratou o Badman, fez questão de torturar Charlotte com uma cadeira elétrica, até ela pirar. Por isso ela virou uma assassina tão boa ao ponto de ir pro ranking.

Ele não participava do ranking, mesmo sendo um assassino, fazendo mais as missões paralelas que lhe davam de assassinato. Mas, ver sua filha lutando meio que lhe dava orgulho.

No fim, ele assistiu a morte dela, transmitida pelo seu próprio patrão (que foi quem a colocou nas lutas, e quem o transformou em assassino também), e após se vingar dele (esmagando a cabeça dele) ele decidiu caçar Travis a todo custo.

Só que eles acabam achando as 6 Death Balls, e usam sem pestanejar para trazer a garota de volta, que retorna como uma verdadeira cadela... literalmente.

Como uma das Death Balls era falsa, o desejo vem corrompido, e Badgirl ressuscita como a Baddog, uma cadelinha com cabelinho e vestidinho.

Somente depois de terminar a campanha, e jogar a DLC, coletando assim a verdadeira Death Ball final, Travis e Badman recuperam a forma física real dela.

Mas, Badman e Badgirl não chegam a confraternizar. Eles não se davam tão bem, nem tão mal, apenas não ligavam um pro outro aparentemente. Badgirl permanece no trailer com Travis no final, sem interações, mas pode ser usada como personagem jogável extra, a quarta opção habilitada.

Já sua versão cadela tem interação, mas só late, nada além disso.

Em ação, suas habilidades consistem em usar um Taco pra surrar geral, e também seus quadris. Ela lembra muito a protagonista de Lollipop Chainsaw (jogo que nem foi referenciado mas poderia, afinal é do Suda 51).

Pra recarregar suas energias de luta, ela bebe cerveja.

Observação: O nome dela real é Charlotte, e no primeiro jogo eu até cheguei a teorizar uma relação dela com outro dos assassinos rankeados. Naquele tempo fazia sentido, mas agora a teoria foi por água abaixo pois o real pai dela surge.


Outra coisa, mesmo após recuperar a forma real da Badgirl, o final do jogo não muda caso falemos com Shinobu. Ela ainda é um cachorro e ainda tem Jeane pedindo pra geral ficar quieto. Acredito que deveriam ter incluído um final alternativo, ainda mais considerando que há interações entre Shinobu e Badgirl em cena, no trailer (as personagens podem ser vistas juntas as vezes).

Shinobu

Antes de Badgirl ser habilitada, quem surge como opção de personagem extra é a aprendiz indesejada de Travis, Shinobu.

Ela sobreviveu irregularmente a um combate mortal no primeiro jogo, contra Travis, perdendo um braço que ela mecanizou posteriormente. Então, no segundo jogo, ela passou a ajudar Travis chamando-o de "Mestre" e eliminando alguns dos rankeados em seu nome. Agora, ela volta como alguém que veio só pra descobrir onde ele tava e tentar ajudar a sobreviver ao ataque daqueles que, ela mesma sem querer levou até ele.

Na verdade parece que ela apenas estava procurando ele por saudades (ela é apaixonada por Travis pra variar), mas isso acaba puxando gente junto e ferra com o esconderijo de Travis. Ela chega no final da campanha principal, e permanece no trailer a partir de então.

Observação: Todos os personagens tem seus próprios diálogos com os NPCs e Chefes da campanha, mas eu só joguei de Travis.

Interagir com ela conclui o jogo, levando pros créditos finais, onde não da pra ver a cena, apenas nos permite ouvir. Nela, Badgirl ainda é Baddog (e isso nunca muda), e Travis entra em conflito com Badman, até que uma voz feminina pede pra pararem de gritar porque ela quer dormir. Essa voz pertence a Jeane, a gata*.

Aliás, Shinobu foi a primeira a mostrar o movimento "Pulo" na franquia, usando essa mecânica no segundo jogo. Aqui tá bem melhor, mas todos usam. 

Como arma ela empunha sua Katana, e trucida os inimigos fatiando geral. Pra restaurar sua energia, ela afia a lâmina com a bota.

Jeane (Gato)

A gatinha de Travis fala. Sempre falou, mas nós n    unca ouvimos (e sim, aparentemente Travis sempre soube que ela falava).

Ela começa a falar, e muito, na aventura em Visual Novel, e surpreende Travis e todo mundo que acaba escutando. Jeane faz questão de mostrar que é feminina (boto ênfase nisso pois no terceiro jogo, ela também aparece mas... as coisas mudam, e eu não entendi nada... ainda), e é bem temperamental.

Ela aparece em estilo Anime nas imagens da Visual Novel, e é uma aliada em tanto pra Travis, aconselhando e discutindo o tempo todo.

Jeane também tem o hábito de entrar no Death Drive MK II sozinha, acessando os jogos e se perdendo neles, dormindo.

Travis pode, se o jogador quiser, procurar por ela pra obter um chip novo. Daí é necessário revisitar os cenários, seguindo as pistas que ela dá nos e-mails que envia pra Travis. 

E sim, Jeane também envia e-mail.

A razão dela falar não é explicada... mas agora ela fala.

*O fato da voz dela ser dublada por uma voz feminina (Kris Zimmerman Salter, é até creditada... por 1 fala nos créditos... e ela é uma dubladora famosa, bem presente por exemplo nos Metal Gear, porém como Diretora de Voz) é importantíssimo. Mas isso só voltarei a comentar em outra análise.

Drª. Juvenile

Essa é uma cientista que não aparece no jogo diretamente, mas está presente o tempo todo, ainda mais por ela ser a criadora do Death Drive MK II.

Ela criou ele, e seus 6 jogos únicos, todos eles disponibilizados fora do mercado, afinal seu console nunca foi publicado oficialmente, muito menos seus raríssimos jogos.

Travis tinha um dos protótipos do Death Drive MK II, mas não tinha nenhum dos jogos. Foi graças ao Badman que ele conseguiu realizar seu sonho de experimentar o DDMKII, a ainda foi em um dos títulos que ele mais curtia.

Junevile aparece no meio dos jogos, inicialmente numa tela no chão, ensinando as regras básicas, mas posteriormente ela assume outra forma, como um npc recorrente (falarei depois).

A real posição dela no mundo real é incerta. Do jeito que Travis fala, ela optou por viver nos jogos pra sempre, escondida da CIA.

Isso pois, ela criou o Death Drive MK II como parte de um programa do governo para colonizar o espaço, usando Clones! É mó loucura, mas em resumo, o console permitia a transferência física de pessoas que entravam nele, para qualquer ponto no espaço, como Marte. Lá, eles tinham Impressoras de Clones instaladas para que as mentes das pessoa fossem transferidas pra elas. O objetivo militar por trás disso era criar exércitos de clones pra guerra... mas Junevile e seu namorado eram contra, sabotando o projeto.

Separar as Death Balls foi o primeiro passo pra impossibilitar a ativação dessa máquina de clones, chamada DDAAA (Death Drive Triple A), pois se ninguém jogasse, ela nunca seria funcional. Só que, com o objetivo de realizar um desejo, Travis acaba encontrando todas e jogando, terminando todos os jogos e acionando a máquina, que ele mesmo faz uso depois.

Junevile porém também cria uma medida protetiva caso alguém reunisse todas as Bolas. Ela usa Travis pra limpar a bagunça por ela, confundindo seus sentidos aproveitando todo seu poder de administradora.

Provavelmente, ela criou o Jogo Falso pra sabotar qualquer tentativa de reunir todos. Por azar, Travis voltou na DLC pra pegar essa Death Ball também. Mas nesse ponto a CIA já tava morta mesmo.

Detalhe: Quem criou as Death Balls fisicamente, foi o pai de Junevile (eu acho, fica meio que subentendido que Frank é o pai dela, mas né... nunca se sabe), quem Travis visita pra restaurar uma das Death Balls que ele encontra. Provavelmente ele a adotou ou algo assim.

Chefes

Perceba que cada fase é tematizada (ainda mais a da DLC) mas, não é apenas no estilo do jogo. A história de background também é única pra cada título, sempre se baseando no Chefe. Todos os Chefes do jogo são os protagonistas de seus respectivos jogos.

Alguns Travis conhece, outros não, pois na verdade são meros personagens de videogame que ele já jogou antes. Claro que, Travis também é, e até ele sabe disso (quebrando a quarta parede sempre). Mas dentro do enredo, como ele visita esses mundos dos jogos entrando no Console, ele de fato conhece os verdadeiros personagens.

E, ele os ajuda, ou derrota, vencendo-os nos games. Detalhe: Apesar de terem referências disfarçadas com jogos fictícios, Suda 51 (criador de NMH) optou por fazer referências também a jogos reais, dentro do universo de NMH. Alguns dos jogos que ele menciona existem de verdade, e fazem parte de seu curriculo. Então, alguns personagens são participações especiais, quase como crossovers, entre os muitos títulos que ele já criou, ou ajudou a criar.

Electro Triple Star

Travis é fã de um jogo chamado "Thunder Tiger", e a continuação desse jogo saiu justamente pro Death Drive MK II. Ele fica bem animado em poder conhecer pessoalmente seu personagem favorito, o Electro Triple Star, protagonista de "Thunder Tiger II".

Apesar de se adorarem quando se encontram, Travis precisa elimina-lo para pegar o Chip da Death Ball. Ambos lutam com honra e respeito mútuo.

A Cutscene do jogo (em estilo cellshade) mostra como ele adquiriu seus poderes, usando uma armadura eletrificada, e durante a conversa deles, Electo conta que luta pra proteger sua família. 

Todos os chefes tem mais de uma forma ao serem enfrentados, mas nem todos "mudam" de forma. Apenas tudo vai ficando mais difícil, e isso meio que é uma novidade em NMH, afinal isso geralmente só era atribuído aos chefes finais.

Para lutar, Triple Star usa eletricidade como sua arma principal, atirando bolas de energia, raios lasers e invocando colunas elétricas pelo mapa, isso tudo na primeira forma.

Na segunda forma, quando sua vida é drenada, ele restaura ela inteira e sai do mapa. No seu lugar ele passa a invocar dezenas de bugs, e deixa 4 lâmpadas elétricas, enquanto atira laser do lado de fora em linhas retas. 

Travis precisa evitar tudo isso e atacar as lâmpadas até todas quebrarem, daí ele volta pra luta em sua terceira forma, com a vida recuperada.

Nessa parte ele apenas apela bem mais, sendo mais rápido e forte, e atirando bem mais energia.

Porém Travis o derrota, e finaliza com um golpe de Luta Livre, sua grande assinatura.

Apesar de derrotado, Triple Star provavelmente voltaria em sequências de Thunder Tiger.

Mr. Doppelganger

Em Life is Destroy, o serial killer que Travis precisa encontrar é o Mr. Doppelganger, um arauto da morte que surge para as pessoas que ele considera culpadas e as executa das formas mais sórdidas possíveis. 

Doppelganger não se da bem com Travis, pois apesar de ambos matarem pessoas, Travis o faz como profissão e rankeamento, enquanto Doppel faz por lazer e prazer. Travis não vai com a cara dele.

A introdução de seu jogo mostra ele induzido um jovem a entrar em um jogo de azar com ele, pra decidir como morreria. No fim ele mata o garoto usando alguns Saca-rolhas, no entanto o mais interessante é que toda a cutscene é feita com pessoas reais, e não com CGI. Lembra muito o que foi feito em Alan Wake. A cada jogo apresentado, há uma introdução própria, com um visual particular. Este usa um filme com pessoas reais.

A luta dele se divide em três partes. Na primeira ele fica tentando se aproximar de Travis, e pode lançar navalhas a distância.

Quando sua primeira barra de vida acaba, ele apela pra segunda forma onde apenas começa a criar clones num jogo de azar, onde Travis deve encontrar o verdadeiro Doppel pela posição que ele fica, e atacar antes do tempo acabar, ou ele sofre dano.

Ele também dispara cartas gigantes que ficam flutuando e rebatendo pelo mapa, ou apenas explodem.

Na terceira forma, após sua segunda barra zerar, ele apela pra tudo isso com mais força. surgem ainda mais cópias dele no jogo de azar, e mais cartas são lançadas.

Além disso perto de morrer ele invoca clones de si mesmo pra lutarem junto.

Após derrotado, Travis o finaliza com um golpe de Luta livre.

Mas Doppelganger não morre nessa luta contra Travis, e algo ainda pior acontece. O White Sheepman explica que o Doppel real permanece existindo, no mundo real. E considerando que ele não curte Travis e vice-versa, ele é uma ameaça em potencial.

Brian Buster Jr.

Brian Jr. é o príncipe de um reino onde Café e Rosquinhas são mó importantes pro bem estar de geral! Na verdade, esses itens nada tem a ver com sua história, mas no jogo são aquilo que se busca pra acalmar seu espírito.

Na cutscene do jogo (parece até The Sims, o gráfico é bem plástico) Brian é cego, e perdeu sua visão após a morte de seu pai, o rei. Ele acabou vagando por um deserto então, quando encontrou um robô de madeira que seu pai havia criado, e que tinha a mente dele acoplada. Esse robô se funde a ele, e pai e filho viram o Brian Buster Jr! Um Rei cego num Robô de Madeira.

Porém ele se cansa dessa vida e de seu próprio jogo, e tenta se matar, transformando seu suicídio numa investigação de assassinato (as vezes tem até mais de um corpo dele ao mesmo tempo). 

No entanto, com a interferência de Travis e Badman, e uma insistência em lhe oferecer Café e Rosquinhas (o que o traz de volta a vida sempre), ele se enfurece e decide partir pra cima deles, explicando que eles atrapalharam seus planos de morrer.

A luta ocorre em um cenário horizontal assim como a mansão, e inclusive da pra ver o prédio ao fundo, com uma enorme cabeça mecânica acima. De início, em sua primeira forma, o príncipe apenas dá investidas, pulos explosivos e energizados, estando sempre dentro de sua armadura robótica madeirada.

Perto de ser derrotado, o robô gigante ao fundo começa a disparar lasers, enquanto o Príncipe começa a apelar com explosivos ácidos.

Mas, não ocorre transição de barra de vida, e ao perder toda a vida, o robô é destruído, restando apenas o Príncipe cego e velhinho, que não oferece grande desafio.

Travis encerra o combate com um golpe de luta livre... 

E o velhinho morre feliz. O Withe Sheepman aparece sempre que um chefe morre ou é derrotado, só pra comentar seu destino. No caso do velhinho de fato ele morre, só não fica clara as consequências disso pra sua ilustre franquia de Café com Rosquinhas no futuro.

Smoking King

Em Golden Dragon GP, o grande vencedor das corridas era o Smoking King, um corredor nato, mas também um ex guarda-costas e lutador de sumô.

O cara é gigante, mas bem gente boa, e inclusive dá dicas pra Travis quando ele está descansando, telefonando e informando sobre onde pegar as partes de upgrade pra sua moto.

Travis até que se dá bem com ele, e ambos se enfrentam de forma amistosa.

Antes de enfrenta-lo, Travis precisa vencê-lo na final da Corrida Mortal em seu jogo. Bacana que até ele comenta a respeito, quebrando a quarta parede.

Sua luta ocorre num banheiro aberto, no topo do prédio do cara (que era onde Travis pegava os upgrades), e o campeão usa força física e velocidade, melhoradas por suas roupas automatizadas.

De início ele dá investidas rápidas e cria explosões no solo, em três ondas que se expandem, causando dano caso Travis seja pego no raio de impacto.

Na segunda barra de vida ele apela mais, dando saltos que abalam o campo inteiro, atordoando e soprando fogo.

Ao ser derrotado ele vai pra segunda forma, sem mudar fisicamente, mas apelando pra granadas de gás que causam dano contínuo por todo o ringue, isso enquanto ele permanece dando os mesmos golpes, mas ainda mais rápido.

Ele também cria colunas de fumaça pra tentar atordoar Travis, e no fim, é derrotado.

Travis o finaliza com mais um golpe de Luta Livre. 

E apesar de derrotado, ele não morre, ainda planejando rever Travis um dia, mas não como inimigo, apenas como rival.

Eight Hearts

Saído diretamente de "DAMNED: Dark Knight", continuação de "Shadows of the DAMNED" (Jogo real de PS3), o jogo que substitui o "Serious Moonlight", este é uma nova configuração de Johnson, transformado de uma Arma de Fogo Falante para um Guerreiro Humanoide com 8 corações e aparente imortalidade.

Detalhe: O jogo "Shadows of the DAMNED" existe, e é aparentemente bom (eu desconhecia, jogarei em breve pra analisar). Fato é que muito dele é citado ao longo do passeio de Travis por esse mundo, pois os NPCs (São uns humanoides que dão dicas em nome do "Vovô") falam dos personagens originais de Shadows of the DAMNED, quase como se o jogador tivesse de conhecê-los pra entender essa "continuação" (e pior que tem, pois fica bem vago, já que nenhum dos personagens aparecem nesse pseudo crossover).

Apesar de Travis enfrentar o Eight Hearts, e ambos até se darem bem, no fim ele não o mata, e apenas o convence a ir buscar por seu antigo mestre, o Garcia Hotspur. Ele teria morrido no final do jogo original, mas nessa continuação o Eight Hearts (nascido do restante da energia transferida de seu mestre pra ele) decide buscar por ele no submundo, enquanto o próprio permanece lutando pra sair de lá.

De certa forma, DAMNED: Dark Knight, consegue trazer para quem já conhecia o jogo anterior, uma sensação de continuidade inesperada. A surpresa do título surgindo em cima do "Serious Moonlight" com certeza seria ainda maior assim. Pena que eu desconheço... por enquanto.

Detalhe: Quem produziu esse segundo jogo foi a Junevile, como fã do primeiro. Então tecnicamente é um fanmade de uma produtora fictícia, dentro de um jogo da produtora original (no caso, a do Suda 51). Por isso que não da pra levar a sério o desfecho que é mostrado aqui, do jogo original. Muito provavelmente foi uma re-imaginação de Junevile.

Travis é muito fã desse jogo e sente uma tremenda honra em poder lutar contra Johnson, ou sua nova forma, o Eight Hearts. Legal que o cara também acaba curtindo Travis e a luta é mais de amigos e fãs do que inimigos e rivais. Ainda assim ninguém pega leve.

Eight Hearts é bem rápido e invasivo, usando socos, chutes e rodopiadas que fazem ele virar um verdadeiro tornado pra causar o máximo de dano possível. Ele também pula e muda de posição pra dar investidas em Travis.

Na segunda barra de vida, ele passa a usar disparos paralelos aos seus golpes físicos. Ele deixa Caveiras Sombrias no campo, que disparam por conta própria pra todas as direções, enquanto ele próprio também atira, a cada investida que dá.

No meio da luta, Garcia aparece direto do além e começa a falar com Johnson, e consequentemente com Travis. Era uma baita reunião pra Travis, mas Garcia pede pra que sua arma apele mais ainda numa nova forma, tudo para tirar o máximo de proveito da luta. Essa motivação faz Eight Hearts ficar ainda mais forte.

Nessa nova etapa, seus disparos ficam mais precisos. Surgem bem mais Caveiras atiradoras, que miram em Travis, e o próprio Eight Hearts ganha disparos ainda mais poderosos, como Esferas de Energia que vão direto pra Travis, tiros explosivos ou esferas de ácido.

Isso tudo enquanto ele fica se movendo ainda mais rápido, pulando, teletransportando, e atacando tanto de perto quanto de longe. É bem difícil, mas Travis vence e finaliza com um golpe de Luta Livre como de costume.

Depois, Johnson pede pra servir à Travis como sua arma, mas Travis dispensa isso e o convence a buscar por Garcia no submundo, e dar início a um novo jogo do DAMNED, com seus heróis juntos novamente. 

Eles marcam de se reencontrar nessa possível continuação.

White Sheepman

Esse é um npc que aparece o jogo inteiro dando dicas, geralmente as mais importantes. Ele é quem fala sobre o enredo, enquanto os demais npcs costumam dar dicas aleatórias ou fazer comentários sobre os jogos em si, e também é quem sempre aparece depois dos chefes serem derrotados, comentando seus desfechos (exceto na DLC). White Sheepman é aquele que parece se comunicar com Travis diretamente, e busca lhe ajudar de fato.

Porém ele é um inimigo também, sendo o chefe final da campanha original. Ele é ela, na verdade, assim como Travis diz: White Sheepman é Junevile.

Dentro do mundo dos jogos, quando ela se escondeu ali, ela tomou essa forma como um novo avatar. Não fica explicado como Travis notou isso, mas ele sabe quem ela é, e até tenta libertar ela.

Junevile também aparece um pouco antes, mas em tela, com mensagens gravadas pra qualquer jogador que entrasse em seus títulos na Death Drive MK II. Mas, uma vez dentro do console, e da rede que ele engloba, ela assumiu a forma desse npc.

Detalhe: Tecnicamente, ela usa Travis pra seus planos no fim das contas. É que, juntar as Death Balls ativaria uma máquina que ela construiu pra CIA, e que não queria que fosse ativada. Quando a CIA ta quase vencendo, ela assume sua forma de White Sheepman e atrai Travis, num verdadeiro massacre na sede deles, onde eles são vistos como Bugs (e na verdade seriam pessoas reais), e Travis vai matando geral.

Antes da luta começar, White Sheepman fica apenas de pé na frente da máquina que teletransporta pro espaço, e clonava geral, a tal arma que o governo queria. Por mais que até então ela tenha falado bastante, nesse momento a entidade não fala nada, apenas se posiciona pra lutar. Travis reconhece ela como Junevile e rasga os elogios, aos montes, enaltecendo a moça. Ela fica sem palavras, pois tecnicamente, ela tinha usado Travis pra dar fim aos seus jogos e também ao programa em si.

Sem reagir, ela apenas vai pra luta, com um cajado enorme e golpes de luz.

Ela também manipula o cenário por assim dizer, criando feixes quadriculados em todo o solo, pra causar dano em Travis onde ele estiver pisando.

Na segunda parte da luta ela apela pra mais golpes em área, feixes de energia vindo do solo, e explosões com ondas pra atingir onde quer que Travis esteja.

Não é tão difícil (ta certo que eu botei no modo fácil pra ganhar) mas ela pode usar um golpe invocando uma bola gigante de energia, que executa Travis, acertando o mapa inteiro de uma vez só.

Ela é a única que após ser derrotada não recebe uma finalização estilo Luta Livre. E também ela não fala muito no fim, apenas manda uma frase do tipo "No mundo humano, jogos já eram" e então some.

Junevile não morre, mas abre espaço pra Travis continuar. Então ele vai na máquina, usa, e vai direto pra Marte, encerrando assim o jogo.

Silver Face

Esse é o chefe de Killer Marathon, o verdadeiro Killer Marathon. A história do jogo é a de que prisioneiros eram postos pra correr numa maratona mortal, com liberdade total pra se matarem no percurso. Silver Face era o vencedor.

Seu passado dizia que ele era um jogador de futebol americano bem sucedido, mas um dia surtou e matou um monte de mulheres de uma vez só, por isso foi condenado ao Killer Marathon. Só que é tudo balela, o próprio diz que nunca matou na vida e tem até aversão a sangue.

A questão é que ele, como personagem, foi escrito e desenvolvido num jogo de Pinball, e independente do passado que deram pra ele, nada disso de fato aconteceu. Ele se lembra apenas de existir num mundo de Pinball onde tem que ficar correndo nas mesas, desviando de bolas e bugs.

Pois é, ele tem ciência de que está num jogo, e que é apenas um programa, e não liga pro passado que inventaram pra ele. Mas ele acaba desafiando Travis assim mesmo, como parte de sua programação.

Engraçado que na conversa deles, até Travis tem seu jogo exposto, e também demonstra ter ciência de que não é totalmente real. Mas eles deixam isso de lado e saem na porrada.

De todas as lutas, essa é a única que achei desafiadora de fato, pois Travis deve correr pelo cenário, fugindo das investidas de Silver Face.

O cenário não ajuda muito afinal é uma mesa de Pinball com pontos que Travis não pode encostar. Mas, isso também pode servir pra atrapalhar Silver Face.

Os golpes dele costumam ser rápidos e se baseiam em dano físico corpo a corpo. Por isso, correr e evitar suas investidas, esperando a hora em que ele fica vulnerável, é a melhor forma de lidar com ele.

Ele usa um gancho que puxa Travis em sua direção pra continuar golpeando, mas o próprio cenário ajuda a evitar isso, pois o gancho não atravessa os obstáculos.

A partir do segundo nível ele começa a usar uma explosão de luz pra atordoar Travis, e em seguida atacar.

No terceiro nível ele começa a usar o cenário a seu favor, colocando armadilhas nos cantos, com espinhos que atacam caso Travis chegue perto. Ele também passa a sair do cenário e lançar 3 feixes gigantescos de energia, que Travis tem de evitar saindo do alcance. Eles sempre aparecem nos obstáculos de pontuação (sério não sei o nome desses negócios que tem nas máquinas de Pinball) que Travis já tem de evitar por natureza.

Mas, o bacana é que quando Silver Face está em campo, da pra fazer ele de bobo dando voltas nesses obstáculos, até a energia das habilidades recarregarem e contra-atacar apelando.

Vencendo, Travis o finaliza com um de seus golpes de Luta Livre. 

Também pacificamente, eles marcam de se encontrar novamente um dia.


Depois disso Travis usa a Máquina de Junevile outra vez, e assim convoca o real poder das Death Balls verdadeiras.

Personagens Secundários

Existem alguns personagens que não pertencem ao universo de No More Heroes, tecnicamente, mas sim a um grande universo compartilhado com outros títulos do Suda 51 (criador do jogo). Mesmo que eles não falem de seus jogos originais, a presença deles é um tipo de fanservice e easter egg, que não afeta a história, mas a ajuda a ser contada. Também há personagens do universo de No More Heroes que são melhor explorados e explicados, e são deles que falarei agora.

Kamui Uehara

Esse é um cara misterioso que aparece e faz até Jeane suspeitar de sua aparência estranha. Ele diz ser um aliado, que surge teleportando e oferece-se como guia pras Death Balls. Antes dele surgir, dois representantes (Bruno e um outro que não me lembro) citam que são todos de um tal de 25º Distrito, provavelmente um ambitente do jogo original deles.

Ele realmente ajuda a encontrar várias delas, mas no final ele se revela um inimigo, enfrentando Travis na porrada. Antes, ele manda capangas dele enfrentarem Travis, um por um, e no fim ele próprio avança, e eles tem uma batalha bem intensa, com Travis sofrendo.

Curioso que nos combates anteriores Travis quase morre, e até tiro ele toma (no cabelo). 

Mas no fim, ele apanha mesmo pro Uehara, um personagem completamente misterioso que termina a luta sendo poupado.

Travis o considera um amigo, e deixa ele ir, pedindo apenas que ele não seja um vilão. Irônico isso pois, esse personagem nem é de No More Heroes, originalmente. Ele pertence ao jogo "The Silver Case" como um dos personagens principais.

Vale mencionar que The Silver Case é um Visual Novel, justamente onde toda essa parte do jogo se inspira. A aparição repentina de Uehara é um pseudo crossover, aproveitando-se da singela sátira para introduzir personagens que apenas quem é fã do Suda 51 e seus jogos em geral entenderia e perceberia.

Klark

Esse personagem nunca aparece fisicamente, nem mesmo na Visual Novel, mas é bem importante, pois conta muito do enredo de Junevile.

Ele foi um namorado dela, que ajudou ela a fugir e se esconder da CIA (fizeram isso juntos), além de ter trabalhado com ela, e praticamente crescido com ela. "K." participa da história mandando e-mails (assim como a gatinha Jeane) explicando mais de Junevile, e seus reais planos.

Ele no fim alega que foi morto por Junevile, por ela ter se perdido, e seus e-mails são direcionados pra Travis, mas são automáticos como se ele já se preparasse em caso de morte.

Kosuke Kurumizawa

Outro personagem nesse sentido é o Kosuke, um ex-namorado de Junevile, que chega a participar brevemente na Visual Novel. Eu cheguei a confundir ele com o Klark, afinal ambos já namoraram Junevile, e ambos são misteriosos, além de terem o nome com "K". Mas ele é outro personagem.

Ele se mantem distante e na única aparição, ao ser visitado por Travis em uma casa afundada no mar, ele acaba sumindo, posterior a entrega de uma Death Ball que ele guardava.

Ele também é de "The Silver Case", e até daria pra imaginar que talvez, os dois jogos se passassem num mesmo universo com tantas aparições, mas tudo isso é só parte de um monte de easter eggs e fanservices.

Bugjirou

Esse é um personagem que aparece apenas dentro dos jogos, e tem uma Barraca de Lamén. Ele é quase como um colecionável afinal encontrar suas barraquinhas é um objetivo secundário legal. 

Travis pode regenerar sua energia ao parar nessas barraquinhas, e nem todas são fáceis de achar.

Sempre que ele encontra uma barraca, Travis também ganha acesso a resenhas e críticas de lámen na internet, falando justamente da comida provada ali. 

Pelo que pareceu, Travis quem escreve as críticas, afinal tudo só aparece depois que ele prova, indicando localização (dentro do jogo) e criticando por não ter cerveja junto. Bacana que ele sempre fala muito bem do prato, e depois pontua de forma negativa pela falta da cerveja. 

Fato é que Bugjirou é um dos muitos bugs do Death Drive MK II, mas ele não é hostil.

Epona, Drácula e Mondo Zappa

Tem tantas referências a jogos diferentes que eu devo ter deixado um monte passar. Mas essas eu vou citar pois achei curiosas.

Pois é, na Visual Novel aparece a Epona, uma égua falante com um nome muito incomum pra uma égua, e a aparência de uma bem famosa nos videogames (Zelda!). Ela ajuda Travis a encontrar ninguém mais ninguém menos que Drácula, o vampiro mesmo (daí não sei se é uma referência a Castlevania, mas é o jogo mais famoso com o vampirão). Observação: Suda 51 diz-se fã de Zelda.

Drácula estaria com uma das Death Balls, mas ao encontra-lo, o mesmo é morto por um assassino chamado Mondo Zappa. Ele é um personagem do jogo "Killer is Dead" também do Suda51. Faço nem ideia de quem seja, mas ele se apresenta, assim como dezenas de outros personagens que devem ser de outros jogos do Suda51. Enfim, ele entrega a Death Ball (que tava dentro da cabeça do falso Drácula), e também alerta que o verdadeiro Drácula ainda está vivo e em algum lugar.

Seria isso uma indireta pra aparição dele em algum futuro jogo? Seria essa uma referência a algo que ele faz ou fez em Killer is Dead? Eu sei lá! Mas achei curioso ele chamar Drácula de "Doppelganger" e dizer que ele está a solta. O tal Doppelganger podia tomar a forma de outros, e já tinha um inimigo chamado assim que Travis deu cabo. Não sei se é só coincidência, ou se de fato são o mesmo Doppel de que falam.

John Winter

No fim da campanha, Travis viaja pra Marte.

Acontece que após obter as Death Ball e realizar o desejo de Badman (corrompido afinal uma era falsa), Travis aproveita a oportunidade pra usar a máquina da CIA e se teletransportar pra Marte, usando o sistema de clonagem.

Tecnicamente, a mente dele viajaria pra um corpo artificialmente produzido em Marte, seguindo suas diretrizes físicas. E isso funciona. 

Quando ele acorda lá, conhece John Winter, o criador da HAZRE, empresa que financiou e desenvolveu os consoles Death Drive. Ele apenas vive lá em Marte de boa, sem precisar se alimentar (afinal é um clone do original) e sem qualquer dor de cabeça.

Mas, ele não quer que aquele lugar seja maculado pelo pessoal do governo ou gente curiosa. Ele até recepciona Travis, conversa um pouco, ambos fumam um narguilé de café (que funciona como um mini game de apertar o botão rápido), mas em seguida o mata, decapitando-o com um golpe só (ou seja, viver no espaço fez ele poderosíssimo).

Ao morrer, Travis volta pro corpo original, e sai do Death Drive MK II., ou seja, tecnicamente, John Winter ainda estava dentro dos jogos com seu corpo original, e vivendo tranquilo dentro do clone no espaço.

A mente do clone e do corpo original parecem ter conexão e são partilhadas paralelamente, afinal Travis se recorda da viagem que fez, e faz questão de contar sobre ela para Jeane, a gatinha que o interroga.

Dan Smith

Esse é um personagem de outro jogo do Suda 51: Killer 7.

Ele aparece apenas na cutscene inicial, onde tenta matar o Badman como uma missão particular sua. Ele chega atirando e quase consegue completar seu assassinato, mas ele muda de ideia ao saber dos planos de Badman em caçar Travis. 

Dan usa seus contatos para rastrear Travis, e ainda dá a missão de mata-lo para Badman, com direito a Death Ball de presente. Dan fala sobre a ressurreição de Badgirl, sem explicar como as Death Ball funcionavam, e ao que parece, ele queria que Travis ajudasse Badman e vice-versa.

Como o personagem não pertence ao universo de No More Heroes, essa é uma participação bem ao estilo Deus Ex Machina, apenas pra entregar a chave pra que o enredo avançasse. Sem as Death Ball não haveria história, e Badman também nunca conseguiu encontrar Travis por conta própria. Ele precisava desse empurrãozinho.

Damon Riccitiello

Esse personagem mantinha uma das Death Balls sob seu controle. Ele tomou ela a força de Junevile, praticamente roubando, depois que o jogo deles foi cancelado. Eles trabalhavam juntos no "Serious Moonlight", mas por desavenças da equipe, o projeto não vingou. Foi só depois que Junevile substituiu ele pelo DAMNED: Dark Knight.

Apesar de não aparecer muito, e apenas ter como principal vinculo o fato de ter sido um colega de Junevile, Damon acabou brigando feio com ela, e a espancou, algo do que ele se orgulha. Ele conta isso pra Travis, que devolve tudo esmurrando o cara várias vezes, de tão enojado que fica. 

Bacana que Travis já matou várias mulheres, mas se irrita ao saber que Damon bateu em Junevile... claro que da forma que Damon fala, da realmente muita raiva... mas Travis é meio hipócrita... tanto que todo o jogo é pra ressuscitar uma mulher que ele mesmo matou.

Damon atualmente é CEO de uma empresa chamada Utopia, que revitaliza cidades destruídas ou em condições econômicas ruins. Travis acaba indo até sua sede para buscar a Death Ball que precisava. Quando ele a consegue, após deitar Damon na porrada (afinal o cara espancou Junevile), ele sai ameaçado pelo cara, que diz que um dia irá se vingar.

Tenso que, pelo que já vi do NMH3, Damon volta sendo um personagem bem importante, por isso que to citando ele.

Observação: Ele que tem várias secretárias, e acaba sendo alcançado com ajuda de Juliet, quem reconhece Travis do torneio de Unreal Tournament.

Sylvia

A eterna amante de Travis, agora é sua esposa, mas permanece distante afinal ele se escondeu, até mesmo dela.

Sylvia aparece apenas uma vez na Visual Novel da DLC, pra entregar uma das Death Ball, ou pelo menos guiar Travis pro caminho pra obtê-la.

Inclusive, nessa parte um personagem tecnicamente importante surge, o Death Metal Jr, filho do Death Metal, o primeiro que Travis matou lá no primeiro jogo.

O garoto queria vingar a morte do pai, e na luta arranjada de Sylvia em nome da Organização, apenas foi pra cima de Travis. Mas Travis queria a Death Ball, que ele tinha posto na testa. Detalhe: Sylvia parece ter voltado a trabalhar na UAA.

Enfim, Sylvia parece ainda estar com Travis, mas não sei a razão dela se vestir como vaqueira ao conversar com ele. Ela também aparece no final da Novel citando uma sensação ruim, provavelmente referindo-se a algo que acontecerá no NMH3.    

E, Sylvia tem 2 filhos com ele.

Jeane (Filha)

A primeira é Jeane, atualmente uma V-Tuber, que ama muito o pai.

Ela aparece pela segunda vez na franquia até então, mas agora somente na Visual Novel e um pouco mais velha de como foi vista no final do primeiro jogo.

Ela é uma influencer, e aparentemente não sabe das profissões do pai e da mãe que tem, visto que Travis mesmo diz pra Shinobu que o ideal é manter as crianças por fora dessas informações.

No final do primeiro jogo ela aparece de costas ao lado de Sylvia, olhando um quadro do pai e do tio lutando. Na época eu nem entendi direito, achava que ela era filha do Henry e tal, mas na verdade é a primeira filha de Travis e Sylvia, razão também dela levar esse nome (Travis ama esse nome, pois é o da sua meia irmã, que ele mesmo matou).

Hunter

O segundo filho só é mencionado e não chega a aparecer, pois estava acampando com escoteiros dos quais ele fazia parte.

Seguindo a lógica, Travis e Sylvia queriam educar suas crianças pra serem mais sociáveis do que eles.

Mas, é legal saber que ele teve outro filho, e ainda mais legal ver o nome que escolheu: Hunter (caçador). Pra Travis que vive fugindo, esse nome é uma ótima escolha.

Bishop

A Segunda Death Ball do jogo acaba sendo pega muito longe do acampamento de Travis (na verdade ele praticamente viaja o mundo pra obtê-las) e, pra testa-la, ele usa o Death Drive MK II de um amigo, Bishop.

Só que esse é o irmão mais novo do Bishop morto lá no segundo jogo. Ele assumiu a loja dele e também virou grande amigo de Travis.

Isso é feito só pra apresentar esse irmão mesmo. O personagem mesmo não tem mais nenhuma participação, e isso é só pra quebrar a quarta parede e nos explicar que ainda tem um Bishop cuidando da loja de jogos e dvds.

Aliás, a apresentação dele também serve pra nomear o homem misterioso que visitou o túmulo de Bishop em NMH2. Era Miike, um diretor famoso que Travis e Bishop eram muito fãs.

Henry

O irmão gêmeo de Travis também aparece, e agora ele se assume como o irmão mais velho (sem questionamento de Travis). Mas, ele é um inimigo.

Henry procura pelo irmão pra mata-lo, desafiando-o pra um combate, mas deixando 2 capangas em seu lugar. Não fica clara a razão dele odiar o irmão agora, pelo menos não claro ao ponto de fazer sentido... Henry diz que viu num filme que devia matar o irmão pois... é mó bobagem, mas ele estava motivado.

No fim ele só vai embora em seu carro e deixa Travis com os capangas da sua "Ordem da Noite Esmeralda" (algum grupo que ele criou)... mas essa luta dos capangas nunca ocorre.

Death and Drive

Dentro dos jogos sempre surgem dois npcs hostis que tentam executar Travis ou qualquer um que entre, mas nunca tem energia carregada pra atacar.

Eles são os Death e Drive, guardiões do console (provavelmente um tipo de antivirus ou software de segurança anti-pirataria). Como não funcionam, eles só ficam ameaçando até o fim da campanha principal.

Eles só atacam mesmo na DLC, isso na Visual Novel, saindo do mundo dos jogos e se personificando no mundo real como uma dupla fundida chamada DeaDri. Ambos interrompem as muitas lutas que Travis teria num dojo de Shinobu e, viram uma criatura gigantesca... que no fim jogam videogame com Travis e perdem.

É que, como eram grandes de mais, eles não podiam lutar sem destruir tudo e todos... e acontece que a região pra onde vão é um local habitadíssimo... mas eu preciso contar toda essa parte pra fazer sentido:

Quando Henry chega no acampamento de Travis, levado sem querer por Shinobu, ele deixa seus capangas para lidarem com seu irmão.

Mas, Travis e Shinobu preferem sair dali do trailer e ir pra um lugar mais reservado para lutarem, e assim Shinobu leva geral pra um dojô que ela criou, para crianças. 

Lá ela apresenta a criançada, e depois que todos saem, a luta contra os capangas quase começa, até que dois Alienígenas surgem do nada e desafiam Travis até a morte.

Os Alienígenas usam um aplicativo louco pra buscar lugares pra dominar, e chegaram justamente onde Travis estava, pro azar deles. Mas ai aparece os Death e Drive, personificados no mundo real, pra enfrentar Travis... só que...

Assim que Travis vai enfrenta-los, surge um Super Herói para acabar com o mal. Ele pede pra todos ficarem em fila e esperarem sua vez para serem punidos pela justiça. Legal que ele também usou um aplicativo pra chegar ali, direcionado pra onde haviam vilões em potencial.

Quando a luta vai começar, os Death e Drive mudam de forma, ameaçando todo mundo mas principalmente Travis. Como ao fundir ele fica enorme, e destrói o dojô, Travis decide que a melhor forma deles resolverem seus problemas seria se enfrentando em um jogo de videogame. Por isso eles se sentam e jogam um  game de luta livre chamado "Fire Pro Wrestling", e Travis ganha.

Detalhe: "Fire Pro Wrestling" é um jogo real, e o primeiro jogo de Suda 51 foi o "Super Fire Pro Wrestling 3 Final Bout" lançado no Super Nintendo, que pra variar, Travis também é fã.

Assim, os Death and Drive ficam desolados, até que Travis os convence de voltarem para o mundo dos jogos, e cuidarem dos bugs, enquanto ele recebe uma dica de onde a última Death Ball real estaria... por pura coincidência o levando em direção a Sylvia.

E é desse jeito que termina essa louca jornada, já dando o tom de como seria a continuação de No More Heroes, onde Travis é o centro de tudo quanto é ameaça. Alias, Death and Drive substituem a função de White Sheepman na DLC.

Inimigos

E por fim, existem os inimigos que, não são tantos apesar de se repetirem bastante. Muitos deles são meros bugs pra se destruir, mas alguns nem chegam a ser enfrentados pois só aparecem em cutscenes. Ainda assim, compensa mencionar eles, ainda mais porque boa parte dos enfrentáveis tem apresentação com nome, e isso é inédito em No More Heroes.

Não falarei de todos pois são realmente bem genéricos. Mas pelo menos vou citar seus nomes, o jeito como os chamo, e como eles se parecem em jogo. 

Bugstreet Boys

Tem os que eu chamo de "caveirinhas", que são os bugs mais básicos e enfrentáveis o jogo inteiro. Eles aparecem na cor vermelha e azul, onde a azul dispara golpes de longe.

Bugue Bugue Sputnik

Tem os "caveirinhas fortinhas" que são a mesma coisa, mas defendem golpes normais, sofrendo dano maior dos golpes fortes. Também tem as vermelhas e as azuis, no mesmo esquema de atirar.

Soderbug

Tem os "caveiras com clavas", que basicamente são a versão forte dos caveirinhas, resistindo muito a golpes de curto alcance, fracos ou fortes, não faz diferença.

Bug Gates

Tem os "caveiras explosivos", que como o apelido sugere, são bugs que se explodem ao se atirarem pra cima de Travis.

Buguro

Tem os "caveiras peixinhos", que são bugs inofensivos que podem aparecer, e tentam fugir. Se mortos, dependendo da cor que eles estejam, eles dão Exp, Dinheiro ou Vidas.

Goldbug

Tem os "caveiras espadachins", que são bugs com espadas e escudo (na verdade eles defendem com o braço mesmo), altos pra caramba, que são bastante poderosos.

Sandbug

Tem os "caveiras criadores", que são caveiras grandes que imprimem bugs em levas, até serem destruídas.

Bloombug

Tem os "caveiras escudeiros", que são caveirinhas que defendem qualquer golpe periodicamente, com um grande escudo na frente.

Lady Bugbug

Tem os "caveiras mágicos", que são bugs que criam áreas de buf pros outros bugs, ou debuff pra Travis e seus aliados, afetando suas habilidades e dano.

????

Também tem uma Caveira que persegue Travis num labirinto, mas não é um inimigo que pode ser derrotado, apenas deve ser evitado e existe pra atrapalhar. Obs.: Quando Doppelganger "morre", da boca dele sai um espírito bem parecido com essa cabeça. Talvez ela era ele perseguindo Travis.

Lindbug

Tem os "caveiras perfuradores", que são os mais agressivos. Eles podem entrar no chão e atacar onde Travis estiver.

Spielbug

Tem os "caveiras atacantes", que são uma versão um pouco mais forte da caveirinha, com garras no lugar das mãos.

Nouvelle Bugue

Tem os "caveiras atiradores" que são pequenos bugs imóveis que atiram energia.

Bugwis

Tem os "caveiras encapetados", que são caveirinhas tunadas loucas de ódio que atacam mais do que tudo. São os mais fortes, e aparecem pouco.

Zuckerbug

Tem os "caveiras gigantes", que são bugs enormes, normalmente tão fortes que parecem sub-chefes, mas são tão comuns que em uma parte aparecem dois juntos.

Nem preciso dizer que os nomes reais dos bugs são sátiras a pessoas famosas e magnatas né? Tipo Mark Zuckeberg, Steven Spielberg, Bill Gates, os Backstreet Boys, etc.

Existem mais, mas geralmente são todos variações destes que citei, exceto o Sheepman.

Generic Sheepman

Ele é um sub-chefe que sempre aparece na metade das fases. Em cada jogo ele muda de cor, botando uma máscara diferente, mas é sempre o mesmo, ainda que finja não ser e tente bancar o desentendido.

Ele conversa com Travis, e fala sobre como um chefe de meio de fase deve ser. Por isso a cada aparição ele tem mais poderes do que antes, e consegue ser cada vez mais difícil.

Apesar de grande, ele é bem rápido, e as lutas são desafiadoras por causa da mobilidade constante dele.

A única fase em que mais de um Generic Sheepman aparece é a CIA, onde todas as versões dão as caras em alguma parte (de tão longa que a fase é).

E na fase da DLC, um novo Sheepman surge mas, é a mesma coisa de sempre.

E É ISSO

Em TSA, Travis tem um baita problema pra enfrentar as hordas que vem em sua direção: Ele é fraco.

Por mais que dê pra melhorar suas capacidades, aumentando seu HP ao passar de nv com a experiência acumulada, Travis sempre é um alvo fácil pra esses inimigos, pois todos tem maior vantagem em combates de curto alcance. Travis não defende, mas eles sim. E raramente ficam atordoados, sempre contra-atacando aos montes.

Considerando que o jogo permite mudança de nível de dificuldade, a qualquer momento e sem penalidades, isso não é de todo um mal. 

Para quem quer desafio, compensa, e o mais legal é que o jogo te prepara pro 3 quase como um treinamento.

Depois que terminei TSA, eu joguei um pouco do 3 novamente e tudo fluiu e funcionou muito melhor do que antes.

Como NMH3 muda a mecânica base drasticamente em relação ao NMH1 e 2, ter a experiência do Travis Strikes Again realmente incrementa na qualidade de dinâmica do 3.

Algo que, eles deixam claro ao mostrarem no final do jogo, Travis em sua mecânica de No More Heroes, em terceira pessoa visto por trás (Shoulder View), em uma fase testes num cenário ainda em construção.

O primeiro golpe que Travis dá em um boneco de testes faz ele virar pra câmera e começa a falar um monte com o jogador, dizendo que precisamos aguardar pelo que virá.

É a forma dele dizer que aquilo era a fase de desenvolvimento pra No More Heroes 3, e fim.

Moe

É legal como o personagem se inclui/assume como um mero personagem de um jogo e faz questão de brincar com isso.

A característica de quebra da quarta parede agora é tipo o super poder dele, e Travis se tornou bem mais interessante do que já era.

Referências

Dizer a verdade, eu não faço muita ideia de quantos e quais jogos eles satirizaram.

Travis constantemente fala de jogos indie e até no final ele diz "vá jogar algo independente". Inclusive, eu usei como camiseta uma de "Hollow Knight", jogo que meu irmão zerou recentemente e eu deveria analisar.

Também notei coisas como Travis fazendo a pose do Exterminador do Futuro sempre que entra em um jogo: Ele aparece peladão, e o Badman também. No caso da Shinobu e a Badgirl elas só fazem uma pose genérica, mas surgem vestidas. 

(O mesmo vale pro banheiro, a câmera só censura tudo ao invés de mostrar uma variação pra meninas, como foi feito no 2).

Quando a roupa surge em seu corpo, como um programa se escrevendo, toca uma música muito parecida com a de Metroid, quando Samus salva o jogo.

Travis faz a mesma pose de Link, feita na maioria dos jogos de "The Legend of Zelda", e toca até uma música parecida, sempre que pega um dos Chips da Death Ball...

Enfim, eu até pensei em procurar cada referência e tentar entender, mas ai vi que muitas delas são relacionadas a jogos do Suda 51. Destes, eu só joguei 2 títulos que eu saiba: No More Heroes e Lollipop Chainsaw. Então, tecnicamente, eu não sou ninguém pra tentar caçar referências.

Enquanto eu não mergulhar fundo nos jogos desse cara, dificilmente conseguirei captar e entender adequadamente cada easter egg ou referência. Mas, sei que eles estão aqui, desde personagens até falas, que talvez eu não entendi.

E, enquanto isso não acontece, irei jogando os títulos que me chamarem a atenção.

No caso de "Shadows of the DAMNED", eu realmente fiquei curioso. Vi uns vídeos e, até que parece um jogo legal.

Darei uma olhada. Agora no caso da Visual Novel "The Silver Case"... passo. Não vejo muita graça em Visual Novels.

Bem, não acredito que seja necessário contar a história do jogo pois, meio que já contei falando de todo o resto.

E cara, te falar, nunca vi alguém tão saudosista assim quanto Goichi Suda em relação a suas próprias obras. Jamais imaginaria que veria tanto jogo junto fazendo referências uns aos outros, e olha que sou fã de Smash Bros e Kingdom Hearts hein.

Super Smash Bros costuma mesclar um monte de jogo, mas são referências abertas, bem amplas e abrangentes a inúmeros títulos, de equipes, desenvolvedores e até plataformas completamente diferentes. Os jogos mais recentes então misturaram tudo (eu já teria analisado se não achasse picaretagem venderem personagens como DLC).

Em Kingdom Hearts, as referências à obras Disney camufla as reais intensões do diretor, que também é meio narcisista assim como o Suda 51, apontando pra coisas nas quais ele teve envolvimento, e as reutilizando pra contar suas histórias. Mas, até nisso ele consegue ser um tanto quanto mais fácil de compreender, pois ele não exige que o jogador conheça suas obras pra aproveita-las, ele apenas deixa lá a referência pra quem entender, sem compromisso, como uma singela assinatura.

No caso do Suda... meu deus. Ele basicamente nos obriga a conhecer tudo que ele fez pra que saibamos o quanto aquilo impacta ou impactará no enredo de "No More Heroes". Pois, se você entrar no jogo sem qualquer noção prévia dos demais títulos sem vínculo com NMH (assim como eu fiz), vai ficar teorizando atoa sobre os muitos rostos e nomes citados.

Mas, basta uma pesquisa nas wikis da vida que tu aprende o básico... pelo menos isso né.

Então agora pronto. 

Espero que tenha gostado do artigo e que eu tenha sido objetivo e claro. Espero que tudo tenha ficado fácil de entender.

Agora vamos ver qual será o próximo.

E caso queira ler mais trabalhos assim, visite a Lista da Morte, só clicar aqui.

Obrigado pela leitura.

See yah!

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4 Comentários

  1. Eu jurava que o nome do cara era suda 69

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    1. Depois de falar tantas vezes esse é um nome que não esquecerei.

      Suda 69 é fogo.

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  2. Nossa tem o dan, ele aparece e chega a usar o magnum 44 dele?

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    1. Só aparece em cutscene, mas se me recordo bem, ele atira na maçaneta da porta pra chegar no Badman, e usa uma magnum.

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