AnimeMorte: Os Irmãos Grimm e as Facetas do Horror - A Versão Macabra dos Grimm

Um anime de terror e subversão de contos fantásticos, em formato de antologia! Eis algo que me pegou de surpresa.

Os Irmãos Grimm e as Facetas do Horror

(The Grimm Variations)

Só pelo conceito o negócio já me atraiu, e ao assistir, além da ótima animação, num é que as histórias são mesmo bem bizarras?! 

Bem, hoje contarei um pouco sobre os contos macabros dos Irmãos Grimm, versão nipônica. Aliás, vou resumir um pouco também, mas sem dar grandes spoilers.


Boa leitura.



O Terror dos Grimm


Devo dizer que ao começar a assistir, por pouco não pensei que seria algo "fofinho" e feliz. Sabe, um anime de conto de fadas todo alegre? Então. No início, com a introdução dos Irmãos Grimm e uma doce jovem, pra quem eles contariam suas histórias, a impressão que da é que será algo bem alegre.

Mas, foi ao ver o título "Facetas do Horror" que minha esperança de testemunhar algo ao nível Madoka Magica, me fez até arrepios. E, pra minha alegria, a sensação foi condizente com o resultado posterior.


Pensa num anime interessante! Ele é antológico, ou seja, cada episódio é uma história independente e sem ligação com a anterior, com inicio, meio, fim, e uma mensagem especial com toda sua narrativa.

A única coisa que interliga as obras, é o fato de serem todas contos dos irmãos Grimm, que dão as caras no início como se apresentassem um programa, lembrando muito o icônico "Além da Imaginação". Só que aqui, eles estariam contando suas histórias para uma jovem amiga.


De certa forma, as histórias reais dos irmãos Grimm (adaptadas mais fielmente aqui) são exatamente assim, mais puxadas pro horror e  terror do que necessariamente pra fantasia. E não é a primeira vez que há alguma adaptação do trabalho deles mostrando esse lado macabro, porém, é a primeira vez que vi isso no formato de anime.

E combinou! 


O Primeiro Conto: Cinderela


Com certeza você já ouviu falar da pobre garota que vivia sendo humilhada pelas meias-irmãs e a madrasta, e no fim virou uma verdadeira princesa, se casando com um príncipe após um baile e tudo mais. Pois então, esqueça tudo isso que a Cinderela daqui é a vilã!


Esqueça sapatilha de cristal, esqueça fada mágica, toda essa balela que a Disney espalhou é pura falcatrua. O conto verdadeiro é esse, com toda certeza, onde a doce e gentil Cinderela é puramente um ser maléfico e manipulador, no meio do imperialismo japonês.


Em um complô desde sua infância, a jovem Kiyoko manipulou todos ao seu redor para acreditarem apenas no que ela queria que acreditassem, pintando a si mesma como uma santa convicta, e suas irmãs como megeras, quando na verdade, era algo muito diferente.


Sem jamais ser pega, sem jamais ter sua identidade revelada, ela consegue tudo que quer, e é capaz das maiores vigarices para isso. 


É curioso como o conto parece mostrar o lado das irmãs da Cinderela, e por mais que elas não fossem boazinhas, e de fato se aproveitavam das condições repentinas nas quais foram incluídas como casamento da mãe delas e o pai de Cinderela, só a ideia da garota ingênua na verdade ser uma baita manipuladora, é de assustar.


O terror aqui é muito mais psicológico, mostrando que as vezes o mal ta ali e ninguém percebe, mas também há alguns fatores sobrenaturais sem tanta relevância, como a boneca da cinderela, que parece ter vida própria (servindo quase como sua fada madrinha mas, sem ter tantas ações reais).


É tudo muito bizarro, mas também uma pura incógnita, afinal a Cinderela era alguém mais perturbada do que se imaginava, inclusive matar quem ela "amava".


Tudo pra ela é só diversão, e é muito louco como depois de tudo que ela passou, de bom grado como quem brincasse de viver, ela ainda conquista mais e mais apenas tirando proveito dos demais.


Kiyoko da medo.



O Segundo Conto: Chapeuzinho Vermelho


Mais brutalidade, sangue, e até insinuações sexuais, esse episódio é uma boa interpretação do que o conto da Chapeuzinho Vermelho quis passar em sua época. Porém, ele vai além do que histórias como "The Path" (o jogo das 7 chapeuzinhos) fizeram, mostrando uma história bem mais futurista.


Aqui, o lobo é o protagonista, mas não é um lobo real, e sim no sentido figurado. Como um predador assassino de moças vulneráveis, ele sacia sua sede sanguinária esquartejando suas vítimas femininas.


Rico, Gray é um dos líderes de um conglomerado que cria um tipo de Realidade Aumentada, mudando o que se vê e sente com os chamados "Colírios". Então toda a história se passa em um futuro onde essa tecnologia virou moda entre todos.


Enquanto os mais ricos vão se perdendo no luxo de ter tudo simulado, chegando até à imortalidade com imersão total de suas mentes em computadores (algo que Gray ainda não passou) os mais pobres sobrevivem às caçadas, vivendo no que restou da realidade, mas também almejando o que os poderosos tem. No fim, todos apenas buscam pelo mesmo objetivo: Viver intensamente.


A história é bem voltada pro lado cyberpunk (e sim, lembra um pouco Cyberpunk: Mercenários), apesar de ser meio confusa nesse aspecto. A ideia de realidade aumentada/virtual fica meramente pincelada, e é um conceito que não é aprofundado. O tema mesmo gira em torno do lobo, um rico, caçando chapeuzinhos, até encontrar uma que também é caçadora.


Com subversão da chapeuzinho, da vovó (que aqui vira uma agente de um dos serviços de caça), toda a história é mais uma remodelagem daquele velho conto onde não se deve confiar em estranhos, pois todos podem ser lobos no fim das contas.


Sendo sincero, se parar pra pensar todo o conceito de "Mundo Imortal" que é citado algumas vezes é desnecessário. A trama nunca usa isso como artimanha, e o único a ir pra essa versão de mundo alternativa, estilo "Upload" em que a mente vive pra sempre em computadores, apenas confunde muito o espectador.


Afinal, a história toda foca mais no Colírio, e como ele distorce a realidade vista e sentida. Os personagens nunca emergem em uma sub-realidade por inteiro, por isso eles podem sentir o sangue, e podem por exemplo, morrer.


Outro detalhe que acabou me desapontando foi a velocidade com que a reviravolta ocorre. Já vi o conto da Chapeuzinho Vermelho vilã antes, e mesmo que não seja bem essa a ideia, aqui foi rápida de mais. Ela podia ter curtido mais sua forma "lobo".


E, só a nível de curiosidade, ver a música do Rei da Montanha tocando como trilha sonora me fez lembrar tanto do jogo "Bramble - The Mountain King", que inclusive é uma adaptação de vários contos de fadas também, porém escandinavos. 





O Terceiro Conto: João e Maria


Na vibe equivalente a de "The Promised Neverland", esse conto se passa aparentemente em um orfanato, na revolução industrial, onde os jovens João e Maria, encrenqueiros de prontidão, relatam o dia a dia naquele lugar, ao lado de seus colegas, e coordenados pelo Papai e pela Mamãe.


Mas, aos poucos a estranheza começa a reinar, com a falta de emoção nos personagens, e uma tremenda falta de "humanidade". 


Tanto que, em certo ponto, o castigo para os jovens é passar a noite na floresta, semelhante ao conhecido da história.


E nessa noite, eles encontram a Casa de Doces, com bruxa e tudo, mas ai começam as reviravoltas.


Numa trama que vai despontando cada vez mais pra um tipo de "Matrix", as crianças são guiadas no descobrimento até chegar no clímax que, é bem tocante.


O curioso é que assim como no conto original, há muitas semelhanças, como a casa de doces já citada, João indo pro "forno", e até um certo ar de magia.


Mas, é pura ficção científica, e no fim, há todo uma explicação por colonização planetária onde João é uma "cobaia", digamos assim.


E digo apenas João, pois a maior e mais trágica revelação é sobre Maria. Não que as demais também não perturbem, mas essa é de tocar o coração.


Preciso mencionar que, sempre que escuto violinos, lembro de Rule of Rose, e sempre que penso em orfanatos também. Esse episódio me recordou esse jogo pela tematização, mas sua história foi pra um caminho completamente imprevisível, e agradável.


É um terror bem scifi.



O Quarto Conto: O Sapateiro e os Anões


Pura alegoria, mas uma perfeita intepretação moderna da essência do conto "O Sapateiro e os Anões", essa versão substitui a arte de fazer sapatos pela de escrever; os anões/elfos misteriosos pela bebida; e em questão dos clientes, trocaram pelo grande público e a menina... a menina misteriosa e sem nome que seria a verdadeira crítica, a fã, a única pessoa em todo mundo que verdadeiramente apoiava a arte do pobre N, que no fim, nunca alcança seu único sonho.


Essa história pesou em mim, ela é amarga e dói, ainda por cima sua mensagem é profunda, e me identifiquei muito com ela. Creio que qualquer artista ou autor se identificaria, afinal ela implica no maior medo de quem tenta produzir algo.


Basicamente, ele mostra N, um antigo autor famoso, que encontrou bloqueio criativo e a mais de uma década não consegue publicar nada decente. Então, ao se embebedar, ele descobre que quando está fora de si, produz as melhores obras possíveis, mas ele próprio não as reconhece quando sóbrio.


Ele também conhece uma garota num parque de noite, que o critica duramente, mas também o incentiva a continuar escrevendo, não por dinheiro, não por elogios, mas por um singelo respeito. Ela era uma consumidora de suas obras aparentemente, cita seus textos pelos títulos, dá detalhes críticos de quem leu e releu de tal forma, que mesmo ele se sentindo ofendido pela agressividade da pequena criatura, ele ainda se sentiu desafiado, provocado, ouvido.


Mas ai vem a reviravolta das produções literárias noturnas. Textos com sua caligrafia, mas que ele não compreendia. Textos que o público geral amava, mas ele não, pois sabia que aquilo não era o que ele escreveu, pelo menos não consciente. Aí que tá, na necessidade de lucro e reconhecimento, ele aos poucos abandona sua integridade moral, algo que ele demonstra possuir ao menos, para lucrar com seus livros novos.


Só que a felicidade, a alegria de produzir e ser reconhecido pelo que criou, isso nunca chega. Sua vida melhora, ele fica rico, famoso, até família cria, mas no fim morre sozinho, e sem nunca ter sido feliz. 


Isso pois a única pessoa que leria suas obras de verdade, diz na cara dele que desistirá dele, pois ele desistiu de si, ao aceitar seu eu "bêbado" como autor principal de sua vida.

Importante explicar que a menina não é um anão/elfo, apesar de ser pequena e se enquadrar na proposta. Ela é uma pessoa real, uma crítica, de uma geração diferente do autor, mas que representava aquilo que ele podia alcançar com sua obra. 


Não se tratava de enriquecer, ou de atingir a massa com seus textos. O próprio N diz sua filosofia de que o povão vai seguir o que o povão já segue. As pessoas gostam do que todo mundo gosta, basta que um grupo grande aprove que muitos seguirão cegamente. Isso é normal, mas não é o ideal. 

Dentre tantos pseudo-fãs, apenas alguns poucos saberiam por exemplo reconhecer o trabalho dele, e diferenciar. Poucos o amavam de verdade pelo que ele fazia, e desses, aquela garotinha por mais ácida que fosse, era uma real fã.


O detalhe dos personagens terem todos apenas uma letra como nome é pura simbologia do quanto as pessoas significam ou importam. É como se fossem meros números na multidão, mas como o tema é texto, colocaram letras. As vezes até aparecem com cabeças de letras, pra representar ainda mais o quão insignificantes são naquele contexto. A única que nunca tem nem nome, nem aparência modificada, é a garotinha misteriosa.


Quando ela diz "Você se entregou, aceitou isso, não posso fazer mais nada, adeus" é ela dizendo basicamente que ele preferiu a massa de pessoas que nem o entendiam, do que seus reais apreciadores. Ela só queria que ele terminasse seu livro, mas ele estava tão sedento por fama e dinheiro que no fim, desistiu dessa chance. O próprio anime faz alusão ao conto original, como um dos escritos embriagados de N, o chamado "O Sapateiro e os Anões", mas o conto que a garotinha queria terminado era o "Das Margens do Estupor".


Mesmo quando ele terminou de escrever, já em idade avançada, e publicou pro mundo, o mesmo livro que antes ninguém queria publicar, mas agora todos ovacionavam, sua real fã já não se interessava mais, e era só mais um na multidão.


Talvez o conteúdo do livro tenha sido modificado do original, talvez o resultado fugiu de sua verdadeira persona e mergulhou na onda boêmia da fama, ou talvez tenha sido mesmo um manuscrito feito em plena sobriedade, com sua essência natural de escritor. Mas ele nunca saberia, pois a massa repetia apenas o mesmo de sempre, e jamais iria contra sua fama conquistada, e aqueles que diriam a verdade, já haviam se afastado.


O pavor de conquistar algo que não é seu, vencer sem merecer, e nunca ter reconhecimento verdadeiro.


Dentre todos, esse é o episódio mais interpretativo, e essa é a minha visão do que ele significa.



Quinto Capítulo: Os Músicos de Bremen


Essa é a primeira história que não puxa pro terror, e mesmo na parte de horror gráfico é bem leve, sendo mais voltada pra ação e aventura por assim dizer. É um conto de faroeste futurista, onde um grupo de 4 desajustadas se forma pra sobreviver.


Carrega a essência do conto dos 4 animais que formam uma banda, mas ao invés de ser uma fábula com bichos, são personagens com nomes de bichos. A Cão brava é uma ex-Xerife em busca de um lugar pra viver...


A Burro é uma Ferreira poderosa porém falida pela violência, também em busca de algum lugar pra viver.


A Gato é uma Meretriz habilidosa com chicotes, que também busca um lugar pra viver.


E a Galo, última integrante da equipe, é uma garota sequestrada, forçada a trabalhar pra bandidos, que também só quer um lugar pra viver.


A vida é a música, o grupo é a banda, assim as 4 se unem pra enfrentar bandidos, e conquistar a vida que almejam.


De todos os contos, esse é o mais simples, e foca-se em ação, mas consegue passar a mesma mensagem do conto original, onde mesmo sendo bem diferentes e sem a menor possibilidade de se darem bem em circunstâncias normais, animais diferentes podem coexistir se tiverem um objetivo em comum.


E detalhe, não sei se foi só impressão minha, mas em uma das cenas da pra ver os irmãos Grimm, apenas os Wilhelm e Jacob, ajudando um xerife a sair do primeiro embate contra os temidos irmãos Wade. São eles, pelo menos pelos cabelos e dublagem da a entender isso, mas são personagens coadjuvantes.


Não percebi eles aparecendo nos demais contos, mas é possível que tenham feito alguma ponta de longe.



O Sexto Capítulo: O Flautista de Hamelin


O anime encerra com um conto famoso, mas se distancia muito do que ele conta literalmente. É que, enquanto na história Grimm do Flautista, este seria um viajante que ofereceu seus serviços a um povoado, livrando-os de uma praga, e por falta de pagamento sentenciou eles à tragédia, levando todas as crianças embora, aqui tudo é sobre "proibições".


E olha que este é o único conto que se passa numa época similar ao do original, medieval e num povoado, e também a presença do viajante flautista e tudo mais, mas isso não é o foco, nem de longe.


A história é sobre Maria, uma jovem de 17 anos, inteligente mas inocente (aparentemente), que é conduzida por sua avó, líder do vilarejo, a se tornar sua sucessora.


Ela não reclama de nada, aceita tudo, inclusive um casamento forçado com um provável abusador, mesmo assim, ela enxerga alegria em tudo, e vive feliz, doutrinada pelo sistema.


Contudo, seu professor é secretamente apaixonado por ela, e acaba conhecendo o viajante, com quem acaba fazendo um acordo. O Viajante pede abrigo, e em troca lhe entrega itens de fora do vilarejo, vilarejo este que era isolado do mundo, fadado a ignorância dos métodos tradicionais de existência.


E ai que tá a parte em que a história se distancia. A moral dela é sobre a tradicionalidade e como ela barra o avanço evolutivo, como privar as pessoas do conhecimento em prol de sobrevivência de um método antiquado de vida, pode ser também um limitador de mais pra uma sociedade.


Mais que isso, também mostra como a presença do místico Flautista é um divisor de águas, levando aqueles que anseiam por mais além do comum e tradicional, e querem conhecer os prazeres e males da vida como um todo.


Maria ganha esse destino, e enquanto para o vilarejo e seus familiares, e o professor, ela estava morta, para si mesma, sua vida só havia começado.


Claro que, a obra da uma guinada alegórica repentina e enfeitam um tanto quanto de mais seu encerramento, com o Flautista, que até então era uma mulher ruiva encapuzada, se revelando não apenas uma mulher, mas todo um universo de conhecimento, que Maria absorve pra si.


Literalmente não seria isso que ocorre. Maria enxergava o mundo de uma forma meio "viajada", então pra ela, o viajante era um universo de novos aprendizados.


Nada é explícito, mas dá pra interpretar facilmente. Maria se apaixonou pela música, havia perdido a sua pureza pro professor em uma acordo falho, mas provavelmente encontrou na viajante um tipo novo de amor. 


Também na arte da música, na beleza das pinturas, ela foi se descobrindo e encontrando mais e mais coisas a se conhecer e desvendar. No fim, a imagem dela se igualando ao Flautista viajante, com os cabelos agora ruivos, mas em uma cidade grande (muito distante da realidade na qual seu pobre vilarejo se encontrava), mostra que ao abraçar o descobrimento além das fronteiras, ela conseguiu de fato ir muito além do que sequer sonhava.


Por fim, ao contar pra uma jovem um pouco de sua história, e despertar em seu coração o desejo por mais, ela também passa a induzir outros a seguirem pelo caminho do conhecimento.


É curioso, mas enquanto aos ratos? Enquanto às crianças seduzidas pela música e tiradas do vilarejo? A ideia desse episódio não era recontar a trama do Flautista de Hamelin, mas sim explicar o que as crianças poderiam ter vivido ao serem levadas por ele.




A História dos Irmãos Grimm


E assim chegamos na derradeira narrativa. O anime não está reescrevendo os contos Grimm, nem os está "modernizando" de fato. Ele apenas responde as perguntas e dúvidas da irmã mais jovem, Charlotte, quem questiona desfechos, e tenta compreender a moral das histórias.


Justamente por essa razão que antes de cada conto, eles resumem seus textos originais em diálogos com ela, sem tirar a parte fantasiosa deles, na tentativa de preservar a inocência da irmã.


Mas o anseio por mais vem justamente dela, e as histórias que vemos seriam seus contos, suas versões e visões do outro lado da moeda. Algo que ela inclusive fala no final, num pós crédito dizendo justamente isso: Que essas são suas histórias.


Detalhe, Charlotte é ruiva, e muito provavelmente a Flautista é sua representação na história. Assim como personagens chave de todas as histórias, sempre ruivos com olhos verdes (A boneca, Maria, a Velha, a Menina Estranha, e a Galo... obrigado Isa pelo toque!) 

Enquanto os irmãos Grimm escrevem contos infantis com mensagens sociais disfarçadas, ela as coloca de forma mais literal pra que entendamos com mais clareza.


E assim, o anime acaba.




Meu parecer sobre ele: Excelente!


Fazia tempo que não curtia um anime assim, e ele é bem diferente do que eu imaginei.

Sua arte é  linda, e varia entre a parte dos Grimm e os contos, indo de um modelo aquarelado, pra arte definitiva do anime.

A trilha sonora então, cheia de músicas clássicas remasterizadas, tematizando cada um dos contos, assim como a do Rei da Montanha.

E, dublagem espetacular. Apenas.

Indico pra valer, e o bom é que é um anime curtinho, de apenas 6 episódios de 30 a 40 minutos cada (contando abertura, vlw sr Ed pelo toque).

E sim, provavelmente vai ter segunda temporada... o anime é bom, merece.

É isso.

See yah!


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4 Comentários

  1. Legal, valeu pela recomendação. Qual a duração média dos episódios? Eu gosto sempre de ter um anime reserva na Netflix pra ir assistindo aos poucos. Terminei My Hero Academia recentemente e fiquei órfão de anime. Normalmente vejo porque os episódios são bem curtos, então consigo ver um depois que chego do trabalho ou quando tenho um tempinho livre

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    1. Hei sr Ed!!! Desculpe esqueci de mencionar (vou adicionar no texto) mas cada episódio dura 30/40 minutos em média. E tipo, de todo anime e série que já vi, esse é o único que eu assisti as aberturas sem pular (e sempre é a mesma, mas é muito agradável de assistir).

      Mas acredite, mesmo sendo um tempo maior que animes normais, vale a pena.

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