AnáliseMorte: Devil May Cry - Peak of Combat

Eu quero muito falar do novo DMC e suas características Pay to Win, mas se for esperar até terminar os 14 capítulos, provavelmente nunca falarei.

O jogo é de celular, gratuito pra jogar, tem uma jogabilidade divertida e tem muito da franquia Hack and Slash nele. Inclusive, é um título que se joga mais de Lady do que de Dante, sendo uma aventura dos dois como Caçadores de Demônios.


Tecnicamente é canônico, se passando depois de DMC3 e antes de DMC4, mas apesar de seu enredo ser interessante, ele se perde com a mecânica de jogos em que você deve comprar coisas, abrir caixas por dinheiro, jogar na loteria, pra ganhar recursos e avançar.

Mas, falarei mais a seguir.

Boa leitura.


Continuando...


O próprio jogo te diz quando não será possível avançar pois você é fraco, e precisa gastar dinheiro pra ficar forte. Ele ainda dificulta propositalmente os inimigos, deixando eles com mais vida, e nós com menos, e ainda botando tempo limite para as lutas.

Toda a diversão morre quando somos forçados a parar de jogar, pra lotear itens através de lutas secundárias e desafios, pra só então tentar a sorte com a campanha.


E aliás, a campanha limita-se a andar (muitas vezes com opção automática) e enfrentar 4 ou 5 hordas de inimigos, pra então lutar contra o chefe. 

O bom é que tudo é em 3D, a câmera vira, e apesar de ser um título de dispositivos portáteis, ele está pau a pau com o primeiro DMC em gráfico e jogabilidade. 


As vezes ele não tem as vozes dos personagens nas cinemáticas, mas só de ter cinemática já é muito.

E no geral é muito divertido, mas fica chato com as milhares de coisas secundárias pra tirar grana da gente entre um episódio e outro.


Transformando DMC em Caça Níqueis


Capcom, ela sempre faz o possível pra lucrar em cima de suas IPs, e obviamente o mercado de jogos para celulares é extremamente lucrativo. Através da proposta de "jogos gratuitos" com microtransações a rodo, é muito mais fácil levar seus títulos pra massa, e desta, uma quantidade acaba enriquecendo os bolsos da empresa com futilidades como roupinhas pra personagens, ou algum carinha diferente.


Até ai, eu não vejo problema algum, e é até comum ver jogos que te limitam com base em nivelamento ou tempo de jogo, pra assim tornar a vida útil daquele título mais longa, porém ainda divertida e como mero passa-tempo. Eu vi e vivi isso em vários pequenos títulos, como no falecido Ragnarok Rush, que era de celular e eu adorava jogar, até os servidores serem descontinuados (mancada).

O que eu nunca tinha visto, era um jogo com uma campanha fixa de 14 episódios, te impedindo de progredir pois você não tem dinheiro, cartas, níveis, aprimoramentos, armas, personagens e roupas suficientes.


A Capcom certamente exagerou com "DMC PoC", e ao invés de fazer algo divertido, como uma campanha principal pra quem quer conhecer, e então como extras os desafios online, variações de combates, premiações para quem quiser investir tempo e dinheiro, etc, eles apenas tacaram o dane-se e transformaram um título divertido, em algo repulsivo e desagradável.


O jogo é simples, muito simples, sua história parece boba, e até risível, com diálogos precários e as vezes sem áudio só pra variar. E mesmo assim, ele é muito legal, pois dá uma sensação boa de Hack&Slash com combos aos montes, e tem ainda uma historinha por trás, que faz valer o tempo.


Só que assim que nós precisamos parar de jogar, pra ler a descrição de cada coisinha que temos de comprar, com 4 tipos de moedas diferentes, que no fim sempre remetem ao dinheiro real para adquirir ainda mais moedas, ai o negócio descamba. 


Fica difícil até dizer quantas coisas diferentes tive que fazer só pra chegar no segundo capítulo, e lá do nada, no meio da fase, surge uma mensagem dizendo "Será impossível progredir assim, veja a build de outros jogadores e imite-os".


Ai ao olhar as tais builds, tudo coisa comprada, com personagens em level alto (comprado, pois niveis são pagos aqui), e coisas que nem mesmo fazem parte da campanha.


É esquisito, o jogo te obriga a jogar com Nero, Vergil, Dante de DMC5, sendo que a campanha mesmo está entre DMC3 e DMC4, com Dante e Lady apenas (isso no enredo).


Não tem problema ter outros personagens de forma não canônica, na verdade é até divertido. Mas isso perde a graça quando somos obrigados a obtê-los, indo contra a própria história do jogo, e ainda por cima perdendo acesso a tal história.

Eu vi exatamente a mesma besteira em MegaMan XDive. O jogo tinha potencial, eu fiquei todo animado, joguei até a versão Beta, e ai quando saiu... Pay to Win.


Você avança, com base no que tiver na carteira. Sem isso, você não é interessante pro jogo, então ele não é interessante pra você. 

Acho que o pior de tudo é que, o jogo se passa como "gratuito", mas ele é uma loteria, em que você paga valores não fixos, pra ter a chance de conhecer mais da história. Nem é garantido se você terá força pra avançar, afinal, se em 2 capítulos eu já me vi esgotado de recursos, imagina 14! Então acaba sendo algo potencialmente mais caro do que um jogo vendido em loja.


Pelo menos um jogo completo você desembolsa uma graninha e pronto, a campanha você terminará bastando só investir seu tempo e esforço (algo já muito exigido de DMC). Agora, se DLCs pagas já irritam o consumidor, imagina FASES PAGAS NA SORTE.


Como o Jogo Funciona


Controlamos Dante no começo, em uma fase simples e linear, mas com a impressão de liberdade (pois dá pra andar nos entornos, mesmo sem ter nada pra encontrar, e sendo cenários fechados).


A cada 2 passos, uma horda de criaturas surge e descemos a espadada, pulando, esquivando, fazendo combos e especiais, com liberdade pra lutar.

Vencendo tudo dentro do tempo, continuamos a andar pelo mapa, guiados por uma linha (que pode até nos fazer andar sozinhos se quisermos), pra chegar até o chefe.


A luta do chefe é aquele combate diferentão, com poderes aos montes, movimentos diferentes, e no fim, é exatamente como um Devil May Cry deve ser em jogabilidade. 

Tirando o sistema de puzzles e exploração, com idas e vindas pelos cenários, o jogo segue basicamente o mesmo modelo visto nos demais títulos, com até mesmo um visual muito bom e tridimensional (de impressionar considerando que é pra celular), e combates dinâmicos e com uma reposta excelente nos comandos, além de ter tudo que tem nos jogos de console, até mesmo Devil Trigger ou habilidades especiais, que mudam de personagem pra personagem.


Os inimigos variam muito, cada um tem um monte de poderes, e há desafio nas lutas, isso não da pra negar.


Sem contar que há um adicional agora: Podemos trocar entre personagens no meio do combate.


Mudando de lugar com Lady, a amiga atiradora de Dante, podemos trocar a hora que quisermos, e ainda da pra colocar mais um no time (mesmo que não tenha um terceiro personagem na trama).


Esse terceiro é obtido na loja, e no começo ganhamos sempre Nero (é scriptado), porém simulando um sorteio, e é só um bonequinho que nem ta na história, e serve pra gente ter algo mais pra usar em combate.


Quando um personagem é abatido, os demais continuam e só dá game-over se todos perderem. Claro que dá pra voltar a vida usando joias, como no DMC mesmo (mas aqui as joias são compradas por dinheiro real), mas nem faz tanta diferença perder pois voltamos pro último trecho da fase.


O que é consumido pra esse retorno que é o problema, pois há um sistema de Estamina (no formato de uma pizza, que limita quantas vezes o jogador poderá acessar as missões). Essa estamina é inclusive consumida pra entrar nos combates no meio das fases, além de também ser exigida para iniciar a fase. Ou seja, gasta-se muita estamina até chegar no chefe.

Sem contar que as fases são ridiculamente pequenas. São 2 ou 3 mapas minúsculos em que não damos nem 5 passos. Não tem desafios de cenário (no máximo pular em plataformas), então nem demora muito pra avançar.


O que demoram são os combates, ainda mais quando os inimigos são melhorados para que não consigamos passar deles.


A Falsa Progressão


Eis a parte horrível. Nossos personagens tem ataques, especiais e armas, e precisamos melhora-los com dinheiro. 


Também temos de botar cartas, que ganhamos ao cumprir missões, mas também podemos comprar com dinheiro.


Nossa experiência serve para adquirir itens e melhorar os personagens, mas tudo isso demanda administração e nada é feito automaticamente, a menos que usemos dinheiro.


Os grupos que formamos (pois podemos trocar os 3 personagens da equipe, independente da história) são fracos no início, todos tem Letras e Níveis, que podem ser melhorados se investirmos, adivinha, dinheiro.


E, tudo isso é necessário pois o jogo exige que tenhamos uma capacidade condizente com o estágio em que estamos para progredir. 


Ele não impede de avançar, e se você é bom jogador, ótimo, você não será impedido de tentar mesmo sem ter tudo isso que o dinheiro traz. Porém ele vai triplicar a vida dos inimigos, colocar escudos, e vai dobrar o dano que seus personagens recebem, mantendo aquele tempo limite de combate no mínimo possível.

O próprio jogo nem esconde, escancarando que é IMPOSSÍVEL vencer, e sendo ou não impossível, isso já desmotiva e desmoraliza qualquer jogador.


O objetivo deles é atiçar a curiosidade com o enredo, e drenar o máximo de dinheiro que puderem pra contar uma coisa boba.

E sabe a Estamina pra entrar nas fases? Então, ela também precisa ser reposta. Pode ser recuperada com o passar do tempo (só voltar no dia seguinte), ou até dá pra comprar com algumas moedas do jogo... mas sim, tem a opção de aumentar com dinheiro.


Sem contar que, o jogo faz tudo pra nos confundir, e nos manter online pelo máximo de tempo possível. São dezenas de menus diferentes, cheios de coisas pra coletar e ações pra fazer, numa interface absolutamente poluída. Ficamos mais tempo lendo descrições e coletando pontos, moedinhas, e mexendo com loteria, do que necessariamente jogando.


O Enredo Desfocado


Eu só fiz dois episódios, e mesmo sendo curtíssimos, da pra tirar um contexto. 


Lembra que mencionei que este será um artigo diferente do normal? Então, nessa parte contarei a história conforme avanço. Se levarem dias, semanas, meses ou anos, não importa. Enquanto der irei atualizar este artigo com mais capítulos que conseguir. Se conseguir.

Bem, atualmente estou jogando o Capítulo 3. Até que não soa tão difícil quanto eu imaginei que seria. Em uma segunda jogada (sim, eu comecei tudo de novo), dei sorte na loteria e tirei um Vergil pro meu grupo, além de conseguir evoluir o Nero para Ranking A (todos começam em Ranking B). Isso já ajudou muito a avançar mais rápido.


Porém, não sei como as coisas ficarão até o episódio 14.


Atualizarei este post constantemente.

E detalhe, no final também vou adicionar informações sobre todos os inimigos que o jogo mostra. Seguindo aquele padrão das análises DMC... se achar que compensa é claro.

Pensando bem, agora lembrei que fiz algo semelhante no artigo de Kingdom Hearts de celular, na época que ele ainda estava online. 

É relativamente normal um jogo ser lançado pra celular sem nem ter todos os capítulos da campanha.


O que segura os jogadores por mais tempo e faz gastarem. Não sei se os 14 capítulos estão ativos atualmente, e tentarei libera-los pela campanha mesmo. Mas não me espantaria se precisasse de atualizações vindouras.

Achei estranho o jogo precisar de Servidores pra iniciar, se nem tem co-op online. Então talvez seja isso.


O Modo Co-op



A partir do episódio 4 é liberada a opção de cooperação, mas apenas em missões especiais de combate contra chefes e hordas de inimigos.

Nesse modo, o fator online ganha significado, pois trios de jogadores se unem para participar juntos, usando um de seus personagens.


Então, ao invés deles ficarem revezando, são os 3 personagens simultaneamente contra o mundo.


Todos vencem, mas quem lutar melhor, ganha um prêmio um pouquinho melhor. Ainda assim é bem interessante, e apesar de um pouco lagado dependendo do servidor (o ping varia muito), é algo legal de participar.


Sistema de Despacho


Outra coisa liberada depois do Capítulo 4, além de missões de replay e luta, há o sistema de farm de itens.

O jogador coloca seus personagens pra coletar coisas diariamente... mas é uma tremenda tolice.


Considerando a quantidade absurda de recompensas diárias nos milhares de menus diferentes, isso só cria ainda mais conteúdo pra confundir os jogadores. Lembrar de tudo isso é um saco.

Geralmente, o que tem pra coletar é apontado com uma bolinha vermelha, valendo também pra coisas como local pra evoluir os personagens e as loterias abertas. Mas, há coisas que não ficam com bolinha vermelha, e o jogador precisa lembrar de clicar em tudo pra receber tudo.

No fim, é só um monte de coisas separadas para enrolar, e forçar a permanência da galera.


Personagens

Sim, é importante falar deles, apesar de não ter novidades de início, o jogo começa a ganhar muito mais enredo depois do episódio 4.


Dante


O caçador de demônios, nephilim, imortal, que também é todo relaxado, é o protagonista de todos os DMC, mas aqui ele divide o holofote com sua nova parceira.

Dante ainda é jovem, e acabou de derrotar seu irmão gêmeo pela primeira vez. Apesar da rivalidade, eles não são inimigos, e seu irmão se selou por opção no inferno. 


Dante tem uma agência de caça a demônios, mas ele não é o único caçador na cidade.


Os ataques dele são os mesmos do jogo principal, porém ele não usa a Ebony e a Ivory (suas pistolas) focando apenas na Rebellion (sua espada).


Engraçado que ele aparece usando as armas nas cinemáticas, e talvez o uso delas seja parte de alguma habilidade de outra skin, ou uma finalização de combo que eu ainda não liberei.


Seu Devil Trigger também evoluiu um pouco desde o DMC3, mas ainda não chega nem perto da forma final vista em DMC5.



Lady


Após derrotar o próprio pai, Lady que é uma armeira surreal, decidiu se aliar a Dante e virou sua colega de profissão.

Juntos, eles caçam demônios por dinheiro, e ela é quem traz os contratos pra ele.


Lady usa armas de fogo e explosivos. Ela faz o que Dante fazia em DMC2, atirando ilimitadamente nos inimigos, e ficando praticamente inalcançável.


Ela é excelente pra se controlar, e além dos tiros, ela pode combinar movimentos com os outros membros do grupo, revezando pra criar combos ainda maiores.


Barman


O nome dele é Roger, mas chamo de Barman, pois sou ruim com nomes.

É um cara num bar, que dá as missões pra Lady entregar pra Dante. É esquisito eles terem de ir nesse bar pra se recompor entre as missões, sendo que Dante tem sua agência como sede. 


Outra coisa esquisita é que esse cara, que nunca apareceu em outros jogos, é praticamente o informante principal de Dante, tendo respostas sobre tudo o tempo todo.

Ele que dita pra onde Dante e Lady devem ir, iniciando as missões sempre em seu bar.


Vergil


Ainda sem informações da atual situação dele, Vergil foi visto pela cidade e parece estar guiando Dante pra algo importante.

Ele é liberado como um personagem jogável, mas ainda não apareceu na campanha diretamente. Seus movimentos são similares aos de DMC3, e ele pode arremessara Espada que fica girando na área por um tempo, ou invocar suas espadas espirituais. 


Tudo depende da skin.


Nero


Também não foi introduzido narrativamente, mas é um personagem controlável para jogar. Ele é o filho do Vergil, que só aparece muito depois em DMC4


Como Vergil o concebeu nunca ficou claro (tirando em uma Graphic Novel), e vai contra a natureza do próprio Vergil. Mas, abraçaram essa ideia em DMC5, com a revelação da paternidade (que eu jurava que era do Dante).


Aqui ele ainda tem seu braço (que ele perde apenas em DMC5), mas tecnicamente nem é ele de verdade. Nero ataca igual Dante, mas ele usa sua pistola pra dar golpes finais.


Guilda de Caçadores



Agora existem vários caçadores de demônios, estilizados, mas que não valem de nada perto da dupla principal.

A existência deles nunca foi mencionada em qualquer outro jogo, mas eles aparecem aqui como se fossem algo importante do universo DMC (e estão longe disso).

Servem pra introduzir o conceito dos 6 Artefatos Demoníacos, onde uma fundadora deles chamada Matilda se sacrificou para selar vários artefatos supremos, que agora os demônios estão procurando.


É uma balela sem igual. Nunca teve isso em DMC, agora do nada é uma lenda de milhares de anos. Esqueceram tudo que já tinha e inventaram coisa nova.


Ordem do Santuário


Provavelmente são os mesmos que acabam sendo vilões em DMC4. É um grupo de estudiosos e religiosos que tentam desvendar os mistérios dos demônios.


Ao que parece (até o capítulo 4) eles são os responsáveis por quebrar alguns selos de demônios poderosos, tudo por conta do estudo deles. 

Eles também inventaram o sistema de Cartas de Demônios (que é ridículo).


História


Primeiro Capítulo



Um monte de demônios começa a atacar a cidade, liderados por um demônio vermelho misterioso, e a guilda de Caçadores se predispõe a impedi-los. Além deles, temos Dante e Lady, juntos para enfrentar os capetinhas na base de armamento pesado, e quem sabe ganhar uma grana em cima disso.


Pegando missões com um barman, eles caçam uma aranha de fogo gigante chamada Phantom, antiga conhecida de Dante, e a impedem de provocar mais destruição.


O chefe da fase aparece algumas vezes, com uma parte onde Dante precisa fugir dele (sabe-se lá porque ele fugiria), e a  tela fica de lado num curtíssimo minigame de esquiva e pulo.


Ele não consegue alcançar Dante por causa de uma portinha, então Dante dá uma volta, pra enfrentar ele de toda forma.


Ele é só um chefe grande e genérico, que usa golpes de vez em quando.


Dante nem o reconhece, mas ele foi um dos chefes que ele derrotou em Devil May Cry 1, um dos seguidores de Mundus. 


Só que esse combate é só uma introdução pro jogo real, então muito dele nem deve-se levar tão a sério. Inclusive como ele termina. Vergil aparece do nada, usando os Punhos Especiais que ele pegou em DMC3, e nós o controlamos pra terminar a luta.


Mas isso é só uma apresentação do sistema de personagens especiais da loja, e o preço dele é mostrado no fim, caso queiramos o personagem jogável, na bagatela promocional de R$9,99 (o personagem custa só 99 reais no preço completo, baratinho, isso na versão mais fraca hein, a versão forte dele custa só 250 reais!).


Narrativamente, Vergil nem estava no combate, e inclusive ele é mencionado como alguém que Dante começa a procurar em circunstâncias muito diferentes.


Ao terminar a missão, Lady traz uma carta de Vergil para Dante, dizendo para encontra-lo num determinado templo da cidade. 


Vergil estava armando algo, e Dante se empolga pra reencontra-lo. Detalhe: Vergil saiu do inferno!




Explicação sobre Timeline


No final de Devil May Cry 3, Dante enfrenta seu irmão gêmeo, e após vencer, Vergil decide se selar no inferno com o amuleto de sua mãe, pra assim manter a ordem por lá, enquanto Dante continuaria enfrentando os capetas no mundo.


Vergil só reaparece muito tempo depois, possuído pelo mal, e divido em duas personas, uma delas sendo "V", e outra um chefão, tudo pra no fim ele assumir a paternidade (duvidosa) do Nero. Isso acontece só em Devil May Cry 5.


Entre DMC3 e DMC5, Vergil mandou uma cartinha pro irmão dele, saído do inferno, como se fosse a coisa mais simples do mundo. O Dante visto aqui é exatamente o mesmo no final de DMC3. E em Devil May Cry 4 já se passou muito tempo desde o 3. Então Peak of Combat se passaria antes do 4. Inclusive a ideia dele seria mostrar um pouco dos bons tempos de Dante e Lady caçando juntos.


Mas, pode ser que a história vá muito além, afinal é só o primeiro capítulo.

E sobre o chefe, é só o Phantom. 


Ele acaba virando figurinha carimbada nos jogos do Dante, já aparecendo outras vezes, em outros títulos.


Existem demônios de alto escalão como ele que tem várias versões idênticas, mas Phantom é um só, já tendo aparecido em DMC1 e DMC2, agora aqui.



Segundo Capítulo



Chegando no tal templo, Dante e Lady conhecem os membros da ordem sagrada, sendo atacados pelos demônios, e tentam ajudar.


Com diálogos absolutamente terríveis, a história desse capítulo consiste nos caçadores testemunhando um monte de personagem secundário sendo mortos pela demônio peituda dos morcegos.


Ela havia voltado, um demônio que Dante reconhece de longe, e estava procurando um objeto misterioso. 


A vampira é enfrentada apenas no fim da fase, como uma luta muito semelhante a de DMC3. Ela usa eletricidade pra atacar de longe, e também eletrifica quando Dante e Lady se aproximam.


Ela só não usa o poder de regeneração beijando Dante, talvez pela presença de Lady.


Após derrotada, ela simplesmente evapora, e os freelancers conversam com os sobreviventes da ordem, que dizem que Vergil foi visto na Área Nevada, um ponto de encontro comum dos Caçadores de Recompensa.


Com tal informação, Dante e Lady voltam pro bar onde pedem por um guia caçador pra ir até a região nevada (nada disso faz o menor sentido).


E lá procurariam por Vergil, que ironicamente mesmo tendo deixado uma carta chamando o irmão pro santuário, não estava lá para recebê-lo.


Contextualizando: Quem é Nevan?




A chefe se chama Nevan, e é uma Succubus que Dante enfrenta na torre em DMC3. Ela é um dos demônios que servem Vergil na ocasião.

Contudo, ela foi morta lá, e não apenas morta, sua energia demoníaca foi transfigurada em uma Guitarra Elétrica, arma que Dante usa.


Esse tipo de transformação reutiliza a alma do demônio e tecnicamente, o impede de voltar. Demônios podem reencarnar quantas vezes quiserem pra sair do inferno, mas essas transformações que Dante costuma fazer, mata eles de vez.


Isso foi ignorado aqui, e Nevan voltou, sendo inclusive reconhecida em uma piada sem sentido de Dante. Ele diz "Raramente luto com o mesmo demônio duas vezes" sendo que, a introdução do jogo é ele fazendo exatamente isso.


E sabe o que é pior? Dante nem pega a Guitarra de volta. Que tipo de Dante vence o chefão e não pega a arma? Isso nunca rolou em DMC.

Detalhe: Nevan foi censurada. Originalmente, os seios dela eram cobertos apenas com o cabelo dela. Agora, ela usa uma roupa vulgar mesmo.



Capítulo 3


Esse capítulo introduz um chefe inédito na franquia, mas que carece de criatividade. Enquanto tantos outros tiveram forte embasamento em contos bíblicos, ou referências à literatura, aqui temos o sublime "Minotauro". É um Minotauro de Gelo...


Mas beleza, o capítulo é sobre Dante e Lady indo até a região de Gelo pra procurar pelos amigos dos caras que eles salvaram, na guilda dos Caçadores, e um dos caçadores guia eles até lá. Ele é diferente, estiloso, mas é um zero a esquerda genérico que rapidamente é retirado do enredo.


Então, eles andam pela cidade na neve (que parece reciclagem do cenário de gelo em DMC4) e chegam até o líder da Guilda dos Caçadores, que reconhece Dante de longe, e conta a história da Guilda.


Eles são pessoas que salvam os inocentes das cidades atacadas por demônios, por isso que nunca tem gente nos lugares que Dante visita (aham, eu preferia a ideia do Limbo introduzida em DMC1 e reaproveitada no DmC - O prequel da franquia que foi ignorado pela Capcom). 


Ele também entrega um livro pra Dante, que parecia ser o que os demônios queriam, mas não sabia o que era.


Depois disso, aparece o chefão, invadindo tudo e, sendo só uma luta genérica com monstro grande.


Ele ataca e defende, só isso. Depois de derrotado, o livro reage e absorve a alma demoníaca dele, e ai do nada o líder da guilda de caçadores percebe o que era, e que era um artefato místico antigo que sela demônios.


Seria essa a explicação de Dante conseguir absorver as almas dos demônios? Claro que não... esse item tem uma utilidade muito maior depois.


Comentando a Criatividade dos Monstros

Sempre que falo de DMC eu gosto de entender a origem das criaturas, o que sempre é algo bem pesquisado e inspirado, até chegar aqui.


Não que seja errado usar mitologia grega pra criar entidades demoníacas pra Dante enfrentar, o Cerberus mesmo foi uma baita criatura e marcante, que surgiu de tal mitologia. 


Mas se pensar nas inspirações passadas, e no trabalho técnico esforçado pra desenvolver monstros... ver um Minotauro foi a principio animador, pois pareceu novidade, mas depois decepcionante, pois soou como falta de criatividade.

Sem contar que o conceito do "Minotauro" já foi usado em um demônio na franquia, no "Furiataurus", visto em DMC2. Lá, ele é um demônio com as cabeça de boi e corpo humanoide, mas do elemento fogo (o que também é bem decepcionante).


Provavelmente quiseram fazer referência a ele, trocando o elemento, mas da mesma forma que o Furiataurus pareceu uma tremenda falta de criatividade, o Minotauro também pareceu (e pior, nem disfarçaram o nome).


Capítulo 4


Com o livro em mãos, Dante e Lady voltam pro Santuário, pois a Guilda dos Caçadores suspeitam deles e das pesquisas deles.


Lá, o livro revela sua função: Ele abre portas.


Então munido de tamanho poder, eles descobrem uma sala secreta e encontram um monte de armadilhas.

Até chegarem no chefão, Beowolf.


Curiosamente, ele é um chefe de DMC3, que Dante também não reconhece. 


É um demônio de aspecto angelical e bestial, que ataca usando penas, socos, e até sinos gigantes que ele tira do teto.


Depois de derrota-lo, Dante descobre que essa criatura era um demônio poderoso que devia estar selado no gelo por um dos artefatos da matriarca dos caçadores.


Ai ele se toca que talvez, sua missão seja recuperar os artefatos.


Sobre o Beowulf...


Apesar da repaginada visual, esse é o mesmo chefe que Dante enfrentou em DMC3, mas quem matou ele foi Vergil. 


Ele até usa o mesmo movimento do Sino caindo (que no DMC3 fazia sentido, aqui não).
 

Ele foi cegado por Dante, e depois Vergil finalizou ele sem Dante saber, tomando a alma dele e convertendo nas Grevas e Manoplas de Beowulf, item que depois Dante pega de Vergil naquela aventura.


Apesar de ter morrido sem Dante ver, Beowulf já é uma criatura que ele conhece, então ele deveria no mínimo reagir ao reencontro.


Ainda por cima, inventaram que ele foi selado e liberado por causa de um livro? Sendo que, ele era um dos demônios que Sparda, pai de Dante e Vergil, selou na Tememnigru (a torre do terceiro jogo). Praticamente esnobaram a existência e ações de Sparda.

Um detalhe que estranhei é que os demônios chefes nem falam mais. Tirando a vampira, todos os demais só aparecem e lutam como se fossem demônios inferiores que não se comunicam. Mas, é uma característica de DMC os chefes serem racionais.

Estão ignorando boa parte da lore para criar algo novo, quero ver onde isso vai chegar.

E bem, por enquanto é isso.

Por enquanto, é isso.

See soon.


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4 Comentários

  1. Bom.... Boa análise, realmente... Apesar de DMC não ser do meu interesse, tampouco este jogo, mais uma vez cê fez sim um bom trabalho e entendo bem a atenção desprendida para este jogo, porquê ô mercenarismo, viu? É o tipo de propaganda que mais afunda do que ajuda...

    Sim, este lance todo de dinheiro me lembrou até uns jogos, principalmente o "It lives Beneath", que é uma visual novel de horror de uma empresa que, pelo visto, também gosta de ser malandra no assunto do caça-níquel, pois se você quiser aproveitar os games dela e até conseguir finais bons você tem que pagar... E neste game tem que ser um monte. Felizmente eu consegui uma versão que não precisava mas.... Foi uma experiência bem morna. Se este DMC aí já dá a impressão de não ser lá grande coisa, It lives Beneath foi ainda pior, começou muito bem e ficou super sem graça e repetitivo com o passar da jogatina. Levei meses pra terminar por uma história tão sem graça...

    E isso que It lives in the woods, o prequel dele, é um dos meus jogos favoritos. Tão bom que já zerei pelo menos 2 vezes. Este eu super recomendo e garanto que você pode até salvar todo mundo sem pagar nem nada, embora muita coisa da história vá ser perdida... Basicamente a história é:

    Há muitos anos, um grupo de crianças participou, escondido dos pais, de uma brincadeira. Mas o problema é que a brincadeira terminou de forma muito, muito errada... Tão terrível que logo mais eles pararam de se falar. Vários anos depois, na escola e enfrentando as dificuldades do colégio com as provas, bullies e etc, um deles recebe umas mensagens estranhas. Pouco depois, é atacado por um aparente amigo e perde a consciência. Ao rever todos os antigos amigos na escola, há um momento que as luzes piscam e, sem mais ninguém da multidão além deles se dar conta, uma voz ecoa dizendo: "todo mundo brinca junto"...

    E bom, daí temos uma história de horror, amizade e sobrenatural que é muito marcante, o tipo que vale à pena você pagar e tudo por ela. No mais eu diria que a Capcom sempre foi mesmo mercenária, tanto que lançou e relançou os mesmos games de Street fighter várias vezes até!

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    1. Pagar pra jogar é tenso, mas pra terminar o jogo é baixaria. Se o jogo não for no mínimo bom, ai é muita mancada da empresa. Mas é uma moda que tende a ruir, e to torcendo por isso.

      Mancharam a marca de SH com Ascension, mancharam MegaMan com XDive, e agora DMC. Acho que a única empresa que sabe fazer joguinhos de celular com seus títulos, e mesmo incluindo lotebox ainda são rentáveis e divertidos, é a Nintendo com Pokémon Go, Mario Rush e Mario Kart.

      Mas é normal isso, as empresas estão se readaptando ao mercado, ainda mais agora que a onda dos streamings tornou o acesso virtual muito mais atrativo do que mídias físicas. Isso já tirou um certo brilho dos consoles, e com a relativa facilidade de acesso a internet e aos jogos via streaming decorrente de tal inovação, os caras tão loucos pra achar formas de lucrar.

      Referente aos "It lives", parece bem bizarro, pena que tem cobranças incluídas. Novels são tão imersivas, esse tipo de coisa rompe a diversão.

      Enfim, sr Marcio, obrigado pela leitura mano, e por comentar também.

      Espero que goste do que virá.

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  2. Infelizmente este mercenarismo ainda deve se estender por um bom tempo, mas paciência... E quem sabe achar formas de conseguir passar por isso. Eu mesmo já pude jogar vários jogos que se aproveitam desta técnica mas sem precisar pagar, em contrapartida achando outras formas de dar apoio e estimular aos desenvolvedores também.

    SH Ascension nem me incomodei de ver. Confesso que até pelo menos o remake de SH2 chegar não tô muito animado com o quê está por vir não, mas tenho esperanças ainda de que tenhamos coisas realmente boas.

    Entendo também a vontade, e a necessidade, de lucro mas é bom lembrar também que os tempos realmente não estão bons, como de costume, e é preciso ralar bastante afinal pra ter grana. Felizmente ainda assim podemos desfrutar de muita coisa, é só procurar!

    E sim, ainda sobre "it Lives" o efeito que os dois jogos causaram foi tal que uma equipe se juntou e lançou um terceiro game da série, feito só por fãs, onde temos a sequência das duas histórias. Basicamente tudo de melhor dos games eles pegaram e aumentaram, com direito a um monte de opções de customização, até seu "pronome" cê escolhe, e vários finais. Devo dizer que dos 3 ele é sem dúvida o mais assustador e o mais sombrio também, fora que a revelação dele (tem sempre uma em cada game) é um choque e tanto, digamos que quando ela ocorre você enfim entende porquê o jogo se chama assim.

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    1. Eis que já romperam os paradigmas! Lançaram um novo Silent Hill, totalmente novo (inclusive que nem tinha sido anunciado) e ele é gratuito, e bom.

      Fiquei perplexo ao jogar e ainda por cima fiquei espantado com a qualidade. É simples, é fácil, é rápido, mas é um Silent Hill sem sombra de dúvidas, e não tem esse mercenarismo por trás, justamente da empresa mais mercenária do mercado: Konami.

      Falando na Konami, tem um artigo que preciso publicar deles e rápido antes que a memória se apague... vou trabalhar nisso.

      Quem sabe um dia eu consiga jogar algum It Lives.

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Obrigado de mais por comentar, isso me estimula a continuar.

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:-#
=p~
x-)
(k)