AnáliseMorte: Super Mario Odyssey

Super Mario Odyssey é um jogo de 2017 que sempre me chamou a atenção, não por sua mecânica de transformações, muito menos pelo bigodudo protagonista, mas sim pelos macacos.

É que Odyssey traz a grande reunião entre Mario e Donkey Kong (o original), após uns 36 anos, onde todos que protagonizaram o jogo de estreia do mascote da Nintendo finalmente se reencontram, mesmo que ninguém fale do passado abertamente.

Falarei desse grande feito, e de tudo que Mario Odyssey tem a oferecer.

Boa leitura.

"Odyssey" é um título simples apesar de ser muito bonito e dinâmico. Ele segue a fórmula criada em "Super Mario 64", com Mario tendo de caçar colecionáveis em mapas grandes, sem uma linearidade, migrando de um mapa a outro e podendo retornar aos ambientes antes explorados, quando e sempre que quiser, pra continuar buscando itens.

Sempre há um número mínimo desses itens a se pegar (as luas), mas buscar pelo máximo possível acaba abrindo portas pra revelações posteriores, e é um desafio interessante.

Essa fórmula, repetida em muitos outros títulos da série, é só mais um dos modelos bem sucedidos da franquia, muito usado nos títulos 3D do Mario.

Porém em Odyssey há algo a mais em jogo, uma rivalidade de décadas que ressurge com sutis alfinetadas.

E nem falo de Bowser, o grande Koopa que briga pela Princesa Peach e quer fazê-la sua esposa a qualquer custo, isso em tudo quanto é história (Inclusive, a história de Odyssey resume-se ao casamento forçado de Bowser e Peach e a tentativa de Mario impedi-lo).

A rivalidade da qual falo é a de Mario e seu primeiro grande inimigo: Crank Kong, ou melhor, o Donkey Kong original. Ou melhor, é a rivalidade entre a IP Mario e a IP Donkey Kong. Ou melhor, é a rivalidade entre Nintendo e Rareware. Ou melhor ainda, é a rivalidade entre Shigeru Miyamoto e os Irmãos Stamper!

Pois é.... a coisa é grande e nessas 3 décadas, por mais que tenham disfarçado e escondido, fica nítida a quantidade de picuinha entre essa galera.

E você achando que a grande guerra dos mascotes de consoles se deu em Mario x Sonic... quando na verdade a briga era dentro de casa mesmo.

Mas, falemos por partes...

Mecânica

O jogo flui perfeitamente em sua movimentação mas, ele não tem muita coisa nova: Mario pode andar, e correr caso ande muito pra frente (ele acelera sozinho), pegando impulso.

Pode pular, até 3 vezes cada vez mais alto, dando cambalhotas no ar, e podendo cair com força no chão rapidamente, rompendo obstáculos com o impacto. 

Ele pode rodopiar, tudo conforme os movimentos do analógico mesmo.

E pode também interagir com objetos, os pegando e carregando.

Além de conversar com os npcs. Mas, nem todo NPC precisa de interação pra falar. A maioria deles já fala automaticamente só de passar perto, o que não interrompe nossa movimentação (isso eu achei o máximo), ficando apenas o texto com as frases dos personagem flutuando acima de suas cabeças.

Só que Mario não tem apenas ele mesmo agora, ele conta com Cappy, seu fiel aliado.

Por ser um jogo de Switch, onde naturalmente temos 2 controles em 1, era de se imaginar a implementação de um coop opcional, afinal não é possível jogar o Switch sem ter ao menos 2 Joycons. (Até dá, mas o vídeo game se baseia justamente nesses controles). 

Os Joycons são duas metades de um mesmo controle nos padrões de um "dualshock", mas que quando divididos, cada um tem seu próprio sensor de movimento, e botões individuais de movimentação e ação, e cada um tem seu próprio Analógico.

Cappy é um personagem a parte (tanto que da pra jogar em coop, com uma pessoa controlando Mario e a outra o Cappy), mas seus movimentos são atrelados aos de Mario.

Ele pode ser arremessado pra frente, ou em círculo, mantendo-se no ar por um tempo, e causando dano no que encostar, ou servindo de plataforma temporária pra Mario.

Porém, alguns objetos e até inimigos podem ser capturados pelo Cappy, que se fixa neles e pode usa-los de apoio, ou até mesmo pode possuí-los.

Quando ele possui um mostro, objeto ou outros personagens, Mario é levado junto com ele, pra dentro do alvo, e toma a forma dele.

Cappy funde os 3 em um só, ganhando controle sobre o indivíduo, e deixando ele com o bigodão do Mario.

Nem toda criatura pode ser possuída, com as menores morrendo no impacto de Cappy, e algumas maiores só ignorando.

Mas tem muitas que dão poder pra Mario. E é divertido virar por exemplo Goombas, que se empilham uns nos outros pra atrair Goombas Fêmeas. 

Aliás, esses Goombas não escorregam no gelo, o que também acaba deixando eles bem úteis em algumas fases. Engraçado que eles são tão burros que podem ser controlados vários ao mesmo tempo.

Os Koopas também aparecem, tendo os voadores por exemplo, podendo voar por ai e chegar em plataformas.

Tem até Goombas voadores mas, são em desafios bem específicos.

São muitas, muitas transformações, e todas são explicadas pela capacidade de Cappy, apesar dessa capacidade nem ser tão explicada assim.

É que outros da espécie dele não parecem saber fazer o que ele sabe, mas a gente releva.

Outra coisa sem explicação, mas que é legal, são os Canos Interdimensionais que levam pra "Região 2D". Mario pode entrar em alguns canos nos mapas e voltar a ser de 8 bits, passando por desafios simples de quebrar blocos, na horizontal como seus jogos antigos.

Isso chega a ser usado no enredo várias vezes, mas nunca é explicado. Esse poder de virar 2D não tem qualquer lógica narrativa ou precedentes, e parece ser apenas algo que brotou do nada no personagem para fazer referência aos velhos tempos.

Eu lembro que quando vi isso pela primeira vez logo pensei em "Zelda - A Link between Worlds", onde o protagonista também entrava nas paredes e virava um desenho. Mas, aqui é diferente. Mario apenas reverte aos tempos clássicos sem o menor motivo, e da mesma forma que entra nesses mundos, ele sai, transitando entre 2D e 3D, pra pegar luas.

Alias tudo é só pra sair coletando luas escondidas por aí. O grande objetivo é justamente esse.

Há muitas formas de se obter essas luas, algumas são entregues ao longo da campanha mesmo, indicadas no mapa (com sinalizadores bem visíveis) como objetivo principal.

Outras são entregues por missões secundárias diversas. E é de tudo um pouco, como pegar Notas Musicais rápido; 

Chegar em alguma plataforma muito alta ou distante; 

Completar algum objetivo bobo como pôr Ovelhas num curral; 

Dar pulos fortes em alguns pontos brilhando; 

Correr atrás de coelhos lunares;

Passar por desafios em Portas secretas;

Passar por Portas "Disfarçado" (falo mais a respeito depois);

Responder um Quiz de Esfinges espalhadas pelos mundos (sempre fáceis e repetíveis em caso de falha);

Voar em um Foguete Possuído e superar seu desafio;

Completar algum puzzle do cenário;

Fazer alguma ação própria de um bicho possuído pra pegar a lua escondida;


E até mesmo da pra comprar luas nas lojas!

Na verdade tem muito mais, e as luas são itens entregues por praticamente tudo o que fazemos. As vezes chutar um item numa panela já rende uma lua novinha como conquista, então é simplesmente bem fácil cumprir os objetivos do jogo.

Cada fase tem suas próprias luas, e é preciso coletar um número mínimo pra passar pra próxima, ainda podendo pegar muito mais do que o necessário (apesar disso não afetar a quantidade de luas de outras fases).

Pegar tudo é um objetivo meio exagerado, pois o jogo conta com um total de 999 luas, e pra termina-lo (pelo menos pegar todos os mistérios) precisa de apenas 500. Pra fechar o jogo mesmo só é preciso 200 no total (se não me engano).

Bem, Mario tem outros colecionáveis pra obter, como as Moedas Roxas (que mudam de forma pra cada mundo mas sempre são apenas a mesma moeda, também escondidas pelos cantos e fáceis de achar). 

Todo país tem 100 moedas assim pra pegar, e elas só podem ser usadas no mundo respectivo, pra comprar Roupas e Chapéus diferentes (Cappy muda de forma) pra Mario, ou então acessórios pra nave dele (ele.

As Roupas não mudam nada na jogabilidade, mas deixam Mario com visuais legais e mais dinâmicos, além de servirem pra abrir algumas portas especiais (os porteiros só deixam entrar uniformizado).

Já os acessórios são só enfeites pra nave dele.

Apesar de terem lojas que vendem roupas só por moedas roxas, há as moedas douradas que compram roupas também (mais comuns) e até as Luas, ou Corações.

Moedas comuns são pegas em toda parte, e além de servirem pra essas compras, elas servem como a Vida Extra de Mario.

Mario conta com 3 barras de coração, ou seja, ele pode tomar 3 golpes até morrer. Ele pode ampliar isso temporariamente pra 6 (comprando ou achando um Coração Coroado), mas é muito fácil perder tudo isso e morrer.

Acontecendo isso, ele volta pro último local salvo (seja uma Bandeira no mapa, ou algum ponto fixo) consumindo 10 moedas pra esse retorno.

Mario até pode recuperar as moedas que perdeu, voltando ao local em que morreu (elas formam um circulo), mas nem faz muita diferença. As moedas são pegas de tudo, como inimigos ou blocos por todo canto, então nunca falta moedas.

O jogo se salva sozinho, e é isso. Eu mesmo nunca peguei um Game-over (e acredito que o máximo que ocorre é voltar do menu principal).

E bem, como citado, o objetivo de Mario é usar seu poderio todo pra conseguir Luas, e atualizar/reparar sua nave, a Odyssey.

Personagens

Só vou resumir um pouco dos personagens, antes de falar da história do jogo enquanto descrevo as fases.

Mario

Ele já brota enfrentando Bowser em seu Barco voador e tomando uma surra, mas uma surra tão grande que seu icônico chapéu é destruído.

Mario sem chapéu não é Mario, então surge um Fantasma de Chapéu que possui um pedaço de seu antigo boné, e vira seu parceiro de aventura.

E é isso, sem mais explicações. Mario quer apenas chegar na Princesa e tira-la das garras de Bowser.

Cappy

O Cappy por outro lado tem muito mais história que ele. Seu mundo foi invadido pelo Koopa gigante, quem tomou sua irmã mais nova e a forçou a ficar em Peach, tudo pra prepara-la pro casamento deles.

Cappy quer resgatar a irmã, e por ver que Mario é sua melhor chance, o apoia na jornada, oferecendo seus poderes pra ele, e substituindo seu boné.

Cappy continua com Mario no final do jogo (o que considero um erro, pois a jornada devia ser provisória), mas os poderes dele não parecem ser algo que permanecerá pra sempre com o personagem.

Nunca é explicado exatamente como ele se transfigura nas criaturas e porque só ele, dentre todos os Chapéus, tem tal habilidade. Mas, caiu como uma luva, ou melhor, vestiu como uma cartola em Mario.

Bowser

O vilão, que acha que basta pegar a princesa e dar tudo de melhor pra ela, obrigando ela a permanecer em seu navio numa viagem exótica pelas paisagens mais lindas do mundo, e pronto, acha que  vai conquista-la na marra.

Ele passeia com ela pelo mundo, e enquanto mostra as belas paisagens, ainda rouba itens de cada país visitado só pra ela.

Tudo pra ambos terem sua Lua de Mel, na própria Lua mesmo.

Bowser já surge vestido de branco pro casamento, todo equipado e com vários servos aos seus pés, todos vindos do espaço.

Nunca é explicado como ele conseguiu influencia sobre esses lunáticos, mas ele conseguiu, e além dos Coelhos, ele tem o Polvo (que depois é revelado ser um dentre vários outros habitantes naturais da Lua), a Nave Espacial, e mais algumas máquinas, todos seus serviçais leais.

Apesar de ser o manda chuva, ele é um idiota, criando sua própria fraqueza pra ser derrotado pelo bigodudo.

Peach

Então, a princesa do Reino do Cogumelo é muito controversa. Ela foi raptada por Bowser e levada "à força" pra um passeio mundial e depois espacial.

Apesar de sim, ela ser mostrada carregada pelo vilão, e o tempo todo chamar por Mario (pelo menos quando o vê). Ela não é vista com correntes, nem algemada, nem mesmo enclausurada. Sempre que ela surge, tanto ela quanto sua nova amiga são vistas bem, saudáveis, e não parecem tão em perigo assim. As vezes Bowser fica até atordoado perto dela e ela nem tenta fugir.

Mas, Mario tem urgência pra resgata-las e o tempo todo a jovem clama por ele, isso até no fim ela simplesmente virar a cara pra ele e fugir pra passear mais!

Peach é um caso esquisito, mas ao que parece, ela não se arrependeu tanto assim da viagem forçada.

Peach é um alvo constante do vilão, que quase se casou dessa vez, mas ela não parece tão santa assim. Em momento algum ela o ataca, ou tenta confronta-lo. E não consigo acreditar que ela tenha medo dele pois, no final ela mostra o oposto!

Poxa, no final do jogo ela sai andando ignorando ele e Mario, o que é muito estranho, pois mostra que ela tem imponência pra resistir, só não o fez pois não quis.

Peach só pede por socorro quando Mario ta perto pra ele não estranhar o relacionamento conturbado que ela e o jacaré de casco tem.

Tiara


A irmã mais nova de Cappy, é uma tiara fantasma que também não é vista sendo obrigada a permanecer em Peach. Ela não está presa, nem sofre nenhuma ameaça que a force a nunca deixar a princesa. Por mais que ela acompanhe, quase como se realmente fosse só um objeto roubado por Bowser.

Tiara pode falar, pois é uma característica do povo chapéu, mas ela nunca aparece desesperada, talvez apenas entrando na onda da princesa e seguindo ela quando esta sim, berra em desespero. No entanto parece tudo muito encenado viu.

Até porque no fim, Peach e Tiara decidem voltar a viajar juntas, se bobear até chamaram Bowser mas ele não quis ir.

Pauline

Pra quem não sabe, Pauline era a moça que o Donkey Kong raptava em seu jogo, e era ela quem o Jumpman (primeira versão do Mario) lutada tanto pra salvar.

Cada personagem tomou seu rumo, Mario acabou virando encanador com o irmão, Donkey Kong criou família numa ilha bem afastada, e Pauline, bem... não sabíamos onde ela tava e agora, descobrimos que ela tomou controle da cidade onde tudo aconteceu lá no primeiro jogo.

Eu mesmo pensava que ela e Peach eram a mesma personagem, em épocas diferentes, mas na verdade Pauline só foi "esquecida" até seu reencontro aqui, como Prefeita.

Em versões modernas do Donkey Kong chegaram a substituir Pauline por Peach, mas a personagem mesmo chegou a ter seu design resgatado e reapareceu sim na franquia, tanto nos jogos de Mario quanto de Donkey Kong, mas em participações reduzidíssimas, como coadjuvante de elenco em jogos pequenos de portátil ou com participações especiais, fazendo referência ao jogo original.

Sua aparência moderna é inspirada na reaparição dela em Mario vs. Donkey Kong 2: March of the Minis, no primeiro mesmo ela nem foi mencionada, só voltando mesmo pra lembrar do antigo relacionamento que possuía com Mario, e mesmo assim, sua volta em Odyssey nem faz alusão a participações antigas.

A moça nem reconhece Mario, mas é ela, sem sombra de dúvidas é ela.

Madame Broode

Essa é uma dos muitos capangas de Bowser e eu jurava que era amante de dele.

É que ela usa acessórios bem parecidos com os dele, por trás de seu vestiário elegante, e ela sempre parece muito irritada (jamais surgindo perto dele), como se fosse posta de lado.

Mas ela tem 4 filhos, todos eles muito parecidos com quem? Pois é, o papai Bowser, mas era apenas impressão minha.

Madame Broode é um Coelho Lunar poderoso que anda com um Chomp numa coleira (detalhe aliás, Chomps são sempre bichinhos que Bowser cuida tá!) e nem é um Chomp comum, é um Dourado (que é tecnicamente o mais raro de todos).

Ela surge algumas vezes como chefe (3 vezes, uma delas secreta no pós game) e nunca é realmente explicada, tirando por alguns breves diálogos. Mas ela é leal a Bowser, e era a favor do casamento (ela até tenta vingar o fato de Mario ter arruinado a festa). 

Ela fica assim pois era a organizadora do evento, por isso fica tão irritada, afinal se ela tivesse algo mesmo com Bowser, ela nunca permitira que ele se casasse com outra... 

Se bem que isso explica a razão dela sempre estar irritada.

Broodals

Os filhos dela (não chegam a dizer isso, mas eu considero geral filho dela) são 4 Coelhos que voam num barco menor, idêntico ao de Bowser (se herdaram é porque tem culpa no cartório!) e seguem aquele mesmo modelo dos antigos filhos de Bowser.

São sub-chefes, que aparecem em algumas fases e devem ser derrotados pra Mario prosseguir.

Todos eles são enfrentados 3 vezes (uma também secreta após o jogo), e não morrem apesar de explodirem.

Eles usam cartolas e chapéus em seus combates, e parecem bem habilidosos com eles (conseguindo controla-los e até multiplica-los como quiserem), mesmo não sendo Chapéus do mundo fantasma.

Topper, o verde, usa uma Cartola, que se multiplica, se empilhando acima de sua cabeça.

Ele não sofre dano com as chapeusadas de Mario, mas ele perde 1 Cartola pra cada golpe. Assim, quando perde todas, passa a poder tomar pulos na cabeça.

Além de jogar cartolas pra todo lado, ele as empilha e bate abaixando a cabeça, e girando.

Hariet é a única menina do grupo (tirando a mãe) e usa um Chapéu de metal, que usa pra se defender. 

Ela também pode mover o cabelo (igual a Dixie de Donkey Kong Country 2 e 3) pra levantar bombas atrás de si, e atira-las pra frente.

A única forma de ser derrotada é tendo as próprias bombas atiradas contra ela, pra ser atordoada e perder o chapéu, tomando pulos na cabeça.

Spewart usa uma cartola roxa, mas seu ataque principal é veneno que joga de si mesmo, em circulo pelo cenário.

Quando tudo está envenenado, ele ainda se esconde na cartola e sai girando soltando veneno por toda parte.

O veneno no chão deve ser limpo com o Cappy (o vento dele pode limpar veneno), pra depois ele perder a cartola com golpes e sofrer pulos na cabeça.

Por fim, Rango usa um chapéu de sol que gira, e fica atirando ele pelo cenário.

Mario precisa virar os chapéus com golpes do seu próprio, pra pular neles, usando-os de trampolins pra chegar na cabeça do chefe (ele não olha pra cima então, não foge, tomando golpes de graça).

Todos ficam mais difíceis, com mais chapéus a cada rodada e combate, e são enfrentados apenas 1 por fase (apesar de aparecerem juntos). Mas no fim, todos eles são só sub-chefes, que Bowser comanda pra roubarem itens em seu nome, e também pra ocupar Mario.

Mundos

Como mencionado, Mario visitará vários países a bordo de Odyssey. Cada país tem sua própria temática, habitantes, e claro, colecionáveis. Mas eu vou ser bem direto no que falar sobre cada região, e aqui já aproveitarei pra contar a história do jogo.

Cap Kingdom - Bonneton

O primeiro mundo visitado é onde Mario cai após tentar sair na porrada com Bowser, já embarcado em seu navio voador. Bowser na verdade começou seus preparativos pro casamento sequestrando Tiara em seu próprio reino.

Depois disso, Mario é jogado sem seu chapéu, coincidentemente, no mundo dos Chapéus Fantasmas! E um dos fantasmas de lá decide ajuda-lo, como uma forma de ajuda mútua, afinal ele era irmão de Tiara.

Nesse mundo foi onde Bowser roubou a Tiara Perfeita para Peach ficar apresentável em seu casamento.

É um mundo fantasmagórico e cheio de névoa, com espíritos em forma de chapéu por toda parte.

A princípio não há muito o que fazer, e é um cenário de treinamento, com um combate contra um dos membros da Trupe do Coelho no fim.

Esse mundo pode ser revisitado posteriormente pra ter seus mistérios melhor explorados mas, não há nada significativo nele, com alguns eventos novos como a corrida de Koopas.

A primeira criatura que Mario possui é nesse mundo, usando o Cappy como elo pra fazer a possessão, e é só um sapo pequeno, que pode pular. 

Em momento algum é explicado a razão desse poder inclusive, mas o irmão de Tiara é aparentemente o único chapéu que pode possuir quem ele quiser, levando Mario (e qualquer um que quiser) junto.

Apesar de terem outros chapéus lá, nenhum parece ter tal poder, nem mesmo a irmã mais nova dele.

Ele ajuda Mario a sair de seu mundo virando uma Bola elétrica, e assim eles chegam no local pra buscar um Meio de Transporte melhor.

Cascade Kingdom - Fossil Falls

O segundo mundo visitado é onde Mario precisa procurar Odyssey, uma antiga nave do Povo Chapéu que, não chega a ser explicada também. Apenas os fantasmas tem Cartolas em forma de naves pra poder se locomover, e até da pra ver alguns voando pela cidade, mas a Odyssey precisava ser energizada.

A fonte de energia são Luas, coletadas em todos os mundos, cada um com sua própria lua (só muda a cor). Odyssey é encontrado todo quebrado no cenário jurássico onde inclusive, há DINOSSAUROS VIVOS.

Mas em nada se parecem com o velho Yoshi (inclusive parece até outro universo). Um T-Rex pode ser possuído por Mario e é visto sempre dormindo, e por ser grande, a possessão é temporária.

Ele é bem realista, causa muita destruição só de andar, e o próprio cenário também é mais realista, com referências pré-históricas, e até alguns desenhos antigos de Goombas nas paredes.

Esse reino tem vários Chomps também, criaturas comuns do universo Mario que também podem ser possuídas, mas ficam presas por correntes.

O chefe da fase mesmo, é a líder da trupe dos coelhos, que usa um Chomp dourado como cachorro encoleirado, quem também serve de arma contra ela própria.

Coletando Luas suficientes, Odyssey é restaurado e inicia a jornada do herói, com Mario e Cappy procurando pela nave de Bowser, em todos os demais países (as vezes chamo de mundos mas tudo é no mesmo planeta), sempre melhorando ainda mais a Odyssey.

Sand Kingdom - Tostarena 

O primeiro mundo visitado com Odyssey é o Reino da Areia, que aparece todo congelado e frio (Mario treme de frio). Apesar da aparência ainda quente, ele é frio com blocos de gelo por todo canto.

O que acontece é que Bowser invadiu esse mundo pra roubar um Anel para Peach, o melhor anel de todos, e esse Anel mantinha o clima do deserto normalizado, pois a entidade que fazia o clima ficar assim usava tal anel. Pelo menos foi isso que entendi...

Esse é um mapa inspiradíssimo na cultura Mexicana. Inclusive, vários mapas tem um pouco de cidades reais. Aqui, pegaram o esquema cultural do "Dia del Muertos", o esquema dos Sombreiros e a música típica mexicana, além de algumas referências Maias, como as Pirâmides, e colocaram tudo junto.

No meio da fase tem uma luta contra os Coelhos.

Mario explora até chegar na pirâmide, e ele pode contar com uma Montaria especial (um leão de pedra) pra passear pelo deserto, ainda mais quando tudo anoitece.

Aliás, também da pra possuir umas Cabeças de Pedra com Óculos, que enxergam coisas invisíveis (lembram muito as Cabeças de Páscoa).

A pirâmide vira de cabeça pra baixo e começa a flutuar, deixando tudo de noite, e fazendo os mortos voltarem e andarem pelas areias do deserto. Daí a montaria se torna bem útil pra transitar.

Dentro da pirâmide fica o chefão, que na verdade é apenas uma estátua viva que queria seu anel de volta, e sai na porrada com Mario sem grande opção. O tadinho é espancado atoa.

Detalhe: Nesse mundo as Balas com vida, clássicas do universo Mario, surgem em versão pequena e grande, e o bigodudo pode pôr seu bigode nelas pra manipula-las em linha reta (da pra dar voltas também mas elas voam rápido) até explodir.

O chefe da fase é derrotado por esse mesmo "poder", onde Mario possui as mãos dele pra contra-atacar usando elas como mísseis.

Mancada é que, Mario espancou a vítima, e de nada adiantou, pois o Anel continuou com Bowser, e o deserto até esquentou um pouco, mas continuou cheio de gelo.

Lake Kingdom - Lago Lamode 

Bowser vai até um mundo de Tecido e Aquático ao mesmo tempo, e rouba um dos itens que mais preciosos dele, o Vestido Perfeito para Peach. 

A região de Lamode é especializada em moda e estilismo, e os habitantes, criaturas aquáticas aparentemente todas femininas, que veneram o vestido que foi furtado.

Boa parte da fase é feita de jeans e zipers, mas também é repleta de água, sendo bem submersa.

Mario chega já muito tarde e precisa enfrentar um dos coelhos lunáticos, só pra ter de conseguir mais luas pra reabastecer o Odyssey.

Não há chefes próprios na fase, só um dos Coelhos como sub-chefe.

Esse mundo tem várias criaturas aquáticas, como os Peixes, que Mario pode possuir pra conseguir nadar livremente.

Seu fôlego não é muito, e a natação não tem muitas funções (pra mergulhar ele da o golpe de pulo pra baixo, e só nada pra frente). Aqui, a água não restaura vida (como em Mario 64) e ficar submerso exige respiração, nem que seja pelas bolhas de ar periódicas, a menos que Mario e Cappy dominem um peixe.

Pelo que vi ao pesquisar, essa cidade se inspirou na Grécia, muito por suas estruturas com pilares e afins.

Wooded Kingdom - Steam Gardens

Essa é uma floresta onde Bowser vai roubar flores pro enxoval de Peach. Nela Mario encontra robôs regadores que parecem coexistir com a natureza em plena harmonia. 

São eles que questionam as ações de Bowser na torre principal onde as flores tinham sido acumuladas e foram absorvidas pelo chefão, uma enorme espaçonave.

Apesar de Bowser nem estar nessa fase, os Coelhos aparecem, e tanto eles quanto uma Nave Espacial estavam ali pra roubar flores. Um dos coelhos é mini-chefe.

Nesse mundo Mario pode controlar alguns monstros inéditos como Tanques de Guerra, e uma criatura bizarra que se estica pra poder pular.

Essa criatura é inclusive a usada na batalha contra o chefe, que também é alcançado mas em tempo de não fazer mais tanta diferença. 

E ao alcançar o chefe real da fase, Mario deve se esticar na forma do monstro planta, pra acertar a nave por baixo sem parar, e também pra pular pelos anéis de energia que ela dispara, sempre em alturas diferentes.

A nave já havia surrupiado flores suficientes pra festa de casamento, e Mario só destrói ela mesmo.

A luta em si se resume a escapar da energia emitida pela nave, e as vezes saltar em diferentes alturas, até deixa-la vulnerável (destruindo blocos que a protegem em seu entorno) e atacando por baixo.

Não sei ao certo em qual cidade se inspirou mas, mas com certeza a música tem um ar Californiano (me lembrou séries que se passam na praia com surfistas). É uma música agitada com uma guitarrinha havaiana que nem combina com a paisagem em si, que é repleta de plantas (incluindo as carnívoras, que não podem ser possuídas) e veneno, além de máquinas e andaimes, mas é legal de ouvir.

Aliás, o mundo aquático e o mundo da floresta são opcionais, tecnicamente. O jogador escolhe qual visitará primeiro, mas ambos acabam sendo visitados.

Cloud Kingdom - Nimbus Arena 

Após passar por essas regiões, Mario consegue chegar até o Navio de Bowser pra enfrenta-lo, antes do que esperava. Ele é interceptado na rota para Metro Kingdom. 

Bowser se equipa com uma Cartola Tecnológica e intercepta Mario no reino das nuvens mesmo.

Rola uma batalha especial contra ele, que chega jogando o chapéu mecânico em Mario.

Mas Mario usa o Chapéu Mecânico de Bowser contra ele! Ele o equipa depois de desarmar o Koopa, e luta boxe contra ele.

Ele precisa desviar dos saltos de Bowser, que criam ondas de choque no chão, e depois tem que se aproximar, enquanto ele atira pedras (que da pra quebrar no murro), pra então descer o soco no Bowser.

Ele defende, mas os golpes tem que ser sequenciais até quebrarem sua defesa, e lança-lo longe.

Mas ele fica esperto a cada murro na cara, e começa a usar movimentos melhores, como seu rabo, pra tentar derrubar Mario na hora que ta sendo espancado.

Porém mesmo derrotado, Bowser ainda sai como vencedor, jogando Mario, Cappy e Odyssey pra longe e escapando mais uma vez.

Lost Kingdom - Forgotten Isle 

Como Odyssey é danificado na batalha, eles caem numa ilha no meio do nada, e precisam reabastecer coletando mais Luas.

E pra variar, o início da fase é sem a ajuda de Cappy, pois ele é sequestrado por um Pássaro. Aí é preciso alcança-lo só com os movimentos padrões de Mario, até recupera-lo e pegar luas explorando a ilha.

Essa ilha se destaca pela música, que o tempo inteiro me fez pensar em "Kena, Bridge of Spirits". Não é por menos, ela simboliza justamente a região da Indonésia, e o uso da música típica é pra apontar isso, que é o mesmo estilo usado no jogo de Kena.

Bem, nele também há duas criaturas bem legais de se manipular, a Centopeia, clássica do universo Mario, que aqui ao invés de se irritar e mudar de cor, apenas se estica e encolhe, podendo chegar a plataformas distantes em linha reta.

Também há um dragão esquisito que plana pela ilha, controlado por Mario e Cappy.

Não há chefe nessa ilha, apenas a necessidade de coletar algumas Luas pra avançar.

Metro Kingdom - New Donk City

Inspiradíssimo em Nova York, essa cidade é também o grande destino mais aguardado por Mario, por Cappy, e pelo jogador é claro.

Apesar da estranha presença de pessoas mais realistas que o normal (parece até um crossover de jogos quando na verdade, é apenas mais um país no mundo de Mario), todas trajadas a rigor e com cara de executivos, eis que Mario reencontra sua "antiga princesa": Pauline.

Ela agora é a prefeita da cidade, mas não só nem lembra do bigodudo, como nem fala a respeito do passado.

Bem, New Donk City é alvo de Bowser pra fazer seu grande anúncio de casamento, afinal ali era o "centro" e as noticias corriam rápido por lá. Sua presença porém acabou afetando a energia que ela tinha, gerada por luas convertidas, e cabe a Mario resolver tudo.

Mario inclusive toma muito a forma de uma Bola Elétrica pra se mover pelos cabos da cidade.

A princípio a cidade tá tomada por Bowser que espalhou panfletos, cartazes, outdores e até telões do casamento futuro com Peach, e uma tempestade tomou tudo, deixando vazia de pessoas, lotada de monstros, e com um ar nada convidativo e sombrio, quase um cenário de guerra.

Mas após escalar o grande prédio central, Mario afugenta Bowser e confronta o chefe.

O primeiro chefe enfrentado é com uso dos Tanques de Guerra possuídos, e é um grande robô em forma de verme elétrico que absorvia a energia da torre principal.

Depois dele, Mario ainda precisa ajudar Pauline com um evento festivo, procurando músicos pela cidade pra tocar no festival noturno.

Então rola uma nova exploração e passeio pela enorme cidade, onde Mario pode conhecer as pessoas e interagir numa curtição que só, até completar os preparativos pro festival.

E esse festival traz o segundo chefe da fase, enquanto Pauline canta e as pessoas festejam. Mario acaba complementando o evento revivendo seus temos áureos, passeando no mundo 2D e até enfrentando Donkey Kong uma vez mais.

O jogo original não é exatamente replicado, e é só uma baita referência a ele, com a aparição de Donkey sendo só fanservice (nem é ele de verdade, provavelmente é só um desenho do evento).

Parece que a cidade venera o gorilão, e a nível de curiosidade, todas as ruas e estabelecimentos são referências a personagens de "Donkey Kong Country".

Mas, não é algo feito para homenagear o jogo da Rare, e sim para atestar domínio sob o título, mostrando que a Nintendo quem manda nos nomes dos personagens da série Country, inclusive os Kremlins. 

Aliás, o uso desses nomes na cidade chega a ser bobo pois, no universo de Donkey Kong Country, essa cidade nem existe. Os personagens vivem vidas completamente alheias ao que Mario e seus amigos fazem, e o passado com ele é algo realmente do passado (uma das ruas leva até o nome "Cranky" que é justamente o nome do DK original).

Tanto que a Rare colocou o Donkey Kong original como um velho gaga obsoleto, só pra mostrar que ele já não era mais o foco deles (algo que com certeza irritou o criador do personagem). 

Igualmente, a Nintendo devolveu a patada botando seus personagens como nomes de ruas comuns e apenas peças decorativas... mas calma, eu vou falar mais disso depois.

Então, após dançar um pouco e participar das festas, Mario volta pro Odyssey e continua caçando Bowser.

Snow Kingdom - Shiveria

Esse é um reino completamente congelado, bem mais frio que o deserto, mas agora por causas naturais mesmo. Porém, o reino visitado de verdade é subterrâneo, e menos frio, além de mais populoso.

Seus habitantes são volumosos e bem agasalhados, e gostam de apostar corridas usando o próprio corpo (lembra muito, mas muito, os Gorons de Zelda, só que frios). Porém, o maior prêmio da corrida deles foi roubado pelos Coelhos a mandos de Bowser.

Ele queria um Bolo pro casamento, e o melhor Bolo de todos os mundos era o feito em Shiveria, que era o grande prêmio da corrida também, o que fez ele simplesmente mandar seus capangas pra roubar.

Mario tenta impedir mas não consegue, e no fim acaba ajudando uns dos gordões corredores de neve a vencer uma corrida, só pra pegar mais Luas pra abastecer Odyssey.

Não há tanto destaque além da corrida, e uma criatura feita de neve que pode ser possuída em um dos puzzles. 

É que pra alcançar os Coelhos, Mario precisa resolver 4 desafios (é só passar por salas diferentes e superar seus obstáculos) podendo possuir uma criatura que faz vento e flutua.

Nesse mundo o chefe é um dos Coelhos, voltando pra mais um round no meio da fase, mas depois eles fogem com o Bolo e resta pra Mario participar da corrida, e isso que encerra a fase.

A inspiração da cidade é a Rússia, tanto que o nome até se parece com a Sibéria, e os personagens robustos tem jeitão russo.

Seaside Kingdom - Bubblaine

Nesse mundo, Bowser busca pelo Ponche perfeito, por isso rouba todo o vinho especial produzido em uma praia, mandando seu capanga, um Polvo alienígena.

Esse é outro mundo aquático, mas com inspiração na França dessa vez. Os habitantes são Caracóis (típica iguaria francesa né) que vivem curtindo a praia, enquanto admiram a grande torre de vinho no centro do mar (adaptação da torre Eiffel).

Mario precisa estourar algumas rolhas de champanhe, em garrafas gigantes postas em 4 pontos diferentes do mar, tudo pra irritar o Polvo gigante que tá drenando o vinho.

Então o polvo enlouquece e começa a luta, uma batalha em todo o mapa mesmo, sem zona fechada (é a primeira vez que vejo um chefe enfrentado no mapa inteiro abertamente).

Mario precisa usar a forma de umas criaturas aquáticas que podem voar jogando água (desde que tenham contato com a água pra reabastecer e reformar a bolha em torno delas) pra assim sobrevoar a cabeça do chefe, em pleno movimento, e atirar água na nuca dele.

Mesmo após vencer, isso não muda muita coisa pois Bowser já tinha coletado vinho suficiente.


Aliás, neste mundo além dos Peixes, ainda há Enguias Gigantes que não podem ser possuídas, mas aparecem muito na parte sub-aquática.

Luncheon Kingdom - Mount Volbono

Talvez a cidade mais chata, irritante e demorada que pude experimentar. Esse é o reino da comida superaquecida, com direito a panelas gigantes e muita comida colorida, quase irreconhecíveis (é um lugar bem colorido).

O caldo escaldante que fica por todo canto é letal pro Mario, então é um lugar bem hostil, e difícil de passar, e só consegue transformado em Bola de Fogo, um inimigo padrão da série Mario.

Os coelhos são os chefes logo no início da fase, mais um combate contra um deles, seguido pelo longo e confuso desafio desse mundo: Pegar Carne pro Pássaro Gigante.

O povo que nele habita são basicamente Talheres vivos, que amam cozinhar, mas estão com um problema sério com a Sopa mais saborosa de todos os mundos, que Bowser queria.

Na verdade Bowser mandou um de seus capangas, um Pássaro gigante que gosta de cozinhar, pra coletar os alimentos da cidade e transformar tudo numa baita sopa, então o Pássaro fica lá, inalcançável no topo de uma montanha, preparando seu guisado, enquanto Mario se mata pulando no fogo.

O mapa é terrível. Mario pode contar com a transformação do Foguinho, pra ir passeando pelo caldo quente (que é praticamente lava). Mas ele não pode pisar no chão ou a forma é perdida. Então é um transforma e destransforma constante.

Também há os Hammer Koopa, outra criatura clássica de Mario, que pode ser possuída pra arremessar utensílios domésticos ou fogo nas coisas.

Inspirada na Itália, a música dela entrega a inspiração, mas a fase é incômoda pela dificuldade elevadíssima, e é longa, bem longa.

Mario precisa possuir um Bife Gigante (morto mesmo) e se mexer pra chamar a atenção do pássaro. Mas todo o caminho até isso é demorado.

Depois, ainda precisa escalar o restante da montanha pra chegar no pássaro e enfrenta-lo, na forma de Foguinho, dentro da Sopa, e pulando em "vômito" dele pra atingir sua cabeça.

Mesmo vencendo, meio que Mario só incrementa mais ainda o guisado com "frango", pois o chefe mergulha nele no fim, então... 

Mario deu uma de cozinheiro pro casamento forçado de Bowser e Peach.

Ruined Kingdom - Crumbleden

Então, ao encontrar o paradeiro de Bowser mais uma vez, Mario quase o enfrenta de novo, só que do nada, ele tira um mega Dragão sombrio gigante, que apenas joga Odyssey pra longe.

Mario acaba indo parar na terra natal desse dragão, algumas ruínas macabras (que lembra transilvânia) o fazendo até tremer de medo.

Ele é obrigado a enfrentar o dragão, que usa uma coroa presa com estacas (que Mario deve arrancar) pra proteger sua cabeça.

O dragão é bem forte, espanca o chão criando rajadas de energia, e mesmo quando sua coroa é removida, ele a refaz depois de um golpe, com mais estacas.

Porém, caso o jogador demore muito, um lojista aparece pra permitir que Mario compre corações extras (que ajudam muito).

É impossível sair da região, pois Odyssey fica danificado e é preciso pegar as luas desse chefe pra restaura-lo, então esse é um momento fácil de ficar preso.

No fim, derrotando o dragão ele continua vivo, e ainda fala com Mario (diz que ta cansado), mas nada mais é declarado.

A razão dele ter seguido e obedecido Bowser ou o fato dele ser muito mais realista do que o próprio Bowser (tecnicamente ambos são dragões não?) fica sem explicação, mas o domínio com certeza veio daquela coroa que Bowser botou nele.

Bowser's Kingdom - Bowser's Castle

Mas após vencê-lo, Mario vai direto pro covil de Bowser, seu império, literalmente.

O mapa é inteiramente inspirado no Japão Feudal, na época do Imperialismo, e Bowser se protege com um grande castelo, deixando seus capangas coelhos de tocaia.

É uma fase legal até, grande, e Mario conta com a manipulação principalmente de um Pássaro de asas curtas, que apesar de não voar, pode bicar as paredes (de papel) e pegar impulso, subindo e indo pros lados, como quiser.

É bom pra explorar os telhados do castelo...

Mas não é a única coisa que Mario pode possuir, tendo até uma Estátua que ele move pra resolver um puzzle.

Chegando ao fim, Mario acaba perdendo Bowser outra vez, pois é distraído por lutas consecutivas com os Coelhos restantes.

São os dois Coelhos, um de cada vez.

Depois disso ele ainda precisa enfrentar os 4 Coelhos juntos, em um Robô Gigante que eles montam, isso estando na forma de Pássaro Bicudo.

Ele só precisa fazer o robô cair, rebatendo as bombas que ele joga, e depois escalando ele com o bico (estilo Shadow of Colossus) até chegar na extremidade exposta onde um dos coelhos fica, bicando eles várias vezes até explodirem.

O próprio chefe joga Pássaros de Asas Curtas pro Mario possuir.

Derrotando as 4 extremidades o robô explode e rola fogos de artifícios no céu com as imagens dos 4 coelhos, e então Mario vai atrás de Bowser.

Moon Kingdom - Honeylune Ridge

Bowser viaja direto pra Lua, e Mario acaba reforçando o poder de voo de Odyssey pra alcança-lo.

Ele viaja então pro espaço, e ao chegar no satélite, apenas sai pulando (bem mais alto) até chegar na Igreja onde o casamento estava ocorrendo.

Engraçado que só de viajar, Mario já recebe um traje a rigor branco pro casamento (assim como Cappy assume uma forma mais a caráter).

Além de todos os itens pro casório, Bowser ainda fez questão de raptar convidados, botando gente que nem queria estar ali pra assistir seu casamento forçadíssimo. Até Pauline tava lá.

Mas a Princesa se recusava a aceitar o Anel Gigante dele, dando tempo pra Mario chegar e interromper tudo.

Mario acaba tendo de atravessar uma caverna até chegar na Igreja, passando por obstáculos no centro da Lua, possuindo vários monstros diferentes, um após o outro.

Depois ele é forçado a enfrentar a Coelha líder outra vez, que vem mais forte e vingativa.

Depois de vencê-la ele chega na Igreja mas, não deixa barato o penetra.

Ele aciona uma armadilha e lança o bigodudo num buraco, pulando em seguida pra enfrenta-lo no núcleo da Lua. Ele ainda leva Peach presa na aliança (que de tão grande, deixa ela pendurada de corpo inteiro), e começa a luta.

Bowser mais uma vez usa sua grande cartola com punhos, que mais uma vez é usada por Mario contra ele (ele sempre se sabota, sempre).

Só que ele mostra mais movimentos. Além de pular e lançar energia no chão, Bowser também passa a dar golpes com o rabo flamejante.

Ele passa soprar fogo também, pra todo lado, quando fica enfurecido.

E sempre fica de longe, atira pedras, agora flamejantes (o que impede de serem destruídas pelos murros da cartola) e quando Mario se aproxima e começa a bater, ele defende, até ter sua defesa quebrada mas, agora, ele gira com o corpo pra derrubar Mario, várias vezes.

Então Mario precisa pular e continuar atacando, repetindo isso até vencer. A cada rodada Bowser fica ainda mais habilidoso, mas no fim ele é jogado pra longe na arena e Mario ganha a liberdade de Peach e Tiara.

O porém é que tudo começa a desmoronar por causa da luta, e Peach fica presa com Mario, Cappy, Tiara e Bowser, todos encurralados. 

É ai que Mario vê Bowser caído e decide usar Cappy nele, entrando em suas memórias.

O Final

E assumindo seu corpo, pra alegria da indecisa princesa! E sério, ela manda um "Yes" tão feliz que não da pra não suspeitar!

No corpo de Bowser, ele pega a princesa e sai destruindo as paredes, correndo ao som de uma música bem animada, e escapando dos destroços da Lua.

Ele até entra em modo 2D em algumas partes, mostrando o quão poderoso Bowser é perto de Mario, e dando uma animada por jogarmos na pele dele.

Depois de esmurrar as paredes e destruir vários pilares da Lua, Bowser, Peach, Tiara, Cappy e Mario ficam mais uma vez encurralados, com apenas um dispositivo de fuga presente (um pilar pra virar eletricidade).

É ai que Cappy pega todo mundo e transforma numa bola elétrica (incluindo Tiara), escapando da ruína.

Eles voltam pra lua mesmo, só que outro ponto (e nota-se que todo o alvoroço não gerou consequência lunar nenhuma, aparentemente).

Daí Bowser acorda, pega um buque de plantas carnívoras e oferece pra Peach, que acredite, FICA INDECISA SE ACEITA!


Então Mario pega um buque de flores de fogo tiradas do rab...bolso, e oferece também, competindo com Bowser como dois caras cortejando a mesma mulher... só isso.

Daí Peach fica pensando (sim, ela PARA PRA PENSAR!), decide ignorar os dois, e ROUBA A ODYSSEY! Fugindo pra Terra com Tiara e Cappy.

Que aliás, foram os únicos a comemorar a reunião mesmo.

Mario corre pra nave e Bowser também, mas ele pula na cabeça do vilão (que já não é mais vilão né), e pega Cappy no ar, jogando ele pra fazer aquela cena final legal!

E depois de tudo isso, é assim que tudo termina.

Mushroom Kingdom - Peach's Castle

A princesa volta pro seu reino, que inclusive eu cheguei a visitar sem querer ao encontrar um quadro perdido na fase italiana.

O quadro (estilo aqueles do Super Mario 64) levava pra casa de Yoshi, numa ilha flutuante muito longe do Reino do Cogumelo, mas que dava vista pra ele.

Fiquei pensativo sobre como chegar nele e, acontece naturalmente no final, apenas concluindo a campanha mesmo.

Mario pode viajar pra reencontrar Peach, e descobre que ela instaurou uma nova lei de Chapéu onde todo mundo agora usa esse acessório.

Nessa cidade, há Estrelas pra pegar (ao invés de luas, mas que funcionam como as Luas pra atualizar o Odyssey), e da pra enfrentar todos os chefes do jogo (entrando em seus quadros, escondidos por toda parte).

Também da pra encontrar Yoshi em cima do castelo de Peach, e possuí-lo!

Mas não da pra fazer tanto. No papel de Yoshi nós ganhamos alguns poderes extras, como dar linguada e devorar coisas e inimigos, além de planar quando pula.

Mas só é útil no Reino do Cogumelo (não da pra sair com o Odyssey usando ele né).

E, apesar de terminar a campanha, o jogo continua com inclusive exigência de mais energia pro Odyssey, pois ainda há coisas pra explorar e desbloquear.

Pra estimular isso, os Toads informam que a princesa desapareceu outra vez, e criam mó alarde pra Mario ir procura-la nos mundos.

Mas basta ir pro primeiro mundo que ele visitou (das cartolas fantasmas) que ele encontra Peach, se reencontrando com Tiara, e decidindo viajar pelo mundo, agora como turista.

Então ganhamos um objetivo a mais é claro, de buscar ela nos demais países, admirando as coisas, pra pegar mais Luas com ela.

Mas não é só isso.

No fim do jogo um Bloco Lunar começa a emanar energia. Ao longo de todo o jogo, podemos achar alguns blocos assim, um em cada fase, mas não da pra fazer nada com eles.

Porém, depois de sentir o poder de Bowser, Cappy meio que ganhou a habilidade de quebrar esses blocos.

Então, revisitar os mundos e quebrar esses blocos faz eles voarem e explodirem no céu, liberando VÁRIAS LUAS NOVAS PRA PROCURAR NAQUELA REGIÃO.

Então além das Luas pendentes, ainda ganhamos dezenas de novas pra buscar, com direito a Canos novos, obstáculos, desafios, ou só esconderijos mesmo.

Pegar tudo não é necessário pra destravar o segredo (ou pelo menos parte dele né), que consiste na Terra Natal dos Coelhos: A própria Lua.

Dark Side of Moon - Rabbit Ridge

Pegar mais luas pra aumentar a potencia de Odyssey é só pra fazer ele voar em torno da Lua, e chegar no Lado Negro, onde os Coelhos moram.

A Trupe de Coelhos aparece pra uma luta sequencial muito difícil. Além de todos irem um após o outro, eles aparecem com muito mais poder de luta.

Mas é só isso mesmo.

Tem até um outro segredo, com outra parte da lua (ainda mais sombria) mas, apenas com mais desafios de combate.

E, caso peguemos todas as Luas e Estrelas do jogo, o Castelo de Peach veste uma cartola.

Ponderando sobre os Países

A ideia de mostrar vários países dentro do mundo Mario, cada um com suas regras, geografia e população (a grande maioria nunca nem tendo aparecido em qualquer outro título até então) é bem legal e consegue mostrar mesmo muitas culturas. 

Mas sabe o que mais me deixou curioso? É que além de nada disso fazer sentido junto a proposta de Odyssey (visto que Mario já até viajou pra outros planetas e não precisava de tanto), tudo me soou mais uma referência a Donkey Kong... nesse caso a franquia de sucesso do macaco: Donkey Kong Country.

A referência seria a necessidade de criar um "país" só pro macaco, que foi exatamente a ideia do jogo (mostrar ele em seu próprio universo a parte). Odyssey quis mostrar que pra Mario, há muitos outros países e não apenas um.

Sabe o que é engraçado? Donkey Kong Country é batizado assim pois surgiu na mesma época que Super Mario World, e da pra notar que é uma das muitas indiretas travessas da Rare para sua sócia: Se Mario tem um "Mundo", Donkey tem um "País"

Inclusive, é possível que tudo tenha começado como uma brincadeira inocente de referências vagas, mas isso foi se tornando cada vez mais intenso, causando até a quase falência da empresa.

Se é apenas picuinha da minha cachola, posso até entender... mas que é curioso é.

Aliás, se me lembro bem, na tentativa de refazer Donkey Kong Country, a própria Nintendo (na verdade foi a Retro Studios, nova desenvolvedora dos jogos do gorila) usou justamente a ideia de referenciar diferentes culturas, em cada "setor" do mapa, em Donkey Kong Country - Tropical Freeze. Se é coincidência ou não, não sei, mas é bem curioso.

Ponderando sobre os Colecionáveis

Donkey Kong 64 detém o recorde no Guinness World Record de maior quantidade de itens colecionáveis em um jogo, com a marca de 3,821 itens, isso desde o ano de 2000. Irônico não? Justamente o último jogo da Rare pegou esse recorde, justamente do Macaco que não era bem uma exclusividade Nintendo, não mais. 

Mario Odyssey é o segundo jogo com maior número no mundo, mas sem recorde, com seus 1999 colecionáveis, o que confesso, me pareceu forçado.

Assim como deu pra ver, os itens de Mario são espalhados de qualquer jeito. Você pisca e já tem 3 luas no inventário. Mesmo com a farsa de que são itens diferentes (mudando a cor das luas em diferentes mundos) meio que, fica nítido o que tentaram fazer aqui.

Quer exemplo de que foi algo não planejado? No mundo da Peach tem Estrelas ao invés de Luas (pra fazer referencia a Super Mario 64, uma das muitas), mas quando Mario coleta alguma "Estrela" dentro do modo 2D, eis que elas surgem como Luas mesmo. Nem mudaram o desenho delas, sendo que os desenvolvedores fizeram questão de dar atenção e criar um modelo pra cada Mario e suas roupas diferentes, no mundo pixelado!

Enfim, buscaram superar em quantidade mas, não souberam administrar as exigências dos itens. Tanto que você pode terminar o jogo sem nem se importar em pegar tudo. Já em Donkey Kong 64 (assim como se tornou marco na franquia) você é estimulado a sempre buscar mais e o máximo, sempre com desafios diferentes e dinâmicos, tudo pra superar a porcentagem máxima final e obter seus prêmios!

Muitos dos colecionáveis de Mario Odyssey soam só como conquistas bobas, assim como aqueles troféus dados como ícones pros jogadores da Sony e Microsoft. 

E bem, eu pensei mais e mais e fui me questionando sobre a rivalidade Donkey Kong e Mario mas, acho que isso serve pra um post diferente.

Afinal, este aqui é um artigo sobre o Bigodudo Chapeleiro! 

Ponderando sobre Odyssey

Pensando bem, este é um jogo excelente, pois é divertidíssimo.

Super Mario Odyssey não faz sentido nenhum, mas é lindo de mais, tem músicas legais, tem ambientes divertidos e desafiadores, e mesmo parecendo bem simples, ele consegue nos prender.

É um dos poucos jogos que eu senti vontade de continuar mesmo depois de terminar. Inclusive, eu fiquei tentando pegar todos os segredos mas, conforme fui me frustrando em certos desafios, passei a pegar somente o básico.

Mesmo assim retornei depois pra jogar mais, e criei certo carinho pelo título.

Mario nunca foi minha franquia favorita, mas estou inclinado a conhecer mais deste universo agora. Este foi tecnicamente o terceiro jogo do bigodudo que já terminei, tendo Super Mario World e Super Mario RPG na lista.

E amei a experiência.

É isso.

Espero que tenha curtido.

See yah!


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2 Comentários

  1. fui vítima do efeito mandela mais uma vez kkkkkkkk, sempre pensei que você tivesse feito uma análise do Mamário junto com o do bafo selvagem...mas me enganei tremendamente kkkkkk.

    bom...quando eu tiver um tempinho vou ler esse daqui, deve tar bão dimais, enfim, see yah!!

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    1. To torcendo pra que goste sr Wilson. E... bem que naquele tempo pensei em jogar e escrever, mas acabei focando em Zelda mesmo.

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