Adaptação: Tomb Raider - A Lenda de Lara Croft

A Animação de Tomb Raider

Tomb Raider a Lenda de Lara Croft da Netflix

Saiu uma animação adaptando os jogos da Crystal Dynamics sobre Tomb Raider, inclusive dando continuidade as histórias, com ênfase no jogo de 2013 (mas se passando após os demais). 

A ideia é sugerir que a Lara Croft do clássico e do moderno é a mesma, mas acaba não se saindo tão bem assim ao contar sua história.

Com um enredo simples e uma animação não muito boa, eu diria que até dá pra curtir, mas dava pra ser melhor.

Enfim, bora contar tudo a respeito.

Boa leitura.

A nova Tomb Raider

  
Lara Croft

Tomb Raider é uma franquia de jogos onde a protagonista sentava bala em bandidos enquanto violava túmulos, e era bem avantajada no busto, daí ela sofreu uma repaginada lá em 2013, através do maravilhoso "Tomb Raider", onde a aspirante a arqueóloga que explode tumbas foi reinterpretada como uma jovem sobrevivente numa floresta, aprendendo a ser uma guerreira na marra. 

primeiro jogo

Isso mudou bastante o jeito como a personagem era abordada, e deu todo um novo significado pra Lara Croft. Fiz até um artigo completo sobre o jogo, contando toda sua história e o quanto ele mudou a forma como Lara Croft se consolidava como Tomb Raider.

Depois deram continuidade a essa nova versão e criaram jogos não tão incríveis quanto o primeiro, sendo "Rise of the Tomb Raider" e depois o "Shadow of the Tomb Raider"

Segundo jogo

Nesses dois as histórias pareciam com menos criatividade e a pegada inovadora da sobrevivente vulnerável aprendendo a se defender, não tinha mais efeito algum.

terceiro jogo

Tudo que ficou marcado nessa nova versão da Lara foram duas coisas específicas: A Arma e Jonah. De resto a franquia só passou a repetir a fórmula da arqueóloga que lutava contra animais, zumbis, criaturas místicas e ruínas, e perdeu-se nisso uma vez mais.

Chegaram a fazer filmes da personagem, adaptando ela direto dos jogos, começando pelas duas pérolas interpretada por Angelina Jolie, em que se baseiam na antiga versão da personagem, e depois tentaram fazer uma adaptação da nova versão, recontando a história do jogo (só que sem respeitarem absolutamente nada dele), o que não deu certo.

No fim, a franquia voltou pra geladeira até que agora em 2024 pensaram que criar uma animação era uma boa ideia. Seguindo a recente onda cheia de altas e baixas em que criar séries e animações de jogos é um risco que pode compensar, a Netflix deu luz verde pra esse projeto, e bem... ele ficou esquisito.


A Animação

introdução de tomb raider

A animação conta uma história continuando a mesma Lara Croft lá de 2013, a sobrevivente se aprimorando e crescendo, porém ela enfrenta o luto pelas recentes perdas, não apenas de seu pai, mas do Roth, personagem este importante no jogo de 2013.

Em 8 episódios, ela enfrenta vários eventos, cada episódio contando uma história a parte porém, todas interligadas diretamente pelo evento principal: Um vilão que vai destruir o mundo usando 4 Joias apocalípticas.

vilão de tomb raider

Só que a cada parte ela também confronta memórias, e vai ajustando sua personalidade, amadurecendo aos poucos para enfim se tornar a "Tomb Raider". Em teoria, isso é incrível, ainda mais considerando a proposta de unificar as duas versões da Lara, tanto a antiga pistoleira quanto a atual sobrevivente, mostrando que ambas podem ser a mesma, apenas em fases diferentes da vida.

O problema é que a história em si não é uma das melhores, repleta de furos de roteiro e situações que extrapolam na suspensão da descrença. Mesmo tratando-se de uma animação, acabaram exagerando e nem falo dos dinossauros ou das entidades mitológicas que aparecem, e sim das coisas mais simples como continuidade ou consequências.


Algo que havia nos jogos, mesmo eles também viajando muito na criatividade, e que era o ponto mais forte de suas histórias. Lara não é uma super heroína, ela é uma pessoa normal, muito habilidosa sim, mas ainda com fraquezas físicas e emocionais, estando suscetível aos riscos como qualquer um.

Aqui ela soa como uma versão da mulher maravilha, poderosa, imponente, sábia e extremamente resistente, o que faz tudo ficar muito forçado, com no máximo ela choramingando por alguém que morreu já faz tempo.

Lara Croft no fogo

Por outro lado, quando se ignora os exageros, dá pra entender o objetivo, que é tão somente dar continuidade a transformação da Lara em Tomb Raider.

O problema é a instabilidade do projeto. Ele não sabe se vai ser cômico ou sério, não sabe se vai ter cenas de ação ou diálogos, e acaba perdendo o jeito conforme se estende. Sem contar que ele despende pro sobrenatural rápido de mais (sendo que geralmente nas histórias da Lara Croft, tudo fica cambaleando entre real e místico).

fantasma em tomb raider

As vezes faz rir, as vezes dá angústia, tem violência explícita, mas as vezes parece infantilizado, isso acaba confundindo muito o espectador, não mostrando exatamente o tom da obra.


O Luto Eterno de Lara

referencia do tomb raider original

Só que no fim das contas o propósito é apenas abordar esse luto da personagem, explicando o quanto ela sofreu em silêncio pelos traumas na ilha. Aquilo realmente marcou ela, e ignorando o segundo e o terceiro jogo, e tudo que eles mostraram em sua evolução, a animação apenas continua o primeiro jogo e essa crise emocional dela.

Nessa parte ele até que se sai bem, dando tanta ênfase nesses eventos que iniciaram a nova fase da personagem nos games, que faz sentido. Apenas demorou um pouco de mais pra acontecer.

quando o Roth morreu

Com mais de 10 anos de diferença entre as produções, isso passa uma ideia de que a personagem parou no tempo, e repito, ignora tudo o que ela aprendeu depois daquilo.

Fica parecendo que ela é só uma Croft mimada que não aceita perdas, e mais uma vez confunde o espectador, independente de conhecer a história do jogo de 2013, suas continuações, ou não. 


Personagens


Boa parte da trama se baseia muito nos personagens com os quais Lara convive, e o quanto eles significam pra ela. Entre culpa e responsabilidades, ela precisa aprender a valoriza-los e superar seus medos.

O primeiro e mais importante deles é o Jonah, seu parceiro de aventuras que está presente nos 3 jogos da nova fase. O cara é exatamente o mesmo aqui, só que prestes a se casar e intercalando entre os preparativos do casório e as aventuras com sua amiga.

Jonah em tomb raider

A moça com quem ele irá casar ele conheceu no terceiro jogo, o que mostra exatamente onde a história da animação se passa, logo após as três aventuras.

Jonah conhecendo a esposa

Só que ele precisa se provar amigo dela novamente, e tem de enfrentar uma Lara rude a princípio, isso sendo bem incômodo de assistir. Reforça ainda mais a ideia dela ser mimada (sem contar que no terceiro jogo isso já foi mostrado, já foi inclusive superado, mas esqueceram aqui).

Outro personagem importante é o navegador dela chamado Zip, que cuida da parte tecnológica e monitora seu progresso na história. Ele é um aliado e amigo próximo, no mesmo nível do Jonah, só que não participa de missões em campo, e não estava na Ilha.


Tem também uma antiga amiga de infância chamada Camilla com quem ela não tem contato, filha do falecido Roth, e que vive em Paris. Ela virou chefe da Interpol e Lara acaba reencontrando ela em meio a sua grande atual missão.


Fora esses personagens, alguns outros que estiveram na ilha são mencionados ou aparecem de relance, como a Reyes que culpa Lara pelos eventos de lá.


Ou Sam, com quem Lara não mantém contato depois de tudo que houve, mas ainda se importa por ela. Lembrando que todos eles ficaram presos numa ilha, vários morreram como o Roth, que se sacrificou para que Lara sobrevivesse, e no fim Sam era um tipo de divindade reencarnada que Lara liberta.


Como ela viaja pelo mundo todo na sua grande aventura aqui, é normal ela se esbarrar com muitos coadjuvantes diferentes, mas nenhum importa tanto quanto estes.

Aliás, ainda há o vilão da vez, um francês chamado Devereaux, que teve um passado similar ao de Lara, enfrentando sua própria seita maligna e mostrando como ela acabaria ficando, caso não tivesse amigos com quem contar.



Trindade e Luz


A história da Trindade é contada nos dois jogos após o 2013, mostrando como Lara destruiu eles em duas grandes aventuras, vingando seu pai. Era uma seita, responsável pela morte do pai da Lara, e contra a qual ele lutava, até ela por fim neles matando seus líderes.

Aqui eles são mencionados, pois a ideia era mostrar algo em comum com o vilão, onde ele também tinha um grupo que matou o pai, e o forçou na vida da arqueologia destrutiva. Em busca de vingança, ele quer acabar com todos eles, a chamada "Luz" (referência aos Illuminati), que seria mais antiga que a Trindade, e muito mais perigosa.


Formada por Templários sobreviventes, a Luz havia se organizado para tomar o mundo, matou várias pessoas e entre elas, estava o pai desse cara, que era um padre, sem grandes significados até então.

E ai a história fica toda bagunçada e sem muita efetividade. Um detalhe lindo do jogo era o quanto ele era profundo em seus contos e mitos, e como soava verídico (mesmo muito sendo ficção). Aqui, só jogam nomes antigos ao acaso e fatos inventados pra parecerem inteligentes, enquanto tudo é muito superficial.

Tudo gira em torno de 4 joias que simbolizam o equilíbrio do mundo, e por alguma razão nunca explicada, são a única forma, na cabeça do vilão, para se vingar da seita chamada Luz.


Na prática sim, as tais joias conferem tanto poder que o cara apenas vira um deus e pode mesmo se vingar de quem quiser facilmente, mas a roteirização é forçada, botando os personagens diretamente nos locais certos, de um mito enorme repleto de interpretações diversificadas pelo mundo, em culturas diferentes, mas que se concentram como se fossem um só.

Daria pra contar isso de forma crível, mas a animação é apressada de mais e não sabe ligar bem os pontos, pelo menos não de um jeito que a gente engole e aceita.


O Roteiro de Um Jogo


Tudo mais parece um jogo que não deu pra ser lançado como um jogo. O formato episódico quase antológico é bom pela parte histórica, mas não é bem feito no quesito ação. Cenas de lutas, perseguições, armadilhas, tudo que envolva algum tipo de atividade mais aventureira não é muito bem feito, sendo breve e rápido de mais, e sem muito cuidado em animar.

Faz parecer que a animação está ruim, quando na verdade ela se estrutura mais como se fosse um jogo interativo, com momentos dinâmicos que funcionariam muito bem nos games. Ainda tem a interação por recompensas que ela tem, que parecem forçadas e empurradas de qualquer jeito, só pra explicar como ela ganhou uma arma nova pra sua aventura.


Por exemplo, numa parte da história, Lara ganha de presente uma corda com gancho de uma garota em uma tribo, que ela passa a usar ao longo da história, mas que veio de um personagem qualquer em um momento qualquer. Em jogos a gente aceita pois é algo que ajuda a progredir, mas aqui não faz sentido, chega a ser risório.


Igualmente, ela usar Arco o tempo todo, ou um machado de escalada por serem referência aos equipamentos dela nos jogos, não faz sentido nessa história. Tudo se passa em vários dias, Lara tem muito mais recursos que antes, ela tem como se preparar e sabe o que tá buscando, mas se limita aos mesmos recursos limitados de quando esteve presa numa ilha.


Sei que são só referências ao jogo, pra honrar as características da heroína, mas entende onde quero chegar? A história faz sentido, mas o jeito como ela avança não, e isso dá falsas impressões de má qualidade.

Afinal, animação é uma coisa, jogo é outra bem diferente.


Resumindo a História

Pra ficar mais claro como tudo é, vou resumir toda a história, episódio por episódio.


Episódio 1


Aqui, Lara começa no passado, em sua última aventura com Roth, antes é claro dele morrer na Ilha. Nessa parte ela já aparece toda habilidosa no parcour, e astuta de mais, mas ainda muito inocente diante da morte alheia.


A mina toma uma mordida de Jacaré na canela, e sai ilesa disso! Eu fiquei descrente com o poder dela.


Enfim, eles roubam um artefato verde de uma tumba, enfrentam as pessoas que o protegiam, e pronto, a história vai pro presente 3 anos depois, com Lara traumatizada após a Ilha e já tendo vencido os caras da Trindade, mas ainda sofrendo pela morte de Roth (até mais que pela morte do pai dela).


Querendo se livrar dos fantasmas do passado ela dá uma festa pra doar tudo que seu pai saqueou, para outros ricos (ignorando inclusive algo que a animação vai contar mais pra frente), e no fim ela é roubada por um cara misterioso que conhece na festa.


Ele rouba justamente o artefato verde, que em todo esse tempo nem Lara nem Roth haviam aberto, e continha uma Joia controladora de Mentes. O cara abre, pega a Joia, e começa a sua missão de botar fim ao mundo.



Episódio 2


Lara quer recuperar o artefato roubado mesmo sem saber o que ele significava, e vai toda enfurecida pra uma região na floresta, após pesquisas revelarem que havia outra caixa, só que vermelha. Em todo esse tempo, ela nem tinha se interessado em pesquisar isso. Ela só vai pra lá pois seu amigo hacker descobre a direção pra onde o ladrão estava indo.


Mas chegando lá, ela esquece que tem bons modos, sai xingando todo mundo, até Jonah aparecer absolutamente do nada, tendo seguido ela sem ela nem perceber (o que é impossível dado a viagem que ela faz de barco). E ele conversa com o pessoal, descobrindo que eles estavam com um problema referente as crianças do vilarejo.


Todas as crianças, todas as 6 crianças que existem lá (e sim, só tinham seis), tinham sumido e Lara tinha que ajuda-los antes deles contarem pra ela como chegar num templo perdido. As crianças teriam sido levadas por um espírito raposa da floresta, que Lara tem que investigar, brava sem motivos com o Jonah.


É procurando pelo tal espírito que ela acha justamente o templo, e pra variar ainda encontra as crianças, a Caixa, e ainda acha um monstro místico formado por raposas fantasmas que no fim ela descobre ser um tipo de divindade, que lutou contra uma das joias no passado.


A Joia em questão, chamada Joia da Fúria, concedia força pra quem a usasse e havia sido selada ali, até alguém a roubar. E as crianças, tinham sido chamadas pela raposa para proteger a tumba... sem motivos.


Lara encontra só a caixa, e depois de salvar as crianças, e descobrir que o espírito da raposa era bonzinho, ela também reata amizade com Jonah.



Episódio 3


Quando estão indo embora do vilarejo, uma onda enorme os ataca, e Lara perde Jonah, acreditando que ele morreu e adicionando seu nome à lista de luto. Daí ela conhece o ladrão da joia verde, que pega a caixa vermelha dela, enquanto ela foge.


Ela conta o que houve com Jonah pro Zip, e ele vira seu novo aliado de campo, seguindo ela até uma instalação governamental secreta que Lara conhece. Nessa grande organização, coisas saqueadas são doadas para serem restauradas e posteriormente passadas pra museus, e é como um centro para que ela entregue artefatos que encontra. Isso é ignorado por ela no primeiro episódio... mas agora ela lembrou.


Nesse lugar ela conhece o conto das 4 Joias, e como elas poderiam aniquilar o equilíbrio do mundo caso fossem reunidas. E agora que Lara tinha um objetivo mais firmado para encontra-las, antes do grande vilão.


Posteriormente Lara e seu amigo hacker descobrem que quem roubou a Joia Vermelha nem foi o cara ladrão que a perseguia, mas sim uma família antiga e amaldiçoada, conhecida por crimes e assassinatos ao longo das gerações, com o incidente mais recente sendo o de um cara que deu a joia da família pra esposa, que o assassinou. A esposa virou uma chefona do crime, com o poder da joia vermelha e muita raiva acumulada, e Lara tem que invadir a mansão dela e roubar a joia.


Enquanto vai pra mais essa missão em outra região, ela chega a se reencontrar o ladrão de antes, que explica um pouco quem ele é, falando da Luz. Mas ela se recusa a trabalhar com ele e declara que vai impedi-lo, recuperando a Caixa Vermelha depois de brigar com ele.


No processo ela pega a Joia em suas mãos, e tem um vislumbre do poder amaldiçoado, virando uma assassina e matando geral com sangue nos olhos. 


Só que no fim ela se livra da maldição, e livra a chefona do crime também, selando ela na caixa vermelha.


Só que não adianta, o vilão francês aparece, pega a Joia Vermelha e a Verde e as combina, ganhando assim dois poderes de uma vez só e partindo pra próxima.



Episódio 4


Lara vai pra Paris e invade a casa da Camilla, pra roubar informações dela sobre quem era o ladrão das Joias, tentando também descobrir quais suas intenções com elas. Considerando que ela da Interpol, essa é a ideia de Lara para conseguir saber mais sobre ele, mas ela é pega no flagra pela antiga amiga.


Elas conversam um pouco e no fim Lara consegue a ajuda dela, indo ambas para uma antiga igreja, onde o pai do cara tinha morrido. Lá descobrem uma masmorra secreta onde havia uma toxina alucinógena que faz Lara reviver suas memórias de infância, apenas relacionadas a Camilla.


No fim elas enfrentam monstros gárgulas personificados pela alucinação... 


Que eram só membros da Luz protegendo a masmorra, e encontram também a dica de onde a terceira Joia estaria, a Joia da Traição, que foi inclusive a causa da fundação da Luz.


A Joia corrompeu os Templários e os fizeram se voltar contra deus, e eles criaram essa organização pra espalhar a morte, desordem e caos em nome de Bafomé. 


Daí Lara deduz que o cara vai atrás da Joia que estava no deserto, e antes de partir, ela se acerta com sua velha amiga, descobrindo que ela nunca a abandonou e ambas voltam a ser amigonas.


Enquanto isso, Jonah tava vivo, manipulado mentalmente no deserto pelo Devereaux.



Episódio 5


Indo pro deserto, Lara pede ajuda pra um amigo de Jonah, que lhe dá uma carona de avião e ainda dá uma moto pra ela. Ela pula de paraquedas em direção ao lugar onde supostamente o vilão estaria, só que é tarde de mais.


Ele já tinha pego a terceira Joia e unido ela as demais, e agora ele tinha ido em direção a próxima. 


Ainda assim, Lara tenta enfrentar ele diretamente, encontrando ele rapidamente e ainda achando Jonah vivo, só que como um zumbi mental, contra quem ela é forçada a lutar.


Ela luta tanto contra Jonah quanto contra o ladrão num trem, e apesar de quase conseguir tirar as Joias dele, que estavam se reconfigurando em um cajado, ela desiste disso pra se jogar o trem em movimento com Jonah, e salva-lo. 


Eles nem se machucam, mas ficam bem felizes por estarem juntos novamente.


Daí eles se reúnem em uma das mansões da Lara com o Zip, e tentam descobrir onde estaria a última Joia pra deter o vilão.


Enquanto isso, a Interpol identifica uma mobilização da Seita Luz, e começam a monitora-los, com Camilla chefiando tudo.



Episódio 6


Lara e Jonah vão para o local que descobrem ser o próximo ponto onde a Joia estaria, de uma lenda chinesa antiga, mas tudo foi transformado em um parque temático.


Lara volta a ficar revoltada sem razão, tratando Jonah mal, e não gosta do parquinho, explorando ele como se fosse uma masmorra sendo que há vários turistas por lá.


No fim, eles descobrem que aquele não era o lugar certo ,e depois de decifrar um enigma antigo num panfleto, eles chegam até aas ruinas verdadeiras, e decifram outro enigma com estátuas, pra abrir um portal mágico.


Que teletransporta eles pro outro lado do mundo, onde o vilão já estava quase pegando a última Joia, a Joia Negra da Ganancia. 


Lara tenta impedir mas toma uma surra, e é deixada pra morrer pelo vilão, que segue com as 4 Joias pra se vingar da Luz.


Aliás, Lara toma um tiro de raspão no braço e sofre mais do que a mordida de jacaré.




Episódio 7


Desacordada, Lara tem um sonho onde é visitada pela deusa raposa que conheceu e ajudou no segundo episódio, e ai ela ganha um conselho: Para de frescura.


Ela aprende a parar de birra, acorda e começa a tratar Jonah bem, finalmente. Eles haviam tomado uma surra do vilão mas tinham sido resgatados por locais, e tratados.


Ai eles já vão direto pra onde o vilão está, viajando de barco uma vez mais e sem perder tempo (a animação já taca as informações pra eles e pronto).


Lá, lutam contra alguns agentes da Interpol mas, sem mata-los, pois é só pra fazer a Camilla se unir a eles, antes do chefão final. Ela começa a seguir as ordens da Lara e toda sua equipe junto, afinal Lara tem uma patente maior que a dela, é uma Croft.


Depois disso, Lara se arrisca num afogamento, vestindo uma roupa de mergulho do nada, e abrindo uma porta mágica pra eles, onde estava do outro lado o Devereaux, executando os membros da seita um por um, manipulando eles com joia verde, e fazendo eles se matarem enquanto ele discursava.


Só que eles entram e atrapalham tudo, os agentes tentam fazer alguma coisa mas vira tudo uma bagunça, pois a Joia Negra permite que o cara manipule a mente das pessoas sem precisar toca-las, forçando elas a se voltarem umas com as outras.


Isso é ignorado quando se trata da Lara, que por pura conveniência de roteiro nem é cogitada como cobaia das Joias. 


Eles saem na porrada, mas no fim o cara se converte num monstro gigante.


Ai ela e a amiga lutam contra a grande besta, descobrindo que ao acertar partes onde as joias ficavam e quebra-las, elas voltavam ao formato original e enfraqueciam o monstro. 


Coisa de jogo.


Depois ainda tem um breve momento em que o cara apela com a joia vermelha, e faz Lara ficar brava com a amiga, sendo que isso nem era o efeito da joia (ela só faz a pessoa se irritar), e no fim ela supera o poder da Joia pois alcançou o equilíbrio mental...


Ai elas derrotam o Devereaux, tiram todas as joias dele, colocam elas em caixas criadas pelo hacker, e pronto, tudo resolvido. 


Ainda por cima dão lição de moral no cara, que aprende o poder da amizade, chora ao ver uma foto do pai dele, e vai preso pela Interpol. 



Episódio 8


O último episódio é pra completar a jornada das Joias, já que o mundo estava sendo destruído pelo desequilíbrio provocado por elas, mesmo elas tendo sido recuperadas e seladas. Nessa parte Lara ganha suas duas pistolas dos jogos clássicos, ficando mais parecida com a Lara Croft original.


Ela precisava levar as Joias pra um templo secreto que ninguém nunca esteve, mas ela descobre num piscar de olhos, e ainda por cima ela leva o Jonah, sendo que sem ele seria impossível devolver as Joias. O lugar é cheio de dinossauros e coisas que já foram extintas, em referência aos jogos clássicos, onde Lara enfrentava mundos perdidos.


O templo é um grande enigma astral, com algumas partes precisando de duas pessoas. A primeira parte é um mergulho da fé num lugar mortal, que Lara pula sem medo algum.


Depois é uma ponte com armadilhas, que Lara dita o caminho presa pelo pulso, enquanto Jonah anda.


Então tem um enigma de luzes, em que Lara e Jonah movem várias estátuas que refletem uma luz, pra abrir um portão. 


Jonah fica pra traz enfrentando um urso, e Lara vai pra um plano astral no meio do espaço.


Ela chega até a deusa, após andar por um chão invisível.


E entrega as Joias pra deusa que se personifica, restaurando o mundo ao normal.


Só que ainda não acaba ai, ela precisa sair do templo que desaba, e ai encontra Jonah, pra em seguida ambos enfrentarem um Tiranossauro Rex pós descobertas modernas (agora representado com penas).


E depois disso sim, tudo acaba, com Lara voltando pra sua mansão e doando o resto das coisas do seu pai e Roth, não para a agência secreta que restaura coisas, mas diretamente pros museus. 


E no fim, ela vai no casamento do Jonah.


Mas, no meio do casamento ela recebe uma chamada da Sam, que desliga antes de responder, e Lara sai preocupada, se despedindo do amigo e indo investigar no apartamento da Sam.


Ela encontra tudo revirado e um dossiê como se ela investigasse algo todo esse tempo, mas não encontra amiga, ai Lara faz cara de quem vai embarcar numa nova aventura.


Fim

Continuação?


Se será num jogo ou numa continuação da animação, isso não se sabe, nem tem os clássicos dizeres "to be contied" no final, sugerindo uma segunda temporada.

Acredito que é bem difícil que isso aconteça, pois no geral a animação não é tão boa... mas nunca se sabe. Ela também não é tão ruim...

Gostaria muito que um novo Tomb Raider no formato de jogo surgisse, mesmo não tendo gostado dos dois que sucederam o de 2013, mas também acho isso bem difícil visto que a Crystal Dynamics está meio parada ultimamente.

Em todo caso nos basta apenas aguardar, só não sei se a história do paradeiro da Sam seja tão interessante assim. Tudo sempre gira em torno dela ou do que aconteceu na ilha, ta chato já.

Enfim, é isso que eu queria falar...

See yah

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8 Comentários

  1. É loucura pensar que tomb rider nasceu apenas para os desenvolvedores terem uma desculpa para esculpir seios da forma mais melimétrica possivel com a capacidade da época e depois criaram videogames mais potentes para melhorar a tal qualidade desses seios (não me venha dizer que era porque a industria precisava de jogos maiores e mais rentáveis para atingir um maior publico e bla bla bla, é tudo sobre os seios da Lara Croft e ponto final).


    Brincadeiras a parte, a animação em si não é ruim...o problema é que Tomb Rider nunca foi um jogo sobre enredo bem estruturado e milaborante ne...então é meio que se de esperar

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    1. Os criadores da Lara Croft vendo a 2B do Nier Automata e pensando "Esse era nosso objetivo, falhamos".

      Apesar de concordar que nunca houve lá um enredo tão profundo nos jogos da Lara, o primeiro de 2013 quebrava a regra, e era um baita game de sobrevivencia física e psicológica. Além disso, o fundo histórico usado nele era bem convincente... mas pena que ficou tudo restrito a ele.

      Nunca superarei o Tomb Raider mexicano, aquilo foi lindo de mais, e ao mesmo tempo tão decepcionante...

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    2. Meu Deus você abriu um buraco na minha cabeça agora...eu esqueci total de Nier automata...eu...lembro de algo...

      Escadas...

      A nostalgia, não pelo game, mas por ter lido esse texto a uns 2 anos atrás e pensado ''caralho é o puro suco do humor isso aqui'' e agora lembrar disso me faz rir...
      A vida é muito boa pra ser uma só

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    3. Headshot!

      Tempos de inspiração huahua. Gosto quando o texto fica na memória... ai ai.

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    4. Sr!!!! venho com recomendações...fortissimas!

      Certo acho que não precisava estar no plural, mas como o senhor sabe, eu ando vendo muitas animações da DC (aproveitando os beneficios da HBO) e bom, todas são muito boas...mas teve uma unica animação, que na verdade é um curta, que me fez mudar a percepção da vida (literalmente)

      Ele se chama ''Morte'' e é um curta no meio de outros 5 curtas que estão aglomerados em um filme chamado Batman morte em familia, não sei o porque tem o batman no nome sendo que ele só aparece uma vez, mas enfim, todos esses curtas tem um tema em comum: Morte

      Mas o ultimo é...algo especial, eu diria que todos esses curtas são muito bem escritos e originais (afinal são sobre personagens um pouco menos conhecidos) mas de qualquer forma, é literalmente muito curto, tem 20 minutos eu acho, mas vale muito a pena!

      Seria uma ótima análise caso você fosse fazer (e acho que combina bastante com o blog...afinal...MORTE)

      É isso, see yah!

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    5. Verei, na verdade queria ver essa animação a um tempo, e ultimamente to bem empolgado com a DC.

      Aliás, fiz o texto sobre Pinguim, e simplesmente me apaixonei pela série.

      Sr Wilson, engraçado recomendar algo por esse motivo em particular, pois tenho planos pra ele. Obrigado mesmo pela dica.

      Assistirei em breve e publicarei, espero conseguir reencontrar minha alma...

      See soon my friend.

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    6. Assisti o primeiro EP de pinguim e apesar de não gostar tanto do personagem, a série em si é uma produção fantástica, inegavelmente uma das melhores coisas produzidas recentemente.

      Reencontrar uma alma...engraçado...se parar pra pensar...o protagonista até parece um pouco com você...comigo...com todo mundo, em partes...


      Assista!

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    7. E eu ansioso pelo próximo sr Wilson.

      Pior que eu realmente peguei gosto pelo personagem só pela série... antes disso tinha mó preconceito.

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Obrigado de mais por comentar, isso me estimula a continuar.

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