AnáliseMorte: Hi-Fi Rush - Música e Hack & Slash!

Apesar da ideia até lembrar, de relance, um Brutal Legends da vida, o resultado de Hi-Fi Rush foi bem original: Um Hack and Slash Rítmico. Tu golpeia em sincronia com a música, e mistura pancadaria frenética e combos com acordes de guitarra e bateria.


Só que não é apenas isso que o faz ser bem interessante, pois seu visual em Cell Shading, dá um ar quadrinesco pro game. Além disso, ele conta com dublagem em múltiplos idiomas (incluindo Português Brasileiro) e é pra lá de engraçado.

Bem, a pedidos do sr Orelha, hoje falarei de Hi-Fi Rush!

Boa leitura.

A Bethesda junto da Tango Gameworks lançaram este jogo no início de 2023, e só pude joga-lo agora, mas valeu muito a pena.

Este é um jogo bem divertido, e tecnicamente curto. O mais legal dele é que ele tem um timing tão bem calculado, quase como o compasso de uma boa música. Ele se divide em 12 "episódios" por assim dizer, e cada um leva em média 1 hora pra ser concluído. Achei isso o máximo, pois geralmente jogos não tem tanto trabalho assim pra ditar um tempo, e quando o fazem colocam um reloginho cronometrando. Aqui, não tem relógio, mas o jogo tem plena consciência do tempo que leva pra ser finalizado.


Tanto que há citações dos personagens, que sempre batiam em cheio com o tempo que levei pra concluir. Eram falas e piadas relacionadas ao tempo que, só me fizeram impressionar. E o mais louco, é que quando eu re-joguei tudo (pois não me dei por satisfeito em apenas 1 jogatina) o tempo foi praticamente o mesmo, isso mudando de dificuldade e tendo bem mais habilidades que o normal, além de explorar coisas e lugares diferentes.


Joguei mais de uma vez pois ele tem um sistema de "Modo Streaming" que retira as músicas com direitos autorais, para que os vídeos do pessoal que transmite ao vivo não sejam censurados. Então joguei nesse modo (justamente pra transmitir e gravar pra depois pegar as imagens), e depois fiquei curioso pra ver as músicas originais, retomando a partida do início, mas agora com elas.


Só que o fator replay é também excelente, e surgem várias coisas novas para se buscar. Como eu não criei um "Novo Jogo", mesmo passando pelas mesmas fases, com algumas poucas cutscenes cortadas, acaba que o jogo se torna ainda mais divertido numa segunda rodada... e eu curti isso!

Ainda por cima o jogo é totalmente dublado, e as vozes e atuações são absolutamente incríveis! Até o Guilherme Briggs emprestou a vós ao jogo, e apesar de não ser um personagem principal, é bem legal ouvi-lo.


Bem, ele tem um visual muito legal, e parece um grande desenho animado, com onomatopeias por toda parte, e muita expressividade nos personagens, além de uma mescla precisa com as trilha sonora, que torna tudo bem vivo e animado. Tudo que o personagem faz cria música!

A história também não deixa a desejar, e apesar de não ser nada tão surreal, é satisfatória e suficiente pra compensar a jogada.


Apesar disso, é um título quase que linear, com combates rápidos e bagunçados. É fácil se confundir, ainda mais com a proposta de ser tudo dentro do ritmo da música, o que as vezes funciona, e as vezes não.

Mesmo com esse pequeno problema, até isso é divertido, pois nos sentimos dançando com o jogo (e eu danço mal), isso quando os movimentos funcionam do jeito que queremos. O bom é que dependendo da dificuldade que escolhemos, fica mais fácil encaixar os golpes na música, mas perde-se também aquela fluidez de quando estamos "tocando o som".


É parecido com Guitar Hero, pois quando jogamos no modo fácil, as notas são mais lentas e fáceis, e até curtimos, mas é só o básico. Sentimos como se estivéssemos tocando uma guitarra mesmo quando jogamos no Hard ou Expert, pois as notas ficam sincronizadas com nossos dedos. É basicamente assim que funciona a mecânica deste jogo, mas aqui, ao invés de teclarmos botões de notas musicais, nós sentamos guitarradas na fuça dos robôs tudo, igual uma verdadeira Estrela do Rock & Roll!


Como o Jogo Funciona


O personagem tem os movimentos padrões de jogos de aventura e plataforma, podendo andar, pular, e atacar com golpe fraco e forte. Ele não muda de arma, sempre usando a mesma Guitarra de Sucata.


Mais pra frente explicarei de onde vem os poderes dele, mas resumidamente, o braço dele é capaz de manipular o lixo metálico, através de magnetismo. Com esse mesmo braço ele também pode se ligar a alguns pontos flutuantes, ou inimigos, avançando rapidamente até eles, ou se pendurando.


Há muita dinâmica ao longo do jogo, e sempre tem algo diferente pra se fazer, com os movimentos comuns. Há situações em que é preciso pular no ritmo pra chegar em plataformas altas...


Ou esquivar de objetos em trilhos enquanto pendurado, pra alcançar algum local distante.


Tem inimigos em que a grande luta se resume a Defender ou Esquivar no tempo certo da música, e por ai vai.


O personagem também tem essa capacidade de defesa ou esquiva, pra poder escapar dos ataques alheios, mas o difícil é que tudo tem de ser feito dentro do ritmo.

Não basta atacar em sequência, alternando entre ataque fraco e forte, é preciso fazer isso seguindo as batidas da trilha sonora. É complicado no início, mas conforme jogamos vai se tornando bem intuitivo e até automático.


Perdemos aquele hábito de martelar o controle ou teclado pra atacar rápido, e aprendemos a contar os golpes: "Um, dois, um, dois, pausa, pulo, um, dois, três, aliado!" Pensamentos assim tomam nossa mente toda hora.

Ainda por cima há uma infinidade de combinações a se fazer, e acertar golpes e sequências é o que determina a força dos golpes e sua eficiência, além de pontuar como combo, de D até S (como todo Hack & Slash).


Sistema de Aliados


Algo que torna tudo mais agitado e variado, porém também bem mais complexo, são os aliados, que podem ser convocados a qualquer momento, dependendo de alguns poucos critérios.


O protagonista trabalha em grupo, nunca sozinho, e conforme o jogo avança seu grupo aumenta bastante. Daí, dá pra convocar os 3 de seus aliados pra ajudar em campo de batalha, ou durante a exploração dos cenários, com o simples apertar de um botão.

Cada aliados faz algo único, e eles teletransportam imediatamente para o lado do protagonista, atirando ou atacando conforme ele comandar, e indo embora logo em seguida.


Fora de batalha, suas funções se resumem a interagir com o cenário de algum jeito, seja rompendo uma parede ou acionando um interruptor distante.

Mas em batalha, eles podem ser chamados pra ajudar a lutar, atacando ou defendendo, quebrando a defesa alheia ou apenas atordoando os inimigos.


Esse sistema de invocação de aliados me lembrou muito "Zelda - Tears of the Kingdom", só que aqui tudo funciona bem melhor que lá. Ironicamente, enquanto lá os personagens eram "projeções astrais" de gente que não podia ir ao lado do herói na aventura...


Aqui são as pessoas mesmo, teletransportando pra ajuda-lo, quando na verdade poderia ser o total oposto em ambos os casos, e tudo seria bem melhor. Se em Zelda o herói fosse acompanhado dos aliados fisicamente, tudo seria bem mais legal, enquanto em Hi-Fi Rush, tê-los ali pessoalmente compromete a narrativa um pouco, e seria bem mais legal e interessante se fossem projeções astrais que atacam. 


Falarei melhor disso e sobre cada habilidade ao falar dos personagens, pois fará muito mais sentido assim.

Mas, não dá pra pular a explicação das Habilidades do Protagonista, pois é algo ligeiramente complicado, mas ao mesmo tempo simples.


Habilidades


O protagonista tem uma árvore de habilidades, que define seus golpes e combos, e pode ser aumentada com a moeda do próprio jogo (sucata pura).


Ele também pode melhorar os movimentos dos aliados, liberando ataques combinados (se apertar o botão de invocação junto com a finalização do combo, eles aparecem) e contra-ataques (convoca-los instantes depois de fazer uma Esquiva ou Defesa no tempo certo).

Coisas assim são legais mas na prática, é complicadíssimo de fazer. São muitos inimigos vindo de todos os lados, e não da pra simplesmente reagir a todos eles, ainda prestando atenção à sincronia sonora! Dá até dá, mas dá um nó no cérebro.


As vezes vale mais a pena ficar nos passos conhecidos, então é normal apenas repetir o mesmo combo toda hora. Claro que, conforme fui pegando o jeito, fui aprendendo formas mais legais de "dançar".

Também existe a Finalização que pode ser usada no fim de cada combo, quando o gatinho da música mostra o círculo do especial. Basicamente, depois de 3 golpes certos, um círculo de finalização aparece e, quando ele fica na marca certinha, se atacarmos um especial é feito, finalizando e dando muito dano.


Ainda há o Especial, que pode ser usado quando a barra de Energético fica completa, fazendo com que o protagonista estoure e faça um movimento forte único. Esse movimento é definido com base no Chip que ele tem instalado no braço.


O sistema de Chips também funciona como uma Árvore de Habilidades, mas é mais limitado. Compramos o que queremos e podemos instalar nos slots que possuímos, mas tem os Chips de Aliados e Efeitos, e os Chips de Especiais.


Os de aliados melhoram seus ataques ou o tempo de retorno deles (pois em batalha há um tempo de recarga ao convoca-los, bem curtinho mas tem) e ainda há uns extras (e pegadinhas) pra melhorar o protagonista.

Já os Especiais são encaixados em outra parte do braço, mas só determinam qual o Especial que será usado. Tudo pode ser pre-visualizado e tem uma descrição dos efeitos então, basta ler ou assistir pra entender o que fazem.


Toda essa personalização é opcional, mas melhora em muito a jogabilidade, só que pra tudo isso é preciso ter dinheiro.


A Moeda do Jogo e Colecionáveis


O bom é que o dinheiro é só sucata. Como o protagonista é um gari, tudo que ele mais encontra é sucata e isso só o enriquece.


Também há alguns colecionáveis pra pegar, como Imagens Grafitadas escondidas pelos cenários...


Ou Itens de Melhora pra Vida e Energia, que ficam fragmentados e também escondidos pelos mapas.


Ainda há os Chips "Virgens" que são pré-requisitos pra comprar chips de aliados ou melhorias novas, junto da sucata (ou seja, eles reciclam tudo), e são outro elemento pra se buscar.


E tem um monte de side-quests bem pequenas e breves, relacionadas aos robôs dos lugares visitados, que premiam com itens ou dinheiro. São coisas como "Atire nos Pombos", e são bem rápidas mas totalmente opcionais pra se fazer.

Não falta coisa pra se fazer, com toda hora surgindo um desafio novo e alguma coisa divertida, e olha que ainda há vários lugares selados que só ficam disponibilizados em uma segunda jogada.


Isso pois algumas portas se abrem só com a ajuda de determinados aliados, mas estes não aparecem na fase em questão. Então voltar nela é necessário, mas só é possível depois de concluir o jogo pela primeira vez.

Ainda tem portas secretas que só abrem depois do jogo ser concluído, e elas dão desafios de combate. É legal procura-las, mas também aparecem vários desafios de combate na Sala Principal do jogo.


A Sala Principal é onde todos se reúnem. Pode mudar o local dependendo do Estágio, mas o ponto principal é o Esconderijo da turma. Nele dá pra ver os colecionáveis, desafios feitos, falar com os aliados, abrir a loja e claro, fazer todo o resto.

Depois de concluir o jogo aparecem um monte de coisas extras, como desafios de combate, desafios de batalha, desafios de luta, desafios de pancadaria, desafios de... é... aparecem várias formas diferentes de Hack & Slash. 


Desinteressante ao meu ver, e até repetitivo, pois da mesma forma que aparecem vários desafios na Sala Principal, também tem as Portas pra procurar nos mapas, e mais um monte de colecionáveis que não dão nada depois de pegos, só dinheiro e mais dinheiro (que uma hora acaba se tornando inútil, pois compramos tudo!).

Claro que pra quem gosta de cumprir missões e ganhar Troféus, tudo isso é bem interessante e só expande mais a jogatina.


Mas nem todo colecionável é coletável. Existe um Easter Egg da Tango Gameworks que parece não dar nada em troca de ser achado, só é bem curioso. São pequenos caramujos (o mascote da empresa) escondidos em cantos.


Alguns poucos fazem algo diferente, como o que faz referência ao The Evil Within (outro jogo da mesma empresa, que aliás é excelente), entrando em um espelho. Toca até a música característica do outro jogo na hora. Mas, a maioria deles só fica lá parado de boa, sem recompensa alguma envolvida. Contudo, sempre estão onde há algum item escondido, então pode-se dizer que eles são achados como um tipo de bônus.


Personagens


Chai


O protagonista da história, é um autointitulado "Estrela" que foi convidado para o "Projeto Armstrong", pra receber uma prótese tecnológica avançada para seu braço. Só que as condições pra isso é se empregar como Coletor de Lixo, então tecnicamente, ele é um lixeiro high-tec. 


Mas, Chai passa por um problema de fábrica e se converte em um "Defeito". Durante sua conversão e instalação da prótese, seu radinho de fones caiu em seu peito e foi assimilado, fazendo dele um hibrido de ser humano, máquina e aparelho musical.


Ele tenta fugir da fábrica, e é ai que toda nossa história se passa. Chai é só um erro de fabricação ocasional, que aprende verdadeiros poderes com seus defeitos, e sai destruindo tudo pra escapar das garras de seus criadores e empregadores, que só queriam demiti-lo... ou na melhor das hipóteses aniquila-lo.


Bem humorado, viciado em fingir que toca guitarra, Chai consegue manipular sucata com magnetismo, benefício este adquirido como um kit com seu braço metálico. Assim, ele cria guitarras com seu imaginário, e sai espancando tudo ao som das pancadas, e ouvindo a música do mundo.


Por causa de seu rádio no peito, tudo passou a soar sincronizado pra ele, e ele é forçado a caminhar nas batidas que escuta. 

Ele também tem uma imaginação fértil e além de enxergar cores e palavras onde não há (as onomatopeias são tudo coisa da cabeça dele) as vezes ele ainda viaja mentalmente e cai em um mundo criado só pra si, onde fica sonhando acordado (enquanto treina).


O bom é que ele não tá sozinho, e aos poucos conhece pessoas que o ajudam não só a fugir, mas achar um lugar no mundo para si, e para sua habilidade defeituosa.


808


Apesar de não ser o primeiro aliado que Chai obtém, este é o primeiro de real importância, e é uma gatinha robô que ele sem querer salva.


Ela fala, ela pode andar com a duas patas, pode mudar de forma ficando mais compacta e voando, e ela sabe até como lutar se preciso, mas ela é uma "mente compartilhada" com sua criadora.

É que 808 (uma piada com "Error 404 vezes 2", eu acho, pois é um "erro duplicado") é controlada parcialmente à distância, por Peppermint, sua criadora. A moça consegue dizer onde ela deve ir, e pode até mesmo falar através dela (a gatinha fala como se fosse ela), mas 808 tem vida própria e livre arbítrio para agir como bem entender.


Ela é usada como uma espiã pra investigar a empresa "Vandelay", aquela que criou vários projetos tecnológicos, como o Armstrong, e por ser pequena e versátil, quase não passa percebida. 

Infelizmente alguns robôs seguranças a percebem e tentam captura-la, sendo ai onde Chai entra. Eles só vão atrás dela pois estavam atrás dele, o "Defeito", então sem querer querendo o garoto botou a gatinha na jogada.

Mas ele a salva, ainda recebe ajuda dela e sua mestra, e pra variar ele acidentalmente sincroniza ela ao seu radinho. Isso faz com que a Gata crie um vínculo poderoso com Chai, se tornando sua nova mascote, contra a vontade ou controle de Peppermint. É o acaso agindo novamente.


808 oferece poderes melhorados de sincronia para Chai (os especiais), e ainda serve de "portal" para seus outros aliados. Isso pois além de tudo que ela é e tem, ela ainda pode teletransportar pessoas para sua localização.

Essa função de teletransporte é "complicada de mais pra explicar" mas nem é bem um recurso narrativo constante. As vezes isso faz parte da história, as vezes não, mas sua principal função é permitir que Chai convoque seus amigos para lutar ao seu lado, sem que eles entrem em risco real.


Nessa parte eu acho que faria sentido botar eles como projeções (já que 808 também é capaz de fazer isso se quiser, sendo um de seus especiais copiar Chai pra distrair os inimigos), e combinaria muito mais com a trama tecnológica.

Bem, 808 é uma das poucas personagens que apesar de não poder ser invocada pra ajudar (ela meio que já está ao lado de Chai o tempo todo) acaba se tornando 100% controlável no final do jogo.


Ela tem de lutar contra o chefe final, e seus movimentos limitam-se a andar, pular e arranhar de perto, mas é algo bem legal de fazer.


Peppermint


Uma garota inteligente, bonita e habilidosa, que vem investigando a empresa Vandelay com seus interesses particulares. Ela tem uma prótese mecânica na perna, mas que não faz parte do projeto Armstrong.


Através de 808 ela ouvia e via tudo na empresa, por isso estava ciente de um plano macabro que eles projetaram, e queria investigar mais a fundo. Ela também tinha informantes infiltrados, coletando ainda mais dados para poder trabalhar.

Sua obsessão com a Vandelay não é dita no começo, sendo um dos grandes plottwists do jogo: Ela era uma Vandelay. É que a empresa era da sua família, e ela era uma herdeira rebelde que se recusava a trabalhar com eles, até que notou que eles estavam agindo muito diferente do normal.


O "Projeto Armstrong" era uma fachada para instalar próteses no máximo de pessoas possível, como melhoras físicas (até quem nem tinha necessidade de mecanizar uma parte do corpo, poderia fazê-lo e ainda seria empregado por isso). Quase nem faz sentido tamanho investimento já que a empresa é totalmente automatizada (só há robôs trabalhando) o que só reforça as suspeitas.


Mas a ideia por trás da tecnologia era manipular seus usuários com o SPECTRA, só que isso tudo é coisa de mais. No começo tudo que ela quer é botar Chai pra fazer o trabalho sujo, coletar senhas dos 6 chefes da empresa, e deter o projeto SPECTRA.


Curiosamente, Chai é o único que é tecnicamente vulnerável ao SPECTRA, pois sua tecnologia faz parte do mesmo programa. Ainda assim ele aceita a aliança (um pouco forçado) e faz um verdadeiro show dentro da empresa.

Isso enquanto Peppermint fica no esconderijo, monitorando tudo como sua navegadora, e as vezes se teletransportando pra emprestar suas habilidades.


Ela é uma atiradora incrível, e quando entra em ação pode acertar objetos à distância com suas pistolas e até bazucas de energia.


Ela também consegue destruir escudos de energia atirando na mesma frequência, e o faz tanto em batalha quanto fora dela (podendo abrir caminho pra Chai). Quando invocada ela não tem vida pra perder, mas também não permanece em campo por muito tempo.


Mas, dependendo das habilidades liberadas com chips de melhora, ela pode ficar um pouco mais de tempo na luta, atirando em inimigos. E também pode atacar em sincronia com Chai, defendendo ele em seus contra-ataques.


As vezes ela vai pessoalmente pra luta, com seus demais aliados, mas isso só ocorre por cutscenes, e geralmente o único que continua avançando é Chai.


A tecnologia de teletransporte, a 808, e suas armas, são tudo coisas que ela mesma fez. 


Macaron


Outro aliado, Macaron é um funcionário da Vandelay que descobriu os planos macabros da empresa e decidiu informar Peppermint. Mesmo sem saber a relação de Pepper com a família da empresa, ele viu nela uma forma de impedi-los.


Um antigo empregado, um dos poucos humanos de lá, Macaron é inteligente e tem dois braços protéticos que ele mesmo construiu, que melhoram sua força física, mas em contrapartida ele é bem tímido e medroso, não curtindo luta física.

Assim como Pepper, ele é um cientista, inclusive assume a função de venda de chips e atualizações para Chai quando entra pro grupo. Ele também foi quem desenvolveu pra si mesmo as melhorias, e ainda construiu vários robôs que trabalham na Vandelay.


Macaron também é o grande informante de Pepper, que hackeou os computadores da empresa e descobriu a verdade sobre o programa SPECTRA. Mas sozinho ele não conseguia dar cabo a eles, por isso buscou aliados, como Pepper e por pura sorte, Chai.

Ele usa seus braços pra arrebentar paredes reforçadas da Vandelay, e um escudo de energia que nem Pepper consegue romper. Por isso ele acaba entrando em campo de batalha pra bater e sair, sem lutar muito.


Ele também pode realizar combos em parceria com Chai, e abrir caminho durante as fases.


CNMN


Lê-se "Sinamon", este é um dos robôs que Macaron construiu, mas ele é muito mais que só um robô, ele é um Robô Psicólogo, que apesar de não ter expressões, as desenha com um canetão para indicar o que sente, e buscar mais proximidade com seus pacientes.


Ele gosta de roupas, apesar de não se vestir, e abre uma "loja de visuais" depois que concluímos o jogo. Isso nem importa muito mas, achei legal citar.

CNMN acaba não sendo um personagem convocável em campo, e ajuda mais conversando e aconselhando, apesar de também não ser um "tutorial". Ele é só aquele robô secundário que anda com Macaron e tenta ajudar de alguma forma.


Isso ganha destaque no fim do jogo, quando ele se torna controlável brevemente, sendo um dos poucos personagens que controlamos diretamente, além de Chai. 


Mas suas habilidades se resumem a andar, pular e interagir... é bem simples e ele ainda anda devagar. Mas, ele fica felizão pois pode finalmente ajudar.


Korsica


Essa é a última aliada, mas ela também é um inimigo, pois é uma das diretoras/chefe da Vandelay, a "Chefe da Segurança". Korsica acaba se tornando uma aliada após descobrir a verdade sobre a empresa.


Ela é jovem, mas muito habilidosa e estratégica, por isso foi admitida como uma chefe. Por ser muito correta e eficiente, ela acaba não tendo todo acesso que deveria ter aos documentos da empresa, mesmo cuidando da segurança do local. 


Isso faz ela suspeitar e investigar por conta própria após as acusações de Chai e seus amigos.

No fim, apesar dela ser uma chefe e ter até enfrentamento, ela acaba sendo traída pela empresa, demitida (tecnicamente) e se torna amiga de Chai e os outros, entregando sua senha de bom grado.


De todos os inimigos, Korsica é a única que faz a escolha certa e sobrevive por isso. Mas ela perde o braço num acidente ao ser "demitida", e ganha uma prótese novinha dos seus amigos novos.

Ela usa um bastão para lutar, mas seu foco é defender. Ela faz tornados de vento com ele, girando rapidamente, o que empurra inimigos e os atordoa.


Ela também pode ajudar fora de lutas, apagando fogo (brevemente) ou acionando interruptores defeituosos (ao sobrecarrega-los acelerando suas ventoinhas).


Sua ajuda é essencial pro desfecho, não só por sua senha, mas pelas informações que compartilha da própria segurança do local.

Além disso, por ser retirada às pressas de uma posição de comando, suas condecorações acabam sendo removidas, assim como tudo que a homenageava. Dá pra ver quadros dela removidos no Museu da Empresa, e vários setores ajustados para nem menciona-la.


Ps.: Korsica e Pepper se dão muito bem... até de mais.



Inimigos


Bem, a gama de máquinas para enfrentarmos é grande, mas todos são genéricos. São robôs empregados que podem atacar de várias formas mas, nada tão diferente que valha ser destacado.


Todos os robôs tem aspecto humanoide, e eu até gostaria de cita-los baseando-me em suas funções na fábrica, mas no geral todos são máquinas de trabalho braçal ou limpeza, e o restante serve pra segurança mesmo.

Inclusive, as máquinas que enfrentamos são as de segurança, ou aquelas desenvolvidas para testes no setor de Pesquisas, sendo grande parte um grande desperdício de verba. Máquinas com Defesa aumentada, ou com ataques acelerados, são tudo só frutos de pesquisas militares alheias, sem grande benefício ao público geral (ou seja, não tem razão para existirem). Isso faz parte da história inclusive.


Todo robô porém tem personalidade individual, o que faz deles mais vivos do que simples máquinas. Até os sub-chefes tem personalidade, ficando entediados, alegres, enraivecidos ou cansados com o tempo. Isso é legal de observar.

Durante nossas passagens pelas fases, há robôs trabalhando que pode até ser atacados, mas nem todos são destruídos. Alguns reclamam do trabalho, outros falam de seu dia a dia, uns dão miniquests temporárias, e por ai vai. O mundo das máquinas é bem cheio, o que me fez perguntar "Cadê as pessoas?"


Isso pois no começo do jogo, há muita gente indo se voluntariar pro Projeto Armstrong, mas todas as pessoas somem e o que se vê são robôs e mais robôs. Chegamos a passar pela fábrica e vemos que todos são resultado de pura sucata reciclada mas... sério, pra onde foram todas as pessoas?


Enfim, há uma piada com relação as funções das máquinas de "nova geração", onde atribuem funções pra enganar o povo mas, evidentemente são tudo maquinas de guerra. Os caras chegam a dizer que um robô gigante com serras circulares no lugar das mãos serve pra "fatiar pão". É um absurdo... mas tudo pra tentar passar essas tecnologias pra frente.


Rekka - Chefe de Produção


O primeiro chefe do jogo é a chefe da produção, que cuida justamente da fábrica. Pelo que ela diz, sua seleção de voluntários para o projeto não foi totalmente arbitrária, e ela pegou qualquer um mesmo. 


Por isso Chai entrou no projeto, pro azar dela e os demais.

Sua personalidade é temperamental e mandona, assim como todo bom chefe repleto de poder. Ela coloca o trabalho em primeiro lugar e adora mandar, ignorando as necessidades dos outros. 


O tempo todo dá pra ver robôs carregando anúncios dela que incentivam o trabalho excessivo e condenam qualquer descanso. Ela é bem desumana, mesmo se tratando de robôs na parte trabalhista, ainda mais quando lembramos que as máquinas daqui também tem vida.

Bem, sua fase, a Fábrica, é composta por duas partes. Na primeira o enfrentamento final é contra um de seus robôs, mas depois ela pessoalmente coloca as mãos na massa.


Ela usa dois punhos mecanizados para esmurrar tudo e todos, dando investidas e se eletrocutando com cabos do solo, e é um combate direto ao bom e velho estilo Hack&Slash.


No fim, ela perde seu cinturão de lutadora para Chai, que acaba com ela na guitarrada. 


Ela nunca mais aparece, o que deixa a entender que ela foi morta.


Na sala de controle dela, Chai e Pepper acabam se expondo sem querer para todos os demais chefes da empresa, numa videoconferência. 


Daí começa a corrida deles pra impedir a Vandelay antes de serem capturados.


Zanzo - Chefe de Pesquisas


O primeiro lugar pra onde Chai é guiado é o setor de pesquisas, onde Zanzo esbanja grana pra investir em qualquer ideia maluca que ele tenha. É um setor quente, onde ele cria as muitas máquinas que enfrentamos.

Mas Zanzo nem é bem um cientista, ele é apenas um cara que gosta muito de botar qualquer coisa que imagina, direto em prática. Tant oque sua cabeça tem upgrades que transmitem seus pensamentos direto pros computadores.


Mas ele ainda é bem falastrão, e irresponsável, gastando sem pensar e não dando o menor valor pro que obtém. O cara chega a descartar máquinas em bom estado só por achar divertido.


Tenso que ele é maluco, irresponsável, mas não parece mal. Tanto que seu interesse em Chai é puramente acadêmico (ele gosta da inovação do garoto). Mas, como ele é responsável pelos males de Macaron, ele é um vilão.


Dentre muitas de suas invenções, há as Salas de Realidade Aumentada onde ele projeta hologramas com capacidades físicas, ou seja, são hologramas que afetam a visão, audição e tato também.

Sua fase é dividida em duas partes, a de exploração, onde conhecemos o vulcão onde suas ideias são executadas (parece que a lava produz energia pra ele), e termina com uma luta impossível de ser vencida, pois Zanzo coloca um robô com um Escudo Impenetrável em campo.


Pra vencer, Macaron deve ser usado, mas ele só aparece depois desse combate. Legal que em um replay é possível burlar isso, lutando contra a máquina já com Macaron no grupo, e dá pra vencer. Mas caso isso ocorra, os amigos de Chai dizem que ele trapaceou e CNMN gera a cutscene de derrota como se nada tivesse mudado.


Enfim, depois de conhecer Macaron e aderi-lo ao grupo, rola a batalha de chefe, só que de um jeito diferente.


Zanzo nunca entra em luta diretamente, ele se baseia em seus hologramas, e a verdadeira luta é pra fazer ele gastar até falir o setor. Macaron e Pepper hackeiam o sistema pra visualizar seus rendimentos e gastos, e Chai tem apenas de provoca-lo, destruindo tudo que ele joga em sua direção, pra ele gastar mais e mais até falir.


Tudo vai crescendo exponencialmente, com Zanzo criando até hologramas de si mesmo para tentar vencer, gigantes. E bem quando ele vai ativar sua maior máquina já criada, o dinheiro acaba e ele perde.


Ele ainda toma uma guitarrada mas, nem tem a chance de lutar. Ou seja, seu combate é a própria fase, e o tanto que ela consome do bolso dele e da empresa.


Porém, depois de vencer ele, começa uma cena de fuga, onde Chai e os outros tem de escapar da Segurança. 


No final de uma perseguição intensa, Chai é capturado (os outros teletransportam pro esconderijo).


Obs.: Zanzo, dentre todos os chefes, é o único que não "morre". tirando Korsica é claro, e o chefe que é esmagado por dinheiro, ele não sofreu nada tão sério ao ponto de ser dado como morto. Além disso, ele pode ser visto no "Simulador de Batalha" do Fliperama, como se tivesse sido realocado para testes na empresa, controlando os hologramas. 


Claro que nada disso é canônico (pelo menos não chega a ser dito), mas da pra pensar assim.



Korsica - Chefe de Segurança


Quem captura Chai é Korsica, no que seria o primeiro encontro dos dois. Antes da fase iniciar rola até um sonho do rapaz onde ele se imagina no esconderijo, sendo respeitado por todo mundo, quando na verdade geral o considera um bobo.


Mas depois de acordar ele se vê numa prisão, e precisa dar um jeito de fugir. É ai que rola a primeira fase de Korsica, em que ela se ausenta para cuidar de "coisas importantes" após ouvir sobre as acusações que Chai faz sobre a empresa, e cabe a ele tentar descobrir onde ela está.


Ele praticamente escala a torre de segurança da Vandelay, por dentro, pegando elevadores e ajudando a consertar o que tá quebrado. Ele meio que trabalha indiretamente pra eles, tudo pra chegar na sala de Korsica.


Lá, ele a incomoda, mas com a intenção de convencer ela a se unir a causa, pois Chai e os outros percebem que ela estava bem desconfiada dos colegas. Além disso, a ausência dela era justamente pra pesquisar mais sobre os segredos da empresa, onde ela descobre praticamente tudo, mas ainda descrente.


O combate com ela é um duelo de defesa, onde Chai precisa defender ou esquivar de seus golpes de vento, praticamente dançando em um quick time event.


Enquanto isso eles conversam, até Korsica ser convencida e derrotada, mas ela acaba desmaiando antes de ser realmente convencida. Pra piorar, Chai leva ela desacordada embora, e bate a cabeça dela "acidentalmente" várias e várias vezes.


Mas ela acorda, sem traumatismo, e consegue conversar melhor com Chai, explicando que ela confirmou o que ele disse.


Mas o chefão da empresa aparece em holograma e demite Korsica, perseguindo Chai e ela em túneis, usando um Robô Gigante Incendiário.


No fim, o vagão em que estavam é destruído e Chai salva Korsica mas ambos caem no meio da explosão, ficando como se tivessem morrido.




Mimosa - Chefe do Marketing


Mas eles não morreram, com Korsica ao lado deles, agora o plano seria atacar o Marketing da empresa e pegar a penúltima chave dos Chefes, e a responsável por isso era Mimosa.


Mimosa era uma apresentadora/modelo/cantora super famosa, que produzia toda a imagem da Vandelay. Sua localização atual era o campus da empresa, promovendo um verdadeiro festival pros funcionários, onde ela apresentaria de forma definitiva o Projeto Amstrong.


É um grande show, e a primeira fase é invadi-lo pelos bastidores, passando pelo Museu Vandelay (onde tem é contado sobre a fundadora da empresa, é revelado o segredo de Pepper e onde também dá pra ver os quadros de todos os diretores, exceto Korsica... pelo menos pendurados).


Depois Chai encontra Mimosa, vestido como Tubarão (pois pra se infiltrar no show ele é confundido com parte do elenco) e a enfrenta numa batalha em pleno palco, mas não é nada musical (infelizmente) além do normal é claro. 


Eles lutam mano a mano, com Mimosa usando seu vestido tecnológico como defesa e arma, atirando notas musicais explosivas e lasers. 


No final rola um combate musical em quick time event rítmico, com Chai duelando contra Mimosa e seus robôs...


E tudo acaba com ela dando investidas musicais, e tomando uma guitarrada na fuça, voando direto pro céu.


Depois que Mimosa é derrotada, ela explode em fogos de artifício e Chai coleta mais uma chave.


Mas todos precisam escapar da segurança, e do irmão de Pepper.


Roquefort - Chefe de Finanças


O alvo então se torna Roquefort, um magnata que manipulava a grana da empresa, e se dava muito mal com o gastador do Zanzo. 

A ideia de ataca-lo parte logo de Chai que usa um Canhão pra chegar até sua torre, daí tem alguns combates contra máquinas até CNMN arrumar o canhão pro disparo ocorrer. 


Depois disso ainda tem alguns corredores repletos de máquinas, onde Roquefort fica aparecendo em hologramas e até mesmo liga para tentar falar com Chai.


Ele é um velhinho de bengala aparentemente vulnerável, que fica tentando negociar com Chai durante sua visitinha, em um grande combate contra muitos robôs.


Mas no fim, Roquefort vai pessoalmente falar com Chai, e não enrola pra combatê-lo, assumindo uma forma de Lobo Gigante de Metal.


Ele fica extremamente violento, rápido e ameaçador, com dois tipos de defesa intercaladas, e ataques rápidos.


Além disso ele tem várias fases, culminando num combate dentro do Cofre, com ele mergulhando no dinheiro e atacando de surpresa.


No final, Korsica aparece pra contra-atacar o "Sopro do Lobo" dele, e rola uma finalizada musical bem divertida, em um quick time event rítmico. 


Louco que ele é derrotado pelo próprio dinheiro, esmagado pelas moedas quando a empresa fatura.


Chai obtém mais uma chave, e ele e seus amigos se preparam pro último embate.


Kale Vandelay - Chefe da Empresa


Só que tudo é mais complicado do que parecia. Kale Vandelay, CEO da empresa e irmão de Peppemint, manda sua mãe receber seus convidados.


Kale era o chefão, que havia tomado controle de toda a Vandelay depois da "aposentadoria" de sua mãe. Sem Pepper pra impedi-lo (já que ela tinha fugido de casa), ele simplesmente tomou todos os negócios pra si e mudou os objetivos da empresa. O que antes visionava avanços tecnológicos e melhorias para a robótica, agora pensava apenas nos lucros e vendas.


O Programa SPECTRA, incluso no pacote Armstrong, tinha a capacidade de manipular a mente de quem tivesse alguma prótese da empresa. Esse era o maior plano de Kale, para conseguir fazer com seus clientes comprassem tudo dele, sem nem precisar de anúncios.


Ele usa o programa SPECTRA pra controlar a mente da própria mãe, a fundadora da Vandelay, e isso acaba com a confiança do grupo, que até então nem sabia que a benfeitora estava nessas condições.


Todos são capturados e enclausurados numa prisão sonora, e Chai ainda perde sua guitarra. Mas, ele consegue sincronizar sua música com a barreira pra rompe-la, e em seguida ele segue pra luta.


É ai que rola a fase da fuga, onde aquele robô gigante que Zanzo criou aparece finalizado e pronto pra detonar Chai, mas com ajuda de todos, incluindo CNMN, eles usam a arma do robô contra ele.


Depois disso Kale dá as caras, mas apela pro programa em Chai. Como Chai tinha o Armstrong, ele também tinha o SPECTRA então, ele é manipulado pra se voltar contra seus amigos.


Mas, a gatinha dele não. 808 é a única que fica livre pra lutar, e nós controlamos ela na batalha do chefão.


808 dá uma surra em Kale, com ele subestimando ela, e Chai consegue se livrar do controle dele, assumindo o combate.


E é o típico combate de chefão, repleto de fases, com Kale assumindo um corpo totalmente mecânico e repleto de defesas.


Com ajuda de todos, Chai destrói todos os componentes do corpo evoluído de Kale. Rolam vários momentos "Guitar Hero" com quick time events, e cada um tem a chance de meter um murro na fuça de Kale, ao som de sua própria música.


Kale explode depois disso, e o SPECTRA é desativado com o uso de todas as Senhas.


Aliás, tecnicamente, ele criou Chai como "herói". O Rádio que caiu no peito de Chai foi jogado pelo próprio Kale, enquanto ele conversava com sua equipe. É irônico pois, tamanha coincidência sela seu destino. 


O rádio já era de Chai, e Kale estava reclamando justamente de Chai como uma das escolhas. Jogar o rádio dele fora era o jeito dele mostrar que não o respeitava, mas Chai nasceu pra coletar lixo... 


Roxanne Vandelay


A mãe de Peppermint e Kale era também uma benfeitora, filantropa, que criou vária tecnologias pra fazer bem às pessoas. Sua empresa era dedicada a inovações, visando melhorar o dia a dia da humanidade, e também dos próprios robôs.


Seu sucesso a tornou rica, mas um dia do nada ela se aposentou, e seu filho assumiu. Publicamente ele era alguém amado, respeitado, um exemplo... mas na verdade ele era ruim, manipulador e ganancioso. Roxanne é a prova disso, pois foi manipulada mentalmente por ele, pra passar tudo que ela construiu pra ele.

Pepper a deixou por conta de desavenças, ela queria seguir seu próprio caminho e não ser sucessora da mãe, mas o amor que uma tinha pela outra era inquestionável. A Perna de Pepper foi uma das primeiras próteses que Roxanne criou.


Roxanne também era respeitadíssima por Macaron, que praticamente a venerava, chamando a época em que ela tocava a empresa como "era de ouro". Mas, mesmo ele sendo um funcionário das antigas, que nunca conseguiu o respeito de Kale pra se tornar um diretor e crescer, Macaron não conhecia a relação de Pepper e Roxanne, pois ela mantinha isso em absoluto segredo.

A Roxanne profissional era uma, a pessoal era outra, mas ambas eram incríveis.


No fim, quando seu filho explode (e ela nem liga), Roxanne reassume a empresa e faz dos 5 guerreiros salvadores a nova diretoria.

Ou seja, eles viram os novos chefes, inclusive Korsica, que retoma seu cargo mas com mais respeito agora, na Segurança.


Chai provavelmente ganhou o posto de Mimosa, no Marketing (afinal ele sempre quis ser artista e esse era o cargo pra chamar atenção do pessoal). Ele chega a ser convidado como "Embaixador do Projeto Armstrong" o que também o colocaria na posição de chefe de Marketing, talvez.


Macaron foi pra área de Pesquisas por ter aptidão com criação de máquinas, além de já ter sido chefe de Pesquisas no passado (tecnicamente ele tinha sido rebaixado).


CNMN deve ter ficado com Macaron, ou ganhou chefia na Produção, pois ele lida bem com pessoas e máquinas igualmente, e saberia administrar isso.


E Pepper ficaria com as Finanças da família, principalmente agora que demonstrou tamanha confiança. Mas como ela demonstra habilidades em todas as outras funções também, é provável que isso não duraria e ela logo assumiria o cargo de CEO da empresa, no lugar de sua mãe.


Moral da história: Este é um jogo musical, sobre como arranjar emprego puxando o tapete dos outros.


Personagens Secundários Curiosos


Dentre tantos robôs carismáticos, alguns chamam muita atenção por aparecerem muito, e serem curiosos de mais. Falarei dos que mais percebi:


Dupla de Robôs do RH


São robôs do RH mas, eles são os únicos, e toda hora aparecem investigando alguma bagunça feita na empresa. Um é um robô de limpeza, só que de terno e que faz anotações, e o outro um robô trabalhador braça, mas também trajado a rigor e com chapéu, fazendo observações.


O maior adora ficar filosofando sobre a empresa, sobre o trabalho, sobre a vida, e é o npc com mais falas de todo o jogo.


No fim, ele ainda entrega um prêmio pra Chai caso ele encontre-o todas as vezes e escute o que ele tem a dizer, mas é só algo genérico (se não me engano um chip virgem pra construir chips novos).


Robô Atendente LU-C1LLE


Esse robô do tipo Atendente é visto no começo do jogo, fazendo contratação, e é quem admite Chai.

Mas depois ela é vista no setor de Pesquisas (parece que foi rebaixada), trabalhando pro Zanzo em acúmulo de função (é obrigada a trabalhar com suas pelúcias pra venda).


E na verdade, ela é vista trabalhando em todos os setores, sempre numa nova função pouco agradável (como atendente, informante, recepcionista, e por ai vai). Como os nomes dos modelos tendem a se repetir, ela pode ser apenas um modelo de um robô atendente comumente usado nas partes menos interessantes da Vandelay, mas fica mais engraçado imaginar que é a mesma, sendo jogada de um setor ao outro por causa de Chai.


Ela é tão animada como um servidor público... e isso é hilário.


Robô Ajudante Smidge


Macaron fez outros robôs, e um deles conhece e ajuda Chai antes mesmo dele conhecer Macaron. Smidge é um robô Geladeira, que foi convertido em um modelo de treinamento e suporte que aparece pra ajudar Chai com seu novo braço.


Uma adição ao Projeto Armstrong, esse robô seria responsável por auxiliar os usuários da tecnologia, mas ele acaba gerando um interesse gigantesco por Chai, e praticamente o persegue.

Ele sempre chama a atenção, e quando Chai não dá essa atenção, ele tenta chamar mais ainda (é engraçado ele aumentando a placa de ajuda pra gente falar com ele, e até mesmo entrando no caminho pra não ser ignorado).


Infelizmente no fim, ele se sacrifica segurando uma porta da Segurança com o corpo. Claro que ele não morre, mas isso ainda é um gesto significativo de sacrifício.


Pmidge, o Robô Artista


Um robô do mesmo modelo do Smidge, mas ele tem uma função artística, o que não saiu como esperado. Ele passou a pintar quadros e grafitar as paredes das instalações Vandelay, ele fica escondido na Ala de Segurança, mas tudo indica que ele arranja locais escondidos quando vai pintar algo em que se inspirou, e no caso seu alvo era Korsica (por isso tava na Segurança).


Ele nem é tão importante, apesar de mostrar que as máquinas também tem senso artístico nesse mundo, mas as pinturas que ele faz são colecionáveis que Chai pode fotografar e levar pro esconderijo.


Robôs Funcionários


E por fim, há os funcionários em geral... robôs trabalhando aqui e ali, ou apenas enrolando.

São muitos, tantos que não faria sentido citar um por um, e cada um deles gera uma situação divertida. Tem robôs tirando cochilo, pescando, se escondendo do trabalho, flertando uns com os outros (afinal se apaixonam também) e por ai vai.


Mas ai retomo a pergunta: Cadê as pessoas?

Da pra ver um monte de gente assistindo o show de Mimosa mas, como todos estão nas sombras da plateia, não da pra ter certeza se são pessoas ou, máquinas.

E se o projeto Armstrong foi além de meras próteses? E se ele modificou todos em robôs completos???


Claro que, nas cutscenes, como nas cenas finais onde Roxanne se pronuncia pro povão, as pessoas reaparecem... mas isso não muda o fato de que no jogo inteiro, os únicos seres orgânicos vistos são o grupo de Chai, e a Diretoria. O resto tudo são robôs, com personalidades, funções, humanidade, mas meros robôs.


Falando da Música


Então, pra finalizar, acho justo dizer que a trilha sonora variada não é tão diferente assim. Em minha jogatina secundária pra analisar o que tem de extra, só percebi que nada muda tanto. Aliás, as músicas do Streaming conseguem ser mais memoráveis que as naturais do jogo, mas isso não significa muito não, pois as músicas em geral não são memoráveis.


Isso é um pouco triste considerando que este é um jogo bem inspirado pela música. Ele é divertido mais pelas cutscenes engraçadas do que pelos sons que faz, e mal consegue sincroniza-los.

A música ao meu ver devia ter muito mais impacto pra se tornar marcante, como as de "Kena - Bridge of Spirits", ou "Bramble - The Mountain King", jogos estes que até hoje não consigo esquecer as trilhas sonoras de tão importantes e significativas que foram.


Ele podia também abusar de músicas populares (o que pra mim era a razão de ter o modo Streaming) mas, isso também não ocorre (o máximo é a música clássica remixada na luta do lobisomem, mas que é muito mal substituída na versão Streamer). Tudo nele é original, e um original bem trabalhado sim, mas não passa disso.

Fiquei bem decepcionado com os combates musicais, pois esperava mais imersão e sincronia e no fim, parece só que a música seguiu os movimentos em um ponto ou outro, mas não a luta toda, nem o jogo todo. 


Notei inclusive que os acordes de guitarra ficavam mudos se eu não atacasse, o que apenas acabava com a música... e mesmo atacando, sempre que o combo acabava ou era interrompido, a música (pelo menos a guitarra) era silenciada... o que era frustrante, ainda mais nas músicas mais legais, tipo a da Rekka (é ainda melhor a versão de Streaming no caso dela).


Os jogos que citei fazem uso de sincronia sonora, inclusive com os movimentos dos persongens, sem que notemos. E reconheço que esse tipo de coisa ajuda a tornar a música mais grudenta... só que aqui isso não rola pois a música é repetitiva pra caramba, e com poucas inovações.


Contudo, valeu a pena jogar de novo, e eu ainda estou jogando, pois achei Hi-Fi Rush divertidíssimo e repleto do que fazer.

Espero que o texto tenha ficado legal.

É isso.


See yah!!!

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2 Comentários

  1. Muito bom saber que gostou da indicação, amigo! Hoje ainda não pude parar pra ler sua análise, mas com certeza vou ler amanhã com calma! Volto a dizer, em questão de análises ou seu blog é disparado um dos melhores que encontrei. Um abraço!

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    1. Espero que goste do texto assim como gostei do jogo. Aliás eu to jogando pela terceira vez já! Geralmente paro quando termino de escrever mas eu realmente curti ele. Obrigado pela dica sr Orelha!!

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