AnáliseMorte: O Jogo do Ekko - CONVERGENCE - A League of Legends Story

Não escondo meu recente vício pelos jogos da Riot Games, principalmente TFT e League of Legends, porém o que mais me impressiona neles não é a diversão que proporcionam por horas, nem o desafio constante de aguentar a raiva e não sair xingando os coleguinhas de partida, mas sim a "lore" dos personagens.

Cada personagem do jogo (chamados de Campeões) tem uma história enorme, e todo um "universo" próprio, mesmo que todos façam parte do mesmo. Cada um tem uma origem, um objetivo, uma razão pra existir, um tipo de qualificação em poderes e social. Cada um tem seu próprio país, seus vínculos, e alguns até se conhecem, mas suas histórias independem um do outro.


Geralmente, tais histórias são contadas apenas em livretos, ou páginas oficiais da própria Riot que expandem aqueles simples personagens com designs legais, para algo maior, além de só avatares. No máximo, entre uma partida e outra há citações de grandes feitos na página de loading, ou as falas dos personagens fazem alusão uns aos outros, com reações únicas entre alguns, e despertam nossa curiosidade.

Por isso não foi surpresa alguma pra mim quando a empresa divulgou uma repentina leva de jogos paralelos ao "Lolzinho", mas cada um focando em um personagem, e saindo em um gênero diferente do MOBA ou Estratégia de Tabuleiro.


Tem jogo do Yordle explosivo, tem jogo do Prisioneiro matador de Bruxos, e tem o jogo do Garoto Manipulador do Tempo. Ainda há vários outros em desenvolvimento, como o jogo do menininho da neve, ou o jogo de luta que vai misturar todos os personagens.

E bem, hoje eu gostaria de falar a respeito do jogo do garoto manipulador do tempo. Ele não retrata exatamente a lore do personagem, mas sim uma história própria dele, com uma aventura parcialmente individual dele. Há participações de outros Campeões do jogo original, mas também há uma expansão de seu próprio mundo, e claro, tem o fator gameplay que é excepcional. Inclusive, este jogo traz uma história original de Ekko, mas também explica bem quem esse jovem personagem é fora de suas partidas em nome de invocadores.

Boa leitura.

"CONVERGENCE" ou apenas "O Jogo do Ekko" é um jogo de plataforma e exploração, estilo metroidvania, com gráficos em 2D e muito bem desenhados, repleto de detalhes e com traços próprios (que diferem levemente das artes comumente realizadas pela Riot).


Ele se destaca por ser um tipo de hack and slash 2D, muito parecido com jogos como Hollow Abbys ou meu favorito "Dust - An Elysian Tail". Na verdade, o jogo me encantou exatamente por lembrar "Dust", e pra mim foi algo espetacular, poder vivenciar a experiência mágica que tive ao jogar aquele jogo, mais uma vez.

O personagem explora alguns mapas interligados, buscando itens e caminhos que só podem ser acessados caso ele obtenha os poderes, habilidades e movimentos específicos. Por isso é aquele vai e vem constante de reexploração.


Mas por incrível que pareça, ele não frustra. O jogo é tão rico em detalhes que só pelo passeio ele já rende diversão, e não da pra se perder, com um mapeamento muito bem feito, e indicativos perfeitamente localizados, é fácil avançar na história, sem perder a sensação de liberdade, e sem ter a sensação de perda.


Os obstáculos que surgem evidenciam logo de cara que não podem ser superados, quando não podem, e nem somos induzidos a perder tempo tentando. Sem contar que o próprio tempo do jogo está em nossas mãos, e manipula-lo é a principal (porém não única) diversão dele.

Lembrando em muito a mecânica de Prince of Persia - Sands of Time, o jogo nos deixa rebobinar o tempo, sempre que algo sai do jeito que não queremos, permitindo que assim construamos nossa aventura como acharmos melhor, tanto na exploração quanto nos combates.

Ekko de Shurima é a Skin de Prince of Persia rs

E o melhor de tudo é que há um ótimo equilíbrio entre o uso e reuso dessa habilidade, em que ela escalona conforme progredimos, se adaptando ao nosso estado no jogo e aumentando a quantidade de vezes que podemos usa-la.


O combate também é muito bem elaborado. O personagem ataca de perto com sua Espada Temporal, mas também pode realizar um golpe de longe com seu "Relógio". Isso além de vários e vários combos possíveis graças ao vasto arsenal de habilidades e movimentos que ele adquire.

Tudo se torna cada vez mais dinâmico, e o jogo sabe quando pedir a combinação dos poderes. É desafiador, mas também é divertido, e com as muitas e muitas chances que temos pra repetir nossas tentativas em imediato (sem precisar de loading nem nada), é tudo bem fácil até, mesmo sendo também bem difícil.


O jogo nos permite mudar sua dificuldade quando quisermos, apenas para que foquemos na diversão, mas mesmo jogando no modo "normal" com as configurações originais, tudo é bem equilibrado e na medida ideal para nos divertir.


Sem contar que, o outro lado da moeda também é muito criativo e interessante: A História.

Ela é clara, não fica de rodeios nem esconde os mistérios por tempo de mais. Além disso ela tem momentos engraçados, e vários diálogos naturais, e ainda por cima DUBLADOS. Apesar da animação ser ocasional, só as conversas já são bem legais e diversificadas, mas bora falar por partes...

Jogabilidade

O jogo se baseia em nós no controle de Ekko, podendo andar, atacar, abaixar e pular. Nosso objetivo é seguir pelos mapas explorando, lutando contra inimigos e procurando itens ou acessos diferentes.


Ele também pode pular nas paredes... 


E se balançar em cabos ou barras suspensas, pra pegar impulso e saltar mais alto.


A cada chefe derrotado, ou a cada estágio avançado, Ekko recebe uma habilidade nova, geralmente baseada em seus movimentos de League of Legends. Mas, a primeira e mais importante habilidade que ele libera é a de Reversão Temporal.

Consumindo um ponto de energia (cumulativo e ainda por cima que aumenta conforme o jogo avança), ele pode rebobinar alguns segundos, refazendo todos seus movimentos.



Isso pode ser feito a qualquer momento, e voltar pra qualquer instante que o jogador queira dentro do tempo limite. Essas rebobinadas afetam o mundo ao redor, e objetos também retornam às suas posições anteriores, assim como inimigos e o dano que eles receberam. É muito parecido com o efeito da Adaga do Tempo no Prince of Persia.

Só que o limite de retornos é muito maior, e dá pra fazer isso muito mais vezes que no outro jogo. Porém não é algo infinito, e uma vez que acaba, só recarregando ao pegar a energia em objetos pelo cenário ou de alguns inimigos derrotados.


Ekko também ataca com sua Espada, e pode esquivar de inimigos avançando através deles. Neste jogo o contato direto com inimigos normalmente não causa dano (só se tiverem espinhos), então Ekko pode atravessar andando, e se mover livremente, exceto quando eles atacam. 

Bem, acho que é uma boa falar de todos os poderes do jogo, então resumirei eles:

Poderes

Rebobinagem

Essa habilidade é única do jogo, apesar de parecer com a Ultimate de Ekko em League of legends, e é o poder que ele mais utiliza.


Usando o Revo-Z, Ekko consegue voltar segundos no tempo pra refazer suas ações como bem quiser, recuperando sua vida perdida e qualquer carga de habilidade usada nesse tempo. A quantidade de cargas de retorno pode aumentar conforme ele cumpre missões secundárias, e elas se restauram depois de coletar energia.

Ekko decide quando parar de rebobinar, mas existe um tempo limite máximo pra cada tentativa. Como mencionei, é parecido com Prince of Persia, mas em maior quantidade.

Cronoquebra


Essa é a Ultimate, igual a do jogo, porém bem mais demorado de usar (leva muito tempo pra ela recarregar sozinha). Ekko rebobina no tempo, mas levando em consideração o local em que Ekko esteve onde tinha maior número de inimigos. Isso faz ele voltar pro local exato onde uma sombra de luz que o segue estava.


Esse poder é só pra causar dano, e considerando a rebobinagem, ele é bem mais fraco, apesar de ter como melhorar seus efeitos com "engenhocas".

Giratempo

Um equipamento que Ekko recupera de um inimigo, ele é um círculo de energia (eu sempre chamo de relógio) que pode ser disparado pra qualquer direção, até uma determinada distância, e que retorna pra onde Ekko estiver depois de alguns segundos, sempre causando dano em tudo que tiver no caminho.


Essa arma também pode ser usada pra acionar portas ou acionar interruptores de plataformas (permanecendo lá até Ekko chamar de volta, ou se distanciar), sendo basicamente uma chave universal.


É um ataque que é usado no Lol também, mas lá só causa dano de ida e volta.

Sapato Especiais e Gancho

Esse é um equipamento que também é recuperado por Ekko, na verdade ele havia emprestado pra um dos amigos dele, e quando o pega isso abre vários caminhos. Afinal, ele permite deslizar por cordas espalhadas por Zaun, e se pendurar nelas.


Assim, é mais fácil sair navegando pelo mapa, acessando plataformas distantes.

Solas Magnéticas

Os sapatos de Ekko recebem outro upgrade, onde ele passa a andar pela parede (apenas pontos específicos). 


Exatamente como o parkour mentiroso de Prince of Persia, ele corre nas paredes pra alcançar plataformas distantes, e pode fazer isso quantas vezes quiser, basta apenas pular (nem precisa de impulso).

Convergência Paralela

Outro poder que existe no Lol, esse ataque cria uma esfera temporal onde tudo que está dentro, exceto Ekko, fica desacelerado.


Ekko pode escolher o ponto de disparo quando quiser, e não tem tempo de recarga. Além disso, dá pra jogar a esfera no meio do ar, paralisando disparos de inimigos, e até objetos.

Mergulho Fásico

É uma adaptação de um dos ataques de Ekko em Lol. Ele aprende durante o jogo a criar brechas na realidade, pulando em objetos brilhantes ou inimigos, mesmo que estejam barrados por alguma parede.


Isso basicamente o teletransporta pro local onde o objeto ou inimigo estão, e ainda causa dano. No lol esse ataque serve pra avançar em inimigos, mas não chega a ser tão apelativo, sem contar que aqui ele não tem tempo pra reuso, mas tem cargas de uso (que se recarregam com o tempo).

Segundo Salto

É só um pulo duplo, que todo jogo do tipo tem que ter.


Serve pra avançar e alcançar plataformas, além disso pode ser aprimorado com Engenhocas pra causar dano girando.

Pulso Temporal


Esse é um poder circunstancial, que só funciona mesmo em locais bem específicos. Ele empurra objetos com uma explosão temporal que Ekko cria em seu entorno.


Também serve pra quebrar alguns blocos.

Avanço Rápido

Esse é uma Corrida que Ekko dá para frente, praticamente voando no ar. É a segunda parte do ataque do Lol de mobilidade.


Serve pra atravessar penhascos, e combar com o Pulo Duplo (principalmente) pra ganhar acesso a regiões quase impossíveis.

Tirando esses poderes, Ekko pode se aprimorar com Engenhocas e Perícias. Resumidamente, Engenhocas são ferramentas que ele constrói com itens secretos dos cenários, e Perícias são movimentos de luta que ele aprende treinando com um determinado personagem.

Existe um limite para as Engenhocas (que aumenta conforme chefes são derrotados) e as Perícias só são combos mesmo.

Cronocomunicador


De tudo que Ekko pega, acredito que o que mais se destaca é o rádio, pois é com isso que ele conversa à distância com seu "eu do futuro". Mas, explicarei melhor os personagens a seguir. Sobre o aparato, ele é apenas uma reação por haverem 2 Revo-Z juntos.

Personagens

A lista de personagens não é tão grande, e apesar de alguns fazerem parte do jogo original, muitos são inéditos ou pertencentes ao núcleo de personagens de Ekko somente. Mas, algo em comum em todos eles é que são de Zaun, ou Piltover, cidades que já foram até apresentadas na série Arcane, mas agora o foco é Ekko, e não Jinx, apesar da própria Jinx dar as caras.

Ekko


Esse é o protagonista, e também um dos personagens que aparecem no League of Legends. Porém, a versão mostrada dele aqui não é exatamente a mesma.


Ele é um baita técnico de Zaun, que constrói aparatos de todo tipo, e fez uma máquina do tempo usando fragmentos de um poderoso mineral criado em Piltover, chamado Hextec (mistura de Magia com Tecnologia). Ele chamou essa arma de "Revo-Z".


Apesar de jovem, ele é muito inteligente, e mexe com o tempo enquanto brinca pelas ruas de Zaun, e defende as pessoas de lá. Como Zaun é o submundo de Piltover, é normal o caos por lá, porém tudo fica pior um dia em que uma torre simplesmente explode no centro da cidade.


Conforme investiga ele descobre que esses eventos estavam mais relacionados à ele do que imaginava, e acaba tendo de lutar pra salvar Zaun, Piltover e o próprio tempo.


A Lore de Ekko: Na história chamada "Acalanto" da Riot, é contado como Ekko usa tanto o Revo-Z quanto uma invenção nova chamada "Puxaluz" (que basicamente são as habilidades dele no jogo), além de dar muita ênfase nos pais dele. Algo que o conto ressalta é o quanto ele ama seus pais, tanto que ele rebobina o final da noite inúmeras vezes, só pra ficar com eles um pouco mais. 

Ekko do Futuro


Não demora nada pra ele se revelar, uma versão maior, madura e bem mais velha de Ekko surge diante dele, e é um chefe corriqueiro apesar de ser um aliado.


A história na verdade gira em torno deles dois. Ekko do Futuro viajou ao passado pra impedir que um minério fosse produzido em massa, uma cópia instável do Hextec (chamada Sintixi), e evitar uma guerra no futuro entre as duas cidades. Mas, os métodos que ele tenta usar são cruéis de mais, e o Ekko do Passado tenta por juízo na cabeça dele.


Por ter vivido mais, ele teve mais traumas e se tornou muito mais frio. Além disso, ele melhorou sua máquina do tempo podendo viajar pra qualquer ponto em que já existiu, chamando ela de "Cronoporta" ao invés de Revo-Z. Mas, o problema é que isso deu um senso de controle absoluto pra ele, e ele passou a achar que deve manipular tudo e todos, a todo tempo.


Os dois Ekkos trabalham juntos, até começarem a se desentender com seus objetivos, e rolam 3 lutas entre eles.

A inicial, onde ele é um chefão ainda encapuzado, onde ele se apresenta ao fim e pega leve com Ekko.


A segunda luta, quando eles se desentendem pela primeira vez, pois o Ekko do futuro decide levar Sintixi para Piltover e explodir tudo num trem.


E a última luta do jogo, quando Ekko decide impedi-lo a todo custo.


Todos os combates são complicados, pois Ekko do Futuro usa e abusa das mesmas habilidades de seu eu mais jovem, mas melhoradas e bem mais apelativas.


E bem, no fim ele não acaba exatamente como vilão... mas depois falo melhor disso.


A Lore de Ekko: A naturalidade com a qual Ekko recebe a noticia (e presença) de seu eu futuro não é algo incomum, pois não é a primeira vez que isso ocorre. Na construção do Revo-Z, Ekko teve ajuda de versões alternativas suas, com todos trabalhando entre fragmentos de realidade e tempo, pra ajustar um fragmento Hextec. Então, para Ekko, era comum encontrar outras versões suas.

Wyeth e Inna


Ekko tem pais, isso me deixou pasmo, pois aparentemente ele vivia nas ruas com os amigos.

Mas ele tem, e eles são uma parte importante da história, pois é por causa deles que ele viajou ao passado pra tentar impedir a guerra.


Seus pais deixam Zaun no futuro, abandonam tudo, e a mãe dele ainda fica doente. Apesar de não ser revelado o que mais ocorreu com eles, só o fato o Ekko adulto estar desesperado pra salva-los mostra que, eles são tremendamente importantes pra ele, e que não foi algo bom o que houve depois.

Ekko pode encontra-los algumas vezes pra conversar, e em uma parte o Ekko jovem viaja pro futuro pra tentar impedir que eles partam, mas é só um looping com diálogos que acaba não resultando em mudanças pra eles.


Apenas o Ekko muda, aprendendo a valorizar as escolhas alheias, e respeita-las. Isso que entra em conflito com o Ekko do Futuro, fazendo eles brigarem de vez.


A Lore de Ekko: Na história original, os pais de Ekko queriam muito que ele se matriculasse numa academia de Piltover, mas ele se recusa a fazê-lo para nunca deixa-los. A conexão deles era muito maior do que a mostrada aqui. Além disso, aqui os pais de Ekko reclamam por sua ausência, o que pode significar que, a repetição de vivências feitas por Ekko aumentou seu convívio com seus pais, mas eles não sabem disso pois tudo que viveram foi rebobinado. É uma forma cruel de lidar com o tempo.

Warwick


Esse é outro personagem de League of Legends que aparece aqui, e no caso dele é só por Ekko ter entrado em seu território.


Warwick é um tipo de lobisomem que existe nos esgotos de Zaun, e mata tudo que se move por lá. Ele é conhecido como "O Terror de Zaun" e ninguém sabe se existe mesmo, pois ninguém vive pra contar a história.


Em busca de alguns fragmentos do cristal clonado, Ekko entra nos esgotos e acaba sendo perseguido por Warwick, depois de um baita suspense.

Curioso que a perseguição é frenética e usa boa parte das habilidades de Ekko (eu amo ela, não canso de ver), e logo depois rola uma luta contra o lobo.


Ele tem 3 fases, sempre ficando mais difícil, e usa praticamente os mesmos poderes do jogo (arranhões e pulos).


Apesar de ser derrotado, Ekko se recusa a mata-lo, e o Ekko do Futuro o critica por isso, já começando o desentendimento aí. Ironicamente, o Ekko do Futuro não parecia conhecer os eventos com Warwick, mostrando que sua presença ali já havia modificado tudo no tempo.


Camille


Outra campeã de League of Legends, Camille é membro do Clã Ferros, e é uma Piltovense, temida por todos. Ela tem pernas de Lâminas, e é a chefe de Investigação do clã, que acaba indo pra Zaun investigar os minérios clonados chamados de Sintixi.


Os Ferros são um clã que produz e armazena o Hextec, então era de total interesse deles as pesquisas com versões alternativas e genéricas do produto, tanto que eles acabam fazendo um acordo com alguns Barões da Química para criar formas sintéticas do cristal, mas acabam sendo "traídos", com Camille indo investigar.


Porém, ao se deparar com Ekko, eles se confrontam, numa luta de chefe bem intensa, e pra variar, Camille sabia da máquina do tempo de Ekko (nem os pais dele sabiam, só os amigos) e só com seu olhar investigativo, descobre tudo sobre ele, até mesmo do Ekko do Futuro.


Ela tem como armas suas pernas, mas usa ganchos e cordas pra se mover rápido.


Depois de vencida, ela oferece uma aliança com o jovem Ekko, para que ambos detivessem os Barões da Química e a produção de Sintixi.


A união deles é mais por informações trocadas, e infelizmente não chegamos a jogar ao lado de Camille. No máximo ela anda com Ekko e conhece o esconderijo que ele fica com os amigos, e no fim ajuda ele a enfrentar Jinx e fugir do Warwick (que volta, mas não é enfrentado).


Ekko não curte Piltovenses, mas acaba descobrindo que pode confiar neles graças a Camille.

Jinx


Essa é a famosa Jinx, uma maluca armada até os dentes, que ama causar problemas pra Piltover. Ela também pertence ao League of Legends, e aqui aparece com uma dubladora diferente (achei triste, mas ela dubla bem... a Camille também parece que mudou).


Ela é uma chefe de um dos estágios mais malucos do jogo, onde Ekko precisa voar em balões e dirigíveis, programados pra lançar bombas químicas em Piltover pelos Inx.


Jinx é contra isso, por incrível que pareça, não por não concordar, mas por não gostar que o grupo de jovens que a veneram levem o crédito pela destruição total.


Então ela aparece pra impedi-los, matando geral, e acaba colidindo com Ekko.


A luta de ambos é fervorosa, ela tem 3 fases, e usa todas suas habilidades do Lol. Além disso, ela pega pesado no tiroteio.


Mas mesmo derrotada ela escapa, e olha que Camille ainda aparece pra ajudar (só em cutscene).


O passado que teve ao lado de Ekko (visto em Arcane) nunca é mencionado, e eles parecem ter se encontrado e brigado outras vezes desde então.


Crianças Perdidas de Zaun


Existe um "clube" no qual Ekko faz parte, e é normal em Zaun as crianças e jovens formarem grupos (tudo pra sobreviverem). Muitos deles são órfãos, e apesar de Ekko não ser, ele nunca os deixa na mão.


No jogo esse grupo oferece evolução de recursos para Ekko, além de informações e diálogos.

Rubra


Ekko tem uma amiga, uma garota de cabelos vermelhos que ele gosta muito, porém ela passou a andar com outras crianças, e entrou pra um grupo de seguidores da Jinx, chamado Inx.


Apesar dela não compactuar com os métodos da Jinx, Rubra tem forte ligação com o grupo por namorar o líder deles, e acaba seguindo eles, até mesmo em suas invasões, roubos e destruições, que eles chamam de "shows".


Salva-la não é um objetivo de Ekko, mas vira consequência de suas ações.


Lem


Este é um técnico que ajuda Ekko a construir novos aparatos, desde que Ekko tenha itens e dinheiro pra isso. Apesar disso, Ekko pode construir coisas sozinho também, e ele só serve mesmo pra conversar sobre suas inovações, e sobre o cachorrinho que ele ajuda (Trevor).


Aximander


Esse amigo é um artista, que gosta de coletar dados e registros. Ele faz parte de uma missão secundária onde Ekko supera desafios pra pegar Robôs Dourados Fujões, e os leva para ele. Com os dados dos robôs, Aximander aprende uma história nova de Zaun e conta pra Ekko.


Além disso ele aumenta o número de rebobinadas que Ekko pode fazer.

Elie


Essa é a amiga estilista de Ekko, ela serve basicamente pra transformar alguns itens que ele pega em baús escondidos, em Skins pro personagem (que não afetam em nada a jogabilidade).


O fato visual em League of Legends é muito comum, e essa questão de estética é usada pra lucrar em cima do jogo (que é essencialmente gratuito) vendendo costumes para que os jogadores personalizem seus campeões. Tentaram reaproveitar a ideia mas sem dinheiro envolvido, é apenas um bônus poder mudar a roupinha de Ekko, conforme se encontra os itens secretos.

Encosto


Pra aprender novos ataques (sem ser as habilidades, apenas combos mesmo) Ekko pode conversar com Encosto, outro membro do clube.


Ele cobra a moeda do jogo mesmo (que é pega em toda parte) e ensina técnicas novas para o amigo, assim Ekko fica mais forte, se tiver grana.

Corin Reveck, pai de Orianna


Apesar de não ser membro do clubinho, pois ele já é um senhor de idade, Corin é um fabricante de brinquedos que vive em Zaun e tem sua loja saqueada por alguns delinquentes (os Inx). Ekko pode ajuda-lo a recuperar alguns brinquedos procurando por toda Zaun, e em troca ele recebe um belo pagamento.


Corin é curioso pois ele sempre fala de sua filha, Orianna, ela sendo uma personagem de League of Legends (um dos campeões). Ela nunca aparece aqui, mas é tão mencionada que não da pra ignorar.

No jogo ela é praticamente um robô, e pelo que parece Corin foi obrigado a fazer isso com ela pra salva-la. Porém ela se mudou e ele nunca mais a viu. Ao que parece inclusive, Corin era de Piltover mas foi pra Zaun pra superar a partida dela.

Zarkon Poingdestre


Existem vários Barões da Química, que são os magnatas de Zaun, como pessoas com dinheiro que tiram proveito da situação de Zaun para fazer pesquisas desumanas, promover tráfico de coisas ilícitas ou apenas lucrar com venda de Oxigênio ou coisas do tipo.


Zarkon é da família Poingdestre, e é o barão que começou a mexer com o Sintixi. Ele e seus irmãos descobriram a matéria, que apesar de ser instável, serviu para eles lucrarem, então eles passam a agir por baixo dos panos para leva-la ao maior comprador, traindo inclusive os Ferros (que tinham contratado eles pra tentar fazer cópias baratas do Hextec).


Porém, Zarkon é atacado por Ekko e seus planos são arruinados. Ele é um chefe corriqueiro, e tem dois combates durante o jogo, e sempre é bem forte usando e abusando de seus braços automatizados e explosivos.


Ekko nunca o mata, mas esfrega o chão com a cara do Barão.


Drake e Vale Poingdestre


Esses são os irmãos gêmeos da família Poingdestre, e tecnicamente os superiores de Zarkon (além de irmãos também). Eles sempre aparecem orquestrando seus trambiques ao fundo, mas em dado momento Ekko os enfrenta.


O Drake acaba enfrentando Ekko sozinho em uma parte, mostrando seus movimentos básicos, mas a luta de verdade ocorre só perto do final.


Ekko acaba encurralado num trem e os dois aparecem para ataca-lo, simultaneamente. É uma luta contra dois chefes que adoram se pendurar e atirar, além de darem investidas.


Quando Ekko derrota um dos irmãos, o outro se enfurece, dobra de força e ganha vida toda de volta, mas a luta não é tão complicada (na verdade é sim, tem muito ataque ao mesmo tempo).


No fim os dois ainda saem com vida, e seus planos são arruinados.
 
Chadd


Esse é só o líder dos Inx, um cara perturbado que admira Jinx, não só por seu estilo, mas por seus ideias. Lembra muito os palhaços que seguem o Coringa.


Chadd namora Rubra mas, ele não hesita nem um pouco na hora de chutar ela pra fora do bando. Ele cria um "show" levando um teatro de Zaun direto pro céu, repleto de explosivos e os guia para Piltover pra chamar a atenção de Jinx.


E ele consegue, o show que era pra ela funciona e ela aparece, atacando todo mundo pois é loucona.

Chadd aproveita a deixa pra terminar com Rubra, quem fica contra suas ações, e ele nunca chega a ser um chefe (se fosse tomaria uma surra como nunca) pois nem é lutador de verdade.

Corina Veraza


Os Veraza são outra família de Barões da Química, e no caso de Corina, ela nunca aparece totalmente.

Ela é vista conversando com Zarkon, e sendo investigada por Camille, mas ela foge das acusações e corta todos os vínculos antes de ser pega como comparsa, nunca aparecendo em lutas.


Corina é uma Baronesa que prefere ser sutil, ela constrói Jardins de Oxigênio e vive do lucro disso, mas seu envolvimento com os Sintixi ocorreu, sugerindo que talvez outros Barões estivessem cientes também dessa ameaça e queriam tirar proveito.

Outros barões chegam a ser citados em documentos, mas ninguém aparece.

História

Resumindo a história, é bem simples:


Ekko percebe a torre explodindo em Zaun e vai bisbilhotar, sendo encontrado então pela sua versão do futuro, que pede sua ajuda pra impedir uma calamidade.


Ambos investigam o Sintixi, e descobrem que o uso dele causou a explosão na torre, e existem muitos outros fragmentos do mineral instável. Os Barões da Química estavam negociando os fragmentos entre si, e arquitetando uma possível guerra contra o Hextec, mas não levavam em conta os perigos de se mexer com Sintixi.


Sem falar muito o que ocorreria no futuro, o Ekko do Futuro vai guiando sua versão mais jovem na investigação, deixando a parte difícil sempre pra ele. Em um dado momento, o Ekko do Passado começa a enxergar frieza nas ações do seu eu adulto, e passa a confronta-lo.


Ele descobre então que o Ekko do futuro queria coletar todos os Sintixi para criar uma bomba, e explodir o arsenal do clã Ferros, eliminando assim os dois minérios, mas também dizimando boa parte das duas cidades.


Camille e o Ekko do passado tentam impedir isso, e acabam lutando contra o Ekko adulto, fugindo de Warwick e até mesmo enfrentando Jinx.


No fim, depois que Ekko derrota alguns Barões, ele peita sua versão mais velha sozinho, em uma luta contra o próprio tempo.


No meio do combate ambos conversam, e o Ekko tenta convencer seu eu mais velho a ser mais sensato. Isso até funciona, mas ele vê a chance de jogar todo o Sintixi numa brecha temporal que se abre pelo confronto dos Revo-Z de ambos. 


Então ele faz um sacrifício, e se joga no portal, indo parar numa zona fora do tempo, com todo o Sintixi. Esse evento nunca havia ocorrido, mas assim ele livra Zaun do produto instável, e dá uma chance para que não haja guerra. Além disso ele consegue provar que não era mal.


Com um novo futuro adiante, Ekko jovem volta pra sua rotina, mas um dia recebe uma mensagem do Ekko do futuro, dizendo que ele agora está vivendo algo inédito, então pede para sua versão mais jovem perdoa-lo.


E no fim, o Ekko do Futuro consegue ativar a Cronoporta de fora do tempo, e abre um portal pra poder ver seus pais, mais velhos, e em seu tempo (agora corrigido).


Não fica claro se ele voltou pro fluxo temporal, ou se apenas assistiu eles sem nunca poder visita-los, mas ele ficou feliz em ter impedido a guerra.


Teorias e Extras

Bem, existem vários inimigos ao longo do jogo mas são todos bem genéricos. São Piltovenses e Zaunitas que hostilizam Ekko, além de criaturas químicas pequenas, ou animais do subúrbio. Além disso tem os chefões, mas já citei todos os importantes (os demais são só subchefes genéricos).


Ainda há alguns mistérios como a Carta do Terceiro Ekko, sugerindo que havia um outro Ekko presente ali o tempo todo, de uma outra realidade (uma em que ele e Rubra mexeram com o tempo e se perderam um do outro).


Ekko até volta a falar com Rubra, e eles voltam a ser amigos no final do jogo, com ele contando a verdade sobre o Revo-Z pra ela, e sua jornada com seu eu do futuro. Mas não fica claro se o terceiro Ekko era ele mesmo, tentando criar a Cronoporta antes da hora, ou se era de fato um terceiro Ekko perdido no tempo.


Tem também detalhes curiosos como a ausência do Blitzcrank, mas a presença de uma citação ao mesmo (e até referência). Blitz é um robô (também campeão de Lol) que foi fabricado em Zaun, assim como outros gólens mecânicos, por um outro campeão (Viktor). Ele chega a ser mencionado mas nunca aparece (exceto como um boneco).


Contudo, os gólens dourados que Ekko procura, parecem ser cofres feitos pelo Viktor, assim como Blitz posteriormente. Também chega a ser mencionado pelo "Terceiro Ekko" que o "Rei Blitz" não existe nessa linha do tempo, então na lógica, essa é uma realidade onde ele não foi criado.


Na lore de Blitz é explicado que ele foi desenvolvido usando justamente a mesma tecnologia do Revo-Z, a Hextec, então talvez decidiram optar pela referência pois são conceito semelhantes, mas não quiseram desviar o foco.


Outro personagem citado em documentos é Renata Glasc, como baronesa da química (que nessa realidade é vendedora de perfumes). Ela é uma campeã mais recente adicionada ao jogo, então a ideia é dizer que há múltiplas realidades nas lores (se não teriam de ficar atualizando tudo o tempo todo).

Eu também achei bem esquisito a quantidade Corvos que existem em Zaun. Eles parecem observar algo, e até suspeitei que Swain (Imperador de Noxus, uma região diferente e dedicada à Guerra) estaria por trás. Mas, talvez seja só coincidência.

E bem, o jogo é isso.

Achei divertido e rápido, e ainda fiquei empolgado em explorar o 100%.

O jogo é muito bem mapeado, e cada setor tem sua porcentagem de exploração mostrada.


Cheguei bem longe nele, e fui ao natural, sem perder muito tempo com puzzles dificultosos nem nada assim.

É um jogo fácil, desafiador sim, mas fácil, e vale a pena jogar. A trilha sonora dele é muito agradável, e o visual é único e tremendamente detalhado.

Se todos os títulos da Riot forem tão legais quanto este, acho que é uma excelente empreitada da empresa desenvolve-los.

Considerando que a lore de cada campeão do lolzinho é enorme e profunda, isso rende muito mais material do que apenas livretos, vídeos em 3D no YouTube, campanhas promocionais com eventos em Visual Novel (fazem muito isso no lol), Skins, ou spin offs multiplayers.

Runeterra tem muito pra contar, e é bom ver que eles sabem bem disso.

Quem diria que eu curtiria tanto o universo do lolzinho.

Enfim, e ai o que achou? Consegui contar a história direitinho?

Ah, antes que me esqueça, eu fiz um gameplay completo desse jogo (comigo falando, brinca). Caso queira ver, segue o link:

Primeira Parte


Segunda Parte


Também editei um vídeo com a perseguição do Warwick (eu achei o máximo!)


E é isso!

See yah

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