SérieMorte: The Last of Us - 1° Temporada - Episódio 3

Que episódio foi esse?!


Qualquer preocupação que eu tinha caiu por terra hoje, com essa obra prima.

Falarei tudo o que achei deste capítulo, e evitarei spoilers.

Boa leitura.


Parecido, mas diferente...

O terceiro episódio começa diferente dos anteriores, o que inicialmente me deixou aliviado e despreocupado, pois aquele hábito de contar o passado havia sumido.


Simplesmente passam a abertura, e já começa tudo nos tempos atuais, mostrando a jornada de Joel e Ellie, lidando com os eventos que acabaram de ocorrer, e continuando.


Mas aí que tá, o episódio não é sobre eles, e a surpresa vem quando Bill e Frank são citados.

No jogo, estes personagens apareceram "rápido", mas foram bem significativos, mesmo não tendo tanto conteúdo sobre eles.


Lá, quem mais deu as caras foi Bill, o cara das armadilhas, e a história sobre ele não é tão clara assim. 


No máximo o que temos são "piadinhas" de Ellie sobre a opção sexual dele, ao achar uma revista gay, e tem a revelação sobre Frank ser importante pra ele, mas quem é citado apenas como "grande amigo" de Bill.

O cara ranzinza que não confia em ninguém, agora tem sua história detalhada, e conseguimos entender melhor quem ele é, e quem ele foi.


Aliás, tem algumas outras cenas do jogo replicadas é claro, tipo a cena da máquina de Arcade que Ellie tenta jogar. 


É uma cena importante, pois nela ela cita sua "amiga", que posteriormente terá mais significado. Vale mencionar até que trocaram o jogo da máquina pra Mortal Kombat 2 (e antes do episódio estrear, a HBO fez questão de passar aquela porcaria de live action do Mortal Kombat de 2021, talvez até por conta da referência).


Mas, neste episódio da série, somos presenteados mesmo é com a história completa de Bill, antes do fatídico encontro com seu "velho odiado amigo" Joel.


Tudo o que ocorre, tudo que é contado, tudo... é de cortar o coração.

Os eventos são apresentados ano após ano, e chegam a mostrar até alguns encontros. Vão pouco a pouco mostrando os 20 anos que se passaram desde a pandemia, e sem pressa alguma, respondendo dezenas de perguntas que nem sabíamos que tínhamos.


Esse episódio tem bastante ação, tem suspense (um pouco) e tem um tiquinho de terror, mas o foco mesmo é no romance, e drama, principalmente drama.

Ele, assim como os demais até agora, é riquíssimo musicalmente, mesclando músicas de época com a trilha linda do jogo.


Também tem, mais uma vez, um cenário surpreendentemente bem construído. O tanto de atenção que deram pra construção do "Abrigo do Bill" é de estontear! 

O que no jogo era um canto de uma cidadezinha cercado de armadilhas, aqui é uma cidade inteira! Ou pelo menos soa como se fosse.


Sobre atuações, não há nada pra reclamar. São poucos personagens, e todos eles são ótimos no que fazem. Escolheram os atores certos, pros papeis exatos, e eles tiraram de letra.


E pensar que fiquei preocupado quando vi que o flashback da vez veio depois do início, mas me surpreendi tanto depois...

Quando tudo volta, é pra melhorar

É que temos a introdução da série no presente mesmo em 2023, e em seguida tudo volta pro princípio da pandemia lá em 2003, como se invertessem tudo.


Nesse ponto, eu jurava que iriam cometer aquele erro da explicação exagerada, até porque a cena de flashback é emendada com uma explicação de Joel sobre como a pandemia se alastrou tão rápido, e algumas perdas trágicas que a humanidade forçou.

Inclusive, vale dizer que foi genial a explicação de que comida (principalmente farinha e açúcar) pode ter sido infectada pelo fungo e, isso que espalhou tudo tão rápido... mas confesso que lembrei de Logan (que ironicamente, deu a mesma explicação pro fim dos mutantes, mas lá tinha a ver com amido).


Mas, após tudo voltar ao passado, não assistimos o que Joel narrou, na verdade assistimos Bill, e sua linda e longa história.

Bem, esse é um ponto que não posso falar muito, tudo que posso dizer é que é lindo, e triste.


E mais uma vez, a série adiciona informações ao enredo do jogo, e até eleva o peso dramático da história. Juro que se eu jogasse novamente, depois de tudo que aprendi aqui, eu sofreria muito mais com algumas coisas...

A versão de Bill, como ele conheceu Frank, quem foi Frank, e como ambos desenvolveram-se juntos e sobreviveram, isso prende muito nossa atenção.


O tempo certo, a escolha certa.

Mas, o que achei incrível foi a harmonia com a qual uniram as histórias de Joel, Tess, Frank, Bill e Ellie, combinando todas de um jeito sutil e perfeito.


Muitas coisas que ficaram em aberto ali no primeiro episódio já até foram respondidas, como as músicas do anos 80 pra significar alerta. Mas isso não compromete o andamento da trama, nem mesmo sacrifica surpresas. Apenas... era a hora de contar e contaram. 


Estão fazendo um trabalho sublime aqui, conduzindo a trama com cautela, e atenção aos mínimos detalhes. 


Eu chorei, muito, e senti ainda mais o drama do episódio 2, com a rima feita nas cenas desse terceiro.

Esse episódio, é o melhor até então. Mas tudo aponta pra uma temporada cada vez mais pesada e cruel, mas satisfatoriamente bela.


Estou feliz com o rumo da série, e muito mais animado agora... apesar de também bem triste.

Cara, que história linda.

E pensar que não mudaram muito do que ocorre no jogo (na verdade, sim, mudaram muita coisa mas, as explicações daqui valem pro jogo também, sem problema algum), e novamente, dá pra aproveitar mesmo sem nem conhecer o jogo, da mesma forma que dá pra melhorar o que sabemos do jogo com o que aproveitamos aqui. Todo mundo ganha!


Bem, compensa continuar assistindo, e minha ansiedade e expectativa estão nas alturas pelo que virá.

É isso.

Até próximo domingo com mais!

See yah!

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10 Comentários

  1. A cada episódio a série consegue superar as expectativas, né? Que perfeição! Esse episódio, é muito emocionante. Gostei!!!

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    1. Ta compensando esperar essas semanas. Esse me pegou totalmente desprevenido, e olha que eu conheço bem a ordem dos eventos, e a série ta seguindo a mesma ordem, mudando pouca coisa, mas de um jeito adaptado pro formato! Essa é A Adaptação!

      Obrigado pelo comentário Dark! Valeu por ter curtido!!!

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  2. Esse episódio me deixou um pouco apreensivo no início. Dificilmente encontramos uma série com narrativa contínua e que nos envolva em todos os episódios, um após o outro. É bem comum durante as temporadas termos aquele episódio para "encher linguiça", então quando vi que ia se tratar de um flashback e que o episódio tinha mais de 1hr de duração, fiquei bem desanimado. Felizmente, meu desânimo foi desaparecendo conforme eu ia me envolvendo com a trama, afinal, a frustração é fruto apenas da expectativa. No fim das contas foi um episódio lindo, me alegrei, me emocionei e ao final fiquei com a sensação de quando se termina de ver um bom filme, pois tivemos uma história completa, com início, meio e fim. No mais, odeio expectativas, mas está difícil não ter.
    Abraço!

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  3. Digamos hipoteticamente que eu chorei um bocado com esse episódio...na real não foi hipoteticamente não, eu chorei mesmo!
    Meu Deus e eu choro só de lembrar do Bill cantando e tocando a música naquele piano antigo, e os dois se aproximando....CARAAAAAAAAAA, foi tão rápido, tão rápido, mas tão perfeito ao mesmo tempo!! sério eu amei cada segundo desse episódio, e toda aquela ''desesperança racional'' que eu tinha no começo morreu hoje e agora, se a série for assim até o fim, nos teremos provavelmente a melhor adaptação de jogo pra filme/série já feita.

    é isso, belo texto shadyn, see yah!

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    1. Você não ta sozinho. No começo até me senti receoso ao falar que essa série superava a adaptação de Silent Hill... mas hoje estou ainda mais confiante.

      Estamos vendo história!

      See yah sr Wilson, e obrigado.

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    2. eu sinceramente acho que essa é a melhor adaptação, e mesmo por extrema infelicidade no futuro ela decaia, até esse começo é a melhor adaptação, os atores se parecem, a ambientação, o enredo, é tudo perfeito demais, pra mim supera Silent Hill sim haha

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    3. Contra seus argumentos não há fatos rs. Concordo totalmente.

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  4. Grande shady. queria comentar algo, mas como eu seria completamente contra sua opinião, nem vou tentar.
    Ps: se esse episódio tosco vc chamou de obra prima, o segundo jogo vc vai achar perfeito.

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    1. Sr Ivan! Obrigado por comentar, sabe que isso sempre me anima... mesmo discordando.

      Eu realmente não sei o que tem no segundo jogo porém... sempre lembro que são mídias diferentes. Tem muita coisa que pra mim funciona em séries mas não em jogos, e acredito que o que rolou neste episódio, jamais daria certo em um jogo, pelo menos não do gênero terror/thriller.

      Romance de mais, por mais que tenha um final trágico, acaba por comprometer a experiência da jogatina, pelo menos pra mim... apesar de que sou mole pra certas coisas (Life is Strange por exemplo, sempre me pega e é só romance)...

      O jeito é jogar... pra saber. Mas ainda estou receoso.

      Sr, obrigado por ler, e eu sei... nem sempre as opiniões batem, mas fico feliz por compartilhar, mostra o quanto se importa e me apoia!!! Vlw mesmo mano.

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