AnáliseMorte: The Dark Pictures Anthology: Man of Medan

A bastante tempo eu me interessei por este jogo e o adquiri, mas mesmo gostando do seu formato, e me entusiasmando com seu visual e narrativa, acabei deixando de lado e parti pra outras aventuras. 

Porém, recentemente acabei descobrindo que "Man of Medan" não é apenas um jogo, mas um "Pseudo-Episódio", de uma série de jogos (que por sua vez consolida uma franquia) chamada "The Dark Pictures Anthology"

Esse modelo pra mim é inédito, pois mesmo já tendo visto vários jogos episódicos, eu nunca havia testemunhado um em que cada episódio por si só é um jogo completo. Eles independem uns dos outros, tendo seus personagens próprios, eventos, e até mesmo "universo" individual. 

A única coisa que se preserva neles, é seu estilo, num formato Survival Horror de Escolhas e Consequências

Pois bem, tá na hora de falar do primeiro capítulo dessa magnífica e inusitada série, que atualmente já se encontra com 3 jogos/episódios lançados, e pra variar, um quarto anunciado e até Segunda Temporada em produção.

Pelo jeito as coisas foram muito bem pra Supermassive Games, mas isso vem desde seu título original.

Bem, já alerto que apesar deste ser um jogo de Escolhas e Consequências, muito do que direi aqui é spoiler e mesmo que a sua campanha acabe se diferindo da minha, alguns segredos podem comprometer sua jogatina. Então, caso esteja curioso, avisarei quando começar a dar spoilers do enredo, para que você possa ler sem se preocupar.

Também já aviso que aqui contarei apenas a MINHA VERSÃO da história. É um hábito meu, que acredito que a primeira jogada é a que conta. 

Boa leitura!

A muito tempo atrás eu joguei algo chamado "Until Dawn", game de PS4 que me espantou com sua beleza gráfica baseada em captura de faces e movimentos, que tornava tudo bastante realista. Também amei o mistério empregado ali, e a forma como cada um dos múltiplos personagens tinha dezenas de escolhas que afetavam uns aos outros.

Intercalando entre personagens, você decidia quem vivia e quem morria, ao longo de uma trama macabra em uma montanha com muitos segredos.

Este exclusivo da Sony foi produzido pela Supermassive Games que, decidiu reutilizar a fórmula daquele título, mas agora com um pouco mais de ambição eu diria.

Também com um rico visual modelado a partir de capturas faciais e de movimentos, e com o exato mesmo modelo de escolhas, "The Dark Pictures Anthology" se difere principalmente por fragmentar suas histórias em jogos separados.

De certa forma, "Until Dawn" seria o primeiro título dessa série, exceto por alguns pequenos detalhes que estão presentes nela e não no título original, como a parte que as conecta: O Curador.

É que, "The Dark Pictures Anthology" é uma composição de Histórias de Terror Interativas, nos apresentadas por um personagem em comum em todas elas, alguém que fica fora das histórias, e apenas conversa conosco entre um arco e outro.

Esse personagem inclusive se assemelha muito com o Psicólogo de "Silent Hill Shattered Memories", apesar de não ter nenhuma interatividade tão grande durante suas sessões e encontros. No máximo ele pode oferecer dicas, e elogios, e diferente do psicólogo, o Curador conversa diretamente com o jogador, e não com um personagem dentro da história (mas em primeira pessoa).

Lembrando que em "Until Dawn" também havia um Psicólogo que surgia entre os eventos, pra nos avaliar. Era o Dr. Hill, e ele fazia questionamentos, assim como o de SH (tanto que até os comparei lá no artigo de UD). No entanto, o Curador não sofre "alterações no cenário", estando bem mais distante da história que o Dr. Hill (quem aos poucos meio que mesclava o cenário a ela, até se revelar uma alucinação de um dos personagens).

Esse formato também lembra a Robô do menu (Chloe) de "Detroit: Become Human", que também é um jogo de escolhas e consequências com múltiplos personagens controláveis e enredos cruzados. Lá, a robô conversava conosco, como jogadores, e nos posicionava naquele universo como parte dele.

O que torna "TDPA" uma franquia diferente é seu aspecto de Terror Antológico, o que repito, é uma novidade. Ele utiliza dos acertos de Until Dawn, mas se liberta com a possibilidade de contar qualquer coisa, em qualquer lugar.

Se lá nós nos sentimos anestesiados uma vez que conhecemos a real ameaça e entendemos o que temer, e o que não temer... aqui esse mistério retorna uma vez que é um novo universo, e cada título também será em um novo universo.

Sem que ele precise "trapacear" nos mostrando eventos exclusivos pra cada campanha que fizermos, o jogo nos entrega muitas pistas reais e falsas do que quer contar, e deixa que nós montemos, o que é muito frustrante a princípio, mas fica cada vez mais interessante ao longo de suas 4 ou 5 horas de gameplay.

Observação: The Dark Pictures Anthology tem o logo baseado no de Until Dawn. Apesar de ser uma caveira de perfil com uma bússola dentro, ela surge primeiro como uma caveira de frente assim como a de UD, mas ela vira pra formar o logo da nova franquia.

De toda forma, UD é como um protótipo dessa nova série.

"Man of Medan"

Essa história é marítima e basicamente retrata personagens em um navio fantasma. Temos uma introdução na qual a ameaça é apresentada de forma vaga e bastante assustadora, e posteriormente temos uma longa (e meio cansativa) introdução dos personagens principais que controlaremos.

Depois disso, o terror no mar começa, com muitas suspeitas, mistérios e reviravoltas. Na verdade a todo tempo há isso, e não da pra antecipar qual a real ameaça desse título.

Pode ser algo sobrenatural, pode ser algo físico, pode ser algo meramente psicológico, ou pode ser algo circunstancial, mas fato é que o jogo nos prende a atenção do início ao fim, apenas com suas singelas sugestões.

Manter nossos personagens vivos é o principal objetivo, mas somos levados ao erro por conta da mescla de enredos e segredos, que apenas nos distraem do que realmente importa: Salva-los.

De início eu até me revoltei, afinal senti que o jogo DESMOTIVAVA A BUSCA DE INFORMAÇÕES, uma vez que muitas das coisas que coletei apenas prejudicaram minhas escolhas, tornando tudo muito mais difícil e ainda criando eventos desastrosos.

Mas, com o tempo entendi que é proposital. Na primeira vez que experimentamos o título, é nosso dever coletar coisas e nos atentar aos detalhes para tentar prever e evitar fatalidades, consequentes do que fizemos.

Muitas informações até parecem irrelevantes, ainda mais com a FALTA DE REAÇÃO IMEDIATA dos personagens ao coleta-las. Mas acredite, é só questão de tempo.

Documentos que eles leem só chegam a fazer sentido nas horas ideias, quando param pra conversar e apurar os fatos. Antes disso, a sensação de urgência e terror toma a atenção e impede que eles parem, e conversem, o que faz total sentido.

As vezes porém, bastaria uma conversa para que tudo fosse solucionado. Mas essa opção não existe, ainda mais pelo fato dos personagens AGIREM SOZINHOS.

Jogabilidade

Tudo que podemos fazer por eles é movê-los em cenários estáticos e de pouca movimentação, e interagir com objetos destacados em tela.

Se tem algo brilhando, podemos pegar, e mexer muito pouco (virando por exemplo) pra ler o que há nele ou apenas realizar alguma breve interação.

Também podemos conversar com outros personagens mas, não temos muitas escolhas de diálogo. Seja em conversas casuais, ou em eventos de escolha, sempre temos apenas 2 alternativas (e uma terceira que é ficar quieto).

Essas alternativas nunca são muito claras pra piorar, onde as vezes podemos escolher algo que acreditamos ser benéfico, mas é pura besteira e só faz os personagens fazerem e falarem merd4.

Fico revoltado ao lembrar que pedi pra um personagem fazer uma coisa e ele simplesmente SE MATOU, sem razão nenhuma.

Algumas coisas são relativamente inconsequentes e, temos de tomar um baita cuidado com o que aconselhamos aos nossos personagens, e com o que damos pra eles. Alguns podem simplesmente fazer muita besteira quando estão armados, por exemplo. 

Somos tecnicamente a consciência deles, mas a personalidade de cada um é moldada por suas ações e decisões individuais, e quando não estamos sob controle deles, as asneiras que fazem podem ir do cúmulo ao absurdo! 

Mas também temos um pouco de culpa no cartório, afinal algumas vezes podemos move-los por interações em Quick Time Events. São fáceis, mas sempre são realmente rápidos e raramente dão segundas chances.

Errar um botão facilmente ocasiona na falha do personagem, e é muito fácil morrer assim. O jogo não é nada tolerante e não da muitas chances de erro não. Mas a graça tá exatamente nisso.

Ter de tomar decisões rápido (pois os diálogos acabam tendo tempo também) ou pegar itens o quanto antes (afinal tem objetos de cena que são temporários por causa de eventos em andamento) ou apenas apertar os comandos certos numa luta (pra não receber um golpe letal do nada), são coisas que empolgam, e geram adrenalina.

Tem momentos em que os personagens precisam ficar quietos, pressionando a ação se "Segurar a Respiração" no tempo certo. Lembra muito o esquema de "Manter o Controle Imóvel" de Until Dawn, mas agora formulado pra uma variação mais ampla de controles (sem depender do Sensor do PS4) para se adequar às demais plataformas.

Por fim, a seleção de personagens está fora do nosso controle. É o jogo quem decide quem controlaremos e quando, e há até uma opção de "Multiplayer", tanto online quanto local, onde podemos jogar passando o controle pros demais jogadores, pra que cada um escolha em nome de seus personagens.

Enquanto uns jogam, os outros assistem, e como os eventos são relativamente rápidos, não é um tempo tão longo de espera entre um jogador e outro.

Enfim, o jogo se salva sozinho, não dando a menor chance do jogador mudar os eventos ao se arrepender. Da pra rejogar, mas só após terminar pela primeira vez a campanha, então meio que a primeira vez é a que conta de verdade.

O Terror

A história do jogo contarei logo mais, mas o que devo adiantar é que ela é lotada de jumpscary e suspense.

A trilha sonora funciona bem pra criar uma atmosfera perturbadora e assombrosa, e juntamente com o ar tenebroso que o cenário claustrofóbico de um navio abandonado pode causar, nós ficamos bem apreensivos e atentos a cada pequeno detalhe.

Tem coisas que apenas nós, como meros observadores, conseguimos ver, e isso só aumenta nossa tensão pois, sabemos que tem algum perigo próximo, mas os personagens não.

Olhe no canto direito.

Em alguns momentos o suspense é tamanho que apenas não sabemos no que acreditar, e nossas decisões tomam rumos semelhantes aos dos filmes de terror mais clichês.

Inclusive, eu fiquei abismado quando percebi que em algumas situações, eu acabaria sendo tão babaca quanto qualquer outro personagem azarão dos filmes que tanto consumo. Sabe aquele personagem que toma uma decisão muito absurda e acaba morrendo por isso? Então, vários dos meus fizeram isso, pois eu não soube e nem tive tempo pra compreender as mensagens que o jogo queria me dar.

Exemplo, em alguns pontos chave, aparece o Curador, posicionado ao fundo, e sem interação. Ele parece só um easter egg macabro, mas na verdade é um prenuncio, um alerta de que os eventos que se seguiriam seriam possivelmente letais.

Notei isso e comecei a tomar mais cautela nessas horas, o que não me ajudou tanto (pois ainda cometi burrices), mas ajudou pelo menos a ficar mais tranquilo nas vezes em que ele não aparecia.

Confesso que fui enganado pelo jogo várias vezes, me fazendo temer o que não deveria, e fui levado a errar. O pior é que o jogo avisa em muitos momentos, e dá dicas para que não erremos, mas é difícil antecipar.

Tem até uns Quadros que da pra encontrar e interagir, os quais revelam brevemente eventos futuros, como uma premonição. Mas não da pra saber se essas previsões são ocorrências fatais, ou dicas do que fazer. Ficamos na dúvida, até que algum desses eventos aconteça, e nos mostre as reais intenções dos quadros (que sinceramente, são boas, mas confundem bastante o jogador).

Eu acabei me deixando levar pelas semelhanças entre "Man of Medan" e o filme "Triangulo do Medo" ou outros títulos ambientado em Navios Fantasmas, que apenas ignorei as ameaças maiores que um Navio a Deriva no Mar, com Piratas a Bordo, além dos Monstros e Fantasmas poderia oferecer.

Inclusive em dado momento, senti que era impossível resolver a situação, e aprender a supera-la, pois as ameaças eram tantas e tamanhas, que apenas não parecia ter salvação. Mas, mano, quando chegamos no fim, tudo fica tão claro e faz tanto sentido que ao jogar novamente, tudo simplesmente se torna bem mais fácil.

Mas claro, o jogo sabe disso, e eu percebi quando tentei re-jogar e notei eventos diferentes, mesmo tomando escolhas parecidas.

O desfecho em si não se altera creio eu, e a ameaça é exatamente a mesma em todas as campanhas. Mas como lidaremos com ela e aprenderemos a supera-la, isso sim é algo que compensa explorar e pode até variar randomicamente, só pra nos deixar ainda mais perdidos.

Personagens

Aqui talvez comece a parte do Spoiler, pois falarei de cada personagem da forma como eles se comportaram para mim. 

São tecnicamente 6 personagens principais, controláveis, um deles já batendo as botas no início de tudo. Os demais 5 são jovens adultos imprudentes tentando sobreviver a uma ameaça no mar.

Além deles, há personagens secundários e coadjuvantes que acabam tendo grande importância, afetando a história direta e indiretamente.

Aliás, alguns personagens tiveram voz, face e corpo de atores reais em seus papeis, mas outros tiveram apenas dublagem, ou a captura de movimento e rosto, feita por atores diferentes e mesclada. Destes, apenas um me foi bem familiar, pois já tinha feito papel de captura antes. Falarei deles a seguir.

Joe 

(Movimentos e Voz de Adrian Burhop, Rosto de Jack Green)

Tudo começa com este personagem e seu amigo, ambos soldados que faziam parte de uma tripulação num navio chamado SS Ourang Medan.

Joe é nosso tutorial. Controla-lo é mais pra conhecer as mecânicas de ação, exploração e escolhas, mas não da pra salva-lo de forma alguma, até porque os eventos dos quais ele participa são no passado, quando o Navio ainda nem tinha ficado a deriva.

Ele é parte da tripulação que simplesmente foi massacrada por algo a bordo, e os derradeiros protagonistas visitam seu túmulo marítimo, sem saberem, muito tempo depois.

Joe tinha um filho, que apesar de não aparecer (aparentemente), é citado por ele próprio e tem até uma foto. Sem contar que, o fantasma que o assombra é seu próprio filho, ou uma figura que o imita.

É que, os fantasmas daqui são sempre relacionados aos maiores medos das vítimas, logo, o filho dele, e a possibilidade de perda, era seu medo. 

Joe parece falar mandarim, uma vez que ele compreende o que um cartomante e uma mercadora chineses falam em seu idioma natal (no caso, o áudio é em chinês, mas as legendas vem traduzidas).

Achei que isso seria uma característica importante no jogo, pois uma outra personagem falava francês e, em certos momentos ela poderia traduzir... mas isso não ocorre.

Alex 

(Movimentos e Voz de Kareem Alleyne, Rosto de Tom Weston)

Este é um dos jovens nos tempos modernos que decide viajar pelo mar pra buscar um avião militar naufragado, e um suposto tesouro. Ele é de família rica pelo que parece, e sua bravata se passa com um Barco Alugado.

Ele é um pouco inseguro emocionalmente, apesar da viagem ocorrer com sua namorada, e por várias vezes fica se perguntando sobre seu relacionamento com ela, e o quanto deve se aprofundar neste.

Sua maior preocupação é inclusive essa, se ele deve ou não ficar com Julia, mesmo ambos se dando até que bem.

Alex também é o mais corpulento e musculoso do grupo, mas ele não faz muito com essa massa toda, e por vezes se torna um peso morto. Talvez a melhor coisa que ele sabe fazer é mergulhar, sendo muito bom nisso ao lado de sua namorada.

Ele também vive julgando o irmão menor, como se ele fosse superior, e como se o irmão buscasse sua aprovação o tempo todo. Sendo sincero, achei este um personagem bem convencido.

Seu medo nunca ficou exatamente claro pra mim. Ele já percebe a realidade assim que as coisas começam a ficar perigosas então, a criatura que o perseguiria não o faz, pelo menos não comigo.

Brad 

(Movimentos e Voz de Chris Sandiford, Rosto também de Tom Weston)

O irmão mais novo de Alex, Brad é meio nerd e acaba sendo mais introvertido de início, mas logo se solta e se mistura.

Ele é bem inteligente, mas é imaturo, e acaba virando um baita inimigo quando as coisas começam a desandar.

É que, por ser meio acovardado, ele age antes de pensar, mesmo sendo quem melhor pensa, então por vezes comete falhas gravíssimas, ou pode cometer, se botando em risco ou até mesmo colocando os outros em risco.

Foi ele quem descobriu a localização do avião naufragado.

Esse tem traumas viu. Muitas são as atividades paranormais que o afetam, geralmente seus amigos mortos, ou pessoas mortas no geral. 

Julia 

(Movimentos e Voz de Arielle Palik, Rosto de Zara Sparkes)

É a namorada de Alex, de família rica, que vai na viagem a turismo com o mozão, e claro, a trabalho pois assim como ele, ela é mergulhadora e queria vasculhar os destroços do avião.

Ela é imprudente, e bem humorada, sempre tentando ver o copo meio cheio.

No entanto, ela preza muito pelo relacionamento com Alex e tenta preserva-lo ao máximo, sempre sendo bem flexível.

Julia é confiante e confiável, mesmo as vezes tomando decisões individualistas que podem comprometer sua segurança, ela também busca ajudar aos outros e ouvi-los para sempre fazer o melhor.

O medo que atormenta Julia é Alex, apenas isso. Chega a ser confuso de início pois ela começa a ver vários Alex, mas na realidade, a ameaça que a persegue é resultante de seu temor em perdê-lo.

Conrad 

(Movimentos, Voz e Rosto de Shawn Ashmore)

Este é irmão de Julia, que vai na viagem com o grupo, e é o mais humorado, agitado e claro, imprudente de todos.

Ele não esconde que não tem medo de ninguém então, adora provocar a todos, inclusive quem não deveria.

Sempre tentando fazer piadas, ele acaba botando a si próprio em risco por conta de sua lábia.

Conrad é o único que pode morrer ou se salvar antes mesmo da história começar de verdade! Ele é meio que uma peça importante no começo, mas conforme a história se desenrola, ele vira uma peça secundária, inclusive se afastando do grupo por um longo tempo.

Ele também é o único do elenco principal que tem rosto, voz e interpretação do mesmo ator, quem também fez o rosto do protagonista de Quantum Break (da Remedy), por isso é o rosto mais familiar pra mim.

A ameaça de Conrad é uma mulher jovem a bem atraente, mas fantasmagórica. Ele acaba sendo literalmente perseguido por ela, que vai envelhecendo aos poucos conforme se aproxima dele. No caso, bem provável que ele se assuste com isso por se sentir rejeitado pelo sexo oposto ou algo do tipo.

Fliss 

(Movimentos e Voz de Ayisha Issa, Rosto de Storm Stewart)

Essa é a capitã do barco alugado pela garotada. Ela é inicialmente bastante ríspida e resistente, evitando se envolver com os outros apesar de parecer tão jovem quanto eles.

Ela tava ferrada financeiramente, e aparentemente perderia o navio de toda forma, mas ela faz questão de fazer seu trabalho e leva muito a sério o que faz

Ela não gosta que seus clientes botem seu nome em risco, por isso vive os repreendendo por qualquer ação que possa comprometer sua embarcação, e ela é contra a exploração submersa deles, praticamente implorando pra que não danifiquem o avião caso o encontrem.

Fliss é bem chatinha, mas com o tempo começa a ser mais flexível. Ela também é a única do grupo que fala francês, o que eu achei que seria útil mas, acabou não sendo, pois apesar dela entender o que outros personagens falam (estes os vilões que surgem, e conversam em francês), o jogador não entende se não souber falar, e as falas não são traduzidas, diferente do que ocorre com o Joe no começo.

A ameaça que a persegue, pra mim, foram agouros do navio, e superstições mortais. Ela acaba sendo agarrada por mãos de vários mortos.

Ela também tem uma visão de uma figura sombria com um cajado, que tecnicamente seria uma previsão do que a mataria, mas distorcida. Nunca encontrei essa criatura personificada, mas acabei sofrendo pelo evento que ela simbolizava.

Vilões

Como vilões, existem vários, desde as criaturas sobrenaturais, até um pirata que aparece e sua trupe. Tecnicamente, todos são importantes afinal são ameaças em potencial. Mas apenas um deles tem destaque real:

Olson 

(Movimento e Voz de Kwasi Songui, Rosto de Winston Thomas)

Este cara é um pescador/pirata que acaba danificando sua embarcação ao bater no barco de Fliss.

Apesar dela tentar remediar a situação, Conrad estraga tudo e provoca o cara, que volta depois pra se vingar.

Olson tem uma tripulação composta por mais 2 caras, e todos eles instauram o terror no barco de Fliss até se depararem com o Medan.

Quando o fazem, decidem sequestrar a tripulação e invadir o grande navio, na busca de ouro perdido ali. Mas tudo da errado, e Olson vira uma das maiores ameaças de todos.

Não sei dizer qual o temor dele, e o que o perseguiu, mas ele acaba desconfiando até mesmo de seus aliados, atacando-os posteriormente.

O Curador 

(Movimentos e Voz de Pip Torrens, Rosto de Tony Pankhurst)

Por fim, temos o Curador.

Ele é um colecionador de histórias que é muito gentil conosco, e tenta nos fazer ajuda-lo a contar suas histórias.

O que jogamos, é apenas uma história em construção, que ele desenvolve e adapta, quase como se fosse um "Mestre de RPG".

O Curador parece estar presente em todos os jogos, e as vezes ele dá dicas do que podemos fazer para conseguirmos um final satisfatório pros nossos personagens.

No entanto, ele mesmo admite que não existe um final certo ou errado. Tudo depende somente da nossa Bússola Moral, e o que consideramos bom ou ruim.

Minha História

Aqui começam os spoilers, por isso recomendo que leia apenas se não quiser perder alguma surpresa.

Detalhe, diferente do que fiz em Until Dawn, eu não joguei dezenas de vezes até pegar o melhor final possível. Eu me contentei com o primeiro, pois o Curador me motivou a isso. Mas, eu sei que há vários finais, e tem muita coisa que não vi na minha campanha.

Man of Medan

Dois homens passeiam por um mercado chinês enquanto o navio deles, o SS Ourang Medan, está sendo abastecido com Caixões Cerimonias de Guerra, e algumas caixas suspeitas.

Os homens brincam no mercado até se cansarem e embarcarem, saindo na porrada por estarem bêbados. Consequentemente, ambos são presos, Joe (quem controlamos) é atordoado com um murro do capitão, e seu amigo é levado pra uma sela por causar distúrbios abordo. 

No mar, o navio é atingido por um raio que acaba danificando uma das caixas, que exala um gás, que se espalha rápido ao entrar em contato com a água.

Um tempo depois, Joe acorda em meio a tiroteios e muita bagunça, e no meio do susto começa a explorar, achando corpos pelo caminho, e reencontrando seu amigo.

Ambos acham uma série de corpos, alguns com o rosto repleto de medo, e conforme exploram, o amigo de Joe aparece morto, degolado.

Assustado, ele que já estava tendo visões de uma criança pelo navio, acaba dando de cara com seu filho cadavérico, com uma faca na mão, vindo em sua direção.

Ele atira contra o fantasma, o que não surte nenhum efeito, e então... ele morre enfartado, se contorcendo no chão, com pavor nos olhos.

Posteriormente, vemos o capitão do navio tentando fugir do Medan, mas caindo e quebrando o pescoço em um bote salva-vidas.

E um dos marinheiros pedindo socorro via código Morse, até ser atacado por alguma criatura cheia de braços, e apenas aparecer morto, também em pânico.


E assim rola a Abertura. Uma introdução mostrando o Curador andando por um corredor cheio de histórias, até abrir uma porta.

Em seguida o Curador, que nos explica as regras da história e como tudo funcionaria. Ele passa então a contar a história do navio.

Assim se inicia o jogo, agora anos depois, em terra firme, com o Alex e seu irmão se preparando pra zarpar.

Ambos conversam sobre suas incertezas até que Julia e Conrad chegam, e todos começam a se enturmar.

Daí a dona do barco aparece toda pistola e pronto, eles vão pro mar.

Na água, encontram o avião naufragado e, apesar das relutâncias de Fliss, Alex e Julia mergulham pra explorar, enquanto Brad passa mal por vertigem marítima misturada com bebedeira, e Conrad paquera a capitã.

Depois de muita enrolação, com Julia e Alex passando até por tubarões (que são só ameaças vagas), o pirata aparece e é provocado por Conrad, partindo irritadíssimo da vida.

Nessa parte o Curador reaparece, pra nos dizer que estamos nos familiarizando com o pessoal. Então ele retoma a história.

Anoitece, Brad conta uma história de terror, e todos vão dormir. 

Até que os piratas chegam, e sequestram geral, amordaçando e ameaçando.

Eles buscavam dinheiro, e descobriram que o grupo estaria atrás de tesouros, daí os mantém presos até apurarem melhor os fatos.

Paralelo a isso Conrad consegue sair por uma janela e tenta fugir, mas desiste na última hora e tenta pegar os caras desprevenidos. 


Mas vacila, perde a chance e acaba tomando uma surra. Então, uma tempestade se inicia.

Aliás, Fliss quase cai no mar, mas o pirata a salva, mostrando que talvez seria um possível aliado.

Apesar de Brad ser o único que os piratas não tinham encontrado, Alex entrega sua posição pra evitar que ele se afogue pela tempestade (algo que viu numa visão). Assim, todos acabam capturados.

Mas eles não ficam muito tempo assim, pois não demora pro Ourang Medan aparecer, e os barcos se chocarem. Rapidamente, os piratas mandam os sequestrados entrarem no navio, tirando uma peça importante do barco de Fliss só pra evitar que eles fujam.

Mais uma vez o Curador aparece, dizendo que está orgulhoso por ninguém ter morrido, ainda. Em seguida ele oferece uma dica e diz "Nem tudo é o que parece", retomando a história de onde parou.

Então eles começam a explorar. Na primeira chance de colocar os jovens numa sala trancada, os piratas o fazem. Mas os jovens encontram uma saída e fogem.

Fliss e Conrad acabam segurando uma mesa contra a porta pra que os piratas não entrassem, mas Conrad opta por fugir, deixando Fliss pra trás, quem é capturada (eu fiz isso de propósito pois, na lógica, Fliss saberia conversar com os piratas, Conrad não).

Mas não demora muito até eles voltarem pra tentar ajuda-la, e num esconde esconde com os piratas, eles acabam estragando tudo e separam o grupo todo.

Fliss acaba salvando a si própria pois o pirata com ela começa a surtar com algo que apenas ele via, sumindo em seguida.

Conrad começa a ver uma moça estranha em toda parte, e não demora até simplesmente se perder do grupo, caminhando sozinho pelo navio.

Julia começa a gritar pelo navio, procurando seu irmão (como se esquecesse que tinham piratas atrás deles), e anda ao lado de seu namorado.

E por fim, Brad encontra Fliss, mas logo em seguida ele cai num looping de terror que o deixa tão assustado, mas tão assustado, que ele só faz merd4.

Ele entra numa porta que leva pra um corredor repetido o tempo, com sempre um corpo baleado a frente, e eventos cada vez mais perturbadores. 

Primeiro ele aparece sozinho, e toma um susto ao abaixar pra pegar a bala no corpo, morrendo de enfarto e acordando entrando pela porta de novo.

Daí ele encontra Fliss, que não diz nada, para do lado do corpo e novamente, susto, depois de ver o nome do irmão dele na bala que pega, acordando de novo atravessando a porta.

Ai ele tá com o capanga do Olson (o mesmo que tava com Fliss), e age naturalmente (como se ele estivesse o tempo todo com o cara) e aí, pega a bala, que vira uma sanguessuga, e tanto ele quanto o cara são mortos por sanguessugas que brotam do corpo... só até ele acordar outra vez passando pela porta.

Então no lugar onde tava o corpo (que sumiu), cai o irmão dele com metade do rosto desfigurado, que pede ajuda e tenta agarrar ele, esfaqueando ele no peito e mais uma vez, fazendo ele acordar passando pela porta.

Daí dessa vez ele consegue sair desse corredor, anda um pouco mais, encontra uma Chave de Boca e se arma, caindo numa estrutura após tomar mais um susto com alguns corpos pendurados (gente que se enforcou).

Enquanto isso Fliss tenta encontra-lo, mas na mesma sala, após ver o corpo baleado (com uma bala diferente)...

Ela é pega por mãos no chão, de soldados mortos, que tentam agarra-la a todo custo.

Depois de fugir, ela vê Brad sendo puxado pelos mesmos mortos, e decide ajudar...

Mas era mais um morto, que faz ela correr assustada, e a leva pra um salão grande de festa, limpo e bem iluminado.

O salão tem vários rituais bizarros descritos por toda parte, e sangue empoçando todo o chão, além de um altar com um caixão cheio de sangue dentro, que da mais um susto com uma mão tentando agarra-la.

Mas depois de sair pela porta, ela se vê de volta no navio, respira ar fresco, e retorna pra sala anterior, que era apenas a sala principal dos Caixões, onde ela abre o baú do Ouro de Manchúria. 

Esse era o lugar mais carregado do gás que esse ouro produzia (o ouro era na verdade um pó tóxico que virava fumaça).

Pelo menos foi isso que entendi, pois logo em seguida ela simplesmente teletransporta do local da descoberta para o ponto onde Brad havia caído.

Então ela vê Brad caindo da estrutura, e ao tentar ajudar... ela toma uma chavada na testa, cai de nuca no chão e morre na hora (eu vacilei, e esqueci de apertar o botão).

Brad, de tão assustado, apenas bateu nela pra se defender, e saiu correndo.

Enquanto isso, Alex e Julia continuam procurando seus irmãos, até que caem de uma ponte, empurrados por conta de Olson e uma marreta. 

Em seguida, Julia começa a ver coisas, primeiro voltando pro avião naufragado, onde vê Alex morto, e depois vendo Alex, tentando afogar Alex, na frente dela.

Ao fugir com ajuda de um dos Alex, ela fica confusa sem saber em quem confiar, até que um terceiro Alex sai da água e se transforma em Olson, quem simplesmente começa a persegui-los.

É um momento extremamente confuso, e por conta disso, eu simplesmente parei de decidir as coisas por ela. Como eu não sabia mais quem era o Alex, e se tinha mesmo um Alex ali, preferi não lutar e só fugir.

Julia fica catatônica, mas consegue escapar, trancando o cara do outro lado de uma porta, que depois da longa perseguição, de fato se mostra ser Olson, e o Alex com ela era seu Alex mesmo.

Confesso que eu também fiquei sem saber o que fazer, afinal o Olson falava frases como "Não me ama mais?" enquanto perseguia ela, mas com cara de Olson. Achei que na verdade Julia estava correndo ao lado de uma alucinação, e o Olson era o Alex. Mas no fim, ela conseguiu fugir de toda forma e isso era tudo ilusão.

Enquanto isso, Conrad anda desnorteado e falando sozinho, por todo o navio, achando que era tudo uma pegadinha bem elaborada...

Até que se depara com seu nêmeses, a moça assombrada, e corre por sua vida.

Ela atira cacos nele, e a cada vez que ele se afasta dela, mais velha ela fica, e começa a se arrastar em sua direção.

Ele foge, corre, tropeça mas levanta, e escala o navio até o ponto mais alto, em uma das chaminés. 

Lá, ele fica encurralado, e a moça se arrastando aparece, parando na frente dele e carregando o que parecia ser um golpe mortal.

Mas, Conrad fecha os olhos de tanto medo, e simplesmente pula de costas lá do alto, morrendo no impacto na hora, também com a nuca direto no solo (eu achei que ele pularia na água, que tipo de idiota pula de costas no chão?).

Paralelo a tudo isso, Julia e Alex encontram Brad logo após escaparem do Olson. 

Logo em seguida encontram o corpo de Conrad estirado no convés. Engraçado que Brad tenta impedir que Julia visse, como se já tivesse encontrado o corpo antes.

Com as duas mortes, o Curador aparece e chama a atenção, alegando que nem tudo era o que parecia, e ainda complementa dizendo que "As coisas tem mais ciência do que paranormal aqui". 

Então ele retoma a história.

Julia chora muito, mas eles decidem ir pra uma sala pra pensar e entender o que tava havendo. Lá, Julia interroga o seu cunhado sobre o que aconteceu, e ele mesmo confessa que havia seguido Conrad pelo navio, mas ele estava assustado de mais e simplesmente perdeu ele de vista, até que eles encontraram seu corpo naquele momento.

Na verdade, pelo que entendi, Brad era a mulher assombrada, pelo menos na visão de Conrad, e tentou se aproximar do amigo até que ele se matou de medo. Só que Brad não revela isso, e nem sobre Fliss. Ou seja, ele é um assassino duplo.

De toda forma, eles decidem montar um plano. Teriam de chamar ajuda pela sala de rádio (pois ainda havia energia, por incrível que pareça), e depois pegar a peça do barco de Fliss que os piratas tomaram.

Após conseguir de fato usar o rádio, o mesmo acaba falhando por falta de energia, então o trio se separa, deixando Brad na sala do rádio sozinho, enquanto Alex e Julia procuravam pela Sala de Máquinas, na tentativa de restaurar a energia do local.

Eles encontram a sala, e também o equipamento de mergulho deles, que os piratas haviam roubado. Sem contar que com base nos documentos que Alex encontra, eles descobrem toda a verdade sobre o navio.

Militares haviam desenvolvido e transportado uma arma biológica chamada "Ouro de Manchuria". Era um tipo de pó que ao entrar em contato com água, formava um vapor tóxico que gerava fortes alucinações realistas em quem o aspirava.

O navio inteiro havia se tornado uma câmara de gás, que gerava essas alucinações em todo mundo ali dentro, causando medo, pânico, e desastre. Os soldados, armados, começaram a se matar, fosse por suicídio, fosse tentando atirar nos monstros que viam, ou então apenas enfartando mesmo. Fato é que todo mundo morreu, e a toxina permaneceu ali.

Eles haviam aspirado isso, e agora todo mundo tava alucinando igualmente. Mas, cientes de que era tudo coisa da cabeça deles, eles poderiam tentar resistir.

O problema é que não eram só as alucinações fantasmagóricas que o assustavam. O pirata Olson ainda estava a espreita, e aparece surtado, com uma marreta em uma mão, e sede de sangue. Ele esfaqueia um de seus aliados (o cara que deixou Fliss escapar), com Alex e Julia testemunhando, e quase sendo pegos (mas ambos conseguem segurar a respiração e escapar na primeira vez), até que Olson parecer ir embora.

Eles tentam explorar o local, mas Olson volta, e começa a persegui-los. Na fuga, eles acabam deixando o equipamento de mergulho pra trás, mas conseguem trancar o pirata do outro lado de uma porta num corredor.

Infelizmente, ambos são encurralados por outro pirata, este com uma arma de fogo na mão. Porém, ele estava abaladíssimo, se negando a acreditar que eles estavam vivos, e depois falando repetidamente da neblina dali, e de como ela era letal pra todos.

Mesmo com Alex tentando acalma-lo, ele se mata com um tiro na cabeça. Era tarde pra ele, mas por sorte a arma dele foi esvaziada nos disparos (aprendi que arma-los era um erro).

Por alguma razão eles decidem correr um pouco mais até chegar numa sala fechada com uma abertura cheia de água no chão, que Julia diz ter de mergulhar. Mas sem o equipamento de mergulho, fica por isso mesmo e a cena corta. Nessa parte, imaginei que eles entrariam na água, mas isso não é mostrado.

Na verdade, logo em seguida o controle retorna pra Brad que ao ter a energia de volta, chama por ajuda no rádio, obtendo sucesso. 

Mas, ao invés de apenas esperar ali, ele escuta marteladas e decide entrar no buraco onde seu irmão e sua cunhada entraram, pra procura-los (burro de mais).

Ele não sabia do segredo das alucinações, então as chances disso dar ruim eram altíssimas. Mas o pior que acontece com ele é se deparar com Olson, ainda surtado, mas agora no salão atrás do caixote com Ouro da Manchúria, com uma porta trancada cheia de água dentro (aparentemente era a sala de baixo da que Julia e Alex estariam).

Ele tenta atacar Brad, que se esquiva, e depois mira na porta e destrói a maçaneta, fazendo jorrar água pela sala inteira, e puxando Julia (que tava submersa, não sei como, pois o jogo não mostra ela entrando na água nem nada).

Julia já sai correndo e busca formas de ajudar seu cunhado, que por sua vez luta contra Olson, tentando pegar a Peça do barco da falecida Fliss.

Durante a luta, ela sugere que ele passe por uma porta pesada, que ela acionaria pra prensar Olson. 

Quase dá certo, Olson segura Brad pelo braço e ambos são esmagados juntos (eu errei o último botão).

Aliás, durante a luta aparecem silhuetas atrás de Olson, que eu achei que eram alucinações que acabariam ajudando (ou atrapalhando), ou então o Curador anunciando a morte provável. Mas nada disso afeta a parte final, sendo provavelmente o ápice do efeito da fumaça do ouro, pela proximidade deles.

Depois de matar o próprio cunhado (vingança involuntária), Julia fica ainda mais abalada, mas pega a peça do barco pra ir se encontrar com seu namorado e fugir.

Enquanto isso, Alex (que não faço ideia como se separou de Julia) encontra o corpo de Fliss (que tava nessa mesma sala não?!), e fica apavorado com isso, mas vai se encontrar com sua amada, sorrindo.

Confesso que toda essa parte foi bem desconexa.

Ambos se encontram no convés do navio e se abraçam, voltando pro barco de Fliss e recolocando a peça faltante, fugindo em seguida.

Eles lamentam pelos irmãos perdidos, mas agradecem por ter escapado.

Alex até comenta que, seu irmão acreditava em múltiplas realidades e que, era provável que haviam realidades ainda piores que aquela (é uma forma do jogo dizer que podemos jogar de novo e fazer novas escolhas, e que esse não era o pior final possível).

E assim... meu final tem a morte de Fliss pelas mãos de Brad...

A morte de Conrad, também pelas mãos de Brad...

E de Brad... numa justiça poética do destino (juro que não foi proposital).

E assim termina minha história.

O Curador fica meio decepcionado por terem tido tantas mortes, mas ele diz que faz parte, e foi tudo resultado das minhas escolhas, e consequências disso.

Em seguida ele diz que voltará um dia, e que isso é inevitável, citando o título do próximo jogo: "Little Hope".

Observação: Na etapa final do jogo existe um quadro que mostra um futuro possível, aparentemente de Little Hope, e não de Man of Medan. Os personagens retratados não estão neste jogo, por isso é um provável evento do próximo título, mesmo se passando em um universo diferente. 

Enfim, eu tentei contar tudo sem ser muito detalhista ou enrolado.

O jogo mesmo leva poucas horas pra ser terminado, mas tem muitas e muitas possibilidades de finais e escolhas. Na verdade, pesquisei um pouco posteriormente e dá pra salvar todo mundo, mas sempre vai ter alguma desgraça.

Tanto que, no pós crédito, é mostrado que o capanga do pirata que foi esfaqueado por ele, estava vivo ainda, e se levanta.

Em seguida chegam militares pra resgatarem o pessoal, seguindo o chamado do falecido Brad.

Eles exploram o navio em busca de sobreviventes, até serem atacados até a morte pelo pirata, enlouquecido pelo gás alucinógeno. 

Ou seja, teve ainda mais morte depois do fim do jogo.

Outra coisa...

Baseado em Fatos Reais

A Lenda do "SS Ourang Medan" existe, e é um conto conhecido. Inclusive ele serve de base pras histórias como "Navio Fantasma" e "Triangulo do Medo". A palavra "Ourang" significa "homem" em indonésio, por isso o título do jogo em inglês fica "Man of Medan", que nada mais é que o nome do navio.

Resumidamente, a lenda sobre esse navio diz que por volta de 1947, navios americanos receberam um pedido de socorro vindo de um cargueiro holandês chamado Medan Ourang, que informava apenas que geral tinha morrido, e aquele que estava pedindo socorro seria o próximo. Quando os marinheiros chegaram para o resgate, o navio parecia intacto, mas dentro dele só encontraram cadáveres, todos com expressões de medo e sem feridas aparentes. Pra variar, antes de poderem investigar melhor, um incêndio iniciou no porão do navio, forçando evacuação e o naufragando.

O jogo retrata essa história, buscando meio que explicar o que poderia ter ocorrido ali. De fato, muitas suspeitas seriam de que um vazamento de gás de cargas irregulares, acabou causando as mortes.

Em todo caso, eu gostei muito da experiência.

E estou ansioso pra jogar Little Hope. 

Algo que me deixou intrigado é que, em Until Dawn temos dificuldade em escolher pois tudo parece causar a morte dos personagens (mortes essas partes de uma pegadinha até que tudo se torna real de mais). 

Em Man of Medan, nossa dificuldade é diferenciar real de falso e resguardar por nossos personagens, evitando que se matem achando que estão correndo perigo pelas alucinações.

Duvido que em Little Hope vão repetir a fórmula então, quero muito ver o tipo de terror que vão usar, e se agora realmente terão monstros de verdade... o tempo inteiro ao menos.

Enfim, até lá, ainda tenho muito tempo.

Estou feliz por ter concluído esse survival horror e, fazia tempo hein.

Obrigado pela leitura, e desculpe se exagerei nos detalhes e entreguei algum spoiler pesado.

Se quiser jogar, compensa viu.

Mas se quiser ver meu jogo... bem... eu gravei tudo! Ainda ta bem amador, mas eu estou aprendendo a registrar tudo no YouTube.

Se quiser assistir, ta em 3 partes apenas, com umas 5 horas no total (mas da pra ficar pulando nem grila):

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Futuramente, quando eu aprender, talvez edite pra encurtar.

E, se quiser ver mais artigos desse tipo, por favor visite a Lista da Morte, só clicar aqui.

Por hoje é só.

Obrigado de mais pela leitura.

Se comentar, responderei pode ter certeza.

See yah!

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