Não sei a razão pela qual passei tanto tempo sem vislumbrar essa obra prima, mas finalmente tomei vergonha na cara, baixei o filme.
Hoje, farei uma exceção nos founds, e falarei de algo que me recomendaram, e também trata de um dos assuntos que eu mais curto, dessa vez: Paradoxo Temporal.
Bora para:
Triângulo do Medo
Um longa sobre um grupo de pessoas presas num terror marítimo e temporal.
Boa leitura, e claro que tem spoilers.
Eta filme confuso no começo viu. É daqueles que você começa pelo final, e no meio ta no começo, e quando vê, acabou de começar de verdade, pois é o final do começo (eu buguei).
Esse é um filme complexo, mas de um jeito que da pra entender, é só ir até o final.
Ele funciona como um terror psicológico leve, acronológico, com três etapas.
No começo, ele se resume a suspense. Tudo nos faz questionar o que ta ocorrendo, e temer pelo que ocorrerá. São mistérios e mais mistérios, com muito mais perguntas, do que respostas. O tempo inteiro parece que coisas tão sendo cortadas da obra, deixadas de lado, mas é proposital.
Na metade do filme, elementos sobrenaturais começam a tomar conta. Coisas estranhas acontecem, encontros inusitados, e o perigo começa a ser estabelecido. Mas ainda com dúvidas pairando no ar, pois nada é respondido, apenas acontece.
Na terceira parte, as respostas surgem umas depois das outras. Tudo começa a se repetir, e as cenas que faltavam passam a ser mostradas, se encaixando e formando a imagem total do quebra-cabeças, mas ainda deixa um baita mistério, pois mesmo encaixando tudo bonitinho, ta tudo fora de ordem, pois é mostrado fora de ordem.
Acontece que Triangulo do Medo é um filme sobre viagem temporal, e paradoxo temporal.
Acompanhamos uma única linha do tempo, que transita e assiste várias outras linhas do tempo cruzando com ela, umas encerrando bruscamente sua participação, outras reaparecendo periodicamente, mas todas elas vão se conectando, formando o confuso enredo.
O que assistimos, é um looping no tempo, pois começamos do final, que também é o começo e que se repete constantemente e infinitamente. Porém, no inicio, não temos essa noção, assim como a protagonista, que inusitadamente, também não se lembra dos eventos vindouros.
Assim, numa primeira vez que assistimos, estamos como ela em sua primeira vez presa no looping, mas depois que conhecemos a trama, entendemos que ela esta perdida e condenada a uma tortura eterna.
Não da pra saber quando a história de fato começou, e provavelmente, ela não começou quando nos é contada. Já conhecemos a protagonista presa em sua condenação, em seu looping, e tudo o que fazemos e acompanhar o como ela se mantém nesse ciclo temporal infinito.
Isso por si só, é confuso, mas brilhante.
Personagens
Mãe
A protagonista é uma mulher, mãe de uma criança autista que, simplesmente é vista catatônica.
De inicio ela limpa a sujeira que seu filho fez acidentalmente em casa, e depois, se vê confortando ele pois a limpeza já foi feita. Da-se a entender que ele ficou em pânico após ter feito a própria bagunça, pois como ela mesma diz, seu filho é meio perfeccionista e gosta de tudo do jeitinho dele, ou pira.
Mas tudo tem seu próprio significado. Um deles é a ausência completa da criança após a transição repentina da casa da mãe, pro barco (Triângulo).
Quando chega na embarcação, pra velejar a convite de um amigo que conheceu no trabalho de garçonete, ela simplesmente não sabe responder ao certo onde seu filho está, quem ela deveria levar junto pra viagem, já que é solteira, e é sábado, não haveria com quem deixa-lo.
Com o argumento de que ele estaria na escola, e respaldada pelo roteiro de que, por ele ser autista, a escola talvez funcionaria inclusive em fins de semana, há uma folga pra personagem e uma suspensão da descrença, dando um pouco de alívio pra ela, apesar da situação preocupante e muito suspeita da índole da personagem.
Nada é ao acaso. Na verdade ela tinha plena convicção do que faria ali, e estava pronta pro que viria, mas por alguma razão, ao descansar, toda sua memória dos eventos passados simplesmente é apagada. O que antes ela só disfarçava não lembrar, agora de fato ela não lembrava.
Seja por intervenção de forças sobrenaturais (talvez a própria Morte), ou seja por consequências do destino (trauma), ela perde a única coisa que poderia salva-la, e a única coisa que a fez se colocar voluntariamente naquela situação, além de perder o foco sobre seu objetivo: Sua memória.
Sem isso, ela é fadada a repetir erros e acertos, e "rolar a pedra morro acima, pra vê-la rolar de novo pra baixo".
Analogia essa lembrada por uma singela confusão no filme. Os personagens citam o mito de Sísifo, uma lenda grega de um carinha que, conseguiu viver 2 vezes ao enganar a morte.
Basicamente o cara tapeou a Morte (Thanatos) quando ela veio busca-lo, como um castigo por ter tapeado Zeus. Ele conseguiu convencer o ceifador a se prender, em algemas, o que baniu a morte de seu próprio reino, o que atraiu Ades, o deus da Guerra, quem salvou Thanatos, e levou Sísifo pra sua derradeira morte.
Não antes dele convencer sua esposa a não enterra-lo nem realizar qualquer ritual para sua partida. Com isso, quando ele foi ao submundo, ele, que era um rei, sem os rituais devidos, foi tido como um ninguém, e usando tal injustiça como argumento, conseguiu convencer Perséfone a permitir que ele voltasse ao reino dos vivos, por 3 dias, para realizar seu próprio funeral e, punir sua esposa pela negligência póstuma. Só que ele esperto que só, aproveitou pra permanecer vivinho até sua velhice, fugindo assim da morte uma segunda vez.
Por tamanha insolência, quando morreu de velho, o carinha foi condenado ao Tártaro, e la ele foi posto pra rolar uma pedra pra cima de uma colina enorme, e próximo ao topo, a pedra rolaria de volta e ele teria de empurrar ela novamente, por toda eternidade.
No filme essa história é citada bem superficialmente, mas ela é atribuída a Aeolus, que é o nome do pai de Sísifo, também nome do deus do vento grego (são homônimos, mas Sísifo não era filho do deus). O nome vem a tona por causa do Navio em que eles embarcam, o qual foi batizado assim.
Curiosamente, o engano, tido por mera ignorância dos próprios personagens (pelo que parece, deve-se a arrogância de um deles que joga a lenda no ar só por jogar e pra interromper o raciocínio dos outros), acaba por se familiarizar com o tema e maldição do próprio navio.
Coincidência ou não, a maldição de Sísifo recai por sobre as costas dessa mãe que, só quer reencontrar seu filho.
Existem vários outros personagens no filme, mas nenhum é importante.
São 4, que eu juro que nem lembro os nomes, e tem até um quinto que simplesmente some da trama logo no começo, tanto pra aumentar o suspense quanto pra induzir urgência e perigo no ar. Só que no fim, esse personagem só é meramente esquecido.
Mais importante que qualquer um deles, é o taxista no final!
O Taxista
No fim da história, ou o que seria o prólogo, conhecemos um ilustre taxista que simplesmente surge e leva a moça para o Triângulo.
Esse cara, não soa como um mero coadjuvante, pois ele não apenas surge em um momento extremamente importante, como ele atua como conselheiro, e oferece o "acordo" que é violado pela mãe.
Sim, ao meu ver, o Taxista é a personificação da Morte, que surge oferecendo uma saída pra moça, a qual aceita, mas não cumpre, e ainda tapeia ela, o que gera sua condenação.
Complicado? Eu explico, e agora entram os maiores spoilers, então espero que já tenha assistido viu.
Primeiro, a história do filme começa a ficar "bagunçada" quando a mãe descobre que uma vez dentro do Aeolus, o navio gigante e fantasma, todos estão fadados a morrer em um ciclo infinito, pelas mãos dela própria.
Uma versão dela, surge e começa a matar aqueles que embarcaram, caçando um a um até que ela interrompe a matança, detendo sua doppelganter. Inclusive, nessa parte do filme, parece que os outros personagens também teriam versões "malignas" no navio, mas é só algo ilusório, apenas ela tem sua versão "má".
A história real era que, a cada massacre realizado, o grupo de náufragos do Triângulo, que tinha sido virado por uma tempestade, reembarcava no Aeolus, e geralmente a única sobrevivente do massacre era sempre a mãe, quem também era a responsável pelo mesmo, voluntariamente ou não.
Isso acaba levando pra vários ciclos no efeito borboleta, atos que se repetem, mas nem sempre igualmente. Ela toma decisões que interferem o ciclo, criando novos ciclos, mas que na verdade englobam um grande ciclo sem fim.
Buscando evitar que os massacres ocorressem, ela causa a morte de algumas pessoas, e ai acaba contando com a repetição pra que um novo grupo de seus amigos surja e ela tente salva-los, de si mesma, e de outras versões de si mesma. Só que no fim, nunca da certo, mesmo ela não aceitando seu papel profético como "A Assassina".
Ela estava presa, condenada a viver e fazer as mesmas escolhas para que outras versões de si mesma fizessem outras escolhas e tudo isso resultasse nela, aceitando o fato de que precisa massacrar a todos no navio.
Isso faria com que todos reaparecessem e ela pudesse de algum jeito interromper a entrada deles no navio, e se sacrificar para que sua outra versão jamais subisse no mesmo, só que isso faz com que essa versão dela se torne a versão maligna que ela mesma enfrentou no inicio do ciclo.
Resultado? Ela é derrotada, e jogada pra fora do navio. Isso a salva, por incrível que pareça, pois ela consegue ser levada pra uma praia, a deriva, e volta pra casa. Só que ela retorna num tempo anterior ao inicio de tudo.
Ela volta, antes de ter saído de casa, e encontra sua versão ainda em casa. Só que ai vem a parte louca do filme. Ao se ver, por uma outra perspectiva, a mãe nota o monstro que sempre foi. Abusiva, ofensiva, negativa. Ela odiava seu filho, pela forma como o tratava, não era aquele amor tremendo que parecia ter e lutava tanto ao ponto de ter passado por tantos e tantos massacres.
É isso que ela pensa, e ao sentir raiva por sua versão passada, que não sabia agradecer pelo que tinha, apenas julgar e criticar, ela vai la e faz o que sabia fazer de melhor: Mata a si mesma.
Só que ela mata na frente de seu filho, daí a cena dela acalmando ele dizendo que "as vezes vemos coisas que não são reais". A sujeira que ela diz ter limpado, é o corpo de si mesma que ela esconde no carro.
Achando que ta tudo resolvido, e que agora pode consertar seus erros passados, ela comete mais erros, agindo por impulsividade, tentando acalmar seu filho na base da ignorância, e isso a faz causar um pequeno acidente. Um Pombo atropelado.
Ao pegar o animal morto e jogar no canto da estrada, ela nota que há vários outros pombos mortos no mesmo ponto. Isso já deixa claro o que ta acontecendo. O Ciclo não terminou.
Afinal, aquela "vilã" que ela derrotou no inicio de tudo e jogou do barco, também tinha chegado ali, antes dela. E se ela era aquela, antes dela houve outra jogada, que chegou ali anteriormente. Assim sendo, tiveram outras jogadas do barco, talvez e provavelmente ELA MESMA, e ela estava se repetindo.
Seguindo adiante, a criança birra pelo sangue no para-brisa, ela é imprudente na direção, o carro bate num caminhão, e pronto, ta feita a merd4.
O curioso é que, do acidente, só sai um morto: O filho.
O corpo morto da mãe que tava no porta-malas cai e substitui a mãe que ta presa no ciclo, e essa mãe, por mais incrível que pareça, sai ilesa do acidente, assistindo tudo do outro lado da rua.
Ela nem tenta socorrer seu filho, na verdade ela nem se envolve, ela apenas entra no Táxi que surge pra ela. Daí a ideia de ser na verdade a Morte.
Por ter "enganado a Morte" uma vez, ela foi resgatada ali e recebeu essa carona. Só que, a Morte não lhe deu permissão pra tentar escapar, ela diz "Você vai voltar pro táxi não vai?" e ela confirma.
A Morte, diz pra ela "Nada trará o garoto de volta", mas na mente dela, ela pode usar o ciclo no qual ta presa, pra voltar no tempo, e impedir o acidente.
É ai que tudo se repete, catatônica ela se apresenta aos seus amigos no Triângulo, embarca, alegando que seu seu filho esta na escola, e se prepara pra lutar e voltar no tempo.
Só que sua memória é apagada.
E a tempestade que afunda o Triângulo acontece.
E ela embarca no Aeolus, sem a menor ideia do que acontecerá, repetindo tudo mais uma vez.
Obs.: Pela simplicidade do Taxista, ele pode ser muito bem apenas o Caronte, o barqueiro do rio dos mortos, responsável somente por levar os falecidos. Faz até sentido, ele como um transportador, ser a personificação desse ser. Ainda assim, ele seria um simbolo da morte na história.
Mas e ai, ela ta viva?
Como deu pra notar, a história não tem um começo, nem um fim. Ela está fadada a se repetir assim como o mito da pedra.
E o que isso lembra? Limbo! Sim, tanto o jogo quanto a ideia do limbo existir e como ele funciona se aplica bem aqui. Um mundo, semelhante ao mundo vivo, onde tudo se repete infinitamente, e somos "torturados" em um fluxo eterno de erros.
Eu fiquei pensando: "Qual seria o inicio real da história?" e cheguei a conclusão de que a mãe, morreu no acidente de carro.
Aconteceu, provavelmente, o seguinte:
Ela, revoltada com o filho, por ele manchar seu vestido, ou seja la qual outra frescura que ela usasse como justificativa pra maltrata-lo, acaba levando ele à força para o passeio de barco.
No caminho, discutindo com a criança, ela atropela uma ave sujando o para-brisa inteiro. Então ela sai, joga a ave na praia à beira da estrada, e continua a viagem, lidando com o desespero do filho por causa do sangue no vidro.
Ao virar pra ele pra brigar com ele por ele estar chorando, ela bate o carro, de frente com um caminhão, e ambos morrem.
Em seguida, a Morte vem busca-la, e ela de alguma forma consegue convencê-la a permitir "se despedir de seus amigos que a esperavam". Só que ela não retorna, pois embarca no Triângulo e viaja até o Aeolus, onde simplesmente escapa da morte, por causa da maldição do Navio.
Ao menos é isso o que ela pensa.
Na verdade, ela morreu e está presa no limbo, passando por esse teste final onde ela acha que engana a morte, e segue sendo torturada e punida por todo o sempre.
Não tem como ela ter sobrevivido ilesa ao acidente, uma vez que o caminhão no qual ela bate vai de encontro ao motorista. No mínimo ela teria sido esmagada, mas, por ela ter saído sem qualquer arranhão, só pode significar que ela não saiu.
Um detalhe, que só lembrei depois de publicar, é o horário! Dentro do navio o tempo ta parado em 8:17, o que inclusive também se passa nos relógios das pessoas (que checam o tempo ta sincronizado).
Além disso, aquela parte dos Pombos deixa evidente que o impacto da "Maldição de Aeolus" não se estende ou afeta somente o navio, mas a todo o mundo ao redor daquela mulher.
Simbolo do Aeolos nos instrumentos da banda de Fanfarra ao fundo da cena do acidente. |
Dentro do navio, há momentos em que corpos aparecem e somem como mágica, pra ela. Apenas ela pode ver, os demais não conseguem enxergar, a menos que seja tarde de mais.
Isso também se aplica aos Pombos. Resquícios das realidades passadas, que simplesmente permanecem existindo pra ela, somente pra ela, pois isso a afeta.
Tudo parte, de seu Limbo.
A história de Triângulo de Medo não é complicada de se entender, apenas é bagunçada, propositalmente.
Ela é um mistério longo e envolvente, mas tem suas respostas ali, bem na cara. Assistir uma segunda vez até deixa tudo ainda mais esclarecido mas, é possível compreender ainda na primeira sessão.
Um filme como esse é sem dúvidas um belo achado, e eu recomendo, assim como me recomendaram.
É isso.
Espero que tenha gostado e, até a próxima.
12 Comentários
Amo! Já tô me sentindo um próprio influencer hahahaha. Quando eu descobri esse filme fiquei boquiaberto com a genialidade dele. Na época eu achei mais surpreendente do que agora, porém continua sendo incrível. E mesmo não sendo um videogame, essa obra tem um fator replay bem interessante, pois a cada nova sessão, você a assiste sob perspectiva diferente e acaba capturando diversos detalhes escondidos. Por exemplo, desde o início há uma gaivota em alguma cena, seja numa pintura dentro da casa da Mãe, ou seguindo o carro dela, ou próprio bicho no mastro do Triângulo a observando. O que poderia significar? Talvez o bicho que a Mãe "verdadeira" atropela? E por falar nessa cena, na rua estava passando uma fanfarra. Qual era o símbolo que aparece nos tambores? O mesmo símbolo do Aeolus! E no "começo" do filme a Mãe fica pistolita com o filho e tira da piscina um barquinho de brinquedo igual ao Triângulo. Enfim, são vários easter eggs que vão surgindo conforme você assiste de novo.
ResponderExcluirOutro detalhe que intriga é que após o acidente de carro o céu escurece completamente com a presença da Morte. Mas após ela sair do táxi e se afastar dela, o tempo abre novamente. Daí eu me pergunto: será que na verdade o taxista não era a Morte, mas sim Caronte, o barqueiro de Hades que leva as almas dos mortos através de um rio que divide o mundo dos vivos e dos mortos? Na Wikipédia sobre ele, diz o seguinte:
"Uma moeda para pagá-lo pelo trajeto, geralmente um óbolo ou dânaca, era por vezes colocado dentro ou sobre a boca dos cadáveres, de acordo com a tradição funerária da Grécia Antiga. Segundo alguns autores, aqueles que não tinham condições de pagar a quantia, ou aqueles cujos corpos não haviam sido enterrados, tinham de vagar pelas margens por cem anos."
Lembra que antes de sair do táxi o motorista diz que vai deixar o taxímetro ligado e a Mãe responde que tudo bem, pois ela irá voltar? Hmmmm.....
E tem outro detalhe que não me recordo agora, mas o número da casa da Mãe é 237 e eu tenho certeza que esse número aparece novamente, só que eu não me lembro onde.
Enfim! Esse filme é muito rico e pouco conhecido, infelizmente. Bom, muito obrigado por acatar à recomendação! Tenho outros filmes bem interessantes que farão sua mente explodir. Tem um mesmo que quando eu assisti... menino do céu... hahahaha
See ya!
Vlw sr João, duplamente.
ExcluirSeguinte, o esquema da fanfarra me pegou agora, na verdade eu até fiquei cabreiro com esse detalhe na hora, na segunda vez que assisti fiquei pensando "Cara, porque isso é importante?" mas o esquema do simbolo eu não tinha percebido, mas fica ali estampado no tambor na cena final.
Tem o relógio, parado em 8:17, que também me deixou bem pensativo. O encontro no Triângulo era pra ser 8:30, como da pra ver na cena da geladeira, e dentro do Aeolos, o tempo ta parado em 8:17. Seria esse o horário que ela morreu? A caminho do navio?
A Gaivota eu notei também. Mesmo na cena que ela aparece no navio, ali parada olhando mas o sol ofusca, daí não da pra saber quem é, tem uma gaivota logo acima.
Sobre ser Caronte, yep, faz até mais sentido! Ele é aquele quem transporta. Algo que notei é que, na hora que o céu escurece (percebi isso pelas prints) no último frame ele sorri quando o rosto dele fica escuro.
Esse filme é repleto dessas coisas... sobre o número da Casa, essa não sei responder, não consegui ver ele.
Bem, obrigado pela leitura e bem, espero que tenha ficado à altura da obra, mesmo faltando algumas referências rs.
See yah!
Seguinte...se liga na minha foto mané! Meu...olha essa foto....
ResponderExcluirEu tô bebado, eu tomei uísque demais...e o comentário abaixo vai se.....doidu, nu minimu.
Bem...baum....hehehéhuhuhuu
(que retardado né?)
Um filme sobre a vivência do mesmo acontecimento, infinitamente....hehehe... interessante, interessante...
Bom, eu queria assitir, pra falar a verdade... tá na lista já! (Kkk)
E....huhi...tempo é?
O tempo....ah, o tempo...
Senhor, se eu viajar 12 horas no passado, (estando aqui no Brasil) e viajar pro Japão...(considerando o fuso horário)
Eu terei viajado 12, ou 24 horas pro passado? Hum?
Nem precisa responder.... não tem resposta.
Viajar no tempo com o fuso horário é impossível rs.
E outra, o Tempo é determinado pela perspectiva.
Como disse, se estivesse no Brasil, seriam apenas 12, se estivesse no Japão, seriam 24....
Além disso, O tempo é basicamente determinado pelo movimento, quer dizer...a nossa compreensão do tempo é dada pelo movimento.
Se eu te mostrasse com vídeo, que estivesse congelado em uma imagem.... você acharia que aquilo é um vídeo?
(Nem tenta ser chato falando que é só ver o software utilizado pra saber o tipo do arquivo hein!)
Provavelmente não....
Aliás, parece só Briza de um bêbado (o que não deixa de ser verdade)
Mas...isso tem tudo haver com esse filme.
Claro...... considerando a parte do paradoxo temporal, pois o filme fala da mulher que enganou a morte utilizando esse paradoxo.
Meu...mas sério, que filme genial....
Utilizar da mitologia enquanto cria um paradoxo temporal e ainda aponta diversas perspectivas sobre esse mesmo paradoxo pelo MESMO personagem...que daora! Kkkk.
Sério....eu escrevo isso com as mãos pois com os pés eu só aplaudo (espera, tá errado isso não?!)
Isso vale pra tua análise também...valeu pela recomendação.
(A lista tá enorme...Deus Du céu.)
Enfim, see yah Senhor carinha!
Terá viajado 12 horas no passado. No caso você viajaria no Tempo, mas também no Espaço. Não sei como faria isso, mas se seu ponto de destino é no Japão, e você viajará o equivalente a 12 horas do nosso relógio atual, isso vai contar igualmente pro Japão. Você chegará la num equivalente a -12h ^^.
ExcluirNo planeta Terra, independente do fuso horário, o tempo é idêntico em todas as regiões. E mesmo naquelas onde "dias duram mais que noites", a contagem de tempo é exatamente a mesma. No entanto, sua pergunta faria mais sentido (como um paradoxo) se o Espaço de Destino fosse outro planeta, como Marte. Ai sim, seria algo impossível de responder, visto que o tempo la é diferente.
Foi uma dica maravilhosa. Recomendei ela pra muita gente!
Senhor, aí tu me bugou bunito....vish.....pera, pensando aqui ora!
Excluir....
Senhor, o tempo é igual para todos os planetas...
O tempo é igual.
A medição dele que é diferente, nós seres humanos utilizamos a luz solar para tal.
Conforme a luz alcança as regiões exponencialmente nós entendemos que o tempo passou....
Essa é só uma delas, sim...o tempo é igual em todos os planetas...o que é diferente é o tempo que a luz solar demora para circundar o planeta inteiro em disposição de sua rotação.
Em relação ao fuso horário, eu viajaria 12 horas... somente 12 horas, pois o tempo é igual em todos os países, o que é diferente é o fuso.
E falando nisso, a Luz solar é a melhor forma de medir o tempo, pois é a certeza de que o tempo passou é ver que uma hora tá de dia, e outra de noite, a natureza não erra!
E se o ser humano conseguir sobreviver tanto tempo nesse sistema solar, ele vai ter que arranjar outra medição do tempo daqui à 1 bilhão de anos.
Pois o Hélio do sol vai se esgotar e ele vai..... basicamente explodir, e a nossa medição do tempo natural vai acabar kkk.
Bom, enfim....see yah!
Buguei porque? Só pensar... você alegou que viajaria para o Japão e através do tempo. São duas viagens paralelas: Uma espacial, da sua região atual para o Japão, e uma temporal, do seu tempo atual para o destinado. Uma não irá afetar a outra pois são viagens paralelas, ao mesmo tempo, entrelaçadas. Você estaria viajando ao Japão ao mesmo tempo que no próprio tempo. Logo, sua contagem temporal destinada não se alteraria, mas sua localização espacial sim.
ExcluirA medição que no caso está relacionada aos astros celestes que circundam as superfícies, é em tese e prática, o tempo em si. Claro que, considera-se o tempo imutável e incalculável, além de ser indiferençável não importa onde esteja, mas sua passagem é perceptivelmente diferente em outros planetas, justamente pela medição em si. Sim, ele é o mesmo, mas ao mesmo tempo, não é. Pois é percebido de forma diferente.
Mas no fim das contas, a natureza é sempre a certa de fato.
Sim, a natureza não erra.
ExcluirTudo depende da perspectiva senhor...
Mas, o tempo é....o mesmo, só depende de quem observa.
Falou o alpinista sobre montanhas, de cima de um Iceberg.
ExcluirO que quer dizer com isso?
ExcluirQue eu num sei o que tô falando?
Que eu tô na mó Briza e tô falando merda? Kkkkkk.
Sla.....num tendi o seu comentário rs.
Estou naquele momento de falar metáforas bizarras. Ignore kkk.
Excluir
ExcluirO alpinista de certa forma fala do "oposto" a o que tanto argumenta.
Um iceberg é uma estrutura com uma desproporcionalidade em relação a parte submersa e a emersa.
Onde a parte submersa é muito maior do que a emersa, sendo que uma montanha é exatamente o oposto.
Um pico, uma estrutura rochosa de grande altitude, onde não há uma parte abaixo do solo, somente acima dele.
Ele (alpinista) fala com tanta propriedade sobre uma estrutura alta e..... grande, onde o mesmo está em uma estrutura gélida em que a parte submersa é muito maior em relação a emersa, e mesmo que o alpinista já esteja passado ou escalado em uma montanha, o mesmo fala com tanta desenvoltura como se estivesse pisando em uma.
E......
Como isso se relaciona a minhas falas?
Eu estou falando da disposição da luz solar e como isso interfere na nossa interpretação do tempo em outras superfícies, de outros planetas.
Mas eu nunca fui para outro planeta, nunca deixei minha órbita.....
Eu nem sei porque disse isso, afinal... ninguém foi a Marte e falam de lá com tanta propriedade sobre sua estrutura, temperatura, crosta, atmosfera...e cogitam a ideia de que há vida lá, sendo que...nunca pisaram lá, e o que sabem é vindo de uma sonda que armazena esse conhecimento em forma de fotos.
Tipo, eu nem sei mesmo porque disse isso...mas eu quis então, aqui tá né kkk.
Mas eu realmente gostei da metáfora....
Curioso... sua interpretação foi bem legal, em parte, é o que pensei. Mas também pensei com ênfase na instabilidade de um Iceberg, em sua estrutura desconhecida, e no fato do Alpinista não poder ser necessariamente julgado como conhecedor do assunto, ou desmerecido de tal, visto que sua ação não resume seu conhecimento. Mas, a ideia era apontar pro fato dele estar diante algo desconhecido, falando de algo que conhece.
ExcluirObrigado de mais por comentar, isso me estimula a continuar.
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