AnáliseMorte: Prince of Persia - Warrior Within - O Rei dos Bugs

A muito e muito tempo, em terras longínquas, eu me atrevi a redigir um artigo sobre alguns títulos da Ubisoft ("Assassins Creed" e "Prince of Persia - Sands of Time"). Recordo-me de ainda naqueles tempos, ter questionado a mim mesmo acerca da reputação de tal empresa, e os costumeiros erros de programação e defeitos técnicos acusados em todos seus jogos, tão costumeiros e comuns que eram antecipados em seus lançamentos por seus consumidores, mas que contraditoriamente, eu não havia em momento algum testemunhado.

Eis que Warrior Within, seu segundo título da franquia Prince of Persia, conseguiu me fazer sentir o real significado desta reputação não na pele, mas em carne viva. Véi, que joguinho bugado! 

Irei falar tudo o que ocorreu em minha jogatina e, analisarei minuciosamente e detalhadamente o que o jogo teve pra oferecer, mas de antemão advirto: Esse negócio é muito ruim.

Boa leitura

Quem dera Warrior Within tivesse apenas problemas técnicos, isso seria relevável e até daria pra dar um desconto, afinal é um lançamento de 2004, e pra tudo que ele oferece, com manipulação espacial e temporal constante, era de se esperar alguns errinhos.

O visual dele é bonito*, a jogabilidade é dinâmica**, o sistema de exploração é promissor***, e toda a mecânica funcional****, além de contar com um enredo "satisfatório" ou que ao menos flerta com ideias bem inusitadas e inéditas*****, e a música, poxa, rock pauleira******! Tinha tudo pra que tudo isso junto resultasse em algo épico ou no mínimo, tão bom quanto seu antecessor, o Sands of Time... só que não.

*O Visual

"Visual Lindo"... creio que mesmo pra época ele tava datadíssimo, tanto que é discrepante a diferença entre os gráficos das cutscenes pré-renderizadas e o próprio jogo. Lamento ter de apelar mas um dos detalhes mais chamativos do jogo é a diferença entre as nádegas da moça de preto na cutscene inicial (algo enfatizado de uma forma vexaminosíssima e sem razão), e as mesmas nádegas em jogo. O pior: Se orgulham tanto disso que mostram em câmera lenta, e fica nítida a diferença... não só na renderização... os detalhes da personagem, a roupa e tudo mais são completamente diferentes. Isso é um belíssimo exemplo do que o jogo promete, e o que ele entrega.

Muitos personagens tiveram seu modelo repetido, com inimigos reaproveitados constantemente, e com modificações hilariantes de tão preguiçosas. Até mesmo os personagens do elenco principal tiveram um desenvolvimento preguiçoso, parecendo todos os mesmos, apenas com uma roupa (ou quase nada de roupa) diferente. É algo que chega a induzir interpretações infrutíferas e incompatíveis com o enredo.

***A Exploração

Apesar do visual lindo, ele mais parece com uma reciclagem pouco criativa do primeiro jogo. Inclusive, seu level design é absurdamente ruim, com mapas montados de forma desengonçada, e acessos nada intuitivos, diante as manobras que a campanha pede para sua progressão. São regiões exploráveis que mais parecem rascunhos de fases, sem uma boa estruturação, sem uma arquitetura decente, sem nem mesmo lógica.

*****O Enredo

Enredo este que é muito mal contado, com uso constante de cutscenes e diálogos, mas todos desconexos ou caóticos. E nesse caso nem é pela "pseudo-não-linearidade" da exploração, mas pela desastrosa continuidade que o enredo sustenta ao se apoiar em Sands of Time, ao mesmo tempo em que rejeita suas resoluções.

O jogo em si já erra na forma como conta sua própria história, independente de seu antecessor (o qual ele diz continuar diretamente). Ele joga informações pertinentes sem as apresentar, e não consegue emplacar quaisquer reviravoltas ou revelações. Tudo que ele mostra soa forçado, e até mesmo objetos chave da história acabam sendo negligenciados ou esnobados, sem o menor trabalho em defini-los. Coisas surgem e você fica sem entender de onde ou porquê.

Mas, se considerar o título anterior, tudo apenas piora, e muito: Sands of Time contava uma história completinha e amarradinha, com subcamadas narrativas (o próprio protagonista era o narrador). Tinha reviravoltas, e o desfecho é definitivo, sem brechas pra uma continuação direta. Nada fica em aberto, nada há de se explicar... ele sozinho se basta e pronto.

Em Warrior Within, inventaram um problema resultante dos eventos (que nem mesmo aconteceram de fato!) e empurraram uma trama estapafúrdia de uma viagem repentina, pra um lugar desconhecido, na busca de um objetivo incerto, contando com justificativas gratuitas e absolutamente roteirizadas.

****A Mecânica

Disso nasceu a tentativa de criar algo "novo", reaproveitando por completo o antigo. Toda a mecânica vista em Warrior Within foi reciclada de Sands of Time, mesmo quando esta não tem razão pra existir. É que, um grande destaque (e talvez o maior) desse antecessor era a capacidade de manipular o tempo e o espaço, algo que só é justificado pela existência da Adaga do Tempo.

Mas nessa continuação, a Adaga do Tempo não só "não existe mais", como tais recursos não tem qualquer explicação pra serem conquistados ao longo do jogo. Antes fosse algo como "resquício da jornada anterior" ou, buscassem uma razão por mais boba que fosse pra reaproveitar o sistema de voltar no tempo e refazer os movimentos, sem que soasse algo forçado ou apenas jogado de qualquer forma. 

Porém, a opção que os desenvolvedores parecem ter escolhido foi a de justamente soar forçado e jogar de qualquer forma pro jogo ser igual o anterior. O personagem reaprende a dominar suas peripécias temporais, só que agora sem uma Adaga, sem Areias do Tempo, sem uma arma ou um equipamento (ao menos explicado), sem acessórios, e sem nada que nos faça entender como ele faz o que faz. (Ter tem, mas vou explicar depois).

Tudo existe, e é assim e pronto. Ao longo do jogo ele vai recuperando os mesmos poderes vistos no antecessor, sem novidades, sem criatividade, e nem mesmo um simples ajuste pra se igualar ao novo enredo.

A novidade surge próximo ao fim, e esta sim poderia até ter carregado toda a campanha, mas foi apenas ofuscada pelo excesso de repetições, e teve pouco (na verdade nenhum) desenvolvimento ou aproveitamento: Falo da Máscara Espectral, e o conflito paradoxal que ela promove, o qual foi desperdiçado com pouquíssimo tempo de jogo, e nenhuma justificativa para seu uso ou surgimento.

******O Som

Tudo isso é embalado por uma sonoplastia quase sempre ausente, mas que surge randomicamente para nos agraciar com acordes altos de grunhidos de monstros, berros do protagonista, falas repetidas e frequentemente interrompidas umas pelas outras, barulhos abafados ou apenas isolados de forma muito incômoda, e claro, a Trilha Sonora principal, que sempre vem com barulhos ácidos e ríspidos de guitarras e baterias que em nada combinam com a atmosfera mostrada.

O jogo é colorido, mas com um teor um pouco mais sombrio, ainda assim, a música que toca, quando toca, é um Rock Metálico bem Pesado, que ensurdece o jogador e ao invés de trazer empolgação, traz dor de cabeça... e olha que eu gosto de rock.

Em mais uma comparativa, Sands of Time tinha rock em suas lutas também, e também fazia questão de pegar pesado em suas escolhas sonoras. Mas a mixagem em geral era agradável, e as músicas combinavam com os ambientes, com uma pegada árabe junto aos instrumentos. Aqui, só há o barulho, que surge bruscamente e acaba antes do clímax dos combates: Muitas foram as vezes em que a música começou depois da luta iniciar, um bom tempo depois, com boa parte dos inimigos mortos já (a luta ocorre em meio ao silêncio, e isso é bem comum), com a música durando alguns poucos segundos e terminar, as vezes sem nem encerrar (apenas parava de tocar e pronto).

Tais erros incomodaram muito, e observei casos semelhantes em todas as diferentes plataformas nas quais experimentei o jogo.

As Versões

Prince of Persia Warrior Within foi lançado para PS2, Game Cube, Xbox e PC. Depois teve uma versão pra PSP (chamada Revelations, que tecnicamente é a mesma coisa) e claro, um relançamento pra PS3 numa coleção com os 3 títulos dessa fase: Sands of Time, Warrior Within e Two Thrones.

Eu joguei originalmente a de PS2, e não consegui termina-la na época. Mal me recordo da razão, mas o som foi algo que me incomodou muito, além da dificuldade pra entender o que devia fazer. Ironicamente, todos os demais títulos da série eu concluí, e me lembro muito bem de todos.

Os sons são um problema muito chamativo do jogo, com defeitos em toda parte e em todas as versões. Nem da pra dizer que é problema exclusivo de alguma condição do jogo (seja pirateado ou mal portado) pois não é possível que, em todas as versões que eu consegui, eu constatei problemas semelhantes:

No PS2 original, o jogo tinha sons perdidos. Alguns barulhos apenas não apareciam, e dava uma sensação constante de vazio. Isso ocorre em todas as versões. No PS3 (emulei) o som ficava com um barulho ecoado no fundo, mas não eram todos, apenas alguns barulhos soavam assim, o que era esquisito. No PC, foi uma tortura fazer o som rodar adequadamente, e ainda assim continuou com falhas e perdas. A solução que encontrei foi me acostumar, e jogar com o áudio mais simples possível (alterando meu driver de som pra reproduzir tudo em uma única caixa de som). 

Apesar de ter me acostumado, não posso deixar de falar que isso prejudicou bastante minha imersão, mas não foi a única coisa. Como adiantei, há vários fatores que formaram um conjunto de deméritos, que no final apenas me renderam uma experiência negativa e nada agradável.

Só pensar: Quem que gosta de jogar algo difícil, pouco divertido, repetitivo, e com falhas?

E ainda assim, foi a história do jogo a coisa que mais me incomodou, pois ela não continua direito o que Sands of Time mostrou, mas também não consegue ser boa em suas originalidades, pois introduz elementos perdidos e não parece saber aproveita-los.

Uma parte da história é sobre Paradoxo Temporal, e caramba, é muito legal de ver. O protagonista teria de lidar com um misterioso antagonista que parece estar tentando prejudica-lo, mas que depois se revela ele mesmo, em uma outra linha do tempo, tentando "ajuda-lo".

O problema tá no excesso: De repente, surge um segundo antagonista, uma entidade do tempo que está atrás do protagonista para puni-lo por manipular o fluxo do tempo. Tal entidade não deu as caras nos eventos da primeira aventura, mas agora faz questão de surgir pois... o jogo pede.

Mas não, isso não basta. Um terceiro antagonista aparece, uma mulher, tida como "Imperatriz do Tempo" e criadora das Areias do Tempo, aquelas mesmas, vistas na aventura anterior. Ela deveria ser encontrada e consultada para corrigir a linha do tempo do protagonista e isenta-lo da punição da Entidade do Tempo, mas olha que engraçado, ela própria quer matar o protagonista!

Sim, são três problemáticas jogadas na nossa cara, nenhuma delas com uma resolução satisfatória, ou com uma razão pra existirem.

Tanto que, ao final de Warrior Within (nome este que nada tem a ver com o que nele é mostrado), mostra que toda a aventura foi em vão: O Paradoxo Temporal é corrigido com um outro paradoxo sem sentido. A Imperatriz do Tempo é impedida com um simples diálogo, algo que deveria ter sido feito desde o início. A Entidade Temporal é morta, na porrada mesmo, só era preciso ter a arma certa.

Por mais que o encerramento mostre que houveram consequências para as escolhas do protagonista, elas não parecem se conectar com o enredo do segundo jogo. Tudo soa misterioso de mais, e não há brechas, outra vez mais, para uma sequência da sequência... mas ela existe (falarei um dia).

**Jogabilidade

Falando de forma técnica, o jogo é exatamente a mesma coisa que o "Sands of Time". O protagonista pode regredir no tempo alguns segundos, em troca de Areias do Tempo que ele pega pelo chão.

A justificativa pra isso é que, ele agora tá na Ilha do Tempo e, lá ele controla o tempo, simples assim. Ele nem tem mais a Adaga do Tempo, e em momento algum é explicado como ele consegue conduzir e ordenar o fluxo do tempo sem ela. A única coisa que ele leva é um medalhão, que apesar de não ser nomeado ou explicado, deduz-se que seja aquele que Farah (a antiga aliada dele) usou pra se manter intacta após os efeitos da Areia do Tempo.

Contudo, se para Farah tal amuleto não garantia Habilidades de Manipulação Espaço-Temporal, nada justifica o Príncipe despertando as mesmas habilidades usadas com a Adaga do Tempo, mesmo munido do Amuleto. No máximo, isso daria certa imunidade pra ele com relação aos efeitos da Ilha do Tempo, mas as coisas ficam muito mais confusas do que isso.

Não fica claro em momento algum quais os elementos que afetam ou não o protagonista. O que há de influente são os Portais do Tempo, somente isso, os quais conectam o protagonista ao Presente e Passado.

Essa é a "novidade". A ideia seria migrar o herói entre esses dois tempos, para explorar e reexplorar os mesmos ambientes, afetados pelos anos (que nunca são revelados). Do Presente ao Passado se passou décadas, séculos, talvez até milênios. Infelizmente não há uma data estipulada, mencionada, ou cogitada... apenas as viagens, demarcadas para ligarem dois pontos fixos e perpendiculares juntos ao fluxo do tempo.

O tempo aqui não é mutável ou influenciável. O que se faz no Passado não parece afetar o Presente, muito menos o contrário é claro. Pelo que o jogo conta, é como se os eventos do Passado fossem fixos e, qualquer tentativa de modifica-los resultaria em fracasso e um reajuste do tempo. Tá bem, isso já é algo relacionado ao enredo, mas preciso dizer isso pois, um dos elementos que poderia dinamizar muito as coisas, e não o faz, é essa convergência temporal impossibilitada.

Viajar entre os dois tempos só serve para fazer o protagonista passar pelos obstáculos. Passagens fechadas numa região se abrem no Presente, ou estavam abertas no Passado, sendo preciso busca-las nas duas linhas para ver qual o caminho que leva adiante.

Por isso há uma necessidade enjoativa de ir e vir nos mesmos ambientes, muitas vezes grandes e bagunçados, confusos de se transitar e sem qualquer sinalização, guia ou indicação. O máximo que temos para usar é o Mapa, que num adianta praticamente de nada: Ele mostra quais Regiões já foram descobertas, numa Ilustração Simples com o desenho de onde o protagonista tá, e mostra o Tempo onde o protagonista está, além de qual Região ele deve ir para completar a Missão Vigente.

Só que as Regiões são enormes, geralmente compostas por dezenas de setores e níveis, todos com acessos as vezes espalhados, as vezes dissipados, e as vezes escondidos. No Mapa em si nada disso é visível, sem nem mesmo uma Bússola pra indicar a direção do jogador, do objetivo, ou da região. O jogador que se exploda.

Voltando a mecânica, não acredito que compense falar detalhadamente de tudo que o jogo mostra, pois como já disse, muito se repete do anterior.

Coisas como Regredir no Tempo (6 segundos, se o jogador quiser, podendo interromper o retorno quando quiser);

Deixar o Tempo mais Lento (por pouco tempo, para se mover mais rápido que inimigos e armadilhas);

Travar o Tempo e se Acelerar (podendo atacar agressivamente qualquer inimigo na região por um tempo);

Ou Causar uma Explosão (podendo carregar até 3 níveis de explosão), são poderes que se me recordo bem, também existiam em Sands of Time, e aqui são pegos gratuitamente, liberados a cada novo Portal do Tempo descoberto.

Quando começaram a ficar sem ideias, colocaram também o Aumento da Energia Temporal (o número de Esferas Máximas) como recompensa pelos Portais.

Ou seja, as vezes se pega um desses poderes, as vezes se pega uma esfera a mais, sem importar nada junto a história do jogo (nada explica porque isso é liberado).

Inclusive, os caras chegaram ao cúmulo de reciclar a cutscene de liberação dos portais, botando todos eles como idênticos (independente da região onde se localizam). Irônico que tem uma parte que o protagonista muda de forma, e ainda assim, usam a mesma cutscene pra representar a transição, com ele aparecendo na antiga forma mesmo!

Enfim, com os poderes em mão, o jogador pode e deve mexer com o tempo para facilitar a vida. As vezes só é possível avançar usando os poderes temporais (só o de deixar as coisas mais lentas), mas por mais que a energia pra isso não se renove naturalmente, ela pode ser coletada de Areia que cai de inimigos, que também sangram (ou seja, não é o sangue deles, é areia do corpo deles... muito diferente do primeiro jogo). Também dá pra encontrar em Jarros espalhados pelos mapas.

Outra coisa que se repete, é a cura pela água. O protagonista sai bebendo de todo tipo de fonte, sejam pias, dutos de escoamento, chão, se bobear até da privada ele beberia. Onde tem água, é só beber que ele se cura... inclusive água salgada do Mar.. E não, não há "fase no mar", apenas o trecho inicial do jogo onde ele luta em um barco (e dá pra beber a água que começa a transbordar dentro do navio) e depois uma praia onde ele acorda.

Armamentos

Referente aos equipamentos, uma nova característica foi adicionada ao Príncipe: Ele carrega duas armas.

Eu sei, isso já existia no primeiro jogo, com uma das armas sendo obrigatoriamente a Adaga do Tempo (qual concedia o poder de mexer no fluxo, por isso era fixa), e a segunda sendo a Arma de Ataque, qual mudava a cada avanço do protagonista (ele achava espadas melhores e as trocava como parte da história).

Aqui, é quase a mesma coisa, o que muda é que, a arma principal é a Espada, que vai mudando a cada avanço, e a secundária é Totalmente Descartável, tanto que se Desgasta.

Bater em inimigos usando a arma secundária, que pode ser coletada de inimigos, do chão ou de armeiras, só faz ela se desgastar e quebrar depois de um tempo. Diferentes e variadas são as combinações de ataques, intercalando as Espadas e Armas Descartáveis. Só que o tipo de arma descartável não muda nada no combo, sendo a única alteração o quanto que a arma resiste, e o dano que ela causa.

Pra ajudar mais ainda, é possível arremessar a arma, e perdê-la, pra tentar causar um dano alto nos inimigos distantes ou, só substituir a lâmina por outra no chão. As armas variam entre Maças, Espadas, Facas e até Ursinhos, e algumas são especiais que se encontra em pontos bem escondidos.

O ruim é que ao morrer, qualquer arma secundária é perdida. A única arma que se mantém a principal, e esta muda a cada avanço do jogador (ficando melhor é claro, e com mais funções).

Só 3 espadas fazem a diferença no jogo, servindo pra abrir caminhos: A Espada Alavanca, a Espada do Escorpião, e a Espada de Água.

A Alavanca serve pra causar dano é claro, mas também aciona 1 interruptor, apenas um, no jogo inteiro. Esse Interruptor serve pra uma sala comum que eu chamo de "Sala da Alavanca", a qual dá acesso a 4 regiões diferentes (dependendo de pra qual lado a alavanca central tá apontada), e sempre é revisitada. 

A Espada do Escorpião é a penúltima (ou última se o jogador não fizer a missão da Espada de Água), tendo como diferencial a capacidade de Romper Paredes Rachadas.

E a última é a Espada de Água que faz o mesmo que a do Escorpião, porém ela é feita de água e por causa disso, tem mais força contra criaturas do Tempo, como o chefe final "secreto". Seria bom, e faria sentido, se ela desse Vida Eterna pro protagonista né... era só beber da espada.

Tem outras que são pegas ao longo do jogo mas nenhuma delas faz qualquer diferença pra ser sincero. O máximo que ocorre é o protagonista ficar mais fortinho.

Salvamento

O jogo tem salvamento por slots. Sempre que o jogador bebe água em Pias, da pra salvar o progresso em um novo slot, e nem é preciso substituir o anterior (salvei dezenas de vezes e ainda havia mais espaço). Porém, voltar num salvamento anterior fica meio chato quando temos 15 horas de jogo!

Apesar do jogo salvar nas Pias, ele tem um checkpoint momentâneo (desde que o jogo não seja fechado). Não é em toda parte, mas alguns lugares o jogo retoma de pontos estratégicos pra "facilitar" a vida do jogador, pois a distância de uma Pia pra outra as vezes é ridiculamente enorme... e cheia de obstáculos.

Movimentos

Pular, Correr, Andar, Rolar, Andar nas Paredes, Pendurar, Andar Pendurado, Subir Paredes Pulando nos Cantos, Descer Pulando nos Cantos também (se a distância for grande), são alguns dos movimentos já conhecidos do protagonista.

De novidade... não tem nada não. Os parkour dele são exatamente os mesmos, e ainda conseguiram dar uma estragada.

É que a precisão dos movimentos é ruim, com ele errando passos e saltos muito facilmente. Os controles não respondem muito bem e pra piorar, o sistema de combos prejudica.

É que, ao lutar, o protagonista acessa sua vasta gama de movimentos por combo, podendo até pular ou correr em paredes, pra atacar seus inimigos de forma crítica, e consequentemente ele perde o controle de seus movimentos parkourescos básicos.

Em batalha não é possível "cancelar o modo luta" e apenas fugir. O herói mira automaticamente em quem ele quiser, e o jogador tem que matar tudo ou tentar correr e se frustrar, com o herói errando os movimentos e se jogando na direção dos inimigos.

Muitas foram as vezes em que tentando subir uma parede correndo, eu me joguei em penhascos pulando na direção do inimigo.

Esse conflito de comandos também afeta o próprio modo de luta, onde por exemplo, bater em um inimigo de costas pra uma parede causava um movimento (que até existe em Sands of Time, e é bem aproveitado), que impulsionava o Príncipe contra o inimigo, dando uma investida com as adagas.

O problema disso é que agora os inimigos cancelam os ataques do príncipe. É muito fácil eles bloquearem ou apenas baterem ao mesmo tempo o tudo dar errado. Eu lembro bem que no jogo anterior era comum inimigos terem mais tolerância a certos ataques, e vários eram os casos deles só poderem ser derrotados com determinados ataques, mas aqui por mais que tentem reproduzir isso, o resultado não é tão bom.

Como são muitos movimentos (boa parte deles eu fiz aleatoriamente pois não é divertido), o jogador cai facilmente na mesmice de atacar ou defender, até os inimigos morrerem, seja como for.

A quantidade de oponentes é reduzidíssima em contrapartida, sendo possível contar nos dedos a variação deles. Só que, eles surgem em cores e versões "diferentes", mudando na prática apenas a resistência e força mesmo.

Inimigos

Nem sei se compensa falar deles mas, já que eu falei quase tudo de toda forma, irei resumir a falta de criatividade dos desenvolvedores de Warrior Within:

Piratas do Tempo

Nunca fica claro o que esses caras são. Não são humanos, mas também não são criaturas de areia pois eles existem antes das Areias do Tempo serem criadas.

Eles são soldados fracos e básicos, que vão ficando mais fortinhos a cada Região explorada, mas geralmente é tudo a mesma coisa. Todos eles falam, e são racionais, servindo diretamente a Imperatriz do Tempo, nos dois tempos.

Eles sangram, e soltam areia do tempo, repito: Antes da Areia do Tempo ser criada! Pois eles existem no Passado também (justamente onde as Areias ainda seriam criadas... é um baita furo).

Engraçado também que a única fraqueza real deles é a água, assim como todos os inimigos ao longo do jogo, mas ironicamente a primeira aparição deles ocorre numa luta em pleno mar... NA CHUVA!

Mulheres do Tempo

Mesma coisa, só que são mulheres. O diferencial é que elas se movem muito mais, e pulam bem alto, podendo esquivar com facilidade dos ataques do Príncipe. Além disso elas ficam falando indecências.

Elas resistem a ataques sob a cabeça, derrubando o herói caso tente passar por cima delas.

Há algumas que se equilibram em vigas pra tentar derrubar o Príncipe, o que é uma rara variação dessas criaturas. Também tem aquelas que saem correndo na parede pra tentar derrubar o Príncipe caso ele corra do lado oposto, sempre servindo mais como obstáculo.

E, tem uma especial onde os caras tiveram a cara de pau de, tirar as cores delas pra dizer que era uma Criatura Invisível.

Pássaros Comuns

São pássaros, comuns. Nem mesmo foram afetados pela Areia do Tempo (como no jogo anterior), tendo tamanho e estatura normal, e morrendo numa facada só.

Homem Feito de Pássaros Comuns

Mas uma entidade sombria pode se formar mesclando esses pássaros, que tem como principal poder a capacidade de se realocar nos cenários, pra fugir.

Ele é fortinho, e é fraco contra ataques sob a cabeça.

Sombra Atiradora de Facas

Um bicho feito de sombras que se move rápido e atira facas. Morre pra qualquer golpe desde que seja alcançado.

Cães

São cachorros bem grandes que explodem depois de tomar 3 golpes. 

As vezes se penduram na parede como um obstáculo pro Príncipe se tentar correr por elas.

Gigantes

As vezes como Chefes, são inimigos humanoides gigantescos, que servem à Imperatriz do Tempo, e vem equipados com armaduras, capacetes, etc.

São grandões, e tomam dano apenas na parte de trás de seus pés. Além disso, quando caem no chão, o Príncipe pode subir em suas costas e golpear repetidamente a cabeça até perfurar.

Entre um golpe e outro, eles tentam retirar o parasita das costas com as mãos, e é preciso desviar ou eles agarram e jogam longe.

Apesar de falar no plural, em nenhuma luta aparece mais de um ao mesmo tempo. E apesar de serem "raros", eles nem sempre funcionam como chefes.

Só sei que servem à Imperatriz pois aparecem depois de hordas de inimigos básicos, mas nas lutas nunca ocorre deles surgirem junto dos carinhas, até porque os inimigos causam impacto uns nos outros, e ele mesmo aniquilaria a todos só nas investidas e pisoteadas.

Prisioneiros

Mesma coisa dos piratas, só que eles tem tanquinho.

Além disso, eles se protegem muito mais, e costumam ser vulneráveis apenas a ataques carregados.

Gatos

Mesma coisa dos cães, só que miam, e não explodem... aparecem mais no final e não tem nada de especial tirando o fato de serem grandões e viverem em cavernas.

Invocados de Areia

Na luta contra a Imperatriz, ela pode invocar inimigos exclusivos, que são monstros humanoides altos de vestido. 

Tem nada de mais neles, morrem com ataques sob a cabeça, e servem só pra atrapalhar, sendo invocados em pares.

Grifo

Esse é o único de todos que eu achei curiosíssimo.

O Grifo não é uma novidade pra mim, e é possível ver estátuas dele, principalmente na Sala da Imperatriz do Tempo. Parece que ele é um tipo de Guardião do Tempo, só que no Passado, que aparece exatamente numa câmara atrás da sala da Imperatriz, no caminho da Máscara (falarei dela).

Ele me lembrou muito o chefe principal de Prince of Persia - Sands of Time de GBA, que trazia uma história ligeiramente diferente.

No jogo principal mesmo ele nunca nem foi citado, mas achei muito louco quando surgiu um enorme Grifo voando e atacando com tudo, me fazendo pensar em quão canônico o SoT de GBA poderia ser.

Não há diálogo algum, nem interação do Príncipe com ele, mas só de existir (e se assemelhar muito ao do GBA), achei bem curioso.

Tudo que ele faz é voar, e dar investidas, as vezes patadas. Ele é vulnerável ao Tempo (ficando lento, na verdade todos os inimigos são) e sendo um alvo mais fácil.

Líder Pirata Seminua

A primeira chefe do jogo é uma mulher de "roupas" pretas. Ela quase não tá vestida, e é recorrente.

Os ataques dela são simples, focando em duelos de espadas, e ela gosta de provocar enquanto luta.

Mas, ela não é nada de mais no fim das contas, sendo apenas uma capanga (sendo que o jogo faz parecer que ela seria muito mais que isso).

Imperatriz do Tempo

É a chefe final caso o jogador não faça o pré-requisito pra pegar o final certo, e ela é enfrentada duas vezes.

Ela usa duas Espadas, e pode controlar o tempo, apesar de não usar muito isso em luta.

Os monstros altos de vestido é ela quem invoca, quando decide parar no ar e flutuar.

Ela é bem forte, principalmente por seus combos rápidos, e ela usa os mesmos ataques da Pirata, só que mais rápidos e implacáveis, além de quebrar a defesa do Príncipe.

Ela é vulnerável ao fluxo do tempo, mesmo sendo a Imperatriz do Tempo, então usar areia é a melhor forma de derrotar ela... e sabe o que é curioso? É derrotando ela que se cria as Areias do Tempo.

Na lógica, não deveria ser possível controlar o tempo no Passado, visto que as Areias do Tempo ainda não havia sido criadas pela Imperatriz do Tempo (esse é o plot do jogo!).

Dahaka

Essa é a Entidade do Tempo que caça o protagonista, por ele ter violado as regras do tempo.

O jogo inteiro consiste em escapar dele quando ele surge, e é impossível confronta-lo. A única fraqueza dele, e de qualquer outra criatura no jogo inteiro, é a água.

Dahaka só pode se tornar vulnerável no final do jogo, quando ele ressurge pra matar a Imperatriz do Tempo, por esta ter acabado de violar as leis do tempo (ela não podia ir pro Presente... mas o irônico é que a serva dela, a moça de preto, podia, sem chamar a atenção do Dahaka... lógica???).

Ele é poderoso, mas não se move rápido. Pode atacar com seus tentáculos, e dar tapas que arremessam pra bem longe. 

O lugar de sua batalha é a mesma sala onde o Grifo é enfrentado, e também a Imperatriz, caso seja o final ruim, e é cercado por um abismo cheio de água (pior lugar que ele escolheu). Aliás, Dahaka não morre enquanto não tiver toda a barra de vida drenada enquanto estiver pendurado no penhasco (a Imperatriz em pessoa empurra ele quando a vida dele fica baixa, bastando apenas terminar de derruba-lo).

Caso o jogador demore muito, ele recupera metade da vida e volta ao combate.

Sua única fraqueza é a Espada de Água, que só pode ser pega se o jogador coletar 9 Upgrades de Vida, escondidos em todo o jogo. Cada upgrade aumenta um pouco a barra de vida dele, e é a única forma de fazer isso.

A Espada aparece na frente da Ampulheta do Tempo, onde as Areias do Tempo são feitas, e apesar de nunca ser citada no enredo, é a peça chave pro desfecho.

Nada em torno dessa espada faz sentido.

A Espada de Água

Ela é pega depois que o Príncipe usa o Amuleto de Farah pra abrir 9 recipientes em esconderijos repletos de armadilha. Esses recipientes são como cofres, que emanam energia no Príncipe e faz ele flutuar, como se tivesse possuído (e nenhuma dessas conexões é explicada, a Espada, os Cofres, a Possessão do Príncipe, nada! É bem diferente das Misteriosas Fontes do primeiro jogo, mas é algo posto pra subsistir esse Segredo, falhando miseravelmente sem dúvidas).

Na sala da Ampulheta, há marcações no chão que indicam os Upgrades já obtidos, brilhando. Apenas quando todos os 9 símbolos ficam iluminados, que a Espada aparece no meio da sala... mas NINGUÉM INTERAGE.

É possível fazê-la aparecer antes da cutscene final onde a Imperatriz e o Príncipe conversam. Mesmo com a Espada no meio da sala, ninguém nem comenta, nem tenta usa-la.

Ela pode ser pega depois pelo Príncipe mas também não gera nenhum comentário.

A Espada só revela sua utilidade derradeira no final, quando Dahaka aparece e o Príncipe consegue feri-lo. Antes disso era só uma arma qualquer, feita de Água.

O que acho erradíssimo é a obrigatoriedade em coletar esses "colecionáveis", e a constante tentativa do próprio jogo nos sabotar.

Dos 9 Upgrades, 7 eu encontrei de primeira, sem recorrer a guias. Os 2 que faltaram eu quase encontrei naturalmente, apenas não tive confiança pra ir atrás e procurar, pois comecei a ficar com medo dos bugs, então acabei perdendo eles, crente que poderia coleta-los depois.

Eu sabia que o final certo era o com a Espada de Água, mas me desafiei a encontrar os segredos sozinho. Nem liguei pro outro colecionável (Baús com Imagens), mas os da Espada eu fazia questão.

O porém é que, depois de um certo tempo, muitas passagens do jogo apenas se fecham, e é impossível voltar atrás sem perder o próprio progresso.

Quando eu notei que seria impossível pegar um dos últimos upgrades, por ter esquecido ele numa região, ainda existente, porém trancada (sem motivo), eu quase surtei.

Mas aí eu usei o problema do jogo a meu favor: Bugs.

Em uma parte do jogo eu recebi uma falha estranha do nada, onde o Poder de Voltar no Tempo não desabilitava a animação após encerrar. Isso me deixou preocupado, em pânico, mas foi revertido após resetar o jogo.

A questão é que, depois disso comecei a notar falhas grotescas o tempo inteiro, que eu não reparava antes. Paredes ficando invisíveis, caminhos virando abismos, eventos do jogo burlando uns aos outros. Coisas bem toscas aconteciam, quando tentei reexplorar as regiões. O jogo simplesmente não foi montado pensando na Reexploração! Sendo que ele é um jogo de Reexploração Contínua! Qual o sentido?!

Foi pensando nisso que descobri a solução pra pegar o Upgrade perdido, mas pra explica-lo, falarei de todos os Upgrades (são parte importante afinal de contas), e como os obtive.

Upgrades da Água

Primeiro: 

Correndo contra o Tempo na Escada

Esse foi meu primeiro, e encontrei ele por acaso. Acabei notando atrás de umas caixas, um Interruptor, que ao ser acionado abria uma pequena grade acima de uma escada, onde também tinha outro Interruptor (este já abria uma porta que levava pruma região pra explorar). 

Como não dava tempo de chegar na grade, fiquei com receio de ter de voltar ali depois e fui tentando. Descobri que pulando pelo corrimão da escada, e dando cambalhotas degraus acima, dava pra alcançar a entrada a tempo.

Minha primeira vez foi pegando dessa forma, mas acabei voltando o jogo uma segunda vez (isso foi na versão de Playstation 2) e voltei ali com o Poder de Deixar o Tempo mais Lento. Fica bem mais fácil assim.

Todos os segredos ficam depois de um monte de armadilhas em corredores. Nem vou citar essa parte pois são desafios simples. A parte difícil é encontrar esses corredores.

Segundo: 

Fuçando Pedra do Fundão

Após a primeira luta de chefe de verdade (segundo encontro com a Pirata Seminua de Preto), tem uma Pedra estranha na mesma sala que ela. 

Eu juro que nem ia mexer nela, mas achei esquisita e acabou que tinha interação. Isso é comum, puxar objetos ou empurrar (tem alavancas, e algumas pedras), mas apenas uma Estrutura de Pedra Diferentona.

Daí atrás dela tinha o segundo upgrade que peguei (no caso foi meu primeiro na versão de PC).

Terceiro: 

O Gigante Explodindo a Parede

Numa Torre cheia de Engrenagens tem uma parte com um Gigante tacando Cães Explosivos. É bem óbvio onde ir pra achar o segredo, pois tem duas paredes pra se quebrar com os arremessos dele, e uma delas é a do segredo.

Esse eu achei bem fácil.

Quarto: 

Sala da Alavanca

Na sala principal do jogo há uma Alavanca, que move os pisos pra 3 caminhos diferentes. Um leva pra Região do Saguão, um leva pra Torre das Engrenagens, e um leva pro Jardim. Uma quarta volta na Alavanca existe, e não leva pra lugar nenhum, sendo essa justamente a do segredo.

Não é fácil porém. Descer o caminho é meio chatinho, mas da pra ver a entrada do segredo de longe. Peguei ela só de curiosidade por uma nova Região.

Quinto: 

Jardim - Ativação dos Dutos

No Jardim há 2 upgrades, mas um eu acabei não pegando pois não explorei até o fim. O segundo foi meu primeiro de lá, pego numa parte já avançada da região.

O Príncipe tem de ativar dutos de água pra religar a segunda torre (a primeira era a Torre das Engrenagens) e ai, numa parte padrão da fase mesmo, há algumas pedras pra escalar, bem fáceis de perceber. O segredo fica no topo, e nem é difícil de ver.

Sexto: 

Caminho Escondido na Prisão

Perto do fim do jogo o Príncipe vai parar numa Prisão subterrânea e dentro dela, há muitos caminhos difíceis de alcançar, com pilares e vigas nada chamativas. Mas ironicamente, o segredo fica num ponto fácil de perceber.

Duas paredes quebráveis (nessa parte ele já tem a Espada do Escorpião, é inclusive ali que ele pega), próximas uma da outra, revelam um puzzle compartilhado, onde é preciso acionar uma alavanca e correr contra o tempo até uma porta na outra parede. O segredo fica ali.

Sétimo: 

Voltando pra Biblioteca

A Prisão desemboca numa Biblioteca, e eu quase achei o segredo de primeira ao visita-la. Meu único vacilo foi ter hesitado no trajeto. 

Eu cheguei a pular, e me pendurar na rota pro segredo, mas fiquei com medo de bugar tudo (nessa hora eu tava traumatizado) ou apenas perder, e confiei em retornar posteriormente caso não achasse o segredo (usaria guias). O problema é que essa era uma região de retorno dificultado.

Posteriormente eu já tava entrando em desespero achando que precisaria retornar toda a campanha pra reencontrar a Biblioteca, uma vez que a Prisão não tinha um acesso fora de cutscenes. Mas, como parte do jogo mesmo, o caminho se abriu outra vez, direto na biblioteca. O problema, é que bem perto de onde seria o segredo, Dahaka aparecia e quebrava o caminho!

Depois disso era perseguição e a cada segundo eu via minha chance de ir no segredo indo embora.

Eu cheguei a desistir, e descartei umas 5 horas de jogo pra voltar na hora em que salvei ali na primeira vez. E fui buscar o segredo, coletando e sofrendo por antecipação pois, o caminho até onde eu estava era longuíssimo, com o Grifo pra enfrentar só pra ter uma noção, entre muitos outros lugares pra explorar.

Mas, foi aí que descobri (eu havia esquecido disso) que a saída da biblioteca, era num ponto em que eu estive preso por dias: A Torre das Engrenagens.

Eu havia ficado lá por muito tempo pois ao concluir a torre, eu não achava a saída (pra poder ir no Jardim). Foi graças a 3 caras da Live no Twitch que eu acabei achando o caminho, mas dei tantas voltas, subidas e descidas naquele lugar que, era fichinha andar por ali. Ver que a saída da Biblioteca era naquele ponto (em uma porta que se quebrava, a qual eu tinha até esquecido), eu me animei rapidamente, voltei pro save avançado, e fui lá pra pegar o upgrade sem precisar voltar tudo.

Deu certo, mas meu medo retornou no próximo upgrade.

Oitavo: 

Jardim - Atravessando a Porta Trancada

Como eu estava assustado pelos upgrades perdidos e a dificuldade de encontra-los, um eu já sabia a localização (a Ala do Salão era onde ele tava, mas só daria pra pegar com a Espada quebradora de paredes, por isso deixei por último), mas faltava um nos cálculos e eu não fazia ideia de onde estaria. Por isso fui ver em guias e tomei um susto: Tava numa parte inacessível.

Na região do Jardim, havia uma parte com uma porta, pela qual eu passei e acionei alavancas aos montes, pra fazer a água fluir (isso bem antes da parte onde teria de redirecionar essa água pra torre, o que me faria ir lá na parte dos Dutos). Eu tentei voltar ali, pois o segredo estava onde eu até tinha tentado explorar, mas deixei pra depois.

Infelizmente esse depois nunca veio. Naquela mesma região tinha uma Parede pra quebrar, muito óbvia pelas rachaduras. Mas o retorno àquela região era impossibilitado pela única porta de acesso, a qual simplesmente se fechou.

Isso não é normal, mas é algo que pode acabar acontecendo se o jogador for azarado, como eu. Vi na internet que muitos jogadores encontraram problemas com essa porta, pois é justamente atrás dela que tem a região onde se esconde um dos upgrades, e até um Baú com Imagens (este atrás da porta rachada). Inclusive, é óbvio que essa é uma região que não deveria ser lacrada, pois a tal parede só pode ser rompida após coletar a Espada do Escorpião, espada essa que só é pega muito adiante no jogo (bem depois dessa região ser visitada).

Mas a porta fechou, e não havia solução alguma para reabri-la. O jeito, dentro das regras do jogo, seria retornar à gravação da hora em que acessei tal região. Solução essa nada agradável, pois significaria retornar praticamente o jogo inteiro (considerando onde eu já estava). Daí, o jeito seria aproveitar e buscar pelo segredo, pra só então avançar na campanha, sem se preocupar com a porta fechando.

O problema seria apenas se eu quisesse pegar o Baú da Imagem lá dentro, pois este estaria perdido de qualquer forma. Foi aí que pensei "Será que dá pra trapacear?"

Se um bug causou esse infortúnio, será que um bug o contornaria? Pesquisando vi que havia uma forma de Atravessar Portas, e também uma de dá um Super Pulo. Eram estas as habilidades "Zipping", que eu carinhosamente chamo de "Habilidades Secretas".

Aproveitando de um bug de programação que não entendo, era possível burlar a física, e assim atravessar qualquer porta! Basicamente o personagem tinha um conflito na animação durante o Retorno do Tempo, e isso fazia ele se deslocar uma célula adiante. Eu jamais descobriria isso por conta própria, além de ser exigido um passo muito minucioso pra dar certo:

O jogador precisa Defender, e então atacar para fazer uma animação do Príncipe "Agarrando" (quando ele ataca defendendo, ele segura o inimigo, e se não tem inimigo ele apenas faz a animação de agarrar algo adiante e falhar), então logo em sequência, sem qualquer pausa, o jogador precisa apertar o botão de defesa não uma, nem duas, mas 23 vezes seguidas, rapidamente como se tivesse tendo um piripaque. Mas isso não era o fim, logo após o 23º movimento, o jogador deveria Voltar no Tempo, e deixar a animação acontecer (o que fazia tudo ficar mais rápido, e acredito que é aí que o bug ocorria). Quando a reversão estivesse próxima do "Ataque Defensivo", era só soltar pro tempo fluir normalmente, e como num passe de mágica, o Príncipe se deslocava pra frente quase que teleportando, e consequentemente atravessando qualquer porta.

Tive de dominar essa técnica para poder entrar, e sair, da região trancada. Curiosamente nada lá dentro justificava a porta fechada, sendo uma região simples e que não afetava nada a programação do jogo ou qualquer outra zona. Outra coisa, eu não entendi a razão das 23 vezes seguidas, mas fazendo mais, ou menos que isso, o jogo bugava de outro jeito, e o Especial de Atacar Rápido que rolava, não o pulo.

Normalmente, esse ataque se ativava ao apertar o Botão de Reverter o Tempo, enquanto segurava os dois ataques. Porém dentro do bug, bastava apertar qualquer botão que ele já entrava no modo frenético, consumindo energia igualmente.

Referente ao Super Pulo, eu nunca usei ele, nem nunca consegui fazer funcionar direito. Era pra fazer o mesmo esquema dos 23 movimentos, mas, ao invés de Defender enquanto Ataca, era preciso Rolar, e ao invés de Defender 23 vezes, era preciso dar 23 passinhos. Só que comigo eu nunca acertei os passos e apenas bugava tudo indo parar fora do mapa numa tela preta em queda livre.

Enfim, abusando dos bugs, pude pegar esse Upgrade, e evitei voltar tudo.

Nono: 

O Alto do Salão

O último é simples, fica no topo de um salão cheio de vigas. Notei ele logo na primeira vez que visitei o lugar, e até tentei já pegar. Porém sem a Espada de Quebrar Paredes, não dava pra pegar uma Caixa atrás de uma Grade, e sem ela não dava pra correr na parede, alto o bastante, pra acessar a região secreta.

Mas foi só voltar (lembrar onde ficava o lugar que foi difícil, pois pra chegar nele tinha que pular nas vigas do salão da Alavanca, e eu já tinha até esquecido).

Com todos os Upgrades, além de uma vida enorme, o Príncipe ganhava a Espada de Água, que brotava no salão da Ampulheta (justamente onde ficavam demarcados quantos upgrades ele tinha, no chão). E o final real era habilitado.

Máscara Espectral

Existe um item especial que é coletado próximo ao final do jogo e tem uma função bem interessante na jogabilidade, mas é bem mal explicada junto ao enredo.

A Máscara foi aparentemente usada pelo Maharaja, aquele que visitou a Ilha do Tempo e pegou a Adaga e as Areias do tempo para seu reino. Mesmo com isso em mãos, ele nunca pensou em usar os poderes do tempo pra sei lá, conquistar o mundo!

Ele apenas deixou a adaga e a Ampulheta num cantinho do castelo e, no futuro, os Persas chegaram e tomaram tudo. Até seria plausível pensar que ele desconhecia o tremendo poder que possuía, mas agora nos é revelado que ele tinha conhecimento dos Dons da Areia.

Primeiro que ele sabia que lá existiam os Portais do Tempo, informação essa que até um velho sábio no começo do jogo sabia e vai saber quantos mais. Além disso, ele também tinha conhecimento sobre a Máscara Espectral e o poder dela, tanto que fez questão de escrever nas paredes sobre ela e seu uso (segredo pra que?!)

A Máscara permitiu que ele próprio mudasse seu destino, pois pouco antes de morrer na ilha ao lado de seus capangas saqueadores, ele achou e usou a máscara, abrindo uma brecha no tempo, e se separando de seu destino. Com a Máscara, ele se tornava um tipo de Entidade do Tempo, e podia transitar sem afetar sua linha, e assim reescrever sua história.

Meio vago isso, mas basicamente, a máscara fazia ele se tornar anônimo na linha do tempo, e ele podia fazer o que quisesse sem causar paradoxos. Ele então mudou seu passado, retornando no momento em que morreria, e substituindo seu próprio eu do passado, pra continuar existindo. Basicamente ele usou uma "Segunda Vida", com sua versão do passado morrendo dessa vez e ele assumindo a vida dele.

A Máscara aparentemente perde o efeito depois de tal substituição, colocando o usuário de volta na linha do tempo, e de algum jeito toda essa informação brota na mente do Príncipe que apenas sabe que, agora pode transitar livremente no tempo e que poderá mudar seu passado, assumindo a vida do seu outro eu.

Com a Máscara, ele acaba tendo de revisitar os locais paralelo ao seu Eu do Passado. Só que não há grandes influências, e no máximo, os mapas estão inativados ainda, e alguns obstáculos ainda nem foram liberados. O jogo meio que fica com preguiça de aproveitar as possibilidades de nos lançar nos mapas em uma jornada paralela, fazendo um tipo de revisita compartilhada: Imagina que legal seria influenciar o caminho do nosso próprio jogo, abrindo caminhos e fazendo coisas que já haviam nos ajudado, sem nem sabermos. Imagina matar chefes que nunca enfrentamos pois, nós mesmos livramos o caminho deles... as possibilidades eram tantas! Mas desperdiçaram isso, atordoando o protagonista por um longo período (pra fazer o tempo passar).

Essa Máscara permite que o protagonista gere Areia do Tempo do próprio corpo. Basicamente, ele restaura a areia pra poder usar os especiais quantas vezes quiser, apenas tendo de esperar um pouco.

Em contrapartida, a energia vital dele é drenada pouco a pouco (mas para de ser consumida caso chegue num valor baixo de mais, impossibilitando que ele morra por drenagem de vida). Ele também ainda pode restaurar ela bebendo água, o que faz tudo ficar bem mais fácil.

Uma pena que ela quase nem é usada, visto que ele perde ela rapidamente sem precisar reexplorar os mapas (passa só por um mesmo e pronto).

Agora, bem, bora contar a história do jogo.

História

Tudo começa com Príncipe correndo do Dahaka por entre os guetos de Babilônia.

Eu num entendo nada de história, mas em rápida pesquisa vi que os Persas dominaram Babilônia em 359 A.C., e essa conquista é de certa forma citada algumas vezes durante o jogo, pois o Príncipe menciona sua terra como sendo Babilônia, a Capital Persa na época.

É saindo de lá que ele viaja pelo mar em busca da Ilha do Tempo. Um senhor de idade sábio (que nunca apareceu antes mas parece saber muito das Areias do Tempo) tenta orientar o Príncipe, que está em constante fuga do Dahaka.

Acontece que Dahaka é a Entidade do Tempo guardiã que busca eliminar qualquer um que se atreva a mexer com a linha do tempo. Como o Príncipe brincou com o tempo em "Sands of Time", agora ele era alvo da entidade.

Pra tentar arrumar as coisas (algo que já deveria ter ocorrido pois o Príncipe voltou no tempo e impediu tudo de acontecer, inclusive as mudanças no tempo!), ele agora deveria ir até a Ilha do Tempo, procurar pela Imperatriz do Tempo, que aparentemente seria a única pessoa que podia lhe ajudar... impedindo a Criação das Areias do Tempo. O velhinho só diz que nada que ele fizesse resolveria sua situação... mas num custava tentar.

Por isso ele viaja pelo mar em busca da tal ilha, de onde a Adaga do Tempo e as Areias do Tempo (saqueadas na Índia) haviam sido retiradas. No caminho, porém, um navio fantasma surge, com criaturas mascaradas a bordo, e uma moça sensual as liderando, todos em busca da cabeça do Príncipe, apenas isso.

Claro que não da certo, e apesar do Príncipe confrontar a moça seminua, ele perde, o navio naufraga, resultando nele como único sobrevivente, mas aportado justamente onde? Na Ilha do Tempo!

Sim, a moça de preto fez o ataque e por causa do ataque, guiou o cara até a ilha.

Lá, ela faz ainda pior: Ela o Guia até os Portais do Tempo! É seguindo ela que ele se arma novamente, e ainda encontra as passagens que ligam o Presente com o Passado, Passado este onde ele poderia encontrar a Imperatriz do Tempo.

E sim, a Imperatriz não existia mais no presente. O Velhinho até diz que o Maharaja da Índia pegou as Areias e a Adaga ali usando Portais do Tempo da ilha, mas em momento algum ele diz que ela não existia mais.

Só que com a ajuda involuntária da moça quase pelada, eis que ele chega até o Passado e explora, explora, e explora mais um pouco, alcançando assim Kaileena, outra moça seminua, só que de vermelho, e que acaba quase sendo derrubada de um penhasco pela seminua de preto.

O Príncipe também testemunha um misterioso cara sombrio, com uma máscara, bem longe e correndo, aparentemente explorando a ilha mas sem ter contato direto com ele.

Após matar a moça de preto sem nem tentar conversar (o príncipe é uma anta), Kaileena nega, a princípio, qualquer ajuda a ele. 

Mas após ser salva de um desmoronamento provocado pelo corpo da moça de preto, que explode em mais areia do tempo, ela o recompensa com informações, falando (após reencontrada pois cara, é uma baita volta) para que ele encontrasse a Imperatriz, antes deveria reativar duas Torres.

A Imperatriz estava criando as Areias do Tempo numa Ampulheta Gigante, e para abrir a sala dela, as Duas Torres deveria ser ativadas. Kaileena não diz o que desejava, mas auxilia dando uma espada e botando o Príncipe pra fazer o trabalho sujo.

Nos caminhos das torres, uma Cheia de Engrenagens, e outra em um enorme Jardim, o príncipe acaba deparando com o misterioso Cara Mascarado, que parece querer sabotá-lo.

Uma hora acionando um interruptor que parece atrapalha-lo, e outra jogando uma machadinha que quase o mata (balela pura, depois é explicado que ele tava é ajudando... mas o irônico é que o Príncipe devia ter notado isso. Ele olha pra trás depois da machadinha, e apesar de não vermos que tinha um inimigo atrás dele, pelo jogo de câmera... ELE VERIA! NEM QUE FOSSE A POEIRA DO BICHO SUMINDO).

Mas depois disso o cara para de aparecer.

O problema é que outra entidade sombria aparece com certa constância: Dahaka. As vezes ele apenas surgia correndo atrás do Príncipe, em perseguições encerradas apenas graças as Cachoeiras que cobriam os Portais do Tempo. Ele não passava por água.

Dahaka uma hora decide apenas parar de ficar encontrando o Príncipe em corredores e o encurrala na Sala Principal da Alavanca, onde ele sempre retornava. Mas justamente nessa hora, o Misterioso Cara Mascarado reaparece, e morre no lugar do Príncipe! Ele nem tenta falar nada, apenas surge e morre, fazendo com que Dahaka fosse embora.

Depois disso, e de acionar as duas Torres, e voltar até a sala da Ampulheta, o Príncipe do Parkour descobre o óbvio: Kaileena era a Imperatriz do Tempo.

Ela havia visto o próprio futuro, e sabia que naquele dia, seria morta pelo Príncipe. Para impedir que isso acontecesse, ela tentou de todas as formas sabotar o Príncipe, porém da forma mais idiota possível, basicamente se auto sabotando na sabotagem: Ela fez tudo o que pôde pra atrapalhar e só acabou ajudando ele! 

Ela mandou a Shahdee, a moça seminua de preto, para mata-lo, quem na verdade guiou ele pra todos os caminhos, fosse a própria Ilha, fossem os Portais do Tempo.

Ela quem deu a dica das Torres, pra fazer ele perder tempo mas abrindo o próprio caminho dessa forma; 

Além de ter dado Armas pra ele, armas estas que eram essenciais pra abrir o caminho. 

Aliás, juro que ao ver as duas eu pensei que ambas eram a mesma pessoa. Tipo, Kaileena era a Imperatriz do Tempo e Shahdee sua versão maligna nascida de algum distúrbio no tempo (isso faria total sentido inclusive depois do que é revelado em Two Thrones). Mas não, Shahdee era a serva de Kaileena, que tenta matar o Príncipe e depois acaba se voltando contra ela mas, por causa de uma discussão bobinha.

Só que Kaileena tenta matar o Príncipe com as próprias mãos, e ao fazer isso, ela morre como previsto. E pra piorar, ao morrer, as Areias do Tempo são criadas, da morte dela. Cara... CARA! Era só não matar ela!

O Príncipe acaba sendo perseguido pelo Dahaka pra confirmar que nada mudou, apesar dele ter tentado impedir o surgimento das Areias do Tempo e assim, deter a si mesmo (o que não faz o menor sentido, isso já não tinha funcionado antes, não ia funcionar agora. Errar é normal, insistir no erro é insanidade).

Por isso ele entra em desespero, encurralado por Dahaka numa câmara subterrânea (que convenientemente ele encontra fugindo do Dahaka), onde descobre algo que não faz nenhum sentido: Lá haviam textos nas paredes do Maharaja, de quando este roubou a Adaga e as Areias da ilha. O texto dizia que era possível mudar o passado usando uma Máscara, e é isso.

Na verdade não da pra gente ler o texto, apenas uma cutscene meio confusa que mostra o cara mudando um evento do passado no corpo dele ou algo assim... é bem vago. Fato é que com isso o Príncipe se sente motivado a buscar a Máscara e ganhar uma Segunda Chance (de ferrar tudo, só pode).

Ele ainda podia viajar pelo tempo (pelos portais), ainda manipulava o fluxo do tempo livremente, ainda adquiria areias do tempo de inimigos (estes que já existiam muito antes da Areia do Tempo existir, e pior, eles diziam abertamente que serviam a Imperatriz! Qual a lógica?!) independente de qual sua linha temporal, e mesmo assim, vê numa Máscara mal explicada, a chance de corrigir sua linha do tempo.

É aí que ele descobre que usando a Máscara Espectral, ele podia voltar no Passado, um pouco antes do seu Eu do Passado sequer chegar na Ilha do Tempo.

A Máscara permitia que ele viajasse antes da linha do tempo fixada nos portais do tempo... mas sem a escolha dele. Ele ainda estava preso naquele fluxo temporal.

Assim, ele assume o papel do Misterioso Cara de Máscara e protagoniza os encontros que teve com seu Eu Verdadeiro. Aquela versão do passado que via ele correndo pelos cantos. E, ele descobre que tudo o que ele fez, foi na verdade pra ajudar sua outra versão.

Em uma das vezes, ele salvou a vida do seu eu do passado, matando um monstro atrás dele sem ele perceber. Mas, o imbecil em momento algum pensou em PARAR E CONVERSAR.

Seu objetivo agora era viajar ao passado e impedir que ele matasse a Imperatriz do Tempo... no passado.

Olha o que o cara bolou: Ele teria de convencer ela a ir pro Presente, e apenas lá mata-la, pois assim ele evitaria que as Areias do Tempo nascessem no Passado (mas produziria elas no Presente o que não mudaria nada no fim das contas, era uma ideia de jerico).

Ele só precisava ir até a Imperatriz e trocar uma ideia com ela, nem precisaria apelar pra agressão, mas no difícil caminho de volta até a Sala da Imperatriz (que tinha como acesso o Salão da Alavanca e seus múltiplos caminhos), além de ser constantemente atrapalhado pelo Dahaka quebrador de atalhos, ele ainda testemunha a Imperatriz tramando com sua aliada seminua, e vê o quão megera ela era, optando parcialmente pela violência mesmo. Ela queria a todo custo matar ele pois sabia do seu futuro. 

Felizmente ele tinha muito tempo ainda. Seu eu não havia chegado ainda na Ilha, e dava pra resolver tudo. Mano, se ele gritasse naquele momento, ele já resolvia tudo! Era só tentar conversar. Mas ele prefere o caminho difícil e dá a volta, chegando no Salão da Alavanca um pouco mais adiante (mas novamente com o caminho bloqueado), mas agora com seu Eu do Passado já na ilha, recém chegado.

É o momento em que ele testemunha a si mesmo, enfrentando a capanga da Imperatriz. Ele poderia se quisesse interagir consigo mesmo e gritar (aparentemente a Máscara tira a voz dele, só pode!), mas ele corre e deixa tudo acontecer como já aconteceu.

Pra piorar tudo, ele acaba perdendo todo o tempo que tinha de vantagem, caindo atordoado por um inimigo gigante que o ataca pelas costas: Tem um chefe Gigante na Torre das Engrenagens, que sempre reaparece quando passamos por essa região. Na verdade tem vários gigantes por lá, mas um deles em particular, tinha atordoado o Cara Mascarado, que tava ali o tempo inteiro, num buraco.

Bem, quando ele acorda, as duas Torres já estavam ativadas e o Príncipe do Passado estava indo descobrir a verdade da Imperatriz, lutando contra ela em seguida e forjando as Areias do Tempo.

Correndo contra o tempo, o Príncipe chega finalmente no Salão da Alavanca por um caminho que dava pra andar até a Ampulheta, mas era aquele momento onde Dahaka surgia e o matava (ele era o Mascarado afinal de contas) e é ai, que ele usa o poder real da máscara e muda o destino. Ele joga seu Eu do Passado pro Dahaka matar, trocando de lugar com ele (e mudando a história).

Desse jeito, o Dahaka vai embora, com um Príncipe morto como desejava (meio furado isso pois na real, Dahaka não deveria ir embora enquanto não matasse os dois, algo confirmado no final alternativo. Além disso, não mostra o Príncipe sendo absorvido), e o Príncipe se vê livre pra continuar fuçando no tempo, achando que a Entidade do Tempo o deixaria em paz, e vai até a Imperatriz do Tempo. 

Aliás, nessa hora a Máscara para de funcionar e ele assume seu corpo real.

Se passando pelo Príncipe de sempre, ele reencena seu encontro com a Imperatriz, mas ao invés de deixar ela preparar o palco pra luta, ele próprio desarma ela, e diz já saber de tudo. Ele ainda tenta na cara de pau convencer a Imperatriz a viajar com ele pro Presente, mas ela saca logo de cara que o objetivo dele era matar ela lá, pra nunca criar as areias no passado. Mano... mano... ERA SÓ NINGUÉM SE MATAR! Ela sabia o próprio destino e pra evitar ele, era só não morrer pro Príncipe, que também queria mudar o destino e pra isso, era só não matar ela. Num pode ser que eles sejam tão burros.

Mas, ambos não entram no acordo, e o Príncipe corre pro Portal atrás do Trono da sala dela. Ao invés dela ignorar ele, afinal ele já tinha acabado de expor o plano dele... ELA CORRE ATRÁS!

Daí chegando no portal o que acontece?! Ele chuta ela e joga ela no presente. Ao invés dela voltar pro portal e retornar pro tempo dela afinal, não haviam regras de número de viagens (pra voltar era só entrar no portal de novo, nada impediu ela), ela corre pra caverna atrás da sala dela no Presente, palco este da luta final.

O Príncipe vai até lá, que no Presente é só ruína, e confronta a Imperatriz. Nesse momento um dos dois finais ocorre.

Se o Príncipe tiver pego a Espada de Água, a luta contra a Imperatriz nem acontece. Eles discutem, saem na esgrima mas em cutscene, e aí o Dahaka surge, pra matar a Imperatriz!

Afinal, ela tava no tempo que não devia estar, e dessa vez o Dahaka agiu imediatamente (tava de passagem por ali mesmo, acabou de dar cabo em um dos serviços atuais né). Mas o príncipe pula na frente, pra impedir que a Imperatriz morresse e criasse as Areias do Tempo (afinal de contas qual o objetivo do cara mano!?).

E ao fazer isso, ele descobre que a Espada corta o Dahaka, assumindo assim um combate contra ele.

No meio da luta, a Imperatriz usa seus poderes pra empurrar o Dahaka num abismo... 

E o Príncipe encerra o combate o derrubando de vez, depois dele tentar se pendurar.

E assim, Dahaka cresce horrores, ficando enorme mas não sobrevivendo à água do abismo. 

Aí ele explode e pronto, fim dos problemas de todo mundo.

Sem Dahaka, ninguém iria encher o saco se mexessem com o fluxo do tempo. E convenhamos... QUAL A RAZÃO DE NÃO TEREM SE JUNTADO PRA MATAR A CRIATURA ANTES!?

Repare que o que matou o Dahaka foi o cenário, não a Espada. A Espada apenas serviu pra derrubar ele no abismo. Mas quem joga ele pro abismo mesmo é o PODER DA IMPERATRIZ.

Dahaka poderia cair mesmo sem a espada. Se o Príncipe pegasse um Balde de Água e tacasse, pronto, ele caia. E na falta de um balde de água... imagina se o plot twist dofim do jogo fosse ele dando cabo a toda a água consumida ao longo de sua jornada: Baixava o calção e aliviasse tudo no Dahaka!

Claro que ia pegar muito mal, mas era uma solução muito mais simples do que ficar dando voltas no tempo, pra chegar em lugar nenhum.

No fim, a Imperatriz Kaileena se apaixona pelo Príncipe e decide se mudar da Ilha do Tempo (seu reino!) pra Babilônia. Aí eles viajam de barco, se pegam... e Babilônia cai.

Alguém invade a cidade, um misterioso cara sombrio, e taca fogo em tudo. E pra variar, até Farah paga o pato, aparecendo crucificada no meio do fogo.

Não da pra saber se isso já aconteceu, ou iria acontecer... ou melhor, dar pra saber... mas só jogando e analisando o próximo título: Two Thrones.

Até lá, é isso.

O jogo não tem nenhuma premiação extra por pegar o final verdadeiro nem nada. 

O final Falso é o seguinte:

O Príncipe tenta enfrentar Kaileena no presente, e durante a luta tenta convencer ela a parar. Ele até tenta contar o que houve mas, fica gaguejando e se enrolando, o que só deixa Kaileena mais irritada.

No final ele esfaqueia ela, mas ela faz questão de dizer que não vai adiantar. Um dia alguém mais vai gerar areias afinal sempre tem bobos indo pra Ilha do Tempo.

Só que ao cair dura no chão, Dahaka surge para recolher o corpo. Engraçado que o próprio Príncipe diz "As Areias foram criadas no Presente e não no Passado, elas não estão na Ampulheta!" mas Dahaka apareceu e, foi corrigir as coisas. 

Apesar de aceitar seu fim, o Príncipe se surpreende quando Dahaka tira dele não a vida, mas o Amuleto do Tempo que ele carregava. Era só isso... ele precisava pegar o último resquício de manipulação do tempo (sendo sincero, tava na cara que o Amuleto era o problema!, Afinal ele ainda mexia com o tempo! Tava tão óbvio). 

Com isso o próprio Dahaka se desmonta, e pronto. Problema resolvido.

Mas ao voltar pra casa de barquinho, o Príncipe vê Babilônia queimada e sendo conquista e, suas ações tiveram consequências.

Esse é o final "incorreto", mas é o que se pega caso não destrave todos os upgrades e pegue a Espada de Água.

Ainda assim, ele revela uma parte importante: Dahaka existe por causa dos Artefatos do Tempo.

Enquanto esses objetos existissem, ele existiria. Claro que a morte dele causada pelas mãos do Príncipe resolve o problema da existência dele mas, será mesmo que essa era a solução?

Uma entidade do tempo pra corrigir alterações existe por alguma razão... e não digo que foi só uma invenção qualquer para criar continuação. Isso implica em consequências graves caso ela fosse morta... espero... que seja isso o que vai ser abordado em Two Thrones (eu já joguei uma vez, mas num lembro nada).

É isso.

Personagens

Sinceramente eu nem falaria dos personagens pois, dessa vez eles são bem sem graça. Tanto que, dessa vez o jogo nem faz a gente tentar interpretar as criaturas e tal. Tudo é bem genérico. Então só pra saber quem são mesmo, caso não tenha ficado claro na história, falarei seus "nomes" e uma breve sinopse de cada um.

Velho Ancião

Sabe das areias e roga uma maldição no príncipe falando "Tu se lascou, nunca vai fugir do Dahaka".

Dahaka

Queria só trabalhar em paz.

Príncipe

Num se decide no que quer da vida... e ainda matou a si mesmo duas vezes. Seu nome ainda não foi revelado.

Kaileena

Imperatriz do Tempo que controla o tempo, vê o futuro, teletransporta, pode viajar no tempo, e ainda assim faz questão de MORRER PRA CRIAR AS AREIAS DO TEMPO PRA OUTRA PESSOA USAR OS PODERES DELA E MATAR ELA PRA CRIAR AS AREIAS DO TEMPO PRA... infinito. Ps.: Seminua de vermelho.

Shahdee

É o clone da Imperatriz, pois tem tudo igual a ela, mas no final fica irritada por ser pau mandado e morre, tentando trair a Imperatriz. Aliás, "trair", pois tudo que ela faz é ficar pistola pela Imperatriz brigar com ela por não ter conseguido matar o Príncipe e ainda ter levado ele até a Ilha, e pior, até ela! Aí por não gostar ela diz "Deixa que eu mesma faço você virar areia sua mocréia" e pronto, la vai ela morrer pro Príncipe salvador de donzelas. Mano, elas usam os mesmos ataques! Tá muito na cara que reciclaram o modelo dela. Ps.: Seminua de preto.

Observação: O Apelo Sexual Absurdo que essas duas personagens possuem não é justificável. Elas andam praticamente peladas, mas nada disso é em prol de combates ou algum tipo de manipulação. Andam assim apenas por quererem e pronto, faça chuva ou faça sol. Queria entender qual a vantagem de ir pra uma batalha de Espadas assim!

Misterioso de Máscara

É o Príncipe, depois que viaja no tempo e tenta impedir ele mesmo de fazer burrada, fazendo mais burrada e ficando mudo.

Maharaja

Pai de Farah, que roubou a Adaga do Tempo, a Ampulheta do Tempo (com as Areias do Tempo), e ainda usou as Máscara Espectral (deixando ela na Ilha depois) tudo pra... deixar tudo guardado no seu palácio... mesmo ciente dos poderes que tudo isso lhe dava.

Farah

Princesa da Índia que tinha um Amuleto que viajava no tempo e nunca usou. Mas deu pro Príncipe.

Observação Final:

Pensando aqui com meus botões... se o Príncipe corrigiu sua linha do tempo voltando no tempo e impedindo ele mesmo de por a Adaga na Ampulheta do Tempo e liberar as areias, Dahaka nunca iria atrás dele... Mas ele acabou usando a Adaga do Tempo uma última vez pra dar um beijo em Farah, bem no final do Sands of Time... FOI POR ISSO QUE DAHAKA O PERSEGUIU! Sim, o cara condenou a si mesmo pra roubar um beijo sem consentimento (ele beijou, e voltou no tempo quando viu que a mina não gostou). Moral da história: Assédio no Tempo é algo condenável com a Morte.

E fim. Obrigado pela leitura!!!

See yah.

Aliás, eu ainda escrevo tanto quanto antes, mas agora ingressei na faculdade, e paralelamente tenho um monte de projetos como Manutenção de Pcs, Desenhos, o Mangá, Retratos, Gifs e sprites pro Jogo, etc. Estou bem empolgado com tudo, e não pretendo parar com nada. Vou esperar o retorno dos leitores pra produzir mais conteúdo aqui!

Espero que tenha gostado.

E caso queira mais textos assim, comente, e visite a Lista da Morte!

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16 Comentários

  1. Ta tudo errado nessa porra, é basicamente um anti jogo, tanto que o proprio Jordan Mechner que criou os primeiros da epoca "classica" (que são fodas mesmo diga-se de passagem), e tambem trabalhou no Sands Of Time, ficou putasso com esse jogo, falando sobre tudo isso citado no post e tambem sobre a dublagem que TAMBEM é uma merda, tanto que avisou até pra ninguem comprar.

    Não necessariamente o curto tempo de lançamento de uma sequencia pode atrapalhar no desenvolvimento e resultado de um titulo, pois tem varios exemplos de jogos lançados em anos seguidos com resultados incriveis (como o titulo seguinte a esse), mas nesse caso, parece que fizeram tudo no automatico pra ter um produto pra vender o mais rapido que pudessem, e olha no que deu.

    Fun Fact: E pensar que coisas desse jogo (mais o jogo anterior obviamente) inspiraram elementos do God Of War, que é até engraçado quando se pensa da antiga treta (e bota antiga nisso) entre Persas e Espartanos, coisas que acontecem.

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    1. Irônico mesmo o esquema dos Persas e Espartanos (caramba). Parece até que a Santa Mônica queria trollar a Ubisoft e meio que, criou algo melhor.

      Aliás, apesar do sofrimento em terminar essa coisa, eu pretendo escrever sobre o Two Thrones e, espero que minha memória não esteja sendo traiçoeira, e seja mesmo tão bom quanto me recordo.

      Obrigado pela recomendação, dicas, e leitura Bea.

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  2. Esqueci de dizer tambem que a bunda da Shahdee (é assim o nome né?!) é um "patrimonio cultural" gamer que até que "merecia" ser mais lembrado né?! É um negocio tão gratuito e pq sim, que consegue constranger todo mundo, até os gamers/otakus "fappers" mais assíduos que conheço... pra vc ver.

    "Princesa da Índia que tinha um Amuleto que viajava no tempo e nunca usou. Mas deu pro Príncipe." A Kaileena tambem deve ter dado ALGUMA COISA pro nosso principe garanhão... alias, sempre achei um pouco estranho o altissimo nivel de sex appeal que o protagonista causa nas princesas (e até "deusas" no caso), isso desde a antiga "encarnação" dele, beleza que ele é... um principe, até que bonitão, definido fisicamente, com cabelos sedosos e o unico ser do sexo masculino atraente que aparece pra elas, mas isso n... é... até que da pra entender.

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    1. Pera ai, elas tinham os Piratas de Areia pra suprir necessidades desse tipo! Ta legal que ninguém nunca seria como o bombadão temporal mas tipo, falta de opção necessariamente não era.

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    2. Vc chama aquelas coisas de atraente?! Ih rapaiz...

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    3. Não, nenhum pouco... mas os prisioneiros de tanquinho eram daora.

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  3. Olá.
    Cara, eu não percebi bugs ou coisas assim quando joguei esse game lá em 2013 no meu PS2, mas lembro que a trilha sonora de "rock genérico" me incomodou de certa forma, outra coisa que concordo com você é a questão da navegação confusa e pouco intuitiva dos ambientes,(o mais difícil da trilogia), quanto aos gráficos eu não achei ruins não,só não me agradou muito a temática pesada e dark desse 2,mas ainda acho um bom jogo,apesar da história ser confusa e cheia de furos.
    Meu preferido da trilogia é o Two Thrones,jogo maravilhoso,marcou muito uma época da minha vida.

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    1. Sr Gabriel! Hey yah!

      Pior que eu não me recordo bem da época de PS2, mas se tu conseguiu jogar sem problemas naquele tempo, você foi sortudo. Pôde experimentar o jogo em seu melhor... sortudo de mais.

      Eu quero muito jogar o Two Thrones, também tenho boas memórias dele... tô só esperando o trauma deste sumir kkk.

      Enfim, obrigado pela presença sr!

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    2. Kkkkkkkk, eu costumo ter sorte em questões de bugs em alguns jogos.
      The Two Thrones é espetacular,tem uma atmosfera,palheta de cores e construções de ambientes muito marcantes; se eu fosse você já pensaria em jogar.

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    3. Assim que eu terminar meu post atual vou jogar.

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    4. Eu meio que estou postando alguns jogos que fazem/fizeram parte da minha vida no meu Facebook, escrevo algumas particularidades e as vezes uma espécie de sinopse sobre cada um.
      Se quiser dar uma olhada, você tem meu Facebook, lá talvez encontre algum jogo que te interesse para fazer alguma análise futuramente.

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    5. Fiquei curioso. Vou olhar e comento, mas se tiver um link pra me direcionar ajuda mais. Sou esquecido.

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    6. É só procurar "Gabriel Duarte" na tua lista de amigos, estão no álbum "Jogos que marcaram".
      Eu tinha parado de postar, mas como o Facebook anda muito chato, resolvi voltar.kkkkkkkk

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  4. Correr na parede e a porcaria do príncipe se soltar sozinho... triste demais

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    1. Eis algo que incomodou muito! Mano, aqueles penhascos com paredes pra correr e do nada o cara caia... ridiculo.

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