SérieMorte: Arcane - Ato 1 - Falando um pouco de League of Legends.

Demorou, mas a Riot finalmente começou sua empreitada na animação, e confesso, tá ficando muito bom. Infelizmente, por hora eles só lançaram os 3 primeiros episódios, no formato de "Ato". Nem da pra considerar temporada pois, tecnicamente, isso é apenas o primeiro arco de uma história maior.

Confesso que isso não me agradou muito, e logo me veio à cabeça a imposição da Netflix (e teimosia de certa forma) com o hábito de só lançar projetos completos, de uma vez, ao invés de lançar em formato episódico semanal, algo que em outras plataformas já se mostrou muito melhor e mais dinâmico.

Porém, por mais que seja um pouco chato só poder assistir os 3 primeiros episódios por enquanto, acaba sendo melhor do que assistir apenas 1 por semana. 

Só não sei como vou escrever a respeito, se manterei este post atualizado (assim como fiz com o de What if) ou se farei uma postagem pra cada Ato (assim como fiz com Rua do Medo, por exemplo). Tudo dependerá do quão longo e interessante será este projeto.

Sem mais delongas, bora pra parte que importa.

Não sei se tem spoilers, então leia por sua conta e risco (vou tentar maneirar).

Boa leitura.

Arcane é uma bastante esperada série produzida pela Riot Games e disponibilizada pela Netflix, baseado em League of Legends (um de seus jogos). Não é o primeiro trabalho de animação dessa empresa, mas ao mesmo tempo é seu primeiro projeto de "longa duração".

Acontece que normalmente, para promover seus jogos, a empresa tem o hábito de criar curtas animados em seu próprio estilo, criando pequenos clipes com de 1 a uns 5 minutos, para apresentar algum evento, personagem, ou até mesmo "skin" que será lançado.

Com uma arte própria, variando um pouco de trabalho pra trabalho, eles costumam mesclar 2D e 3D, assim como o visual gráfico de seus jogos, o que por si só é bem atrativo.

Mas, cada vídeo tem sua própria atmosfera, uns sendo mais diretos (com diálogos até) e outros mais abstratos e artísticos. Tudo depende muito do que querem comunicar.

Eles também chegaram ao cúmulo de ter Bandas Musicais Virtuais (por assim dizer), com seus personagens de League of Legends interpretando os membros dos grupos. Um é um Grupo de K-Pop chamado "K/DA" e o outro um de Heavy Metal chamado "Pentakill". Ambos tem até CDs reais, e tem músicas bem legais de se ouvir, e até fãs.

Porém, com tamanha inclinação a produzir animações, até hoje eles nunca tentaram (pelo menos eu nunca nem vi ou ouvi falar até este lançamento) criar uma série. E o pior, é que eles tem bastante história pra contar.

Lol, o que é?

League of Legends é um jogo de estratégia e combate online, onde o jogador compete contra outros aleatoriamente, usando personagens fixos e previamente disponibilizados pra todo mundo.

É preciso "comprar" os personagens, com Cristais obtidos em partidas, assim como também é possível comprar Visuais diferentes (as famigeradas Skins), mas nesse caso com dinheiro real (é assim que o jogo lucra, apesar de ser gratuito pra jogar). Esses itens, e mais alguns como Figurinhas de Emoji, ou Wards (são coisas que o jogo usa saca) também podem ser pegos aleatoriamente de Orbs, que vão sendo conquistados pelos jogadores a cada missão concluída.

Eu mesmo não conhecia "lol" até uns 2 anos atrás, e por essa razão eu me recordo muito bem do quão confuso fiquei com a proposta dele em relação aos personagens.

A grade de personagens é gigantesca, com mais de 140 (surgem novos a cada ano, só este ano vieram uns 5 se não me engano), todos eles vendidos pelo dinheiro do jogo mesmo, e qualquer jogador pode controla-los.

Eles não tem "nivelamento" fora das partidas, e na verdade, os jogadores meio que "pegam emprestado" o poder deles para competirem em partidas de 5 contra 5. Tem inclusive vários modos, com alguns dando pra todo mundo escolher os personagens que quiserem, até mesmo tendo repetidos entre os times, e as vezes até 5 personagens iguais nos dois times (eu mesmo já participei de uma partida onde todo mundo era o mesmo personagem, dos dois lados!).

Também há modos mais controlados, onde somente um personagem por vez pode ser escolhido, com até alguns podendo ser banidos pelos demais jogadores, pra evitar repetição mesmo.

Tem coisa pra caramba pra ser sincero, e League of Legends é um jogo extenso, mesmo soando algo bem simples. Ele tem uma baita de uma comunidade muito ativa, e sempre tem alguém pra jogar... mesmo que nem sempre seja alguém agradável.

Muita gente é tóxica nessa comunidade (poxa nem quiseram minha Yuumi), com pessoas que se irritam facilmente, ou que gostam de debochar dos demais jogadores. Gente que entra nas partidas só pra xingar, e outros que só aparecem pra atrapalhar. É complicado, mas ao menos há a opção de "silenciar" todos no chat de conversa, e evitar transtornos pra focar na diversão.

Mas voltando aos personagens... cada um deles tem uma aparência distinta (com alguns sendo monstros, pessoas, animais, robôs, mutantes e até deuses, e por ai vai), e habilidades únicas, além de formas de ataques e defesas bem individuais.

Há um padrão de 4 habilidades Ativas e 1 Pacífica pra cada personagem, onde eles podem lançar esses movimentos em batalha, ao custo de Mana, ou algum tipo de Estamina, isso conforme se desenvolvem no controle do jogador.

Em partida, eles podem ir até o nível 18, pegando pontos a cada monstrinho/minion/campeão derrotado na rota que o jogador seguir (se quiser seguir também né), e a cada nível, uma habilidade pode ser ativada e melhorada, com a 4º skill (conhecida como "Ult") sendo geralmente a melhor delas.

Daí no final da partida, todos os personagens voltam ao nível 1, e voltam lá pra grade de seleção. Simples assim.

Ou seja, na lógica, todo mundo é igual (mudando é claro pelo tipo de personagem que pegou) e o que vai fazer aquele personagem ficar forte e diferente, será a forma como o jogador o controlará.

Claro que, tem algumas coisas que podem ser manipuladas, como as Runas, montadas antes da partida começar (o jogador escolhe 2 Runas com alguns efeitos especiais pro personagem antes da partida, e se escolher os efeitos certos o personagem já começa com grandes vantagens), além de 2 Itens Consumíveis (que tem tempo de recarga depois de usados) e os Itens Compráveis, que são obtidos durante a partida mesmo, e equipados nos personagens. 

Só podem ser comprados 6 itens no máximo, e poções de vida, além das Wards (são itens que revelam partes do mapa quando postos no chão, e servem só pra dar visibilidade, afinal o mapa é escuro pra todo mundo). Esses itens são pegos com dinheiro da partida mesmo, moedas coletadas ao derrotar os minions, monstros ou outros jogadores.

Aliás, Minions são tropas de inimigos básicos, que vão sendo expelidos pela base de tempos em tempos pra atacar, sem saírem de suas respectivas rotas (tem o Topo, o Meio, e a "Bot" que é a parte de baixo do mapa), e eles dão um pouco mais de dinheiro se derrotados com o último golpe do jogador.

Os Monstros são animais que ficam na floresta, entre as rotas, e podem ser caçados por todo mundo, renascendo de tempos em tempos, nos mesmos lugares. Eles dão mais dinheiro e exp que minions, além de alguns darem efeitos especiais temporários pra quem os eliminar. Porém costumam ser reservados para os personagens que ficam na "Jungle", que são aqueles que vagam na florestinha pra dar suporte aos jogadores em suas respectivas rotas.

Já os Campeões/Jogadores, são os próprios jogadores com seus respectivos personagens, que tem total liberdade pra se moverem, e apesar de seguirem regras pra vencer a partida (por regra, tem que ter alguém sozinho na Rota do Topo, alguém sozinho na Rota central, e duas pessoas na Rota de Baixo, de preferência alguém focado em Suporte, e outro focado em Ataque à Distância/Muito Dano, enquanto um fica passeando pela Floresta), a qualquer momento podem mudar de estratégia, pular pra Jungle, dar suporte em rotas que não estariam normalmente, enfim, tudo pode mudar do nada. Esses personagens dão dinheiro também, que aumenta baseado em quantos jogadores derrotaram e quanto tempo permaneceram vivos até serem abatidos.

Sempre que um personagem é derrotado, ele volta pra base e demora um tempo pra retornar à vida, e continuar jogando. Esse tempo vai aumentando conforme a partida se arraste, e conforme os jogadores são derrotados.

No fim das contas vence o time que conseguir destruir todas as torres inimigas em suas respectivas rotas, chegar na base inimiga, e destruir tanto as torres dela quanto os inibidores (que se regeneram com o tempo) e o Nexus (que só leva dano se ao menos 1 inibidor tiver sido destruído), que é o "coração da base". Da pra ganhar destruindo apenas uma rota, ou levando todas elas, com os minions evoluindo um pouco a cada avanço que os jogadores dão (destruindo os inibidores nas bases).

Mas, tudo depende da estratégia de cada time, e isso muda muito de partida pra partida. Sem contar que há outros modos de jogo, que pouco ou nada tem a ver com este principal, como é o caso do modo Aram (é uma luta de 5 contra 5 numa ponte), modo Urf (é tudo mais acelerado), modo Blitz (é uma batalha de 5 contra 5 num cenário diferente, menor, e cheio de mini-games), o TFT (que eu até já falei num artigo a parte), o Todos por Um (em que o time inteiro usa apenas o mesmo personagem depois de votarem) e tem o Ultimate Spellbook (onde cada personagem começa com uma Ult aleatória de outro personagem). Só que esses modos extras são desativados ou atualizados com o tempo.

Daí, você deve estar se perguntando porque to falando de tudo isso? Pois é, repare que ao descrever o jogo, eu não falei, e nem precisei falar, dos personagens em si e suas personalidades, pois isso nada influencia na jogabilidade.

Por mais que cada personagem tenha sua configuração, e alguns não usem Mana por exemplo, ou outros nem mesmo tem as 4 habilidades padrão (tem um que tem só 2 habilidades!), o que importa não são suas histórias ou aparências, mas sim, como controla-los... então não há porque criar um enredo pra eles, certo?!

Errado! A Riot criou, não só pra cada personagem, mas pra todo seu universo, um monte de histórias que nem são contadas em partida, mas que mergulham fundo na imaginação, e conecta tudo e todos.

Histórias de Runeterra

O mundo de League of Legends é gigantesco, e cada um dos mais de 140 carinhas e mocinhas tem sua história, seus relacionamentos, seus objetivos, suas terras natais, suas vidas! E nós, bem, nós apenas os controlamos provisoriamente numa competição temporária, que nada afetará em suas vidas reais.

Por mais que alguns personagens tenham interações bem mais diretas, normalmente, o máximo que temos de suas histórias dentro do jogo são suas interações em diálogos quando se esbarram (com alguns provocando especificamente certos campeões rivais, independente do jogador que o controla), e algumas frases postas nas telas de loading, antes das partidas começarem.

Fora isso, pra conhecermos as histórias daqueles muitos personagens, precisamos ir até o site do jogo e ler, ler muito. Mesmo que nem sempre a leitura seja muito reveladora, é só através dela que poderíamos entender melhor o que nós controlamos.

Uma das razões pra eu evitar escrever sobre League of Legends é justamente isso. O Gameplay dele, assim como já citei (e olha que nem falei de tudo hein) é algo básico e próprio do jogo, mas que você vai aprendendo jogando mesmo. A parte que me interessaria, seria a história dos personagens, e meu, elas nem são contadas no jogo! Pior ainda é que são mais de 140 histórias, profundas e híper desenvolvidas, com até regiões diferentes, regiões estas com suas próprias histórias também, e com criaturas, e lendas, e regras, e... e... é muita coisa!

Então veio Arcane, como um alívio para que tenhamos um espaço pra conhecer mais essa parte dos jogos, a história.

Essa série conta um tipo de "origem" de vários personagens do jogo, da mesma forma que explica suas habilidades, e personalidades, além de dar nomes aos rostos. Não que eles já não tinham nomes mas, é através dela que os textos que o site mostra ganham mais vida, e se tornam mais atrativos.

Ler é legal, mas assistir é muito melhor, ainda mais pra um jogo tão rico em informações externas.

Dito isto, deu pra entender que não é preciso conhecer League of Legends pra conhecer e entender Arcane. A série existe justamente pra contar algo que o jogo não conta, e suprir essa deficiência tanto pra quem o conhece, quanto pra quem nunca nem ouviu falar.

E ela funciona muito bem como série. 

Arcane

A história escolhida pra estrar essa ideia, é de uma personagem atiradora chamada Jinx, que sempre intrigou os jogadores com sua loucura (ela fala com as armas poxa!) e a irmã dela, Vi, que em nada se parece com ela, usando Punhos de Aço pra espancar os inimigos no corpo-a-corpo. Pior é que ambas são irmãs, mas também inimigas.

Jinx é uma terrorista insana totalmente descontrolada, enquanto Vi é uma "policial". Em jogo isso pouco importa, mas fora dele... é muito curioso.

Arcane nos mostra a origem das duas, desde a infância, explicando como se tornaram rivais, e como cada uma foi pra um lado diferente. 

A pequena Powder (futuramente renomeada pra Jinx) era uma inventora nata de brinquedos e artimanhas mecanizadas, além de uma exímia atiradora (mesmo que não pudesse pegar em armas de verdade pela idade). Porém desde pequena ela já mostrava traços de insanidade, tanto que, no começo do primeiro episódio, e em algumas cenas nas quais ela aparece, costuma haver alguma distorção na imagem, com rabiscos, ilustrando como ela enxergava as coisas. 

Sem contar, que ela luta constantemente contra sua própria psique, em busca de aprovação da sua irmã. Algo que era a única coisa que a mantinha estável. Aliás, quem nomeia Jinx assim é tecnicamente a própria Vi. "Jinx" significa "Azar", e é como Vi descreve sua irmã no final, na grande briga que praticamente destravou a insanidade da mocinha.

Violet (Vi) é sua irmã mais velha, que sempre tenta protegê-la, e leva-la consigo. Ela já era um pouco maior, mas ainda jovem de mais para lutar. Mesmo assim, ela treina constantemente na arte do Boxe, e é uma lutadora bem articulada em técnicas de chute e soco.

Ambas perderam os pais muito cedo, por causa das guerras entre Piltover e Zaun, mas foram salvas e adotadas por um senhor (o mandachuva de Zaun por assim dizer), quem passou a cuidar delas e mais dois garotos, enquanto gerenciava um bar, e o próprio subúrbio de Zaun.

E aí que entra um lado legal da série. Ela não foca apenas nas duas irmãs, apesar de desenvolver a história delas como sua principal. Ela mostra muitos outros personagens e origens, todos em desenvolvimento, cada um à seu tempo.

Ekko, um garoto que no futuro viria a controlar o tempo, voltando no tempo no meio das partidas (é muito insano), aqui aparece como um amigo de infância das moças, sem qualquer ideia do que se tornaria. Detalhe que, a primeira aparição dele é justamente mexendo num relógio.

Jayce, um cara que pode mudar suas armas no meio da luta reconfigurando seu Martelo de pura Hextec, indo do ataque corpo a corpo pro físico à distância quando bem entende, e abusando da tecnologia, aqui aparece como um mero estudante fascinado por algo que ele não deveria mexer, e é retratado como o verdadeiro criador da Hextec (Tecnologia que manipula Magia).

E Viktor então? No jogo ele é mais robô do que humano, e usa lasers e armadilhas mecânicas, além de um corpo humanoide mas todo mecanizado... mas aqui ele ainda é só um estudante que tem certa fixação em tecnologias desconhecidas, e busca trazer prosperidade à humanidade, através da tecnologia.

A lista vai aumentando, com nomes como Heimerdinger, um velhinho barbudo e cabeludo pequenininho que ama ciência, e no jogo constrói umas máquinas atiradoras no meio do campo, além de jogar bombas e mísseis. Mas aqui, é um professor da academia de ciência que simplesmente teme magia. Detalhe, ele é um Yordle, uma raça que tem vários outros exemplares no jogo, boa parte deles poderosíssimos em magia, mas ele próprio se nega a usa-la.

Aliás, tem uma Yordle garota de programa na série... que é vista na frente de um bordel. Isso é de cair o queixo, pois é a primeira vez que uma Yordle mais velha e ainda por cima nesse tipo de vida, aparece em alguma mídia (que eu saiba). Mas ela não tem no jogo... (ainda... Evelyn terá uma concorrente Yordle kkk)

Tem a Caitlyn, não aparecendo tanto no primeiro Ato, mas já marcando presença como amiga e colega de Jayce, e que no futuro vira uma policial ao lado de Vi. Inclusive em jogo ela é uma baita atiradora, com armadilhas e disparos de rifle.

Além desses personagens, que tem suas identidades bastante claras em relação ao que se tornariam no jogo, ainda há aqueles que são um mistério (aparente), como o pai adotivo de Vi e Jinx, ou o cara maluco que mexe com bioquímica nos esgotos de Piltover.

Há especulações de o Vender não seria apenas um personagem original da série, mas sim um dos personagens mais misteriosos do jogo, que teria sua origem relacionada com as duas irmãs, sugerida apenas por algumas poucas interações que ele tem.

Isso ganha uma tremenda força com o desfecho do primeiro Ato, pois ele realmente tem uma certa transformação, e ele também diz a mesma frase do jogo (tecnicamente).

Existe um personagem chamado Warwick, que é um lobo assassino, com a capacidade de localizar qualquer jogador com o sangue baixo, só seguindo o rastro de sangue (é bem louco). Ele é violento, e fala muito pouco, com algumas poucas falas sendo relacionadas justamente a Jinx e Vi.

Sua origem nas histórias do site é que ele teria sido vítima das torturas de um cientista chamado Singed (outro personagem do jogo), depois de morto pelos experimentos bastante desumanos, que fizeram do homem, um ser lupino fundido à maquinarias, mas que voltou a vida sem qualquer memória de quem foi, e agindo como uma fera assassina na cidade baixa.

Porém, é citado que ele se lembrava de uma garotinha em flashbacks, mesmo sem entender nada. E, considerando que no jogo, uma das pouquíssimas falas dele é justamente pra Vi, falando que Zaun precisava dela, e provocando-a sobre quem a ensinou a socar, da pra entender que aquela fera era o pai dela. Normalmente, ele é agressivo quando fala, e ameaça além de zombar, mas no caso dela, ele fala como se a conhecesse, tanto que também cita o olhar dela, e o medo que ela sentia, como familiar.

Ele também age assim com Jinx, falando que ela estava lá, como se dissesse que ela esteve presente em algum momento importante de seu passado, talvez sua formação como um monstro (o que faz muito sentido com o desfecho do primeiro ato), ou até mesmo antes, quando ela era sua protegida (talvez ele nem a reconhecesse, pois ele era mais ligado com Vi do que com Jinx).

Frases desse tipo também são as que ele usa com seu criador, o Singed, sempre falando num tom que remete ao seu misterioso passado.

Daí, na série, Vander se encaixa como uma luva nesse passado. Ele aconselha Vi a lutar por Zaun e proteger a cidade baixa (coisa que ela não faz!), e Jinx (que se chamava Powder antes de ser adotada pelo inimigo) acaba indo pro lado dos caras que talvez, usariam Vander pra criar o Lobo Assassino. Só que, isso carece de confirmação ainda, algo que talvez virá nos próximos atos apenas.

Tem outros personagens que também podem já ter aparecido, como Urgot (tem um cara que é a cara dele!) antes de sofrer os experimentos que fizeram dele uma aberração atiradora com várias patas.

Ou o Twitch, famoso rato de Zaun que atira com uma Besta e fica invisível, mas que tem sua origem totalmente vaga (é dito apenas que ele é um rato modificado pela toxicidade da região). Além do amigo de infância de Vi e Jinx, que parece muito com ele, em uma parte da história um rato realmente é modificado geneticamente pelas toxinas, e ataca um felino. Porém não é mostrada sua aparência (deixando em aberto se é ou não o Twitch).

Outro personagem que pode ter aparecido é o Ryze, apesar de ter um design muito diferente do visto no jogo, um feiticeiro rúnico salva a mãe de Jayce ainda em sua infância, e o inspira no estudo da Magia Rúnica (na verdade, Jayce decide recriar a magia, usando tecnologia, sendo ele o grande criador do termo "Hextec"). Uma das runas dele fica com Jayce, e de fato lembra muito as que ele usa em jogo. Ryzen usa teletransporte como sua Ult (o que ele faz com Jayce) e é focado em uso de Runas pra invocar magias.

Por fim, Singed apareceu de cantinho. Ele é o assistente do vilão, que inclusive é o responsável pela criação das poções que modificam as pessoas e animais. Ele quase não fala, e seu nome não é dito, porém por causa de uma fala dele seu nome é creditado ao dublador no final do episódio. Irônico que Silco (o mestre dele) parece mais com o Singed atual do que o próprio Singed (o olho dele, ambos tem essa característica).

Ele é obcecado por pesquisas químicas e biológicas, e não tem empatia alguma, ou moral, com a vida humana. Tudo pra ele pode ser usado como cobaia, e essa frieza faz ele soar muito como o cientista maluco que criaria as atrocidades de Zaun. Porém, é o outro cientista, que explode no final e pouco fala, que é o verdadeiro Singed.

No jogo, ele é responsável pela maioria dos mutantes que surgiram, como deu pra ver, mas em jogabilidade ele é apenas um personagem que jogava veneno em todo lugar que pisa, e corre bastante.

Talvez, ainda mais personagens surjam, mais desenvolvidos ao longo da série. Então, o jeito é continuar acompanhando, pra ir conhecendo as origens dos personagens, ao passo em que mergulhamos numa narrativa bem montada, e dosada com ação, humor leve, e drama.

Fato é que a Riot foi inspirada ao criar suas histórias, e por mais que pareça muita coisa o conto de Piltover e Zaun, isso num é nem 10% do universo de Runeterra.

Ah é, tem isso também. A série se chama Arcane pois serve pra contar não só um pouco dos campeões, mas do mundo em que eles residem.

Focando aqui na cidade rica chamada Piltover e seu subúrbio excluído e pobre chamado Zaun, eis que a série nos mostra dois lados de uma realidade conflitante, e também o surgimento de duas características importantes pro desenvolvimento de muitos membros do elenco do jogo.

Enquanto nos becos poluídos e tóxicos de Zaun, surge a ameaça Química que viria a criar inúmeros personagens mutantes e campeões insanos, na cidade bem sucedida de Piltover surge a Hextec, tecnologia somada à Magia, que traria várias criaturas robóticas e arcanos manipulados por máquinas.

Dois lados de uma mesma cidade, que tem realidades totalmente distintas, num conflito social constante, e pra variar, com ameaças surgindo, tão vastas e impactantes, que passam a influenciar toda Runeterra.

Enfim, é isso.

Por enquanto, o que da pra falar da série é apenas isso. Não posso mergulhar mais fundo caso contrário entraria ou em muitos spoilers, ou em muitas especulações. E eu mesmo não sou um conhecedor da lore de lol (história dos personagens). Eu conheço um pouco do que li, e um pouco do que vi por aí nos clipes, além de ter visto alguns vídeos que contam mais sobre esse vasto universo.

Com Arcane dará pra conhecer bastante dessa cidade em particular e seus relacionados. Mas, to ansioso por derivados, falando de coisas como a Terra Mágica dos Yordles (Bandópolis), ou da Névoa Sombria e suas atrocidades nascidas da morte, ou o Vazio e as criaturas mutantes roxas, ou Demacia e sua constante guerra com Noxus, ou Freljord e os guerreiros criados no meio do frio e neve, ou Shurima e seus deuses com temática egípcia, ou Ionia e sua magia descontrolada porém em harmonia, ou os deuses do espaço... ah mano! Tem tanta coisa louca em lol, que isso renderia umas 40 temporadas fácil!

Apenas, irei me conter por hora, e falarei mais de Arcane no Ato 2. Até lá, espero que tenha curtido.

Atualização: Vi o "Ato 2 e Ato 3", os 6 episódios que faltavam da primeira temporada e, não tenho absolutamente nada a adicionar. Essa série é surreal, mas torço pra que lancem ou todos os episódios de uma vez, ou um semanalmente na próxima temporada, pois essa ideia de "Atos" não engana ninguém.

Ao fim da primeira temporada, o que eles contam é especificamente a separação das duas cidades por suas realidades contrapostas, e ao mesmo tempo, as duas irmãs se separam por cada uma enxergar um lado da verdade... ou apenas mergulharem em suas próprias verdades. Vi se apaixona, Jinx enlouquece... e os muitos outros personagens só, surgem.

Compensa muito assistir, não só pra quem joga, mas pra quem nunca nem passou perto dos jogos da Riot. A história é simplesmente espetacular, e consegue até nos enganar as vezes (a cena da Jinx na mesa de jantar, quase me fez temer assim como Vi temeu), mas ela tá muito longe de acabar. Há muitos outros "Atos" pra se contar, e espero que a partir de agora sejam em forma de temporadas mesmo.

Aliás, no fim, aparece Warwick pendurado por Singed, e provavelmente é o Vander mesmo.

Aliás, tem "Jinx" escrito no cabelo da Powder na capa... mó louco!

See yah!

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12 Comentários

  1. Você disse que não ia dar spoiler mas acabou né .... Brincadeirinha ficou bem bacana !! E eu nem jogo, nem assisti , e ficou show !!!

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    1. Foi mal! Eu sou meio ruim pra segurar spoilers... mas eu realmente me esforcei pra não falar de mais! Ainda assim, que bom que curtiu.

      Aliás, recomendo que assista. São só 3 episódios de menos de 1 hora cada.

      Vlw irmã.

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  2. andar pra tras e como andar pra frente so que ao contrario

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  3. lol, nunca joguei, ou assisti, mas ficou dahora gordin, meio doido pensar que nada nisso nem se quer esta no jogo...






    Lol.

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    1. Pois é, lol é justamente aquilo que não costumo gostar nos jogos: Dependente de mídia externa.

      Pra conhecer as histórias você tem de ir no site e ler, ou ler os mangas, ou interpretar os clipes que eles lançam, ou jogar as Graphic Novel que as vezes eles disponibilizam no jogo (em que você lê e conversa pra conseguir algum item especial).

      Isso sem contar que nem tudo dessas mídias é canônico, ou pelo menos deva ser considerado nas histórias principais. As vezes ao lançar um conjunto de Skins novas, os caras criam histórias próprias totalmente desconectadas das histórias que já existem, reimaginando os personagens em novas realidades. O negócio vai muito longe.

      E tem os casos de personagens que sofrem "Rework", mudando aparência, habilidades, e história também. Casos como a Gárgula Galio... em que tudo mudou, do dia pra noite, são bem comuns.

      Arcane é a oportunidade de ver tudo isso.

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  4. por que o grande freeza e chamado de grande sendo que ele possui um metro e cinquenta

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    1. Por causa do poder dele ora bolas, tamanho não é documento, como dizem...




      ''Alexandre, o Grande'' tinha tipo, 1,50 de altura, se pá ele usava salto para mandar nos outros, pq se não os cara tinha que olhar para baixo, mesmo se estivessem ajoelhados (piada complexa, eu sei).



      Sei lá, enfatizar o nome dele lol

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    2. sr wilson....que retorica retumbante arrepiou minha epiderme

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    3. Esta diante de minha pessoa um feito impressionante digno de venero, a partir do instante que nota que tal proeza foi realizada por um pequeno símio tão pouco adaptado ao ecossistema que agora reside, em virtude do pequeno uso do encéfalo localizado em meu crânio.



      Há de se notar tal proeza, que não somente em seu valor próprio, como também a sua reação em outros indivíduos, devo me perguntar porém...





      Como raios eu arrepiei a tua pele, achei que os pelo que arrepiava porra

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