IT - Bem-vindos a Derry
Depois de uma longa espera, finalmente o spin-off dos filmes "IT - A Coisa" chegou, contando uma história no passado, bem mais no passado do que os filmes já contavam. A série que adapta alguns detalhes do livro de Stephen King que não chegaram às telonas, tem tudo pra se sair bem, mas ainda falha em alguns detalhes.
Sem querer ser chato, porém já sendo, acredita que não curti o primeiro episódio? Ele é pesado, pra quem tem sensibilidade ele vai com toda certeza apavorar até seus ossos, mas os erros lógicos simplesmente arruinaram a experiência pra mim.
Não é ruim, na verdade com relação ao terror que vem surgindo em séries ultimamente, até que se saiu muito bem, mas está longe de ser tão bom quanto os filmes, se é que essa comparação pode ser feita.
Enfim, bora falar tudo o que achei, comentar sobre os episódios, e como a série será lançada semanalmente, atualizarei este post com o tempo.
Bora lá! Boa leitura e prepara, terão spoilers (mas aviso quando começar).
O Começo
It - A Coisa fez sucesso, tanto sucesso que já teve uma série clássica de 1990 (It - Uma Obra Prima do Medo), um filme (que é a própria série ajustada) e mais dois filmes que recontaram a mesma história em 2017 e 2019, dividida em Parte 1 e Parte 2, e isso deu vida ao palhaço mais assustador dos cinemas modernos, O Pennywize de Bill Skarsgard.
Considerando que o livro não tem continuação (diretamente, afinal todo o universo de Stephen King é conectado e ele tem livro pra caceta), era de se esperar que iriam dar um jeito de aproveitar mais desse ícone do terror que o palhacinho vesgo virou... e eu temi que fizessem o mesmo com o caso da Freira, ou da Anabelle, ou até mesmo da Megan (meu deus o que fizeram com a Megan!).
Quando surge um design acertado, os executivos ficam ouriçados e investem tudo pra que isso dê mais lucro, mas não daria pra escrever um novo livro, pedir pro Stephen ou quem sabe o filho dele escrever histórias novas pro palhaço, ou apenas dar um jeito de esticar suas aparições, então qual foi a decisão genial que tiveram? Criar um spin-off.
Arriscado, ainda mais sem uma base original pra sustentar a ideia, só que eles decidiram usar as partes vagas das adaptações do livro, pra assim esticar mais a história do palhaço.
No livro a história é sobre crianças de Derry que lutam contra o palhaço em duas linhas do tempo, uma enquanto são jovens, e outra quando já se tornam adultos e voltam pra finalizar o palhaço. Isso foi contado devidamente porém, o livro também fala de pessoas que viveram antes deles, em outros períodos que o palhaço esteve ativo na cidade. A cada 27 anos ele acorda pra comer um cadinho de pessoas assustadas.
Pronto, a fórmula seria pegar as partes onde o autor cita o palhaço nas décadas anteriores (pelo The Derry Interludes), durante as pesquisas dos jovens sobre o mal da cidade, e desenvolver isso em uma série com história completas. E há conteúdo pra explorar nesse meio tempo viu, afinal A Coisa já está desperta no livro desde 1740, acordando sempre em seu ciclo e criando o caos na cidade.
Aliás, há um equívoco sobre o palhaço ter despertado em 1715, mas isso foi uma má interpretação de fãs. Na verdade a única data inicial de Pennywise citada no livro de 1986. A primeira aparição dele noticiada foi a do Massacre de Derry Town em 1740, mas como o autor disse que o palhaço já existia a milhares de anos na Terra, algumas fanbases calcularam 1715 como um ponto de partida (não oficial).
Enfim, contar uma história por episódio não renderia palco suficiente pro palhaço então, optaram por esticar demasiadamente uma única história de cada um dos ciclos, e se tudo der certo com a primeira, reservam-se ao direito de criar umas 7 temporadas seguindo esse modelo.
E pra começar, desenvolvem a história do Bar Queimado (Black Spot), algo que foi rapidamente mencionado no filme de 2017, mas nunca nem fez sentido (pra quem não conhecia a história nos livros). Foi quando um grupo de racistas incendiou um bar de negros, causando mortes pra caramba e alimentando bastante o palhaço. O Mike tem isso como medo pelas histórias sobre o incidente, e no filme fazem uma cena dele olhando pra onde o bar ficava, e vendo o incêndio. Só que o próprio filme não consegue desenvolver essa ideia (sendo algo que só fica claro no livro).
Esse evento ocorreu nos livros no ano de 1930, mas como a série se passa no mesmo universo do filme, a data foi ajustada para 1962, já que a história principal se passa em 1988/2016 ao invés de 1957/1985 como nos livros.
Diferença pouca essa né? são 32 anos de sociedade e tecnologia e é um salto enorme que, talvez seria difícil adaptar, mas os caras são malabaristas da narrativa. e deram um jeito.
De fato na década de 30 a segregação era bem mais pesada que na de 60, mas ainda era possível contar uma história parecida com ênfase no evento do Bar queimado, mas só isso não seria o suficiente pra uma série.
Então aqui nascem os personagens infantis carismáticos e descartáveis, para assim ter muita sanguinolência e violência pro palhaço do terror brilhar, mesmo que nada disso faça sentido lógico.
Dublagem com Problemas
A série tem acertos e falhas mas, a dublagem conseguiu arrancar alguns pontos dela. A falta de esforço em dublar uma música, prejudicou uma boa parte do impacto de um determinado evento, e ainda por cima criou uma baita estranheza.
Eu entendi o que rolou, mas imagino pessoas que não estão acostumadas vendo uma música em inglês, ser cantarolada em português, e com base nisso sendo interpretada por crianças assustadas levando elas ao lugar exato de onde a música saiu.
Junta isso com o fato da série começar com essa música cantada em inglês, sendo que ela é um dos alicerces pro terror do próprio episódio! E na hora em que ela é cantada por uma das crianças num cano, ela é dublada (o que apenas quebra a conexão).
Geralmente nem falo dessas coisas, mas cara, isso incomodou pacas, e olha que normalmente prefiro assistir tudo em inglês mesmo só com legendas.
Primeiro Episódio:
Erros de Série
Spoiler
Tudo começa com um garoto de uns 14 anos que ainda chupa chupeta, indo pra um cinema clandestinamente, e fugindo de casa. Ele é o café da manhã do palhaço, que se personifica como uma família feliz num carro pra dar carona.
Depois disso, tudo gira em torno de 2 núcleos principais, onde em um temos o grupo de crianças que se une pra investigar o desaparecimento do amigo chupador de chupeta (que não é amigo), paralelo a pesadelos lúcidos que vem tendo. São eles: O Judeu, A Garota que deu o Fora, o Coadjuvante 1, a Coadjuvante 2, e a Garota Negra.
Do outro lado da cidade, temos os militares aviadores que guardam um segredo, enquanto desenvolvem uma nova aeronave, tudo isso pra mostrar o personagem major negro, que virá a sofrer racismo.
No grupo das crianças também há uma menina negra, que é filha do dono de um cinema, e com isso se converte em parte do grupo oferecendo recursos para a investigação.
Independente de sabermos onde tudo irá terminar, a introdução de um elenco provisório fingindo protagonismo acaba por desperdiçar muito tempo de tela. O elenco tá forçado, alguns personagens insistem em puxar o holofote pra criar um pouco de conexão, e preparar pro choque da perda, mas são mal desenvolvidos, e não passam de coadjuvantes empurrados goela abaixo do espectador.
Conversa de mais pra desenvolvimento de menos, a sensação que dá é que nos enrolam pra culminar com efeitos práticos ou digitais de pura bizarrice e matança, alimentando assim o terror visual.
Só que muito desse terror é apenas idiota se pararmos pra pensar um pouquinho. O primeiro grande evento é o da família no carro, onde há do nada um parto bizarro, e prefiro não entrar em detalhes pois chegaram a fazer uma vagina de efeito prático pra simular o parto em si, e tudo isso para incomodar e aterrorizar o espectador, e não a vítima.
Fico imaginando como o palhaço achou que o garoto entenderia o que estava acontecendo no carro, estando ele no banco de trás, atrás da mulher que ele nem sabia que tava grávida. Muitos dos eventos mais bizarros inclusive ocorrem quando o garoto está de olhos fechados, e a própria série percebe isso em dado momento, usando essa brecha pra "finalizar" a cena, mostrando que o palhaço não precisa nem tentar se não olharem.
Mas ainda me senti muito incomodado pelo fato da cena inteira não funcionar se nos colocarmos no lugar da vítima. Se nos imaginarmos como o garotinho no banco de trás do carro, automaticamente percebemos o quanto a cena apenas não dá certo.
São medos direcionados ao público, e isso está longe de ser o método do Pennywise. Ele costuma usar pavores das vítimas contra elas, e o que projetaram aqui foi pura gratuidade atoa de jumpscare e bizarrice.
Exatamente como a segunda cena bizarra do episódio, onde o bebê voador aparece saindo de um projetor de cinema. Qual a lógica do bebê atacar as crianças se elas nem sabiam o que ele era? Qual a razão do palhaço projetar uma entidade assim e matar a sangue frio suas vítimas se elas não temiam aquilo necessariamente?
Se é só pra criar monstros e sair matando crianças, então imagino que a série errou feio em apostar tudo num bebê voador. Antes colocasse logo o palhaço que tanto querem aproveitar e sustentem ele de uma vez nisso, ao invés de desperdiçar um episódio inteiro com efeitos ruins.
Mas o pior nem foi isso, mas sim o grupo de soldados mascarados que atacaram o Major pra coletar informações ao estilo espionagem. Um momento tenso, que muda o tom da série pro modelo de espião, e cria aquela dúvida: Seria o palhaço agindo, ou seriam os militares testando a lealdade do Major?
É um evento que sobra, e destoa muito de tudo que a série tenta construir até aquele ponto, e isso me preocupa.
Se a ideia é trabalhar essa base militar secreta paralelo aos ataques do palhaço pela cidade, isso começa a parecer um "Stranger Things" alternativo da HBO, não começa?
Crianças enfrentando anomalias assassinas, enquanto adultos investigam o lado sobrenatural com ciência. Uma fórmula funcional mas já batida de mais.
E voltando às bizarrices, há o abajur de pele de judeu, e a música cantarolada no ralo da banheira, ambas as cenas encaixadas forçadamente.
O garoto judeu escuta uma história do pai sobre o holocausto e como isso era um terror no mundo real, e do nada ele começa a ver um abajur com rostos de pessoas?
A garota vai tomar banho e tem um flashback do dia que deu um fora no menino que morreu, e então começa a escutar ele cantando uma música de um filme que ela nunca viu, enquanto ele enfia os dedos pelo ralo do banheiro, e ela acha isso normal?
Ver eles perguntando e comentando com os outros sobre isso, tratando tudo com normalidade e sem emoção ou preocupação com consequências, ajuda a distanciar o espectador do medo.
Cenas como um garoto vomitando horrores por causa de um abajur que ele viu no dia anterior, é exagerado, e se torna cômico.
Da mesma forma ver as garotas conversando sobre um menino morto e a cena ser interrompida por uma delas peidando, faz parecer uma comédia.
E sinceramente, precisava mesmo dessas coisas? O massacre final e o corte seco no grito da garota após as consequências da investigação sem pé nem cabeça que iniciaram, foi legal, mas também foi satisfatório pois colocou um fim apressado a algo que já começou correndo.
Bem, o primeiro episódio foi isso... e dele consegui tirar isso.
Mas, será que a série tem fôlego pra sobreviver até o último? Eu já tô com dúvidas.
Se você gosta de ver violência gratuita sem se preocupar com narrativa, eis mais um produto a nível "Terrifier" que pode te agradar.
Lamento pois o terror de It nunca foi sobre o susto em si, mas sobre o medo enraizado e personalizado de cada personagem, partindo muito mais pro psicológico do que físico.
Agora, se gosta de It - A Coisa, cuidado pra não se decepcionar. Mas, talvez eu esteja sendo chato demais... Lembrando que gosto é individual né.
Aliás, enfiar "Tartaruga" em toda parte do episódio não soa muito natural pra mim, e se é o jeito que os desenvolvedores encontraram pra mencionar o grande rival da entidade Pennywise, soou forçado pra mim viu. Tem o pingente da garota que ganhou de presente e "dá sorte", tem o mascote da escola que é ignorado e menosprezado por todos enquanto divulga a peça que é justamente sobre tartarugas... tipo... sério?
Quando saírem os próximos episódios, atualizo aqui.
Episódio 2
Queria eu dizer que foi melhor que o primeiro, mas é impossível. Há coisas decentes aqui, a série já mostrou que tem potencial, mas os erros lógicos são absurdos de gritantes, e as escolhas que estão fazendo são preocupantes.
Neste episódio há 2 cenas de terror apenas, o resto é tudo diálogo. As cenas são bem feitas, tecnicamente, mas nenhuma delas se encaixa bem.
O Segundo Parto Mortal
A primeira é a da garota negra, que tem o primeiro medo mostrado, sendo a própria mãe. Mesmo sem ter diálogo algum sobre ela antes da aparição, nós conseguimos deduzir isso por imagens bem posicionadas, apesar de durante o ataque da alucinação o Pennywise simplesmente decidir discursar pra explicar pra quem não entendeu o que está explícito ali.
Veja bem, não estou dizendo que a cena está ruim, na verdade ela me assustou bem mais que as outras e fui pego de surpresa, mas não significa que ela está correta. Ela apenas soou exageradamente repentina e gratuita.
Ocorre o seguinte: A menina se deita embaixo da coberta e tenta forçar o sono, pois o pai dela está brigando com a avó, não pelo massacre no cinema ao qual ele foi acusado como principal suspeito, já que ele é o dono do lugar, mas pela menina ir ou não pra escola.
Então do nada, a coberta começa a palpitar como se estivesse viva, a menina se vê presa dentro dela, tudo ganha aspecto de pele com veias, gosma e nervos, e ela rasga pra sair, revelando que na verdade, a cama dela virou a mãe grávida dela.
A mãe morreu no parto dela, e ela estava revivendo o momento, rasgando a barriga dela, e sendo ameaçada pelo Pennywise que assumiu sua forma. Tudo muito bizarro, o cordão umbilical da mãe pendurado na barriga dela, puxando ela como uma corda grossa enquanto a barriga cria dentes e fala com ela, só esperando pra devorá-la, com claro, os olhinhos do palhaço escondidos lá no fundo.
A menina corta o cordão umbilical na mastigada (que pra gente entender que é um cordão aparece vinte vezes mais grosso que um cordão normal), e só então o pai aparece revelando que tudo ali foi só um sustinho.
Alucinações Tiram o Medo
E eis os problemas. Toda a gosma some dela, algo que nos filmes de IT tinham sido um baita acerto sabe, onde consequências das alucinações não desapareciam das vítimas, com sangue, rasgos, enfim, tudo marcado ali pra provar que era real. Aqui só some e tudo fica limpo, soando mais como só mais um sonho ruim.
E digo "mais um" pois o episódio começa justamente com a protagonista tendo um sonho ruim, revendo as mortes dos amiguinhos no cinema... e cientes que não irão eliminar mais personagens coadjuvantes tão cedo, que tipo de envolvimento o espectador deve ter afinal?
O Mercado e os Picles Abusadores
O segundo medo é o dessa protagonista, que em dado momento vai ao mercado, e o mercado começa a se fechar em torno dela, com as prateleiras formando um labirinto sem ela notar, e as pessoas olhando ao fundo, se escondendo e rindo, enquanto o megafone fica anunciando e as vezes fala algo diretamente pra ela.
Soa promissor e interessante, mas acredite, foi uma das sequências mais caóticas e desastrosas que já vi numa série, e eu já assisti muita série mal feita.
O labirinto é disfuncional pois os cortes são abruptos. O suspense é desperdiçado pois dão foco de mais nos personagens ao fundo, ao invés de deixarem que o público perceba e sofra por algo que a protagonista não vê, eles fazem questão de apontar pra onde devemos olhar, focalizam e até enfiam sons pra escancarar que aquele personagem está rindo, aquele personagem está se escondendo, aquele personagem está seguindo ela.
Lembrou mais uma vez um grande acerto dos filmes, que o público notou, por isso funcionou, mas não souberam reproduzir aqui. Aquelas cenas do Pennywise disfarçado ao fundo dos cenários, como a professora na biblioteca sorrindo? Coisas assim eram bizarras e não precisavam de foco, pois o que assusta é não saber que há algo ali observando.
Ingredientes certos, fórmula completamente errada. A série apenas não soube usar o que tinha, e isso me incomoda muito pois tá tudo ali sabe?! É como ver uma mesa lambuzada de chocolate, com morangos jogados pra todo canto, leite condensado, umas colheres, sorvete, enfim, tudo ali esparramado. A gente sabe que provavelmente é gostoso, mas quem tem coragem de comer?
Só que ainda assim, não é tudo viu. No final do medo a menina fica presa num cubiculo de prateleiras de Pepinos em Conserva, e é aqui que a ideia morreu.
Pois ela olha pra um pote, vê um rosto se formar com partes dentro dele, e diz "Papai?"
Na exata hora eu imaginei que estava ficando maluco junto com ela pois não entendi a conexão, até me lembrar que no episódio anterior ela contou que foi internada pois enlouqueceu depois que o pai morreu numa fábrica de pepinos em conserva, e por conta disso todo mundo a trata como estranha.
Sim, detalhe crucial que basta puxar um cadinho na memória, mas que se considerarmos que a informação veio num flashback, de uma conversa solta do episódio da semana anterior, dar uma refrescada de leve na memória seria mais efeito pra isso.
Sem contar que o resto da cena ainda causa mais estranheza no tom, pois o homem do pote sai dele quando todos começam a se quebrar, e se transforma num amontoado de carne pedindo pra beijar a filha, enquanto um tentáculo sai de um pote e entra na boca dela...
E tudo fecha com ele botando a língua pra fora pra tentar beijar ela e eu me pergunto: O pai dela abusava sexualmente dela?
Pennywise usa o medo, projeta o medo, e já não seria suficiente ver o próprio pai que ela amava todo fatiado e vivo? Pra que exatamente meteram algo sem coesão como abuso infantil no meio de toda a cena?! E claro, tudo fica limpo depois.
Me chame de exagerado, mas nada disso era necessário, isso tudo apenas expôs a falta de tato da produção em lidar com terror psicológico.
A Introdução do Novo Grupo
Temos um novo elenco já que o anterior se foi, e o novo elenco precisa ser introduzido às pressas enquanto a história anda. E aqui temos a introdução do menino negro, filho do primeiro soldado negro (e sim, terei de fazer tal distinção já que incluíram mais um enorme elenco de personagens não nomeados).
Ele repete o tempo todo que se chama Will, mas juro que só lembro do nome pois lembrei de Stranger Things e não queria comentar isso, mas foi mal, comentei.
Em todo caso, ele é praticamente um cientista, estuda muito, gosta de olhar pras estrelas, ler sobre o espaço, enfim, tudo aquilo que é necessário pra introduzir um nerd na trama. E ele é todo positivo, sorridente, chegando na escola como o único menino negro de Derry.
Mas ele não tá sozinho, pois a única menina negra de Derry também vai pra escola no mesmo dia em que ele começa, ela indo pela primeira vez depois da briga do pai, e com o pai sendo ameaçado de prisão. Só que a continuidade de tudo isso é tão quebrada que até nossa emoção some. Nem parece que NO DIA ANTERIOR ela pessoalmente provocou o massacre de 3 crianças no trabalho do pai, e na NOITE ANTERIOR ela viu a mãe dela tentando fazer parto invertido.
A ênfase não pode ser nela, tem que ser na outra amiga da protagonista, que tenta se encaixar num grupinho de patricinhas. Esse ponto me agradou pois lembrou Rule of Rose, mas ainda assim vou criticar pois não foi no momento certo.
A escolha de nos apresentar a personagem e ignorar as consequências diretas dos eventos catastróficos do episódio anterior, não soou orgânico pra mim. Ainda mais na cena da mesa...
Tem uma cena onde a protagonista conversa com a menina negra, e paralelo a isso a amiga de óculos que é a nova personagem do grupo principal (até ser descartada) conversa com as patricinhas e tenta forçar inclusão de si mesma, se humilhando e tal. Mas do nada, absolutamente do nada, as 4 começam a batucar na mesa.
Produzindo assim a trilha sonora diegética (aprendi essa palavra hoje, significa algo que os personagens escutam e está imerso ali no evento), mas que não adiciona nem gera nada à cena em si. Na verdade isso prejudica e muito a compreensão da conversa da protagonista, que do nada começa a discutir e era tudo sobre ela contar ou não pra polícia o que aconteceu aos amigos dela, pra poupar o pai da amiga negra.
A consequência disso tudo é inexistente, já que depois a menina acaba levada pra detenção pra conhecer o único menino negro da escola, que também é levado pra detenção pois o roteiro força uma pegadinha com bomba de fedor no corredor que afeta somente e apenas ele, botando ele como principal suspeito (perseguição isso).
Detalhe, há a introdução do menino apaixonado, que gosta da garota de óculos e cria uma amizade com o menino negro. Levam tempo pra revelar o amor dele, com câmera lenta, trilha sonora própria, vexame de mais e humor, algo que numa série de terror levanta a bandeira de alerta sobre seriedade e compromisso.
E ainda tem a mãe do menino negro, que tem um evento que poderia ser um medo provocado por Pennywise, mas soa mais como derivado da segregação. Afinal, quase não há pessoas de cor na cidade, e ela parece já ter um passado na cidade em que vivia, lutando por direitos. Seria ela a moça a dar a ideia de abrir o bar para negros? É assim que tudo começa?
Mas enfim, pula tudo isso pro fato da protagonista contar pra polícia que não viu se o pai da menina negra esteve ou não no cinema, algo que pra eles era o suficiente pra mandar ele pra cadeia. Ela faz isso por sofrer pressão psicológica do detetive, que alega que se não achassem suspeitos, ela viraria suspeita e voltaria pro asilo... e pra se salvar ela acaba cedendo.
A questão é que ela volta pro asilo do mesmo jeito já que ela alucina com potes no mercado na frente de todo mundo, e o Pennywise que parece ter um poder absurdo, deixa ela viver pra ficar mais saborosa, e claro, sabemos que o roteiro demanda que ela permaneça viva já que é protagonista.
E o dono do cinema vai preso da mesma forma, pois é convencional e não dava pra impedir isso. Era necessário criar conflito entre as protagonistas pra história andar mais um pouquinho. E o engraçado é que todo mundo sabe da vida da garota agora, sabem com quem ela vive, inclusive a mãe da protagonista ameaçando ligar pra avó dela por ela ter ido brigar com a amiga na casa dela. Cara... é tudo só repentino e descontinuado nessa parte.
É aquilo que eu disse no primeiro episódio: Metem um elenco coadjuvante forçado fingindo ter importância, pois não tem coragem pra descartar o elenco principal real.
Crossover com O Iluminado
Mas não meus amigos, não é o fim! Lembra que mencionei um novo soldado negro? Dick Hallorann entrou pro elenco, e sabem quem é Dick Hallorann? Bem, ele é um personagem presente em outra obra de Sthepen King, chamada "O Iluminado".
Ele é o velho negro com poderes paranormais que ajuda o menininho a entender o que é ser um Iluminado, e traz o conceito de poderes paranormais pro elenco de heróis.
Sei que ele tem sim citação e até relevância no livro, e é uma das conexões principais com o "Kingverso", mas pelo amor de deus né? Precisava mesmo colocar um cara com poderes sobrenaturais investigando o Pennywise em nome do exército?
Na aparição de Dick Hallorann no livro, ele é cozinheiro do Black Spot (o bar para negros), e ele tenta ajudar as pessoas com os poderes de Iluminado dele. Aqui modificaram o personagem como um tipo de auxiliar investigativo pra capturar o Pennywise em nome do exército.
Aqui ele surge no bar, com outros amigos negros (todos soldados justamente do mesmo setor que o Major negro), sofrendo racismo e sendo expulso pra depois revelar que na verdade, ele é um agente de alta patente que trabalha em algo muito importante pro governo.
E precisava mesmo encaixar soldados investigando o Pennywise pra usá-lo como arma pra Guerra Fria? Tá notando um padrão esquisito ai de narrativa? Mudanças e "melhorias" de roteiristas que se sentiram livres pra enfeitar a obra original ao ponto de torná-la quase irreconhecível. É exatamente aquilo que mencionei: Não tinham muito o que usar, estão inventando.
Afinal essa é a grande revelação, aqueles soldados que atacaram o outro soldado negro eram parte de um teste do governo pra ver se ele tinha medo, pois o governo sabe que Pennywise existe e está em Derry, e quer usá-lo, mas pra isso precisam de alguém sem medo.
E curiosamente, o Major negro perdeu a capacidade de sentir medo! Nossa eis a conexão, criatividade, agora tem um cara Iluminado e um Homem sem Medo, parece crossover de obras de Stephen King, e não necessariamente It - Prelúdio.
Aliás, baita erro aos que acreditam que essa série serve de prelúdio já que ela não está contando o passado de IT, ela tá destruindo a base com um terror mequetrefe baseado em partos malignos e alucinações, e o clichê do exército mexendo com o que não deve.
Conclusão sobre Episódio 2
Lamento não ter gostado, e me sinto mal por criticar tanto algo que eu queria gostar. Eu sei que muito do que estão fazendo tem no livro, pelo menos menções, mas o jeito como estão mostrando tá esquisito, repetitivo e muito artificial.
Eu não sou um fã de Stephen King, mas respeito muito o trabalho dele e percebo as diferenças. O que tão fazendo na série tá indo longe demais, tá enfeitando e modificando muito e tá perceptível. Tá gritante! Não soa como uma história do King, soa só como invenção de um roteirista aleatório que quer surfar no sucesso das obras dele.
Deveriam aproveitar que já romperam os limites do terror com crianças e apenas libertar o Pennywise logo pra causar justamente o que a série tem a oferecer: Horror.
Pois esse papo todo e conversa que finge que alguém ali importa já tá enrolando muito. Alucinações sem execuções reais não causa medo poxa, é só uma demora pra entregar algo que já não tem mais tanto apelo.
Me assustei com a cena do parto 2, sim, mas caramba é a segunda vez que usam um parto como terror! Todo episódio alguma mulher vai dar a luz? Os produtores tem sérios problemas com isso, já entendi... agora bora só mostrar o palhaço atacando e executando suas vítimas, que tal?
A abertura nova que fizeram ficou genial, mostra ele aterrorizando todos em Derry e criando o caos, e se for tudo caminhar pra isso, até que vale a pena esperar. Mas 1 semana por episódios de 1 hora mostrando nada pra culminar num fim apoteótico e massacrante no episódio 5 (pois sim, serão apenas 5) talvez não seja tão recompensador assim.
Por fim, devo comentar que a capa mudou! E talvez mude mais ainda até o fim da temporada. Espero que criem o hábito de alterar ele e ajustar o elenco sempre, isso é bem esperto.
Episódio 3
PALHAÇADA ISSO AÍ
Primeiro Núcleo: O Garoto e a Índia
A história agora começa em 1908, com um personagem visitando o circo em Derry, onde claro, temos o Pennywise aparecendo no fundo ou pelo menos o suspense sobre ele aparecer ou não.
O menino se atreve a entrar numa atração de horrores, onde vê coisas nada bizarras como gente peluda, duas gêmeas com um pedaço de carne amarrado uma na outra (sério que isso foi o que conseguiram criar como Gêmeas Siamesas), tudo pra culminar o terrível, horripilante, aterrorizante, assustador: Homem velho magro caolho.
Cara, é sério que esse é o terror do episódio? Um homem velho sem um dos olhos? E pior... nem acharam um velho de verdade, meteram EFEITO DIGITAL! Meu deus cara...
É uma cena feia, um menino temendo um velho, depois ele vendo o idoso na floresta perseguindo ele, feito de puro CGI nada disfarçado, que depois vira um monstro quadrupede super sem criatividade, apenas dentes grandes e muito grito.
Mas o garoto é salvo por sua amiga índia, e vem a coisa mais tosca do episódio... A Transição.
Primeiro Núcleo Parte 2: O General e a Velha
Fazem uma transição da personagem mirim pra anciã, destacando o quão parecidas as atrizes são, e o quão orgulhosa a produção está em ter encontrado e combinado ambas (A série Dark tem muito a ensinar).
E isso serve para escancarar pra quem não notou que a velhinha vendedora de bugigangas, que até então não teve o menor destaque mas apareceu aqui e ali, é uma das vítimas sobreviventes do palhaço.
E talvez, ela estaria lutando contra ele, mas na verdade ela só quer preservar o terreno indígena que vem sendo profanando pelos terríveis militares... a ironia é que pra surpresa de ninguém, o General velhinho que tá caçando o Pennywise é o menino que ela ajudou e amigo dela de 40 anos atrás.
A reunião deles serve pra explicar que quando alguém se afasta da cidade, se esquece dela, mas quando volta se lembra de tudo. Ironicamente ele voltou pra caçar o Pennywise mesmo sem se lembrar, e agora que lembrou usa o que tem como a arma que usaram pra atacarem o terrível homem Velho Caolho (baita luta hein, baita luta), como uma das pistas pra buscar o palhaço.
O que mais me deixa bobo é que a produção se orgulha tanto da atriz e a similaridade com a versão mirim, que em todas as cenas que ela aparece no episódio, fazem a transição de passado pra presente. Só que com menos efeitos pois acabou a verba.
Segundo Núcleo: As Crianças e o Plano da Foto
Conexão de elenco extremamente forçada. A dupla de garotas reata sem o menor esforço, enquanto inclusive a estadia no hospício é resolvida em segundos, como se não importasse. A menina já saiu! Sim, todo o drama pra ela não ir, ela foi e já saiu sem consequências, sem Pennywise, sem lobotomia, sem sustos, na verdade nem mostram o tempo dela internada, já revelam ela saindo e pronto.
O que gerou a prisão de pai da garota negra, foi algo completamente arbitrário no fim das contas. Inclusive ele permanece preso, mas ele parece esconder algo de fato, mesmo não tendo sido responsável pelas mortes. Inclusive ao que parece ele já seria preso não por ser negro, mas por realmente esconder algo.
Enfim, forçam a união do novo grupo de jovens usando como ferramenta o interesse mútuo, mas ele é artificial. As meninas voltam a ser amigas com o acordo de fotografar a Coisa pra provar a inocência do pai de uma delas, mas antes mesmo de tirar a foto elas já antecipam como revelariam a mesma.
Essa preocupação nada natural, afinal numa hora dessas o normal é pensar em como atrair a criatura, como sobreviver num caso desses já que ela parece implacável (e elas já viram isso). Ainda assim elas buscam pela forma de revelar a foto procurando justamente pelo garoto inteligente, que obviamente por ser inteligente, sabe como revelar fotos.
A lógica é imbecil pra dizer o mínimo, mas funciona pros roteiristas. Assim o grupo novo de crianças guerreiras contra a Coisa se forma, levando também o garoto baixinho e apaixonado (que pra variar, tem seu lado romântico mais uma vez enfatizado atoa).
E o que deveria ter sido o problema estopim, recebe uma solução sem nem ser lembrado: como chamar o Pennywise? Acontece que o garoto apaixonado é cubano e entende de truques pra invocar monstros em cemitérios, interessante como a solução surge de graça né?
E isso leva o grupo do ponto A pro ponto B, eles acham um cemitério, ganham autorização pra perambular pelas ruas de noite tendo em vista que 3 CRIANÇAS MORRERAM RECENTEMENTE, e apenas vão pro único lugar que parece não importar pra Derry. Até então não houve velório pros falecidos, mas tem cemitério.
Mas tudo isso serve apenas pra um propósito: O segundo susto genérico.
O cemitério começa a ruir, o chão se abre quando as crianças começam a brigar pelo garoto baixinho ter mentido sobre saber como invocar monstros, e de fato os monstros aparecem. Fantasmas em tela verde.
Boa parte da cena são as crianças de bicicleta em fundo verde (que cara, tá nítido que é efeito digital), e as poucas cenas onde os fantasmas aparecem, são rápidas e sem consequências.
O objetivo deles é fotografar, mas sempre que tiram fotos a câmera cai e um deles pega gritando "Peguei!" como se fosse tudo só uma brincadeira. Sabemos que nenhuma das crianças morrerá, sabemos que não terão baixas, pois a série não tem coragem.
E no fim, o filho do Major, que é o único que sabe revelar as fotos, que é filho de um dos protagonistas de outro núcleo, que literalmente tá ainda desenvolvendo romance com outra protagonista, decide voltar com a câmera ao ouvir uma voz chamando por ele numa cripta. E claro, Pennywise ataca.
Mas obviamente ele não iria sair do elenco, e ele escapa com a foto, desfocada claro, do palhaço que a série tanto se esforça pra esconder (SENDO QUE ELE É A RAZÃO DA SÉRIE EXISTIR).
Terceiro Núcleo: O Iluminado e o Piloto
O arco do Piloto sem medo se mescla com o do Iluminado rastreador do Coisa, e outra vez as conexões soam absurdamente forçadas. Ele de fato está sendo usado pra rastrear a entidade como uma arma pro governo, e a motivação dele parece ser a avó.
A ironia, tudo que ele faz é sentir a Coisa e apontar onde ela está, mas ele não notou até agora que ela está agindo na cidade, e chega a ser estranho o governo nem ter percebido que enquanto estão brincado de caçar a entidade na floresta, crianças morreram na cidade de forma cruel dando indícios de que foi ela quem agiu.
Falta comunicação ai. A ironia é que tudo isso virou uma baita comoção na cidade mas como essa informação iria ferir a continuidade do arco do Piloto, preferem fingir que nada aconteceu feijoada.
Continuidade é outra falha grosseira. A parte da chuva me fez sentir raiva, uma hora tá chovendo forte, e isso contribui pra um pequeno evento de importância para um diálogo posterior, mas a chuva parece afetar apenas o Iluminado, pois minutos depois numa elipse tremendamente mal comunicada, está de dia e ensolarado, tanto que ele e o piloto saem pra voar de helicóptero.
Pode parecer perseguição da minha parte, mas a cena foi montada de um jeito tão ruim, que a impressão que dá é que a chuva parou em segundos, e o sol raiou logo em seguida.
Outra falha estranha de continuidade é o jantar. Sem motivo os dois personagens decidem ir jantar juntos na casa do Major, algo esquisito visto que eles mal se conhecem, mas o diálogo do jantar é necessário pra explicar que o Iluminado sondou a mente do Major naquela incursão falsa de espiões. É também necessário pra mostrar que o Major sabe dos poderes do Iluminado mas, qual a conexão real desse evento?
Apenas acontece, super comum um soldado de alta patente levar outro pra casa após o expediente onde ele flerta com a esposa dele, a qual ele está com problemas conjugais pós mudança... super natural isso. O Homem sem medo de fato demonstra ausência completa de medo.
Quarto: Referências Passadas
Um carro antigo enterrado, um circo antigo, datas mencionadas, tudo isso são referências à outros ciclos do Coisa. E o engraçado é que os personagens tem plena consciência disso.
Um soldado aleatório menciona o "Ciclo" como se todos soubessem todos os passos do Pennywise a décadas, mencionando os eventos de massacre anteriores que forma causas dele.
E mesmo assim, tentam empurrar continuidade com a maldição do esquecimento provocada quando alguém se afasta de Derry. Isso não combina com a trama já que o que atraiu o governo até ali foi justamente a memória do Pennywise, e conhecimento sobre ele, algo que não existiria visto que ele não pode ser recordado.
Faz parte do poder dele, sempre foi assim, é a premissa principal do livro, e aqui foi costurado de qualquer jeito quando conveniente só pra parecer igual, parecer pensado, mas sendo totalmente ignorado.
Não seria possível pessoas de fora lembrarem dos eventos de Derry, e conectá-los como causados pelo Pennywise, mas o governo conseguiu, pois o general viu a criatura no passado.
Conclusão do Terceiro Episódio
Tudo termina com uma revelação em modo relâmpago das fotos que a criançada tirou, mostrando as crianças mortas fantasmas, e o próprio Pennywise, mas tudo desfocado o que obviamente não vai servir de provas.
Tudo é acelerado pra chegar logo no fim, mas pequenos detalhes fazem a jornada parecer perdida. Eu ainda fico incrédulo com o Will perambulando de madrugada por cemitérios enquanto o pai dele janta com um estranho, e quando ele é mencionado, a reação do pai dele é "Poxa, como você sabe do meu filho?"
O cara nem tá ligando pro fato do filho dele estar na rua. Aliás ninguém na cidade parece ligar pro fato de crianças estarem sumindo. Nessas horas eu penso que, ou a série tá realmente perdida, ou ela tá sustentando o fato de que Pennywise controla os adultos em Derry.
A única explicação pra todo mundo tá ignorando as atrocidades que vem ocorrendo, seria essa, caso contrário... a série falhou ao meu ver no teste dos três episódios.
Efeitos especiais terríveis, falta de criatividade, descontinuidade com relação ao material original, falta de tato com suspense e terror, e pra piorar, uma insistência em esconder a estrela do show, como se isso fosse a maior e melhor decisão autoral já tomada na história. Sim, sei que Pennywise muda de forma dependendo da época, e que o palhaço não é sua aparência única...
Mas a série nasceu por causa dessa aparência, pra quem fazer suspense? Será que eles pretendem fechar tudo com a primeira aparição do Pennywise como se fosse a coisa mais épica do mundo?
E, o nome dele aparece tá, numa memória que o Iluminado visita onde ele conversa com o Iluminado. Ou seja, ele já sabe que os militares tão atrás dele.
Bem, agora é esperar pelos próximos capítulos dessa odisseia.
See soon
2 Comentários
Tá, eu sou fã do livro, dos filmes e da serie antiga, e gostei do primeiro episódio da série. Gosto da direção do Andy, e gosto da interpretação ele deu a todas essas questões abordadas na história em geral. Não me incomoda as alterações referente ao tempo em que se passa tudo. Para quem leu o livro, da para entender bem as modificações e para quem não leu, não interfere. Acho que sim, você está sendo chato com a série e com os filmes também, mas gosto é individual como você disse. Pelo o que entendi, a ideia da série é abordar gradualmente em cada temporada um pouco mais da origem e do terror da entidade e como ele se alimenta do medo. Não achei que a série falhou em mostrar isso, até por que, o formato da série tem que ser diferente do formato de um longa. Gostei da forma gradual que estão conectando a família Hanlon a entidade já que no livro é através deles que sabemos mais sobre a entidade, e isso para mim auxilia a entender a história sem ter que ler. Essa comparação de stranger things com it é muito chata, até por que claramente tem semelhanças e não tem como fugir disso, é a base das duas histórias. Minha única preocupação na série, é o cgi, por que gosto de efeitos práticos que funcionaram muito bem nos filmes. MAS EU TAMBÉM GOSTO DE PASSAR PANO PARA AS OBRAS DO IT, é o meu livro favorito de terror e eu gosto justiça ideia de ter mais a contar sobre e de ver mais do universo. E para entender bem sobre a questão do universo do Stephen, tem que fazer mais do que só pesquisar e assistir algumas poucas pistas, são muitos livros, cada um deles conta um pouco sobre e de forma diferente, com múltiplas interpretações. Se incomodar por que fazem menção a bendita da tartaruga no primeiro episódio de uma série é chatisse também
ResponderExcluirPior que venho sentindo que estou meio intolerante com terror, talvez tantas decepções contínuas acabou me deixando meio... rabugento?
ExcluirObrigado por me dá esse toque inclusive, preciso tentar me policiar quanto ao que opinar, pra não ser agressivo ou impaciente demais. E serei justo, a série não me desagradou, apenas tô numa fase onde procurar pelo em ovo virou hábito rs.
Pelo menos concordamos sobre CGI, negócio ali ta ruizinho mas, ainda assim não condena a obra não.
Bem, eu particularmente não sou fã do Stephen no cinema, meio que consumo somente as adaptações do trabalho dele e 60% não me desce. Por isso sempre que assisto algo derivado ou inspirado por ele, fico receoso e chatinho, mais do que já sou normalmente, por isso peço mesmo desculpas.
Sobre a Tartaruga, realmente to muito no pé, mas achei aquilo forçado... meio que pra quem não sabe sobre a tartaruga fica só como um mascote aleatório ou referência vaga, mas pra quem sabe não parece mesmo natural... como posso tentar me explicar... imagine que num livro o autor descreve a origem do universo como sendo a partir do Big Bang, então surge um monstro psicopata e a história é sobre esse monstro, daí no meio da série sobre tal livro, colocam o Sheldon Cooper ao fundo acenando... isso num fez sentido nenhum né? Tentei botar meus pensamentos pra fora e só saiu pior do que pensei kkkkk.
Em todo caso, desculpe? Vou fazer de tudo pra recuperar minha visão... apesar de temer ter perdido a sensibilidade pelo tanto de tranqueira que já consumi. Isso também acontece né?!
O curioso é que agora começo a me sentir mais tranquilo afinal, o problema está na minha percepção e não no conteúdo!!! Rs.
Obrigado por comentar, isso me tirou mó peso da consciência e me animou pra mais.
See soon!!!
Obrigado demais por comentar, isso me estimula a continuar.
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