Adaptação: The Last of Us - Parte 2 - Idades do Cinema - Temporada Encerrada

The Last of Us 
Parte 2 - Temporada 2


A adaptação dos jogos sobre zumbis fúngicos voltou em 2025, um tanto quanto apressada talvez, com um diferencial de apenas 2 anos em relação a primeira temporada, e graças a esse detalhe conseguiu entrar numa polêmica bastante desnecessária, até mais que as polêmicas já pré-existentes na obra que adapta.

É que o jogo em questão é bem amado em sua primeira parte, mas costuma causar revolta na segunda por conta de certas decisões no roteiro, e pra muitos é um jogo relativamente mais pesado e desnecessariamente cruel que o primeiro... e mesmo assim adapta-lo não foi um problema ao ponto de destacarem outro problema: A idade da protagonista.

Mas, apesar de ser uma decisão ousada, a série não deixou a desejar em qualidade, e a essência do jogo está presente, inclusive até melhorada justamente por tais fatores.

Enfim, bora falar um pouco a respeito e desculpe se houver spoilers.

Boa leitura.


Bella Ramsey como Ellie


Gostaria muito de falar da série sem precisar comentar a respeito do elenco, mas é impossível não falar sobre a Ellie. É que, Bella Ramsey foi selecionada pro papel por sua aparência se encaixar bem na de uma garota de 14 anos, apesar dela ter seus 20 anos na época (2023), e é algo muito comum afinal Hollywood costuma nos enganar bem com atores mirins falsos, para facilitar a produção (há muitas leis contra trabalho infantil e é mais complicado lidar com crianças reais no cinema).

Só que o problema chega ao mostrá-la atuando como uma personagem de 19 anos, ainda com sua aparência de 14, tendo ela 22. Confuso né? E na verdade não deveria ser problema algum afinal a atriz de fato é até mais velha que o papel que representa, mas a questão ainda é a aparência e como isso impacta a história.


Além da história seguir a risca várias linhas originais, ela não se relaciona bem com os caminhos que toma em relação a personagem. Ela ser uma adulta de aparência frágil deveria ser melhor explorado em momentos de risco.

Em uma parte um personagem com quase o dobro da altura dela chega e diz para ela não se arriscar, e ela responde "Porque? O que me impede de ir?" e tipo, creio que na obra original essa frase deveria servir para se referir ao fato dela ser uma mulher, e abordaria aquele clássico machismo, só que o próprio espectador já antecipa uma fala que nem existe: "Você é jovem demais pra isso?".


De certa forma, isso transmite uma mensagem intrigante, talvez até mais profunda do que no jogo, já que agora estamos testemunhando uma personagem julgada não apenas por sua sexualidade, mas por sua aparência também, e tudo isso abordando talvez uma realidade da própria atriz, e pessoas que se identificam com ela.

O único problema é isso não fazer parte do texto, e acabar soando ignorado sendo que enriqueceria (e muito) o conteúdo, aprimorando muito o contexto e saindo do comum. Não se vê muitas críticas do tipo, e geralmente elas pesam de mais na caracterização, como no filme "A Órfã" onde falam justamente da aparência enganar por certas fugas do padrão da maturidade biológica, mas exageram nas liberdades criativas e soam falsos além do ponto.

No jogo, Ellie amadurece bastante nesses anos, psicologicamente e fisicamente, se tornando mais grosseira e menos alegre, e com uma aparência mais velha. Como isso não aparece na série, visualmente falando se torna um empecilho, que felizmente é corrigido pela atuação de Bella, e pelos diálogos.


Aqui, temos uma atriz que representa bem o tema da aparência, fazendo um papel de representatividade clara em uma adaptação de uma história que por si só já foi muito questionada. Então, talvez devessem incluir isso no roteiro.


Sobre atuação em si, ela se esforça pra ser mais fria, muito menos agitada que na primeira parte, e até rancorosa eu diria. É exatamente como a Ellie do jogo, alguém que parece guardar mágoa e não se abre mais, nem é mais tão alegre como antes.


A Ordem dos Fatores Não Afeta os Resultados


Pra quem estava acostumado ao copia e cola da primeira temporada, fique feliz pois a fórmula é a mesma na segunda. É a mesma história sem tirar nem por, apenas mudando a ordem dos eventos.

Os detalhes são adaptados, mas nos apresentam em momentos repensados para que tudo fique coeso, e funciona muito bem.


Recentemente joguei a primeira parte do game e notei com clareza todas as cenas adaptadas, que seguem até o mesmo modelo, mas estranhei a ordem em que foram mostradas, mesmo que não afete o contexto, nem prejudique a mensagem.


Um baita spoiler é dado logo nos primeiros minutos, revelando os "Caçadores de Joel", algo que demora mais pra ser apresentado no jogo. Mas isso serve bem para nos conectar a situação atual do Joel com Ellie.


Pedro Pascal como Joel


E essa questão que antes era a abertura da história, aqui foi dissolvida ao longo do episódio. Joel e Ellie não se falam mais desde os eventos no final do "Massacre de Vagalumes", e a carga emocional no jogo é esmagadora, com o controle passando do Joel para Ellie e o tempo inteiro nos sendo reforçado que eles não estão emocionalmente bem um com o outro.


Inclusive destacando mais a culpa do antigo protagonista com relação ao que fez, e a carga de ter salvado Ellie. E no fim das contas, tudo isso é bem transmitido na série.


Ellie distante, Joel tentando tocar a vida, mas a preocupação dele evidente e a situação dramática existente sendo claríssima, e igualmente desconfortante.


Pedro está espetacular (eu sou fã dele) e acaba parecendo mais bem velho (apesar de só ter 50) e transmite bem a sensação de pai preocupado com a filha jovem adulta que o ignora. A gente sente isso, e além disso ainda sentimos a culpa dele só pelo olhar do ator, chega a der pena do velhinho.


Isabela Merced como Dina


Dina, novo par romântico de Ellie que serve para destacar a sexualidade dela (bem mais que na primeira parte), foi uma excelente escolha de elenco.


A atriz Isabela Merced é tão jovial em aparência quanto a Bella, e acaba formando um casal crível, sem contar que ela é pra lá de enérgica. Chega a contrastar com a Ellie sendo mais rude e fechada, o que é justamente sua característica principal no jogo, mas faz até mais, permitindo que ela corrija possíveis falhas do roteiro em não se reconhecer nos temas que mostra.


O homossexualismo é um tema muito forte em Parte 2, e inclusive é a primeira coisa apresentada no jogo. Ellie comenta sobre a festa, que só viria a ser mostrada depois, e já revela que todos sabem, e que é vítima de preconceito. Tal fato já havia sido mostrado antes e nunca foi um problema, mas acaba ganhando muito mais destaque nessa história a princípio.

E mantiveram isso, mostrando justamente o relacionamento de Dina e Ellie com firmeza, e felizmente não causaram estranheza. 


Lembrando que estamos vendo atrizes que normalmente seriam usadas para papéis bem mais jovens, mas interpretando suas idades vigentes (ou algo próximo a isso) em situações de conotação puramente sexual. Felizmente a série tem responsabilidade com o que mostra e como mostra, e sabe muito bem contar a história sem desviar ou apelar.


É um romance de jovens adultas muito bem ilustrado, e não pende pro erótico nem nada do tipo. Ele é responsável com o assunto, tem consciência do que está mostrando e adaptando e como isso pode chegar aos olhos do público.


Terror com os Estaladores


Não só de drama e polêmica vive a série, e o terror está presente, em menor quantidade é claro. Sem causar suspense nem sustos, é algo adicionado apenas pra lembrar que tudo se passa num mundo pós apocalíptico com zumbis estaladores.

E, além de cenas soltas de treino de tiro nos monstros, temos uma sequência bem feita que remete a uma nova ameaça: Estaladores Caçadores.


Ellie confronta uma criatura que parece imitar caçadores, e isso a faz muito mais perigosa que os estaladores comuns (é algo original da série pelo que parece). Sendo silenciosa ao invés de barulhenta, furtiva ao invés de desengonçada, e rápida ao invés de lerda, a primeira criatura do tipo mostra bem o quanto pode ser letal.


E a outra ameaça, talvez inédita pra série, são os fungos que se expandem, chegando até a cidade por onde menos esperam. 


Como a série mudou aspectos da infecção, isso acaba se encaixando muito melhor do que apenas partículas fúngicas se espalhando, e os riscos também são muito maiores. Lembrando que os infectados da série parecem responder em uma mente coletiva, então eles costumam se redirecionar par locais onde seus galhos de fungos ramificados brotam, e já nasce ai uma baita ameaça.


Kaitlyn Dever como Abby


E por fim ainda tem a Abby, meio que vilã do jogo, e ao mesmo tempo uma protagonista de sua própria história, que lidera os "Caçadores de Joel". Ela é jogável inclusive, o que acaba dando uma dupla perspectiva na história.


São também uma ameaça além dos estaladores e as tragédias do mundo, e estão ali bem na cola da cidade na qual os protagonistas se abrigaram.


Conseguem explicar sem precisarem mostrar flashbacks e fica bem claro que as ações de Joel no hospital, quando salvou Ellie, terão consequências.

Talvez a passagem de tempo não tenha sido muito bem trabalhada, já que é de se estranhar tal grupo demorando 4 anos pra conseguir chegar até o alvo, mas em todo caso espero que a série saiba corrigir tais falhas.


A atriz Kaitlyn faz um bom papel de garota vingativa que quer a todo custo torturar velhinhos, e mesmo aparecendo pouco, marca o ponto.


Conclusão


Pra um primeiro episódio não se saiu nada mal, tem um bom ritmo, adaptou bem a história até este ponto, e confesso que não quero mais assistir pois tô com medo do que virá.

Se nos jogo já é tenso, imagina vendo tudo com pessoas reais e que esbanjam simpatia.

Tem tudo pra ser uma segunda temporada épica, tudo só depende do roteiro saber lidar com tudo o que terá de mostrar.

É isso.

Obrigado pela leitura e desculpe qualquer coisa...

A série terá 8 episódios de 1 hora em média cada (geralmente é o padrão), lançados semanalmente então, se necessário atualizarei o artigo com dados que soarem interessantes. Por hora, vou só acompanhar em silêncio.


Episódio 2 - Acaba aqui, é melhor...


Que episódio foi esse? Além de servir perfeitamente bem como dejavu, afinal a adaptação é extremamente fiel ao material original, ela ainda faz isso intensificado, algo que eu jurava impossível.


Com uma avalanche de Estaladores, e uma de emoções, o negócio é apenas primoroso.


É a parte que todos não querem ver, mas precisa ser mostrada pra história caminhar e Ellie brilhar, então sim, já no segundo episódio temos a "cena do taco".

E, é absurda.


Ainda por cima fizeram questão de dividir o espaço do episódio com uma invasão surreal de estaladores de um jeito tão grandioso, que fez The Walking Dead em seus melhores dias parecer série infantil.

Mesmo com poluição visual em potencial por causa de uma nevasca, mesmo com um número realmente enorme de criaturas em tela e o caso iminente, tudo foi tão bem feito que é uma escola de cinema isso aqui.


É o melhor episódio que já vi numa série.

A sequência do salvamento da Abby, a caçadora de Joel, por exemplo... Ela passa por um perrengue até ser salva pela única pessoa no mundo que nunca deveria salvá-la... e mano, que construção, que desenvolvimento espetacular foi esse!? 


A ingratidão posterior só se agrava por conta dessa sequência de eventos, e a surpresa é muito estranha e contraditória. Ficamos felizes por ela escapar, e ao mesmo tempo ficamos tensos pois sabemos que haverá consequências. É a mesma coisa que o jogo transmite!


E no mais, estou feliz por não enrolarem, estou feliz por terem entregado algo tão fiel, e estou triste pelos mesmos motivos. Sei lá... trabalharam bem o distanciamento de Ellie e Joel e nos fizeram sentir na pele que as vezes, é melhor aproveitar o tempo juntos do que ficar achando frescura pra brigar.


Que raiva!!! E peguei uns spoilers do jogo. Aliás, estou jogando conforme a série avança sabe, e eu não conhecia a Parte 2... Senti que muitas partes eu já havia visto, inclusive a adaptação da conversa pós festa do jogo, que Ellie conta pro colega que beijou a mina dele, a Dina, eu achei que já tinha sido adaptada no primeiro episódio, quando não foi.


Na minha memória a série e o jogo se misturaram de tão fiel que a série está... e caramba isso é bizarro.

Por isso vou continuar assistindo. Aliás, já to esperando flashbacks de histórias prévias ao "Taco de Golfe" pois meio que, há muitas pontas soltas que permitem isso.


Seria parecido com o episódio da Ellie jovem no shopping, então acho que a série vai fazer bom uso desses momentos. 

Episódio 3 - 5 Fases do Luto


A série seguiu um padrão bem diferente do jogo nessa parte, adaptando o pós morte do Joel, e ao invés de já partir pra vingança, se deram espaço pra trabalhar o drama, algo que no jogo ficaria cansativo, mas na série se encaixou como uma luva.

Difícil não sentir, difícil não chorar, e se tem um episódio pesado porém tranquilo é esse. Ele inclusive repete alguns pontos do jogo, e novamente cria aquela sensação estranha de nostalgia misturada com dejavu (inclusive me vi criticando a série por adaptar a mesma fala de novo, sendo que eu vi tal fala no jogo, e de tão parecida eu simplesmente misturei as duas, outra vez).


Consegui inclusive observar algo tecnicamente batido, que são as tais "5 fases do luto", servindo de fluxograma para as partes do episódio, e acho legal falar dele nesse formato.

Negação


Ele aborda a morte de Joel a partir do preparo do cadáver até as consequências, não da perda dele, mas de todos os demais na cidade. Afinal, ele se foi paralelo a invasão por estaladores. Isso não é algo que tem no jogo só pra constar, foi um evento original da série (até então) que intensificou de mais o evento principal. 

Ver o irmão do Joel, Tommy (Gabriel Luna) lamentando mais por ele, do que pelos demais mas em silêncio, e ver Ellie indo pro hospital ao lado de dezenas de outras vítimas da avalanche de zumbis, torna o luto deles aparentemente pequeno diante o dos demais, mas na verdade está tudo ali sendo mostrado e sentido.


Evitam falar inclusive dele, afinal há muito mais a se lamentar ali, só que ao mesmo tempo a perda é tão grande que ninguém realmente ignora. A série pula todo esse período do luto, através de um corte seco de 3 meses, pra evitar tocar na ferida por muito tempo... mas sabemos o que rolou, sabemos o quanto sofreram e que nada ficará barato.

Raiva


A sensação de injustiça e obsessão por vingança vem com tudo depois desse período longo de repouso, Ellie hospitalizada (algo que também não chegou a ser mostrado no jogo), o irmão do Joel focado no trabalho, e até Dina segurando a verdade para usá-la na hora certa. Tudo isso é construído lentamente para que faça total sentido quando revelado.

Tomaram o tempo que precisavam não pra descansar, mas pra deixar o inimigo esfriar de propósito. Algo que inclusive me revoltou no jogo afinal lá, o Tommy que protagoniza a conversa póstuma, e decide que se vingar logo é errado, contrariando nossa expectativa. Mas na série, quem faz o discurso pra Ellie é Dina, e ela explica bem as razões.


Aliás, transformarem Dina numa personagem mais próxima de Joel aumentou muito o peso dramático e melhorou a dinâmica dos personagens. Algo que foi mostrado sutilmente nos dois episódios anteriores, uma amizade crescente entre eles, fez com que o relacionamento fosse além de mero romance adolescente entre Ellie e ela. 


E com isso, todo um grupo de vingadores tomado pelo ódio surge, sem ligar pras consequências de seus atos, mas se preparando pra fazer justiça.

Barganha


Então tem a reunião do Conselho, que serve pra mostrar que há uma cidade inteira ali, pessoas com vidas e opiniões importantes e que seriam postas em risco caso uma ação impensada fosse tomada. Vingar Joel não é apenas caçar os caçadores, mas também abrir mão da defesa daquele local, tanto pelo ataque, quanto pela proteção.


Depois da avalanche (evento que tem no jogo, mas é muito menor, e ainda por cima não chega a atingir a cidade, algo adaptado com maestria aqui), ficou nítido que eles precisam evitar comprar brigas, mas não da pra ignorar o que rolou.


Então começam a negociar, ouvir os demais, votar, para que algo seja feito. Independente da decisão, isso serve mais pra mostrar quantos estão dispostos a ir além, e medir as forças necessárias pra fazê-lo, ou seja, é uma barganha pelo "quando" e não pelo "como" atacarão.

Depressão


E depois disso, vem a cena da solidão em que Ellie, mesmo ouvida, se sente solitária, sente falta, e se prepara. Neste ponto devo dizer que a série dividiu a depressão dela e dos demais em pequenos trechos ao longo de todo o episódio.

Desde seu trauma ao ver Abby matando Joel, até as lágrimas que derruba ao encontrar seu antigo relógio, esses pequenos eventos se unem no momento em que ela decide usar a arma dele, pra atirar em Abby num futuro próximo.


Mas a tristeza perdura, e dessa tristeza vem as alianças repentinas. Dina decidindo acompanhá-la, o velhinho cozinheiro preconceituoso mostrando que Joel importava muito pra ele (algo que nem tem no jogo, mas ficou até melhor que a Maria), e claro o irmão dele, quem tenta caminha pela lógica mas aos poucos se entrega à emoção, sem jamais desabar.




Aceitação


E por fim, tem a cena do cemitério, em que Ellie apenas se despede, já a caminho da justiça inevitável e a caçada pelos terríveis Caçadores de Joel.

Essa cena do cemitério é basicamente a primeira coisa que se vê no jogo, tanto que enquanto eu jogo (estou fazendo isso paralelamente a série) eu percebi que ali começaria todo um novo arco, o que se consolidou.


Ela aceitar a morte dele não significa necessariamente o fim da jornada, mas o começo da nova em que ela e sua aliada enfrentarão o desconhecido para simplesmente matar Abby.

Ela deixa algumas sementes, sorri, mas ela não está feliz. Aquilo é o estopim de uma enorme tragédia anunciada... poético né?


As Adaptações Seguem Bem


Tudo isso não é tudo o que o episódio mostra, na verdade ele ainda se dá espaço pra mostrar além da fase do luto. Tanto que, mesmo sem revelar muito mais sobre Abby e seus comparsas, ele encerra revelando o maior perigo de todos.

Além de mostrar um grupo de nômades com cultura de sobrevivência própria, eles também revelam o quanto os chamados "Lobos" (nome do grupo real da Abby) pode ser perigoso. Sem dizer que foram eles mas dando indícios, a ameaça é crescente até culminar no exército deles.


Se caçar um pequeno grupo que eles sabem que está instalado em Seatle seria difícil em um número pequeno, imagina então comprar guerra contra um verdadeiro exército?

As ações de Ellie e Dina podem ser um estopim para algo muito mais perigoso do que estaladores, pode ser e dar início a um ataque terrível que pode arruinar a paz daquele lar que conseguiram.


Gosto de saber que não sei tudo, e ver que as surpresas estão vindo na mesma medida. Como citei nos comentários, a série não está adaptando exatamente as mesmas emoções que o jogo transmite, mas está complementando elas bem.


É igual o que vi na primeira temporada... por isso estou amando esse formato. Ao invés de mostrarem os capangas conversando, combates periódicos como no jogo (pra ter ação), revelam tudo com suspense, mostrando um exército formado e que Ellie e Dina nem conhecem. Isso pois o outro ponto chave da história do jogo ainda nem foi mostrado, referente ao Tommy. Isso abre um enorme leque de possibilidades, que passa a mostrar mais do que contar, e complementa muito bem o original.


No episódio dois por exemplo, alteraram o mistério da morte de Joel pelo suspense, algo que no jogo é totalmente oposto. Não sabemos lá o que vai acontecer, pois nem conhecemos as intenções de Abby, mas na série eles já revelaram as intenções apenas para trabalhar o suspense constante, e isso funcionou perfeitamente bem, sem mudar o impacto final.

Apenas forma sensações similares mas diferentes, em momentos equivalentes de uma mesma história. O que no jogo funciona (ação, combates, exploração) na série funciona de outra forma (suspense, diálogos, cenas impactantes).

E ver que isso continua sendo respeitado só me deixa mais ansioso pra assistir, e jogar cada vez mais.


Episódio 4 - Começou a desviar um pouco


É, no meio dos elogios eu acabei me esquecendo que a qualquer momento as coisas poderiam dar uma cambaleada... e isso ocorre aqui.

Não que seja ruim, de início. Pelo menos o que observei ainda adaptou legal parte dos eventos do jogo, mas mudaram algumas coisas extremamente importantes que por curiosidade acabei conhencendo antes de assistir ao episódio, jogando.


É que este episódio adapta um trecho do jogo que eu acabei recentemente, introduzindo o personagem Isaac e mostrando um pouquinho dos WLF e como são organizados, enquanto Ellie visita uma cidade abandonada tomada por mato. Porém essa parte do jogo também mostra que Tommy, o irmão de Joel, saiu pra caçar os "Caçadores de Joel", meio que peitando os WLF antes mesmo de Ellie e Dina.


Jurava que essa seria a grande revelação do episódio, o que até tornou uma determinada cena ainda mais perturbadora do que já seria, mas na verdade criaram uma história nova a partir deste ponto.

Mudaram o Tommy pelos Cicatrizes


Os WLF (Wolf) grupo da Abby, também está lutando contra um outro grupo chamado "Cicatrizes". De fato no jogo eles vem enfrentando um grupo ao que parece, mas Tommy quem vem sendo o principal estorvo deles aparentemente. Tanto que lá, ele já até matou um dos membros do grupo da Abby, com Ellie e Dina encontrando o corpo.


Aqui, esqueça o Tommy pois a série parece ter ignorado ele, e na verdade os ataques e massacres provocados contra os WLF são causados pelos Cicatrizes, e o tal Isaac (líder dos WLF) está lá investigando os caras, com Ellie e Dina dando o azar de entrar no meio. 

No jogo, achamos apenas vários documentos falando do Isaac e de tudo que ele passou pra chegar onde chegou, enquanto aqui eles mostram um pouco do passado dele, e do presente interrogatório.


Por um lado isso é legal, melhora mais a história do personagem, mas por outro altera bastante a jornada de Tommy, tirando a importância dele, e jogando pra outro grupo aparentemente genérico e inédito pra série. 

Aumenta muito o problema pro objetivo da Ellie e Dina, e deixa tudo em um desequilíbrio difícil de crer. Sei que ela quer muito se vingar mas depois de ver o quanto é tensa a situação, é burrice continuar. Sendo que no jogo, ela é motivada a continuar justamente por ver que Tommy tá na dianteira e ela tenta de algum jeito acelerar o passo, pra salvá-lo de certa forma, e ajudá-lo (lá, Maria a esposa de Tommy implora praticamente pra Ellie procurá-lo).


Aqui é outra coisa totalmente diferente, inclusive a Maria nem sabe que Ellie e Dina foram atrás de Joel na série. Pensava eu que seria uma mudança pequena mas, pelo jeito Tommy nem saiu da cidade!

Encaixe Forçado

E tem mais, tem uma passagem pelo metrô antigo, em que uma horda gigante de Estaladores e Infectados surge e é bem tensa, onde inclusive Ellie é mordida na frente de Dina, criando uma situação complicada, afinal Dina nem sabe da imunidade de Ellie.


Essa cena, que não aparece no jogo desse jeito, lá a Ellie e Dina são pegas pela horda no metrô, fugindo dos WLF também, porém com máscaras por conta dos Esporos, e a máscara da Ellie quebra.


Por isso que Dina fica preocupada pela possível infecção, e nem demora até Ellie convencê-la que não está infectada e é imune, afinal ela nem tosse. Só que como os Esporos foram removidos da versão live action na primeira temporada, quiseram adaptar isso de outro jeito mas não deu certo, e ainda foi piorado com o que se seguiu.

Incluem a revelação de que Ellie é imune, seguida pela cena de sexo de Ellie com Dina (mais explícita que no jogo, o que ficou meio aleatório e gratuito de mais). De certa forma essas duas coisas também aconteceram no jogo, mas em outra situação bem diferente.


No jogo, elas tem a primeira vez lá no mercadinho de maconha (que foi adaptado diferente na série, com Ellie conversando com o ex da Dina), e lá a Ellie confessa sua imunidade ao mostrar sua cicatriz, mas Dina nem acredita nisso.


Alterar a cena de lugar nem teria problema se não fosse uma mudança tão absurda e gritante, que tira até a mensagem da situação. Inclusive adicionam outra grande revelação ao momento, a de que Dina está grávida, o que apenas não combina em nada com a situação (po mano a Ellie da série chega metendo a mão... que isso, pouca vergonha).


Elas dormem juntas após se salvarem provisoriamente dos WLF e de Infectados, mas ainda sendo caçadas, após testemunharem pessoas penduradas com as tripas de fora, e pra variar, com a dúvida se Ellie irá virar um zumbi ou não. É muita coisa na cabeça pra pensar em chapuletagem!

E a descoberta da gravidez, por mais que tivesse sido bem trabalhada ao longo dos episódios (Dina vomita toda hora, ficou óbvio), não é na hora ideal.


Todos esses eventos acontecem no jogo, inclusive Dina conta pra Ellie que ela está grávida, depois de achar que ela foi infectada no Metrô, e elas estão sendo de fato caçadas pelo pessoal da WLF. Só que, no jogo isso rola com um baita espaçamento de tempo, onde elas lutam pra escapar do metrô e de uma espécie nova de infectados.


Além disso, o evento não segue por elas se aproximando e dormindo juntas, isso tudo precede a separação delas, com Ellie se irritando, depois de contar que é imune pra Dina. Ellie fica ainda mais motivada pra caçar a Abby inclusive nessa parte, pois se lembra do Joel, e pra variar: Dina para de ir junto na jornada, pois está grávida!


A impressão que deu é que quiseram forçar a barra de mais aqui, encaixando tudo o mais rápido possível, mas no pior momento possível, quase como se nem tivessem pensado antes. A mina fala "Tô Grávida" quando acha que a outra ta morrendo, e elas vão pra cama? Com gente atirando do lado de fora e zumbis perseguindo elas? Lógica?


Junta isso à substituição de Tommy no quadro vingativo, por um grupo genérico de sobreviventes, e têm-se uma das alterações mais prejudiciais que vi até agora na trama.


Claro, tudo pode ser apenas uma modificação pra esconder o plottwist verdadeiro mas, isso levantou uma bandeira de alerta pra mim...

O Violão foi Destruído

E por fim, a Cena do Violão, foi completamente destruída na série.


Essa cena é opcional no jogo, o que me deixou pasmo de tão perfeita que ela é, pois passei por ela e pensei "Isso precisava ser obrigatório na história". Lá, caso você explore a primeira cidade em que Ellie e Dina passam atrás dos WLF, é possível achar uma loja de música onde Ellie interage com um violão.


Daí ela toca a mesma música que Joel toca no início do jogo, criando uma baita tensão emocional, que ela interrompe rapidamente por não suportar. Isso serve pra relembrar o motivo do jogador estar ali, mostrando que não é um passeio divertido, mas uma missão de vingança e justiça bem pessoal pra ela (pare de perder tempo e volte a caçar os vilões).

Só que em seguida a Dina aparece, e Ellie decide tocar outra música pra ela, criando assim um momento de relaxamento. Neste ponto as emoções se misturam e a gente entende o disfarce de Ellie, enquanto o romance dela com Dina também cresce graças ao encanto de tal momento.


Porr4 é bonito de mais isso. Ai na série cortaram toda a cena que envolveria Joel, e incluem apenas Ellie tocando uma serenata vazia pra Dina, perdida em significado. É incômodo eu diria, tanto que a Dina chorando nem carrega a mesma sensação que deveria ou poderia. Aliás, parece também bem forçado.


Mesmo que depois Ellie comente que isso é resultado das aulas de Joel, isso perde o impacto emocional, nos fazendo pensar que ela já o superou, já venceu a perda, ainda mais com o sorriso que ela dá em seguida. Aquilo não transparece saudade, transparece felicidade, alívio, superação... e em plena missão de vingança isso só dilui o drama a custo de nada.


Eu nem estranharia se Ellie após ouvir que Dina está grávida falasse "Bora voltar, e vamos batizar a criança de Joel ou Joelma" pois o risco já está alto de mais pra continuarem.

Difere muito do que o jogo mostrou, e eu não sei como a série vai conseguir continuar com essa história assim, sem Tommy na dianteira, sem Ellie motivada, com Dina enfraquecida (gravidez, risco, isso tudo vai torná-la bem mais temerosa pelo futuro, inclusive ela diz isso), e sem a principal motivação da vingança.


Na real, nem Abby aparece mais, dando a impressão que os desenvolvedores se perderam na inovação. Deram um passo longo de mais aqui.

Mudanças Desnecessárias?

E depois disso vou até mudar meu jeito de jogar. Como tudo que fiz na live do episódio 3 também foi o que o episódio 4 adaptou, vou jogar o que acredito ser o "Episódio 5" na próxima vez, assim já consigo ver tudo o que provavelmente adaptarão... se é que o farão.


Aliás, juro que na cena em que aparecem corpos pendurados eu falei alto "Meu deus pegaram muito mais pesado com a fúria do Tommy na série... gostei" e então vi que na verdade, eram os tais "Cicatrizes".


De fato esse evento rola no jogo, só que bem mais pra frente, e ignoraram completamente o Tommy e seus feitos. Acabam modificando a história dele, e dando mais ênfase nos Cicatrizes, que só surgiriam mais pra frente na história também. 


Que porcaria hein?! Desperdiçaram algo que poderia motivar muito mais Ellie e Dina, e poderia muito bem dar mais gás pra essa missão suicida delas. Mas preferiam ir pra um lado muito mais complicado, envolvendo guerra de facções, algo que pode ter acontecido no jogo, mas foi em outro contexto.

Eu hein.
 
Episódio 5


Tentaram voltar um pouco e trazer a emoção similar a do jogo, encaixando momentos importantes dele agora, como a Ellie tocando a música do Joel e lembrando da missão. Mas, o estrago feito no episódio 4 foi grande de mais.

Inclusive, ela também toca violão no Teatro, só que o contexto é diferente, e precede um Flashback com o Joel. Pra ver o quanto isso muda e o impacto difere, esse momento deveria simbolizar ainda mais a ambição de Ellie em sua vingança, motivada pela saudade repentina. Tudo muda com a troca de ordem dos eventos.


Bem, agora Ellie e Dina montam um plano pra passarem por entre os WLF, sem serem percebidas, e pra isso precisam atravessar um armazém que eles não patrulham. Na lógica, tudo isso é ridículo.


Afinal, eles estão patrulhando dia e noite atrás dos Cicatrizes, e sabem exatamente onde eles estão (no Parque), mas continuam se separando por toda Seatle, fragmentando o próprio poder militar numa manobra bem estranha.

E, ignorar o Armazém soa igualmente estúpido, pois nele existem os infectados mais perigosos até então, os Caçadores, muitos deles. Mas a gente aceita isso caso contrário a história não avança.

No jogo é tudo bem diferente. Dina tá chateada pois Ellie não aceita muito bem a gravidez, se preocupando pela garota, e em seguida ela tenta ajudar rastreando os WLF por um rádio que elas encontram no Teatro, então ela diz onde Ellie precisaria ir, sozinha, ficando pra trás, enquanto Ellie vai atrás de onde possivelmente Tommy está, isso tudo depois de ficar bem mais motivada a se vingar (por conta do flashback).


Pior na série é ver Ellie mantendo o objetivo de vingar Joel, mesmo ciente que isso sacrificará com toda certeza a Dina e o bebê dela, e quem reforça esse desejo nela é a própria Dina.


Dina rouba o protagonismo, mostrando ter mais motivos que a Ellie pra se vingar, e mais interesse também, o que é estranho afinal a Ellie devia fazer esse papel na relação.

E, o relacionamento delas é um problema pra história. Não é errado, apenas não combina e prejudica o andamento do tema "vingança", quebrando muitos momentos que deveriam ser menos sentimentais, e mais emocionais. Deveriam ser dramáticos e não românticos, e isso muda de mais o que a série quer transmitir.


Tanto que, no final o que Ellie faz simplesmente não faz sentido.


O Retorno de Tommy?


Algo que inverteram foi a saída de Tommy, e inclusive modificaram seu objetivo. Ele não saiu da cidade protegida pra vingar Joel, ele saiu pra resgatar Ellie, então ele que foi atrás dela na série.

Fizeram isso para que ele voltasse mas, já tiraram toda a importância dele ao colocarem os Cicatrizes como os algozes dos Lobos, e agora ele virou só um Joel 2.0.


Pior é que nem é ele o primeiro a dar as caras e salvar Ellie, numa situação pra lá de esquisita, em que ela é coberta por infectados e ele chega atirando, num momento em que NINGUÉM deveria atirar, e tá tudo certo pra série.

Engraçado que antes desse evento tem um longuíssimo diálogo entre Ellie e Dina pra informar que não podem usar armas de fogo, pra não chamar a atenção das centenas de patrulhas dos WLF do lado de fora do armazém, e ainda assim é só isso que a série sabe entregar como ação.


Sem lutas de facas ou corporais (que corroborariam o treinamento de Ellie lá no primeiro episódio ainda), sem um bom emprego de furtividade e suspense (o que seria uma boa representação do jogo), tudo sempre se resolve com correria e tiroteio.


E quem aparece é Jesse, o ex da Dina, igualmente munido de balas e imune à percepção dos vilões. 


O objetivo dele então, é resgatar Ellie e Dina, que ele encontra sem problemas (mas claro que os Lobos, que estão em maioria e tem treinamento militar não conseguem), chegando justamente no ÚNICO LUGAR que ninguém patrulha.

Lugar este que é um Teatro (posicionado muito bem e chamativo) que é o único lugar em Seatle com as luzes acesas por um gerador que Ellie ligou. Tipo... qual o sentido disso?


Mas tudo bem, ele chega até as garotas, salva Ellie e informa que Tommy está em outro castelo, e eles precisam alcançá-lo escapando de tiros de stormtroppers e correndo justamente pro único lugar (x3) não patrulhado pelos Lobos: O Parque.

No jogo é tudo tão diferente, pois o cara também aparece atrás delas, mas o objetivo dele era achar Dina, e ele saiu atrás delas 1 dia depois. Ele nem tava com o Tommy no jogo!


A Ambientação


E lá, eles encontram o outro grupo de vilões, o terríveis Cicatrizes, facilmente achados inclusive, todos presos no parque, que dá acesso direto à porta dos fundos da base médica dos Lobos! Cara... falar a real, a ambientação da série está muito boa pra eventos individuais, mas no geral está tudo mapeado da forma mais conveniente possível.

No jogo todos os eventos são iguais aos que a série mostra, com a passagem pelo Parque, pelo Hospital, e até mesmo os "Caçadores" (no jogo há uns infectados mais espertos e furtivos, que aparecem em massa justamente quando Ellie está tentando chegar até o hospital dos Lobos), só que no jogo tudo isso é bem explicado.

Ellie tem como principal objetivo ir sozinha até o Hospital e capturar a Nora pra interrogá-la, e pra isso ela passa por uns perrengues descobrindo uma verdadeira guerra entre os Lobos, um cara misterioso e os Cicatrizes,  que ela conhece no tal parque e também foge. Mas lá a construção de tudo isso é lenta e bastante gradual, e não totalmente repentina como na série. 

Ellie dá dois passos e já tá no lugar que leva horas pra chegar no jogo. Os pontos estão ligados como se fossem tudo parte de um mesmo estúdio, apenas com os palcos principais emendados, e não há uma passagem coesa de uma cena pra outra.


Fiquei super confuso com Ellie se separando de Jesse e Dina, e simplesmente brotando na base dos Lobos, sendo que eles estavam no covil dos Cicatrizes. Usam por exemplo a parte dos Cachorros Rastreadores (que é uma longa parte bem chata no jogo, em que Ellie foge dos Lobos pra cair no covil dos Cicatrizes e se lascar ainda mais), mas aqui é só algo super rápido.

E o pior, é notar que isso ainda a leva diretamente pra primeira pessoa importante pra vingança dela, a moça careca do grupo da Abby, Nora.


Sem explicar nada, apenas mostram Ellie dando uma sorte gigantesca, não apenas em sobreviver mas em achar essa moça, e tomando as decisões mais imbecis pra se "vingar".

Incapaz de bolar um bom interrogatório ela só repete "Cadê a Abby", não imobiliza o alvo, dá brechas pra fugir, cria uma perseguição a lá "Trapalhões" (gente, ela corre gritando "Vou te pegar Nora") e termina com ambas caindo numa armadilha.


A Nora entra num local contaminado por esporos pra fugir da Ellie (pura burrice pois ela sabia que não devia entrar ali), e Ellie vai atrás tanto pra fugir dos demais Lobos quanto pra pegar seu alvo, e lá rola aquela revelação óbvia de que o subsolo do local está comprometido com esporos.

Aliás a série da muita ênfase no fato dos infectados expelirem esporos, que também infectam só pela respiração, como se isso fosse uma novidade surreal, sendo que todos já sabem disso (ao menos quem jogava). É um dos males da infecção ué, por isso usam máscaras, e apesar de ter sido algo ignorado na série até então, é meio tarde pra querer mostrar esse grande risco. Talvez perceberam que vários eventos importantes partiam da exposição aos Esporos e estão querendo arrumar.


Tanto que eles incluem todo um flashback envolvendo um hospital dos WLF que descobriu que os esporos também infectam, e caramba, só eles sabem disso no mundo todo? Algo que é consequência natural da infecção e sua evolução, característica principal dos Fungos, apenas os Lobos conhecem nesse mundo, com décadas de infecção? Meio tarde pra revelarem isso, deveriam ter feito na primeira temporada.


E lá, ela ainda interroga a aliada da Abby perguntando a mesma coisa, e apelando pra tortura, sendo que é óbvio que ela não falará nada já que praticamente já morreu.

O foco dessa parte devia ser a grande revelação de que Ellie sempre soube a verdade sobre o que Joel fez pra salvá-la, mas acaba desviando rudemente pela violência repentina que surge, e a falta de explicação pro comportamento da Ellie.


O ódio dela não condiz com nada do que ela mostra ao longo de todo o episódio, ela sorri, inclusive quando está sozinha, ela é boba, quase não parece ter evoluído ou amadurecido, e apenas quando o roteiro pede ela age como vingativa. 


Enfim... preciso jogar pra ver o quanto disso foi similar ao jogo mas tenho convicção de que isso tudo são falhas da série.


E tudo começou com a ideia idiota de mudar a ordem dos eventos com relação a morte de Joel.

Os Cicatrizes


E sim, eles estão no jogo, mas são revelados muito mais pra frente. Eles são construídos, como inimigos dos WLF assim como alguns do grupo que deserdaram, somando assim 3 facções que estão causando problemas. 


Mas no meio disso ainda tem Tommy caçando os Lobos, e Ellie e Dina entrando numa guerra. Isso rola pouco a pouco, e a bagunça vai aumentando.


A série negligenciou essa progressão, já enfiou os Cicatrizes logo de cara, e ignoraram Ellie e seu objetivo. Uma vez que reduzem ela a só uma qualquer no meio da guerra, tiram todo o significado da sua história.

E Tommy então, sumiu de vez. No jogo chega a ser um baita suspense a situação dele, pois Ellie acha vestígios dele o tempo todo, mas também acha coisas dos Cicatrizes, dos Lobos, e vai ficando preocupada com tudo isso.


Mas na série parecem não ligar pra isso, nem sabem separar as coisas. Misturam tudo como se fosse tudo a mesma história e na verdade, são partes diferentes e carregadas com emoções e significados diferentes.

O que fizeram com a Estrela por exemplo é risível na série, enquanto no jogo é perturbador. Na série fizeram a égua da Ellie ficar esquecida na loja de músicas, ela só foi deixada lá e pronto.

No jogo ela explode em uma armadilha feita pelos WLF que colocam Ellie e Dina no radar deles. toda a carga desse evento é inexistente na série, o que é triste de mais. 


Flashback


E por fim, o episódio fecha com um flashback mostrando Ellie e Joel felizes juntos, o que provavelmente será o enredo do episódio 6, explicando o momento em que ela descobriu a verdade, e começou a agir feito uma adolescente rebelde que odeia o pai.

Ou seja, a história ainda não avançará de verdade no episódio 6.


No jogo, o primeiro flashback interativo da Ellie ocorre ainda no Teatro, quando ela toca o vilão, e se lembra do aniversário dela 3 anos antes, mostrando que se dava bem com o Joel ainda. Ou seja, só trocaram tudo de ordem, meio atoa.


E, faltando 2 episódios... de fato começa a ficar claro que essa temporada será apenas sobre Ellie, e apenas metade do jogo. A próxima (que já foi até anunciada como o sr Wilson comentou) será sobre o gameplay da Abby, que é a segunda metade do jogo.

Moral da história... A Parte 3 será a Parte 2 da Parte 2... esticaram tudo, perderam tempo com arcos secundários inventados do nada, e agora vão meter essa de que a terceira temporada é a segunda parte da segunda parte dos jogos.

Episódio 6


É, o negócio é uma montanha russa, as vezes ruim, as vezes bom, as vezes cinema. Eis um cinema.

Este episódio não faz mais do que adaptar os flashbacks de Ellie, trazendo pra telona o que os jogos já mostram, e adaptando as coisas.


Mas ele também mostra o Joel criança, e dá mais destaque pros significados da obra só com essa sutil adição.

O amor paterno dele por Sarah, é diferente do dele por Ellie, pois ele enxerga ambas como filhas diferentes. Ele não transferiu o amor, ele criou um novo, e isso tudo ganha muito mais importância com esses flashbacks.


Eles se concentram nos aniversários de Ellie desde que chegaram na cidade do Tommy, e vão mostrando como Joel e ela foram se afastando, mesmo com ele se esforçando aniversário pós aniversário.


Ela amadurece, mas o que também amadurece é o remorso dela pelo que não ficou esclarecido no passado, com os Vagalumes, e também é isso que os flashbacks mostram, tanto no jogo quanto aqui.

Ajustam muita coisa, fato, mas repetem vários eventos importantíssimos com tanta maestria, que voltou ao semblante inicial da série. 


Algo adaptado com carinho e respeito, algo pra somar, não apenas imitar ou repetir.

Cenas como Ellie astronauta, o dinossauro, até a visão dos vagalumes (mudada, já que na série ela de fato vê os bichinhos, enquanto no jogo ela vê pessoas mortas depois deles falharem com a cura), tudo isso se faz belíssimo.


E também trouxeram de volta cosias que evitaram lá do começo, como Joel tocando o violão, para que isso carregasse mais o momento de agora. Tudo junto funciona melhor, do que fragmentado ao longo de episódios.


Uma boa decisão, que quase faz os equívocos do episódio 4 soarem razoáveis. Mas acredito que para intensificar o momento de agora com o passado revelado, e o motivo de Joel e Ellie se afastarem, prejudicaram o agora, tirando esse peso visualmente da garota.


Por mais que saibamos o que rolou, as ações dela e as reações dela nada coincidem com o que ela "pensa"... mas tudo bem, o episódio 6 meio que salvou a série.

Também reservam um tempo pra falar do Eugene, um mistério la do começo, onde a esposa psicóloga já entrega que foi Joel quem matou, e que também é citado no jogo (ele que tinha a plantação de maconha), o que também é a mesma revelação lá.


A última gota no copo d'água, foi Joel ter de matá-lo, mas mais que isso, foi a promessa dele. O ato de prometer e não cumprir, mexeu com cicatrizes de Ellie, fazendo ela explodir. Daí só rolou traição de um pro outro e o que antes era só remorso, se tornou um início de ódio.


Pior que a vida tem dessas, e as pequenas coisa se tornam enormes com o tempo. Mas nem sempre há tempo.


Bem, tudo ficou muito bem adaptado aqui, e o episódio se encerra com Ellie voltando do massacre contra a Nora, mas isso também nos leva de volta à realidade que ela se encontra. Toda essa emoção que sentimos ao ver Joel e Ellie tentando se dar uma nova chance no passado, antes de tudo dar errado...


Acaba se perdendo com ela descobrindo que vai ser pai. Mesmo havendo uma ligação ai, ajustando as últimas palavras de Joel em suas memórias ("Espero que você seja um pai melhor que eu"), o resultado é incompatível pois a alegria de Ellie não se conecta ao objetivo dela.

Mas, bora ver como vão ajustar tudo isso.

Aliás, também erram nas transições aqui, como do Dinossauro pro Museu, meio que tudo é rápido de mais. No jogo era nessa parte que aprendíamos a nadar por exemplo (algo que Ellie não sabia mas aprendeu entre um jogo e outro) por isso tinha muito mais gameplay. Também é onde aprendemos a atirar de sniper, e coisas assim, só esses detalhes foram só ajustados pra trama da série, alguns ignorados inclusive. Pelo menos aqui isso não prejudica a compreensão dos eventos, afinal tudo é bem próximo mesmo.

Episódio 7
Fim da Parte 2 da Parte 2

O desconforto de Bella Ramsey fazendo a "cena de nudez da Ellie" na série.

E chega o episódio final, uma enxurrada de clifhanger e uma rushada no gameplay pra terminar a história da Ellie e começar a campanha da Abby.

Ainda por cima a própria série tenta desfazer a maior mudança que criou, trazendo Tommy de volta aos 45 minutos do segundo tempo, mesmo nem tendo mais como encaixá-lo na trama.


Fazem ajustes estranhos, como Ellie do nada sabendo toda a verdade sobre Abby, como o detalhe minucioso de que ela seria filha do médico que Joel matou com um tiro na testa, sendo que em parte alguma da história teria como ela obter tal informação.


Também tem uma cena de 10 segundos de um Cicatriz quase executando Ellie, que é tão jogada de qualquer jeito que nos faz pensar que tudo simplesmente foi acelerado de propósito.


A cena do Barco, aliás toda a transição das docas até o local onde Abby poderia estar é confusa, e de uma continuidade inconsistente de mais. Inclusive é nesse ponto que encaixam os Cicatrizes capturando Ellie pra fazer alguma alusão aos jogos talvez, mas que apenas não encaixou na trama.


Afinal, Ellie viaja pelo lago até o outro lado da baia rumo a uma Roda Gigante, que seria a única pista que ela tinha do paradeiro de Abby após interrogar Nora, só que no meio do trajeto ela é derrubada na água por uma onda, em uma tempestade, e simplesmente brota numa praia com seu barco do lado perfeitamente aportado... barco este que ela usa logo depois de fugir dos Cicatrizes como se nada tivesse acontecido.


Tipo, ela foi arrastada pro meio do mato por caras que não conhece, quase foi executada, fugiu por causa de aleatoriedades (a vila deles sendo atacada e eles a abandonando) e simplesmente sabe a rota exata pro local onde aportou magicamente? Tudo isso de noite e em meio à tempestade!

Suspensão da descrença foi muito longe aqui, pois até mesmo o objetivo dela é questionável, já que minutos antes dela se  decidir a voltar à caçada da Abby, ela e Dina haviam concordado em parar com essa sandice e voltarem pra casa logo, pois ela sabia toda a verdade e decide revelar pra Dina.


Engraçado até que Dina só de saber que o ato de Abby foi uma vingança bastante lógica, ela é a primeira a ver que tudo que estão fazendo é burrice. 

Mas logo depois Ellie que tinha mostrado que não queria mais vingar Joel, decide voltar a querer vingar Joel, abandonando o Jesse, e partindo pra briga sozinha.


São furos atrás de furos, mas ainda tem algumas poucas situações interessantes.


O que tem de bom


Dina toma uma flechada na perna, que é referência às flechas dos Cicatrizes nos jogos, que causavam hemorragia. É um tipo de adaptação inteligente que poderiam ter feito mais vezes.

E só isso na verdade, queria poder falar que estava tudo muito fiel ao jogo mas esse encerramento de arco soou tão apressado, que tá difícil digerir.

O ponto mais interessante talvez seria o momento da vingança acidental dupla, em que Ellie sem querer dá double kill em pessoas que tecnicamente nem deveriam morrer.


E a cena em que ela fica em pânico sem saber como salvar um bebê de uma grávida moribunda é bem cruel e marcante.


Essa parte da história faz a culpa de Ellie crescer, e realmente torna a vingança dela ainda mais infundada e cruel, fazendo ela própria perceber que está indo longe de mais, só que com a Ellie da série, ver essa situação só dá espaço pra ela ficar traumatizada mesmo.


Ela já tinha desistido, a personagem nem quer mais seguir em frente. Foi até lá por puro roteiro e na verdade ela já está completamente afastada da motivação inicial (o flashback dela no episódio 6 inteiro não serviu de nada), e ainda assim ela segue e comete o que é um baita erro.

Pois cara, eles tão numa guerra, e tão dando mais munição emocional pros inimigos. Ao matar lobos, ainda mais os pertencentes ao grupo da Abby, estão chamando muita atenção.


Mas beleza, ignorando o absurdo da campanha da Ellie, nos vemos presos à curiosidade sobre o que vem acontecendo com Abby, e isso é um bom ponto de virada pra história dela.


A Campanha da Abby


Mas não vai acontecer agora.

Abby surge magicamente no ponto de encontro de Jesse, Dina, Ellie e estranhamente o Tommy.


Algo inclusive que ficou sem sentido algum na série, pois Tommy nem tava na bagunça das vinganças. Enquanto no jogo ele tinha tomado a dianteira, aqui ele foi ao resgate de Ellie e Dina, junto de Jesse, e apenas isso.

Só que Abby aparece atrás dele, como se ele fosse o carrasco dos amigos dela, sendo que nessa versão da história, Ellie matou geral sozinha.


E o mais estranho é ver Tommy aparecendo nas docas segundos depois dos últimos amigos de Abby morrerem, sendo que tecnicamente ele estaria no lado oposto. Nem daria tempo dele chegar, aliás nem tinha como ele saber onde Ellie estava, mas ele chega gritando por ela, como se estivesse ao lado dela o tempo todo.


A série criou um roteiro adaptado que não se sustentou, e agora imita o jogo mesmo com furos de continuidade assim, tudo pra que Abby mate Jesse friamente no final, e use Tommy como barganha.


Mas, nem sabemos o que rolou, pois a série nos priva dessa resolução mostrando Abby mirando em Ellie, atirando ao descobrir que ela quem matou os amigos dela, e passando pra um flashback dela.

Agora a história será de Abby, no dia 1 de toda essa bagunça, voltando pra sua campanha e literalmente parando com um hiato de sabe-se lá quanto tempo.


Pois a próxima temporada de The Last of Us será a parte 2, da parte 2, de fato, onde jogamos com Abby, mas aqui assistiremos a perspectiva da história da Abby.


Parece um plano legal, mas eu esperaria que essa temporada tivesse pelo menos 9 episódios como a anterior... na verdade queria que lançassem já na próxima semana um novo episódio que iniciasse essa nova fase da história.

Mas teria um risco ai, o de acelerarem muito a trama de Abby e prejudicarem ainda mais a adaptação.


Considerando que Abby é tão importante quanto Ellie na história, essa temporada deveria ir pra 14 episódios pra compensar tudo isso, e pra lucrar é óbvio que vão separar em duas partes.

A ironia! Um jogo que se intitula como "Parte 1" e "Parte 2" teve uma adaptação cinematográfica que se intitula "Parte 1", "Parte 2" e "Parte 3". Imagina a confusão quando lançarem o "Parte 3" do jogo, que será adaptado pra "Parte 5" na série! Afinal provavelmente o "Parte 4" será uma história solo do Joel.

A confusão foi estabelecida com maestria.

É isso.

Nos vemos na próxima temporada.


See yah.

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18 Comentários

  1. Eles....Eles mataram o Pedro PASCAL....na porra da pascoa...isso é absurdo, no geral, a segunda temporada está perfeita, unico defeito pra mim é a caracterização da idade da Ellie mesmo, mas como vc apontou, é em certa maneira, um problema a mais pra refletir, o que é bom, pra aumentar o publico que se identifica.
    Mas sinceramente, me deu um peso no coração ver o joel morrendo, duas vezes ainda, absurdo...

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    1. Mas ai me bateu o pensamento, agora que o Joel morreu na série também, e a HBO confirmou uma terceira temporada, o fucking pedro pascal (que pra mim era ancora do elenco) vai ficar de fora...triste, espero que tenham flashbacks pra eu ver esse homem de novo (please)

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    2. Eu sabia que ia acontecer, mas não estava preparado... e VEI BEM NA PÁSCOA! Que timing né?!

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    3. Flashback certeza que vai ter... mas na real a série realmente vai penar um pouco sem a presença do Pedro, igual o jogo sem o Joel. Mas é torcer pra que consigam criar algo decente apesar disso. E outra... a série vai lançar uma terceira parte antes de ter um jogo da terceira parte? Arriscado isso hein.

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    4. Acho que a terceira temporada vai ser focada na Abby, provavelmente, e a segunda vai ser uma construção de eventos focada na ellie (com muitos flashbacks e etc) isso criaria uma situação muito interessante, já que como vimos, os roteiristas tem a capacidade de fazer a gente se preocupar com a personagem mesmo sabendo que ela era uma vilã desde o inicio...

      INCLUSIVE, que foda que você está jogando junto com a série, muito foda mesmo, vai ter análise do jogo ne? quero ver sua opinião sobre a história ''na integra'' depois rsrs

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    5. Então, pelo que to vendo no jogo eles estão até acelerando as participações da Abby. Po, no jogo é mó mistério a razão dela ter acabado com o Joel, enquanto na série é literalmente a primeira coisa revelada. Tanto que, é um impacto maior no jogo quando o Joel é "traído", e pega até o jogador de surpresa. Enquanto na série a sensação é de tensão, e não de surpresa. Mesmo assim achei bem adaptado.

      Acho que vão fazer uma temporada só do Joel, tipo um prequel do 2 e pós 1, mostrando algo individual dele assim reutilizam o ator... mas sei lá... pelo que vejo no jogo ali tem material pra 1 temporada só. Mas é cedo ainda. Nem joguei 3 horas direito e já to pau a pau com o segundo episódio. Verei o terceiro agora.

      Aliás, amanhã as 14:00h farei live do equivalente ao 3° episódio no jogo. Nem sei se vai rolar mas já to me preparando.

      Vai ter análise!!!

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    6. Mano se tivesse uma prequel do joel nos 20 anos de apocalipse...tipo, o tanto de gente que iria ver (inclusive a gente) cara!! iria fazer a série ser mais do que próprio jogo, imagina que doido, ou mostrando o Tommy depois da morte do joel...mas não vou dizer o que acontece porque ne, spoilers...mas o senhor saberá o que eu estou falando.

      Fizeram bem na série o negócio ser de suspense e não supresa, porque ne, o jogo ta ai a 5 anos, todo mundo sabe que o joel vai morrer, o que resta é quando ele iria morrer na série, fizeram bem, continuam fazendo bem, unica coisa que pra mim não ficou massa foi a abby...ela parece mais a ellie que a própria ellie (e ela também não parece tanto a ellie) rs, mas ne, se parar pra pensar, o unico que parece mesmo é o Pedro com o joel, e nem é tanto assim KKKKKK

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    7. Vi e joguei o episódio 3 e o equivalente a ele quase em sequência e preciso dizer, o negócio ta muito fiel mas adaptado ao mesmo tempo. Eles contam tudo igualzinho, mas de um jeito melhorado pra tv.

      E sobre as personagens, de fato... tem umas mudanças muito chamativas. Abby ta menos com perfil militar, e Ellie ta meio descaracterizada. Acho que um erro dela é o cabelo que não tem a franja na testa, e até entendo que não colocam pois iria esconder o corte na sobrancelha, o que também é uma característica importa. Mas acho que deviam, pois a franja marca muito mais a personagem.

      Ainda assim, te juro que to vendo e confundindo série com jogo o tempo todo. Acho até que na análise do jogo vai ser difícil desvincular as ideias.

      A dublagem ta ajudando a ligar os personagens... tá tão boa quanto no jogo.

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  2. Cagaram o episódio 4, já esperava que isso ia acontecer, mas sinceramente, foi ruim, muito ruim, eu fiquei com cara de cμ o tempo todo, zero emoções, só encheram de porcaria e ainda meteram uma cena de putaria aleatoriamente no meio de uma guerra de facção, zumbi e gravidez, caralho, a Ellie queria parto prematuro? meteu logo a mão mano....absurdo

    Foi um desserviço total, duvido muito que melhore depois disso...mas vou continuar vendo pra poder odiar com razão rs

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    1. Eu desanimei legal com a série, esse episódio desandou de forma inédita. O negócio tava perfeito, era só continuar... e ai mandaram essas... no plural.

      Parto prematuro kkkkk.

      Perdi até a vontade de jogar acredita?

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    2. Perca a vontade de assistir, não de jogar, o jogo é maravilhoso, apesar da história não ser tão boa quanto a do primeiro, ainda é excelente! Não perca a vontade Sr! vale muito a pena mesmo

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    3. É sr Wilson, tu tá certo... a terceira temporada será sobre a Abby. Bem bizarro isso, conseguiram zoar a história com mudanças pra preencher o tempo e forçar essa divisão.

      Vou jogar agora pra ver o quanto foi prejudicado... mas tá triste hein.

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  3. Incrivel, eu lembro de visitar o blog mas eu não lembro de assistir o episódio...ai eu rolei pra baixo e percebi que eu tinha que assistir o episódio 5 (ainda não assisti) pra nao tomar spoiler ne e ai do nada, DO NADA, vejo meu nome, wtf, que loucura bicho

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    1. Pois é sr Wilson, tive que atualizar ele com os dados novos somados aos que você trouxe... enquanto to jogando to aprendendo muito mais sobre a série e jogo ao mesmo tempo e, tu tem plena razão.

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  4. Cara, complicado… eu realmente botei esperanças de que fosse sair uma coisa boa. Tem o grupo que amou e o que odiou o game, eu tô do lado que amou. Entendo que eles quiseram agradar os dois lados, especialmente com a questão da Abby. Muita gente quis desistir do jogo antes de saber as motivações dela, então eles decidiram mudar isso pra que as pessoas não desistissem da série (afinal é muito mais fácil mesmo, o jogo você comprou então vai jogar de qualquer forma). O problema é que ficou chato, nenhuma reviravolta teve o mesmo peso, nenhuma, eles fizeram questão de repetir umas quatro vezes que o pai da Abby morreu só pra ter certeza que o espectador entendeu. Adoro a atriz (Bella Ramsay), mas achei a personalidade da Ellie muito travada ainda na personalidade da primeira temporada. Não senti nela a motivação necessária que justificasse tudo o que ela estava fazendo, ficou só parecendo que estava sendo obrigada a seguir um roteiro (e estava). Eu gostaria de poder acompanhar o processo pra saber o que se passa na cabeça de um produtor durante uma adaptação. Toda mudança que se faz tem uma consequência, fazer a mudança e depois seguir o resto de acordo com o roteiro original fica esquisito, sempre, não dá pra empurrar dessa forma.
    Se um dia adaptassem o mundo de Zara pra uma série (vou sonhando) eu gostaria de estar vivo pra garantir que não ferrariam tudo (se bem que o Rick Riordan não pôde fazer nada por Percy Jackson, infelizmente)

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    1. Tu notou o mesmo que eu, os caras foram mudando coisas de ordem e isso feriu muito a lógica da história... é nessa hora que notamos o valor de um bom storytelling.

      Sobre o jogo, eu parei justamente na parte em que Abby e Ellie se encontram, e o gameplay vai pra Abby anos antes. Eu pretendo retomar apenas quando a terceira temporada sair pois eu curti conhecer dessa forma. Num faço ideia do que acontece... mas espero que quando for criar o artigo consiga lembrar tudo.

      O Mundo de Zara adaptado vai ser excelente pois tu preenche tudo com detalhes de mais, difícil estragar algo tão perfeccionista. Já te disse que teu jeito de escrita me lembra o Tolkien, mas sem a parte chata e hiper descritiva, apenas a riqueza no que importa.

      O mundo é feito de sonhos meu amigo.

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  5. Unico episódio que salvou foi o que o pedro pascal apareceu....porra, que temporada ruim, zero conexão, zero fidelidade com o material base, personagens mal desenvolvidos, atuações toscas, o que salvou foi o episódio de flashbacks, e foi só as partes que o Pedro atuou (a cena que ele falou com a ellie na varanda foi do caralho, me fez expelir suor masculino pelos olhos) a atriz da ellie foi tapada pelo roteiro e diretor, a atuação dela foi extremamente mediocre, enfim ne, cagaram a série, pra mim terminou na primeira temporada KKKKKKKKk

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    1. E a pior coisa é que ainda nem acabou essa bomba...

      Ter que esperar pra sofrer pelo restante é um saco né sr Wilson.

      E eu que parei no jogo e agora to só esperando a série voltar hahua.

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Obrigado de mais por comentar, isso me estimula a continuar.

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