AnáliseMorte: Alan Wake 2 - Remedyverso fundindo Quantum Break, Control e Max Payne - Explicando Tudo Sobre

Depois de 13 anos, a jornada de Alan Wake chega ao fim... era isso que eu gostaria de dizer mas, na verdade, este jogo é mais um capítulo da tortura que esse pobre escritor vem sofrendo.


O infeliz está preso no mundo da escuridão e tudo que tenta pra escapar, só piora tudo! Mais uma vez, acompanhamos uma de suas tentativas, fadada ao fracasso.

Infelizmente, Alan Wake 2 não é um dos melhores jogos que a Remedy já fez, e está bem longe disso, mal se enquadrando no gênero de ação ou terror. Mas, ele tem uma história que amarra vários outros ótimos títulos que fizeram, e ainda tem um belo visual, pra quem conseguir rodá-lo.

Não se preocupe, contarei e explicarei absolutamente tudo sobre Alan Wake 2, tanto o que há de positivo, quanto de negativo, na minha opinião é claro.

Boa leitura.


Alan Wake é uma Saga


Em 2023 a Remedy finalmente nos apresentou Alan Wake II, o segundo título direto da história de Wake. Contundo, já ficou claro ao longo de seus lançamentos que este não é verdadeiramente o segundo jogo em sequência.

Tudo começou em 2008, com Max Payne, interpretado por Sam Lake. Um policial da narcóticos investiga a morte da esposa e filha, e acaba se deparando com um grupo de traficantes de uma droga nova, porém ele próprio é meio alucinado e usa de substâncias químicas para aliviar suas dores. Em uma história noir, com direito a muito tiroteio, bullet time, mafiosos e várias referências a HQs, a jornada de Payne se encerra no primeiro jogo, mas é retomada em mais dois jogos, Max Payne 2 e 3 (só que já sem a Remedy envolvida, e sem Sam Lake na cabeça de Payne.


Em 2010, surgiu uma história escrita por Sam Lake, de um escritor famoso com bloqueio criativo, que é ajudado por seu agente, e também por sua esposa, e levado para uma pequena cidade chamada Bright Falls, em um retiro para artistas. Contudo, sua esposa se afoga no lago da cidade, e ele próprio mergulha em uma história de terror, enquanto encontra páginas de sua própria história sendo contada ali, na sua frente, como se alguém estivesse ditando tudo que aconteceria.


No fim, ele descobre que de fato havia alguém escrevendo sua história, um poeta antigo chamado Thomas Zane, que queria fugir de um mundo sombrio onde ficou preso, e para isso precisava de alguém com habilidades parecidas com as dele, para conseguir escrever sua saída. Este alguém era Wake, que tinha o dom da escrita, e desenvolveu o poder de reescrever a realidade graças a um Objeto de Poder chamado "Clicker".

Só que para motivar Wake, Zane usou a esposa dele, Alice, como isca. E no fim, Alan Wake acaba preso igual Zane, pois sacrifica sua permanência na realidade para tirar Alice do lago, e do mundo sombrio, trazendo ela de volta a vida. 

Desde então, Alan Wake se vê escrevendo formas de sair. 

Depois de Alan Wake, em 2010, a Remedy produziu jogos independentes dele com mecânicas próprias e enredos originais, começando pela suposta "DLC" que era praticamente um jogo completo (vendido inclusive a parte), chamada "Alan Wake's American Nightmare", onde jogávamos com Wake, ou quem achávamos ser Wake mas era Zane, em uma de suas histórias de terror, isso se passando em 2013.


Nesta história surgia seu maior antagonista, Scratch, um rabisco de si mesmo na escuridão, quem tenta tomar carona na tentativa de Alan e Zane, e sair da escuridão através do programa Night Springs. Porém, a rixa entre artistas e entidade faz todo o plano fracassar, e tudo que Alan consegue é uma sutil influência no mundo real. Scratch também, mas ele opta por usar essa influência em apenas uma pessoa, atormentando-a se passando pelo fantasma de seu marido: Alice Wake.

Em 2016 a Remedy produziu "Quantum Break", jogo protagonizado por Jack Joyce, interpretado por Shawn Ashmore, em uma história repleta de paradoxos temporais, e poderes que mexiam com o tempo, além de ser num formato episódico com escolhas e consequências. Até mesmo uma mini-série era apresentada entre os episódios, com seus personagens em "live action", interpretados pelos mesmos atores.


Nessa história, o irmão de Jack e um amigo criaram uma máquina do tempo que permitia viajar do ponto em que ela foi criada, até qualquer ponto no tempo e voltar. Só que isso criou um monte de instabilidades quânticas nas pessoas presentes no local da ativação, inclusive em Jack que testemunhou a ativação dela, e aos poucos foi despertando capacidades de manipular o Tempo e o Espaço. 

Porém, no fim, as coisas não terminam bem pra ele, na verdade nem chegam a terminar, por causa da interferência de Martin Hatch, interpretado por Lance Reddick, quem aparece o jogo todo buscando provocar o fim do tempo, mas só conhece Jack no fim.

Em 2019 eles nos apresentaram "Control", história de Jesse Faden, interpretada por Courtney Hope, que um dia entra em um prédio do governo invisível, guiada por uma luz que só ela vê, e ao tocar em uma arma estranha se converte na Diretora de uma Organização Governamental chamada Fundação Control.


Então ela se vê presa nesse prédio, obrigada a ajudar seus novos funcionários a lidarem com anomalias paranaturais e mágicas diversas, como objetos enfeitiçados, setores inteiros praticamente vivos, criaturas sobrenaturais capturadas, enfim tudo o que a fundação já havia coletado e catalogado.

Eles buscavam Objetos de Poder para registra-los e impedir que anomalias ocorressem pelo mundo todo, além de monitorarem Eventos de Mundo Alterado por todo o planeta, sempre buscando conter qualquer anomalia. Só que Jesse Faden se tornar a Diretora não fazia parte dos planos... deles.

Isso pois também em 2019 saiu duas DLCs chamadas "The Fundation e AWE", que juntas eram praticamente um jogo inteiro novo (mas dependiam do original). Elas revelavam por alto que Alan Wake esteve com os dedos em tudo ali, datilografando sua história pra tentar escapar do Lugar Sombrio, e paralelamente influenciando muitos mundos.




Rostos Repetidos


A resposta pra conectar esses mundos não eram as histórias, mas sim os rostos. A Remedy sempre curtiu misturar captura de movimentos e rostos de atores reais em seus personagens, inclusive antes disso se tornar algo comum. O jogo Max Payne tinha o rosto de Sam Lake (roteirista de Alan Wake, Max Payne e Control) como protagonista, um rosto bem icônico diga-se de passagem.


Nas sequências (que já não tinham a participação dele ou da Remedy e acabou indo pra Rockstar) o rosto mudou, mas a ideia de colocar caras familiares nos papeis não, e foi adaptada pra outros jogos.

Sam Lake deu seu rosto para Alex Casey, um análogo de Max Payne, mas adaptado pro universo de Alan Wake. Nele, Alex Casey (mesmo rosto, mesma ideia) era um personagem dos famosos livros de Wake, livros de investigação criminal.


Alan sempre foi interpretado por Ilkka Villi, mas ele não era seu único personagem. Ele também fazia o rosto e voz de Scrach (o lado maligno de Alan) e Thomas Zane, alguém que veio antes de Alan Wake e era sua cara.


A atriz de Jesse Faden também não era um rosto desconhecido nos jogos da Remedy, pois Courtney Hope esteve no papel de Beth Wilder, personagem importante da história de Quantum Break. Sua readaptação e renovação em protagonista de uma história original e desconexa não era só uma coincidência.

Tudo fazia parte de uma mesma bolha, e um plano maior não planejado.


Tudo Está Ligado


Talvez as histórias seriam muito mais claras se os nomes dos personagens fossem mantidos. Mas, provavelmente por problemas de direitos autorais, algumas IPs e personagens acabaram saindo das mãos da Remedy, como o caso de Max Payne, e até mesmo os de Quantum Break. Não que não fossem deles, mas qualquer uso fatiaria os lucros para os demais investidores.


Mas a decisão deles não foi ignorar o que já fizeram e chorar pelo leite derramado, e sim adaptar tudo, criando algo muito maior. A troca de nomes, mas conservação das aparências e até certas características narrativas de seus personagens, só deu material pra explorarem na própria história de Wake, e torna-la ainda maior.

Afinal, se ele estava preso num mundo sombrio e criava histórias reescrevendo a realidade, porque não reescrever a realidade de seus próprios jogos?

Os universos Remedy foram então adaptados em massa para Alan Wake, e aqui temos uma mistura de rostos familiares, e conceitos similares, mas ainda originais.

A história de Alan Wake 2 fala disso, de como uma história pode mudar em detalhes, mas permanecer em ideia, reproduzindo muitos personagens em múltiplas realidades, mas sobrepostas.


É confuso de mais, pois tudo o que conhecemos dos outros jogos vale e não vale, ao mesmo tempo. Além disso, os personagens que conhecemos já não são os mesmos, mas eles carregam a mesma essência, algo que vale até pros personagens do Alan Wake original.

Tudo mudou, e ainda muda, durante o jogo.


É Menos Complexo do que Aparenta


Não se engane, tudo pode soar muito confuso e grandioso, mas na prática é bem simples e fácil de entender.

Basta aceitar que nada do que Alan escreveu é definitivo, e tudo está em constante mudança, e pronto, aprendemos que a história em si é um rascunho de si mesma.

O objetivo é único: Alan Wake quer fugir do Mundo Sombrio e voltar pra realidade. Mas a realidade já foi tão remexida e alterada pelos poderes dele, que ela própria já não soa mais real.


Pra onde ele vai voltar afinal?


Na tentativa atual de retornar ao mundo real, Alan toma o controle da vida de outra garota, a Saga Anderson, quem é manipulada para se enquadrar nos padrões de heroína que ele precisa, pra se livrar de seu pesadelo.


Só que Saga não era uma pessoa normal, o que favoreceu Alan Wake em sua história, mas também o prejudicou.

Saga também nem seria bem uma pessoa, pois ela, assim como todos os demais personagens já vistos nos jogos da Remedy, são apenas personagens de histórias que Wake pode manipular como bem entender. 

Mas, ela acaba sendo uma alternativa mais eficiente do que um manipulador do tempo, uma diretora super poderosa coletora de artefatos especiais, ou um detetive da narcóticos obcecado por respostas, pelo menos parece.


São Dois Jogos em Um


Alan Wake 2 tem dois protagonistas, Alan e Saga, ambos intercalando em jogabilidade, e cada com sua própria forma de jogo. A história é uma só, mas ela é contada pela perspectiva de cada um deles, simultaneamente.


Cada um tem sua própria mecânica e funcionalidade, e os desafios também diferem. Outra coisa que alterna é o cenário que eles exploram e o jeito como exploram, além de seus "poderes".

Saga é uma agente do FBI que investiga um crime, então todo seu jogo se baseia em resolver enigmas, abrir portas, e montar um dossiê investigativo em tempo real, enquanto luta contra alguns seres possuídos pelas sombras.


Wake é um escritor que altera a realidade na busca de uma fuga, então seu jogo é andar por um mundo sombrio, enfrentando fantasmas e sombras, procurando ecos de realidade, e mudando o mundo com seus textos.


Falando assim até parece grande coisa, mas na prática, são poucos lugares pra se explorar em ambos os casos, e o jogo é bem linear.


Jogabilidade de Saga Anderson


Os mapas que Saga explora são Bright Falls (que por si só é minúscula), a Floresta do Lago (que também é bem pequena), a Cidade Vizinha de Bright Falls (que é ainda menor), O Parquinho de Diversões (lembra o estilo Resident Evil de ser), O Abrigo para Idosos do Lago (que é só uma casa grande), o Hospital (que é menor que a casa), o Bunker (que é uma área em loop) e a Delegacia (também minúscula). Há alguns pequenos lugares extras como o Farol e o Estacionamento de Trailers, mas são rápidas passagens.


Todos esses mapas são ligados, e são só cenários com enigmas e coletáveis espalhados, e um monte de portas pra se abrir. O pior, é que várias portas nem tem interação pra abrirem (só são enfeites, principalmente nas cidades) e as que dão pra interagir precisam de chaves, ou de algum pré-requisito pra romper a fechadura.


Pra saber onde ir nisso tudo, Saga conta com seu dossiê investigativo no seu "Lugar Mental". Ela pode ir pra uma sala que apenas ela enxerga, a qualquer momento do jogo, e verificar a papelada e fotos que coletou.


Isso é basicamente um menu de interação, mas em tempo real, e enquanto ela fica nesse Lugar Mental, seu corpo no mundo real fica vulnerável (então se tiver inimigos, basta eles encostarem nela pra ela voltar).


Nesse lugar existem principalmente duas coisas que ela é obrigada a interagir, pra abrir caminho na história: Tem o Quadro de Casos Abertos, e os Perfis dos Personagens.


No Quadro, o jogador tem que ler e identificar onde cada documento que ela pega se encaixa, pra que assim a personagem faça uma dedução de onde deve ir. Ao invés de apenas colocar um botão guia, ou um mapa decente, ela tem que toda hora parar pra analisar tudo que achou, e ficar ali horas colocando coisas num mural, pra conseguir alguma resposta.


O Perfil de Personagem é onde ela conversa mentalmente com os personagens por assim dizer, deduzindo o que eles escondem e desbloqueando conversas com eles no mundo real. 


A princípio, ela acredita que tudo isso é só seu dom de dedução e interpretação trabalhando, mas ao longo da história a personagem descobre que tudo isso é um poder. Um poder chato e enjoativo, mas é um poder.


O jogo de Saga é bem chatinho, ainda mais por muitas das rotas e objetivos que ela tem serem baseados em investigação e puzzles. É terrível por exemplo ficar travado na porta do hospital, só porque a senha do calendário lunar é uma porcaria de ser decodificada. Você tem que ler vários documentos pra entender que a senha é a data de iniciação de um cara da seita.


E essa data não está marcada no calendário, não, ela é 1 dia depois da lua destacada, no mês da iniciação (170823). Parece simples de deduzir né? Mas não é, é chato, e obrigatório.


Há também várias caixas e itens pra encontrar, algumas pedindo resolução de enigmas (uma delas pede uma resposta a um cálculo matemático, que até o jogo zomba depois) e outras pedindo que superemos certos desafios, ou encontremos certas chaves ou senhas, tudo pra pegar munição.


Há alguns círculos com desenhos no chão e tripés com câmeras apontadas pra eles, escondidos por toda parte, em que Saga deve posicionar Bonecos que ela encontra perto desses locais, seguindo poemas que descrevem uma cena, tudo pra assim gerar pequenos Eventos de Mundo Alterado. 


Apesar de ser uma side-quest opcional, isso sempre libera um Pingente pra ela (cada um dando um efeito), mas o legal disso é que tudo não passa de um experimento da Fundação Control, usando arte para influenciar a realidade no EMA de Brightfall. Isso mostra que apesar e Wake ser o mais forte ali, qualquer um pode controlar os poderes de mudança de realidade, bastando ser um artista, ou praticar arte de alguma forma.


E por fim, Saga pode melhorar seus movimentos, praticamente tudo que sabe fazer com armas de fogo, ao encontrar Lancheiras com fragmentos de texto pelos mapas. 



Jogabilidade de Alan Wake


Os mapas que Wake explora ficam em Nova York, uma versão sombria dela, mas nada tão grande. Ele pode explorar um Estúdio de um Programa de Entrevista (são só alguns corredores e umas 4 salas) as ruas principais (num quadrado com alguns poucos becos), o Metrô (sendo só alguns corredores), O Hotel Oceanside (pouca coisa, podendo ir ao telhado e alguns quartos), outro Hotel (este com alguns andares, mas só dois acessíveis e pequenos), e o Cinema (ainda menor que todo resto, sendo só um saguão e uma sala de cinema, além do telhado).


Todos esses mapas são conectados por portas "mágicas" então, Alan pode acabar abrindo uma porta no telhado do Hotel, e sair no Metrô. Tudo é bem maluco, e o mapa não ajuda muito a se localizar. Aliás os mapas desse jogo são terríveis pra se seguir... eles só atrapalham, com marcações estranhas e direcionamentos sem lógica, isso tanto pra Alan quanto pra Saga.


Pra saber onde ir, Alan tem que se virar perambulando e tentando seguir as dicas que aparecem como seu objetivo.

Pra dificultar ainda mais, Alan tem seu "Lugar de Inspiração" onde pode interagir com alguns objetos coletados e documentos, mas principalmente, pode mexer no Mural de Enredo. 


Como escritor, ele pode colocar uma ideia em uma foto de um certo local que esteja, e mudar as características desse local para algum enredo que ele escolher.

Ou seja, o mapa muda abrindo passagens e mudando objetos de lugar, com base no enredo que Alan escolhe. Só que, essa mudança abrange apenas o espaço que a foto mostra, não indo muito além, servindo mais pra abrir passagens.


Também são poucas fotos por cenário, mas os locais podem ter até 4 formas diferentes. E, pra cada enredo que Alan consegue, ele desbloqueia uma dessas formas pra todos os locais no cenário em que está aplicando sua história.

A história que ele escreve é a de um policial, que está investigando cenas de crime por Nova York, todos causa de uma misteriosa Seita. Então a cada Cena do Crime que ele chega (um setor do mapa) ele vai destravando novas configurações pra explorar.


Pra conseguir isso, Alan tem que achar Ecos de Enredo, que são apenas luzes espalhadas pelo mapa. Elas mostram deduções do detetive, e liberam ideias para ele usar.

E pra terminar, Alan ainda tem uma Lâmpada em forma de Anjo (que pegou de Zane), que pode absorver a luz de alguns lugares. 


Ao fazer isso, esses lugares também mudam de forma, alternando entre iluminados ou não. Tudo isso é só pra abrir passagens.


Alan também pode melhorar alguns de seus recursos, principalmente seus movimentos com armas de fogo, caso ilumine alguns círculos de palavras escondidos pelos mapas.



Movimentos em Comum


Sem muita ação nem qualquer evento dinâmico, atacar com Saga ou Alan é bem simples. Dá a impressão de que tiveram preguiça ao desenvolve-los aqui, com pouquíssimos movimentos de ação, e pouquíssima ação no geral.

Os personagens podem andar, correr (que nem é tão rápido), podem esquivar de inimigos (mas nem vão muito longe), e podem atirar.

Até da pra bater com a lanterna, mas só serve pra afastar inimigos, e não causa dano.


Mas eles carregam poucas armas, se é que conseguem carregar. O que eles levam é individual pra cada um, mas eles compartilham da mesma falha: Um Menu Limitado.


Ambos tem um inventário de quadrados pra preencher, onde o que levam precisa ser movido e encaixado pra caber. Se não tiverem espaço, precisam deixar as coisas em Caixas de Sapato nos Lugares Seguros.

Nem tem tanta coisa, sendo seus equipamentos apenas coisas simples como Armas de Fogo, Munição e Itens de Cura. Saga e Alan até podem pôr esses equipamentos e consumíveis em "atalhos rápidos" pra ajudar na troca e manuseio, mas isso também não muda grande coisa.


Saga tem a vantagem de equipar Amuletos, que melhoram suas habilidades e até podem servir de Vida Extra, o que não pode compartilhar com Alan (ele só se lasca).

Esses lugares Especiais são os pontos onde há luz e uma Cafeteira, pra tomar café e salvar a partida.


Eles também podem usar a Lanterna pra iluminar ou enfraquecer as criaturas das sombras, assim como também serve pra romper alguns obstáculos de sombra.


Outra coisa que pode ser feito é abaixar, mas isso é feito automaticamente ao chegar perto de algo que dê pra atravessar. 

O jogo não tem uma física aplicada decente, poucos objetos são interativos, ou respondem às ações tanto de Saga quanto de Alan, então é tudo muito linear mesmo, por mais extenso que o mapa possa parecer a olho nu.


Caminhos são bloqueados por coisas pequenas e que seriam facilmente superadas, além de alguns nem terem bloqueios (os personagens só dão meia volta em uma parede invisível).


E, pra transitar entre um cenário distante do outro, não há nada além de um Fast Travel onde mostra Saga ou Wake dirigindo um carro pela estrada.


E pensar que em Alan Wake 1 tudo era muito maior e dinâmico que isso... lá a gente dirigia o carro pelas estradas, era um marco do jogo, era uma virada dinâmica, enquanto aqui nós só fazendo fasttravel em uma tela de loading sem interação. Isso faz este título parecer um retrocesso como "jogo".


Mas o foco deste jogo não é ser divertido, é contar uma história... quase de terror.


"Quase" pois de terror ele nem tem muito, baseando-se principalmente em Jumpscary e sua atmosfera. No começo funciona, mas depois da vigésima foto com grito aparecendo, a gente já fica anestesiado.



Alternar Entre as Histórias não é Essencial


Pode parecer algo dinâmico o fato de jogarmos um pouco com cada personagem, ainda mais "quando quisermos", mas para alternar entre eles é bem burocrático.


Além de ser necessário achar uma poça especial em algumas poucas Salas Seguras, a transição é anticlimática, removendo o jogador da imersão narrativa de cada personagem, e criando até uma sensação de perda.

Pois cada um tem seus eventos capitulares, Saga passando pelos episódios intitulados "Returns" e Alan pelos episódios "Initiation", só que a transição pode ser feita sem que haja um gancho entre uma história e outra.


Por mais que o jogo alegue que há "Pontos de Interesse" que ligam as duas tramas, sair abruptamente no meio da história pra dar continuidade a história paralela que pouco tem em comum, só deixa tudo desnecessariamente e até prejudicialmente complicado.

O melhor jeito de jogar é deixar que o jogo escolha quando as transições ocorrerão, e isso por incrível que pareça não acontece muito.


Há tecnicamente 3 eventos principais ao longo de 7 episódios em cada história, esses eventos sendo o ponto de ligação entre as histórias. Alternar entre eles é o ideal, o que configura que só há 3 mudanças de personagens.


Jogamos de Saga no começo, 
Wake na metade, 
e Saga no final.


O jogo finge nos dar a oportunidade de jogar com ambos em igual medida, mas é pura ilusão, tanto que chega um momento na trama de Wake em que não dá mais pra avançar, sem completar a trama de Saga. Inclusive, as funções de Abrir o Lugar de Inspiração, ou até o próprio mapa, são desabilitadas caso não joguemos de Saga nessa parte, o que literalmente nos obriga a parar de jogar de Alan.


E esse é o momento final da história dele, em que tudo que ele faz depois é mudar de lugar com Saga, indo pro mapa dela e vice versa. 


Mas a história permanece com Saga como principal, tendo controle dos maiores eventos que se seguem.

Eu cito tudo isso pois, é muito chato! O jogo quer fingir algo que não é, aplicando ideias curiosas de um jeito pouco funcional e enjoativo. Mudar de protagonista é legal, mas não assim. 


Personagens Principais



Alan Wake


O que falar de Alan? Ele agora está com o cabelo bem maior, mas também está tão confuso que mal sabe quem é.


Mesmo depois de 13 anos, sua mente ficou presa aos problemas desde o momento que entrou no Lugar Sombrio, então tudo que passa em sua cabeça é "Salvar Alice", "Deter Scratch" e "Escrever uma Saída". 

Isso transparece em sua personificação de Nova York, com várias e várias pichações e grafites como mensagens subliminares de sua própria consciência. Além disso, ele próprio parece constantemente confuso, pensando lentamente e reagindo devagar aos eventos recentes.


Ilkka Villi tem muito mais liberdade pra atuar como Alan agora, com direito a trechos grandes de live action durante o jogo. Como o visual do game está bem mais realista, as transições entre cinemáticas e CGI é bem fluída. Mas, quando atuando como Alan Wake, Ilkka força uma interpretação lenta e perdida, propositalmente pra mostrar o quão abalado ele está mentalmente.

Alan só começa a agir naturalmente quando pisa fora do Lugar Sombrio pela primeira vez, mas isso dura pouco.


O problema com Alan Wake é que ele não é o único Alan Wake da história. Há várias versões dele sobrepondo-se ao longo do enredo, e sua grande confusão é por causa disso. Sua memória é constantemente substituída pela dos outros, e ele mal consegue se recordar de seus reais objetivos. Seu texto também é toda hora editado e reescrito, então nada do que ele faz funciona de verdade. Por isso ele indiretamente apelou pra uma força externa: Saga Anderson.


Saga Anderson


Essa agente do FBI é inédita e interpretada por Melanie Liburd, e surge aqui como alguém investigando um caso de homicídio em Bright Falls, ao lado de seu parceiro. Eles são convocados para tal investigação por conta da violência extrema do homicídio, onde um cara foi caçado nu na floresta, e depois teve o peito aberto, e o coração arrancado.


Saga tem marido e filha, e ela conversa com eles constantemente pelo celular... só que isso muda com o tempo, pois a história que ela participa começa a sofrer ajustes em tempo real.

Por causa dos textos de Wake, Bright Falls começa a mudar, e Saga tem seu background narrativo drasticamente alterado para alguém que já viveu em Bright Falls, e que perdeu a filha num afogamento ali.

Isso vai crescendo gradativamente, mudando a mente de todos os habitantes de Bright Falls e posteriormente do mundo todo, e alterando a realidade pra que isso se torne real. A morte da filha dela vira realidade como se sempre tivesse sido assim... mas para Saga isso nunca ocorreu.


A única memória que não é afetada é a dos Anderson, e Saga era muito mais que só uma agente do FBI, ela era especial.

Saga pertencia à Linhagem de Asgard, como uma Anderson, neta de Tor Anderson. Isso é importantíssimo pois é a explicação para seus poderes de dedução e até leitura mental, que a permitem resistir às mudanças provocadas pelos textos de Alan Wake, e também de seus alter egos. 

Ela foi incluída na história por causa desses poderes, mas nem o próprio Alan Wake sabia disso. Essa adição ocorreu por uma força misteriosa ainda não explicada, como se um Alan Wake do futuro tivesse interferido. 


Aliás, a própria Saga começa a suspeitar de sua conexão com os Anderson, sendo algo real ou fabricado pra história assim como a morte de sua filha, mas justamente por causa de suas habilidades únicas que ela percebe que sempre foi uma Anderson.

E observação, Saga tem um fetiche estranho em alisar Cervos Empalhados... isso é uma mini-quest "escondida". No final o cervo empalhado no Lugar Mental dela diz quantos ainda faltam pra ela alisar.



Alex Casey


O agente Casey é o parceiro de Saga, que desde sua primeira aparição arranca certa surpresa. Ele é a cara do Max Payne, e na verdade é interpretado por Sam Lake (roteirista do jogo inclusive). A questão é que Alex Casey também é um personagem fictício nas histórias de Wake, sendo um detetive protagonista de seus livros.


Só que, nessa realidade, Casey existe paralelamente aos livros de Alan, e na verdade ele apenas tem o mesmo nome do personagem. Ambos são homônimos, como se Alan Wake tivesse se inspirado nele pra escrever (mas nem se conheciam). Além disso, por pura coincidência, o Casey real e o do livro são idênticos fisicamente.


Mas o "real" é um agente do FBI, divorciado (adora falar de como foi bom se divorciar) e odeia os livros de Wake, por ter sofrido zoeiras no ramo pelas coincidentes semelhanças. Mas, isso vale pra sua aparição junto a Saga.

Pois Alex Casey também está no Lugar Sombrio, interagindo com Alan Wake. Neste caso, o Casey que "aparece" é o detetive das histórias de Alan Wake, investigando um crime por Nova York. 


Esse detetive aparece fisicamente e é morto, algumas vezes, mas depois passa a ter sua investigação vista como Ecos de Realidade, guiando Alan pelos cenários.


Alan assume o papel dele, investigando e seguindo seus passos, mas Casey estava ou esteve em todos os lugares de sua história, como se as realidades se sobrepujassem.


Assim como Alex Casey é personificado de uma história no mundo que Alan Wake cria, o próprio Alan Wake assume seu papel e se torna um personagem na história, tornando-se um dos focos principais da Seita que realiza os assassinatos.

Um detalhe curiosíssimo é que o próprio Sam Lake interpreta ele mesmo, mas como um ator que deu vida a Alex Casey nos filmes baseados nos livros, isso tudo na realidade distorcida de Nova York. Claro que o verdadeiro Sam Lake não é um ator, mas nessa realidade seu nome é emprestado ao personagem que leva seu rosto, em uma entrevista.

Vale ressaltar que tanto Alex Casey quanto Saga Anderson são também meros personagens fictícios em uma história de Wake, tanto que há momentos em que eles agem de um jeito artificial e suspeito, mesmo que eles achem que são reais.


Aliás, a repetida cena de Alex e Saga tomando café ao mesmo tempo, foi previamente mostrada em Quantum Break, no "trailer" de Returns como um programa de televisão daquela realidade. Mesma realidade onde Alan Wake era um jogo, mas também era um escritor famoso real.


Mas na cena em questão, a detetive que acompanha Casey era outra pessoa, mostrando que tudo foi adaptado.


Odin e Tor Anderson


Os dois vovôs aposentados eram famosos roqueiros que viviam em turnês, no grupo Gods of Asgard. A caracterização deles semelhante aos deuses nórdicos não era meramente ilustrativa, pois eles realmente se chamavam Odin e Tor.


Ambos são personagens secundários na jornada de Alan Wake, mas sempre se destacaram por causa de suas músicas proféticas. A letra de uma de suas músicas mais famosas praticamente relatava todo que Alan Wake passaria em 2010, até mesmo o desfecho, isso décadas antes de acontecer.


A dupla conhece Wake mas teima em chama-lo de "Tom", e eles haviam conhecido seu predecessor na escrita, Thomas Zane. A confusão de nome podia ser só uma consequência da idade, fazendo-os confundir as pessoas, ou talvez seria algo mais profundo e significativo que isso, ligando as pessoas a uma única existência.


Odin é o irmão mais velho, o "pai de todos", que tem um olho a menos e é o mais sensato, sendo o vocalista, líder e guitarrista da banda.

Tor é o irmão mais novo, e avô de Saga Anderson, pai de Freya Anderson (personagem essa que nunca apareceu, só foi citada em documentos). Ele é o mais irritado da dupla e agressivo, sendo o baterista do grupo.


Além deles havia um outro guitarrista, "Fat" Bob Balder, mas que não era parte da família Anderson e faleceu após lutar contra o câncer.


O grupo toca durante o jogo, e há momentos icônicos tanto com eles jovens, quanto com eles velhos. O God of Asgard é presente tanto na história de Saga, quanto na de Alan, mas com idades diferentes.


Na história de Saga eles são idosos, que estão em Bright Falls na Casa de Repouso criada por Barry Wheeler (antigo agente e amigo de Alan), e chegam a tocar um pouco de Rock'n'Roll no final, pra ajudar Saga com sua arte.


Na história de Alan, eles são jovens, Balder ainda vive, e eles tocam como banda de um Talk Show em que Alan participa.

Os jovens Tor e Odin são interpretados respectivamente por Markus Kaarlonen (como baterista) e Marko Saaresto (como guitarrista e vocalista) e Balder por Olli Tukiainen (como guitarrista solo). Todos são membros da banda real "Poets of the Fall", que também tocam as músicas dos God of Asgard, isso desde o primeiro Alan Wake.


Os Tor e Odin mais velhos são interpretados por Stuart Milligan e Harry Ditson respectivamente.

Curiosamente, há vários momentos em que a banda original brilha e aparece tocando ao fundo, ou até mesmo como ecos de realidade. E eles ganham muito mais destaque agora.


O que faz sentido, já que eles tem grande parte na história de fundo da protagonista.

Ambos compartilham o poder de Saga, tendo visões do futuro e até podendo se comunicar uns com os outros mentalmente. Eles fazem isso "invadindo" o Lugar Mental de Saga pra mandar informações. Justamente por isso eles conseguem escrever músicas proféticas.


Odin parece ter mais poder que Tor, tanto que ele vê o destino do irmão muito antes de sequer conhecer Saga. A expressão dele é bem misteriosa, mas faz sentido depois que Tor mergulha na escuridão.


Uma curiosidade: Quando Jovem, Odin usava um tapa-olho por causa do deus Odin, que na mitologia era cego de um dos olhos. Só que, ele usava no olho esquerdo, e durante a luta contra Barbara em sua velhice, ele acabou fazendo um acordo com Zane que retirou seu olho de verdade, porém o direito. Por isso em sua velhice, ele mudou o tapa-olho de lado.
 

Thomas Zane


Pela primeira vez, Zane aparece totalmente, e é um artista excêntrico que tem o mesmo rosto de Wake, mas sem barba.


Tecnicamente, este não seria o Thomas Zane verdadeiro, pois na lógica ele é adaptado ao contexto da história atual. Originalmente ele era um poeta, depois virou um ator (em American's Nightmare, sendo o Alan Wake que controlamos, e também atuando como um Mergulhador em um de seus filmes) e agora ele é um Diretor de Cinema famoso.

Sua fama se estende para além do Lugar Sombrio, e afeta todas as realidades (pôsteres de seus filmes podem ser vistos na realidade de Saga também), mas grande parte do que é explorado é no Lugar Sombrio, além dele ainda não ter escapado.


Wake o encontra e confronta pois ele trabalhou ao lado de Scratch para escrever uma saída. Mas no fim, Thomas Zane é um mistério maior que qualquer outro, forjando a própria morte como se tudo fosse apenas um de seus filmes.

Um outro filme dele pode ser assistido, onde Sam Lake é o protagonista (como um policial) e passa por uma história bizarra onde Barbara Jagger tenta tirar seu marido do mundo sombrio, o próprio Thomas Zane (interpretado inclusive por ele mesmo).


Essa é uma das tentativas de Zane deixar o Lugar Sombrio, que acabou não dando certo. Aliás, Thomas Zane existiu muito antes de Alan Wake, e talvez a aparência de Wake seja resultado dos poderes de Zane. O que é real? O que é fictício? Tudo se misturou.


Barbara Jagger


Interpretada por Rosanna Kemppi aqui, Barbara Jagger ou Baba Jakala (seu nome finlandês) é a esposa de Thomas Zane, e também uma atriz, que o acompanhou para Bright Falls quando ele se mudou pra lá.


Porém, depois que Zane se perdeu no Lugar Sombrio, mergulhado no Lago de Bright Falls, Cauldron Lake, Barbara passou a fazer de tudo para tira-lo de lá. 

Não é mostrado, mas é citado ao longo dos jogos que ela chegou a enfrentar os God of Asgard no passado, tomada pelas trevas e se configurando como "A Bruxa". O confronto teve fim graças a um acordo entre os velhos Anderson e Thomas Zane (tomado pelas sombras) em que eles aceitam não impedi-lo, desde que ele não ferisse eles. 


Ou seja, os Anderson já haviam enfrentado as trevas antes (o olho perdido de Odin é prova disso), e apesar de ajudarem Wake, eles não podiam se envolver diretamente na luta, não mais.

Mas, as regras mudaram agora.

A única aparição de Barbara na história é no filme de Zane, que é algo opcional pra se assistir por pura curiosidade. Barbara já foi derrotada no passado.


Ela também virou uma lenda urbana de Bright Falls, com direito a pontos turísticos contando sua história. A cidade certamente sabe lucra em cima de seus eventos trágicos.


Alice Wake


Esposa de Alan, Alice é uma fotógrafa que sobreviveu aos eventos de 2010, e conseguiu voltar do lago e ir pra Nova York, mesmo sem seu marido. 


Apesar disso, após as investidas de Scratch com "American's Nightmare", o próprio passou a perseguir e atormentar Alice com visões. Pouco a pouco ela foi perdendo a cabeça, e passou a fazer de tudo para registrar a existência de Scratch.


Só que suas tentativas só a fizeram afundar mais ainda no pesadelo, e a guiou para um final terrível.

Alice comete suicídio pulando de um precipício, e fotografando tudo como sua última obra de arte em exposição.

Ela ainda registra tudo em vídeo, deixando mensagens póstumas para Alan Wake.


A princípio não da pra ter certeza se isso é real, ou também um reajuste de realidade (promovido por Scratch) pra perturbar Alan Wake. Mas, a surpresa maior é quando é revelado que Alice na verdade escolheu entrar no Lugar Sombrio, se removendo da história de Wake, para poder ajuda-lo pelos bastidores.


Ela não aparece, mas influencia a história de fora, e entrando em contato apenas com Saga. 

Ela também faz algumas rápidas aparições como um eco de realidade para Wake, guiando ele, motivando ele. Mas a Alice verdadeira não entra na história ainda, pois ela sabe que se o fizer, ela não poderá sair.


Outro personagem que faz a mesma coisa é Alan Wake, do futuro. Ele liga pro Alan do passado, dando uma dica preciosa do que fazer, e se desculpando por tudo que ele passaria. Mas em parte alguma do jogo Alan chega a ligar pro passado (na verdade ele nunca faz ligações). O que significa que ainda está por vir o jogo em que ele fará isso (sendo o terceiro da franquia, uma DLC ou outro título novo).

Algo importante é que na rodada final, Alice ajuda tanto Alan quanto Saga, usando suas fotos. Ela parece conseguir se mover pelas realidades através de frames de fotos (inclusive ela pega o Clicker, e o transforma numa foto para levar para Alan, e depois transformar de novo em um objeto para Saga).


Alice também parece se mover fora do tempo, de trás pra frente. É estranho, mas quando ela fala com Saga ela conta eventos de trás pra frente, se apresentando apenas na segunda vez que fala, como se fosse a primeira.

A antiga atriz de Alice, Brett Madden, morreu em 2020, e tem seu nome homenageado nos créditos, ao lado de Lance Reddick, e Sami Vanhatalo (ele foi chefe de designe gráfico e co-fundador da Remedy, falecido em 2020).


A atriz atual que dá rosto e voz a personagem é Christina Cole.


Ahti


Martti Suosalo dá vida ao personagem mais estranho já visto na franquia Wake, e ele apareceu pela primeira vez em outro jogo, sendo o faxineiro que tudo sabe em Control.


Apesar de reprisar seu papel como zelador/faxineiro, Ahti também é um dos idosos aposentados na Casa de Repouso Valhalla criada por Barry (apesar de Barry não aparecer, ele é citado muito).

Ahti também aparece, sem mudança de idade, na realidade sombria de Alan Wake, e aliás ele não muda nem de roupa, soando como alguém capaz de estar em qualquer lugar, a qualquer momento.


Pra trocar de realidades é usado o Balde de Limpeza de Ahti, o que mostra que essa troca de perspectivas faz parte dele também. Mas ele próprio também é estranho e demonstrar ser muito mais do que aparenta.


Ele pode se mover muito rápido, algo percebido em um dos eventos assustadores da Casa de Repouso, quando Saga tenta entrar no quarto dele. Ahti aparece atrás dela, e diz que é melhor não ter pressa.


Se o jogador correr para onde ele estava, no andar inferior, ele ainda está ali também, e some do segundo andar (em tempo recorde).


Ahti também é visto em seu quarto perto do fim, sentado e esperando o desfecho (mesmo com tudo o verdadeiro caos do lado de fora), como se não temesse nada.


Ele também dá dicas, tanto pra Saga quanto pra Alan, informando o que devem fazer, dando chaves para eles, e aconselhando positivamente. Ele parece querer ajuda-los, mas não pode intervir diretamente.

Em um momento Ahti diz que "A criação ajuda o criador" para Alan Wake, fazendo parecer que ele é na verdade um personagem de Wake. Só que, Ahti nunca chama Alan por seu nome, confundindo-o também com Thomas Zane, seu velho amigo.


Ahti era cantor no passado (vocalista dos "The Janitor"), e foi responsável pela trilha sonora dos filmes de Zane, junto de sua banda. É estranho isso, considerando que Zane não era um diretor (tudo é só mais uma camada de realidade) mas, Ahti foi introduzido como parte sólida dessa história.


Ele também já fez crossover com os "Gods of Asgard", de quem ele próprio é admirador e amigo.


Como mencionado, Ahti apareceu pela primeira vez no jogo "Control", e ele é um dos maiores mistérios de lá.

Na DLC é explicado que ele foi encontrado na Fundação, em sua descoberta, como uma entidade paranormal catalogada como Entidade A-001, e durante a DLC ele não é mais visto.

No fim de missões secundárias deixadas por Ahti lá, é revelada uma foto dele de férias em uma cabana na floresta. Bem, essa era uma cabana de Bright Falls. Era a dica de que ele estava de férias em Bright Falls.


De fato, enquanto Control se passa em 2019, Ahti é visto em 2023 em Bright Falls.

Mas, essa não é nem de longe a única referência a Control.


Scratch


Por fim, no elenco base, temos o próprio Scratch, antagonista de Wake e de toda sua história, mas que não tem uma forma física definida.


Scratch é uma entidade sombria que existe no Lugar Sombrio, e se alimenta da arte alheia pra se fortalecer e personificar. Ele é a fonte de todo o mal que assola os artistas mergulhados no Cauldron Lake.

Mas, ele ainda não foi explicado. Ele é apenas visto como uma força capaz de possuir pessoas, e que possui Alan e até Alex Casey, se passando por eles e adquirindo acesso aos seus desejos.

No fim do jogo, ele consegue tudo que queria, mas o que ele cria é estranho e não é o "fim dos tempos". Scratch apenas cria uma utopia onde Alan é venerado, dando a impressão de que seu objetivo era tornar a realidade aquilo que Alan mais desejava, porém sem inibições.

É como se a força sombria do lugar sombrio potencializasse os desejos e medos daqueles que entram nela, ganhando forma com base nisso.

Saga passa por essa mesma força e consegue resistir graças aos seus poderes mentais.


No fim, ela pede ajuda para Tor e Odin, criando arte para ela tentar tirar Alan Wake do lugar sombrio. Só que isso resulta nela própria indo pra esse lugar.

Tor e Odin tentam resgatar ela, mas Saga fica presa em seu Lugar Mental, atormenta por pensamentos negativos.

Ela consegue se libertar disso, e encontra Alan Wake escrevendo, pondo um fim nele, e em Scratch.

Mas a história de Saga encerra vagamente.

Aliás, apesar de Scratch não ter um rosto definido, ele é interpretado por Ilkka Villi, Sam Lake e Matthew Porretta, este último como ator de voz. É importante isso pois Matthew Porretta também é o ator de um personagem "perdido" chamado Casper Darling. Se há uma ligação entre eles... é curioso.


Personagens Secundários


Timothy Breaker


Talvez o personagem secundário de mais destaque, e também mais misterioso, seja Tim Breaker, interpretado por Shawn Ashmore. Já de cara fica nítida a referência ao protagonista de Quantum Break, mas o personagem não mexe com o tempo ou o espaço, pelo menos não do jeito que mexia antes.


No começo da história, ele é o Xerife de Bright Falls, que vai ajudando Saga guiando ela pela delegacia na investigação. Mas, no momento em que ele pega páginas de Wake pra entregar pra ela, ele some, na frente de todos, depois da imagem do Mr. Door aparecer na sua frente.


Ele acaba preso no Mundo Sombrio, assim como Alan, mas ele acha que está ali como se fosse um sonho, e não fisicamente. Seu objetivo ali é investigar o misterioso Mr. Door, quem é responsável por leva-lo até lá.


Tim é um tipo de side-quest opcional que o jogador pode fazer de Alan Wake, enquanto explora Nova York. Ele aparece cantarolando a música tema de Night Springs (o programa que satiriza Além da Imaginação, e teve episódios escritos por Alan Wake), e sempre que é encontrado em um lugar novo, seu mural é atualizado com informações sobre Mr. Door.


Uma curiosidade extra são as citações que Tim faz, como a "garota ruiva" ou as muitas portas que apenas Mr. Door pode atravessar.


A garota ruiva é uma óbvia referência a atriz Courtney Hope, que é ruiva e interpretou tanto Beth (uma pessoa que Jack queria salvar) e a diretora Jesse de Control.

Algo importante dele é que ele é primo da antiga Xerife de Bright Falls, Sarah Breaker, mas ele já investigava o Mr. Door antes de se mudar pra cidade e assumir o cargo de Xerife. 


Importante isso pois estabelece que o caso de Door se passa muito antes do de Alan (ele cita que há retratos falados do Mr. Door arquivados desde os anos 80, e de fato da pra ver um na delegacia).


Sarah não aparece aqui, mas ela foi uma importante aliada de Alan no passado, inclusive ao lado de Barry Wheeler, e agora parece fazer parte do FBI.


Jesse Faden


Vale dizer que ela não aparece o jogo inteiro, exceto em uma única cena, tentando contatar Alan através de uma televisão. 


Courtney Hope interpreta Jesse em uma única fala "Olá?" e rapidamente tudo é cortado. O curioso é que a aparição dela assusta Thomas Zane, antes dele se revelar comparsa de Scratch. Como citado, Courtney também fez o papel de Beth em Quantum Break, o que também a conecta com Tim Breaker.


Fiquei até triste dela não aparecer mais vezes... mas pelo que parece ela está ocupada com a central.


Mas, pode ser que ela surja em DLCs. As misteriosas portas com símbolos aparecem o jogo inteiro, mas não dá pra abrir. A única que se abre é a de Wake, da Espiral, mostrando que o símbolo de sua jornada é este. Os demais ainda não tem resposta, e talvez seja algo diretamente ligado ao Mr. Door.


Dr. Casper  Darling


O Dr. Casper, interpretado por Matthew Porretta, aparece até mais vezes que Jesse, mas ele é um dos personagens especiais de Control, que nunca é visto pessoalmente, mas está em toda parte. Ele é um pesquisador chefe da Federação que um dia simplesmente foi fundo de mais nas pesquisas, e se perdeu pra um EMA. Se ele morreu ou foi abduzido pra alguma dimensão alternativa, isso não fica claro, porém...


Ele pode ser visto na mesma transmissão de Jesse quando Zane foge, e também há livros dele que podem ser encontrados por Alan no camarim do Talk Show, e ele também aparece em algumas televisões sem interação.


Isso pode significar que o Dr. Casper está perdido entre as dimensões, talvez até mesmo ali no Mundo Sombrio, ou em algum lugar ainda pior. 


De fato, o Mundo Sombrio não é o único lugar bizarro em que as pessoas podem parar. E outra coisa, o mesmo ator que faz Casper, interpreta a voz de Scratch. Coincidência?!


Mr. Door


Como se já não tivessem mistérios de mais, um novo personagem é introduzido ao universo de Alan, e que parece estar ali por opção. Warlin Door, interpretado por David Harewood, é um homem que pode atravessar qualquer porta do universo, e ir pra onde quiser. 


Mas, como ele próprio diz, ele escolheu estar ali pra testemunhar a tortura de Alan, zombando dele, ajudando ele, e se passando por um apresentador de Talk Show, só pra confundir e brincar com ele.


Quando Door se revela, ele também deixa de aparecer na trama, dizendo claramente que Alan mexeu com ele, envolvendo alguém importante pra ele em sua história. Sem revelar mais que isso, ele apenas ameaça.


Mr. Door parece mais conectado com Tim Breaker, mas o estranho é que ele não estava na história de Quantum Break. Na verdade, parece que Mr. Door é uma das personas alternativa de Martin Hatch, o antagonista misterioso de Quantum Break. Porém, enquanto Martin era interpretado por Lance Reddick, Door é interpretado por David Harewood.


Os atores são bem parecidos, e é possível que a Remedy teve de re-escalar após a morte de Lance, mas ainda respeitando sua memória. Lance Reddick é citado no fim do jogo com uma mensagem de agradecimento.

Observação: Tenho uma teoria de que Mr. Door é o pai de Saga Anderson. O pai dela é citado algumas poucas vezes, mas não tem seu nome dito, e Tor diz que o odiava. Ele abandou Freya e nunca mais foi visto, e os poderes de Door podem explicar esse sumiço.


Algo que reforça essa teoria é a citação de Tor ao falar dele. Tor e Odin normalmente fazem metáforas relacionadas a Rock'n'roll, mas ao falar de Door, a primeira coisa que Tor diz é "Algumas PORTAS devem ficar fechadas", parafraseando literalmente o nome dele "Door", e o poder que ele tem.


Se for o caso, isso tornaria Saga ainda mais especial, e poderosa, do que já é, mas é só uma teoria solta.



Kiran Estevez


A agente Estevez é uma representante da FBC (Federal Bureau of Control), interpretada por Janina Gavankar. Ela não apareceu em Control, pois é uma agente de campo (e os eventos de Control ocorrem todos na sede isolada), mas ela cita os problemas da fundação.


Ela foi para Bright Falls para conter o EMA (Evento de Mundo Alterado) da Casa do Lago, algo que é monitorado pela organização desde muito antes do incidente em 2010. 

Toda a situação com pessoas possuídas por sombras saindo do lago, e animais afetados, era algo conhecido pela Federação. Eles tinham ferramentas pra conter, e pessoal para lidar com a situação, porém não contavam com o imprevisto retorno de Wake.


Ele acaba elevando a ameaça por ser um Parautilitário (quem detém poderes adquiridos direta ou indiretamente de algum ObP), e ainda tem o Clicker, Objeto de Poder (Itens Instáveis com Efeitos Paranormais) que também agrava muito a situação.

Saga entra nisso tudo sem entender absolutamente nada, mas a agente Estevez admite ela como parte da FBC, e libera documentos que explicam a situação, e tecnologia para lidar com ela.


Além disso, ela e o pessoal que restou auxilia na luta contra Scratch, e ajudam a parar Alan Wake.

Ou seja, tecnicamente, Saga faz parte da Control, graças a admissão de Estevez.


Robert Nightingale

    
Esse é literalmente o primeiro personagem que vemos no jogo, e que inclusive controlamos, interpretado aqui por Doug Cockle.

Ele sai do lago, anda um pouco, e é morto pela Seita da Árvore, com o peito aberto e o coração arrancado.


Ele é também a principal fonte de investigação do caso da Seita. Saga e Alex já iam investigar os misteriosos assassinatos de Bright Falls, mas acaba que Nightingale aparece morto cruelmente no mesmo dia em que eles chegam. 

Só que, no meio da investigação, além de Tim sumir do nada, o defunto de Nightingale levanta como um possuído e vira o primeiro contato dos detetives com as entidades paranormais.


Daí pra frente torna-se comum aparecerem possuídos na escuridão, e Nightingale é o primeiro chefe.

Esse personagem é um agente do FBI que estava na caçada por Alan Wake no passado. No primeiro jogo, ele aparecia como um antagonista, atrapalhando Wake em sua aventura. Ele acaba sendo levado pela escuridão no final, mas aparece de fundo, atrás de Rose, no final da história, como um possuído.


Então, só 13 anos depois que ele retorna assim, saindo do lago, totalmente nu, e tomado pela escuridão. 

Jogar com ele no início nos mostra a perspectiva dos possuídos, e é bem triste ver que eles nem sabem que estão enlouquecidos. Na verdade o mundo fica estranho e assustador, e eles apenas são guiados por medo. Curioso que isso é o que ocorre com Alan e Saga depois... até que ponto eles estavam normais?


Ilmo e Jaakko Koskela


Ilmo e Jaakko são dois irmãos gêmeos que administram inúmeros projetos de turismo em Bright Falls. Ambos são interpretados por Peter Franzén, mas ele faz questão de dar uma personalidade única pra cada um.


Ilmo é um líder nato, tem iniciativa, e é um excelente ator, produtor e diretor, fazendo inclusive vários comerciais para seus produtos.


Já Jaakko é tímido e contido, não se expõe muito, e apesar de respeitar muito seu irmão, ele não parece nada confortável nas situações que ele o bota, inclusive nos comerciais.


Jaakko age mais naturalmente quando está longe das câmeras, e fala bem mais assim. Ele parece ter tido algum tipo de relacionamento com Saga, na realidade em que ela viveu em Bright Falls, então ele sempre lembra dela com um carinho visível.


Infelizmente, Jaakko morre para Scratch na prisão. Acontece que os irmãos Koskela eram fundadores da Seita que matava as pessoas na floresta, justamente aquela que Saga estava investigando.

O porém é que essa Seita não era maligna, e sim um grupo de moradores de Bright Falls que sabia da existência dos Possuídos, e tentava proteger a população caçando eles de noite, e os matando antes deles ferirem alguém.


A ideia de arrancar o coração era uma tentativa de imitar o que Wake fez para destruir os Possuídos no passado, onde ele usou o Clicker no coração de Barbara Jagger para destrui-la. Ela tava possuída por Scratch na época.

Apesar de soarem métodos cruéis (e de fato parecem muito, ainda mais pela perspectiva das vítimas) tudo não passava de um jeito de proteger as pessoas, e os Koskela, assim como a Seita da Árvore, eram pessoas boas.


Só que eles acabam presos, os irmãos Koskela são postos ao lado de Alan Wake na cadeia (quando a Control assume o caso) e, infelizmente, Scratch executa o Koskela mais próximo pra fugir.

Curiosamente, eles estavam tentando matar Alan Wake, por saber que ele era a causa de tudo aquilo, mas sem saber que ele não era apenas ele, mas sim a personificação da própria escuridão, o temido Scratch.


Logan e David Wood/Anderson



Eles não aparecem, exceto Logan em fotos, e a voz deles em ligações, mas Logan é interpretada por Drew Hylton e David por Ako Mitchell. São respectivamente a filha de Saga, e o marido ou ex-marido dela.


Tudo depende da realidade em que ela está (inclusive, David separado se chama Wood e não Anderson), o que é curioso de mais pois, o nome do ator que faz o Mr. Door é "David Harewood". Seria uma referencia estranha ao marido de Saga? Será que ele é na verdade uma releitura do marido dela e não do pai? Ou será que tô só brizando muito?

Enfim, Logan morre afogada, e David se separa de Saga, isso na realidade final após Scratch tomar controle total da história.

Mas, no início do jogo Logan está viva, e ela conversa com a mãe no celular. David também está casado com ela, e ambos estão felizes vendo Night Springs. É um choque quando o afogamento de Logan é citado por uma garçonete em Bright Falls.


Garçonete inclusive que reconhece Saga como moradora antiga, mesmo ela nunca tendo estado lá. Isso significa que Saga foi puxada para Bright Falls, mas a história dela ainda não havia mudado quando isso aconteceu.


Cynthia Weaver


Essa é uma senhora de idade que reside na Casa de Repouso de Valhalla, e por quem Tor tem uma queda. 


Só que ela também é uma fã de Thomas Zane, apaixonada por ele, e que também o aguarda. Ela praticamente imita os passos que Barbara Jagger fez, atraindo pra si o mal do lago.

Cynthia, interpretada por Linda Marlowe, acaba sendo possuída pela escuridão e afeta Tor com isso, levando o próprio para uma Sobreposição. Esses lugares eram pontos de ligação entre o mundo normal e a escuridão, e lá ela quase converte Tor em um dos monstros das sombras.


Ela é um dos poucos chefes do jogo, e é muito forte. Além disso, ela rende os melhores sustos do jogo.

Ela pode ser vista antes de se transformar, falando com Saga e posteriormente desaparecendo como um fantasma. E com Wake ela é achada como uma das fanáticas que se sacrifica da seita que ele investiga.


Depois disso, ela assombra Saga até ser detida.

Cynthia é a única pessoa que se recorda que Thomas Zane é um poeta, e não um diretor de cinema, mas ela morre no fim.


Rose Marigold


Interpretada por Jessica Preddy, Rose é a garçonete que era fã n° 1 de Alan Wake, obcecada por ele e praticamente apaixonada. No fim de Alan Wake, ela pega uma lanterna e age estranho, como se estivesse possuída, quase como se estivesse seguindo os passos de Barbara Jagger.

Só que, ela não sucumbiu às trevas. Muito pelo contrário, Rose é uma grande aliada de Wake, seguindo suas dicas e lendo seus sinais, caçando criaturas das sombras sem que ninguém perceba, e ainda protegendo os velhinhos de Valhalla.


Ela encontra tempo para manter sua função de Garçonete em meio período, e depois ainda ser a cuidadora dos idosos em Valhalla. Sempre prestativa de mais, e feliz.

Apesar de ser suspeita pra caramba, a garota não é má, e ajuda Saga quando percebe que Saga é a heroína da história de Alan. Apesar de Rose ser afetada pela realidade (inclusive lembrando da morte de Logan), ela também sabe que é só uma personagem na história.


O problema é que, quando Alan finalmente encontra Rose ao voltar provisoriamente pro mundo real, ele não reconhece os sinais que ela diz que ele mandou.


Isso faz pensar que há outro Alan manipulando a realidade, e que talvez este segundo Alan seja o verdadeiro, e nem tenha chegado ainda na história (o Alan do Futuro).

Em todo caso, Rose é como Cynthia, uma grande fã do artista que faz tudo por ele, mas no caso de Rose, ela escapou das garras das trevas (a alegria dela ajuda).


Pat Maine


Por fim, um personagem que pouco aparece, mas parece ter grande importância, é Pat, o radialista, interpretado por James Carroll Jordan. 


Ele narra um show no rádio, conversando com espectadores, e está presente desde o primeiro Alan Wake. Só que, dessa vez ele é encontrado pessoalmente, na Casa de Repouso de Valhalla, como mais um dos velhinhos.

O estranho nem é isso, mas o fato dele se lembrar de coisas antes das mudanças de realidade. Pat não parece ter sido afetado pelas memórias alteradas, e as vezes ele próprio discute com as pessoas, alegando coisas que foram modificadas. Claro que para os outros isso é visto como um tipo de demência pela idade... mas isso sugere que ele seja especial de alguma forma.


Outros velhinhos também demonstram coisas estranhas que sugerem que são mais do que aparentam. Além do Ahti (este despensa apresentações), há uma senhora que tricota e, tudo que ela faz está espalhado pelas regiões que Saga visita. Inclusive, as lancheiras que Saga encontra com páginas fragmentadas parecem ser dela.



Barry Wheeler


Apesar de não aparecer, acaba sendo injusto não cita-lo como secundário pois vários pequenos eventos são resultantes de suas ações depois que Alan sumiu.


Barry cuidou de Alice, ajudando ela a ficar bem, e mostrando ser um grande amigo. Ele também manteve a carreira de Alan Wake ativa, fazendo de tudo para não deixar que se aproveitassem da imagem dele (de certa forma ele acreditava em seu retorno futuro).

Ele esteve diretamente ligado aos filmes sobre Alex Casey, ajudando na produção deles e na escolha de elenco.

Ele também brigou pra manter os direitos das histórias de Alan, inclusive impedindo uma escritora de ganhar em cima dos eventos de 2010. Aliás, Tammy, a escritora que ele chega a processar por querer escrever sobre a história de Wake, é uma personagem que testemunha a morte de Nightingale.


Ela chega a ser abordada por Saga, e cita que estava em Bright Falls para coletar dados pro seu livro (obviamente contrariando Barry).


Ele também foi quem financiou a construção de Valhalla, em prol dos Anderson. Porém Barry acabou deixando as obras nas mãos dos empreiteiros que se aproveitaram e desviaram a verba (por isso o lugar é todo mal acabado).

Detalhes assim ficam só de pano de fundo na história, mas Barry nunca se afastou de Wake pra valer. Além disso, eu percebi que a voz dele é de um dos policiais mais "gordinhos" vistos em ecos de realidade em Nova York. Talvez uma versão alternativa do próprio.


Mas, bem, acho que esses são todos os personagens... importantes. Existe muito mais no elenco, mas nem todos acabam se destacando.

Inimigos

Como Inimigos é decepcionante, mas há apenas 5 ou 6 tipos, tirando os chefes.

Tem os Possuídos, que são pessoas tomadas pelas sombras (mas que já morreram). A forma de derrota-las é com luz da lanterna, e depois tiros, e são os mesmos inimigos que Alan enfrentava, mas agora quem tem de lidar com eles é Saga, e a Seita escondida, além de Rose (ela não faz parte da Seita).


Tem os Animais Possuídos, estes sendo apenas Lobos da floresta que estão tomados pela fúria. Não há nada de especial neles, só são lobos de sombra que morrem com tiros.


Tem os Possuídos Gravitacionais, estes sendo bem curiosos, onde metade do corpo deles entra numa poça dimensional, e eles ficam com a parte de baixo replicando a de cima. Ou seja, são criaturas das sombras que andam com as mãos e são bizarras. 


Elas também podem entrar na poça por completo e se mover pela realidade sem serem vistas, surgindo em qualquer parte. 


Todos esses são inimigos que Saga acaba enfrentando no mundo real, mas no mundo das sombras os inimigos são diferentes.

Lá há as Sombras, que são silhuetas que sussurram ameaças para Wake. Eles nem chegam a ser hostis, desde que Alan não se aproxime muito, ou as provoque com a luz da lanterna. Eles ficam por toda parte, e são bem assustadores.


Há as Sombras Armadas, com um monte de variações mas na prática, são só essas mesmas silhuetas armadas com algum objeto. Elas são rápidas, e atacam só de ver Alan, além de serem bem violentas.


Por mais que o jogo diga que há outros tipos de criaturas, na prática é tudo a mesma coisa e elas nem são memoráveis. O próprio jogo oferece a opção "Modo História" onde essas ameaças quase nem aparecem.

Há também os chefes, mas por incrível que pareça só há 4.

Chefe Nightingale

Depois de investigar bem o caso dele, e perseguir ele da delegacia até a floresta, o antigo policial do FBI se personifica num possuído bem resistente e que ataca com um toco de árvore.


É uma batalha mais pra treinar com Saga e entender as mecânicas dela, mas ainda assim é bem difícil, principalmente por Nightingale conseguir teletransportar.


A luta acontece num limiar em que Saga fica lado a lado com Alan Wake, mas ainda em mundos separados. Eles conversam pela primeira vez depois desse combate.


Chefes Thornton e Mulligan

Tecnicamente esse chefe é só um grande combate contra possuídos infinitos, que brotam de um poço no Parque de Diversões, sendo eles uma dupla que reveza, Thornton e Mulligan (dois membros da Seita).


Depois de um grande puzzle, Saga tem de enfrentar eles e destruir esferas de escuridão para enfraquecê-los, e só então vencer.


Eles ficam revezando com seus rifles, ou atacando de perto, e só é difícil pois eles podem teletransportar.

Eles nem são importantes, exceto pelo fato de carregarem o Clicker. Eles acharam no Lago, e a seita passou a replicar os métodos de Wake com ele. Só que, algo deu errado e os corrompeu.


Chefe Cynthia

Outro chefe é Cynthia, que é bem desafiadora, e ainda tem duas formas. A primeira com ela se escondendo na água escura, e atacando caso Saga entre na água.


E a segunda com ela flutuando, e atirando bolas explosivas de escuridão.


Depois ela ainda tenta atacar Saga diretamente, correndo feito maluca.


Esse combate é um dos últimos do jogo, e Saga só enfrenta Cynthia para salvar seu avô da força das trevas.

Chefe Scratch

O outro chefe é Scratch, que é enfrentado diretamente em dois momentos, e também aparece como uma força destrutiva perseguindo Alan na escuridão.


Nesses casos Alan só tem que fugir por sua vida, e Scratch só acaba sendo enfrentado mesmo por Saga.


Quando ela o encontra, é no corpo de Alan, na forma dele. Scratch finge ser Alan Wake, se libertando da escuridão mas ainda precisando do Clicker. A primeira vez que Saga enfrenta ele é quando descobre sua identidade, após ele matar um dos Koskelas.


Ela consegue afastar ele usando equipamentos da Federação Control, mas ele volta depois.


Saga vai até o Lago de Brightfall para abrir um portal com o Clicker e tirar o verdadeiro Alan Wake do mundo sombrio, mas enquanto seus avós tocam música, um monte de criaturas das sombras aparecem para tentar atrapalhar.

No fim, o próprio Scratch possuindo o corpo de Wake aparece, e Saga tem de coloca-lo numa jaula preparada pela Federação para conter anomalias.


Só que mesmo conseguindo, e se prendendo junto pra variar, Scratch rompe a contenção (o que é raro de acontecer), e foge com o Clicker. 


Ele ainda toma controle do corpo de Alex Casey, para se manter no mundo físico.

Apesar de tudo ter saído errado, o fim acaba fazendo Alan e Saga trocarem de mundos e cada um encontra uma forma de deter Scratch.

Mas, pra explicar isso, preciso contar a história do jogo.

Como já expliquei praticamente tudo, vou resumir bastante a história, apenas com os eventos principais.



Alan Wake 2: A História Completa



A história começa no final: Alan baleado na cabeça, um cervo morto no lago, e um monologo sobre nada ser como ele queria, em uma sala estranha com uma máquina de datilografar.


Assim, Nightingale escapa das águas sombrias do Cauldron Lake, caminhando pelas florestas uma vez mais, porém após ser percebido, ele é caçado, capturado, e executado como um animal.


Tempos depois Saga Anderson e Alex Casey chegam à cidade, para tratar dos assassinatos que vem correndo desde 2010. Logo descobrem que a recém vítima fatal é um ex membro da corporação, mas que havia desaparecido a 13 anos.


Ao analisar a cena do crime, eles encontram páginas que descreviam tudo o que eles vivenciaram até ali, e além. Aí começa a história de terror, com a investigação ficando cada vez mais perigosa, e resultando em Nightingale acordando no necrotério da delegacia, após o Xerife desaparecer diante o olhar de todos.


Saga e seu parceiro procuram por respostas caçando o zumbi das sombras, de volta ao lago, e descobrindo ali um pesadelo ainda maior, com mais e mais criaturas brotando da escuridão, e páginas ditando o caminho. Até que o escritor aparece, em uma visão, e compartilha com Saga o pouco que sabe.


Não demora, e na frente do lago, Alan Wake brota enlameado, com mais páginas para a dupla de detetives. 


Ao ser levado pra um interrogatório amistoso, Alan mergulha em suas memórias e conta pelo que passou até aquele ponto.


Ele acorda em um Talk Show, entrando na televisão e vivenciando o sucesso como escritor que ele jamais obteve, em livros que jamais escreveu. Sem entender nada do que lhe ocorria, ele é jogado no tormento de perambular quase sozinho por um estúdio macabro.


Quase sozinho pois sombras e sussurros o acompanhavam a cada passo dado, e figuras familiares surgiam as vezes, em visões, ou até fisicamente. Ahti e Tim eram seus únicos amigos reais ali, pois Door e até mesmo Casey, ou Sam Lake, não eram reais, pelo menos não soavam reais.


Perambulando pelas ruas de Nova York Alan recebe uma ligação num telefone público. O anônimo do outro lado da linha, insiste para ele ir pra Estação de Trem, o que ele faz, após se deparar com a personificação de sua arte, e mata-la.


No metrô, ele vasculha cada canto de suas histórias, as rascunha e reescreve, até idealizar o melhor desfecho. Mas isso não lhe serve tanto, e ele é perseguido pelo seu doppelganger, que destrói tudo que ele escreveu.


Em fuga, ele vê um rosto novo, e compartilha o pouco que sabe com a misteriosa agente do FBI chamada Saga.


Então ele caminha para um hotel que se revela pra ele, um hotel que conhecia, o hotel de sua amada. Alice ali não estava, mas pra ele deixou mensagens, textos, fotos, e até vídeos de despedida.


Mas isso só o faz voltar para a sala da máquina de datilografia, onde ele encontra o próprio corpo morto, com uma bala na testa.


Saga analisa a história de Wake, um homem desaparecido a 13 anos que surge no meio de uma investigação de assassinatos múltiplos. Tudo era suspeito, e ela toma a dianteira da investigação, partindo pra cidade vizinha em busca de pistas, pistas guiadas por mais uma página, a página que Alan trouxe.


Lá ela descobre que ela já é da cidade, alguém antigo, mas que não se recorda de nada disso. Ela recebe informações de que tinha um trailer em seu nome, com seus pertences, e vai em busca de tal trailer. Ele estava nos textos, que eram seu mapa, sua profecia, e o que parecia sua maldição.


Mas acessar o trailer não é fácil, o caminho estava encharcado com inundações recentes, e os irmãos Koskela, rostos que a reconheciam mas não era recíproco, exceto pelos comerciais dos quais participavam e que Saga havia consumido, informam que o melhor desvio, era o mais perturbador.


Atravessar um Parque de Diversões devastado pelas águas, e descontinuado pelos incidentes, é a tortura pela qual a garota é forçada.


Mas, em seu caminho aparecem seus avós, avós que nunca conheceu, mas que a tinham como um amor absoluto, e parte da família. Tor e Odin, velhos artistas da música, que agora bebiam muito e pouco crédito transpareciam. 


Não apenas isso era surpresa, sua filha estava morta, e as memórias lhe fugiam mas aos demais não. Essa realidade era o maior pesadelo, o maior enigma que ela deveria decodificar.


Ao passar pelo trailer, ela percebe um membro da Seita que foge, e o persegue, encontrando mais uma vez o escritor mas ainda preso, não na delegacia onde o deixou, mas num mundo escuro, contrariando o que ela havia visto com os próprios olhos. Horas antes ela deu carona para o mesmo, e agora ele lhe suplicava por ajuda.


Mas, como as palavras nas páginas proféticas, sua história estava se reescrevendo à vontade daquele mesmo escritor. Assim, ela precisava do Clicker, o item que poderia mudar aquelas palavras, e talvez trazer sua filha de volta.


Ela persegue a Seita, não por justiça, mas por esperança, e conquista aquele estranho interruptor, o qual não lhe tinha serventia mas, teria para o escritor.


Ainda imerso em suas memórias, Alan lembrava do estúdio macabro, e de sua própria vida. Ele assiste, participa, e se assiste participar, de um show em seu nome. Era um grande show, sem sentido, sem lógica, mas com a apresentação de Door, e os renomados Gods of Asgard.


Atravessando um turbilhão de luzes e sombras, Wake acorda em seu camarim, e dele escapa para as ruas da cidade uma vez mais, onde ao atender o telefone recebe o chamado de Zane, em seu quarto.


Ao descobrir como entrar no prédio sem entradas, Alan alcança seu predecessor na arte de modificar o mundo, e conhece alguém corrompido, excêntrico, e assustado. 


Teriam eles trabalhado lado a lado em "Returns", o livro, filme, e chave para a fuga daquele mundo. Mas, o resultado não chegara, e isso alarmava Wake.


Zane some deixando Wake em seu hotel assombrado, repleto de histórias de morte, e corpos enterrados nas sombras. Após exuma-los, o escritor descobre poucas verdades mais, e as compartilha com Saga, outra vez em visões.


Após isso, Alan se perde mais uma vez nas memórias de Alice, sua amada, ainda esperançoso em encontra-la. Mas ele estava preso em um ciclo de morte, onde enquanto escreve, Scratch aparece e o impede de continuar.


Então quem era Saga naquele ciclo? Ele já a conhecia antes de saber quem ela era, ou ele ainda iria conhece-la? Pior ainda era Door, quem outra vez o entrevista, mas agora pelos bastidores de seu programa.


Door o ameaça, diz que ele mexeu com quem não devia, mas ele lhe queria bem, contraditoriamente se colocando como um amigo, que o odiava.


E Zane, em outro encontro se mostra um inimigo que o ama, que se viu seduzido por seu lado sombrio, e ajudou Scratch nas escritas. O diretor morre em cena, baleado como Alan.


Mas o filme era só um filme, e o diretor ele encerra.


Confuso Wake vai buscar respostas nos filmes daquele monstro. Ele visita o cinema, e lá descobre que tudo estava longe de fazer o menor sentido.


Os filmes de Zane eram como os livros de Wake: Ambos ansiavam por uma escapatória daquele universo pútrido, mentiroso e distorcido. Mas assim como os livros de Alan, Tom nunca obteve sucesso, e ainda sacrificou muitos para isso.


Em uma última ligação, Alan recebe o chamado do futuro, ele próprio, de outro tempo. Este lhe diz para pegar fotos de sua esposa, fotos que ela guardava com carinho, e coloca-las em sua estátua no meio de Nova York. 


Eram apenas duas fotos, o Clicker e uma Bala de Luz. 


Enquanto isso, seu eu no mundo real era atacado pela Seita. O grupo de mascarados ignoravam a lei e apenas atiravam contra o Casey e Wake.


Mas, em um surto repentino, Wake apaga e ao se levantar, todos em seu entorno estavam mortos. Casey e mais alguns haviam escapado, ainda em confronto nas florestas, para onde o escritor avança destemido e armado com despojos dos caídos.


Porém ele é atormentado por Scratch, direto em sua cabeça, até cair frente um de seus inimigos.


Por sorte Saga chega e o salva, atirando contra um Koskela, um dos mascarados e líder da Seita que lhe surpreende. Mas sem tempo para entender, a Federação de Controle aparece e rende a todos.


Captura e prende Koskela, Alan, e o caído Casey, e ainda rejeita o suporte da agente do FBI, desautorizando-a em sua própria investigação.


Contudo, ela também recusa a informação do Clicker, e o guarda para si, indo para seus avós recém conhecidos no asilo próximo. Ela já o faria, mas apressa os passos ao receber uma ligação emergencial de seu avô.


Ao vasculhar a grande casa de nome nórdico, a jovem descobre que pode falar com seus parentes sem precisar mover os lábios, uma vez que Odin estava acamado e dopado. Suas mentes eram ligadas, mas a mente de Tor estava perdida, ele estava em risco.


Ela busca por ele em um pequeno hospital ao lado da casa, encontrando ali mais terror e morte, e encerra a busca testemunhando seu avô afundar nas águas negras junto de Cynthia.


Vasculhando a casa uma vez mais, após convencer Rose a ser sincera, ela encontra a chave para aquele lugar, com música, com arte, e uma lanterna. Ela chega em um Bunker submerso, tomado pelo mal, e lá enfrenta a captora de seu sangue.


Saga salva seu avô, e o livra da maldição de um possuído, além de conseguir informações sobre o Clicker e como fazê-lo funcionar: A Arte de Wake era a chave.


Tudo que era preciso era entrega-lo para o escritor, e assim ela o faz, correndo para a delegacia onde a Federação se instalou, e descobrindo ainda mais morte ali. 


Algo havia atacado o local, mas Estevez aceita sua ajuda agora, e ainda a direciona pra seu colega, e o escritor enjaulado.


Só que, ao oferecê-lo o Clicker, mesmo com os Koskelas ao seu lado implorando para não fazê-lo, Scratch assume o controle, e ataca com fúria.


Apesar de vencê-lo temporariamente, ainda estava longe da história acabar. Saga dependia do Wake original, que agora ela sabia que sempre esteve preso na escuridão. Então ela decide pedir ajuda aos seus avôs, para que com a arte deles, e o poder do Clicker, um portal no lago fosse aberto, o lago onde tudo começou.


A Federação de Controle também ajuda, levando suprimentos e equipando o local para conter qualquer tentativa de impedir a garota de agir. E lá ocorre um grande show de rock, e o Clicker o encerra, sem resultado aparente.


Alan não surge. Ele estava procurando por sua amada, e acaba descobrindo que ela agora já não vivia mais.


Enfurecido, ele é jogado no maldito quarto da Máquina de Datilografia, testemunha seu nêmeses assassinando sua amada a canetadas, e o impede com um disparo perfeito em sua testa.


Mas, aquele não era Scratch, aquele era ele, ele era Scratch, aquilo era um ciclo. Alan se matava, e permitia a entrada do inimigo, inimigo este que estava livre.


O Clicker funciona, mas quem surge é Scratch, não agora, mas no passado, no primeiro encontro com Saga. Quem fez Alan aparecer enlameado foi ela no futuro, reverberando no passado, e aquele Alan já estava contaminado.


Pra variar, Scratch surge no presente pra pegar o objeto que tanto desejava, mas Saga o impede usando as ferramentas de Controle. Algo que não dura o bastante, pois Scratch toma a forma de outro, agora Casey.


Wake estava livre, mas Saga é arremessada na escuridão do lago, mergulhando pra seu próprio pesadelo.


Scratch usa o Clicker, e dá vida ao seu final perfeito, descartando-o em seguida.


Mas uma mão surge como uma esperança silenciosa.


Enquanto os dois velhinhos mergulham no lago pra resgatar Saga, Wake se equipa para enfrentar Scratch.


Mas o tudo o que Scratch criou foi um sonho, o sonho de Alan.


Quem morreu morreu, mas os vivos entraram em sua utopia mascarados. Ate Ilmo é pego pela realidade nova, mas ele ainda sente seu falecido irmão em seus comerciais. O pesadelo era absoluto.


Alan se libertou, e alcançou o sucesso com Returns.


Mas não era esse o fim que ele queria, então ele confronta o mesmo, ataca o mesmo, e foge das consequências o máximo que pode.


Ao ser praticamente guiado pra Valhalla, Wake se depara com Rose, que diz que seguiu todas as pistas que ele nunca enviou, Ahti, que abre uma última porta pra ele, a porta de seu quarto ali.


Era o quarto da Máquina de Datilografia, onde ele escreve o final certo de seu livro, com ajuda de Saga, sua heroína.


Saga estava presa em sua mente, no mundo sombrio ela não tinha total capacidade de se controlar. Mas aos poucos ela vence os pensamentos negativos e se liberta, surgindo em Nova York.


Ela encontra o policial desaparecido, que ainda tinha seus próprios assuntos a resolver, e em seguida ela recebe uma ligação, de alguém que já havia falado com ela antes, e pede pra ela pegar o conteúdo da Caixa de Sapatos em sua estátua.


O conteúdo era o Clicker, e uma Bala de Luz.


Saga ainda recebe outra ligação depois, se apresentando e dizendo que precisa da ajuda dela pra salvar Alan. Era a mesma pessoa... mas perdida.


Assim, ela conversa em seu Lugar Mental com Alan em seu Lugar de Inspiração, e ambos decretam o fim da história.


Saga e Wake se encontram na sala da máquina de datilografar, o lugar mental de Alan Wake. Nele, Saga combina o Clicker com o desfecho escrito por Wake, e o aciona. 


Alex Casey, que acabara de invadir o local, é liberto da possessão de Scratch, que como constava no texto, preferia terminar sua história no corpo do escritor.


Porém, ao possuir Wake de bom grado, Saga mete a bala de luz em sua testa, encerrando seu monólogo mental.


Ela rapidamente pega seu celular e liga pra filha, enquanto Casey questiona se tudo acabou.


E assim termina a história de Saga.


Nos créditos surge Alice, que diz que está ajudando pelos bastidores, e que ela precisava se remover da história pra conseguir atuar.


Wake também acorda após o tiro, novamente no loop, mas no que parece ser uma Espiral que afunda cada vez mais.


E assim termina a história de Wake.



Como deu pra ver, não houve finais. Tudo fica em aberto e há poucas respostas pra muitas perguntas.

Tudo só faz pensar que haverão continuações diretas em breve.

Torço por isso, e aguardo por isso.


Sinceridade Sobre Otimização

Não posso nem devo esconder o quão difícil foi concluir minha jogatina. Alan Wake 2 foi mal otimizado para computadores sem todos os componentes de ponta, e apesar da minha máquina ter capacidade pra roda-lo, eu não tinha um SSD livre, e isso causou sérios problemas.

O jogo rodava a 60 fps, porém os mapas e personagens demoravam pra renderizar, e o som e áudio também. Isso causava erros terríveis que até mesmo prejudicavam a continuidade da história.

As vezes o cenário sumia em transições (subir escadas era uma loteria), e o personagem caia num abismo sem fim.


As vezes falas de personagens apenas não carregavam, e bloqueavam eventos cruciais pra história, como quando Tor some e nenhuma fala ou interação surge pra desbloquear sua busca.


As vezes o áudio sumia por completo, e as legendas eram tudo que sobrava pra entender a história, isso quando as legendas também não sumiam por completo, e a capacidade de leitura labial via-se necessária.  Nem preciso dizer que as vezes pra ajudar os modelos apenas paravam de se mover, isso quando tinham rosto!


E ainda havia o bug do loading de 10 minutos. Morrer era uma tortura pois o jogo levava mais de 10 minutos pra retornar. Usar troca de personagens então, impossível!


Ainda assim, não foi complicado concluir a campanha. Até mesmo me diverti, mas quando a DLC sair meu objetivo será jogar usando um SSD pra não sofrer.

Outra coisa, o jogo teve falhas nos consoles, mas em menor escala (no máximo foi o bug de áudio atrasado) que já foram corrigidas por patchs. Contudo, o jogo também existe via streaming em PC (pelo NVIDIA GeForce NOW), o que por sua vez nem depende de uma máquina dedicada, apenas de uma boa internet, permitindo que o jogo funcione nas mais variadas plataformas (PC, Mac, SHIELD TV, Android, dispositivo iOS ou Chromebook).

Mas, como passei por isso, acho justo compartilhar. Na época do primeiro Alan Wake o fator "otimização" também era um tabu. Lembro-me do jogo com sérias falhas (nada tão grave ao ponto de impossibilitar o progresso, mas tinha), e ainda naquele tempo era uma de minhas reclamações.

Hoje ao menos há variadas soluções e recursos para conseguir passar por cima das falhas.

Enfim, espero que o texto tenha ficado bom.

E que eu tenha informado tudo sobre o jogo!!!

É isso.

Obrigado pela leitura.

See yah.

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4 Comentários

  1. Como não tenho condições de jogar tô tendo que acompanhar a história pelo Youtube, mas ainda não terminei, então para evitar spoilers, lerei depois que terminar. Uma hora eu volto aqui.

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    1. Sr Ed!!!! Brigado pelo parecer. Aliás é uma boa decisão, quando retornar haverão mudanças no texto. Ainda não tá terminado!!!

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  2. Realmente desisti de ver e me contentei só com o texto. Nunca joguei nenhum da saga então era de se esperar que eu ficasse bem confuso, foi assim que me senti assistindo às Gameplays. Também achei um pouco arrastado a história, com muita pergunta e pouca resposta, a falta de ação da gameplay me desanimou muito também. Quando falo em falta de ação me refiro à ausência de variedade mesmo, poucas mecânicas, sempre os mesmos inimigos, essas coisas. Lendo agora até que a história é interessante, talvez se eu tivesse insistido mais eu tivesse gostado, mas não sei se é um jogo que eu jogaria. Eu tenho o Control na biblioteca, pode ser que eu jogue em breve, a FBC me lembrou bastante a SPC (que eu gostava bastante de ler). Enfim, valeu pelo artigo, talvez eu devesse pegar mais leve com o imediatismo kkkk mas me poupou um tempo.

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    1. Justamente por achar que este título tinha uma tremenda dependência narrativa com o resto da franquia que separei o começo pra falar dos demais títulos.

      Pior que eu senti o mesmo, e é difícil superar essas falhas. Faz até desanimar um pouco com o restante (ainda mais com gente vendendo este como "o melhor de todos"), mas acredite, qualquer outro título Remedy é muito melhor e mais divertido, além de independente.

      Control é justamente uma releitura de SCP mano, eu inclusive cito isso bem no começo do artigo dele. Toda a ideia de coletar objetos especiais ou confrontar eventos especiais, e ainda sendo algo monitorado pelo governo secretamente, meu... é um jogo de SCP perfeito (mesmo trocando pra FBC, talvez por direitos autorais, a Remedy sempre luta contra isso).

      Queria poder fazer vídeos curtos resumindo e explicando, pra ajudar a comunicar, mas o que consigo fazer é escrever, então sr, eu fico muito feliz por ler e curtir.

      Agora, sério, dê uma chance pra Control, certeza que vai curtir.

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