AnáliseMorte: Prince of Persia - 2008 - A Princesa de Ahura

Lançado em 2008 (ah va!) eis que a Ubisoft apostou uma vez mais em sua franquia bem sucedida, porém não de sua total propriedade, com um jogo repleto de novidades, bastante divertido, muito rico em enredo, mas repleto de incongruências técnicas e promocionais.


Falarei bastante a respeito disso, e bem...

Boa leitura.

Prince of Persia (2008) foi um jogo lançado para dar continuidade a IP "Prince of Persia", porém no formato estranho de um Falso Reboot da franquia. Digo "falso" pois ele mal se encaixa na proposta original de PoP, muito menos reestabelece um novo início.

Não que isto o torne um jogo ruim, muito pelo contrário, justamente pelas novidades ele consegue se destacar como um baita título. Porém, ele fica preso ao nome, que nem mesmo se justifica, e isso pesa um pouco pra sua recepção e reputação.


Ele não faz parte da trilogia das areias do tempo, nem mesmo se encaixa nos jogos clássicos, e pra piorar ele também não é exatamente um PoP, até porque, nem há Príncipe, ou Persia, em qualquer parte do jogo. Até há referência ao zoroastrismo (e na lógica, este jogo mostra como os persas nasceram).

O protagonista não é um Príncipe, mas a mecânica do parkour e malabares da trilogia anterior se mantém, assim como um modelo de combate que remete aos primórdios dos duelos de esgrima, porém mais refinado, sendo isso o que se preserva e assemelha com o visto nos títulos anteriores.

Mas não acho que isso seja o bastante pra usar tal título em um jogo tão distante do mesmo, além disso, o jogo nem mesmo tem subtítulo pra se chamar de "spinoff", usando justamente a marca de Jordan Mechner, subsidiada pela Ubisoft, como método de promoção por assim dizer.

Os Direitos Autorais

Aliás, Jordan Mechner é o criador de Prince of Persia, o primeiro em 1989 e sua sequência (The Shadow of the Flame" de 1993), e também foi responsável pelo Sands of Time (o primeiro de 2003). O cara fez até o filme mas, isso é algo que falarei em outro artigo. 

Fonte: https://www.jordanmechner.com/games-movies/prince-of-persia/

Tecnicamente, ele é o dono da franquia até os dias de hoje, mesmo não participando de todos os títulos, pois ele é o dono do nome "Prince of Persia". A desenvolvedora e produtora dos jogos atualmente é a Ubisoft, que comprou os direitos da Mattel Interactive, que por sua vez havia comprado da "Broderbund" (produtora dos PoP1 e 2). Em todos os casos, Jordan Mechner manteve sua parte nos direitos.

Inclusive, ele quem registrou o "Prince of Persia - Prodigy", nome "Beta" justamente do Prince of Persia 2008! E sim, originalmente, este PoP tinha subtítulo.

Ao que parece, o subtítulo foi removido para insinuar um reboot, mas ao mesmo tempo, ele criou essa confusão desnecessária. 


No começo de tudo, Jordan fez o primeiro jogo, mas pra publicar ele assinou contrato com a Broderbund. Com o sucesso, ele fez a continuação, mantendo a parceria, e depois, a Broderbund vendeu o título pra Mattel, que produziu o Prince of Persia 3D (desenvolvido pela The Learning Company), e sem o envolvimento do criador, mas ainda mantendo a parceria contratual. Essa mesma parceria foi herdada na compra posterior dos direitos pela Ubisoft.

Ele porém participou do primeiro jogo da franquia pela nova produtora, e apesar do sucesso, suas sequências não tiveram seu envolvimento, mesmo ele ainda tendo participação nos lucros.

Com a ideia do "Prodigy", as coisas ficaram turvas. Em 2008, fizeram um registro de domínio de "princeofpersiaprodigy.com", o que rapidamente fez geral especular que o próximo jogo da franquia seria o tal "Prodigy".  Na época, esse domínio levava pra uma página cheia de luz que aos poucos se corrompia com uma gosma preta, e ia ficando mais manchada a cada dia, até no lançamento virar o site do jogo. Porém agora ele está totalmente inacessível (e mudaram o domínio).


registro do nome havia sido feito antes pelo próprio Jordan Mechner,  no entanto quando o jogo saiu no mercado, só tinha o nome principal. Os caras não sabiam que nome por, se poriam nome, e no fim não colocaram nenhum. Se não me engano, tem uma versão chinesa com o nome original, mas parece ser rara, ou falsa.

Se pesquisarmos um pouco encontramos até um "Prince of Persia: Ghosts of the Past" com o suposto subtítulo pro 2008, mas que foi apenas uma especulação de nome, que acabou viralizando, mas nunca foi oficial.


A questão é que, nessa lambança de direitos e registros, qual o sentido de fazer um Prince of Persia, só pra dar dinheiro pro Mechner? Afinal mesmo ele não tendo envolvimento, no fim sempre deve ser creditado caso esse nome seja usado. 

O material que tinham era tão original, que podia sim ser desvinculado da marca. Pelo menos é isso que eu pensei quando analisei o jogo, mas no fim das contas, foi tudo um manobra pra manter a IP e renovar os direitos de publicação por parte da Ubisoft.

Como o Jogo é

PoP 2008 é um jogo completamente original em mecânica, visual, enredo e narrativa, e não faz nenhuma referência às obras anteriores, nem precisa de tal.


Se o jogo tivesse outro título, seria até mais lógico. E o curioso é que de fato, apesar dele lembrar as inovações trazidas em "Prince of Persia: Sands of Time", e ter algumas alusões ao estilo de luta do jogo clássico, ele é um jogo completamente diferente.

Poderia ser apenas um "sucessor espiritual", por exemplo, mas talvez para surfar no sucesso anterior da trilogia PoP, a Ubisoft tomou essa decisão e, até mesmo o nome secundário removeu.


Ele usa um motor gráfico novo, que dá um aspecto muito mais colorido (quase cell shading), com direito a contorno nos personagens (como se fossem desenhos). Porém, é um jogo de ação, com relativa violência (sem sangue claro, mas com uma história bem pesada).


O jogo conta a história de um saqueador de tumbas perdido no deserto, que busca por sua Burra abarrotada de ouro, e sem querer cai no meio de um conflito de deuses, e precisa salvar o mundo.


Acompanhado de uma Princesa de um reino arruinado, ele enfrenta criaturas corrompidas e busca purificar o reino, pra derrotar um deus sombrio.

Com uma jogabilidade não linear, e muita exploração na base do parkour (as vezes violando as leis da física), o jogador deve guiar o protagonista e sua aliada (ambos juntos), liberando regiões, coletando orbs de luz, ganhando 4 habilidades especiais, e enfrentando alguns poucos inimigos e 4 chefes repetidamente.


Tudo pra obter um dos finais mais tristes na história dos vídeo games, e também um dos mais contraditórios.

Vários Finais, Fora do Jogo

Esse é outro ponto confuso de PoP 2008, onde ele teve tecnicamente 3 finais, mas por circunstâncias esquisitas de mais pra se entender, e não como um recurso de múltiplos desfechos baseado na campanha (como em "Silent Hill" ou "Detroit Become Human" por exemplo). Ainda por cima, nenhum final é conclusivo em definitivo.

O primeiro final é obtido normalmente, ao concluir a história, e ele é bom, apesar de ruim. Basicamente somos forçados a desfazer todas as nossas conquistas, em prol do amor. E fica um gosto amargo no fim.


Talvez por isso lançaram a DLC, mas que é exclusiva das versões de Xbox 360 e Ps3 (PC não tem), chamada "Epilogo" que continua de onde o jogo encerra, e traz um novo desfecho, que só piora a situação da amargues, com direito a um final mais aberto e inconclusivo ainda.


Mesmo assim, um terceiro final já existia antes mesmo do jogo lançar! É que, NO MESMO DIA do lançamento de PoP 2008 para PC, Xbox 360 e Ps3 (02 de dezembro de 2008), foi lançado uma versão chamada "Prince of Persia: The Fallen King", somente para Nintendo DS (farei o artigo).


Este jogo, era completamente original e tal, mas seu destaque estava pro começo dele, que partia do desfecho original do 2008! Inclusive citando e mostrando personagens dele, que não chegam a participar de sua nova história (como a Elika, co-protagonista aqui).


Ou seja, dois jogos saíram simultaneamente, dois jogos complementares, mas dois jogos com sua conexão literalmente ignorada, pela própria desenvolvedora, caso contrário não lançariam a DLC seletiva e opcional em 2009. Se bem que, a qualidade do "The Fallen King" deixa a desejar em aspectos narrativos... mas isso é algo pra outro artigo.


Irônico que na franquia Sands of Time, os jogos lançados em paralelo aos principais pra portáteis, eram sempre vistos como meros spin-offs, mesmo tendo o título igual. Só que aqui, o The Fallen King serve de essencial complemento pro novo jogo, e tem história própria, e sequencial, mas foi lançado junto! Curioso né?

Mecânica Geral

Nós controlamos o protagonista, sem nome e bastante misterioso, ao lado de uma garota chamada Elika, que tem poderes especiais.


Os dois personagens são controlados paralelamente, apesar de Elika ter vontade própria e andar sozinha, muitas ações são conjuntas, como mover alavancas.


Tanto na exploração quanto durante combates, os dois personagens são controlados juntamente, e cabe ao jogador decidir o que fazer, no tempo certo.


Há muito Quick Time Event por conta disso, com comandos surgindo na tela rapidamente, pra indicar algum movimento.

Jogar no Controle é muito mais dinâmico que no Mouse+Teclado, pois neste segundo, muitos dos movimentos acabam se limitando a cliques do mouse.


Mas no controle, temos os 4 botões de ação (X, Bolinha, Quadrado e Triângulo, ou derivados dependendo do controle), cada um servindo pra uma ação específica, em todas as situações. 

Tem também muito uso dos botões periféricos (L1, L2, R1 e R2, ou novamente, derivados genéricos dependendo do controle). Um é usado pra Defesa, outro pra conversar com Elika, e os demais pra ações específicas.


Tem também uso dos dois analógicos, um pra mover a câmera, outro pra mover o protagonista (ou alavancas). 

Alias, apesar dos diálogos mais importantes rolarem automaticamente, o jogo nos pede pra constantemente iniciar conversas com Elika... o que para tudo e, apesar de informar, atrasa muito a jogatina (além disso algumas conversas podem se repetir caso o jogador não salve).


O jogo até se salva sozinho, mas também há a opção de salvar manualmente (e é importante pra por exemplo preservar conversas já feitas, pra assim desbloquear novas).

Exploração

Grande parte do jogo gira em torno de explorar, e sempre há um padrão.


O mundo é grande, e limitado por suas plataformas, mas não há uma ordem pra visitar os locais. O jogador escolhe onde ir, e como ou quando ir. Da até pra fazer Fast Travel caso o lugar já tenha sido visitado antes.

Dá pra ir e voltar pra qualquer lugar (exceto as zonas finais dos Portões dos chefes), e o jogo nos incentiva a explorar e reexplorar (até certo ponto).


Primeiro, o jogador deve enfrentar um ambiente bastante hostil e repleto de obstáculos sombrios, para alcançar uma plataforma iluminada onde pode purificar a região.


Depois de purificada, o jogador precisa navegar pelo local, coletando Orbs de Luz, espalhados por todo canto, que servem pra habilitar poderes de acesso a outros setores.


A plataforma sempre é guardada por um chefe, e este chefe se repete 5 vezes, em cada região (são 4 chefes, uma pra cada região, dividida em 5 setores).

Nem todos os setores são acessíveis de início, sendo necessário conseguir habilidades especiais pra superar obstáculos.


É preciso coletar então os Orbs, em quantidades pré-estabelecidas, pra assim conseguir poderes especiais, e ir ainda mais longe.

Porém, há um limite mínimo de Orbs, e ao conseguir os 4 poderes, mesmo ainda havendo esferas (muitas), elas deixam de ser essenciais, e a reexploração dos mapas torna-se opcional.

Movimentos

No começo, o jogador já conta com uma série de movimentos do protagonista, que é quase o Homem-Aranha de tão flexível e habilidoso.


Ele pode correr na parede pra atravessar penhascos, ou para subir paredes. Ironicamente ele não tem um botão de corrida normal, sempre andando na mesma velocidade (depende claro da pressão no analógico).


Somente na DLC, ele ganha uma ação de corrida pra avançar em inimigos, mas que só é habilitada nas lutas, e apenas caso ele esteja longe.

Correndo nas paredes ele também consegue saltar entre paredes próximas, e até pegar um impulso pra cima, pra subir um pouco mais.


Pode se pendurar em cantos pra escalar, podendo inclusive subir, se equilibrar, ou apenas andar pendurado mesmo.


Pode se balançar e arremessar em algumas hastes. 


Também pode se pendurar em vigas, pra subir ou descer. Esses movimentos usam o Direcional e o Botão de Pulo.


O cara ainda consegue se pendurar em argolas nas paredes pra pegar impulso, e escalar mais. Nesses momentos, ele precisa apertar o Botão de Agarrar, caso contrário a ação não é executada.


E com essas mesmas argolas, ele pode até andar no teto, tomando impulso e correndo contra a gravidade (sem usar magia hein). Tudo pra atravessar obstáculos e acessar pontos praticamente impossíveis.


Algo que o ajuda é a Manopla que tem em uma das mãos. Ela permite que ele agarre nas paredes por um curto período, pegando impulso e quase escalando (ele só consegue fazer isso uma vez, até começar a deslizar).


Mas, ela também faz com que ele deslize nas paredes, pra evitar algumas quedas, e pra descer em certas plataformas.


Junta isso tudo e o personagem vira um monstro do parkour, indo pra onde quiser, quando quiser. E pra melhorar, ele é imortal.

Imortalidade

Nós somos imortais. É impossível falar de qualquer coisa desse jogo sem falar da impossibilidade do Game-Over!


É impossível morrer, mesmo sendo um jogo de ação e exploração repleto de obstáculos, muitos deles mortais, nada realmente mata o protagonista, e isso faz parte do enredo.

Caso ele caia, ou se machuque muito (mesmo sem haver barra de vida, ele tem certa tolerância a dano, representada por sua postura), a aliada dele apenas o resgata com luz, revertendo tudo pro último local seguro.


Não é como as viagens temporais, mas na prática é bem semelhante. Com esse recurso automático, não há forma do protagonista vir a óbito, logo, o jogador nunca perde.

Mas, ainda é possível falhar, ainda mais nas lutas contra os Chefes. Nesses casos, o chefe (que tem barra de vida) tem sua energia restaurada completamente, ou parcialmente (dependendo da fase da luta), e fica uma luta alongada até o jogador aprender como vencer.


Esse poder magnífico não vem do protagonista, mas da parceira que ele tem, quem também tem outros poderes...

Movimentos da Aliada

Elika pode voar, e por isso consegue resgatar o protagonista onde quer que ele caia. Ela também tem poderes de luz que expulsam as criaturas sombrias, resgatando ele caso caia nas garras do inimigo.


Além disso, usando o Botão de Especial, o jogador consegue algumas funções extras dela, como um Impulso no meio do ar, como um segundo pulo (que pode salvar de quedas).


Também serve como GPS, direcionando o jogador pro destino (previamente estabelecido no próprio mapa, pelo jogador).


Esse GPS é uma luz que mostra o caminho mais próximo pro destino, e vai se atualizando.

Combate

Durante as lutas, os dois personagens se mesclam e os comandos ocorrem intercaladamente. As batalhas mudam o estilo jogo, trancando eles em arenas circulares, e travando a câmera para mostrar o duelo, puxando pra horizontal, mesmo que ainda de pra mover a câmera livremente (o jogo só puxa ela pra esse formato na hora dos ataques e combos). São duelos de esgrima ao estilo clássico mesmo, mas repleto de combos.


O protagonista passa a poder atacar com sua Espada, em golpes sequenciais, podendo criar combos.


Pode Pular, o que faz com que ele esquive se for pra trás ou pro lados, ou passe por cima do inimigo, mudando de lado com ele.


Ele pode Agarrar também, capturando o inimigo com sua Manopla Afiada e arremessando ele pro ar, também permitindo Combos com os outros movimentos.


Elika também pode atacar, usando impulsos de luz, caso o Botão dela seja pressionado.


Tem também um quinto movimento, de Defesa, que deve ser usado pra deter ataques inimigos e até contra-atacar (se pressionado no tempo certo).


Eu não falo quais são os botões exatamente pois, tudo isso é personalizável, e os botões mudam dependendo do console (só na identificação, pois a localização deles é a mesma).

Poderes

Os poderes são todos derivados de Elika, mas só o protagonista tira proveito deles, em conjunto.


Não há uma ordem certa pra obtenção deles, e todos servem apenas pra destravar novas regiões. Sem eles, alguns pontos no mapa não podem ser visitados. 


Daí o jogador decide a ordem que deseja. Mas, a cada poder liberado (por compra usando os Orbs de Luz), o próximo fica com o dobro de custo, e esse custo aumenta mais e mais pra cada poder, dificultando a obtenção deles.


Tecnicamente, 3 poderes são a mesma coisa, só que disfarçados pra enfeitar, e todos eles só podem ser ativados quando o protagonista fica em cima dos ícones respectivos, usando o Botão da Elika.

O Vermelho permite voar de um marcador pro outro, sem qualquer controle do jogador. Elika que vai jogando ele de um lugar pro outro.


O Azul faz a mesma coisa, mas Elika puxa o protagonista pra plataformas, ao invés de outros pontos azuis.


O Amarelo faz com que ambos comecem a Voar, e é também a mesma coisa, mas Elika escolhe o caminho e geralmente é uma rota maior... 


Por isso o jogador deve desviar dos obstáculos no ar, sendo o único destes três que tem alguma ação do jogador em tempo real.


O Verde é o diferente, que faz com que o protagonista Corra em Linha Reta, independente de onde esteja (inclusive em paredes, ignorando a gravidade). 


Ele corre bem rápido, e automaticamente, com o jogador precisando apenas move-lo levemente pros lados, pra evitar obstáculos, até chegar ao destino, ou desviar o caminho, passando por um novo marcador.


Tem um extra, Roxo, que aparece apenas na DLC, e cria Plataformas de Luz, mas falarei mais dele depois.


Os poderes podem ser usados um após o outro, mas não é nada complicado nem muito variado.

Geralmente é mais divertido usa-los pra pegar os Orbs de Luz, mas quando se pega todos os poderes, perde-se a razão pra continuar buscando os Orbs (só se for pra platinar o jogo), pois isso não afeta o final, nem as capacidades do protagonista.


Tudo que ocorre ao pegar os 1001 orbs, é ganhar duas skins diferentes (de quando os personagens estavam em teste beta).


E sim, é possível trocar de roupa, mas isso é liberado por códigos e, não faz nenhuma diferença, além de serem poucas roupinhas. Tem do Assassin's Creed... 


E Sands of Time pro protagonista, e uma de Between God and Evil pra Elika.


Personagens

São pouquíssimos, mas todos riquíssimos em história e personalidade. Muito do que aprendemos parte de diálogos opcionais ou obrigatórios entre o Protagonista e Elika. Aliás, é meio chato isso, pois toda hora temos de parar tudo pra começar a conversar, pra tentar aprender algo diferente, e as vezes os diálogos se repetem.

Os vilões também falam, não todos, mas os que falam rendem boas histórias que, complementam bem a narrativa geral.

Protagonista


Ele não é um Príncipe, e apesar de ser bem misterioso a princípio, ele acaba contando bastante de si pra sua aliada.

Ele era um saqueador de tumbas, órfão. Perdeu os pais na Guerra, e desde então perambula, acompanhado de Farah, sua burra.


Ele é sozinho, sem parceiras, sem família, e apesar de jovem é bastante vivido, já viajou muito, inclusive pelo mar (que ele ama), e ele fica caidinho por Elika.

Dependendo da rota que o jogador faz, as reações e interações dele mudam com Elika, focando em aspectos diferentes de sua personalidade.


Na rota do Chefe Caçador, ele se torna competitivo, e gosta de enfrentar o chefe mesmo que isso o coloque em risco. Elika nessas partes fica um pouco distante dele emocionalmente, pois enxerga um cara violento que se diverte com coisas nocivas.


Na rota do Chefe Alquimista, ele se torna contemplativo, admirando muito a cidade já destruída de Elika, mas ainda mais as artimanhas do Alquimista. Essa admiração começa a assustar Elika, ao ponto dela negar o uso e permanência das tecnologias do Alquimista, por elas serem ruins. Mas, ela própria acaba entrando em consenso com o protagonista, quando revela que seu povo chegou a usar essas tecnologias pro bem (desviar e mover água por exemplo).


Na rota do Chefe Guerreiro, ele bate de frente com Elika algumas vezes, pois ela tenta a todo custo trazer o Guerreiro à sanidade, acreditando que era possível recuperar a alma dele, enquanto o protagonista só queria mata-lo assim que possível. Em certa parte, Elika tenta relaxar e começa a fazer piadas pra amenizar a tenção, mesmo ainda querendo salvar o Guerreiro. Inclusive é nessa rota que o protagonista quase se torna um príncipe, pois aos poucos Elika o convida para se tornar parte do reino, com indiretas, mas no fim eles até meio que brigam, pois discordam sobre o Rei poder ser salvo (talvez uma esperança de Elika em salvar seu pai depois).


Na rota da Concubina, ambos flertam por assim dizer. Algo que achei curioso é que a concubina o chama de Príncipe, tentando seduzi-lo, muitas vezes, mas o próprio protagonista diz que nunca fez parte da realeza.


Existem muitas outras interações, e conforme o jogo avança, o protagonista se aproxima mais e mais de Elika, até não haver mais volta, e ambos se apaixonarem.

Observação: Ele nunca diz o nome dele, mas nos créditos é chamado de "Prince", em referência ao personagem que ele representa é claro. Ele também é nomeado assim na guia de troca de aparência. Mas, dentro da estória, ele nunca se revela como "Prince".


Farah
    

Farah é sua burrinha, que ele tinha colocado tesouros e, perdeu no deserto. Infelizmente ele nunca a encontra, pelo menos não aqui.

Ela é uma referência bem óbvia a Farah de Sands of Time, como uma piada esquisita (aposto que foi Kaileena quem fez).


Detalhe: Em nenhum dos finais do jogo, Farah é vista ou recuperada. E, fazem questão de incluir nos créditos que "Nenhum burro foi maltratado", ainda pra variar numa nota em memória de Farah.

Elika


Ela é a princesa dos Ahura, última de seu povo remanescente no reino, e última obstinada a manter Ahriman, o deus das sombras, selado.

Ela é uma serva leal ao deus Orzmad, da luz e irmão de Ahriman, quem nunca aparece no jogo todo.


Os Ahura eram um povo que residia naquela cidade (Capital do Reino Ahura) a milênios, sempre com a função de manter Ahriman preso, usando poderes sagrados providos por Orzmad.

Mas, todos do reino foram embora, por vontade própria, após serem tentados pelos sussurros de Ahriman, e Elika ainda não tinha poderes (mesmo sendo a princesa). Mesmo assim ela lutou pra manter ele preso.


Ela sozinha tentou deter o ressurgimento dele, e morreu numa queda. A morte de Elika é um baita spoiler, pois fica aquele mistério sobre o que ocorreu com ela e tal, mas no fim, essa morte era inevitável.

Engraçado que a morte da personagem é um pilar da história, mas ela própria é imortal até o desfecho, e partilha tal imortalidade com o protagonista.


Elika recebeu seus poderes de Orzmad só depois de ressuscitar, e com tais poderes ela passou a ser imortal, até decidir morrer.

Eles despertaram justamente pela ressurreição dela, que usava energia da Árvore Sagrada. Curioso isso pois, Ahriman quem trouxe ela de volta, e ele usou os poderes do irmão, Orzmad, tirando-os da Árvore que o selava.


Apesar de séria, e compromissada, Elika vai se apegando ao protagonista, aprendendo mais sobre ele, exceto seu nome. Aos poucos ela fica mais flexível, faz piadas, brinca, da broncas, e até flerta. Mas, ela era muito segura de seu objetivo final, e não pensa duas vezes antes de abrir mão de tudo.

Pai de Elika


Ele era o rei do povo Ahura, e deveria ser o principal guardião da Árvore da Vida. Essa árvore era tudo o que mantinha Ahriman confinado.

Mas, por espontânea vontade, o Rei vendeu sua alma pro deus das sombras, e cortou todas as árvores sagradas.


A cidade de Ahura já estava toda zoada, e vazia, mas ela ainda tinha os Campos Férteis, pontos mágicos que ajudavam a nutrir a Árvore Sagrada, no templo do selo. Mas, ele foi pessoalmente corromper as regiões, libertando as Corrupções (antigos compactuados com Ahriman) e por fim, libertando o próprio deus sombrio.

E ele fez isso tudo, por amor. Ele amava a filha e após sua morte, não suportou, cedendo aos sussurros de Ahriman, e vendendo a alma pra trazê-la de volta.


Ele já havia perdido a esposa, 3 anos antes, e não suporta a dor. O Rei nem pensa, só faz, e mesmo assim é julgado.


Infelizmente ela não gostou da ação dele, e pra piorar, ele aos poucos se converte em um dos Corrompidos de Ahriman, sendo um chefe especial do jogo.

Ahriman


Ele nunca aparece por completo, só seus olhos e sua voz (feminina e masculina ao mesmo tempo, pois fica variando entre os tons), e as vezes uma silhueta draconiana de seu rosto. Ele é tão cheio de sombras que é difícil enxergar.

Ahriman atua sussurrando nos ouvidos das pessoas e oferecendo desejos pra elas. Ele pede suas almas em troca, pra se fortalecer, e também pode induzi-las a liberta-lo.


De certa forma, o povo Ahura vez bem em ir embora, pois a força de Ahriman estava alta, e seus encantos poderiam seduzir qualquer um, tanto que assim o fizeram, pegando justamente o líder.

Bem possível que Ahriman tenha causado a morte de Elika (que não chega a ser mostrada, mas aparece como ela caindo de um penhasco após tentar um salto), só pra obter a alma do rei.

Ahriman é uma entidade do zoroastrismo, ou seja, ele pertence à mitologia persa. Pode-se entender dessa forma que as Terras Sagradas dos Ahura são pertencentes à Persia, ou seja, na lógica, o jogo se passaria em território persa.

Orzmad


Esse é o deus da luz, que nunca aparece.

Apesar de seus poderes estarem em Elika, o próprio nunca da as caras, e fica a suspeita se ele realmente se importa.

No passado, ele e seu irmão reinaram juntos nas terras de Ahura, conforme dizem as lendas da cidade. Mas, o irmão queria mais poder e domínio, e Orzmad teve de sela-lo, partindo em seguida, e responsabilizando a cidade em manter o selo.

Com o tempo eles se cansaram. Alguns acabam cedendo aos chamados de Ahriman, e venderam suas almas, criando eventos terríveis na cidade. Mas a maioria só partiu pro deserto mesmo, em busca de vida nova sem um deus sombrio no cangote.

Orzmad também é uma entidade do zoroastrismo, ou seja, ele é mais uma prova de que os eventos se passam na cultura persa, ao menos. Porém, pra variar mais ainda, "Ahura" é um dos nomes de Orzmad (Ahura Mazda).

A Cidade da Luz - Reino Ahura


No jogo nunca é dito exatamente onde tudo se passa. O que se sabe é que é uma região arenosa, provavelmente no Oriente Médio, e considerando os deuses representados aqui, tudo leva a crer que é uma parte de Persia, como se a Cidade da Luz fosse a origem dos persas.

A referência ao império persa ocorre também numa citação que Elika faz ao dizer que a Cidade da Luz não era todo o reino dos Ahura, e era somente a capital. Faz sentido imaginar que os Ahura eram os Persas, e que na verdade eles saíram pelo mundo pra conquistar outros lugares.


Mas, pensando dessa forma, porque não chama-los logo de Persas? Bem, o jogo faz parecer que este é o conto de como eles surgiram, como descendentes do povo original, Ahura.

O nome do jogo devia ser "Princesa de Ahura". 

Inimigos

Existem muitos inimigos mas, boa parte deles é figura repetida.

Humanos


No começo, existem alguns soldados humanos do Rei, que o ajudam a tentar recuperar a princesa.

Mas, todos eles fogem (nenhum chega a ser morto). 


São só o tutorial de luta, com suas lanças e movimentos simples.

Servos de Ahriman


As vezes, brotam figuras humanoides em pontos específicos, que ficam mais fortes ao longo do jogo. Todas elas são iguais fisicamente, mas liberam poderes novos com o tempo.

São pessoas que seguiam Ahriman e durante o selamento, foram junto com ele. Eles retornam como monstros irracionais aos seus comandos, e brotam aos poucos pela cidade.


Da pra impedir que ressurjam, caso o protagonista alcance-os a tempo e corte as sombras. Caso contrário, é obrigatório lutar e vencer (nem da pra fugir). Só que nunca é difícil de mais, e aparecem apenas 1 criatura por combate. Eles ainda por cima podem ser executados rapidamente dependendo do combo.

Corruptos


Existem 4 Corruptos no jogo, e um quinto que surge no final. Eles são pessoas que venderam a alma pra Ahriman, pra obter algum desejo, e por causa disso viraram criaturas corrompidas pelas sombras, mas ainda racionais.

Cada um serve de chefe, e eles voltam várias vezes até suas Portas serem abertas, e o combate final rolar. Somente quando todos são derrotados de vez, que Ahriman pode ser enfrentado.

E suas portas só se abrem caso todos os Campos Férteis de suas regiões sejam purificados, e essas portas são o selamento deles. É que, em suas diferentes épocas, eles causaram problemas pro reino, até serem selados. Nunca antes todos se libertaram ao mesmo tempo, e isso ocorre agora, graças ao Ahriman.


Conforme o jogo avança, cada um deles adiciona um elemento nocivo no cenário. Então, dependendo da ordem que o jogador avançar, tudo pode ficar muito mais difícil, visto que cada chefe tem seu formato de luta, e de acesso, e as áreas corrompidas atrapalham. 

As áreas depois de purificadas perdem esses elementos sombrios, mas quanto mais áreas são purificadas, mais parece que a corrupção se concentra nas restantes (acumulando e aumentando os obstáculos).

A DLC por exemplo, já traz todos esses obstáculos juntos e, isso só deixa ela muito mais difícil. 

O Caçador


O Caçador é um corrupto estrategista que adora criar armadilhas. Ele é também um baita lutador, e dentre todos, é o mais rápido, e cheio de artimanhas e truques sujos.


Ele é versátil, usando o cenário pra prejudicar a presa, e leva-la pra onde deseja.


Curiosamente, ele é o único que nunca fala, mas um pouco de sua origem é comentada por Elika.

Ele era um príncipe renomado por ser um caçador exímio, mas que queria ser ainda melhor, e fez o pacto com Ahriman para ganhar habilidades de caça, e buscar as maiores e piores presas do mundo: humanos.


Ele então começou a caçar sua própria espécie, e além de tortura-los, fazia troféus com suas cabeças.

Basicamente ele vendeu a alma pra virar um psicopata. Tanto que sua arma é uma Tesoura grande (Clock Tower total).


Ele adiciona Massas de Sombra Móveis aos cenários, que se arrastam nas paredes, como uma armadilha permanente mesmo depois dele morrer.


Observação: Apesar de nunca falar, no fim da pra ouvir ele chamar por Ahriman em seus grunhidos antes de ser purificado.

O Alquimista


Ele é o científico, um grande arquiteto e construtor, que projetou e criou inúmeras máquinas por todo o reino de Ahura.

Mas, ele queria mais, muito mais, e vendeu sua alma pra ter mais conhecimento e recursos. Com isso, ele produziu máquinas pra proliferar as sombras de Ahriman, e ajudar seu mestre corromper as pessoas.


Suas máquinas se tornaram algo belo pela cidade, mas também preocupante. Com Balões, Redes de Transporte e Drenagem, Elevadores, tinha de tudo! O cara fez um monte e coisas, mas nunca se deu por satisfeito.

Em combate, ele usa o campo a seu favor, e pode mergulhar na corrupção pra escapar de golpes e mudar de lugar.


Ele também usa substâncias sombrias no ar, pra enfraquecer e até intoxicar o protagonista.

Em uma parte ele faz questão de tentar corromper ele, e quase consegue, com o protagonista tendo de correr meio enfraquecido pra se purificar o quanto antes.


Essa substância que ele adiciona no ar passa a ser o obstáculo extra que ele cria, permanecendo nas demais áreas sombrias, mesmo depois dele morrer.


E essa substância vai acumulando enquanto o protagonista ficar em contato, até escurecer a tela toda e derruba-lo.


Enfim, o alquimista tenta negociar pela alma do Protagonista, tentando convencê-lo com as maravilhas oferecidas por seu deus.

O Guerreiro


Um antigo rei queria salvar seu povo, e fez um pacto com Ahriman pra se tornar imbatível e vencer todos os exércitos. Mas, mesmo vencendo, ele perdeu seu povo, que fugiu de medo dele.

O Guerreiro é robusto, e literalmente imbatível. Ele não pode ser morto, nem ferido de forma alguma, pelo menos não até o fim. Em uma parte ele até sofre dano (com plataformas sendo demolidas em cima dele), mas não adianta em nada, pois ele se recupera.


Ele é derrotado (temporariamente) quando empurrado das torres que tomou conta, em uma região vulcânica, mas sempre retorna.


Até mesmo tentam prendê-lo, mas nada funciona.


Elika tenta até convertê-lo a se tornar um aliado, fazendo ele pensar em seu povo e como Ahriman o enganou, mas ele continua leal, pelo menos quase.


O Guerreiro morre no final depois de ser jogado na lava, e entrar em combustão.


Ele ainda é imbatível, mas aos poucos sua vida começa a ser drenada pelo fogo, e no fim, ele salva Elika e o Protagonista, jogando-os longe pra não se machucarem na sua explosão.


Ele acaba adicionando nos cenários corrompidos os Tentáculos de Sombra nas paredes, que de tempos em tempos podem agarrar o protagonista.


A Concubina


Ela é a mais faladora das corrupções, e adora jogar indiretas pro casal. Inclusive, ela é a única personagem em todo o jogo que chama o protagonista de "meu príncipe" (mais de uma vez), mas ela não o conhece nem nada, apenas parece fazer isso pra chamar atenção dele e seduzir.


Ela usa ilusões, no mapa e em si mesma, e muitas vezes se replica pelo cenário, pra distrair o protagonista.


Em combate, ela usa as ilusões para sair do alcance dele, e evitar alguns ataques, podendo sumir e reaparecer em qualquer lugar.


Mas, o jogo que ela mais gosta de fazer é o de criar versões de si, e espalhar pelo mapa pra induzir a caçada do protagonista, enquanto tortura Elika com sombras.


Nesses momentos, Elika fica inutilizada, mas ainda consegue pelo menos buscar o protagonista de penhascos (caso ele caia).


Isso é importante, pois no final, no combate definitivo contra ela, ela usa ilusões na figura de Elika, enquanto mantém a própria presa.


Ela sempre toma Elika como seu alvo, pra torturar ainda mais o protagonista, ciente do quanto eles se aproximaram, ai no final ela replica Elika e faz uma luta infinita contra ilusões, onde a única forma de vencer, é se jogando do penhasco.


Elika mesmo quando incapacitada, ainda pode salvar o Protagonista, por isso ela aparece de verdade.


A Concubina cria Insetos de Sombra pra infectar os cenários, que perseguem o jogador e cancelam movimentos caso ele seja pego, o que normalmente faz o protagonista cair.


A história dela não tem nada de mais, ela era uma amante que vendeu sua alma para se tornar mais importante, por isso ganhou poderes de manipulação e ilusão, e manipulou reis como seus bichinhos, até ser selada.


E no final, ela é purificada (e morta).


O Rei Corrompido


O pai de Elika se torna um inimigo, e todo o processo de sua transformação é acompanhado.

Inicialmente, ele enfrenta o protagonista na frente da Árvore da Vida, mas o intuito dele era separa-lo de sua filha, pois não aprova a relação.


Mas, quando toma uma surra, ele apela e corta a árvore, liberando assim Ahriman, mas não totalmente (pois Elika luta pra detê-lo a tempo).


Ainda assim, o  Rei volta na frente do templo, pra conversar com eles e explicar o porquê de suas ações. O Protagonista acaba confrontando ele ali, e é quando ele começa a mudar de forma, tornando-se mais sombrio (ele até bate na filha).


Esses traços nefastos se espalham mais ainda depois, esclarecendo que sua alma foi mesmo vendida. É quando é revelado que Elika ressuscitou pelo pacto. Daí ele já vira um monstro.


Mesmo tendo feito tudo pela filha, ele fica tão tomado pelo mal de Ahriman que esquece a própria filha.


Ele é apenas um baita guerreiro que mescla habilidades de todos, por isso é quase um chefão final, e no fim ele morre, por escolha, se unindo à Ahriman (de certa forma pra evitar machucar sua filha e seu genro).


Na DLC ele é o chefe final, mas ele é praticamente imortal, nunca sendo de fato morto ou purificado.

Ahriman


No final, o deus sombrio é confrontado pra que a Árvore da Vida seja restaurada, e ele é pura sombra.

O legal é que luta ocorre pela perspectiva dele, mas ainda no controle do protagonista e sua aliada.


Isso mantém o mistério sobre sua aparência, com apenas suas garras aparecendo enquanto a câmera funciona como seus olhos, observando o protagonista correr.


Daí as vezes ele ataca, dando socos na parede, mas isso nem atrapalha direito.


E as vezes ele convoca ondas de sombra, mas é sempre quando o protagonista está perto de um ponto seguro de luz.


Ahriman é vencido quando o protagonista aciona alguns pilares de luz pra enfraquece-lo...


E pega altura o bastante pra ataca-lo na cabeça, sendo esse um dos poucos momentos em que ele aparece, e somente no último golpe (tudo automático). Eles são engolidos por ele, e a luz de Elika o explode por dentro.


Mas nem parece que Ahriman queria deter ele. E talvez não quisesse mesmo, pois independente dele estar livre ali, ele ainda não tinha conseguido sair do templo, pois haviam elementos o prendendo ainda.

Ahriman precisava de mais, por isso parece que ele induziu o protagonista na vitória, por isso a visão na perspectiva dele.


Sem contar, que durante o jogo, o protagonista recebe visões junto de Elika, de como ela morreu e como o pai dela fez o pacto.

Elika mesma diz que são visões do templo, enviadas por Orzmad, porém... no final do jogo, essa visão volta pra mente do Protagonista, justamente pra fomentar suas intensões.


É que, ao vencer Ahriman, Elika deve abrir mão da vida que recebeu, e entregar todos os Orbs de Luz pra a árvore. Só que o protagonista não gosta disso, e quase repete os erros do pai dela, o que satisfaz os desejos de Ahriman... em partes.


Foi apenas um grande plano, estratégico, tanto pra tirar Elika do caminho dele, quanto por o protagonista. Só que Ahriman não contava com o protagonista dando uma de espertinho.

Mas, vou contar a história do jogo certinha pra que você entenda tudo.

História de Prince of Persia 2008


Tudo começa com o protagonista no deserto, enfrentando os ventos fortes e arenosos, chamando por Farah.


Mas, ele acaba caindo em um barranco, e dá de cara com uma bela garota, fugindo de alguns soldados, quem ele acaba seguindo depois do primeiro contato.


Ela, versátil que só e bastante habilidosa no parkour, vai guiando ele pelas montanhas do deserto, e ele acaba ajudando ela a se livrar de alguns soldados quando fica encurralada.


Nesse processo, aos poucos, ele vai descobrindo coisas sobre ela, como o fato dela ser uma princesa, tudo pelo que os soldados falam. Eles queriam afasta-lo dela, como se ele estivesse errado (e não, ele só tava perseguindo uma garota no deserto).

Até que uma hora ele cai pra morte num penhasco, após uma ponte ser destruída por mais soldados.


A garota se joga e flutua, por magia, alcançando-o e salvando-o, mas fica extremamente fraca depois disso.

Carregada por ele, ela conta um pouco sobre si, mas o papo não dura muito, e após mais alguns soldados surgirem, o líder deles, o Rei, aparece pra buscar sua filha.


O protagonista opta por fugir, se pendurando na montanha e descendo até a base. Assim, ele vai parar, sem querer, no reino da garota.


Lá, ele novamente é guiado até uma árvore, num grande templo, com ela explicando vagamente o que farão. 

Chegando no destino, o pai da garota surge, furioso, e enfrenta mais uma vez o jovem, mas após ser derrotado, o homem abandona a batalha, se volta pra pequena arvore brilhante no templo, e a poda com sua espada.


Depois de uma explosão sombria, um mal terrível é liberado, criaturas de gosma negra surgem, e a princesa puxa o protagonista pra fugirem.


Ela diz então, que precisa restaurar os Campos Férteis o quanto antes, pra impedir a liberação completa de Ahriman. Por enquanto, ele estava contido no templo, mas isso não ia durar.


É ai que aliada do estranho viajante, ela viaja pelo reino, contando periodicamente sobre o que tudo foi um dia, e o quanto tudo é importante pra ela.

Na verdade, muito da história de Elika é revelado, mas pouquíssimo do viajante, pois por mais que ele vá se abrindo, ele mantém sua história e sua identidade um mistério. 


Ainda assim eles se aproximam muito, com Elika salvando a vida do viajante várias vezes. No fim, eles enfrentam os capangas de Ahriman, e conseguem purificar todos os Campos Férteis.

Mas, a cada campo restaurado, Elika enfraquecia. Por mais que ela se recuperasse consumindo orbs de luz, ela ficava mais fraca e debilitada quanto mais avançavam.


Até mesmo os Portões da Corrupção, que guardavam as almas dos seguidores de Ahriman, eles enfrentam. O próprio pai de Elika aparece as vezes, se tornando cada vez mais sombrio, pois ele havia vendido a alma pra trazer ela de volta.


No final, resta apenas trazer a pequena Árvore da Vida de volta.

Voltando ao templo, após enfrentar um desafio do portão e entrar na parte selada, eles dão de cara com o pai de Elika, corrompido por seu pacto com Ahriman, mas antes de ser derrotado e purificado por Elika, ele se joga nas sombras de Ahriman, que se fortalece com sua energia, e surge ali na sala todo grandioso.


Eles então fogem de seus ataques até alcançar os pontos sagrados no topo da sala, e usar a energia de Elika pra iluminar tudo, e enfraquecer Ahriman, para iluminarem ele por dentro.

Daí a árvore retorna, com Elika sacrificando tudo que coletou de energia, e garantido o selamento de Ahriman. 


Com o deus das sombras selado, e Elika morta, o viajante pega seu corpo nos braços e sai caminhando do templo, sem falar nada.


Na saída, diante do altar onde o pai de Elika havia oferecido sua alma em troca da vida de Elika, o viajante tem uma visão do tal pacto.


Então ele puxa sua espada e corre pelo deserto, cortando 4 árvores que surgiram após os Campos Férteis terem sido restaurados.


Ao corta-las, ele traz as sombras de volta, que enfraquecem a entrada do templo.


Nesse processo todo, Ahriman sussurra cada vez mais forte nos ouvidos do herói, que permanece em silêncio sem respondê-lo, mas ainda cortando as árvores.


Então ele volta pro templo, ainda sem dizer uma única palavra, mas com Ahriman ainda sussurrando em seus ouvidos, e simplesmente corta a Árvore da Vida.


Ao fazer isso, ele recolhe todos os Orbs de Energia que Elika depositou, e leva de volta pro seu corpo, fazendo com que ela acorde, e contemple o templo desabando.


Desolada, ela é carregada pelo viajante, na direção oposta ao templo, enquanto tudo é consumido por Ahriman livre.


E ambos partem em silêncio.


Assim, a história acaba.

DLC - Epilogo


A DLC traz uma continuação direta, mostrando o que ocorreu e explicando um pouco as intenções do protagonista.


Ele corre com Elika pro mais longe que pode, e alcança um velho templo em ruínas. Ahrman estava atrás dele, e faz questão de invocar criatura pra caça-lo: O Rei retorna, atrás do protagonista...


E o Guerreiro se funde ao Caçador (eles só ficam trocando de lugar na luta), mas sem suas personalidades originais (são só projeções de Ahriman para atacar Elika).


Elika a princípio se recusa a andar com o viajante, pois ele havia traído ela ao trazê-la de volta. Porém, há uma questão aí...


Ela tava mais poderosa, algo que o próprio viajante observa. Um novo poder surge, de criar Plataformas de Energia temporariamente, e Elika parece assustar as criaturas.


Essa DLC é bem mais difícil, mas sem grandes enigmas, apenas muitos setores pra superar na base do parkour, e conflitos na Tumba.


O local em que eles se encontram é uma Tumba de um antigo Rei que conseguiu selar Ahriman no passado, mas a muito custo (ele chegou a fugir, e voltou depois, conseguindo na última hora, mas perdendo o respeito de seu povo pela quase desistência).


Esse rei é chamado de Achaemenes, que foi o ancestral dos reis Persas (ou seja, tecnicamente os Ahura são os persas mesmo).

O novo poder de Elika é como os outros 4, mas independe de Orbs de Luz (não há mais). No lugar desse colecionável, há alguns vitrais de luz (que não dão nada, só pontinhos mesmo).


Esse poder faz com que, após acionar o interruptor (sempre em paredes), o protagonista seja jogado pra uma plataforma na parede, feita de energia, e comece a correr e se impulsionar.


As paredes permanecem até ele tocar no chão, e há mescla de todos os poderes em longos trajetos bem desafiadores.


Curiosamente, quem ativa esse poder é o protagonista, ao esmurrar um interruptor numa parede. Por mais que os poderes sejam de Elika, ele quem os ativa, comprovando um vinculo forte entre os dois, muito baseado na fé do protagonista, pois ele acredita muito em Elika, mesmo ela não acreditando.


Enfim, os chefes são a mesma coisa, com o pai de Elika ignorando sua filha totalmente, e focando sua atenção apenas no protagonista.


É que ele queria a alma dele. Tecnicamente, quando o protagonista cortou a árvore da vida e levou a energia pra Elika, ele mesmo ressuscitou ela. Ele nunca vendeu a alma pra Ahriman! Ele nunca fez um pedido sequer. 


Tudo que fez foi em silêncio, e apesar de ter sim libertado Ahriman, ele nunca compactuou com ele. Seu foco era trazer Elika, apenas isso.


Ahriman ficou temeroso por isso e mandou seus coletores, e o protagonista notou tudo isso.


Apesar de Elika se manter na negativa e evitar escutar as justificativas do herói, ela aos poucos vai se convencendo de que talvez, ele tivesse razão.

Ainda permanece com raiva dele, mas a lógica dele era incontestável. Elika tinha força pra causar temor a Ahriman.


Depois de confrontarem o pai de Elika e fincarem ele no trono do Rei, Elika não consegue purifica-lo, e eles percebem que ele é imortal.


O Guerreiro e o Caçador eram meras projeções também, igualmente imortais.


Vendo que não há o que fazer pra vencer... Elika decide fugir.


Ela deixa o protagonista no templo, perto da saída já, cercado pelas forças malignas de Ahriman, e diz que procurará seu povo pra lutar.


E assim, o protagonista termina sozinho, e encurralado, mas com sua alma ainda intacta.


Fim.

Como eu disse, a história não acaba em nenhum desses finais, e pra variar, ainda tem o jogo portátil.

Nele, o Príncipe (que passa a ser chamado assim pela legenda das falas), deixa Elika e vai procurar por uma forma de convocar Orzmad, o deus da luz, e confrontar Ahriman.


Daí o príncipe vai em jornada solo, temporariamente, pois la ele encontra um novo aliado.

Só que isso é outro jogo, que analisarei a parte.

Queria muito falar deste PoP. Eu joguei ele muito na infância, e sempre me senti confuso sobre o nome. Finalmente poder entender a respeito e conhecer melhor a franquia me fez ficar feliz, e to satisfeito com o resultado.

Eu pretendo falar do filme agora... mas em seguida partirei pro jogo de DS.

Por hora, é isso!

E aí, o que achou?

Espero que tenha gostado.

Falta pouco pra chegar nos Forgotten Sands!

Até lá....

See yah!

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