AnáliseMorte: Prince of Persia - The Two Thrones - O Fim da Trilogia do Tempo

Prince of Persia - The Two Thrones é a sequência direta de Warrior Within, mas que resgata muito de Sands of Time.


Ele é a conclusão da trilogia do príncipe viajante no tempo, e consegue amarrar com precisão todos os eventos em aberto e problemáticas gerados nos jogos anteriores.

Além disso, ele implementa algumas mecânicas inéditas que com certeza, foram o estopim pra uma outra franquia, mas no geral, este é o jogo final da primeira leva de PoP.

Falarei tudo o que achei e como o jogo é, suas novidades, mecânicas e história.

Boa leitura.

Introdução

Pra começar, é preciso ressaltar a qualidade aprimorada em algumas partes, mas prejudicada em outras, neste terceiro título.

O que melhor funcionou nos dois jogos anteriores, foi reaproveitado e somado, e as falhas foram corrigidas. Mas, vários problemas acabaram retornando, problemas estes existentes lá no Sands of Time.

O primeiro e mais notável é a ausência completa de Legendas, em todas as versões. 


O jogo foi lançado em 2005 para tudo quanto é plataforma (PS2, Game Cube, Xbox e PC) e depois ainda recebeu uma coletânea, juntando os 3 títulos num pacote só, em 2006 para PS3. O jogo ainda teve uma versão nova em 2007 chamada "Prince of Persia - Rival Swords" para Wii (que é o mesmo jogo, mas tem algumas fases extras e uma mecânica melhorada), adaptada pra PSP também.

E em nenhuma dessas versões, o jogo veio com legendas, repetindo um erro de Sands of Time, que havia sido uma das poucas melhorias que Warrior Within havia trazido.

Sendo assim, apenas o segundo (e pior jogo) tem legendas, sendo que tanto Sands of Time quanto Two Thrones/Rival Sword são jogos abarrotados de diálogos paralelos.


O único texto visto são de tutoriais, mostrando movimentos e como fazê-los, quando necessários.

De resto, o jogador deve confiar na audição e prestar bastante atenção em todo o papo, de 4 fontes diferentes: Narrador, Cenário, Protagonista e "Voz Interna".


É muito falatório, mas todos em momentos individuais, então eles não se atropelam. Mas, fica complicada a compreensão se o jogador não entende o idioma falado, ou não tem boa audição.

Felizmente, ele conta com múltiplos idiomas, como Inglês, Espanhol, Russo (só não tem Português), e todos com textos (os poucos que tem) traduzidos, e dublagem completa.

Outra falha é a péssima qualidade das cinemáticas, que vem em resolução bastante inferior a do jogo em si.


Isso se repete em todas as versões, até mesmo as mais modernas, e por mais que seja o jogo do início do milênio, é esquisito ver a discrepância entre a as cenas previamente animadas e o visual em tempo real, que inclusive, pode até ser bonito, mas tem texturas mal renderizadas, ainda mais em detalhes como as mãos e dedos dos personagens, ou com o cabelo atravessando o corpo como se fosse algo normal.


Consegue ser algo inferior ao visto em Sands of Times, o que ao meu ver foi lamentável.

O áudio foi melhorado, e aquelas falhas mais gritantes vistas nos títulos anteriores sumiram, pelo menos parcialmente.

É que a música surge randomicamente, e apesar de ser boa (muito melhor que a trilha limitada e ácida de Warrior Within), e muito imersiva, combinando bem com o cenário explorado (mudando em cada região), ela desaparece em algumas situações, como quando abrimos o menu de pausa, ou caso voltemos no tempo.


O silêncio que toma o ambiente é incômodo, mas ao menos não é tão duradouro ou constante. A música volta depois de um tempo (seja com um combate novo surgindo, ou algum evento), mas ainda fica aquela sensação estranha de erro no som.

O som ambiente geral no entanto está perfeito. Com as muitas vozes ao fundo, a história é contada melhor por suas sutilezas como pessoas gritando em desespero, ou explosões distantes. 


O que não podemos ver, ouvimos, e isso passa a sensação caótica pedida, na situação em que o protagonista se encontra. Inclusive, as vezes achei que tinha de resgatar personagens, quando era apenas o som ambiente contado algo importante, que é até mesmo aproveitado no fim do jogo, e funciona, por estarmos cientes da situação como um todo.

Aliás, há bugs, como praxe da Ubisoft desde sempre, mas são bem menos que nos jogos anteriores.

Um deles é uma luz forte que pode surgir por erro de iluminação, causado pelo que vi pelos Gráficos maximizados. Não sei se isso ocorre em todas as versões, mas na de PC sim, corrigindo-se somente se diminuir os efeitos pro Normal.


Tirando isso, há alguns poucos bugs de ação, com o Príncipe se pendurando onde não deveria por exemplo, ou fazendo uns pulos meio insanos. Mas, nada disso compromete o avanço do jogo (como foi o caso de Warrior Within e as portas que não abriam).

Mecânica

Sobre o sistema de câmera e batalha, houve muita melhora.


A câmera está mais próxima do protagonista, mas também está bem mais móvel e responsiva, sendo livre pra visualização tanto em terceira pessoa, quanto em primeira pessoa.

Também há opção de visão panorâmica, quando surge um olho no canto da tela, geralmente pra mostrar o cenário melhor e indicar rotas pro protagonista.


Tudo está muito linear, sem opção de retorno no cenário e reexplorarão, o que por um lado facilita a jogatina, mas também tira o sistema de orientação/destino (como o mapa de Warrior Within), as vezes nos deixando um pouco perdidos, sem saber o que fazer ou onde ir.

Principalmente nos puzzles de cenário (que pedem movimentação de boa parte do mapa), as vezes conseguimos passar na base do achômetro, pois não há muita orientação do que se fazer.


Como tudo é visualmente natural, e não há muitos destaques pra objetos interativos ou não, sempre nos vemos apostando na tentativa e erro, pra superar algum objetivo.

A noção de espaço pra saltos, ou a percepção de profundidade, é algo crucial pra avançar, e o jogo exige muito disso, com punição por quedas (morte instantânea) por exemplo.


Existem assim pelo menos 4 tipos de desafios básicos: Enigmas, Parkour, Stealth e Combates.

Enigmas


Nos Enigmas, o jogador deve resolver problemas baseados em alavancas, nem tão complexos em sua maioria, mas que demandam atenção e paciência.

Parkour

No Parkour (que é o mais constante), é preciso se pendurar em plataformas, correr pelas paredes, descer por cordas/correntes, saltar bastante, e por ai vai.


Nesse caso é o que mais recebeu melhorias, com ainda mais variações do que se fazer, e combinação de comandos baseados nas superfícies.


O Príncipe pode usar sua adaga pra se prender na parede, em pontos próprios, e pegar impulso pra cima ou pros lados.


Pode saltar em interruptores (como trampolins nas paredes) pra pular na diagonal.


Pode usar as mãos e pés pra escorregar entre paredes próximas, descendo ou subindo.


E isso tudo é combinado aos movimentos já conhecidos dele.


Mas não é tudo, pois o Príncipe muda de forma e ganha um chicote de correntes acoplado no braço, que permite que ele se pendure em alguns pontos.


Isso faz com que ele ganhe impulso ao pular em trapézios por exemplo (pra fazer suas acrobacias aéreas)...


Ou ganhe mais tempo nas corridas nas paredes, indo mais longe, sustentado pela corrente.


Ele também pode puxar alguns blocos específicos na parede.


Junta tudo isso e pronto, só de parkour leva-se horas.

Stealth

No caso do Stealth é uma novidade, que muda um pouco a dinâmica dos combates, pois nos da a opção de escolher lutar, ou andar escondido e assassinar nossos alvos.


Basicamente, nos aproximamos de inimigos, de forma furtiva, e temos a opção de executa-los, em Quick Time Events sinalizados pela Adaga (ela brilha) e com possibilidade de sucesso ou falha.

Quanto mais forte for o inimigo, ou dependendo da quantidade também (da pra executar mais de um ao mesmo tempo), o número de golpes em tempo certo aumenta, e as chances de errar também, pois é preciso apertar o botão de ataque apenas na hora que a adaga brilha, durante a cena automática.


Também deve-se tomar cuidado pra não ser visto, enquanto se aproxima dos inimigos, e não fazer barulho (quebrando coisas por exemplo) pra não alarma-los.

O sinal pro ataque é uma oscilação no ar, e o tempo fica um pouco mais lento, pra facilitar tanto o início das execuções, quanto o desenrolar.


Daí tem execuções de tudo quanto é jeito, com quase todos os inimigos.


Se isso te lembrou Assassin's Creed, pois é, esse foi o modelo que inspirou o jogo de assassinato via execuções. A Ubisoft claramente pegou a ideia do parkour, e esse esquema de mortes rápidas que funcionou bem em Two Thrones, e aprimoraram pra implementar em seu título lançado em 2007.

Combate

Mas o combate, ao estilo Hack and Slash, misturando golpes de Adagas ou Armas Maiores, com Pulos e Cambalhotas, ainda é muito presente, e nem sempre da pra ir furtivo.


Em caso de falha nas execuções, a luta é obrigatória, e alguns inimigos gostam de surpreender, surgindo pra nos pegar, ao invés de estarem distraídos.

E no caso do combate, a mecânica repete o que foi visto em Warrior Within, onde da pra atacar usando a Adaga, ou uma Arma Descartável, pega de inimigos ou do cenário, que também pode ser arremessada.


Isso porém é trocado nas fases finais, pois o protagonista recolhe uma Espada poderosa que não pode ser descartada, combinando ela com sua adaga. Isso torna os muitos itens caídos no chão inúteis, e vira só um elemento jogado no cenário (que fica até legal, pois ao invés de corpos, temo as armas mostrando que houve matança).


Essa espada, a Espada do Rei, é uma arma capaz de executar qualquer inimigo em um golpe só (menos o chefão né), e também pode explodir algumas paredes, sendo bem parecido com as armas do segundo jogo, mas aqui ela é pega de uma vez só no fim.


A Adaga do Tempo retorna, pois o Vizier a reconstrói, e estranhamente a descarta, deixando ela cair nas mãos do Príncipe. Assim, os poderes dele com o controle do tempo voltam.

Rebobinar o tempo ou torna-lo mais lento é o grande poder do Príncipe, que se destaca nessa trilogia, e mais uma vez retorna (só que agora perfeitamente justificado, diferente da tragédia do segundo).


E nesse sentido, de poderes temporais, não houve nenhuma novidade. É a mesma coisa, a mesma mecânica dos dois jogos anteriores, e os mesmos poderes (Até alguns completamente sem uso).

O Príncipe pode rebobinar, no limite mostrado em uma Barra de Estamina Temporal vermelha, e consumindo uma Esfera de Areia do Tempo.


Pode deixar tudo mais lento (exceto ele), por um período também mostrado nessa barra vermelha, e consumindo uma Esfera de Areia.


Ele também pode causar uma Explosão, que causa dano em área (e recebe dois upgrades), e é completamente inútil, além de gastar mais de 3 Esferas de Areia (depende do upgrade).


Só há esses novos golpes com o tempo, mas a Adaga e sua combinação com a Espada ganham mais alguns combos, que não fazem grande diferença na prática.

A obtenção de tudo isso é feita do mesmo jeito, e até haveria espaço pra mais poderes, mas preencheram esses espaços com Esferas de Areia, ou até Pontos Colecionáveis (que nem vale a pena mencionar, pois são apenas uma moeda pra liberar imagens).


Os inimigos podem defender, e só morrem se levarem muitos golpes consecutivos, mas não há combos melhores pra cada um. O importante é só variar, usar Espada, Adaga, e a parede como apoio.

A Segunda Forma


Quando o protagonista muda de forma, além dele substituir a arma secundária por seu Chicote de Corrente mortal (que mata os inimigos mais fácil). 


Ele também transforma suas execuções pra enforcamentos (e ao invés de usar o time quick event da adaga, é preciso apenas apertar o botão de ataque secundário rapidamente).


Andar nessa forma é algo obrigatório, mas também temporário, e a vida do personagem é drenada enquanto a forma durar, levando à morte. É bem semelhante ao esquema da Máscara Sombria do jogo anterior, e o sistema de cura muda durante essa forma.

Pra se curar (e salvar o jogo), em sua forma normal, ele precisa beber água, geralmente encontrada em fontes.


Outra forma seria encontrando aprimoramentos de Vida (passando pelos obstáculos das Fontes Secretas).

Mas, quando ele se transforma, além de não ter água pra se curar, ele perde energia vital gradativamente.


O que passa a restaura-la nesse caso é a Areia do Tempo, coletada de objetos quebrados ou inimigos mortos.


O limite máximo de areia é aumentado ao longo do jogo, naturalmente (sem a necessidade de buscar por segredos), assim como a aquisição de novas habilidades.


Daí na outra forma, o príncipe restaura tanto energia temporal quanto vida quando coleta areia. 

Eventos Diferentes


Há algumas situações especiais em que ganha-se novos movimentos e desafios.


O primeiro e mais notável é a corrida de Carroça, onde deve-se guiar a Carroça (e evitar bater nas paredes), enquanto confronta-se inimigos, alguns pulando na carroça, outros com suas próprias, tentando empurrar o príncipe pra fora da estrada.


Nas vezes que isso ocorre, é realmente divertido, e desafiador, mas da pra usar as Areias do Tempo pra rebobinar momentos de fracasso.

Luta de Gigantes

Dentre os poucos chefes, há dois gigantes, tirados do Warrior Within mesmo, mas a luta não é do mesmo jeito. Na verdade todos os chefes tem seu próprio estilo de combate, e falarei deles individualmente.

Mas, um deles faz alusão à corrida e carroças, tendo de ser guiado por corredores pra romper portas.

É bem parecido, e igualmente dinâmico.

Fontes Mágicas


Assim como nos outros jogos, o Príncipe pode aumentar sua vida máxima, ao passar por desafios escondidos.

Aqui são fontes das quais ele bebe, e é levado pra um local cheio de armadilhas que deve superar, pra então retornar pra fonte (quebrada), já com sua vida melhorada.


No fim do jogo, é sugerido que na verdade, tudo se passava apenas na cabeça dele, sendo talvez algum tipo de alucinação provocada pela água daquelas fontes.


Personagens

Príncipe

O protagonista sem nome assim permanece, mas tem muito mais expressividade agora.


Sempre conversando com seu eu interior, ele começa bastante arrogante, transformado psicologicamente pelos eventos recentes, o que faz com que essa jornada seja pra trazê-lo de volta ao normal.

Ele volta pra Babilônia, terra que seu pai governa, e já encontra tudo sob ataque. Mas, a preocupação dele não é salvar seu povo, e sim se vingar do grande vilão.

Movido por essa força vingativa, ele fecha os olhos pra muita coisa (o que é reforçado pela ausência dos personagens, mas presença de seus sons e gritos), e segue no meio da cidade, matando apenas o essencial pra chegar à grande torre central.


Por muitas vezes ele cita o sumiço das pessoas, e comenta sobre seu passado naquelas ruas, mas dificilmente ele enxerga alguém. O príncipe prefere fingir que não tem ninguém em risco, pra focar em seus objetivos principais, e ironicamente, tudo só muda quando ele começa a pensar nos outros.

Demora, mas ele aprende a ser um verdadeiro príncipe honrado.

Aliás, ele tem dupla personalidade agora.

Imperatriz Kaileena

Ela assume o papel de narradora, parecido com o que o Príncipe fez no primeiro jogo. Mas, isso não significa que ela esteja viva.


Na verdade, independente do final obtido em Warrior Within, a Imperatriz do Tempo morre.

Os dois finais acabam sendo canônicos, pois ela quem decide em qual linha do tempo permaneceria. Assim como ela cita, ela viu todos os finais possíveis, e escolheu este, não por ela, mas pelo Príncipe.


Kaileena tinha algo pra ensinar a ele, por isso o acompanhou até Babilônia, e se deixou ser capturada pelo exército invasor.


Ela é sacrificada, pra trazer as Areias do Tempo, e reforjar a Adaga do Tempo (meio que inutilizando tudo que ocorreu em Warrior Within né), mas esse seria um destino inevitável dela. Ciente disso, ela usa esse evento pra afetar o Príncipe.

O grande objetivo dela não é mais sobreviver, mas servir de tutora pro Príncipe da Persia, e conduzi-lo pra um caminho mais correto.


A Imperatriz nem chega a ter ciúmes de Farah, e banca a cupido! Nessas horas me pergunto pra que que teve aquela cena de engalfinhamento indecente em um dos finais de Warrior Within.

E tudo o que vemos é só uma história, contada por ela depois de ascender.

Vizier

Ele é o vilão, que havia morrido em Sands of Time, mas voltou à vida depois de tudo ter sido apagado.


Sem Dahaka na cola do Príncipe, Vizier retoma o posto de vilão principal, e já começa ordenando uma invasão à Babilônia, nos domínios Persas.

O cara foi frustrado na Índia, mas do nada obtém um baita exército, formado por milhares de soldados muito bem treinados, e vai direto num dos reinos com os conquistadores mais hábeis, que não dão conta de defender os muros da cidade, ou seu povo.


E o mais curioso, Vizier não tinha a Magia da Areia, nem parecia ter qualquer poder que justificasse sua grande influência.

Enquanto em Sands of Time ele manipulou tudo na surdina, aqui ele toma a frente e ataca todos, de forma bruta mesmo. É estranho, e não combina em nada com o prelúdio no final de Warrior Within, que sugeria que a invasão era provocada por outra entidade, em busca do Trono (na verdade, aquilo era meio que uma visão de Kaileena, que misturou tudo).


Mas tudo bem, Vizier que é o cara a frente do exército invasor, e ele conquista a cidade, a tempo do príncipe voltar, com a Imperatriz do tempo de bandeja!

É quase como se ele soubesse que ela voltaria, e enquanto seus soldados torturam e massacram o povo Persa, dois aleatórios conseguem reconhecê-la, desacordada numa praia, e levam ela direto pro Vizier, ainda viva.

Daí ele já mete uma adaga no bucho dela e reforja a Adaga do Tempo, liberando as areias ali mesmo e amaldiçoando seus soldados, incluindo aqueles que estavam na vanguarda, e pronto, ele vira um deus.


Vizier ainda mete a adaga em si mesmo, e absorve a areia, perdendo o corpo, mas ganhando asas douradas, e poderes de... levitar pedras, se achando o melhorzão e se dizendo imortal (mas nem de longe ele era).


O cara se acha tanto que joga a adaga fora, o que basicamente condena ele à derrota iminente, afinal, a única coisa capaz de mata-lo era a Adaga do Tempo.


Com sua nova forma, ele ganha acesso a portais espalhados estrategicamente por toda a cidade, e os usa pra se teletransportar de um canto a outro, só pra... turismo?


Tudo que ele queria, era isso. Ganhar imortalidade pegando a Imperatriz, e depois se casando forçadamente com a Princesa da Índia, que calhou de estar em Babilônia também! E é, é nesse monte de coincidências que o vilão age.


Farah

O que ela ta fazendo no território Persa chega a ser ilógico, mas na verdade, o exército gigantesco do Vizier havia atacado e conquistado a Índia, antes de se dirigir pra Babilônia. Farah era um espólio de guerra, que eles fizeram questão de arrastar junto nas invasões.


O esquisito é que apesar dela ser uma princesa, e ter grande importância nos planos do vilão, ela é carregada de qualquer jeito, em uma jaula minúscula, e é solta aleatoriamente pelo Príncipe.

Engraçado que, quando Farah é "salva", é tudo na sorte, e os soldados ignoram ela (como se não fosse importante) e focam toda a atenção no Príncipe.


Depois de solta, ela ainda consegue perambular livremente, salvar um monte de gente, e só depois de muito tempo que ela é capturada outra vez pelo Vizier, agora já levando ela pra... então, não fica claro se ele queria só casar com ela mesmo, mas ele a leva e deixa ela pendurada enquanto espera o Príncipe levar horas, pra escalar uma torre e enfrenta-lo.


Farah ajuda o Príncipe com suas flechas, a derrubar plataformas e abrir alguns caminhos. Mas, o Príncipe também tem que ajuda-la, restaurando alguns caminhos pra ela poder atravessar.

Raramente ficam lado a lado, mas a interação remete aos 7 anos passados, onde eles andaram juntos, mas só o Príncipe se lembra (afinal tudo foi apagado).


Só que eles invertem os papeis. O príncipe por já conhecer Farah, antecipa seus jeitos e acaba sendo extremamente rude e arrogante, até debochado com ela. Enquanto isso, ela age mais formalmente e educadamente, e é muito mais sensata, sem jogar indiretas nem provocar.

O príncipe que acaba sendo bem idiota, e provocador, e fico pasmo ao ver que isso funcionou. Farah acaba tentando puxar assunto com ele, depois de brigarem muito por várias razões.


Farah queria salvar o povo da Persia, já o Príncipe queria só matar o Vizier, ignorando geral. Isso deixa ela bem decepcionada.


Depois o Príncipe revela ter "dupla personalidade" e estar afetado com a Areia, e ela perde a confiança nele, até voltar depois.

E por fim, ele é um babaca, e Farah tem que ter muita paciência. Mas, ela ainda assim dá moral pra ele, principalmente por ele tê-la reconhecido sem jamais terem se apresentado.


Talvez o jeito natural com o qual ele age perto dela fez ela se interessar, antes mesmo de descobrir que ele era um príncipe, assim como ela. Esse mistério fez ela acompanha-lo até o fim.
 
Velho Sábio

Esse senhor parece ser muito importante na cidade, mas ele não vive no palácio. Ele surge liderando o povão depois de toda a invasão, e faz o que o exército Persa não fez, contra o exército invasor infinitamente mais poderoso do que já era, e cria mó guerra.


Isso só mostra a moral do cara, o que de certa forma explica porque o Príncipe recorreu logo a ele, pra descobrir como vencer Dahaka.


Por muito tempo achei que esse velho era um informante do Vizier, pois era bem suspeito. Mas ele é só o tiozinho influente da cidade, que apoia o Príncipe.

Sharaman

Este é o Rei de Babilônia, pai do Príncipe sem nome, que também foi incapaz de defender seu reino, mesmo sendo um baita conquistador (aparentemente).


Historicamente, os Persas conquistaram a Babilônia, estabeleceram direitos humanos e os caramba, e ainda tomaram controle da Torre de Babel! Pelo menos é isso o que eu acho.

Mas Sharaman, apesar de ser muito amado por seu filho, que fala o tempo todo que anseia por revê-lo, afinal no tempo que ele apagou, seu pai havia morrido como um monstro de areia, acaba não dando conta de defender a cidade.

E detalhe, o cara tinha em mãos uma espada poderosíssima capaz de matar as criaturas de areia em um golpe único. Essa arma inclusive se parece muito com a Espada de Água que o Príncipe usou pra vencer Dahaka, mas Sharaman que a carregava, e era uma marca registrada sua, reconhecida na hora por seu filho.


Infelizmente, ele é encontrado já falecido, mas graças a isso seu filho se equipa com a melhor arma, e toma juízo na cabeça, aprendendo a controlar sua forma sombria.

A morte de Sharaman serve não apenas pra transformar o Príncipe em Rei (o que encerra a principal premissa da série né), mas para fazê-lo amadurecer como um todo, e aceitar as perdas, decidindo não voltar mais no tempo (pra tentar ressuscita-lo por exemplo).


O Príncipe aceita essa morte pra seguir em frente, e isso é crucial pra sua evolução.

Príncipe Sombrio

A segunda personalidade do Príncipe brota de dentro dele, assim que as Areias do Tempo retornam, e ela passa a importuna-lo, falando o tempo todo, e até discutindo com ele.


De certa forma, essa personalidade é um parasita, que pode opinar nas ações e decisões do Príncipe, e pra piorar, ainda pode assumir forma física, trocando de lugar com ele, e virando uma entidade de areia sombria.

Apesar dele não ser mal, ele é rude, e sempre repreende seu alter ego por ser "mole". Ele fica jogando indiretas, e até debochando de ações dele, sejam durante as lutas (comentando seus movimentos), ou durante a viagem mesmo, e as interações dele com outros personagens.


Ele é meio que contra o relacionamento de Príncipe com Farah, ou até mesmo com Kaileena. Engraçado que ele chega a falar que todos os problemas dele, só surgem por causa de mulheres que ele persegue.

Essa versão do Príncipe tem consciência própria, mas compartilha do corpo, e tem um objetivo misterioso apesar de tudo. No fim, ele revela que tudo que queria era controle total do corpo, pra assim reinar.


Por isso que o jogo se chama assim. "The Two Thrones" é referência as duas versões do Príncipe, lutando pra ver quem vai herdar o reino.

Esse príncipe Sombrio deriva de uma Corrente de um vilão qualquer, que se prende no braço do Príncipe. Não tem nada a ver com o Príncipe descartado no paradoxo que ele gerou, nem com  Máscara Sombria

Torre de Babel

Os jogos da Ubisoft depois de Assassin's Creed passaram a ter uma precisão história mais "coesa" com a realidade (entre aspas pois eles tentam, pelo menos geograficamente). Mas em Prince of Persia nunca foi bem o caso.


No primeiro se esforçaram mais (lembro dos deuses indianos) e nesse aqui, botaram uma torre gigante no meio de Babilônia, que parece ser a Torre de Babel.


Ela até chega a ser escalada e o chefe final é enfrentado no topo dela, e bem, mesmo não tendo comentários sobre ela, é impossível não se maravilhar. 


Aliás, o Príncipe mesmo fala mais dos Jardins Suspensos da Babilônia (que é uma das 7 maravilhas do mundo antigo), mas aqui dito como algo construído por Sharaman, que como ele diz, foi algo pra homenagear o povo.


Historicamente, quem construiu os Jardins Suspensos, por questão estética e puro luxo, foi o Rei Nabucodonosor, quem também fez o zigurate (a tal Torre de Babel). Eu não entendo nada de história mas, parece que passaram a bola pro pai do Príncipe, sendo que Nabucodonosor era um Rei Babilônico, e não Persa, enquanto Sharaman era Persa.


E, meio que os Persas invadiram a Babilônia e a conquistaram após a morte de Nabucodonosor... então na lógica, ta tudo misturado!

Inimigos

Existem poucos inimigos ao longo do jogo, e todos são facilmente derrotados, seja com execuções ou com combates. Por regra, eles só morrem quando ficam no formato de areia, e pra isso devem ser atacados com múltiplos golpes sequenciais, isso pelo menos no caso dos monstros de areia.

Mas também há humanos, que geralmente morrem após sangrarem bastante.

Soldados do Vizier


De início, os inimigo comuns são os soldados que Vizier usou pra tomar Babilônia. Eles são todos enormes, e bem musculosos, mas ficam patrulhando, geralmente distraídos, e as vezes param pra torturar os civis, por pura diversão.

Eles não falam nem conversam, mas são racionais, pois se organizam.

Arqueiros do Vizier


Essa é uma versão também bem forte, mas que usa arco e flecha.

Eles também ficam patrulhando, nem sempre em pontos altos, e chegam a ser mais fortes que os soldados, mas nunca são vistos torturando pessoas.

Por isso, parece mais que são os vigias. 

Generais de Areia


Quando as areias voltam, todos os soldados viram monstros. Dessa vez, apenas os servos do Vizier viram criaturas de areia.

Os generais são uma versão semelhante aos soldados, mas eles podem convocar mais soldados, caso soem o alarme, interagindo com os pilares de luz do Vizier.

É que pela cidade, o Vizier demarcou locais para poder teletransportar, deixando pilares de luz, e vários de seus capangas, incluindo Generais, pra guardar os pilares. Se o Príncipe chama a atenção ao se aproximar, o General corre pros pilares, e convoca mais soldados.

Eles acabam sendo mais resistentes ainda, e enquanto os soldados priorizam combate, os generais correm pros pilares. Por isso, normalmente, o Príncipe precisa abater ao menos o General de cada patrulha, pra evitar que ele chame reforços.

Prisioneiros de Areia


Na parte dos esgotos da cidade, e becos, existem alguns monstros esverdeados que, brotaram do nada. Talvez eram bandidos da cidade, transformados (parecem até anfíbios pra mim).

Os braços deles são deformados, com uma lâmina e um escudo que usam pra se defender. Por isso são mais resistentes.

Eles surgem de buracos nas paredes também.

Cães de Areia


Também tem os cães enormes, que sugam energia de Areia do Príncipe e dos arredores.

Eles surgem em bandos, e apesar de grandes, eles caem com certa facilidade.

Mulheres de Areia


Dentre os soldados do Vizier também haviam mulheres, mas eram aquelas que ele transformava. Por alguma razão, o cara tinha tara em transformar mulheres em monstros com lâminas no corpo, por isso saiu capturando geral pra deformar. Ele no fim tenta fazer o mesmo com Farah, antes de se casar. 

Uma de suas generais (um chefe que falarei mais pra frente) parece ter servido de inspiração pra essa transformação em massa, e elas surgem geralmente em salões e plataformas, como dançarinas do Ventre com adagas...

Não são tão fortes, apesar de se moverem mais rápido elas não são nada velozes, e são fáceis de vencer.

Mulheres de Areia Atiradoras de Facas


Tem também uma versão que se move muito rápido, e atira adagas. Pra mim se parecem com mulheres também, com vestidos longos.

Essa versão se parece muito com alguns monstros vistos na Ilha da Imperatriz.

Monstros de Areia Invisíveis


Tem também criaturas invisíveis, que parecem os bandidos, mas podem ficar invisíveis (e temos de nos orientar mais pelo som pra identificar, e pela silhueta da transparência).

Também morrem com certa facilidade, e se revelam ao serem atacados.

Carcereiros de Areia


Tem uns brutamontes carecas na rodada final, que são bem resistentes, e fortes.

Só na execução eles precisam de 5 facadas pra morrerem (geralmente os monstros morrem com 2).

Mas são só mais guerreiro do Vizier convertidos.

Guerreiros Fortes de Areia


E na mesma pegada, tem uns guerreiros ainda mais fortes, mas quase não há diferença na prática.

Chefes

Cada chefe tem seu modo de luta, e todos são bem dinâmicos.


A maioria aparece na forma humana como capangas próximos do Vizier, como se fossem a Elite. Eles o protegem do Príncipe, mas todos são convertidos em monstros depois, permanecendo sob as ordens do Vizier.

Klompa - Gigante Sem Mandíbula


O primeiro é justamente o grandão, que ficou ainda maior. Ele é um gigante, exatamente como os vistos na Ilha do Tempo de Warrior Within. 

Mas ele não tem a mandíbula, e a luta dele ocorre em duas etapas.


Primeiro, ele fica no centro da fase, com a visão da câmera forçada sobre o ombro dele, e o Príncipe precisa evitar seus socos, atrás de plataformas pra subir, e alcançar sua cabeça.


Então ele da uma Facada no olho do gigante, cegando ele, através de um Quick Time Event de Execução.


Depois de cegar os dois olhos, começa a segunda rodada, com a câmera agora no controle do jogador mesmo.


Passa a ser possível ataca-lo diretamente, esfaqueando suas pernas, e passando por baixo delas pra evitar os golpe do gigante cego.


E depois de drenar toda sua vida, ele vira poeira.

Após derrotar ele, um grupo enorme de pessoas é libertado, mas o Príncipe começa a se transformar bem na hora, fugindo pra não assusta-los.


Mahasti - Mulher de Areia


O segundo chefe é uma mulher, que acaba atacando o Príncipe no meio da aventura, logo depois de Farah se reencontrar com ele.


Ela fala, e parece ser importante (cheguei até a suspeitar que fosse alguém conhecido) mas ela é apenas a capanga que feriu o Príncipe, no início de tudo.

Ela que atirou uma corrente no braço dele, e o prendeu, sendo que na hora da transformação de areia de todos, a corrente penetrou na pele do Príncipe, e por ser pertencente a um capanga do Vizier, acabou transformando-o parcialmente, liberando o Príncipe Sombrio como nascido da areia, dentro dele.


Na primeira parte da luta, Mahasti é uma guerreira formidável, que ataca e defende bastante, dando muitos golpes sequenciais. 


Mas ao ficar com metade da vida, ela tenta escapar, pulando pra plataformas distantes. Nessa mesma hora, o Príncipe passa a virar sua versão Sombria, e tem de persegui-la pelo cenário.


Ele deve usar o chicote que ela mesma lhe deu, pra alcançar ela a tempo, deixando o tempo mais lento, e a atacando antes dela fugir.


Repetindo isso até a vida dela acabar, ela é jogada de um penhasco, e morre (apesar de não mostrar ela se desfazendo, o Príncipe restaura energia após vencê-la, o que significa que ele absorveu a areia dela).


Mas, Farah salva algumas mulheres fora de cena, e quando volta, vê o Príncipe transformado, e acaba suspeitando dele como um dos servos do Vizier, fugindo.


Detalhe, antes de morrer, a chefe fala dos planos do Vizier em transformar mulheres em criaturas de areia. Parecia um hábito bem comum dele, apoiado por ela.

Gigante de Planta


Esse também é um gigante, que aparece na região dos Jardins. Ele não tem barra de vida, mas vale como chefe.

Ele é enorme, mas coberto de vegetação, e na primeira parte da luta só precisa ser derrubado no chão, após alguns golpes nas pernas.


Então ao se ajoelhar, Príncipe precisa acertar um golpe de adaga nele, pra fazê-lo correr, com ele nas costas, até portões de toda a galeria.


Daí o gigante é guiado, quebrando os portões, até morrer.

Guerreiros Gêmeos - 
Cavaleiros de Espada e Machado


Na parte final do jogo surgem esses dois ao mesmo tempo, também capangas de elite do Vizier, eles lutam juntos, um com uma Espada Longa, e outro com um grande Machado.

É bem difícil pois eles tem defesa perfeita, e existe todo um esquema pra batalha. Com Príncipe cercado por fogo, os dois ficam de cada lado, atacando-o intercaladamente.


Então é preciso atacar o cara da Espada primeiro, pro do Machado tentar atacar o Príncipe com um pulo.

Mesmo que o da Espada não seja acertado pelos golpes, o Príncipe consegue, ao desviar do golpe do machado, fazer o outro inimigo ficar preso no chão, vulnerável a uma execução (que não o mata, mas tira vida) depois de alguns golpes pelas costas.


O da Espada fica tentando distrair é claro, mas é só evitar suas investidas e acabar com o do Machado.


Infelizmente a tática não funciona com o do Machado, pois ele emburra Príncipe caso tente ataca-lo diretamente, sem dar abertura pro da Espada querer bancar o espertão e pular pelas costas.

Ironicamente, o primeiro a morrer é o da Espada, e Farah executa o do Machado com uma flecha na testa.


Ela aparece de surpresa, e volta a andar com o Príncipe, perdoando-o por ser amaldiçoado, e acreditando em sua aliança.


Detalhe, o do Machado chega a falar com o Príncipe quando o prende numa armadilha grande, mostrando que todos esses chefes são racionais. E quando o irmão dele morre, ele fica bem irritado e até grita, antes de tomar a flechada.


Vizier de Areia


E no fim, tem o chefe todo poderoso, imortal, mas não imbatível (frase do Príncipe).

Vizier pega Farah na rodada final, sequestrando ela e levando pro topo da Torre de Babel, pra transforma-la em um monstro como ele, e se casar. Parece que ao transformar, ele faz uma lavagem cerebral (além de deformar propositalmente com armas acopladas ao corpo).


Depois do longo trajeto, o Príncipe pega um elevador e o enfrenta, pra salvar a donzela, que resistia à transformação.

Inclusive, ela fica pendurada num canto e o mapa é cheio de Areia do Tempo flutuando, pois ela estava em processo de transformação.


O chefe não é tão forte apesar de tudo. Ele se move voando, mas não é tão rápido, e nem tem qualquer resistência ao tempo (como era o caso da Imperatriz por exemplo).


Tudo que ele faz é atacar de perto com suas asas, e as vezes jogar pedras que levita.


Irônico que ele foi capaz de cortar um cara ao meio sem dificuldade, mas não consegue fazer isso com o Príncipe.


Quando sua vida é reduzida, ele passa a voar longe, próximo dos pilares nos cantos, e cria um turbilhão de pedras voadoras.


O Príncipe tem que alcançar ele, evitando as pedras, e pulando no pilar pelas costas dele, executando-o até arrancar suas duas asas.


Mas ele continua flutuando mesmo sem elas, e após uma terceira execução, ele voa bem mais alto, deixando as pedras no ar.


O príncipe precisa então fazer parkour nas pedras pra alcança-lo a tempo... 


E assim, num golpe final em câmera lenta (na verdade a cena para e a câmera gira), ele mata o chefe.


Ele enfia a Adaga do Tempo nele, que absorve toda a areia do Vizier, quem depois implode e some.

 

No seu lugar, surge o Espírito da Imperatriz, que fala que vai procurar um homem pra ela em outro plano (afinal o Príncipe ficou a Farah mesmo), e faz a Adaga do Tempo virar poeira, e pronto, fim de jogo.


Ou pelo menos quase, pois ainda tem o Príncipe Sombrio pra enfrentar.

Principe Sombrio


O combate contra ele na verdade é uma viagem interna na mente do Príncipe.

A Sombra mesmo nunca ataca, só debocha e provoca, tudo proposital para ganhar a atenção do Príncipe. 


Quanto mais golpes ela recebe, mais escuro o cenário fica (pois a mente do Príncipe começa a se apagar). Quando se apaga, o Príncipe cai no reino da luz em sua mente (provavelmente o mais profundo de sua consciência).


Daí ele tem que correr pelo reino de luz, pular por plataformas, pra alcançar a sombra que fica cada vez mais distante.


Cair em penhascos ou errar o caminho só faz o Príncipe voltar pro último local seguro, e nesse combate não há forma de perder.

Porém ele nunca acaba. 


A sombra chega a levar o Príncipe pra memórias dele (até mesmo algumas regiões dos outros jogos), mostrando que muita coisa se passou na mente dele.


Mas tudo era só distração pra mantê-lo ali até ficar mentalmente exausto e permitir que a Sombra assumisse.


Felizmente, Farah tenta acordar o Príncipe, fazendo ele lembrar do encontro final que teve com ela.


E seguindo ela, ignorando a sombra, tudo se encerra.


E aliás, agora é uma boa hora pra contar a história do jogo... mas vou deixar que os personagens falem.

História de Prince of Persia - The Two Thrones


Olá, meu nome é Kaileena, mas pode me chamar de Imperatriz do Tempo, pois eu mando no tempo!


Falando em tempo, a muito tempo, a aproximadamente duas semanas, eu conheci este rapaz sabe, um cara corpulento que chegou na minha ilha, e tentou me matar.

Depois disso, bem, ficamos. Ele me convidou pra ir pra casa dele mas, acabamos nos agarrando no barco mesmo. E eu só fiz isso, pois sabia como tudo acabaria... 


Como eu disse, eu mando no tempo, e eu sei o futuro, eu já sabia que ao chegar em Babilônia tudo estaria caindo, e tanto eu quanto o rapaz estaríamos condenados à morte.


Mas, me sacrificando, pude estender a vida dele, pra que o jovem reencontrasse sua verdadeira amada, aquela sirigaita chamada Farah.


Pois é, eu sou dessas, eu abri mão da minha vida, pra ele sair com uma qualquer metida a princesinha, atiradora de flechinhas.

Eu sabia que isso ia acontecer, eu deixei, e eu mesma induzi tudo. Destino? Que nada, eu faço meu destino, e dos outros também... então no fim, a culpada de tudo fui eu mesma.


Mas, vamos por partes. Eu me deixei ser capturada e sacrificada, e depois disso, o príncipe perdeu sua camisa, e passou a correr, coberto daquele suor que escorria por sua pele bronzeada, pelas ruas da cidade devastada que um dia ele reinaria.


E no meio dessa linda cena, ele se deparou com Farah, quase a atropelou, e a libertou sem nem perceber. Simplesmente a ignorou igual fez comigo, pois na cabeça dele, o importante era ir atrás de outro macho!

Por um lado você deve estar se perguntando: Mas Kaileena, ele queria te vingar, por isso foi atrás do Vizier com tanta fúria. QUE NADA! Ele queria só matar o Vizier não por mim, mas pelo passado que eles tiveram.


O Vizier havia forçado ele a voltar no tempo, e apagar toda sua história com a sirigaita. Por isso ele tava bravinho, e movido por isso, acabou reencontrando justamente ela. Farah foi salva pelo príncipe.

Farah: Como assim "salva"? Eu tava presa numa caixa e do nada veio esse doido numa Carroça e atropelou todo mundo. Eu dei foi sorte de não morrer! E tentei compensar isso salvando as pessoas... aliás... como assim "sirigaita"???


Kaileena: A história é minha! Licença.

Continuando... Meu príncipe estava agindo errado, pois estava alheio a tudo que ocorria, ignorando tudo, inclusive seu próprio povo. O Príncipe estava ignorando a situação calamitosa de seu povo, e apenas caçava o Vizier, por isso ele não ligava em atropelar SIRIGAITAS no meio da estrada!

Farah: MAIS RESPEITO AI FAZ FAVOR!


Felizmente, foi ela quem abriu seus olhos. Claro que eu dei uma empurrada, afinal eu sabia de tudo! E sempre soube que Farah iria trazer a humanidade de volta ao meu príncipe.

Sem saber quem a salvou, ela seguiu ajudando as pessoas na cidade, e coincidentemente encontrou o Príncipe, salvando-o também algumas vezes, e depois o acompanhando.


Ela e sua estrondosa benevolência, encantaram-no, e o fizeram se importar com seu povo, tentando salva-los na última hora. Como a princesa que era, ela tentava estimular o príncipe a procurar ajudar as vozes que ecoavam pela cidade - Pronto, satisfeita? Posso contar a história em paz agora?

Mas isso ia contra a vontade da sombra interior do príncipe, que queria mesmo era ir atrás da vingança.


Foi justamente isso que fez com que ambos se afastassem. Ao ver a sombra se personificar, Farah passou a suspeitar dele, pois ele virava um dos monstros do Vizier, então ela parou de acompanha-lo.


Mesmo abalado pelo distanciamento de sua amada, o príncipe ainda tentou resgatar as pessoas que ela tanto queria salvar, o que o fez cair numa armadilha, onde ficou preso numa estrutura grande com uma estátua enorme de seu pai.


Só que isso só lhe deu a chance de se redimir, e libertar todo seu povo, que lá estavam presos ao seu lado, sem ele nem ver.

Ele assim libertou os Persas, que comemoraram, mas teve de continuar lutando como o bravo homem que era.


E assim, foi parar numa luta complicada contra dois carrascos, sendo salvo justamente por Farah na última hora.

Ela ficou só observando de longe pra ver se ele era bom ou ruim, e como ele estava realmente confrontando os soldados mais fortes do Vizier na raça, deu pra entender que ele não era um cara mal.


Por isso a sirig...princesa e o príncipe voltaram a andar junto, mas não por muito tempo.

Todo o exército invasor se uniu pra cercar os dois, e por pouco não foram mortos.


Mas ai está a ironia, aquele povo que foi salvo, se uniu formando um exército tão grande quanto o invasor, e iniciaram uma guerra, em nome do Príncipe.

Protegendo-o, eles deram suas vidas, liderados pelo velho ancião, tudo para abrir caminho para o Príncipe alcançar o grande vilão e por fim a tudo isso.


Mas, Farah foi capturada bem na etapa final, e preparada pra servir de testemunha do combate definitivo, que levaria horas pra iniciar.

O Príncipe foi jogado nas profundezas de seu reino, tendo de escalar tudo de novo, e ainda uma torre, pra chegar ao combate.


Nesse caminho, ele encontrou seu falecido pai, e sua Espada, se armando ainda mais pra luta. 

Mas o mais importante, é que no momento em que descobriu que seu pai morreu, ele decidiu parar de confiar no poder de manipular o tempo, e aceitar suas responsabilidades. Era bem isso que eu queria.


Depois de escalar a grande torre, o Príncipe ficou cara a cara com o Vizier e acabou com ele, sem grande dificuldade.

E ao executa-lo, me trouxe de volta, mas em minha forma astral.


Eu abençoei a união do casal, mesmo odiando a princesinha, e parti, permitindo que eles vivessem sem mais areias do tempo pra perturba-los. 


Toda a areia se foi comigo, e tudo foi resolvido.

Ou ao menos foi o que pensei, pois o mal no interior do Príncipe ainda perdurava, e de repente ele desmaiou.

Sombra: Essa parte deixa que eu conto. 


Meu plano, o tempo todo, era só assumir meu corpo definitivamente.

Só que mesmo eu tendo alguma influência, ainda não era forte o suficiente pra toma-lo.


Sem as areias, era minha chance de conseguir o Trono, pois elas deixaram a mente do babacão mais fraca.

Tentei muito fazer ele  me seguir pras profundezas de sua mente, onde eu daria o bote...

Mas o idiota foi salvo pela garota... ela surgiu do nada e disse pra ele me ignorar, e se tem algo que ele é bom em fazer, é ignorar.


E ele me ignorou mesmo, me deixou lá na mente dele, isolado, sozinho, e pra trás.


Foi isso que aconteceu. Agora to aqui existindo sem nem poder me personificar mais, e totalmente ignorado pelo babaca.

Kaileena: Então... Farah o ajudou a vencer, o fazendo acordar de seu sono profundo... entendi.


Sendo assim, restava ao príncipe e a princesa se conhecerem melhor, e ele resolveu contar como chegou até ali, finalmente revelando pra ela o passado esquecido que tiveram.


Se ficaram juntos depois disso, não me importa. Meu objetivo era só fazer o Príncipe tomar juízo, e parar de brincar com o tempo.

Príncipe: Ei, era pra eu contar a história não? É minha vida! Injustiça...


E fim.

Bem, acho que por hora é isso.

Agora que falei da Trilogia principal, posso focar minha atenção nos Prince of Persia: The Forgotten Sands.

Existem dois jogos completamente diferentes com o mesmo título, e sempre tive vontade de falar deles... mas pra sequer pensar nisso, precisava falar da franquia do tempo.

E, foi bem legal. Os 3 jogos são divertidos, o "Sands of Time" é inigualável (tanto que até recebeu remake, apesar de não ter agradado), já o "Warrior Within - O Rei dos Bugs" foi um saco terminar (mas ainda gostei) e o terceiro, foi um encerramento decente.

Ele concluí a história, e encerra a maioria das pontas soltas. Claro que, coisas como o Amuleto de Farah, ou de onde sai toda influência do Vizier, ficaram meio de lado. Mas, o que importa, é que encerraram a trilogia.

Uma pena que parece que "Prince of Persia" é um título descontinuado pela Ubisoft, que preferiu apostar mais na franquia Assassin's Creed. 

Por mais que eu goste dos jogos de assassinato no passado, eu gostaria muito de ver novos títulos do Persa manipulador do tempo. Mas, assim como foi mostrado aqui, esse é o desfecho dessa premissa.

Retoma-la, seria uma afronta a todo o crescimento do Príncipe jamais nomeado. 

Mas, não é o final ainda. Como mencionei, há outros jogos... muitos... mas veremos um dia.


Prontinho. Espero que o artigo não tenha ficado simples de mais, e obrigado pela leitura.

See yah!


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