Depois de 40 horas, consegui terminar FF3 e... caraca, terei pesadelos por um tempo.
Senti falta de jogos de terror, mas não sei se fico feliz ou preocupado, pois este jogo foi mais um marco na minha memória, e tenho receio de nunca mais me sentir confortável ao dormir. Tanto que ontem mesmo, ao encerra-lo, já dormi malsão.
Felizmente tenho aquela "Habilidade Especial" de deletar memórias depois de escrevê-las, então, bora pro artigo que preciso despachar essas lembranças pra dormir melhor!
Introdução
"Fatal Frame 3", ou "Project Zero 3", ou apenas "Zero 3" é o terceiro título da franquia dos paparazzi do além túmulo, no formato de Survival Horror, e totalmente exclusivo pra PS2 (acho que teve port pra PS3 mas, por hora, este título não teve versões pra Wii, Xbox, etc).
Pode até parecer óbvio pensar "Tem 3 no título então é o terceiro, dêh!" mas na real, spin-offs ou jogos intermediários são mais comuns do que se imagina (KH... cof cof...). Felizmente não é o caso de Fatal Frame (ainda) e aqui temos uma sequência direta aos eventos do primeiro e segundo jogo, juntos (irônico pois o 1 e o 2 não são sequências um do outro).
Pior que é tão direta, mas tão direta, que eles basicamente misturaram muita coisa desses dois jogos anteriores, e somaram a mais elementos novos que no fim, ficou bem interessante.
Porém, tem algo que não vou aguentar me segurar pra contar, e aqui vai: Este é o jogo que mais me recordou Silent Hill.
A razão? Uma das novidades é a possibilidade de sair das missões a hora que quiser (e puder é claro, depois explico) e assim, voltar pro "ponto seguro" na casa da protagonista. Lá, conforme o jogo avança, a atmosfera vai mudando e tudo começa a ficar um pouquinho mais bizarro.
Isso é tão "Silent Hill 4" que eu fiquei comparando os dois títulos mentalmente, mesmo que eles pouco ou nada tivessem em comum (na verdade praticamente nada, mas a comparativa surgiu).
Só pra constar, SH4 foi lançado em Junho de 2004 e Fatal Frame 3 em Julho de 2005. Então se teve algum plágio... pois é... não foi de SH4 não pois é diferente, apesar de parecido. (Se bem, SH4 tinha o esquema de mudança de Câmera pra Primeira Pessoa e Terceira Pessoa, e Fatal Frame 3 também tem isso... mas é só coincidência. O mesmo vale pros fantasmas, que ironicamente também aparecem... imortais pra variar, pois já tão mortos né, sempre perseguindo o protagonista... humm...)
Jogabilidade
Desde o primeiro Fatal Frame há elementos como fantasmas imortais e vários tipos de espíritos e encostos pra se procurar, e pra procurar você (tenha medo). Porém essa franquia inteira, gira em torno disso, com a diferença e destaque para a arma do herói, uma mera Câmera antigona (hoje em dia seria na base dos celulares!)... aliás, mais de uma câmera.
É neste jogo que temos uma noção um pouco maior do universo de Fatal Frame e percebemos que, apesar de tudo ter alguma ligação uma hora ou outra, nem tudo gira em torno do mesmo eixo.
Existem várias câmeras, sendo que no primeiro jogo a câmera tem um baita destaque no enredo (ela era o último fragmento de um espelho que matava o chefão final, resumidamente é claro), mas no segundo jogo já nem é lá uma câmera tão importante, tendo seus momentos mas nenhum grande destaque. Aqui, é a mesma coisa, é apenas mais uma das muitas, porém raras, câmeras que um cara fez pra bancar o Caça-Fantasmas.
Mas nem era disso que eu queria falar (eu e meu hábito de divagar!), a questão é que FF3 é um terror bem constante e puxado pro visual, com aparições cadavéricas, bastante tensão e suspense, e uma atmosfera pesada. Aliás, ele conta com uma trilha sonora que não sei a razão, não desgruda da cabeça (por favor, parem de cantar sacerdotisas! Canção de ninar mais grudenta meu deus!).
Algo que notei é que esse jogo conta muito com "Eventos Randômicos". Todos tem um pouco disso, mas esse com certeza extrapolou, com certas aparições surgindo quando menos esperamos, e de formas que não podemos prever. Tem coisas que só acontecem uma vez, pois mesmo reiniciando tudo, o evento não rola da mesma forma.
Falando em "Reiniciar", o jogo mantém aquela ideia de "Salve quando der, ou sofra as consequências" pois, tem poucos pontos pra salvar, que nem sempre são seguros, e geralmente ficam bem mal localizados, em regiões que pouco visitamos. Ainda por cima, além de não ter "Auto Salvamento", o jogo nos pune com Game-Over direto, e retorno pra Tela Inicial, em caso de perda.
Pior é que tem várias perdas, tanto de "itens" (não são bem "itens", são fotos que o jogador tira e são apagadas sempre se reinicia, mas as fotos realmente importantes sempre são mantidas em um inventário a parte) quanto de eventos (nesse caso pode-se perder tudo mesmo).
Claro que há aqueles eventos pré-estabelecidas, que acabam sendo previsíveis e repetíveis, mas não é algo que acontece com tudo, e principalmente no caso dos Fantasmas Hostis, não tem como saber quando aparecerão... ou se aparecerão.
Isso é bem aterrorizante, pois o climão que fica quando tamo andando, até mesmo dentro do "ponto seguro", consegue ser mais perturbador do que ameaças escancaradas. Temos mais temor do que não podemos ver, do que daquilo que puxa nosso pé (nem sempre né, nem sempre).
Mais do Mesmo ou Novidade?!
Muito do que se tem em FF3... (alias é difícil abreviar hein! Se falo "FF3" eu lembro de "Final Fantasy 3", e o pior é que mesmo se botar números romanos, também vai lembrar FFIII... afinal o título original é em números romanos. Também não da pra abreviar ou chamar de Zero 3 pois lembra o que? MegaMan Zero 3! Talvez chame de Project 3 porém, fica meio genérico, e nem é tão abreviado assim. Que seja, continuando...) Muito do que se tem em Fatal Frame 3 se repete dos jogos anteriores, até mesmo o mapa!
Na verdade, algo que eu achei bem curioso foi isso, pois aqui há uma mescla de partes dos cenários vistos em Fatal Frame 1 com os do 2, e tudo se passa em um novo cenário, uma nova Mansão Tenebrosa Xintoísta com um ritual perturbador, ou melhor (pior), vários rituais perturbadores.
Se você é daqueles que não gosta de ir e vir no mesmo mapa em busca de itens e chaves pra abrir portas... tu vai morrer de raiva, e medo (sempre medo) com este jogo, pois você deve reexplorar não só a nova Mansão, que tem muitos andares (até mesmo subterrâneos), mas também precisará reexplorar, várias vezes mais, a Mansão do primeiro jogo, e a Cidade do segundo!
Claro que, não é a mansão inteira né, e nem a cidade completa. Os 3 mapas se juntaram numa mistureba (justificada pelo enredo tá) e, cabe ao jogador sofrer, viajando tantas vezes pelas mesmas regiões que, no fim, vira quase como nossa casa de tão familiar que se torna. (Cruel isso, pois nos faz olhar pra nossa casa com novos olhos...)
Porém são apenas fragmentos dos mapas. Partes importantes, cômodos realocados, é quase um grande quebra-cabeças e, apesar de ter uma constante sensação de nostalgia, também há estranheza (ainda mais se você jogou os títulos anteriores), com coisas fora do lugar, e espíritos novos surgindo.
Falando de cenários... eles são fixos como sempre, porém há uma leve movimentação em alguns pontos, mudando os ângulos e não sendo algo totalmente travado. Por mais que a câmera se reposicione o tempo inteiro, as vezes ela acompanha os personagens o que, ajuda um pouco a jogar.
Mas infelizmente na hora de tirar fotos tudo fica bem difícil. A transição constante de 3º pessoa pra 1º pessoa, junto com a impossibilidade de virar a câmera rapidamente, só piora com esse tipo de cenário. Os fantasmas fazem a festa nos atacando pelas costas ou através das paredes.
Também não há loadings, com o máximo ocorrendo durante a passagem pelas portas, onde leva-se um tempinho pra abrirem. Mas, aproveitam isso pra aumentar a vulnerabilidade do jogador, as vezes posicionando fantasmas logo atrás das portas só pra dar aquele susto básico.
Felizmente, dá pra despistar os fantasmas, geralmente passando por uma ou duas portas. Poucos são aqueles que perseguem o jogador por muito tempo, e os que fazem isso, é pra ferrar tudo mesmo. Tudo depende do tipo de fantasma (com alguns não sendo enfrentáveis de início).
Apesar de alguns fantasmas lembrarem os vistos em outros jogos, todos são originais aqui, e não são tantos. Como os cenários são parecidos, as vezes certos espíritos surgem e lembram eventos antigos, mas na verdade são seres totalmente novos, apenas usados pra ilustrar melhor a releitura dos cenários.
É que, a história de Fatal Frame 3 é bem simples, mas se baseia em fuçar nas feridas dos outros, e pra variar ela escolheu pessoas das aventuras anteriores, pra torturar, sendo seus ambientes de pesadelos, memórias realocadas ali na grande "Mansão dos Sonhos".
Mas não é nada repetitivo. Mesmo tudo nos obrigando a vasculhar os mesmos cantos centenas de vezes, sempre há algo um pouco diferente. Uma aparição nova, um item reposicionado, um evento inédito, sempre há algo que torne tudo ligeiramente distinto, aumentando assim a dinâmica e reduzindo o desgaste pela mesmice.
E antes que eu me esqueça, tem puzzles também, muito menos do que nos outros jogos, mas como todo bom Survival Horror, é essencial que percamos tempo resolvendo algum enigma. Felizmente aqui são desafios bem simples mesmo, bastando só coletar itens e mexer objetos (só na tentativa e erro já se resolve tudo).
Semelhanças e Coincidências!
Pior que, o jogo é longo viu. Conta com mais de 16 horas básicas (o tempo médio de jogo é esse, mas eu passei das 40) e tem 13 Capítulos. Porém, ele não é esticado por ser capitular, e sim pela tal característica inovadora que falei e não falei agora pouco, a qual lembra Silent Hill 4 (voltamos no assunto!).
Cada "Capítulo" se trata na verdade de um sonho, e a protagonista precisa passar por esse sonho conhecendo mais a fundo a Mansão da vez. Por ser um mero sonho, ela pode morrer é claro, e os fantasmas afetam ela no mundo real, fisicamente e psicologicamente... o que é normal (na verdade isso é assustador! É pior que aqueles filmes do cara com garras que mata geral dormindo!). O curioso é que ela pode acordar quando quiser, caso encontre as saídas do sonho (sinalizadas por Lanternas de Chama Azul em Portas específicas).
São poucas saídas, mas caso ela passe por elas, ela apenas desperta no mundo real e pode perambular por sua casa, onde de início nem tem tanto o que fazer, mas conforme o jogo avança, ah meu filho, a parada fica séria.
Aparições, jumpscary, barulhos, mistérios, um monte de coisinhas peculiares ocorrem de tempos em tempos, mas nada pode machucar a protagonista, não no mundo real, pelo menos até ser tarde de mais.
Claro que conforme tudo vai se tornando mais físico, o medo aumenta exponencialmente, chegando ao ponto de termos receio de Acordar! Algo que até tem certa conexão com o enredo também (apesar de nesse caso ser uma reação mais individual do jogador).
Em SH4, sair das missões nos forçava e lidar com o apartamento tenebroso e as vezes, aparições lá dentro mesmo. Aqui, é quase a mesma coisa, porém há uma constante exigência na exploração desse cenário, com até mesmo Interação entre Personagens.
A protagonista não tá sozinha, nem presa. Ela que decide explorar os mistérios do sono, por espontânea vontade e curiosidade, se mantendo em sua casa dia e noite (o jogo intercala entre esses períodos, pra mostrar que o tempo ta passando e as visitas à mansão dos sonhos ocorrem em algumas noites, não todas) e acaba se engalfinhando numa trama pra lá de complicada.
Mas, junto dela há a protagonista do primeiro jogo, que além de morar com ela, é sua assistente, e a auxilia com várias tarefas como comida, pesquisas, faxina (nunca foi mostrado ela faxinando a casa, mas deve ser ela quem cuida pois a protagonista só dorme!), etc.
Um ponto um pouco cansativo do jogo tá nessa parte... Há muitas "pequenas coisas" pra se fazer. Não dá pra coletar informações num único local, tudo é compartimentado e espalhado de mais. Se seguirmos a regrinha secreta do primeiro Fatal Frame (de falar feito maluco em tudo que tiver por perto pra ver se tem texto e interatividade), pode não ser um problema (apesar de ainda ser chato, toda vez, andar tudo de novo falando em cada cantinho). Mas, se formos contar com observação e lógica pra apenas seguir jogando sem perder tempo, ai tudo será difícil.
Tem tanta coisa que, nesse caso terei de especificar pra não me perder. E é aqui que entra a parte técnica.
Itens Coletáveis e Documentos
Lembra daquele tempo em que a gente entrava num Survival Horror e coletava itens básicos como itens pra se curar, mapas, algumas armas e munições (isso quando tinha né) e documentos como fotos e pequenos textos? Esses tempos eram belos né, graciosos, majestosos... Fatal frame 3 foi longe nessa beleza.
Além de tudo isso pra se pegar (excetuando-se os mapas, mas falarei disso à parte), ainda há regras pra coleta de cada uma dessas coisas.
Fotos?
Então, da pra pegar elas tirando diretamente dos fantasmas que nos atacam, ou de aparições, ou de memórias, ou de eventos, ou então da pra Revelar Posteriormente num local específico.
Textos?
Dá pra pegar em estantes, ou de NPCs, ou de espaços aleatórios pelo mapa, ou apenas no inventário randomicamente a cada nova descoberta, ou dos resquícios de Espíritos que acabamos de derrotar.
Munições?
Itens Especiais?
Dá pra pegar de eventualidades, da pra pegar no chão, ou achar depois de fotografar certos espíritos, ou como sempre coletar de locais randômicos, ou então ganhar de algum amigo, ou quem sabe Comprar na Lojinha depois de terminar o jogo todo, ou conquistar em desafios paralelos.
Mapa?
Tá bem, ele se revela sozinho conforme a gente passeia, mas ele não mostra pra onde temos de ir, e nem onde podemos ir. Portas são demarcadas da mesma forma sempre (não mostra quais tão trancadas ou não), e o que difere se passamos ou não pelo local, é a cor azulada que ele fica. No entanto, Acordar faz o mapa inteiro voltar pra cor cinza. Pontos que já exploramos antes permanecem mapeados, mas não azulados (ou seja, algo pode ter mudado!).
Essa é a desvantagem aliás, de acordar. Isso pode ser feito propositalmente como parte do enredo (pra passagem pro próximo sonho, ou Capítulo) ou então manualmente, pelo jogador, pra tentar coletar alguns dos outros interativos no mundo Acordado, ou seja, o mapa ta sempre se auto limpando, querendo ou não.
Acha que toda essa... variedade de possibilidades é o bastante pra te fazer se perder um pouco na vastidão do jogo, acredite, isso não é nem o começo!
Fitas Cassetes!
Há Fitas Cassetes, com gravações que podem ser ouvidas num Rádio no quarto da Protagonista. Elas são pegas de várias formas diferentes ao longo do jogo.
Rolos de Filmes!
Tem Rolos de Filmes, coletados em tudo quanto é parte (são poucos, mas podem aparecer até na porta do armário da sala da protagonista) e servem pra mostrar filmes (que são só as cutscenes do jogo mesmo) em uma sala dentro do Sonho (e é a mesma sala que apareceu no primeiro jogo, aquela da Filmadora).
Rádio de Pedras Preciosas!
Falando em coisas de outros jogos, lembra aquele Rádio de Pedras Preciosas? Então, ele fica o jogo inteiro na cômoda do quarto da protagonista, do lado da câmera dela, isso depois de encontrado no assoalho do quarto do namorado morto dela, e aí... só é usado no final como "Rastreador" pra um dos fantasmas que ela tem que localizar... usando um Brinco que ela acha do fantasma. (Lembrando que esse item revelava mensagens escondidas em joias dos mortos, por vibrar com diferentes cristais e tal).
Mais Fotos!!
Percebeu? Tem coisa de mais! As vezes as mesmas, repetidas de formas diferentes. O bom disso é que raramente o jogador vai se perder sem ter o que fazer, mas por outro lado, pode se perder no excesso de coisas pra fazer. Ainda mais se quiser conhecer tudo do jogo e coletar de tudo.
Porém, se seguir por um caminho mais linear, geralmente o jogador é guiado pelos fantasmas, tanto as aparições, quanto os sustos e os combates, e dá pra seguir sem ter de explorar tanto.
Tudo depende de como se joga, do quão atento se está, e da sorte também. Eu me deparei com isso algumas vezes.
Vela de Luz Azul!!!
Sabe o que é mais incrível? Mesmo com tudo isso de item, o jogo não se dá por satisfeito! No trecho final, nos últimos capítulos, implementam um sistema de "Tempo" por assim dizer, onde é preciso coletar uma Vela de Luz Azul, pra evitar que tudo fique Preto e Branco (Miasma) e um Fantasma Impossível de Combater (só pode ser enfrentado no final do jogo) apareça, perseguindo o jogador pra todo lado (e dificultando muito a exploração).
Essa Vela passa a aparecer em locais específicos, mas dura pouco tempo (alguns minutos) e, só serve mesmo pra dificultar a vida de todo mundo.
Pior que, os fantasmas normais continuam aparecendo como quiserem, e como vira e mexe algumas portas travam, o tempo dessa Vela se converte num baita empecilho, ao invés de um mero recurso dinâmico.
Mas, acha que isso é tudo???
Personagens e Habilidades
Pela primeira vez na franquia, agora temos o controle de não um, nem dois, mas sim TRÊS personagens!!! Claro que, apenas um deles é de fato "O Protagonista", pois tudo acaba girando em torno dele. Mas, em vários momentos temos de controlar os demais, e eles são bastante individuais.
Não é apenas pelo fato de serem diferentes e terem cada um sua própria forma de jogo, mas o que torna eles individuais pra caramba, é o fato de cada um ter sua própria Câmera! Logo, cada um deles deve melhorar a câmera, com seus próprios itens coletados, sejam munições ou upgrades (como Lentes novas), e claro, melhorando através da Grade de Habilidades.
É exatamente o mesmo esquema dos outros jogos, onde fotografar fantasmas dá pontos, os quais podem ser trocados por estes itens (no fim do jogo então, quando é liberado o Menu Especial, da até pra comprar roupinhas!). No caso dos upgrades, eles são achados conforme cada um deles explora, mas não são compartilhados entre eles, pra variar!
Cada personagem tem seus próprios gastos não compartilhados. A única coisa compartilhada é a pontuação, o dinheirinho! Isso só torna tudo muito mais complicado.
O jogador pode aprimorar cada um deles, sem ideia de quando eles serão habilitados ou em quais missões serão os principais (acontece que, a cada sonho, um deles assume, mas não dá pra escolher quem). Só que, além do inventário de itens deles (de cura e munição, também no mesmo esquema dos jogos anteriores) ser individual, ao se investir em um deles, automaticamente dificultamos o desenvolvimento dos demais, pois nosso dinheirinho é investido nele!
É uma escolha difícil, e que faz uma baita diferença, pois cada personagem realmente é diferente ao se controlar.
Rei Kurosawa (Viva)
A protagonista é a que mais aparece nas fases, e na verdade ela que "controla" os outros (só acompanha, e nós controlamos), pois todos os sonhos são dela, sendo ela a única controlável no mundo acordado.
Sua principal habilidade provavelmente é o fato dela poder testemunhar sonhos alheios, como se fossem com ela. As vezes ela dorme e tem os próprios sonhos, e as vezes tem os sonhos dos outros. Isso é algo que não chega a ser explicado, mas somente ela faz isso.
Rei é uma investigadora paranormal que parece ter assumido os trabalhos de seu recém falecido noivo, Yuu. Tudo parece ter sido bem recente, tanto que um outro personagem só chega a descobrir da morte do cara depois de um bom tempo se correspondendo e mandando informações pra ele (que Rei acaba recebendo).
Em jogo, ela tem uma câmera razoável (ela tinha uma câmera simples, mas encontra uma Obscura na mansão, e somente com ela é possível se defender dos fantasmas), com um bom número de disparos possíveis, e um monte de upgrades habilitáveis. Mas, a função que torna ela única nesse caso é um Flash que pode disparar (isso depois de alguns capítulos) e que afasta os fantasmas, quase como se ela tivesse dado um Fatal Frame. Esse Flash tem um tipo de refil que só pode ser restaurado quando ela acorda, e também pode ter seu limite aumentado com upgrades na grade de habilidades.
Normalmente os fantasmas entram em estado de Fatal Frame brevemente em seguida após receberem um Flash na fuça, o que só facilita causar mais dano neles.
Aliás, não pretendo falar de toda a mecânica base de Fatal Frame pois é a mesma nos dois jogos anteriores: Mira a Câmera, ela rastreia sozinha se tiver apontada pro lado certo; tem o esquema de sinalização dos gasparzinhos com luz vermelha ("prerigo") e azul ("parças"). O que mudou foi que, tá tudo mais difícil.
Os fantasmas se movem de formas bem mais criativas (só voam, pra cima, pra baixo, ficam invisíveis, teleportam, atravessando paredes, vem do teto, do chão, é a mesma coisa!) e a câmera dificilmente consegue focar. E olha que a da protagonista é a melhorzinha nisso, indo longe e capturando muitos por um tempo maior...
Enfim, outra ação exclusiva de Rei são as Anotações. Todas as observações feitas num caderninho dela (pra consulta do jogador) vem com a interpretação individual dela dos eventos atuais e sua recente leitura, inclusive quando é o jogo com outros personagens.
Isso ocorre pois ela só anota depois que acorda, tecnicamente, pontuando suas descobertas. O chato é que ela tem o péssimo hábito de sobrescrever essas anotações, atualizando sempre, mas também perdendo perguntas e pequenas observações que fez antes (que bom que gravei tudo).
Rei se culpa pela morte de Yuu, mas não fica lamentando o tempo todo não. Ela é bem reservada apesar de curiosa, e acaba mais perguntando do que falando de si. A maior prova de sua culpa é o fato de ter sido arrastada pra "Mansão dos Sonhos".
Miku Hinasaki (Viva)
O segundo personagem é a protagonista... do primeiro jogo. Ela nada fala do que ocorreu lá, e aqui é apenas a assistente de pesquisas da protagonista.
Porém, conforme a história avança, detalhes da história dela são revelados pra Rei e se misturam as demais, e aí ela começa a ganhar um pouco mais de destaque.
Antes, ela apenas reside na mesma casa que a protagonista como colega de casa, e ao que parece ela tem um Gatinho de estimação, e nada fala de seu passado. Tanto que, a protagonista vive mencionando que o irmão dela era amigo do noivo falecido dela, mas ela nunca nem o conheceu.
Fica até aquela incógnita de qual teria sido o desfecho de Mafuyu (o irmão de Miku) pois, como mostrado no primeiro jogo, tiveram muitos finais, dentre eles um que ele escapa vivo, e um que ele não escapa.
Pois é, a dúvida é sanada perto do final do jogo. Eu até pensei que talvez, este jogo se passasse antes dos eventos do primeiro (o que até explicaria a razão de Miku ter ido pra Mansão, seguindo um sonho... poderia explicar), pois fica muito mistério sobre o passado da moça e seu irmão. Ela não fala nada, e Rei nem parece conhece-la de verdade. Mas no fim tudo é explicado, e infelizmente, o final verdadeiro do primeiro jogo é o primeiro obtido.
Até tudo vir a tona, demora (vou falar quando falar da história). O que devo mencionar agora é que essa mocinha é participativa desde o início, antes mesmo de ser controlável.
No começo é ela quem recebe metade das fotos reveladas da protagonista (caso ela ache alguma), e ela faz as pesquisas posteriores, trazendo explicações pras fotos, contos, nomes, tudo. Ela entrega isso automaticamente ao se conversar com ela na noite seguinte.
Ela também vai fazendo pequenos comentários pertinentes como "Tá chovendo de novo". Isso não serve pra absolutamente nada, nem influencia no enredo, mas ela diz. Aliás, parece que os sonhos com a Mansão do Sonho só ocorrem quando chove.
Na lógica, não chove todos os dias (se não Miku diria "Ainda está chovendo"), então como os eventos só acontecem durante a chuva, esse deve ser um dos gatilhos. Até porque Miku também costuma sair da casa pras suas pesquisas, e eu não vi nenhum guarda-chuva! Lógica irrefutável!
Bem, quando ela passa a ser controlável, suas ações até se assemelham às da protagonista, com uma câmera que na minha opinião é a melhor (ela encontra essa câmera no mesmo local do primeiro jogo).
Mas, o destaque dela está pro fato de ter uma habilidade especial que Deixa os Fantasmas Mais Lentos, consumindo uma Estamina que ela acumula ao acerta-los com fotos, ou ao tomar dano.
Ela ter tamanha interação astral até faz sentido, visto que dos três personagens ela é a única sensitiva. Ela mesma diz que sempre pôde ver e sentir coisas que os outros não conseguiam, então ela tem maior vinculo com o mundo espiritual (sem contar que né, ela passou por altos perrengues atrás do irmão antes).
Além disso, ela é tão pequena, que consegue se esgueirar por pequenas aberturas, rastejando por locais que os demais personagens não conseguem.
Isso permite que ela se locomova pela casa usufruindo de atalhos, e lidando com certos espíritos que os outros não conseguem nem mesmo chegar perto.
Ironicamente, ela repete sua procura ensandecida pelo irmão ao ser levada pra "Mansão dos Sonhos".
Kei Amakura (Morreu)
O terceiro personagem é um cara, que nunca apareceu antes, mas tem uma forte conexão com as garotas do segundo jogo: Ele é tio delas.
Ele tá no mesmo barco de Rei e Miku, só que a maior vantagem dele é o fato de ser um baita investigador. Ele e o noivo falecido da protagonista trabalhavam juntos, investigando essas coisas macabras por causa de Mio (ele era jornalista e queria salva-la).
Porém depois que Yuu morreu... ele continuou pesquisando e fazendo o trabalho de campo por ele, sem nem saber da morte. Se bem que, ele tava bem mais preocupado com a sobrinha, o que até explica o fato de nem saber que o amigo morreu. Sabe o mais irônico? Ele também era amigo próximo de Mafuyu (o irmão falecido de Miku). Curioso o fato dos 3 amigos se conhecerem, e os 3 terem destinos trágicos.
Acontece que, a noiva de Yuu assumiu o trabalho, e as vezes correspondências desse cara chegam pro Yuu, e ela quem lê na maior invasão de privacidade póstuma. Assim, ela tecnicamente é a colega dele e ele nem sabe.
Ele não aparece tanto, surgindo mais nos sonhos (controlado pelo jogador, mas visualizado pela protagonista). Aliás, é curioso que Rei não conhecia o Kei pessoalmente, e vice versa. Ela já via ele em seus sonhos, mas nem sabia quem ele era de fato (mesmo fuçando as correspondências do noivo). No fim, ela conhece ele, pois ele acaba indo visita-la em casa (isso depois de uma ligação onde descobre a morte do colega).
Em jogo, suas características são bem diferentes das moças: Ele é fraco e forte ao mesmo tempo.
Sua força está mais concentrada no físico do que no espiritual, sendo ele um covarde quando aparecem fantasmas, e um brutamontes quando é pra abrir alguma passagem. A Câmera que ele usa é ridícula de fraca, com o menor número de travamentos de mira possíveis e, distância reduzidíssima, entre varias falhas (que mesmo com upgrades permanecem fracas).
Porém, ele tem como especial a capacidade de Abaixar. É... ele abaixa e se esconde dos fantasmas... as vezes. Consegue ser bem inútil e até prejudicial ao jogador, já que o botão que se usa pra ele fazer essa ação, é o mesmo dos especiais das moças, o que acaba atrapalhando na hora do pânico (o jogador deve se adaptar a cada personagem, relembrando seus pontos fortes e fracos, o tempo todo).
Antes dele achar a câmera (a dele ele encontra num cômodo da mansão, em uma gaveta, sem nada e importante por perto) tudo que dá pra fazer é explorar e se esconder, o que muda um pouco o estilo do jogo. Porém, depois que ele pega a câmera... ainda é preciso explorar, correr e se esconder, pois lutar nunca é uma boa opção... exceto quando é obrigatório.
Ele é bem fraco, mas as vezes não tem escapatória e tem de enfrentar os fantasmas, e parece até perseguição, mas os fantasmas que aparecem pra ele são terrivelmente mais difíceis que os dos outros.
No fim do jogo aparecem os mesmos fantasmas pra geral, numa salada de ectoplasma assombrosa. Porém a primeira aparição é meio que temática pra cada um, e o tema desse cara é "Tá ferrado tio".
Outra coisa que só ele faz é empurrar caixas e armários grandes que bloqueiam certos acessos. Ele nem é tão forte, mas não tem frescura e manda ver pra abrir os caminhos, o que também influencia os mapas das outras personagens, revelando que todos de fato estavam no mesmo sonho, intercaladamente.
É que apesar dos três serem controlados no mesmo sonho, não fica tão claro os momentos de suas explorações (muito provavelmente os três estavam ao mesmo tempo perambulando pela mansão). Suas regiões são isoladas no começo, e só passam a ficar conectadas na segunda metade da história, quando os personagens passam a dormir em horários diferentes.
Outra habilidade incrível dele é a capacidade de pular sem medo de morrer, pelo telhado da mansão. Ele faz isso uma única vez (da pra repetir mas só nesse mesmo ponto), mas é importante mencionar afinal, só ele faz.
Por fim, quando ele vai na casa de Rei, ele acaba servindo de assistente pra ela no lugar de Miku, por causa de alguns problemas que ocorreram no sonho dela (falarei na história).
E antes que eu me esqueça, Kei acaba indo parar na "Mansão dos Sonhos" por causa de Mio, uma de suas sobrinhas. No segundo jogo, o final de Mio e Mayu fica meio que em aberto visto que há múltiplos desfechos, porém aqui o primeiro final é canonizado, pois apenas Mio sobreviveu, estando agora ela presa na "Mansão dos Sonhos" também. Mio foi pra mansão atrás de Mayu, e Kei acabou indo atrás de Mio. É justamente por isso que ele começa a fazer um grande trabalho investigativo ao lado de Yuu, pra tentar entender o que tava havendo e salvar sua sobrinha.
Considerando que não sabemos a ordem em que eles aparecerão e serão controlados (até podemos saber com guias ou se já tivermos jogado antes, mas finja que é a primeira vez!), o jogador deve ir preparando cada um deles com calma, economizando recursos (que são exageradamente escassos) e se preparando pro pior.
O chato, é que as vezes até parece que sair correndo é uma boa solução, pra evitar consumir o limitadíssimo número de Carreteis de Filmes, e itens curativos, reservando-os pros combates obrigatórios. Porém, certos combates "opcionais" oferecem upgrades, Fotos com mensagens, ou até mesmo Chaves mano, CHAVES, pra se abrir segredos.
Ou seja, ou você corre pra se salvar ou luta pra ter conhecimento e morrer. Pior que é bem essa a mensagem do jogo...
A Maldição da Mansão dos Sonhos
Antes de continuar é bom deixar claro o que é essa mansão e sua maldição, afinal tudo no jogo se baseia nisso.
A mansão é o cenário principal, o qual é composto pela Mansão Kuze e vários cômodos extras adaptados pra cada vítima que sonhou com a mansão. Ela só cresce, a cada novo sonhador, mas de inicio ela é apenas uma grande casa com neve, e túmulos.
A maldição é a seguinte: Caso uma pessoa que perdeu um ente querido recentemente sonhe com a mansão, essa pessoa verá o ente querido, e caso vá atrás dele, sempre terá esse sonho novamente, pois uma Mulher Tatuada em todo o corpo aparecerá, e marcará o sonhador.
Sempre que ele dormir, o sonho ficará cada vez mais profundo, com a pessoa se vendo presa à mansão cada vez mais, mergulhando em seus segredos e sustos, e permanecendo mais tempo dormindo, independente dos temores que encontre.
Pra piorar, sempre que acordar, a pessoa terá tatuagens por todo corpo (a marca da moça tatuada) brevemente, tendo dores por causa disso, sem contar que passará a ter alucinações e enxergar coisas no mundo real, cada vez mais.
Isso continua até que um dia a pessoa apenas durma, por muito tempo, e pra concluir, seu corpo some em uma mancha escura onde quer que esteja.
Logo, a pessoa dorme, vê algum ente falecido, corre atrás e acaba condenado ao mundo dos mortos.
Essa maldição afeta os 3 personagens controláveis aqui, por causa de suas perdas. Porém eles não são os únicos, e tem várias pessoas presas na maldição. Alguns já se foram faz tempo, e até viraram anexos permanentes na mansão, como fantasmas e espíritos vingativos que atormentam os novos sonhadores.
Boa parte do enredo do jogo se mistura com as histórias de algumas das vítimas, e eu vou contar tudinho, mas de forma mais resumida e separada pra não confundir.
Mio e Mayu Amakura (Viva e Morta)
Só pra contextualizar e resumir, afinal elas são as personagens mais importantes do segundo jogo: Mayu e Mio são irmãs gêmeas, mas Mayu morreu esganada por Mio por causa do Ritual Carmesim, provocado pela presença de ambas no Vilarejo Perdido de All Gods (qualquer gêmeo que aparece lá, deve fazer o ritual).
Tecnicamente, Mayu já tinha morrido a muito tempo, num acidente próximo ao Vilarejo (caiu de um penhasco, morreu!) mas foi possuída por um espírito vagante de uma das gêmeas que deveria ter sido sacrificada no tal Ritual Carmesim, e não foi. Ela acaba sendo usada de receptáculo sem que ninguém percebesse, e ai quando por mero acaso as duas voltam pro vilarejo, a personalidade do fantasma assume e arrasta a Mayu pra concluírem o ritual.
Existem vários desfechos possíveis, mas o confirmado aqui é o primeiro mesmo, onde Mio enforca Mayu no ritual, matando a irmã definitivamente, e concluindo o ritual bizarro das gêmeas que já tinham morrido. Você pode conferir melhor essa estranha história no artigo que fiz a respeito, mas o que importa é que, Mio sai viva.
Porém traumatizada. Ela acaba ficando abalada pela perda da irmã e, a "Maldição da Mansão dos Sonhos" a atinge, levando ela pra lá sempre que adormece, pra correr atrás da irmã morta.
Quando ela começa a cair no estágio avançado da maldição, o tio dela começa a investigar como salva-la, e acaba sendo pego pela maldição também, se vendo preso nos sonhos igual a ela, mergulhando cada vez mais.
A diferença é que, ela não acorda mais, mas também ainda não sumiu, e ele pode acordar, mas cada vez mais fica perto do estágio final. Talvez por isso ele durma menos (ele parece bem mais cansado quando aparece).
Nenhuma das duas aparece de fato no jogo, talvez só a Mio, como espírito vagando atrás da irmã. Apesar de já estar na forma de fantasma, seu corpo ainda não sumiu no mundo real, significando que ainda havia salvamento pra ela (o mesmo ocorre com outra personagem depois então, na lógica, ela foi salva).
Observação: É dito bem por alto que antes dos eventos do segundo jogo, a mãe dessas moças estava com elas, e as teria levado até uma cidade onde a floresta em que elas se perderam ficava. O destino da mãe não é dito (provavelmente morreu), e o guardião legal delas é o tio. Não sei se em outro jogo isso é melhor abordado, mas provavelmente deve ser.
Gêmeos Osaka (Mortos)
Na campanha do Kei exclusivamente, as vezes aparecem borboletas vermelhas que guiam o tio das mocinhas pro caminho certo. Daí, aparecem fantasmas não hostis que nunca apareceram antes, nem mesmo no segundo jogo, mesmo parecendo que são as gêmeas sacrificadas. Na verdade eles são os Gêmeos Osaka.
Irônico que das famílias do segundo jogo, todas com algum representante fantasmagórico, os Osaka foram os únicos que nunca deram as caras. Afinal, tavam presos na Maldição do Sono, provavelmente.
Parece, que diferente de todos os outros personagens, Mio tem certo suporte dos espíritos (esses gêmeos são antigos sacrifícios Carmesim que parecem querer ajuda-la). Ela também segue por um caminho oposto ao de todos os demais (que costumam ir fundo na Mansão em direção ao mar dos mortos).
Acredito que isso que tenha mantido ela viva por tanto tempo, mesmo tendo caído em sono profundo. Sem contar que, como Mayu sempre está conectada a Mio (pelo efeito colateral do ritual) é bem provável que Mayu a esteja protegendo dos efeitos da Maldição.
Masumi
Só pra não esquecer mesmo, há um fantasma adicional não hostil, que é fotografado escondido num armário, na parte replicada em sonho da região Osaka da cidade perdida de All Gods. Ele é o cara que virou um fantasma e matou a própria namorada quando ela tentou resgata-lo, lá no segundo jogo. É uma das histórias da casa Osaka.
Outro fantasma que pode ser visto (mas não da pra enfrentar) é aquele do Baú. São apenas aparições breves referenciadas do segundo jogo, justamente à casa Osaka.
Mafuyu Hinasaki (Morto)
Esse já é um personagem muito importante do primeiro jogo, sendo ele o irmão da Miku.
Resumindo o primeiro jogo: Uma moça foi treinada desde jovem pra ser sacrificada num ritual pra manter o inferno trancado, mas pouco antes do ritual acontecer, ela se apaixonou por um cara (que foi executado sem ela saber). Então quando o ritual ocorreu, sua alma se dividiu entre suas obrigações e desejos. Aí enquanto um lado dela lutava pra encontrar seu namorado, o outro lado queria concluir o ritual a todo custo, mesmo ela já tendo morrido.
Mafuyu acabou sendo pego nessa briga, confundido com o namorado dela (por ser muito parecido) e o espírito prendeu ele. No fim, a irmã dele o procurou, e ao acha-lo, tentou salva-lo, ajudando a parte do fantasma que queria concluir o ritual.
O jogo tem vários finais, mas o que é validado é o primeiro, onde Mafuyu permanece ao lado do espírito da moça, pra dar conforto enquanto ela conclui suas obrigações póstumas.
Depois disso, Miku acaba ficando meio traumatizada pela perda e é puxada pela Maldição do Sono, onde ela é atraída pelo que parece ser o espírito de Mafuyu (mas acredito que seja a mansão mentindo pra mantê-la presa).
De fato, as vezes o espírito é visto pelos olhos da Rei (que está junto de Miku nos sonhos, sem ela saber), e não se parece com Mafuyu e sim com outro espírito, do irmão de outra pessoa. É bastante provável que Miku foi enrolada pela mansão e só não morreu pois em algum momento ela percebeu que aquele não era o Mafuyu, evitando avançar pro mundo dos mortos.
Na lógica, Mafuyu nunca mais poderia ser encontrado por ela, pois a obrigação/decisão dele seria permanecer ao lado da Moça Sacrificada, pra mantê-la calma, e evitar que o inferno se abra, pra todo o sempre.
Yuu Asou (Morto)
Esse é o noivo da Rei, que morreu num acidente de carro, provavelmente recente.
Como ela não fala muito (mesmo quando fala a respeito, é com receio), as circunstancias exatas da morte dele não ficam tão claras. O máximo que da pra saber é que ele bateu o carro, e ela tava junto, mas saiu ilesa, como é mostrado num flashback bem no inicio da história...
O espírito de Yuu é o que atrai Rei pra maldição, é claro. Porém, antes disso, ela já investigava a Mansão (que existe no mundo real), e supostas assombrações por lá, sendo justamente alí que teve sua primeira visão do amado.
Parece que Rei também é sensitiva, como Miku, só um pouco menos, e sensível ao sobrenatural, o que acabou dando certas vantagens pra ela diante da maldição. Só o fato dela poder "ver pelos olhos dos outros" nos sonhos já facilita muito as coisas pra ela.
Aliás, é interessante pensar que a Mansão dos Sonhos nunca é explorada no mundo real, apenas nos sonhos, sendo a única visita de Rei e Miku aquela feita no inicio do game, onde ambas não capturaram nada de anormal (tirando é claro, a aparição de Yuu, mas apenas aos olhos de Rei).
Detalhe, a Câmera Obscura de Kei parece ter sido entregue pelo espírito de Yuu, pois é muito suspeito a forma como ela encontra. Uma mão, nunca explicada, deixa a Câmera pra ela em um dos sonhos. Daí, quando ela acorda, ao ir no quarto de Yuu, ta lá a câmera, envelhecida mas entre seus materiais de pesquisa. Só depois que ela interage e recolhe essa câmera, que as imagens tiradas dentro dos sonhos passam a ser reveladas no mundo real.
Ou seja, essa era uma câmera de Yuu, e ele quem entregou nos sonhos pra ajudar. Existem outros momentos que um "fantasma misterioso" ajuda, sem que percebamos. Provavelmente é Yuu.
Dr. Kunhiko Asou (Morto)
Esse personagem tem o mesmo sobrenome de Yuu, porém ele é citado bem antes no jogo, pois ele é o criador das Câmeras Obscuras (aquelas que fotografam os fantasmas), do Radio de Cristais, e da Filmadora encontrada na salinha de projeção, na Mansão.
Na verdade ele era um pesquisador sobrenatural antigo, citado, mas nunca mostrado... pelo menos não ainda.
Ao que parece, Yuu é descendente direto dele, mas nem isso é confirmado ainda (Rei só comenta que os nomes são idênticos).
Fantasmas e Aparições
Tendo em mente que estes seriam os personagens mais importantes, agora é a vez de falar dos "secundários", que na real são todos os outros. Também vou resumir pra não ficar enrolando, mas na verdade são poucos fantasmas.
Considerando que este terceiro jogo é uma mistura dos anteriores com muito mais a acrescentar, era de se imaginar uma quantidade absurda de encostos, sem contar que caramba, são 3 personagens! Na lógica teriam ainda mais coisas os perseguindo individualmente. Mas, na prática, dá nem meia duzia.
Muitos fantasmas se repetem, e aqueles mais "genéricos" são muito fáceis de explicar, sem tanta profundidade em suas histórias. O jogo só vai nos enrolando é claro, jogando pistas pequenas pra fazer render.
Porém, existem um monte de "tipos de fantasmas", como em todo Fatal Frame, com algumas coisas novas:
Fantasmas - São aqueles agressivos e contra os quais lutamos. Todos podem sair de suas regiões (alguns vão mais longe, perseguindo por mais tempo) e nunca param de aparecer, não importa quantas vezes sejam derrotados (tem algumas exceções é claro, por causa do enredo).
Aparições - Esses são fantasmas que não atacam, não interagem, e não podem ser fotografados. Mesmo que tentemos tirar fotos, eles somem diante das câmeras. Existem eventos assim também, como marcas de acidentes (sangue nas paredes) ou sons estranhos como choros e risadas. Nada disso pode ser registrado pela protagonista, apenas vivenciado.
Lembranças - Nesse caso são recordações compartilhadas pelos espíritos. Geralmente vem como Flashbacks, ou como ilustrações de eventos em tempo real, e somem rapidamente (normalmente são as cutscenes).
Espíritos - São fantasmas não hostis, que se comunicam, parecem pensar, e buscam pelo descanso eterno, pedindo ajuda e até orientando e guiando a protagonista.
Ecos - São eventos meramente repetidos, de coisas que os Fantasmas fizeram, mostrando por onde passaram, seus traumas e momentos de maior impacto, ou até seus arrependimentos. Esses eventos duram pouco, mas podem ser fotografados.
Resquícios - São imagens que registram algum evento passado, e só podem ser vistas caso reveladas no mundo real, sendo capturas não planejadas de coisas repentinas, que nem foram percebidas.
Assombrações - São formas de energia que ficam presas em locais onde alguma morte ocorreu. O máximo que fazem é deixar a região um pouco carregada e pesada, com sons angustiantes. Caso fotografados, eles revelam como a pessoa morreu ali. Não tem qualquer relação com o enredo (tem mortes que nem fazem sentido, tipo a menina que morreu na Mansão mas é fotografada na Casa da Rei), e no fim, são apenas um colecionável bônus pra conseguir pontos.
Presenças - Esses casos são como "barreiras espirituais" geradas por uma forte energia residual de algum fantasma. É impossível ultrapassa-las, a menos que se descubra a fonte delas, indo pro local revelado ao tirar foto delas (sempre mostram um local diferente de onde a foto foi tirada).
Tirando esses tipos de encostos, há aqueles com história importante:
Fantasmas Carpinteiros
O tipo mais recorrente, pelo menos o mais genérico, são os Carpinteiros que aparecem em dois modelos: O simples e o chato.
O simples atravessa paredes, e anda na direção das vítimas. O chatonildo já vem correndo com machadinha e tudo.
Esses fantasmas são simplesmente os construtores dos Santuários, ou seja, da Mansão dos Sonhos inteira, que morreram ali mesmo, mas o que os destaca é como eles morreram: Viraram Colunas.
Como parte dos rituais bizarros que todo fatal Frame mostra, aqui os Carpinteiros envolvidos na construção do Santuário eram sacrifícios voluntários, pois como parte do trabalho, todos eles deveriam ser enterrados vivos numa parte do santuário, postos dentro de paredes e deixados como colunas.
Pra garantir que jamais saíssem de lá, as paredes eram seladas com talismãs, forçando os espíritos deles a permanecerem nas paredes, pra todo o sempre. O objetivo dessa insanidade era fazer com que os Carpinteiros resguardassem pela obra que fizeram.
Claro que deu ruim, os talismãs não seguraram os fantasmas e eles tão perambulando por toda parte.
Algumas observações: Como parece que a família dona da Mansão (Kuze) não atura homens (pra preservar os rituais e tal), apenas os carpinteiros tinham permissão pra perambular por lá (e também há os visitantes e turistas mas, há limites pra eles, que não podem ir onde as Sacerdotisas ficam, por exemplo).
Existem dormitórios, onde provavelmente eles se alojavam, e da pra ouvir gente respirando lá e roncando mesmo não tendo nada além dos colchonetes e cobertores. Também dá pra tirar uma foto deles aglomerados nesse mesmo local, mas só se visto do teto (tem que tirar foto de um alçapão no andar de cima).
É bem provável que o uniforme deles seja não apenas uma forma de representar o tamanho do envolvimento deles com suas obras, e o fato de ser tudo parte de um grande ritual, mas também pra distancia-los das moças... sei lá, batas são esquisitas.
Mas, notei uma coisinha, e não sei se é coincidência: Em uma das salas, onde eles mais aparecem, tem um retrato de uma mulher pendurada na parede, bem num cantinho, e a foto é pequena, quase não da pra notar.
Não há interação com a foto, mas sempre que eu mirei a câmera pra tirar fotos dela, um cara desses apareceu num jumpscary (sem nem ter alerta de aproximação de espíritos) e começou a me perseguir.
Seria ela um amor desse espírito em particular? Seria uma foto das sacerdotisas ou de alguém que ele não queria que ninguém visse? Qual a razão dele reagir tão rápido mesmo depois de estar morto? Pior que, se pensarmos bem, um monte de pedreiros trabalhando até a morte numa mansão repleta de mulheres, soa meio difícil de acreditar que não tentariam nada... logo, talvez o próprio Carpinteiro Chefe tivesse o dever de puni-los drasticamente caso agissem de forma indisciplinada. Talvez essa foto fosse algo irregular que um deles tentou esconder. Vai saber! (tenho minhas teorias, daqui a pouco falo melhor).
Detalhe: Não parece que todos os Carpinteiros eram tão voluntários ao sacrifício assim. Em uma das missões, é preciso encontrar alguns deles escondidos, seguidos por rastros de sangue. Seus ecos aparecem fugindo e pedindo ajuda, o que sugere que na verdade, eles foram massacrados pelos Carpinteiros mais velhos. De fato, 4 Carpinteiros (que precisam ser encontrados e derrotados) se destacam como atacantes, enquanto os outros parecem apenas condenados.
Chefe Carpinteiro
Agora, com relação ao Fantasma Chatonildo... ele era especial pois nem deveria ser um fantasma. Ele era o Carpinteiro chefe, e como parte do ritual, ele não deveria ser enterrado. Ele era o único que deveria continuar vivo, pra passar os ensinamentos pras gerações futuras, e treinar novos carpinteiros voluntários, pra estes servirem posteriormente (vai que precisassem expandir né... é mais barato assim do que comprar colunas... ferro ta caro). Também tinha que ter alguém pra fechar geral nas paredes né!
Mas, por causa dos eventos que ocorreram errado, o Carpinteiro Chefe teve de apelar e sacrificou a si mesmo, se enterrando no centro da sala onde seus colegas ficaram.
Ele fez isso pois deu realmente muito ruim, e ele junto da família dona da Mansão tentou corrigir as coisas, do jeito mais errado que se pode imaginar, mas tentou (elimine todos os homens, sem exceção, e todos os envolvidos).
Acho até que ele se matou pois viu que fez besteira e não quis arcar com as responsabilidades, e agora ta todo irritadinho não deixando perambularem em paz pelo "seu santuário".
Além disso, ele selou a si mesmo com o propósito de evitar que mais alguém perturbasse a Moça das Tatuagens. Eu vou explicar logo logo, mas é importante dizer isso pois ele só aparece na hora que tão chegando perto de mais dela.
Moça dos Encostos
"Yoshino Takigawa" é o nome daquela que seria tecnicamente a primeira vítima que a gente testemunha, da Maldição da Mansão do Sonho. O curioso, é que ela também é a única encontrada fora do sonho.
O único momento que Rei sai de casa acordada (que vemos é claro) é quando ela vai no Hospital verificar essa mulher. Ela tá dormindo a dias, mas não está em coma, ela apenas não acorda mais.
Rei vai investigar as lendas sobre desaparecimentos nos hospitais após eventos que estão ocorrendo com ela, daí quando ela chega, a mulher some na frente de seus olhos.
Essa moça sofreu um acidente de avião, e toda sua família morreu. Somente ela sobreviveu, mas até ser resgatada, ficou sofrendo as perdas ao lado dos corpos, incluindo seu marido. Ela até pode ser encontrada viva no sonho, lamentando pela perda da família, e se assustando com Rei, mas logo em seguida ela é pega pela moça tatuada.
No hospital, ela apenas foi dormindo cada vez mais, e alegou ter sonhado com a Mansão dos Sonhos, daí quando Rei foi ver, já era meio tarde, ela tava muito aprofundada na maldição, e no mesmo dia sumiu (sobrando apenas seu contorno na cama).
Porém ela continuou existindo no Sonho, lá na Mansão, como um fantasma. Acontece que ela era de fato uma vítima, atraída pro sonho pelos seus familiares. Mas, diferente das demais vítimas, ela não chegou a ir na direção do mundo dos mortos (que fica bem mais no centro da mansão). Provavelmente por causa do fantasma carpinteiro chatão, e do medo pela Tatuada, ela ficou escondida... até que Rei apareceu e levou a Tatuada até ela!
E os fantasmas que puxaram ela pra lá, acabaram fazendo o oposto do que eles normalmente fazem. Ao invés deles irem na direção do mundo dos mortos, optaram por retornar até ela e ficaram em torno dela, ouvindo seus lamentos, até que ela se uniu a eles.
Ela morreu assim, no sonho mesmo, e seu corpo sumiu no mundo real. Isso criou um fantasma composto por ela, e várias silhuetas sombrias (4 no total) que atacam antes dela. Tenso que na primeira vez que ela se mostra um fantasma, ela engana fazendo parecer que tem salvação (eu tava de costas pra ela, pois é preciso lutar contra os 4 encostos dela a "defendendo", até ela começar a atacar na maior trairagem).
Moça com a Filha
"Makie Kuzuhara" (mãe) e "Kozue" (filha) são uma dupla de fantasmas que aparece as vezes, mas apenas um deles ataca, enquanto o outro "comanda". Trata-se de mãe e filha, ambas levadas pela maldição do Sonho (provavelmente a mãe puxou a filha).
O que ocorreu foi o seguinte: Um dia, o marido da moça foi encontrado morto no quintal de casa, e ela ficou tão abalada que escondeu o corpo e falou pra filha que ele apenas sumiu. Só que, a filha que foi "culpada" pela morte dele e a mãe não sabia, sendo a morte provocada por um acidente onde ele tentou pegar uma bola pra ela no telhado, e caiu. Ela nunca falou a verdade pra mãe, e a mãe nunca falou a verdade pra filha.
Pela perda do marido, a mãe foi arrastada pra Mansão do Sono onde acabou sucumbindo. É provável que a filha foi atrás, e encontrou o mesmo destino, mas pra variar, as duas puderam permanecer eternamente juntas, ambas buscando pelo cara morto.
A mãe procura pelo marido, mas a filha atrapalha acusando outras pessoas de terem o assassinado (pra livrar a própria barra). Ao invés dela conseguir se reencontrar com o espírito do marido e seguir pro mundo dos mortos, ela permanece lá andando com a filha, acreditando nas acusações que ela faz e desviando do caminho.
Aliás, ambas podem aparecer sozinhas, no caso da mãe, ela fica um pouco menos agressiva e parece procurar a filha também, já a filha, quando aparece sozinha é numa missão para descobrir a verdade (fotografando ela escondida pela mansão). Aí tem um combate rápido com ela, que apenas tenta agarrar a mão do fotógrafo detetive.
Moça do Assoalho
"Kiriko Asanuma" é o nome dessa moça, que tudo que faz é aparecer embaixo das coisas se rastejando. Ao tentar descobrir quem ela é, o jogo mostra várias lendas urbanas, que tentam explicar a razão dela aparecer.
Ela seria aquele encosto que puxa os pés, e fica de baixo da cama das pessoas, ou rasteja por baixo das tábuas do assoalho. Aqui ela aparece principalmente pra Miku (afinal ela vai pra esses locais), mas também pode surgir andando por locais baixos, sem atacar (ela se esconde).
Tem um combate contra ela quando Rei a encontra num armário, mas tudo que ela faz é se rastejar pelo chão e agarrar pés, e nas demais vezes que surge é se escondendo.
A moça que aparece aqui seria uma das vítimas da maldição, mesclada com uma catástrofe em sua casa.
Ela foi encontrada num armário, única sobrevivente de um massacre que ocorreu com sua família, numa tentativa de assalto.
Depois disso, ela acabou sendo atraída pra Mansão dos Sonhos, onde ao morrer, virou esse tipo de fantasma que mais esconde do que tudo.
É bem possível que ela não tenha sido a origem das lendas urbanas é claro, e apenas mesclaram as ideias na hora de pesquisarem (nesse caso to falando da Miku e da Rei, afinal elas pesquisam pra tentar explicar o que aparece na Mansão).
Antiga Sacerdotisa do Desmembramento
"Kizuna Himuro" é uma representante do ritual do primeiro jogo que dá as caras aqui, mostrando que todo mundo podia ir pra Mansão dos Sonhos.
Uma das muitas Sacerdotisas do Desmembramento (aquelas que eram executadas pra segurar o portão do inferno) estava lá presa. Não é dito a razão dela ter sido puxada pra lá, mas seguindo a lógica, ela teve alguma perda que não superou, e acabou indo pra lá.
Talvez, ela tenha sido um dos rituais falhos ao longo das eras (afinal haviam várias regrinhas que impossibilitariam que uma alma das sacerdotisas deixasse os portões do inferno). Fato é que, ela encontrou uma tortura eterna no Sonho, totalmente desmembrada.
Sacrifício de Forasteiros Curiosos
De igual forma, tem um "Kusabi" na região do segundo jogo. Lá eles eram forasteiros que serviriam de sacrifício pra corrigir falhas de rituais. Um até foi usado no grande erro do ritual que serviu de alicerce pro enredo do segundo jogo, mas nem isso bastou.
Todos são meio parecidos pela forma como morrem, e ele aparece na mesma câmara onde os Kusabi são sacrificados, torturados e enrolados até a morte por cordas.
Servas Empaladoras Kuze
Tem 4 sacerdotisas crianças que tem seus próprios pequenos santuários em cada canto da Mansão. Todas são da família Kuze, que é a grande anfitriã dessa palhaçada toda.
Apesar dos Kuze serem a mesma família, boa parte nem é de fato da família. Um hábito deles (talvez pra criar números) é de adotar pessoas de outros vilarejos, e nomeá-los como membros. Eles passam a ter direito a tudo, água, roupa lavada, comida, e claro, sacrifícios de familiares.
Das 4 mocinhas, apenas uma era mesmo uma Kuze, a Amane, e pra variar ela foi a que mais pisou na bola, sem querer.
As outras (Hisame, Minamo e Shigure) tem suas personalidades diferentes, e cada uma tem até um estilo de cabelo próprio, mas a única que se destaca é a Amane, por ir contra tudo.
Essas três atacam com estacas e martelos, em suas primeiras aparições. Mas perto do fim do jogo, mudam totalmente a forma de ataque pra agarrões mortais, voando alto e rápido.
O mais chato delas é o fato de se ajudarem, as vezes aparecendo 2 de uma vez só, ou até as 3 juntas, como no final. A única que não é agressiva, é a Amane.
Sabe qual a função dessas sacerdotisas? Simples: Empalar a Sacerdotisa dos Sonhos, ou melhor, a Moça Tatuada. Cada uma delas deve enfiar uma estaca num membro dela, cantando uma musiquinha de ninar pra ela dormir enquanto sofre, algo que elas vivem ansiosas pra fazer (exceto Amane).
Todas as Sacertodisinhas não tem família, as perdendo em alguma catástrofe ou acidente (e a família Kuze adota elas propositalmente por causa disso). Dai elas são treinadas pra se converterem em empaladoras profissionais. Umas gostam, outras nem tanto, mas todas só precisam enfiar uma estaca na Tatuada... essa sim se ferra legal (você vai ver quando eu explicar).
Amane era a única que era uma Kuze de nascença, e sua família tava viva tecnicamente (sua mãe pelo que parece já tinha partido dessa pra melhor no entanto). Tudo que ela tinha era o ritual das Estacas, isso até descobrir que sua mãe teve um filho antes dela, quem ela não conhecia.
O irmão dela ainda por cima tinha sido namorado da nova Moça Tatuada, e calhou dela descobrir tudo isso bem na hora do ritual. Resultado: Ela fez caca.
Empolgada com o irmão, ela fez o que não devia e permitiu que ele visitasse a sacerdotisa tatuada, já depois do ritual, com ela toda empalada jogada no cantinho das moças tatuadas.
O problema é que, além de ser proibido a entrada de homens no local das Tatuadas, ainda foi algo que só causou calamidade, pois tinha umas coisas que não podiam acontecer, e desencadearam por essa decisão.
Acha que ficou por isso mesmo? Nada... Amane morreu empalada pelas coleguinhas, como uma tentativa fracassada de acalmar o fantasma furioso da Moça Tatuada.
Pelo que vi, as demais mocinhas morreram jovens também, empaladas umas pelas outras, tudo pra limpar a sujeira que a Amane fez... mas não deu nada certo.
Matriarca dos Kuze
(Velha Chatonilda)
"Yashuu Kuze" é a avó da Amane, mas se acha que isso impediu ela de mandar a neta pra estaca, ta enganadíssimo.
Como "Cabeça Principal dos Kuze" a função dela era resguardar pelo sucesso dos rituais, e dar jeitos de conseguir sacrifícios o bastante pra manter o nome da família.
A "Mansão dos Sonhos" antes de dar tudo errado era conhecida como "Santuário das Tatuagens". As moças Tatuadas eram um sacrifício sim, mas eram todas voluntárias, pra absorver as dores dos demais, com tatuagens feitas em seus corpos representando todos os pesares dos visitantes do Santuário (Tudo pelo turismo).
Resumidamente, elas tavam tão ferradas na vida que aceitavam meter o louco e carimbar o corpo todo, com os sentimentos de perdas e derrotas dos outros. Porém, havia uma parte do corpo que jamais deveria ser tatuada: Os Olhos.
As lendas diziam que as tatuagens absorviam os males alheios, mas os olhos eram como espelhos da alma, e jamais poderiam ser tatuados. Assim, para evitar que elas manchassem os olhos (as tatuagens se alastravam magicamente depois de um tempo, por causa da tinta que era sangue e tal... mó doidera... eu chamaria isso de necrose pura), elas eram postas pra dormir, não mortas, mas dormindo mesmo.
A ideia era botar elas pra descansar até morrer, empaladas pra que não se movessem. Como seus olhos não se abriam pelo sono eterno, não tinha risco de seus olhos se mancharem (certo... acredite nisso).
Como todas as Sacerdotisas Tatuadas tinham como pré-requisito ter o coração partido (não literalmente... em tanta brutalidade isso soaria até comum né), tendo já experimentado perdas, incluindo amorosas e familiares, era de se imaginar que qualquer contato ou carinho poderia despertar alguma sensação proibida nelas, que colocaria o ritual em risco.
Por isso, antes de tudo começar, elas depositavam seus sentimentos e emoções em Espelhos e os partiam (pra garantir que nada mais as afetaria). Então dedicavam seus corpos e almas ao ritual, pra sofrer pelos outros.
Mas, proibidas de sofrerem por si mesmas, seus olhos eram fechados (não podiam ser cegados pois... sei lá!) e lhes era negado qualquer tipo de prazer.
A função da matriarca era ficar de olho em tudo isso e evitar qualquer bagunça... mas sabe como é né... uma casa repleta de mulheres semi nuas... era esse o santuário pras moças tatuadas... era questão de tempo até um espertinho doente invadir.
Além disso, ela devia resguardar pelos Kuze, mantendo o nome da família com descendentes gerados por forasteiros, ou por adoções. Homens mesmo da família parece que não tinham, e se tivessem não eram tolerados (complicado hein).
Observação: Apesar dos pesares, a vovó não ficou feliz em mandar empalar sua neta. Ela só lamentou por não ter percebido tudo antes, mas não viu outra alternativa. Ela própria acabou condenada à morte pela maldição das tatuagens assim que tudo desandou, e não teve muito tempo pra agir ou pensar.
Quando ela aparece tem várias mãos atrás dela, e como vimos no primeiro jogo, isso simboliza "possessão demoníaca". Bem provável que ela tenha sucumbido à entidades infernais, por isso fez tanta burrada. Lembrando que só de ser uma energia negativa, já é um tipo de força demoníaca.
Mulheres Tatuadoras
Se tem as mulheres tatuadas, é claro que tem tatuadoras. Não podem ser homens afinal, é preciso manter distância pra que o coração das moças não se desvie (no caso delas curtirem outras moças, tá liberado!).
Elas apenas são responsáveis por marcar a pele da sacerdotisa com várias cobras, em azul (a tinta em si, que é o sangue velho) e vermelho (das marcas da tatuagem, as feridas e machucados, com o próprio sangue do tatuado). Os tons variam um pouco dependendo da vítima, por isso cada um dos 3 personagens principais fica num tom diferente (vermelho pra Miku, azul pra Rei e Púrpura pro Kei).
A coloração vem da tinta que elas usam, uma mescla de sangue delas próprias, com de pessoas fanáticas ainda vivas, que são drenadas ali mesmo no estúdio de tatuagem (pelo que vi, nesse caso podiam ter homens mas, eles eram sacrificados praticamente).
Da até pra ver alguns casos assim enquanto perambulamos pela mansão, e pior, tem corpos pendurados deixando claro que não faltava material pra tatuar.
Pelo que parece existem duas tatuadoras, ou existiram, e ambas trabalhavam unidas pra marcar as moças sofridas.
As vezes elas aparecem tentando abraçar os personagens, tapando seus olhos. O tenso é que as mãos delas são cheias de agulhas, e isso machuca... um cadinho.
Mulher Tatuada
"Reika Kuze" era só mais uma sacerdotisa tatuada em potencial, pois perdeu tudo num acidente, e seu único amor havia partido da vila a muito tempo. Então ela se sentiu apta pro ritual das tatuagens, e pros Kuze quanto mais melhor (pelo tanto de moça tatuada jogada no santuário, eles adoravam isso).
Tudo ia bem, tava tudo tranquilo, os rituais seguiram de boa, ela se purificou, isolou, tatuou inteira, absorveu as dores alheias, e até foi empalada. Foi só durante o sono dela que rolou um probleminha.
Amane descobriu que seu irmão existia, e pior, descobriu que ele era antigo namorado de Reika. Daí ciente que ele nunca mais a veria, decidiu deixar ele se despedir dela, já na etapa final do ritual.
O cara foi pra lá ver a amada empalada, e é óbvio que ele tentaria salva-la. Mas, ao fazer isso, Reika acordou, fraquíssima, e ao vê-lo, sentiu seu coração palpitar, algo que se seguiu de um ódio tremendo, e uma dor profunda... não pelas estacas em seus pés e mãos... não pelo cheiro de cc do local por tanta mulher jogada junta a anos, mas sim com a morte de seu amado diante de seus olhos, pela Matriarca Kuze.
Ela viu que tinha um homem xeretando, chegou e meteu-lhe o facão na nuca. Ele caiu duro e, Reika tatuou seus olhos automaticamente.
Aí surgiu a maldição do sono. Quem sofresse por perdas perto dela, agora iria sofrer junto com ela e todo o resto. E pior ainda, nem precisava estar tão perto... bastava sonhar com a mansão, e ela tatuaria a pessoa.
Namorado que Voltou
"Kaname Ototsuki" é o nome do cara que deu o fora e voltou na pior hora possível. Ele já tinha sido expulso da Mansão por ser homem, e depois sumiu da vila após ter se envolvido com Reika, então pra que voltar?!
Fato é que geralmente, os Kuse adotavam crianças de fora, do sexo feminino, justamente por eles próprios não terem tantas mulheres quanto precisavam, e não havia "reprodução" constante, e quando havia, não dava pra prever se viria homem ou mulher (foi justamente o caso desse cara).
Aliás, as moças eram meio cabreiras com crianças masculinas, chegando ao cúmulo de mata-las jogando num poço depois de 4 anos (da pra ver o poço fechado na mansão, e escutar crianças chorando no fundo...). Kaname foi poupado desse destino pois sua mãe levou ele prum vilarejo próximo da Mansão, e deixou ele lá pra viver... o tenso é que, ela guardou como recordação dele um Brinco, onde um ficou com ela, e o outro com ele.
Os patriarcas da família nem existem, muitos dos frutos genéticos brotaram de uniões com Forasteiros. Ou seja, os Kuze não curtiam homens mesmo. Kaname nasceu de uma tentativa da vovó malvada em reproduzir sua filha naturalmente e criar uma descendente direta. Tinha funcionado com ela própria, então porque não funcionaria com sua filha né? Pois é... nasceu menino. E por mais que ele tivesse ficado perto da Mansão por tempo bastante pra conhecer Reika e se apaixonar, uma hora ele foi chutado pra longe de lá também (foi estudar, ou fugiu, vai saber).
Só que na segunda tentativa (aí já com outro forasteiro), nasceu Amane, e ai a vovó ficou feliz, tornando ela a primeira da nova leva de Sacerdotisas Mirins Empaladoras de Tatuadas.
Ela só não contava que essa menina descobrisse do menino e se empolgasse com a ideia. Parece, que Amane encontrou o par do Brinco de sua mãe, com Reika... e então descobriu sobre seu irmão perdido, do qual ela só havia ouvido falar como um segredo de sua mãe.
Olha que louco: Kaname cresceu no vilarejo, conheceu Reika, se apaixonou, deixou seu brinco de infância com ela pra provar seu amor e partiu. Quando Reika virou uma Sacerdotisa Tatuada, ela manteve esse brinco consigo, e quando Amane viu, reconheceu na hora!
É que da mesma forma, a mãe de Amane manteve seu brinco consigo, e quando ela perguntou, a mãe contou de seu outro filho. Quando a mocinha viu que Reika o conhecia, ficou excessivamente entusiasmada, e fez a besteira de uni-los.
Moça dos Cabelos na Parede
"Kyouka Kuze" é a mãe de Amane e Kaname, e filha da vovó maluca. Só que, nem da pra perceber isso quando ela aparece, pois ela não interage com nenhum deles, e ainda por cima tem seu próprio destaque por assim dizer.
Ela fica num quarto, penteando o cabelo e chorando num cantinho, com várias mechas de cabelo presas na parede, no que parece até um pequeno altar.
Seus lamentos são pela perda de seu amado, que ela aguarda o retorno eternamente, e essa é a parte que me confundiu... a história parece muito com a da Sacerdotisa lá do primeiro jogo... e até o fato dela confundir o Kei com seu ex é semelhante, pois la no primeiro jogo a vilã confundiu o irmão da Miku né?!
Mas as histórias só se parecem nessa parte. No caso dessa moça, seu amado foi um dos forasteiros com quem ela teve um filho, o Kaname. Ela nem liga pro segundo cara com quem ficou pra ter a Amane, apenas se lembra do primeiro.
E lembra tanto, que parece nem ligar muito pro destino macabro de sua filha como sacerdotisa matadora de vampiros tatuados (são os negócios da família afinal), e apenas fica lá chorando.
Fato é que, por ainda ser tão jovem, é bem provável que ela morreu jovem, antes de seu filho retornar pra Mansão e cometer o erro de ir ver sua nora, e antes da morte de Amane por consequência. Talvez ela tenha sido morta por ter salvo seu filho, e levado ele pro vilarejo (afinal, convenhamos, a vovó não ia deixar isso passar em branco).
Faz até sentido essa morte ser até proposital se considerar que as sacerdotisas mirins não podiam ter parentes vivos (e a vovó já era uma exceção à regra pro lado de Amane), tendo passado por perdas pra potencializar suas participações no ritual.
O estranho é que ela tem vários diários, e em um deles, ela diz claramente que todo mundo deixou ela sozinha na mansão, depois da falha no ritual. Ou seja, talvez a punição dela tenha sido o exílio e não a morte... fato é que a mãe dela (a vovó chatonilda) sabia muito bem do filho que ela salvou.
Essa personagem é responsável por uma das missões secundárias mais chatinhas e injustas, pois libera o segundo final da história. Esse final é completamente alternativo, e se considerarmos que os dois jogos anteriores só validaram o final original deles, fica claro que este não vale.
Pior é que eu fiz a missão dela, me matei pra fazer tudo certinho (sem guias mesmo viu, só sabia que era necessário derrota-la e ficar esperto quando ela aparecia), e descobri que o final secundário só libera depois de concluir o jogo uma segunda vez. Itens que ela daria, como a Chave pro Baú Secreto dela (onde tem as informações sobre o filho dela e tal) acabam nem aparecendo na primeira jogada. É injusto!
Deixei pra falar dela por último, pois é a personagem mais importante, mais relacionada ao enredo, mas que menos parece isso na primeira vez que jogamos, justamente por suas conexões serem escondidas e camufladas com essa paixonite aguda dela (Arrancar os cabelos e por nas paredes mano? Se jogar no primeiro cara que se parece com o ex? Isso é doentio!!!)
Esse é o único fantasma que me lembro, que pode sumir completamente do jogo. Caso a missão dela seja feita, ela apenas para de aparecer... (mas ainda da pra ouvir os lamentos dela em cima de um dos telhados, mesmo que ela nunca mais surja).
Observação: Tudo indica que a Câmera Obscura que Kei encontra, era do amado dessa moça, o que só ajudou ainda mais na confusão dela. Quando ele encontra a câmera, é justamente ao lado daquela foto na parede (daquele fantasma que aparece sempre que fotografamos ela), e o documento que vem junto fala justamente deles dois e seu romance proibido. Já pensou ele se infiltrou como carpinteiro e morreu no processo antes de alcança-la!?
Inclusive, é no encontro dessa câmera que a Vovó Chatonilda aparece (um dos fantasmas mais poderosos, contra a câmera mais fraca, isso no começo do jogo ainda!). Seria a foto na parede da Kyouka?!
Detalhe extra: Kyouka só passa a realmente confundir Kei com seu amado quando ele passa a portar a Câmera Obscura. Antes disso ela ataca da mesma forma, mas sem falar como se o aguardasse.
Vovó do Carrinho
Deixei por último "vírgula". Tem a vovó do carrinho de bebê, que não confunda com a vovó chata, essa é apenas uma vovó mesmo.
Ela aparece num corredor com um carrinho e, corre na direção do jogador. Parece até um fantasma secreto pois quase não aparece, e quando surge é por tempo limitado!
Tem vários fantasmas assim aliás. Alguns podem aparecer num canto e só atacam se o jogador interagir a tempo (e dão itens se vencidos). Tem fantasmas que sempre reaparecem não importa o que façamos. Tem aqueles que podem parar de aparecer pra sempre (como o caso da mãe dos cabelos) se suas missões forem feitas. E tem os raros, tipo essa aqui.
Explicação que é bom nada. Uma vovó andando com um bebê e atacando, com o bebê!? Eu hein. Pior ainda é que os bebês são tudo distorcidos (vários rostos mesclados).
Fato é que na mansão há muitas vítimas que nós não chegamos a ver. Vários casos de pessoas que desapareceram em hospitais do mesmo jeito da mulher do Acidente de Avião. E tem muita gente que descreve os passos da Maldição ao longo do jogo. Podemos ouvir essas pessoas por fitas cassetes... mas não da pra saber o destino delas.
Bem possível que muitos andaram até o mundo dos mortos, num mar que fica escondidos nos cafundós da Mansão, seguindo seus entes queridos, e se unindo a eles na morte. Nós só vemos aqueles que ainda não chegaram lá, e talvez nunca chegariam, sem a ajuda da protagonista.
Muito bacana isso, se for pego pela maldição, você pode morrer e ir pro mundo dos mortos com quem você ama, ou ficar preso no sonho numa tortura eterna.
História
Por fim chegamos na história, e já que falei de todo mundo, não vou enrolar nem um pouco mais.
Fatal Frame 3 - Maldição pra Todo Canto
Pega pela maldição da Mansão dos Sonhos, Rei se lasca atrás do ex, mas descobre que não tá sozinha pois seus amigos se lascaram junto.
Ela pode ver o que eles fazem, sonhando como se fosse eles, e só percebe o quanto eles fazem burradas, sem poder ajudar de forma alguma, mas tentando.
Miku tá alucinada pelo irmão dela e quer se juntar com ele a todo custo. No final ela encontra ele, se junta com ele, ignora Rei que implora pra ela parar de ser burra, e é seu fim.
A sorte dela é que seu corpo num some no mundo real, mas ela cai em sono profundo, dando uma chance de Rei salva-la.
Mas Rei sozinha não conseguiria, pois ela tava tão alucinada quanto Miku, nesse caso pelo Yuu. Por sorte surge Kei, mostrando pra moça que tudo vê, que ser burro faz sofrer.
Kei já tava tentando salvar sua sobrinha que também caiu em sono profundo, e aí quando chega, Miku, que ele nem conhecia, tava na mesma situação. Ele fica apressado e decide agir o quanto antes, e encerrar o ritual de empalamento, acreditando que só assim a maldição se encerraria.
Ele faz bobagem, pois mesmo munido com as estacas das próprias sacerdotisinhas sádicas, ele não tinha força alguma pra peitar o chefão. Sobra só a silhueta dele no sofá da casa da Rei...
Ele, sendo homem, ousa entrar no santuário das tatuadas aglomeradas, e ainda fica surpreso por morrer moído na porrada. (Além disso ela já tava empalada, empalar ela de novo não era a solução, ele deveria ter pensado nisso).
Somente mulheres podem entrar lá, por isso a própria sacerdotisa se projeta em memórias pacíficas, para Rei, mostrando os caminhos que fez e pelo que passou, e quem sabe ela entendia a mensagem e descobrisse qual a ação que poderia salvar todo mundo.
E é claro que ela não descobre. Então a solução é a fantasma tacar um documento aos 40 minutos do segundo tempo, escondido no teto da casa de Rei que ela nunca tinha entrado, onde havia o Brinco da mulher (sabe-se lá como foi parar ali) e, o segredo pra vencer e sobreviver aos sonhos.
Reika não tinha sido a primeira falha... muito homem já tinha sabotado os esquemas, por isso a velha vovó chatonilda era tão chatonilda. No caso, a Sacerdotisa não era uma garantia de que tudo daria certo. Ela podia rejeitar as tatuagens, e demonstrar ser impura, justamente com a coloração dos olhos e o acúmulo da própria culpa.
Por isso, quando alguém falhava, esse alguém era simplesmente escalpelado, e sua pele servia de exemplo pra próxima engraçadinha que não aceitasse cochilar pela eternidade sofrendo pelos outros. Se não me engano tem até duas Peles Penduradas com Tatuagens em um dos santuários, exatamente onde a Sacerdotisa costumava ficar confinada, só pra deixar clara a situação dela: Ou morria sofrendo pelos outros, ou morria sofrendo por si mesma.
Tinha a terceira opção é claro, a dela simplesmente não tolerar nada e massacrar geral, compartilhando suas dores com todo mundo. Mas nesse caso, pra evitar tanta revolta, os sábios Kuze tinham uma alternativa: Pegar ela, tacar num barco, sem a pele é claro (isso nunca poderia faltar) e mandar direto pro mundo dos mortos, pelo mar escondido.
Essa solução acalmaria o fantasminha e impediria toda essa bagunça, tanto que como disse, já fizeram antes. Mas na hora H, ninguém lembrou desse crucial detalhe, e optaram por fazer tudo errado, TUDO ERRADO!
Mataram as sacerdotisas mirins, mataram o chefe das construções, mataram todo mundo, e ainda caíram na maldição da moça enfurecida, que mesmo depois de morta, matou todo o resto, e continuou matando.
Claro que, um lado dela não queria mais isso (mas não é como no primeiro jogo, ela não chega a se dividir). Ela mesma fala a verdade mostrando o caminho pra Rei (tecnicamente, as memórias dela), e a pequena Amane também (na verdade, Rei vê a verdade seguindo memórias que o radinho de cristais mostra, mas quem entrega o Brinco com o tal cristal é alguém na casa dela, que não aparece. Talvez um dos muitos espíritos tenha ajudado ela sem ela perceber).
Inclusive, pode ter sido o Yuu. Mesmo que ele nunca apareça na casa, os locais onde ela pega tanto o Rádio, quanto o Brinco, são pontos onde Yuu tinha um forte vínculo e com grande carga emocional pra Rei só de entrar (o Quarto dele, e o sótão escondido no quarto da Miku, onde tinham várias lembranças e coisas do passado de Yuu, escondidos por Rei).
Enfim, demora pra ficha cair, mas quando Rei entende a mensagem, descobre que tudo que tem que fazer, é por a Sacerdotisa Tatuada num barquinho e mandá-la pro além, mas antes precisaria derrotar o espírito possesso dela.
Rei testemunha a morte do namorado de Reika num flashback, e acaba entendo exatamente tudo o que aconteceu. Porém a moça tatuada tava tão pistola da vida que quando ela chega, dá mó bronca, e ambas saem na porrada. Ela tenta matar Rei assim como fez com o Kei, mas a garota manja dos ângulos fotográficos e derrota o espírito furioso.
As vezes o fantasma cria um cenário mais intenso, repleto de miasma, onde Rei não tem nem como atacar e precisa fugir (aliás, a luta contra ela é difícil viu). Nessas horas as memórias da moça aparecem ao fundo enquanto ela lamenta.
Assim que o fantasma entra em modo repouso (depois de um bom exorcismo eles só voltam um tempo depois né), Rei pega o corpo da moça, pega o corpo do namorado dela (que ainda tava lá jogado do lado dela pra variar), bota ambos num barquinho, e fim de papo.
Ao passo que ela navega em repouso ao lado do amado, todos os fantasmas que estavam presos à maldição também se libertam, indo em direção ao mar escondido. No meio deles, tava Yuu.
Quando Rei o vê, ela corre, e implora pra ele levar ela junto, e ele quase a ignora... mas daí bate peso na consciência e ele volta, dizendo que se ela fosse com ele, o pouco que ainda existia vivo dele, morreria junto e nada sobraria, pois ninguém se lembraria dele.
Meio tenso isso, pois pelo jeito que ele fala, até parece que esses fantasmas, que vão na direção do Mar Escondido, na verdade eram "apagados". Sei lá, foi macabro de mais. Sei que foi um jeito dele romantizar um pouco o momento, mas que ficou bizarro ficou. Porém, ele pega todas as tatuagens dela e leva junto pro além, normalizando a situação da moça e carregando seus pesares.
Claro que sabendo que ele tava ali no pós vida e que, os espíritos existem mesmo, Rei se sente mais confortável e acaba aceitando prometer que viverá a vida de boa, mesmo que não tivesse nenhuma garantia de um dia descansar ao lado dele (até a morte tem muito chão, e maldições por vim!).
E aí ela acorda, percebe que tudo foi só um sonho, mas a mancha no sofá permanece (tchau Kei) e por sorte, Miku conseguiu voltar.
Ambas aparecem olhando o horizonte numa praia no fim, e comentam o quão sortudas são de continuar existindo.
Fim
Particularmente, torso pra que Mio também tenha acordado, e todos que ainda tinham seus corpos vivos no mundo real...
E por mais que o final alternativo mostre todo mundo vivo... o que vale em Fatal Frame, até então, é sempre o primeiro final, e mais cruel.
Mas saberemos disso em futuras análises... ainda há mais Fatal Frames pra jogar!
E ai, o que achou?
Espero não ter sido muito confuso, e nem muito apressado. Meu intuito era tão somente compartilhar minha experiência e... voltar a dormir bem.
Obrigado pela leitura, e se quiser mais artigos assim, veja a Lista da Morte!
See yah!
(Agora que vi... post 500!)
24 Comentários
Eu achei que você ia perder essa marca, mas ainda bem que tava errado....
ResponderExcluir500° POSTAGEM PORRAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!
Ae kraio, ta doido, comé que pode, a melhor parte é que...
Eu li tudo.
Nss slk, mta profissionalidade nesse muleke, o cara leu 500 texto, provavelmente 1 Milhão de palavras em um período de...1 ano e 4 meses? Considerando que quando eu terminei aquela maratona loucona lá não chegava nem aos 450, eu acho que sim né rs.
Mas enfim, o que importa é que chegou na meta, e como uma presidenta disse:
"Não vamos ter uma meta, vamos deixar ela aberta, e ai quando atingirmos a meta, dobramos a meta"
Entendeu? NÃO?!! Nem eu ksksksksk
Agora vamo pros 1000 postsssss...se em 8 anos se conseguiu 500, acho que em 2030 se consegue os mil né? Deve ser...
Enfim ks, zoeira parte, muito feliz por ter acompanhado tão pertinho esse trabalho tão dedicado, ler tudo (ou quase tudo) que esse site teve e tem pra oferecer, e o mais incrível, fazer parte, mesmo que indiretamente, dessa conquista, e isso...Não tem preço.
(""Meu Deus...emocionante, vou chorar sniff..."")
discurso meloso à parte, que jogo maneirão hein, aprovado.
Engraçado essa sua capacidade de esquecer dos jogos depois de escrever sobre eles...Eu tenho a mesma capacidade...com meus sonhos...sério!!! É muito estranho kkkkk.
Enfim, byeeee.
Essa capacidade de esquecer é meu dom, e também minha maldição. Não posso reclamar hehe. O bom disso é que se eu dou um tempo, e releio o que escrevi, eu meio que posso me auto-avaliar de forma imparcial, pois muito também acabo por esquecer. To até fazendo uns truques pra usar isso a meu favor em alguns artigos...
ExcluirBem, eu quero muito chegar a 1000 artigos, mas quero artigos válidos. Então sei lá, vai demorar anos, mas um dia acontecerá! O bom mesmo é continuar escrevendo e, espero que eu continue empolgado pra tal.
Enfim, vlw sr Wilson.
Sou viciado em suas análises, são sensacionais!! Parabéns pelo grande trabalho, FF3 é bem perturbador, mesmo achando o FF2 o mais macabro e melhor da série!.
ResponderExcluirIsso me anima tanto... sempre fico receoso ao publicar, mas comentários assim me estimulam a continuar. Agradeço muito pela força! E, fico feliz por gostar, muito feliz.
ExcluirDentre os 3, eu curti mais o primeiro. É que foi o que mais me pegou de surpresa e, como eu não sabia nada o que me aguardava, fui só morrendo de medo a cada novo terror. Mas, que franquia incrível né não!? Já to ansioso pra jogar o 4... os caras pegam muito pesado nos tipos de torturas e sacrifícios, é muito perturbador... quero ver até onde chegam nas ideias.
Aliás, seja bem vindo sr PH! Obrigado por ler, curtir e comentar!!!! Isso só me dá mais gás pra continuar.
Gosto de fazer uma leitura de um bom conteúdo, e o seus são incríveis, vc capita tudo aquilo que o jogo quer passar, pega todos os mínimos detalhes, já li muita análise de jogos, tanto novos quantos os jogos mais antigos que são os que mais gosto, e as suas são de longe as melhores e as mais completas, dá pra ver que faz por vontade e prazer mesmo. As vezes pego análise mais antiga que já li anos atrás e leio novamente de tão bom que é kkkkkk, mais novamente parabéns aí, e continue trazendo mais análises aí pra gente, não para não, abraço!!
ExcluirCara eu to muito feliz. Obrigado por acompanhar esse trabalho todo e pode acreditar, vou continuar produzindo!!!
ExcluirE, repito, tu é muito bem vindo.
Farei por onde merecer tamanho elogio.
Finalmente a análise desse jogo;e mais uma vez muito boa.
ResponderExcluirEu zerei tem uns bons anos,porém algo que não esqueço é do medo que eu sentia sempre que começava à jogar (essa franquia talvez só perca para Siren em tensão e medo),lembro dos sons de martelo como espécie de trilha sonora que arrepiava tudo e particularmente dos fantasmas do assoalho e da mãe e filha(fiquei sabendo agora que a garotinha é uma bela fdp dissimulada).
Acho que as aparições no mundo real tem inspiração no filme "The Grudge",sendo que muitas aparecem em armários e locais apertados.
Gostei da história,fala muito sobre sentimentos de amor e perda e fiquei de certa forma triste e aliviado com o fim,triste pois me soou agridoce demais e aliviado por terem sobrevivido e de eu não precisar mais jogar,porque a atmosfera e tensão eram torturantes para mim,mas uma obra de arte sem dúvida desde a história aos aspectos técnicos e artísticos.
Ah sim aquelas batidinhas das moças das estacas. Mano aquilo era muito agoniante. A moça cabeluda assoviando enquanto nos procurava pra dar aquele abraço gélido de defunto, eu corria sempre (e na verdade tinha de lutar pra pegar os documentos dela, mó vacilo).
ExcluirJoguei Siren um cadinho... ele entrou pra lista dos "Jogos pra analisar quando estiver me achando corajoso" kkk.
De certa forma lembra mesmo, se os fantasmas fizessem aquele barulho esquisito ai sim, seria quase uma homenagem. Também lembrou O Chamado, na parte em que da pra ver um poço onde jogavam as crianças masculinas, eu não consegui pensar em outro filme se não ele. Até achei que teria algum susto ali, mas nem teve tanto destaque.
Depois fui assistir o segundo final (nem louco me matarei pra jogar tudo de novo, já estou conseguindo dormir novamente!) e vi que não mudou nada. Só adicionaram fotos que acabam contextualiznado os eventos posteriores, dentre as quais mostra que o carinha sobreviveu, e até rolou reunião de todo o elenco. Porém, seguindo a tradição de Fatal Frame, o primeiro é o que conta... pelo menos por enquanto.
Vou saber melhor quando analisar o quarto jogo... um dia... quem sabe rs.
Aliás, valeu sr Gabriel!!! Demorei eu sei mas consegui!!! Agora é ver o que mais tem pra escrever e mandar brasa.
Valeu pela leitura e comentário sr, e see yah! Feliz por ter curtido (saca, quando eu to gripado eu respiro como a moça que assovia, e... eu to gripado agora... pesadelo que vem).
Rsrsrsrs,melhoras com sua gripe.
ResponderExcluirCara...esse assobio eu tinha esquecido,mas pelo pouco que me lembro não é nada agradável.kkkkk
E até hoje eu fico espantado como os espíritos são bem trabalhados nesse jogo (se tratando de um PS2),o efeito translúcido,a movimentação e as expressões faciais são muito bem feitas.
Bom...Siren é complicado literalmente.rsrsrsrs,imagina ficar preso numa ilha cheio de zumbis imortais com resquícios de inteligência,com nenhuma ou poucas armas tendo que se deslocar em stealth e no escuro,e ainda suportar a trilha sonora e os barulhos dos zumbis que berram e correm atrás de você se te vêem...cara,chega ser insuportável.
Em relação à esses finais desbloqueáveis,eu sempre vejo no YouTube,depois que termino um jogo eu vou atrás de outro,não passo por todo de novo só para ver outro final,isso é mania de oriental.
Já to melhor!!! Valeu sr.
ExcluirPior que como o foco do jogo é fotografar na hora que o fantasma a mais perto e agressivo, ainda pausando alguns instantes mostrando a expressão deles, é impossível não ficar perturbado. Eles fazem umas caras muito bizarras.
Eu gostei muito do estilo visual de Siren. To com o 1 e o 2, um dia vou pra frente neles.
Antes eu tentava conseguir, mas hoje em dia também opto por ver vídeos. As vezes o sacrifício não compensa, a menos que seja algo muito individual.
Sim,o trabalho de modelagem facial é muito bem conseguida nos fantasmas,e digo que até para os padrões de hoje são satisfatórias,já a expressão dos personagens vivos já não é grande coisa,porém a modelagem é muito boa e tudo isso sem loadings visíveis nos ambientes,isso é louvável.
ResponderExcluirOs fantasmas que me davam mais aflição era a mãe e a filha,a mulher que parece uma aranha e a mulher toda de preto dos rasantes,era terrível.
Em relação ao Siren,usaram captura facial real nos personagens e isso só deixou maus bizarro ainda,pois os inimigos também usam,e já vou logo te falando que os jogos são "muito japoneses",ou seja,espere quebrar a cabeça pra entender o que o jogo pede e passar muito perrengue com a atmosfera do jogo,o 2 achei um pouco mais fácil,mais ainda assim é difícil,só terminei os dois olhando na Internet e com 15 anos de idade me borrando todo.
O jogo é bonito até pros dias de hoje. Pena que nas cutscenes a qualidade cai de forma muito gritante (principalmente as em preto e branco). E de fato as expressões dos vivos deixam muito a desejar.
ExcluirOs que mais me assustavam eram o Kusabi (pela força dele, e dificuldade, assustava pois demorava muito pra vencer), a que rastejava (não dá, ela é muito estranha) e as Tatuadoras (tem uma que aparece numa sala com a luz piscante, é ridiculo de bizarro aquilo).
Notei isso, Siren tem um visual bem único e aposto que renderá uma ótima análise.
Com certeza Siren dará uma ótima análise,tem coisas que me deixam confuso na história e do que aconteceu realmente a certos personagens,mas logo te aviso que vai passar por muita tensão,os shibitos são muito estranhos.
ResponderExcluirEntão fico no aguardo das próximas análises.
Abraço.
O ruim é que, eu não quero jogar terror por enquanto. Mas ciente que é algo que vai sanar algumas dúvidas, já consigo me empolgar pra jogar.
ExcluirNão faço ideia do que escreverei a seguir, então vamos ver o que acontecerá!
Sem pressa cara,tudo no seu tempo.
ResponderExcluirEu também após terminar um jogo com clima pesado de terror,não consigo emendar outro,esses jogos exigem muita dedicação e nervos.
Até a próxima.
Tentei Elden Ring. Desisti. Não consigo passar do primeiro chefe pra valer e, ele nem é difícil. Eu que sou muito ruim.
ExcluirVou ver um jogo mais fácil.
Hahahaha que análise maravilhosa, sério mesmo!!! eu fiquei numa correria com o trabalho que nem me lembrei de olhar seus posts... por sorte você postou no dia 13, que nostalgia boa, sério mesmo! obrigado por essa análise!!!
ResponderExcluirÉ que não aparece o horário do post, mas postei as 13h13 do dia 13, acredita?! Achei que nem conseguiria, daí programei pra auto-publicar e torci pra acabar em tempo. No mesmo dia ainda fui fazer limpeza de um pc pra um amigo... foi corrido, mas valeu muito a pena.
ExcluirObrigado digo eu TFD, o que mais compensa ao jogar e escrever é saber que terei com quem compartilhar as descobertas e experiências. Fico feliz que gostou, significa muito pra mim.
Esse jogo é assustador... eu amei!!!!
E aí vamosnós, enfim!
ResponderExcluirAh então cê ficou perturbadão com esse,hein? Haha ele eu ainda zerei assim como o 2 aliás só que somente no modo normal, infelizmente, e cabou que é meu preferido da trilogia (não joguei os outros afinal e preferi não saber muito deles pra num pegar spoiler) mas sabe que esse é tido como o FF (da trilogia) mais tranquilo? Eu mesmo confesso que embora meu preferido eu também o achei menos sombrio, embora maravilhoso. Fora ainda a música dos créditos, Koe (Voz) que é minha preferida da série e da cantora, Tsuki Amano, também!
Umas observações e bom, lá em cima cê confundiu as gêmeas Mio e Mayu e no finalzinho ao falar qual delas espera que tá viva ainda também,lembrando que Mio é quem sobrevive e a Mayu morreu lá no FF2. Se bem lembro Mio voltou mas sem nunca falar o que de fato ocorreu e nunca mais foi a mesma. Seguindo aliás o plano da Mansão do sono o lance é o seguinte: quando você perde uma pessoa amada e se recusa a aceitar isso sentindo muita dor, culpa e pesar você é tragado por essa mansão,por isso as protagonistas são pegas inicialmente. Rei por causar o acidente que matou Yuu, Miku por não se conformar em deixar o irmão para trás conforme ele pediu e Mio por matar a irmã e sentir muita culpa. Já o Kei lembra até o Henry do SH4 no sentido de que não está diretamente envolvido mas em busca de Mio e como salvá-la. E sim, as câmeras no game também diferem de acordo com a sensibilidade espiritual de cada personagem, sendo Miku a mais sensível aos espíritos seguida pela Rei e por fim o Kei, por isso também a câmera dele é tão fraca.
E sim, quanto ao fim verdadeiro do game o próprio diretor já confirmou que o segundo final é de fato o verdadeiro, resultando assim na salvação de todos os envolvidos. E pensando aqui, talvez a mensagem que FF3 queira nos passar é de que devemos aceitar que aqueles que amamos morrem e se vão, mas que enquanto vivermos parte deles (lembranças, desejos, vontades e etc) sempre vai permanecer conosco afinal. A morte é inevitável e o melhor a fazer é aceitar que um dia ela vem e que devemos compartilhar e fazer laços firmes no amor, por aqueles com quem compartilhamos nossas vidas! Enfim, grande post tio "Divulgante"!
Ps: gostei muito do fantasminha nos cantos dessas screenshots aí!
Sr!!! Corrigido. Acredita que eu cheguei a revisar o artigo por causa dessa confusão e deixei dois parágrafos passarem batido? Eu confundi legal os nomes, no artigo inteiro, e notei isso mas, deixei essa passar na correção. Parte do erro foi por mudar o nome "Mio" pra "Miu"... daí quando fui procurar palavras chaves eu pulei esse parágrafo. Falha minha, valeu pela correção!!!
ExcluirSr Marcio, eu tinha uma ideia e não consegui botar ela totalmente em prática. Queria por o Mortizinha aparecendo em algumas fotos, depois sumindo e aparecendo dentro das imagens, como easter egg kkk.
Mas deu mó problema na hora de editar.
Fico feliz por ter gostado, e mano, brigadão pela leitura e atenção, ainda mais na correção. To feliz pra caramba.
Vlw sr Marcio!!!! E mano, agora é o 4... mas ainda to me preparando pra voltar pros pesadelos noturnos e medo do corredor kkkkk.
Hahaha não seja por isso, somente, é um prazer a correção, rsrs. E sim, adicionar o Mortzinho nas imagens foi uma ideia de gênio, super curti! Ah e quanto ao 4 sempre ouvi dizer que ele não é assustador como os outros e que apesar da história forte ela não é tão boa tbm mas hj enfim, que venha sua análise!
ExcluirPs:desculpe a demora na resposta, pó alguma razão eu não tava podendo responder aqui com minha conta do Google nem com meu nome mas enfim consegui!
Deu algum erro nos comentários??? To preocupado... mas é bom ver que conseguiu voltar.
ExcluirEu to escrevendo sobre No More Heroes agora (Travis Strikes Again) e talvez depois vá jogar o Fatal Frame 4... ou Harry Potter... deu mó vontade de analisar Hp.
Primeiramente quero elogiar pelo seu blog, eu gostei muito das explicações de Silent Hill maravilhosos, aprendi toda a história da saga lendo sobre. E agora vou ler sobre Fatal Frame, uma das minhas franquias favoritas e diga-se de passagem, um pouco injustiçado. Mas se eu, um mero mortal, puder fazer uma correções... Rei não trabalha com o paranormal, ela é fotografa free-lancer e estava fazendo um trabalho lá. Aquela casa são os resquícios da Mansão Kuze. Yuu morreu no acidente de carro que a Rei estava dirigindo, por isso ela se sente culpada. Mayu não morreu quando caiu da ribanceira, só quebrou a perna e ficou coxa. Mas Mio se culpa por ter corrido na frente e não ter esperado a irmã. Prova é que a irmã da Sae, fantasma responsável pela maldição de All Gods Village, Yae é bisavó da Miku. Kei não está morto, ele sobrevive se fizer o final certo, que é uma espécie de "sidequest" que tem como recompensa o brinco do Akito
ResponderExcluirMe senti até envergonhado por tantas falhas, mas considere que eu meio que me apoiei numa interpretação mais pessoal. Em todo caso eu agradeço pelas correções sr Henrique.
ExcluirFico feliz por ter gostado de SH. Aquela é a franquia eu eu mais amo. Fatal Frame também é uma franquia que gosto bastante mas confesso, não sou nenhum expert. Por isso também sou grato por dar atenção e fazer correções.
Peço perdão pelas interpretações equivocadas... e novamente, valeu.
Mas, tem certeza que da pra salvar o Kei? Mano queria ter feito isso... me senti mal por ele. Eu só faço besteira!
Obrigado de mais por comentar, isso me estimula a continuar.
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