CríticaMorte: Venom - Tempo de Carnificina

Um dos piores, se não o pior filme que já vi na vida, no gênero em questão.


Pode-se considerar um filme de ação, com elementos de super-heróis só pelo fato de ser uma continuação de um filme assim, e claro, por contar com personagens que pertencem aos quadrinhos, e são heróis, ou anti-heróis, e vilões... enfim... ele é um filme que flerta com esse gênero, mas que em nada se encaixa nele.

Não sei como falar desse filme sem spoilar, a menos que me me contente apenas em dizer: É ruim, nem vale a pipoca. Mas, bora lá descrevê-lo em tópicos.

Boa leitura... espero.


Controle de Ideias

A coisa que mais me incomodou o filme inteiro, foi o fato dele simplesmente não conseguir convencer em absolutamente nada que tenta contar.

Sua história gira em torno do Venom e seu hospedeiro perfeito, Eddie Brock, tendo uma vida bem merd4, partindo da desconstrução dos eventos no filme anterior. Nele, Venom havia derrotado outros parasitas espaciais e ao invés de assumir um manto de vilão, ele decide viver em total simbiose com Brock, assumindo o papel de "herói" e decidindo levar justiça às ruas de forma brutal. Porém aqui, nada disso acontece, já que Venom apenas é escondido por Brock e mantido em total anonimato, sem caçar bandidos, nem mesmo ferir qualquer ser humano.


Por mais que o filme tente empurrar o argumento de que Venom precisou se esconder pra lidar com as consequências de seus atos no longa anterior, isso não se justifica pois apenas não há eventos derivados do filme anterior. Brock não foi preso, nem acusado por envolvimento com nada, nem houve qualquer investigação sobre a estranha figura sombria que Venom representou nas cidades. As mortes que ele causou, a destruição gerada pelos demais simbiontes, e até mesmo a consequência final de um chefão empresarial explodindo num foguete, nada disso vem à tona, e o máximo que temos é uma citação de que o "FBI" os investiga.

Claro que, isso não seria o suficiente pra pintar o filme como uma continuação ruim, porém, o total descompromisso em ao menos dar um pouco de sentido à obra como uma sequência, já consegue ferrar com tudo. 

Fraquezas?

Só que isso não se resume apenas ao que o primeiro filme estabeleceu. Venom 2 por si só é capaz de desconstruir e aniquilar suas próprias regras, o tempo inteiro, conforme o roteiro pede.

Um excelente exemplo disso é a capacidade mágica de Venom apenas desligar suas vulnerabilidades a hora que quiser, sem que isso tenha a menor consequência ou justificativa. Pense no fato dele precisar e depender do hospedeiro a todo custo, mas também necessitar de alimentação. Ele não come nesse filme, no máximo "cérebros de galinhas" e chocolate, elementos estes que são suficientes pra mantê-lo plenamente saudável... só que esse nem é o problema.

O problema é ele ser vulnerável ao Fogo e aos Sons Altos, quando o roteiro pede por isso. Da mesma forma que ele sofre com estes elementos, ele também pode apenas ignora-los caso isso não combine com alguma piada ou parte que queiram contar na história, e isso vale pra todos os simbiontes neste longa.


Venom e Carnificina respondem mal aos sons, sendo extremamente sensíveis, tanto que ao término do longa a grande reviravolta parte desta fraqueza. Mas igualmente, em uma parte da história, todas essas regras somem repentinamente, em prol de cenas engraçadinhas.

Falo do momento em que Venom abandona seu hospedeiro principal, e vai pulando de corpo em corpo (sem ser notado por ninguém, mesmo com os corpos que deixa pra trás), e vai direto pra uma BALADA, onde ta tocando MÚSICA ALTA, e onde ele próprio faz questão de pegar e usar um MICROFONE, que até faz sons agudos de MICROFONIA (o que é justamente excesso de Som, ampliado constantemente).


Tudo isso ocorre sem causar qualquer consequência ao simbionte, que por regras (estabelecidas anteriormente e até mesmo neste filme) deveriam causar fraqueza, sensibilidade, incompatibilidade (com os novos hospedeiros) e até mesmo morte. Venom nem treme diante desses fatos, e no máximo, fica depressivo por estar longe de Brock.

Igualmente, Carnificina participa de INCÊNDIOS, sem reagir a nada, sem nem parecer se importar com isso. E olha que sua mente é compartilhada com o hospedeiro (no qual ele nasceu), e mesmo assim, parece que ele apenas ignora suas fraquezas por tolerância momentânea. A questão é que o fogo é a maior fraqueza dos simbiontes, e eles respondem muito mal a isso, coisa que no final do filme também é mostrado (justamente com Carnificina), mas, quem disse que isso se mantém? O filme desliga suas regras quando quer, e cabe ao espectador somente aceitar.

A luta final então, um sino afeta os personagens sempre que ele soa, e isso faz com que eles intercalem entre suas formas Simbiontes, e humanas. Mas até quando o sino para de tocar, eles continuam mudando de forma, aleatoriamente, e sem a menor explicação, Venom acaba ficando super fraco, e Carnificina muito poderoso, tudo de um jeito perdido e randômico. Não da pra acompanhar o raciocínio do roteirista ou do diretor!

Personalidades

Venom de repente se tornou um bobo, tolo, completamente inocente e pior, ingênuo. Ele apenas aceitou que é um parasita e que depende de seu hospedeiro, e independente do controle que desempenha sobre o corpo, ou de sua necessidade biológica de matar e consumir vidas, eis que ele apenas serve de alívio cômico e faz piadinhas.


Brock ficou burro, apenas abraçou uma ignorância sem igual, e aquele que antes era um investigador/jornalista freelancer (desastrado, mas compromissado) agora apenas se converteu em um personagem dependente ao extremo de seu simbionte, e fraco psicologicamente, incapaz de elaborar pensamentos por si só, incapaz de raciocinar.


E, se sobrou mais alguém do elenco original, provavelmente foi o par romântico dele, que no início do filme é descartada, mas constantemente é trazida de volta quase como se o enredo não se sustentasse mais apenas com o conflito da relação entre parasita e hospedeiro.

A mocinha ta no filme mas, ela não deveria estar. No início ela já é descartada da história com a personagem dizendo que não ta afim dele e pronto. Ao invés do filme suportar essa decisão e continuar, ele volta atrás constantemente, fazendo com que ela volte a ser a mocinha, só pra novamente descarta-la, e trazê-la outra vez no final, do mesmo jeito, pra definitivamente descarta-la.


E, tem um policial que aparece ao lado do protagonista sem razão nenhuma, sem explicação alguma, mas que convenientemente está relacionado tanto com o protagonista (não por investiga-lo ou algo assim, nem por ser um figurão da policia geral... ele apenas aparece mesmo) e com o antagonista (por ter cuidado do caso dele no passado, ou parte disso, pois o longa não consegue explicar a relação corretamente).

Não à Violência

O vilão mata pessoas, mas nada é mostrado. Das mortes que ele causa, além das muitas censuras e cortes pra não mostrar uma única gota de sangue, ainda há completa exclusão de qualquer consequência posterior aos crimes.


Chegaram ao cúmulo de citar que de todo um provável massacre numa prisão, da qual ele escapa, houve apenas uma morte significativa e olhe lá. O cara mata geral com um tornado bizarro, mas o filme assume apenas 1 morte, ou 2 no máximo. É quase como um abuso da regra "Sem corpo não há morto".

E olha que o cara ainda salva prisioneiros, ajudando-os a escapar, mas não ferindo nenhum, em uma súbita assunção de seus poderes igualmente repentinos. Ninguém se machuca!!!

Os vilões tem Senso de Moralidade, por mais bizarro que isso soe, um criminoso condenado à pena de morte e uma assassina que foi mantida encarcerada por décadas, apenas evitam matar e pronto.

Sem Complicações

Pior é quando Carnificina surge, e como ele surge. Ele é filho de Venom, nascido de um pouco do sangue de Brock lambido pelo serial killer que ele acaba visitando. Não tem nenhuma fórmula especial, nenhum evento mirabolante, nada. Apenas o vilão é atacado por Venom, em sua cela, por pura conveniência de roteiro (e nenhum policial presente vê o ataque), com o cara pulando na mão de Brock rapidamente, e mordendo ela, lambendo um pouquinho de nada de seu sangue.


Esse sangue, vira o Carnificina, que dias depois brota de dentro dele, com ele totalmente adaptado (mas sem parecer saber que o monstro estava surgindo) e já usando todos os poderes possíveis sem qualquer pudor, ou o mínimo de surpresa. Tanto que, ao término de seu chilique, ele sai caminhando pelas ruas, cantarolando. Não conversa com seu simbionte, não comenta sobre seus repentinos poderes, o que até faz parecer que na verdade, ele e o simbionte eram um só.

Ideia essa descartada cenas depois com ele conversando e conhecendo seu simbionte, ambos concordando com o destino que teriam (indo buscar a esposa dele na cadeia).

Conveniências

Além da moralidade seletiva dos vilões, há o fato deles sempre saberem o exato local onde os mocinhos estão. Nem há razão para irem onde vão, eles apenas sempre encontram seus alvos sem nenhum esforço. E quando há alguma alusão ao esforço, é mera enrolação mesmo, pois eles nem precisam de nada disso pra conquistarem o que desejam.


São três vilões, o Carnificina, o hospedeiro dele (que é um serial killer) e a esposa desse hospedeiro, que é uma Mutante com o poder de GRITAR. Os três tem como seus nêmeses, respectivamente: Venom, Brock e o policial, que teria prendido a moça, ou na verdade, deu um tiro no olho dela e achou que ela tinha morrido, mas por causa disso ela foi capturada e presa num local que, de início até parecia uma prisão de mutantes, mas depois é apenas uma prisão com gente estranha, e apenas ela era mutante.

Fato é que eles conseguem capturar seus alvos facilmente, sem nem se esforçar... e isso é ridículo.

Regras são para os Fracos

Por ser um filme fantasioso com monstros parasitas alienígenas, podemos jogar todas as regras de física no lixo e apenas aceitar qualquer loucura que enfiem nas telas. Porém, isso fica estranho quando o que eles jogam em tela soa inventivo até de mais, e ilógico, como o fato de Carnificina poder teletransportar, e atravessar paredes (como faz ao resgatar a amada de seu hospedeiro, levando o hospedeiro junto).


Os seus tentáculos são capazes de atravessar parede sólida com revestimento anti-som, e enforcar uma mulher do outro lado, sem que isso cause qualquer dano à parede. Igualmente, ele consegue fazer um corpo humano atravessa-la pelas frestas (por onde nem SOM PASSA), pois é justamente o que faz (única explicação pra ele estar dentro da prisão).

Claro que, podem ter várias explicações (tipo, ele achou um duto de ar, ou destruiu uma parede que não foi mostrada em cena) mas, o que vemos já eleva nossa suspensão da descrença a um nível que faz descartar o filme como um todo, por ele soar apenas, ridículo.


Eu quase o fiz quando do nada, os tentáculos de Carnificina HACKEIAM um notebook, e localizam, quase como que por mágica, a prisão da esposa do serial killer, que era secreta. Tudo é tão fácil e rápido, e conveniente, que apenas faz toda a história soar um conto infantil e ilógico.

Reagir e Deduzir?

Falando nisso, tem uma enorme falha na reação dos personagens, e suas deduções. O policial que praticamente tem Brock na mira como principal suspeito das loucuras que ocorreram tempos atrás, apenas descarta ele das investigações por... que sim. Ele não o monitora, não estranha o envolvimento dele nas cenas dos crimes, passados e atuais, e ainda por cima o ajuda com seu contato constante com o serial killer!


Nem é explicado a razão de tal envolvimento, ele apenas é escolhido pra entrevistar o serial killer (aparentemente por ser o único com quem ele quer falar) mas, nem é questionado ou investigado a respeito disso. Um policial de verdade já poria viaturas na cola de Brock e faria questão de observa-lo bem atentamente, afinal, no mínimo era um cumplice dele.

Porém não, a única hora que ele coloca as cartas na mesa, é literalmente botando todas as evidências que tem contra Brock na frente dele e dizendo "Você tava la, pare de mentir" e fica por isso mesmo. É estúpido, mas não tanto quanto a cena antes dele fugir da prisão preventiva (afinal, em dado momento escolhem prende-lo, mas é um péssimo momento).


Com Carnificina no corpo, Cletus (o serial killer) só sai matando geral e vai de encontro a sua esposa, antes de ir atrás de Brock. Paralelo a isso, Venom havia abandonado o corpo dele e sumido, indo lá pras baladas. Nesse meio tempo que o policial prende Brock, pois suspeita do envolvimento dele na fuga do Cletus.

Então, Brock chama sua ex-namorada como sua advogada, e revela pra ela que Venom estava vivo, porém o havia deixado, isso ao mesmo tempo que um serial killer com quem APENAS ELE TINHA CONTATO, fugiu da prisão, matando geral, COM UM SIMBIONTE, bem depois que VENOM DEIXOU BROCK. Qualquer pessoa juntaria as pontas e pensaria "Poxa, Venom me deixou e foi direto pro serial killer, afinal, ele pode se alimentar melhor no corpo dele, ele é melhor que eu pra ele, pois é, que triste, preciso fazer algo". Mas não...


Os personagens, juntos, deduzem que UM NOVO SIMBIONTE caiu em Cletus e o ajudou a fugir da prisão, e Venom estaria na loja de conveniência onde ele comprava chocolate. Sim, eles literalmente pegam o roteiro do filme e leem, só isso.

Era isso mesmo que aconteceu, Cletus gerou o filho de Venom, e Venom se refugiou na loja de conveniência, bem na velhinha que só foi alívio cômico no filme anterior (teve duas cena, e do nada virou personagem recorrente aqui, já que gostaram né). Só que não havia a menor hipótese dos personagens pensarem nisso, não de primeira. 

Parece até que aceleraram pra que tudo se resolvesse o quanto antes, o que, apenas deixou tudo muito artificial, e sem sentido.

Filme longo de 1 hora e 30

E sabe o que é estranho? O filme é curto, com pouco mais de 1 hora e 30 minutos, e esse tempo parece muito maior.


Geralmente, quando assistimos um bom filme, mal vemos o tempo passar e, ele acaba rápido. Com Venom 2, é o oposto. É um filme rápido, que demora muito pra acabar, e quanto acaba ainda parece não ter contado nada.

É uma experiência no mínimo insatisfatória e desgastante.

Continuação sem Explicação

No fim, há algumas tentativas de criar expectativa pra uma continuação, como se tivesse alguma chance de alguém se empolgar com essa proposta.

Então, eles botam o policial que mal conquista qualquer simpatia do público, e surge nas cenas finais pra ser "morto", como o tal gancho de continuação, quando na verdade isso fica tão estranho, vago e solto, que parece ter sido algo feito às pressas e incluído sem o menor planejamento.


O personagem fica com os olhos brilhando e diz "Monstros", e pronto, estabeleceu um novo herói? Um novo vilão? Um novo... mutante??

Na lógica, pelo nome do policial nos quadrinhos (Patrick) e seu destino, ele vira hospedeiro do filho do Carnificina, chamado Toxina, que acaba virando um caçador de Simbiontes. Só que, o policial quase nem tem contato com Carnificina! Pelo contrário, quem tenta executa-lo é a esposa do Cletus, que apenas falha miseravelmente, por causa de roteiro.

Então, seus olhos brilhando sugerem que ele gerou um simbionte? Ou... que ele virou um mutante por ter contato com a Shriek (é o nome da mina, eu acho, nem lembro mais). É que, a Sony ousou chamar a personagem de "mutante" (coisa que a própria Marvel ta evitando, mesmo tendo os direitos da Fox agora, graças a Disney... é complicado mesmo), o que por si só já fica muito esquisito.


A personagem não tem seus poderes explorados nem explicados. Até mesmo a possibilidade dos poderes dela causarem a desunião do simbionte perfeito (já que Carnificina nasceu em Clatus, a única coisa que os separariam seria o emocional, ou seja, se Carnificina matasse a amada dele, o que faria sentido, considerando que o poder dela é justamente a maior fraqueza e tortura de Carnificina... mas não, o filme não usa isso direito!).

Falando nisso, a personagem mutante que grita, tinha tudo pra ser o motivo do desfecho... mas na verdade, quem a mata é Venom, e ela nem é usada pra ferir Carnificina. Um SINO toma o lugar dela (mesmo sino que a esmaga) e ela até grita, enquanto cai, coisa que nem afeta os simbiontes pois o SINO é mais alto. Um SINO DE IGREJA! 


Até há indiretas pra tal conflito, mas tudo é construído de um jeito tão falso, tão artificial, tão inorgânico e forçado, que a solução de Venom usando a mina pra bater num sino realmente parece muito mais lógica.

E antes que eu me esqueça: Venom mata Carnificina comendo ele, e depois comendo a cabeça do Cletus. Faz sentido, é uma boa solução, meio nojenta mas funciona. Seria perfeito, se pouco antes não tentassem justificar as ações de Cletus com a frase "Poxa, eu só queria um amigo"... juro! É isso que ocorre!


Enfim, outro gancho esquisito é a partida de Venom. Ele chega a se despedir de Brock, como se ele tivesse essa possibilidade! Ele diz que vai ter de ir pois ele que é procurado, e não Brock, dialogo este que não apenas não faz o menor sentido, como não causa o menor impacto. Claro que, eles usam isso pra jogar uma piadinha besta relacionada as Galinhas que Brock criou pra Venom se alimentar, mas ele se apegou e tal. Só que o diálogo em si é montado pra sugerir que ambos se separariam, o que já não funciona desde o princípio.

Mas, o final derradeiro, onde ambos surgem numa ilha, olhando o por do sol, foragidos sabe-se lá em qual local inóspito, é o grande encerramento.


Eles fugiram da policia e é isso. Ninguém tentou explicar nada, ninguém nem procurou ajuda, os personagens apenas deram no pé e consequências pra que?

Aí, vem a Cena pós Crédito, que eu já havia visto umas 3 vezes antes, de tão entusiasmado que estou com o novo filme do Homem-Aranha. Nela, uma suposta conexão entre os universos Sony e Marvel surge, com Venom olhando diretamente pro Peter Parker vestido de Homem-Aranha, pela televisão, a versão interpretada por Tom Holland mesmo.


Isso, depois de Brock e Venom serem puxados pro que parece uma outra realidade, sem sair do local onde estavam, mas com tudo se modificando em torno deles. Logo, eles teriam sido puxados pro universo do homem-aranha, certo!?

O complicado, é que nada nessa cena faz sentido junto ao filme!

Vista isoladamente, ela combina razoavelmente com o universo Marvel e os trailers do novo filme do Cabeça de teia (a ideia de inimigos dele sendo puxados de outras realidades e tal), pois a conexão é solta mas, parece crível. Só que, essa cena apenas não encaixa no filme em si!

Venom e Brock tem um diálogo bobo sobre Venom, e ele diz que lhe mostrará todo seu conhecimento cósmico, coisa que dá lugar a transição de realidades, e resulta em Venom olhando pro homem aranha e sentido atração por ele.


Venom nunca nem teve qualquer contato com o herói, não em seus filmes solos da Sony, e a reação dele é ridícula, considerando que ele nunca reage assim com nenhum personagem ao longo dos DOIS FILMES. A magia do doutor Estranho criou atração na mente de Venom? Pois essa conexão não condiz com nada que o personagem mostrou até então.

E olha que o filme se esforça pra isolar Venom de sua origem nos quadrinhos. Mesmo com a batalha ilógica do Sino na Igreja (que tem sim uma forte referência ao jeito como ele se uniu ao Brock nos quadrinhos) ou a aranha esmagada por Carnificina na prisão ao escrever uma carta (que ficou óbvio que era uma referência a origem relacionada ao Aranha, tanto que o diálogo do momento era sobre "origens"), em parte alguma dos dois longas, há referência ao Homem-Aranha ou sua existência.

Até pensei em teorizar: Talvez Brock seja do universo do Venom que assistimos, mas o Venom em si seja de outro universo e acabou se ligando ao Brock na transição sem nenhum dos dois perceber... mas ai pensei bem e cheguei a conclusão que, não. O filme não seria tão inteligente assim.

Assim como meu irmão disse, parece que puseram várias crianças em torno de uma mesa e perguntaram o que queriam no filme, delegando a elas a criação do roteiro. E assim nasceu Venom, Tempo de Carnificina.

É isso.

Obrigado por ler, e desculpe a construção bagunçada do artigo, sendo sincero, Venom me contaminou. Sinto que perdi alguns neurônios assistindo este filme, mas espero me recuperar nos próximos.

See yah!!!

 

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8 Comentários

  1. Uau, que dahora, agora desanimei completamente de assistir o filme...odeio filme que não cumpre com a própria logica.



    Heh...só decepção, mas pelo menos é melhor do que se decepcionar no cinema né.


    Enfim, belo texto manito.

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    1. Nesse caso é um dinheiro poupado. Se a curiosidade pesar, ver na internet é a melhor opção.

      Valeu sr Wilson.

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  2. bem eu cumpri minha cota de filmes merdas que vejo kkkk...

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    1. Então compensa a contra-recomendação. Estou te poupando kkk.

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  3. Pai amado, nenhum ser humano deveria ser submetido a tal tortura.

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  4. O roteiro e a produção são do protagonista,o que me leva a crer que como roteirista ele é um ator mediano,mas as pessoas gostam dele e os filmes do venom dão dinheiro,então a Sony vai espremer esse bagaço por muito tempo ainda...

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    1. kkkkkkkk.

      Uma pena na real, Venom podia ser o rival da mesma casa mas de quartos diferentes de Deadpool

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