SérieMorte: Alice in Borderland

Comecemos uma sequência de "séries e filmes" no blog, mas prometo que em breve trago jogos como tanto amo!

Agora falarei de:

Alice in Borderland

Boa leitura.

VIOLENTA!

Pense numa série repleta de violência e... terror gráfico. Os asiáticos sempre pegam pesado em suas obras mas nessa aqui, extrapolaram.

Essa série é uma mescla de conceitos, que funcionaram muitíssimo bem juntos, e é tudo baseado em um livro (eles alegam isso bem no comecinho), que claramente é uma pseudo sátira ao famoso Alice in Wonderland.

Aqui, no entanto, ao invés de uma mocinha lelé da cuca caindo num buraco atrás de um coelho e indo parar num mundo tão insano quanto ela mesma, temos um grupo de pessoas entrando em banheiros e... surgindo num mundo onde pra viver, é preciso jogar.

Nem consigo pensar em quantas obras isso me lembra... começando por "No Game No Life" (anime bem legal por sinal que não fiz review pois, preguiça!) e a ideia de um mundo onde, jogos são requisito pra existir, e quem teve uma vida relacionada a jogos digitais meio que tem vantagens práticas pela experiência, mesmo os jogos em si sendo de todos os tipos.

Temos, "Jogos Mortais", primeira coisa que pensamos quando levamos em consideração que, os jogos aqui são literalmente mortais. Perder ou falhar, ou até mesmo se recusar a participar, resulta em morte inclemente, e os caras nem tem qualquer escolha na verdade.

Tem um pouco de "Jogos Vorazes", e da pra incluir "Battle Royale", já que as duas obras tem o mesmo estilo, onde os participantes podem até criar equipes pra sobreviver, mas no fim, sempre serão levados a atacar uns aos outros pelo prêmio: Viver.

E claro, "Gantz", como não levar em conta o fato de pessoas serem tiradas de suas vidas e obrigadas a participar de matanças, tarefas estranhas (aqui não há alienígenas pra caçar, mas existem momentos de caça a animais por exemplo) só para continuar tendo um pouquinho mais de tempo de vida, até novas tarefas surgirem.

Pois é, Alice in Borderland é isso, um amalgama de muitos conceitos loucos que no fim, se convertem em algo assustadoramente intrigante.

Fico pensando em como seria ótimo relatar os jogos que vi aqui, mas de certa forma seriam spoilers que prejudicariam a experiência, e não quero fazer isso.

Ao invés, irei falar de como as coisas funcionam, apenas isso, e cabe a você decidir se compensa assistir ou, passará pra outra.

A série tem poucos episódios, se não me engano são apenas 8, todos eles com mais de 40 minutos, e é um original Netflix.

Cada episódio tem quase como que por regra, mostrar um Jogo ao menos. Esses jogos tem o foco variado entre Raciocínio, Físico, Psicológico ou Emocional. Cada um sendo respectivamente representado pelos naipes: Ouros, Espadas, Paus e Copas.

Não da pra saber qual naipe será, nem que tipo de jogo surgirá, antes de terminar a inscrição. Pra isso, o jogador entra na "Arena", de onde não pode sair enquanto não encerrar o jogo. A Arena pode ser qualquer lugar, que é imediatamente cercado por lasers.

Se o jogador sai dela antes de completar o objetivo, um laser vem do céu e perfura seu crânio.

A Inscrição é feita assim que o jogador pega um Celular especial deixado ali. Não ficou claro o que acontece se o número de inscritos superar o número de celulares disponíveis (provavelmente, os excedentes são executados na hora).

Jogos de Ouros são aqueles que fazem os jogadores raciocinarem o mais rápido possível. Basicamente são desafios lógicos complicados, e tudo depende do Número da Carta. Ah é, a dificuldade do jogo vai de A a 10, representando os números de cartas de baralho mesmo.

Jogos de Espadas são aqueles que testam o esforço físico dos jogadores, e os leva ao limite. Pode ser uma luta, um simples teste de resistência, uma caçada, etc. Pra quem tem alguma falha física ou fraqueza, esses costumam ser os mais difíceis de se superar.

Jogos de Paus são pegadinhas. Geralmente são uma mescla de todos os outros, mas, ao mesmo tempo, não são. Eles exigem que os jogadores pensem bastante antes de seguir os objetivos e interpretem o que realmente é necessário fazer, mas eles adoram confundir. Os piores são os de Paus pois, como são pegadinhas, enganam muito facilmente, e as vezes nem é preciso fazer nada, mesmo que o jogo mostre muito a se fazer.

Jogos de Copas são os cruéis. São aqueles em que as pessoas são levadas a duvidarem umas das outras e até mesmo se matarem. Geralmente nesses jogos só sobra 1 vencedor, se eles funcionarem perfeitamente. Os de Copas também são complicados, pois acabam ferrando com o emocional dos participantes os levando a situações extremas de perdas.

Se os jogadores se atentarem aos naipes, conseguem ao menos ter uma vantagem pra conseguir vencer mais rapidamente, caso contrário, fica ainda mais difícil.

Sempre com tempo limite, e sempre com possibilidade de morte, esses jogos são essenciais para que os participantes obtenham "Passes de Permanência". Sem isso, eles tem suas cabeças perfuradas por lasers do céu.

Esses passes conferem alguns dias de liberdade aos jogadores, que podem permanecer vivendo. Mas, apesar da cidade deles (Tókio) ser exatamente igual a original, nada que funciona eletronicamente, além dos celulares que são entregues nos jogos (os quais não podem ser recarregados) é utilizável.

Da pra usar coisas de função analógica ou mecânica, ou antigas que não usavam chips, mas no geral, tudo é parado, e vazio.

Também não há ninguém além dos jogadores. É como se eles tivessem ido pra outra dimensão, e de tempos em tempos novos jogadores são trazidos até eles.

Também não ficou claro a razão ou como isso ocorre, mas pela coincidência de tanto o protagonista, quanto uma coadjuvante, terem ido pra esse mundo após saírem do banheiro, na lógica, banheiros são a chave.

Apesar de haver evidentemente um protagonista, existem muitos personagens carismáticos que nos fazem apegar rapidamente. No entanto, é um erro se apegar, pois ninguém está a salvo.

Essa série é terrível, inclusive no terceiro episódio onde de fato vai longe na crueldade, e é uma boa experiência de terror.

Após o quinto episódio, muitas respostas surgem, e isso acaba minando um pouco a experiência, dando a ilusão de algo raso e simplório de mais. Além disso, chega um momento que cansa o excesso de drama que ela mostra, no entanto...

Com o desfecho da primeira temporada, uma segunda e mais pesada é introduzida, com desafios ainda mais perturbadores em potencial. Além disso, as respostas que tanto são mostradas soam como um mero placebo diante o que surge no fim.

Com bastante mistério, drama, ação e claro, horror, Alice in Borderland consegue ser uma das melhores séries que pude assistir em 2020.

Tem algumas cenas picantes, mas não chegam a ter nudez explícita, e isso não dura muito, normalmente é pra conceitualizar algo do enredo. Além disso, a violência é forte, mas não é exagerada. Ela é meio realista de mais (em alguns momentos incomoda), o que pode ser até mais assustador que aquelas enxurradas de sangue despejadas em filmes de horror.

Eu recomendo que assista... mas só se tiver estômago pra tal, e se esse tipo de série te agrada...

Aliás... tem anime... mano eu vou ver!

E pronto, já vi. São apenas 3 episódios de 20 minutos cada, e tecnicamente, eles contam as mesmas histórias dos 3 episódios iniciais do "live action" da Netflix. A primeira no entanto tem um jogo diferente... ao invés de Ouros, é de Paus.

O anime é legal, é um pouco rápido de mais, dificilmente eu curtiria a trama se tivesse conhecido através dele. Soa meio limitado em alguns pontos, e alguns mistérios são perdidos. Tipo, o mundo em que eles estão parece mais o mundo normal, envelhecido, e eles vão pra la depois de uma explosão nos céus. Isso muda muito a perspectiva de onde estão.

Mas, se pude tirar algo legal, e aprender, foi que "Arisu" o nome do protagonista, é na real "Alice", o que da título a ele. "Borderland" é pelo fato de estarem em um outro país, tecnicamente, e não poderem cruzar a "Fronteira". Aprendi isso só pela legenda que "corrigiu" o nome sem querer kk.

Valeu a pena ver! Recomendo que assista também.

É isso, see yah!


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6 Comentários

  1. Esse eu vou tentar ver. Fiquei animado hehe.

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    1. Compensa kkk. Aliás, isso significa que o artigo deu certo!? kkk.

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  2. Série incrível! Provavelmente a melhor do ano para mim. Adoro esse senso real de perigo nas obras que vejo. Vlw pela indicação Shady

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    1. Fico muito feliz por ter curtido! Medo de falhar kkk.

      Queria achar mais séries nesse nível saca... eu to assistindo Vikings e... ela parecia ser assim, mas ta ficando muito leve.

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  3. Tu tem que achar mais séries daoras assim pra recomendar....é muito massa kk.
    E aliás, essa "temporada" de filmes e séries foi boa, na verdade, tá sendo boa...eu gosto.
    Mas não tanto quanto gosto das análises enormes de jogos....
    Bem, enfim...si ya senhor carinha.

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    1. Bom que gostou kkk. Eu normalmente não falava de séries ou filmes mas, deu a louca! Se pa trago mais... mas agora só ano que vem. Esse ano chega de artigos kkk.

      Minto, vou fazer um na última hora.

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