CríticaMorte: Soul

Como muitas das coisas que não tenho o costume de fazer, falar de animações é uma delas. 

No entanto, me vi tentado a falar desse filme, nem que seja brevemente, pois foi um grande agrado pra este último dia do ano.

Soul

Uma obra Pixar, no streaming da Disney... que vale a muito a pena ver.

Boa leitura.

No começo do filme eu pensei "Que pesado e bizarro". Era uma história animada sobre um morto que se recusa a aceitar esse simples fato. Ele morreu.

E aí todo o desenrolar da obra se trata desse personagem, um músico "fracassado" buscando formas de reaver sua jornada no mundo dos vivos... o que mais uma vez, torna tudo muito... bizarro.

O tema é um tabu, como uma amiga me disse. O que vem após a morte? Como lidar com isso? Qual o sentido da vida... cara... sim... tem essa pergunta o filme inteiro.

E, apesar de ser algo intrigante outrora temeroso de se pensar, essas questões são levantadas de forma bem espontânea e ao mesmo tempo, abrupta e repentina, o que nos empurra numa experiência única de auto-descobrimento.

Palavras legais né? Mas é, o filme nos faz pensar em nossa própria vida e... em nós mesmos, enquanto nos deixamos levar pela história que é contada e que, na real, nem é la grande coisa.

O forte dele não está em sua história, mas em sua mensagem... a trama funciona bem aliás, amarra tudo certinho, entrega todos as 3 fases narrativas, empolga, nos faz imaginar... mas nada disso é o que nos faz realmente chorar.

Esse filme, ataca onde não estamos preparados pra resistir, onde somos mais vulneráveis... ele ataca na realidade. Ele nos da um tapa na cara alertando: Viva.

O universo no qual ele se passa é focado no mundo espiritual em mescla com o mundo humano. Sua história se desenrola num intercalar da vida, pós-vida, e pré-vida. Isso já basta pra nos dar aquele ar "Pixar". Com obras sempre se passando em realidades curiosas com elementos mágicos e afins...

Porém de todos os filmes que já pude ver deles, esse é o primeiro em que a realidade da obra é tão próxima da vida real, mesmo com sua magia, que me fez só, sentir que devia escrever.

Mas eu não sei bem o que dizer, pois, você precisa buscar suas respostas dentro da obra por conta própria.

Algo que com certeza posso adiantar é que, "Soul" é um exemplo de como filmes devem ser. É aquela obra única, que não pode ser copiada ou repetida, que descarta a necessidade de continuação (pelo amor de deus, que não exista continuação) e que, independente do vasto universo que apresenta e explora em seu enredo, já se basta no que mostra, e é completa por isso.

É uma obra prima, não por ter um mundo musical incrível e juntar com as magníficas animações, e levantar questões espirituais profundas, nem por ser tremendamente divertido e engraçado em muitos pontos... é uma obra prima pela junção de tudo isso, a uma mensagem tão linda.

Viva, independente de quem seja, do que faz, como faz. Só o fato de estar vivo já te torna excepcional no que quer que faça, ou quem quer que seja.

Me sinto feliz por ter visto isso e não sei mais o que falar sobre... apenas veja e... sinta.

A respeito do final do filme, ele é sereno, simples, tocante, até meio amargurante... e contínuo. O filme encerra com sua mensagem transmitida, e perguntas como "Ah, ela vai aparecer outra vez?" ou "E ele, vai ter sucesso agora?" são... irrelevantes. Esse fim foi perfeito.

Obrigado pela leitura, obrigado pela presença aqui. O site é simples, mas é uma das coisas que me trazem alegria na vida. Espero que, apesar da simplicidade do texto, eu tenha passado algo do que pensei.

Sério, muito obrigado por estar aqui.

E Pixar... que filme do caramba! Se quiser assistir tem no Disney+ mas, também tem por streaming "terceirizado" em fácil acesso. Na dificuldade, procure pelo Yahoo Buscas (é meu truque pra achar o que o google não indexa!).

Doido que com a pandemia de 2020, a Disney optou por lançar direto via streaming...

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6 Comentários

  1. Belo último post Max kkkk.
    Eu estava pensando o que tu iria escrever agora...e bem rs, aqui está....

    Esse filme me fez pensar nessa minha aventura pelo tempo que fiz pelo seu simples site.
    Vendo cada pedacinho dele e acompanhando todos os seus fracassos e conquistas, e me fazendo pensar como raios você cogitou a ideia de escrever saspoha brizada e ainda postar elas!
    (Brinkadeira garai.)
    A mensagem dele é... linda.

    "Viva, não importa o sentido, o seu objetivo, só...viva, no final da sua vida você vai perceber que as coisas mais preciosas de um ser humano são as suas memórias passadas, lembrar de tudo o que você passou para chegar até aqui...
    Só faça valer a pena, cada segundo que você respira...pois no final, as coisas mais importantes são essas.....as memórias."

    E ele apresenta isso de forma tão...sutil.
    Se já viu a história por trás desse filme?
    O cara fez o Joe, pensando nele...
    Ele é negro, e tem quase a mesma idade que o Joe.
    Ele estudava Jazz na juventude e queria viver daquilo....
    Ele percebeu em algum momento que aquele não era o talento dele, ele era ótimo mesmo escrevendo.
    Ele que é o roteirista desse filme, e tipo...o filme é basicamente ele no passado, na sua essência.
    Até a adição da barbearia foi por causa do roteirista.
    Quando o desenhista mostrou o Joe pra ele, ele pensou:
    "Hum, falta algo nesse carinha...
    Hum...vamos ver....é....
    O cabelo, ele precisa cortar o cabelo!"
    E isso casou perfeitamente no filme, ele cortou o cabelo...(fudeu tudo nessa hora) e foi pea barbearia, que nas palavras do roteirista:
    " A barbearia é o símbolo da comunidade negra, é onde as pessoas são iguais e todas tem o mesmo propósito, cortar seu cabelo.
    Lá você encontra advogados, médicos, engenheiros, todos são iguais....todos conversam, ninguém tem maior preferência....todos são iguais perante o barbeiro."

    Tipo...eu preciso dizer mais?!
    Esse filme é incrível cara....


    Só me pergunto por que raios o Joe parece uma coxinha?!
    Kkkk.


    A 22 (que deve ser uma das primeiras almas desse ambiente hipotético entre a vida e a morte.)
    Representa a insegurança de que você está fazendo o que é certo.
    E ela se impressiona com tudo, com as coisas mais simples ela.... simplesmente vive sabe.




    Eu também não espero que tenha uma sequência, esse filme já é perfeito como está.


    O seu texto também, simples e.... intrigante, me faria assistir. (Se eu não já tivesse assistido duas vezes kkk.)
    Bem...enfim.

    See yah Max, senhor carinha, espinhudo, idoso, Gordin com voz de criança....
    See yah shady.

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    1. Um adendo:
      O Joe na capa do artigo (Thumbnail)
      Está sem cabeça kkkjkj.


      É só isso mesmo....rs.

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    2. Eu sou horrível pra ajustar as Thumbnails... é muito aleatório então, vai como vai kkk.

      Obrigado pela adição... foi interessante saber um pouco da origem do filme, e isso só comprova ainda mais o quão magnífico e profundo ele é.

      To muito feliz sr... mas esse não é o último post do ano.

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    3. Pera, NÃO É?!
      Como raios....
      meu....agora tu me deixou intrigado kkkk.

      Mas sim, o filme é incrível...quer dizer, a animação.

      Mas sério, olha as horas que é...e você ainda fala que tem mais um post vindo, eu estou deveras curioso.

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  2. voltei depois de todos esse anos, gosto muito desse blog, ficou alguns anos engavetado ali na minha memória.

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    1. Bem vindo novamente sr Jose! Espero que esteja curtindo o novo conteúdo daquele tempo pra cá.

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