AnáliseMorte: Star Wars - Jedi Fallen Order

Apesar de no cinema a saga Star Wars não estar em bons lençóis, não é tudo que nos resta sobre a franquia, afinal além da maravilhosa série Mandaloriano, surgiu um jogo desenvolvido pela EA Games, em parceria com a Lucas Films, e o resultado foi... promissor.



Apesar de a história mostrada em Fallen Order não nos levar a lugar algum, ela traz tanta informação do universo expandido Star Wars que, acaba por ser digna de respeito.

O problema é até que ponto essas informações tornam-se cânones? Trazer algo que expanda o universo de fato justifica a inexistência de uma trama que progrida? É disso que irei falar agora, nesse artigo sobre Star Wars.

Boa leitura!


Ta depois dessa introdução você deve estar se perguntando "Como assim a história não progride?". Se não esta se perguntando, você é teimoso, eu disse que devia! Brincadeiras a parte, posso resumir a história de Fallen Order da seguinte forma:



O herói busca por um artefato poderoso que pode mudar a história Jedi pra sempre, depois de muito se matar pra encontrar tal item, ele descobre que é perigoso carrega-lo, pois os vilões acabam descobrindo a existência do item graças a ele, e ai ele destrói o item.

Sim, é isso. Uma jornada por algo que você mesmo abre mão no final.

Claro, a questão em Fallen Order é que, a verdadeira história se encontra nos detalhes da jornada. Sabe aquele ditado: Na vida, o que importa não é chegar ao fim, mas o caminho que se toma até la. É tipo isso. (Esse ditado existe? Alias, isso é um ditado???)

A ideia de que, ao longo da aventura, e das missões, o protagonista descobre mais sobre si mesmo, aprende e cresce, e conhece pessoas com quem cria uma relação, é disso que a história realmente fala.

Nesse sentido funciona muito bem, tanto que é gratificante montar o grupo e lutar ao lado dele, um grupo que no inicio seria impossível de formar, teoricamente, mas que se forma e ta la, dando o máximo numa aventura que infelizmente, não tem qualquer significado.

E sim, talvez o único problema desse game seja o fato dele não ter qualquer impacto no mundo cinematográfico, o que por sua vez, tira ele do cânone, ou no mínimo o deixa em standbye, pra futuro uso ou descarte.

A série de jogos Star Wars é manchada pelo descarte, e isso é cruel com quem acompanha o "universo expandido". O filme quem dita as regras do que vale ou não, e o pior é que os filmes tão destruindo a franquia, liderados somente pela tia Disney, enquanto nos jogos, a obra permanece sob cuidados do criador.

É evidente o quanto Jedi Fallen Orden destoa do que a trilogia cinematográfica recente apresenta. Enquanto la, acompanhamos uma jornada num futuro em que Jedis já eram e a esperança está somente nas costas de uma garota com sangue duvidoso, aqui nós descobrimos que a esperança nunca deixou a ordem Jedi, e que ela continua viva, porém espalhada.

O tempo do jogo é bem diferente do dos filmes atuais, então é claro que muita coisa pode ter acontecido para que os eventos aqui mostrados sejam desconstruídos, para justificar melhor o cenário atual do universo Star Wars, porém, olha que trabalheira em vão!

O problema de se utilizar obras em mídias diferentes como reforço narrativo é justamente isso: Até que ponto algo pode ser cânone?

Mas ta, eu vou explicar por que to dizendo isso tudo.

O Jogo

Star Wars Jedi Fallen Order... se eu abreviar fica SWJFO... e isso não fica nada legal... podia ser que nem o KOTOR (Knights of the old Republic)... fica bem mais daora abreviado... então bora chamar de JFO... aff... não, fica esquisito... deixa Fallen Order mesmo... enfim...

Fallen Order é um jogo de Ação em Terceira Pessoa, com exploração em instâncias, e um pouco de Survival Action (nesse caso, é tipo Dark Souls).

O que fazemos é basicamente andar, explorar planetas em busca de novos movimentos pra continuar andando e explorando planetas, sempre abrindo alguma nova passagem que não dava pra passar antes (lembra o estilo Metroidvania, mas em 3D).



No caminho nos deparamos com inimigos que vem em grupos, e geralmente são poderosos ao ponto de nos deitar na porrada com facilidade.

Logo, precisamos dominar a arte de sair esquivando e contra-atacar, ou defender pra fazer o mesmo, torcendo pra não tomar um pitoco pelas costas e deitar.

Vira e mexe tem chefes, e criaturas grandes que são sempre um desafio pela enorme barra de HP e a capacidade de nos matar com um toque.

Nossa única arma é um Sabre de Luz, e precisamos domina-lo ao bom e velho estilo Jedi, reaprendendo o que já sabíamos, só que esquecemos, afinal ficamos muito tempo sem treinamento.

E sim, o protagonista é um Jedi, ou melhor, Padawan, que depois de todo seu treinamento acabou por se esconder pra sobreviver, e esqueceu como se usa a Força.

Conforme lutamos, coletamos experiência e assim, evoluímos habilidades que são liberadas pouco a pouco. Assim que descobrimos um objeto novo, ou destravamos uma memória de treinamento em algum momento crucial, não só ganhamos novos poderes, como também podemos abrir novos movimentos de batalha.



Entretanto, nem da pra ficar muito animado. São poucos movimentos na grade, e nem é preciso tanta exp pra consegui-los. Até o final do jogo, da pegar tudo sem qualquer problema, apenas topando todos os embates que surgem, e ainda assim, o seu personagem continua sendo um papel.

Ele tem pouco HP, porém, ele pode ser restaurado em batalha com auxílio de um robozinho, apenas dessa forma, o que parece e lembra muito o uso de Poções em Dark Souls.



O robô carrega um número limitado de "poções" (Estimulantes), que podem ser acionadas por um atalho. Elas podem ser melhoradas e tem o efeito aumentado através da Grade de Habilidades.



Mas só da pra aumentar o limite máximo conseguindo encontrar caixas secretas pelos planetas, que é bem difícil (achei só duas). 



O que mais lembra Dark Souls é o fato de que, pra restaurar esse item, é preciso apenas "Meditar", em círculos Jedi posicionados em locais específicos nos cenários, que além de dar a opção de restaurar energia vital e essas "poções", ainda regenera todos os inimigos que tiverem no mapa, assim como as "Fogueiras" em DS.



Meditar também salva o jogo, mas independente do jogador escolher se restaurar (e restaurar inimigos). O que por sua vez facilita um pouco mais as coisas, em comparação ao DS. Claro que as lutas permanecem sendo bem tensas.

Alias, quando se morre aqui, a experiência coletada (se não for utilizada pra melhorar o personagem) fica no lugar onde o jogador morreu, ou, no monstro que o matou (que fica brilhando na cor branca). Ai é preciso voltar la, e dar 1 golpe nele.



Fazendo isso, o HP, Força e a Exp é restaurada. Mas se morrer de novo tem que voltar de novo. Isso também lembra um pouco o modelo de "Almas" de Dark Souls.


A Batalha

Nosso Jedi pode atacar de duas maneiras, sejam golpes fracos ou fortes, mas os fortes consomem estamina, que aqui é chamado de "Força". 


A Força se restaura com o tempo, mas só até um ponto específico. Além dele, pra ser recuperada, é preciso realizar ataques bem sucedidos, ou caso se tenha certas habilidades liberadas, da pra conseguir esquivando bem, defendendo na hora certa ou usando os itens do robô.

É possível esquivar de duas formas também. A primeira é dando um pequeno toque no botão, que faz o personagem sair da direção do ataque mas sem se distanciar muito. Esse modo é meio difícil de executar em meio ao frenesi da batalha, mas, no caso de se manter o botão pressionado ele esquiva pra longe, indo na direção que o analógico aponta.

Também da pra defender, o que segura ataques inimigos enquanto a outra barrinha de estamina (essa é só energia defensiva mesmo) durar. Ela se regenera com o tempo, se o protagonista ficar sem levar dano. O curioso é que os inimigos também tem essa barrinha, além da barra de energia vital, o que significa que é preciso primeiro ataca-los até romper a defesa, e ai sim causar danos mortais.



Existe a possibilidade de defender no mesmo instante que o ataque te pega, fazendo isso, o tempo desacelera um pouco e da pra contra-atacar o inimigo, além de um pouco de Força ser regenerada.

Além de tudo isso, o Jedi conta com 3 poderes diferentes baseados na Força, todos eles que consomem essa barrinha se usados em batalha, mas podem ser usados livremente ao interagir com objetos ou obstáculos do cenário.

Primeiro, tem a Paralisia, onde o personagem pode deixar inimigos bem mais lentos, quase parados, através da Força, por um curto período de tempo. Qualquer ataque desferido contra eles nesse estado desativa ele.

Também da pra parar objetos no tempo, o que ajuda a passar por certos obstáculos.



Segundo, tem o Empurrão, onde como o nome já diz, o carinha da mó empurrão nos inimigos, ou objetos.

Ele serve também pra abrir passagens meio destruídas ou empurrar pontes.


Terceiro, tem o Puxão, onde é possível atrair inimigos ou objetos com a Força e manter eles flutuando, se forem pequenos.

Esse poder serve pra puxar cordas e aproximar o personagem de paredes em grandes saltos, além de pegar itens e levita-los, se forem pesados, apenas são puxados.



Alias, ele pode dar Pulo Duplo, depois de lembrar como usar o Impulso da Força, o que ajuda a subir um pouco mais do que o normal.

Assim como pode correr em paredes, ao estilo "Prince of Persia" e quando aprende o pulo duplo, pode combinar uma habilidade com a outra e sair escalando na horizontal.



Ele também pode escalar paredes, em pontos específicos, demarcados por manchas ou plantas. Existe uma parte do jogo em que o carinha consegue um aparato que acelera seus movimentos de escalada, além de permitir subir em um outro tipo de terreno. Mas é basicamente a mesma coisa.



Além de tudo isso, ele pode desviar disparos inimigos com o Sabre de Luz, só defendendo, mas caso defenda no exato momento que o disparo o acerta, ele rebate o mesmo (e se manter o botão pressionado, rebate todos os disparos que vierem em seguida) direto pro atirador.



Só não da pra defender quando o inimigo fica vermelho.


Referente as armas, o Jedi só pode usar Sabres de Luz e pronto, mas, ele pode ao menos personaliza-los. Não há aumento de poder nem nada do tipo, mas da pra mudar um monte de coisa, inclusive a cor do Sabre, e perto do final do jogo tem várias opções de cores.


Outra coisa, ele tem um Sabre comum no começo, mas ele é melhorado pra um Sabre Duplo, e perto do fim do jogo vira um Sabre Duplo que Divide.



A primeira forma causa um bom dano, mas cobre uma área pequena, enquanto a segunda forma com duas pontas acaba causando um dano menor, mas mais rápido e em uma área bem maior, inclusive ferindo vários inimigos ao mesmo tempo com certa facilidade.

A forma que se divide causa o equivalente ao Dobro de Dano da forma simples, o que é muito bom, mas consome Força pra ser utilizada.

Coisas como jogar o Sabre, pular e dar um soco no chão com a força, ou sair dando piruetas, são habilidades liberadas na grade, se o jogador quiser. Existe até um ataque, uma Investida na Força, que faz o carinha ir na direção do inimigo e causar um grande dano, que é bem útil.


Ah, o Sabre também serve de lanterna.


Bem, temos também um Robô, como mencionei, que nos auxilia com suas poções limitadas, mas além disso, ele pode Hackear caixas, inimigos robôs, pode Escanear o terreno (o que traz mais informações) e pode dar dicas ao jogador. Essas funções vão sendo liberadas ao longo do jogo, com nosso protagonista atualizando o robô constantemente.



O objetivo então é sair pelos mundos, explorando com essas habilidades, e enfrentando os inimigos, que as vezes podem estar lutando uns contra os outros (há fogo amigo aqui), mas que sempre farão o possível pra nos matar.



O mapa a se seguir é uma porcaria. O robô projeta um mapa tridimensional, que por si só já é bem confuso de se "ler", e pra piorar, tem várias camadas. Quando conseguimos entender que os símbolos amarelos significam Rotas Possíveis pra chegar ao objetivo (marcado também em amarelo), e que as vermelhas são Caminhos Inacessíveis Por Enquanto, ainda assim fica difícil se orientar.



Isso pois os caminhos são reajustados o tempo todo. Conforme se avança, novas rotas surgem e as vezes, elas não levam pra lugar algum. É como pegar um GPS que te faz dar voltas. Ele mostra a próxima entrada possível pro seu destino, mas se você pegar o caminho errado, ele corrige contornando e te levando la pro mesmo ponto anterior, pra que você pegue o caminho certo dessa vez.



O ruim é que ficar parando o tempo todo pra olhar o mapa é inviável. Além de chato, ele bota o personagem em risco visto que é tudo feito em tempo real. Ele precisa parar pra analisar. Se todos os inimigos do mapa tiverem sido varridos, beleza, mas é tenso quando decidimos só sair correndo feito loucos pra evitar as hordas e, nos perdemos mediante aos ataques recebidos. O jeito é antes de correr, decorar a rota e torcer pra não ser desviado ou não errar.

Me vi afetado por isso especificamente em uma parte do jogo, onde não temos como nos defender e precisamos justamente correr em disparado. Nessa hora, eu dei tantas voltas que cheguei a desistir, e só voltei a jogar no dia seguinte.



Apesar de sim, os mapas possibilitarem perda, eles são mais como pequenos labirintos de rato. Tem vários caminhos, mas são sempre bem limitados e curtos, e geralmente só dão voltas que levam pro mesmo ponto.

Talvez a única parte decente disso é que, muitas vezes nos vemos forçados a pensar antes de agir. Estudar o terreno, e nos orientar pelo instinto. Sim, isso acontece muito, logo no início do jogo já somos levados a explorar por puro instinto, sem guia, sem ordens, apenas vamos controlando, pulando onde achamos que devemos pular, fazendo o que achamos que devemos fazer.

Isso é bem legal eu devo confessar. Me vi perdido e desorientado, mas logo apenas fui fazendo o que eu faria se estivesse naquela situação, sem esperar uma ordem do jogo, uma ação mecânica e automática. Meio que trouxe um pouco de realismo ao game, o que me tirou do senso comum. Estava eu esperando um brilhinho ou uma demarcação mostrando o que fazer, e acabou que não, só tive de observar o cenário e pensar por mim mesmo.



Vi algo parecido la em Super Mario RPG, game que eu sempre lembro como muito realista em seus enigmas... e convenhamos, isso é muito legal, e dificultante.

Entretanto, algo que eu devo dizer é que, apesar do jogo contar com ótimas mecânicas, ele não foge muito do que "Star Wars Games" apresenta. Sem mencionar gráficos ou ambientação, apenas focando em jogabilidade, esse novo título é exatamente como todos os demais Star Wars, o que me deixou meio decepcionado (eu sei, é um Star Wars ora essa, queria eu que se parecesse com o que? Pokemon?).

Tem todo uma mecânica nova, sim, mas o estilo e montagem do jogo é bem padrão da série: Viajamos de um lugar pro outro, caminhamos por mapas lineares (variados, mas lineares) e voltamos tudo de novo. Eu sei, to reclamando atoa, mas eu achei isso chato.

Algo que podia ser explorado e faria até sentido, é a viagem entre planetas. Aqui nós apenas usamos um Fast Travel de planeta pra planeta e pronto. Tem uma pequena animação de viagem, mas não há qualquer interação, e isso é entristecedor.



Se tem algo que eu costumo reclamar muito nos Kingdom Hearts, mas aqui faria total sentido e até enriqueceria o jogo, é o voo com Naves controlável pelo jogador.

Voar entre um planeta e outro, dando uma certa liberdade pro jogador, nem que fosse só pra dar a ideia de que ele está se movendo, seria muito bom. Se bobear podia até ter umas lutas intergaláticas (o que faria jus ao título) mas... não há.

Apenas escolhemos pra onde ir e pronto, chegamos, sem passagem de tempo, sem contratempos, e inclusive, até quando há um contratempo, ele é solucionado via cutscene.



O melhor momento dinâmico do game é sem dúvidas, a escalada e luta dentro de um Robô Gigante. Sabe aquelas máquinas que andam sobre a água? Os AT-AT???



O legal é que, não só damos uma de Shadow of the Colossus, escalando a máquina até chegar ao seu interior, como também pilotamos ela, e a utilizamos pra detonar o exército inimigo. Curioso isso pois, mesmo sendo algo pra la de mecânico (apenas apontamos e atiramos, nem da pra se mover muito), é divertido, e dinâmico. É algo diferente, que confere ainda por cima uma cena crossover com Rogue One (sim, o filme spin-off).



Pois então, coisas assim existem no primeiro ato do jogo (pode-se usar esse tipo de termo cinematográfico em games?) mas logo é abandonado, e ficamos na mesmice de ir e vir.



Existe a opção de mergulhar alias, além de nadar, que aprendemos depois de obter um respirador. Até seria interessante se ela trouxesse algum desafio além de encontrar baús submersos. Não há inimigos, não há obstáculos, nada que faça o mergulho ser desafiador.



Até mesmo os controles são bem simples, onde apertamos um botão pra afundar, outro pra subir, e direcionamos com o próprio analógico virando a câmera, e apertando o botão de acelerar pra avançar. Funciona, mas, normalmente o maior desafio é saber pra que lado ir.



E é assim que chegamos ao resultado, um game desafiador pelas batalhas, mas pouco desafiador pela progressão narrativa, que entrega uma jogabilidade satisfatória, mas pouquíssimos momentos dinâmicos.

O Gráfico

É justo falar disso a parte pois, quando comecei eu disse em voz alta "Esse jogo não tem gráficos da geração atual". Tudo parecia muito plástico, e apesar de bonito, eu não via um grande realismo como esperava... O que é até contraditório, pois conforme fui jogando, fui me apaixonando pelo visual.

No inicio mesmo, existem cenas riquíssimas, como o momento que o Jedi se pendura do lado de fora de um trem em movimento, na chuva, e toda a movimentação é completamente contemplativa, eu mesmo fiquei parado observando, quando notei que precisava me mover logo.

As paisagens sempre são surpreendentes, e contínuas. Cada planeta é uma Instância, sem transição de cenário (além de elevadores). Então por exemplo, é possível andar e explorar o mapa até bem longe, e olhar pro fundo e ver o local de onde você partiu, la distante.



Os personagens são atores reais, projetados via Captura de Movimento. Logo de cara ver que o protagonista é o Coringa de Gothan já me deixou bem empolgado, e não é por menos, o visual dele é muito fiel, e não da pra não notar.

Tecnicamente alias, isso é um "Filme" jogado ("vídeo game" nunca fez tanto sentido) pois, todas as cenas foram atuadas, além de dubladas pelo mesmo ator, lembrando muito o estilo Mortal Kombat 1. 



Foi-se o tempo em que os caras ficavam tentando replicar a fisionomia humana virtualmente, agora, eles pegam atores de verdade e botam em cenários virtuais mesmo. O esforço acaba sendo todo focado só em criar o ambiente... e ai vem a parte curiosa...



Muito mais "fácil" né?

Do cabelo às partículas no ar, tudo é muito fluído e bonito, mas permanece sendo plástico. É estranho, mas com um excesso de cores, as coisas deixam de ser ultra realistas e ficam mais animadas.



Isso não é ruim, só vai contra uma certa expectativa. Os desenvolvedores se esforçaram tanto pra imprimir uma movimentação realista, paisagens realistas e claro, uma jogabilidade mais realista, mas que no fim, tropeçam pelo excesso de cores, brilhos e reflexos de luz.

Crítica estranha essa né? Eu sei... na verdade mal consigo explicar onde quero chegar mas, sabe, existe um jogo extremamente parecido com este, o "Horizon Zero Dawn", que tem um visual colorido e realista. Várias vezes eu me vi comparando ambos e dizendo que, parecia uma versão dele, com Sabres de Luz. O que difere ambos é que, Fallen Order é um pouco mais "travado" visualmente.

É bonito, é contemplativo, mas não é realista, sendo que tenta ser realista (usa gente real ora essa!). Poxa, o Life is Strange também é lindo, contemplativo, repleto de ambientes e situações imersivas, mas ele não é realista. O que meio que me "desagradou" foi o fato do jogo tentar ser, sem tentar, ao mesmo tempo.

Mas, esqueça o que eu disse. É frescura minha, e no fim das contas, ele é um jogo lindíssimo.

A Música

A trilha sonora, dublagem (na verdade são os atores mesmo, atuando enquanto rola a captura de movimentos) e sons de ambiente são surpreendentes.

Cara, eu nunca entendo de música, mas posso dizer que adorei cada segundo e que meus ouvidos foram agraciados com tudo o que Fallen Order transmitiu.



Esse foi um dos primeiros jogos em que eu precisei colocar Fones de Ouvido, só pra conseguir escutar melhor não só as músicas, mas os bichinhos no fundo, a fauna fazendo barulho, o vento soprando, tudo!

Alias, a música casa perfeitamente bem com o cenário e os sons ambientes são muito bem entrosados. Vimos um bichão ao fundo, dormindo, e a música se adaptada a ele, o que sinceramente, é daora.

Mas como eu disse, não entendo nada de música, o que posso dizer é que gostei.

Os Personagens

Sem mais delongas, bora falar dos personagens presentes nesse jogo. Não são muitos, inclusive inimigos também não são tantos, então creio que da pra falar de todos numa tacada só.

Cal



Cal é o protagonista, e único personagem jogável. De inicio, ele é só um trabalhador num planeta controlado pelo Império, porém logo descobrimos que ele é um dos padawans sobreviventes ao Expurgo.



A um tempo, os Clones que trabalhavam ao lado dos Jedis se voltaram contra eles, realizando a Ordem 66. Eles estavam sob o comando do Império e executaram todos os Jedi no ato. Porém, alguns Jedi conseguiram escapar do massacre, e se esconderam pelo universo.

Yoda é um deles, Obiwan também, mas tiveram outros, e aqui conhecemos mais um, o Cal. Ele escapou pois no momento em que a Ordem foi dada, ele estava terminado seu treinamento com seu mestre, que acabou o salvando.

Infelizmente, seu mestre morreu, mesmo sendo poderoso, mas Cal seguiu com o sabre dele, e cresceu, escondido do Império.

Só que, ele foi descoberto, e antes de ser executado, conseguiu escapar com a ajuda de alguns estranhos, com a missão de Restaurar a Ordem Jedi.

Cal o tempo inteiro tem flashbacks interativos de sua infância e treinamento. Aos poucos, seu passado é revelado até que o dia do Expurgo é mostrado, e como ele escapou. 


Ao longo de sua jornada, ele se desenvolve e aprende a confiar na Força e em suas próprias habilidades, além de conhecer melhor o grupo que o salvou.

Cere, a Ex-Jedi



Ao tentar escapar do Império, Cal quase se lasca, até uma misteriosa nave o salvar. Tripulada por uma moça, que se diz "ex-Jedi", e um capitão, a Mantis é sua nova casa móvel.


A moça, chamada Cere, se afastou da força, e apesar de ter bastante conhecimento sobre a Ordem Jedi, ela não usa nem se atreve a usar a Força, pois se diz tentada pelo lado sombrio.

Seu passado é um mistério, que ela revela quando sente confiança em Cal. Na verdade, ela era uma Mestre Jedi, que tinha vários Padawans, e durante o expurgo, simplesmente os deixou.

Ela acabou testemunhando seus padawans serem executados ou pior, e depois disso, se enfureceu tanto que o lado sombrio quase a seduziu. Ainda assim, ela se manteve afastada, e conseguiu manter a consciência nos padrões Jedi.

Curiosamente, ela tem um segredo ainda maior, e é por isso que recrutou Cal. O mestre dela era um tipo de pesquisador, e ele tinha um Holocrom com a posição de todos os sensitivos à força no universo. Assim, com esse objeto, ela poderia recrutar todas essas crianças e as transformar em Jedis. 

Porém, o Holocrom estava perdido, e tudo que ela sabia era onde procurar. Ela precisava de alguém com sensibilidade na Força para passar pelos testes de seu mestre e conquistar o artefato, e por essa razão, ela vai atrás de Cal, seguindo o Império que o descobriu.

Cal precisa passar nos testes, por ela, e pra trazer a Ordem Jedi, se essa realmente for a vontade dela.

Greez, o Piloto da Mantis


O piloto da nave por outro lado não tem qualquer sensibilidade na Força, mas, ele é amigo de Cere e ambos estão nessa jornada juntos.



Greez é um alienígena de quatro braços que só pra variar, é caçado por um doido que gosta de Lutas em Coliseus. Ele também é viciado em plantas, e é bem ciumento com sua nave.

Ele é um cara legal, sempre conta histórias, e apesar de um pouco sério, é uma ótima companhia. Porém, sua função na aventura é somente pilotar a nave.

BD-1, o Robô



Ao chegar ao planeta onde o teste para encontrar o Holocrom estava, Cal descobre um robozinho temperamental. Esse robô era seu contato la, uma mensagem ambulante deixada pelo antigo mestre, que por sua vez passa a guia-lo em vários testes consecutivos em vários outros planetas.



A cada novo teste descoberto, uma mensagem pré-gravada é tocada, e o falecido Mestre (Eno Cordova) comenta e da dicas sobre o que está ocorrendo.



BD era seu fiel companheiro, que ele confiou ao Jedi que tentasse seguir seus passos. Só que, esse robozinho não tinha as memórias originais liberadas, e só as destravaria caso um laço de confiança mútua surgisse entre ele e o novo "dono".

Isso ocorre com Cal, e ai ambos viram grandes amigos. Teoricamente, isso não afeta em nada a história pois a posição do Holocrom já tava mais do que clara, só bastava passar no teste mesmo.

Alias, Cal entende tudo o que ele fala, apesar do robô só falar a "língua dos dróides". Em Star Wars, parece que os sensitivos à força tem uma certa inclinação pra esse idioma, sem contar que Cal tem bastante aptidão com tecnologia. Provavelmente ele estudou pra isso, e pra manutenção em máquinas.


Inquisidoras



Os padawans que foram capturados pelo Império não foram todos exterminados. Alguns foram convertidos em Siths, ou melhor, Inquisidores. São basicamente Caçadores de Jedi, que usam a conexão com a força para localizar e matar (ou recrutar).



A padawan da ex-Jedi virou uma Inquisidora, e pior, é a principal vilã da história. Ela persegue Cal o tempo inteiro, e realiza as melhores lutas.



Existem outros, como a grande Nona Irmã, uma Inquisidora alienígena que Cal enfrenta, corta a mão e aparentemente vence.



É interessante ver que o Império passou a usar os padawans como armas contra os próprios Jedi.

Merrin, a Irmã da Noite



A última de seu povo, a sobrevivente de todo uma raça reclusa. 



Em um planeta havia uma religião baseada na Força, diferente dos Sith ou Jedi, mas os Sith fizeram questão de exterminar praticamente todo mundo e ferir essa cultura.

A última Irmã da Noite, uma feiticeira que usa a Força para realizar necromancia e teletransporte, ficou em seu planeta, excluída do universo, e semeou um ódio tremendo por aqueles que carregavam Sabres de Luz. Para ela, e suas falecidas irmãs, Jedi e Sith era tudo a mesma merd4, então ela culpou os Jedi pelo que ocorreu com suas irmãs.



Um "Jedi de Metal" matou todas, e apenas ela sobreviveu. Porém, a crença de seu povo permaneceu viva através dela, e ela começou a reanimar os corpos de suas irmãs e irmãos.



Alias, aquela raça do Darth Maul é pertencente a essa tribo, mas o curioso é que essa tribo existe apenas em um planeta. Eles são bem excluídos, então o extermínio que o Império realizou neles meio que deu super certo.



Pra variar um pouco mais, um Jedi fugitivo do expurgo chegou nesse planeta e criou uma aliança com essa Irmã da Noite, enganando-a, e fazendo ela acreditar que seguir ele a ajudaria com sua vingança. Esse Jedi, mesmo não admitindo, acabou se convertendo num Sith.



Bem, essa Irmã da Noite monitora Cal durante toda sua passagem em seu planeta, e faz questão de testa-lo e atormenta-lo, até que em um certo momento ela percebe que foi enganada pelo outro Jedi.

É ai que ela se alia. A questão é que, apesar de em contexto uma aliança com a última Irmã da Noite ser algo incrível, isso não tem qualquer impacto no jogo, excetuando-se a batalha contra o tal Jedi do mal.



Essa garota, que se torna uma tripulante nova, entra perto do final do jogo, e quase não há interação dela com os demais personagens. O que tem, é legal, mas é pouco. Uma personagem pra la de interessante, que se resume a usar um poder de camuflagem e só.

Saw Gerrera

Esse personagem aparece como participação especial, em uma guerra que ocorre no planeta dos Wookies (a raça do Chewbacca). Ele lidera um grupo de Rebeldes e acaba entrando no caminho de Cal, o ajudando e até sendo ajudado.



Porém, logo ele parte desse planeta pra continuar suas missões e combates contra o Império.

Esse personagem aparece em Rogue One, e é um guerreiro bastante importante la, o que cria um certo crossover do jogo com os filmes (talvez até canonizando-o).

Darth Vader

Nada supera a partição do maior vilão das Guerras Estelares.



Darth Vader chega no final, mostrando a razão de ser uma tremenda ameaça, e ele faz questão de eliminar uma provável ponta solta de seu império.

Ele também é indestrutível. Do momento em que surge ao final do jogo, ele é um nêmesis que só nos afugenta. Cal nem tenta enfrenta-lo, de tão poderoso que ele é.

Darth Vader não é derrotado, apenas é deixado pra trás e o grupo consegue escapar por sorte, mas cara, ele é poderosíssimo.

Contudo, sua participação serve mais pra mostrar que ele era o principal responsável pela criação dos Inquisidores.

Os Planetas

Sim, há mais personagens, mas são de peso menor ou insignificante. Compensa muito mais falar dos planetas nos quais eles aparecem e como o fazem, do que deles individualmente. Além de falar dos inimigos, posso aprovietar e falar da história do jogo nessa parte.

Bracca
O planeta Sucata

Alguns planetas sucateados por causa da guerra, passaram a servir ao Império com seus habitantes sedendo mão de obra. Porém essa mão de obra era mais forçada do que tudo. Eles passaram a limpar a sujeira do Império, devolvendo o que lhes era útil e ficando com as sobras, do caos feito em seu próprio planeta, e aqueles que se atreviam a falar um "a", eram descartados.



Trabalhadores escravos, é basicamente isso que as pessoas de Bracca se tornaram, sem perceberem. No menor sinal de revolta que eles tem, já tudo desanda e o Império faz questão de silencia-los. E isso ocorre por causa do Jedi.



Cal havia se escondido em Bracca, adotado pelo planeta e vivendo sob servidão até chegar na maioridade. Porém, ele escondeu seu sabre de luz e jamais mostrou qualquer contato com a Força. Foi salvando um colega e amigo, que ele entregou sua posição aos Inquisidores, e arruinou o planeta.



Os habitantes de Bracca se levantaram contra o Império, não para defender Cal, mas para se defender, e isso foi punido com uma vasta destruição, e é no meio dessa destruição que começamos a jornada, escapando no fim, a bordo da Mantis.



Nesse mundo, ele enfrenta Stormtroppers, só isso, que são os carinhas que atiram mal, e morrem fácil... 


Além de uns com Bastões Elétricos, que tem uma defesa alta.


No final, perto de sair desse planeta, também enfrentamos a Segunda Irmã, mas não da pra vencer, ocorre a fuga.


Bogano
O Planeta do Templo



Os novos amigos e salvadores de Cal o levam direto pra esse planeta, um local não mapeado no espaço que é repleto de bichinhos, alguns bem perigosos, e um bem grandão (que eu tentei lutar mas não alcancei).



Nele fica o templo Jedi onde o Holocrom esta guardado, mas pra conseguir liberar o item, Cal precisa conquista-lo, passando por testes em outros planetas. Então ele acaba tendo de voltar a esse planeta outras vezes.



Bogano tem como fauna criaturas pequenas parecidas com insetos, uns "cães" brancos bem agressivos...



E também tem um tipo de Sapo Gigante bem poderoso, que funciona como chefe e aparece algumas vezes (inclusive tem uma versão secreta e escondida, bem fortinha.)



Além deles tem vários outros bichinhos que se escondem e não podem ser feridos.

Na segunda visita ao planeta em meio ao enredo, surge a Segunda Irmã como chefe e tem alguns Stormtroppers pelos cenários, mas depois falo disso.

Zeffo
O Planeta Frio



Esse é um planeta frio, de difícil navegação, e pra piorar, já visitado e semi-explorado pelo Império. Inclusive, ele era habitado, mas todos foram expulsos (provavelmente mortos) para que o Império extraísse algo do planeta.



Há vários Stormtroppers rondando ele, e até mesmo alguns de Elite (Executores, quase Inquisidores), que usam armaduras pretas e armas eletrificadas, além de serem bem barra pesada.


Há feras comuns do planeta também, que saem do solo e atacam de supetão, que devoram e atacam inclusive os Stormtroppers. Lembram Ratos Gigantes.



Há uma criatura grande embaixo do Gelo que é bastante violenta e funciona como chefe, apesar de ser resetada pela meditação.



Também tem alguns animais que lembram Cervos, mas são bastante violentos e fortes.



É um planeta bem hostil, e agora vem sendo explorado pelo Império que busca através de perfurações, os mistérios do mesmo. Mal sabem eles que uma das pistas para o Holocrom esta la, num templo escondido.

Nesse planeta aparece o primeiro AT-ST! Um grande robô de ataque clássico de Star Wars, inteirinho pra se enfrentar como chefe. 



Legal que depois que eu derrotei ele pela primeira vez, eu ainda morri, pro carinha que saiu de dentro dele! E sim, sai um cara de dentro dele, é fraco, mas luta ao ponto de matar.



Na segunda visita a esse planeta, um Caçador de Recompensas aparece no caminho de Cal e o captura. É impossível vencê-lo na primeira luta.



Isso ocorre logo após passar pelos destroços de um Destroyer caído no planeta, onde Cal enfrenta alguns droides de segurança voadores, fáceis de derrotar inclusive.



E enfrentar a Segunda Irmã, que é impossível de vencer (a luta é interrompida pelo BD-1).


Alias, é aqui que ela revela sua identidade, como ex-pupila da nova amiga de Cal.


A captura ocorre na tentativa de fugir do planeta. Alias, Cal nesse momento acaba sendo "guiado" pela Segunda Irmã, que havia encontrado a câmara que Cordova escondeu nesse planeta, e colocou seus capangas pra vasculharem. Ela hackeia o sistema de comunicação de Cal e o atrapalha, distraindo ele o tempo inteiro, já que o Império está mais avançado nas pesquisas desse planeta. 


Ainda assim Cal consegue ao menos ativar o holograma do Cordova que precisava, depois de peitar vários Stormtroppers dentro do Templo.

Planeta Prisão
A Arena



Depois de capturado, Cal acaba perdendo seu sabre e seu robozinho, e acaba tendo de se virar na Força pra encontrar a saída e resgatar seu amigo. 



Quando ele consegue, descobre que ta num tipo de "prisão de robôs", o que na realidade é uma arena.



Um local onde ele é posto pra enfrentar seu captor, e várias outras criaturas ameaçadoras, para entretenimento de um antigo inimigo do piloto da Mantis.



Legal que tem uma música, a música do bar, tocando durante a luta inteira! É bem legal e desafiador.



Rola luta até contra o Caçador de Recompensas que capturou Cal (é o chefe final, e se morrer, volta dele).



No final, a Mantis aparece e resgata Cal e o robozinho.


Depois disso, Caçadores de Recompensa se tornam inimigos secretos regulares, que podem aparecer no meio dos mapas, e somem se você for derrotado. Eles dão boa exp, e sempre vem acompanhados de Robôs de Batalha enormes.


Sempre são caçadores diferentes (em nome e voz e a aparência ligeiramente), e eles reaparecem apenas se reiniciar o jogo caso derrotem Cal, e são bem difíceis.

Kashyyyk
O Planeta do Wookies



Outro planeta com um templo escondido é o planeta natal dos Wookies. Só que ele ta em plena guerra, com os peludões recém detidos pelo Império e alguns poucos Rebeldes ainda se levantando contra.



Cal chega no meio do ataque, pulando na água da Mantis e atacando os AT-AT (sim, eles passam pelo meio da frota do Império de boa pra entrar no planeta mas, ajudam em batalha pelo solo).



Ele usa uma máquina pra favorecer a batalha pros Rebeldes e no fim, enfrenta outros AT-AT, alguns AT-ST, e muitos Stormtroppers, até a máquina explodir ao destruir uma nave.



Esse planeta é uma enorme floresta, cheio de insetos gigantes, Aranhas enormes... 




E uns bichos parecidos com Lesmas com Chifres que cospem ácido.


Além de uns voadores que expelem Lava.


Além disso é aqui que aparece o primeiro Droide de Segurança que posteriormente pode ser hackeado para usar a nosso favor, se for quase derrotado, e o robozinho tiver a habilidade de hackear. No começo é tão forte quanto um chefe, e inclusive é considerado um, mas depois aparecem vários e até mesmo juntos.


De inicio, o Jedi precisa libertar os Wookies presos das prisões do Império, o que por si só é bem interessante.



Rola luta contra AT-ST aqui também.


Em uma segunda visita, ele precisa buscar pelo templo, com a ajuda de um Wookie Rebelde, e pra isso escala a maior árvore de Kashyyyk, o que leva um baita de um tempo.



Existe uma enorme Ave rara que acaba ajudando ele a chegar ao topo da árvore depois de um bom tempo escalando, e enfrentando as criaturas da floresta. Ele só consegue essa ajuda pois salva a Ave, curando ela (com uma das poções do Robô ta, ele não usa a Força não!), e conquistando sua amizade.



Posteriormente, a Ave é atacada pelo Império, e uma Inquisidora, a Nona Irmã, aparece pra enfrentar Cal. 



Ela é bem poderosa, com duas formas de ataque (uma com um sabre único, outra com duplo) e no fim, ela é derrotada, e empurrada do topo da árvore (mas se não tem corpo, não da pra dizer que ta morta).



Ela chega a mencionar também que já foi uma Jedi, e como toda Inquisidora, provavelmente foi uma das Padawans manipuladas.

O primeiro passeio na Ave é maravilhoso, e mágico. Não é controlável, mas é contemplativo. Porém os demais vôos são cortados, e a ave mesmo some (parece até que tiveram pressa pra por o personagem no templo logo).



Um inimigo que aparece nessa segunda passagem é um bicho voador que não é tão forte.



Além disso tem as plantas. A própria floresta é meio viva e tenta matar qualquer um que a invade perto da árvore maior. Aí tem todo tipo de planta esquisita, umas que se esticam e seguem Cal (da medo)...



Umas que são como armadilhas, e engolem se alguém pisa (inclusive inimigos).



E tem plantas pra pular em cima. Detalhe que essas plantas são tecnicamente imortais. Da pra atacar até mas elas no máximo se afastam (a carnívora pode morrer se for explodida pelo inimigo pelo que vi).



É nessa segunda passagem também que Cal recebe o respirador aquático do Wookie Rebelde, que ele se mata pra encontrar na Árvore Grande.


Por isso boa parte dessa fase é aquática até subir na árvore e voar no pássaro. Pelo que da a entender, escalar a Árvore Maior era um tipo de "Teste de Amadurecimento" dos Wookies, por isso é tão difícil, e ao mesmo tempo, sagrado pra eles.

Dathomir
O Planeta das Filhas da Noite


Esse mundo é bem vermelho e sombrio (apesar de claro, é sombrio, você entendeu!). Nele há uns monstros grandes e poderosos logo na entrada...



E muitos insetos cuspidores de ácido.



Além disso há os Irmãos da Noite, um povo (da mesma raça do Darth Maul, aquele cara de cabeça vermelha com chifres) que são habitantes possuídos pela energia da última Irmã da Noite.



Eles ficam conversando, até o Jedi aparecer e entrarem em fúria, e tem vários tipos, uns que usam ataques físicos e uns com Arcos especiais, mas no geral eles se baseiam em atacar em grupo.



Além disso, tem vários corpos pendurados por todo planeta, corpos em sacos, que a Irmã da Noite reanima numa segunda visita.



Eles então viram zumbis das Irmãs da Noite, que correm de um lado pro outro por todo o planeta, atacando até depois que ela se torna uma aliada (logo, ela não tem o menor controle pela necromancia após realiza-la).



Cal também precisa enfrentar um tipo de Morcego Gigante por todo o planeta, numa batalha que inicialmente é no solo...



E depois é em pleno vôo, que não tem como perder, só é preciso pular nas costas dele algumas vezes e assistir o resto (se errar, o jogo volta da queda livre do ponto em que errou mesmo) mas é bem interessante de qualquer forma, dinamizando mais o jogo.



Nesse planeta também há o Jedi misterioso, um carinha de capuz que no inicio, não se revela, mas numa segunda viagem, conta ser um Jedi.



Ele diz que está ajudando o povo de la a se reerguer, mas na verdade só está manipulando a última Irmã da Noite, e ele acaba tendo suas intensões reveladas quando mostra seu Sabre de Luz.



Ele é vermelho, e o Sabre de Luz Vermelho é o simbolo dos Sith. Por sorte, nessa hora Cal tem a ajuda da Irmã da Noite.



Na última parte da luta ela auxilia, atacando e enfraquecendo o sith... 


Que por sua vez, termina enterrado vivo no chão pela magia dela... é sinistro...


Alias, Cal pode sentir através da Força, em alguns pontos específicos, memórias antigas. Ao tocar em certas coisas ele pode ouvir e sentir essas memórias, o que o ajuda e entender o que aconteceu naquele lugar, como a manipulação das Irmãs da Noite.

Ilum
O Planeta dos Cristais



Esse é o mundo onde Cristais para Sabres de Luz são obtidos.

É um planeta extremamente frio, e sagrado para os Jedi, mas vazio e inóspito.



Há um enorme templo Jedi nele, que mais parece um cemitério. Cal acaba tendo de visita-lo, não para conseguir pistas pro Holocrom, mas para recuperar seu Sabre de Luz.

Acontece que quando ele vai para o último teste em Dathomir, que consistia em enfrentar seu próprio passado, ele quebra o sabre de luz de seu mestre falecido, rompendo o cristal. Ele fica desarmado (tendo de fugir dos zumbis tudo) e depois disso, precisa montar seu próprio sabre de luz.



Ele usa como materiais o que sobrou do sabre de seu mestre, e o sabre antigo de sua nova mentora, mas, ele precisa ainda assim buscar seu Cristal.



É complicado, mas ele supera os desafios, encontra o Cristal (o Cristal chama pelo Jedi) que rompe em sua mão. 



Ele quase desiste depois disso... mas o robô mostra sua plena confiança nele, revelando sua verdadeira memória.



Isso faz o jovem acreditar em si mesmo, e mesmo com o Cristal quebrado ao meio, ele monta um Sabre de Luz.



É ai que ele consegue criar um Sabre de Luz que se divide, baseado no mesmo Cristal.



É um tipo de anomalia, mas funciona, e o mais legal é que da pra escolher a cor.



Nesse planeta não há ameaças no inicio, mas depois o Império aparece com seus Stormtroppers, robôs Voadores que atiram...



Droides de Segurança/Batalha...



E alguns Stormtroppers de Elite.



Até mesmo Andadores aparecem, dois de uma vez só, mas no fim, da pra derrotar com mais facilidade pois Cal ta bem mais forte que no inicio.



Interessante ver que o Império coleta Cristais aqui pra fabricar os Sabres de Luz Sith dos Inquisidores, profanando o templo Jedi por completo.


Base dos Jedi 



Esse mapa só é visitado em Flashbacks. Cal, como criança, acaba relembrando seus treinamentos e últimos momentos la.



Tirando um pouco da interação que ele tem com os Stormtroppers antes deles traírem os Jedi (o que é bem triste), e o momento da Ordem 66, não há muito o que se fazer nessa base.


Não sei porque, no meu jogo, bugou nessa parte, e até entrar no treinamento, o BD-1, que não existia na época do flashback, aparece com Cal. Se Cal chama ele pra conversar (ação básica pra pedir conselhos) ele até fala com a voz adulta. Por isso, é bem estranho. Ele some depois que se entra no treinamento final.
O treinamento mais longo é o último, que é meio complicado pois é fácil se perder em meio as plataformas que aparecem e desaparecem.



Além disso, há as lutas do Mestre de Cal que são loucas de mais de assistir. 


Ele era poderoso pacas, e só morreu, pois se sacrificou pra proteger o rapaz.



É justamente por isso que Cal se sente tão culpado e acaba fracassando na primeira vez que tenta o teste de Dathomir. 



Mas depois que ele monta seu sabre, e enfrenta seu passado (tendo de lutar contra uma projeção de seu mestre), ele vence, o poupando.


Os Templos

Inclusive, os testes são sempre bem simples por assim dizer. São puzzles de cenário. Grandes enigmas onde Cal precisa colocar bolas em pontos certos, ou passar por grandes penhascos até chegar em uma placa em que receberá uma informação.



O antigo mestre do robô se projeta e libera a informação dizendo qual o próximo ponto que ele visitará, e é isso. Ele precisa ficar fazendo isso até conseguir todas as informações pra liberar o Holocrom que está no templo em Bogano.

Cada Templo tem seus próprios desafios, mas algo em comum neles são os Guardiões, que são robôs ancestrais, feitos da mesma tecnologia do povo antigo de Bogano (que já não existe mais).



Além disso, as vezes há criaturas do planeta do templo, ou Stormtroppers que invadiram.

Mas no geral são desafios que testam as novas habilidades na Força que Cal aprende assim que chega nesses templos, e é isso.

A raça que criou esses templos foi a dos Zeffo, e Cal chega encontra a projeção mental de um, no teste final. Eles aparentemente não existem mais.



Alias, o grande Holocrom estava o tempo todo no primeiro planeta mesmo, Bogano. Cal volta la e encontra depois de pegar todas as pistas, e o item se revela. Só que, ele é seguido pelo Império.


Rola outra luta contra ela, que não da pra vencer.

Fortaleza dos Inquisidores



No fim, depois de pegar o item em Bogano, ele é inconvenientemente surrupiado pela Segunda Irmã, a Inquisidora, e levado pra Fortaleza dos Inquisidores. Ela trapaceia...



Na verdade, a moça jogou o sabre pra ele, pra ele ter as visões do passado dela, e fugiu enquanto isso. Ela se aproveitou do poder de Cal, de ver as memórias dos itens. Só que foi graças a isso que ele entendeu que ela não era totalmente "sombria".


Ele vê onde ela ficou confinada quando criança, e onde foi convertida, e assiste todo seu passado, conhecendo assim a verdadeira história de Cere.


Ele também vê o momento em que Cere usou o poder negro da luz pra ferir todos que acabaram convertendo sua Padawan em uma Sith. Por mais que ela tenha se arrependido depois, e fugido, ela acabou tocando esse poder então, estava "manchada".


Mesmo com a perda do item, Cal conta o que descobriu e convence Cere a enfrentar seu passado, que acaba topando voltar pra base onde Inquisidores eram criados (lugar de onde ela fugiu) e ai, é a última fase. Alias, ela não só aceita ir, como condecora Cal nesse momento, como Cavaleiro Jedi.



O planeta é quase que inteiro formado por água, e logo na entrada tem vários Destroyers, que eles só conseguem passar por causa da magia da Irmã da Noite, que os camufla.



Só que só Cere e Cal vão pra base buscar o Holocrom. Ambos exploram as águas, mergulhando rumo as bases submersas dos Inquisidores.



La, rolam várias lutas, depois de entrar a bordo da base. Tem  hordas de Stormtroppers, e Executores, e no fim, eles chegam na batalha final.



Cere enfrenta um monte de gente, usando um Sabre de Luz Vermelho, de sua antiga Padawan, que foi confiscado por Cal no templo de Bogano. Ela acaba aceitando seu fardo.



Quanto Cal chega na Segunda Irmã, pra pegar o Holocrom, rola a batalha verdadeira mas, durante o enfrentamento, ele tenta convencê-la a voltar pro lado da luz.


E no fim até consegue...


Ela aos poucos vai retornando, mas ai o frio gela sua espinha.



Pan pan pan pan panpanpan panpanpan... Darth Vader chega atrás dela.



Ela diz "Vinga a gente pô" e é executada a sangue frio, pois afinal, Darth Vader notou que ela tava ficando boazinha.



Ai Vader joga a mestra longe, e tenta matar Cal.



Por sorte, Cal consegue escapar (sorte o escambau, o moleque apela na Força, jogando um pilar no Vader, e depois corre feito louco, das milhões de coisas que Vader joga de volta enquanto anda calmamente atrás dele).



 Ainda assim Vader pega ele. Mas, numa luta de Sabres, ganha quem tem um droide de ombro. No fim Cal é salvo pelo robô, que danifica uma parte da armadura de Vader...



E pela Cera, que sobrevive a queda (todo mundo sobrevive a quedas em Star Wars!) e Vader tenta seduzir pro lado sombrio.



Ela suporta, e Cal rompe os vidros da base submersa o que deixa Vader sem opção. Ele segura O OCEANO COM A FORÇA! Dando tempo pros jovens fugirem.



Cal salva sua mestra, e o robô, e quase se afoga ao dar seu respirador pra ela, sendo salvo pela Irmã da Noite.



Todo mundo se ajuda no fim!



Ai, eles voltam pra Mantis e comemoram a recuperação do holocrom.



Só que, no templo de Bogano, Cal teve uma visão.

Ele viu os novos Jedis sendo treinados por ele, o chamando de mestre inclusive.



Mas viu também os Inquisidores os capturando, e executando, um por um.



Além disso, ele viu a si mesmo aceitando o Lado Negro para salva-los.



Assim, ele acabou percebendo que, mesmo se ele usasse o Holocrom, ele acabaria expondo a Força dos demais Jedi, e isso faria o Império os encontrar, e a perseguição continuaria do mesmo jeito.



Logo, ele pega seu sabre, e corta o Holocrom no meio, dizendo que, é melhor confiar que a Força decida sobre os Jedi.



E é assim que o jogo termina.



Como eu disse, a história se conclui mostrando que toda a aventura foi em vão, mas ao mesmo tempo, foi um tipo de construção para um elenco que pode ou não ser cânone.

É bem legal ver toda essa profundidade narrativa, e essas informações enriqueceriam sim o universo cinematográfico Star Wars. Além disso, saber que usaram os atores como atores mesmo, sendo que as capturas de movimento foram totalmente atuadas, eu acredito que o jogo pode ser usado e considerado como parte da trama oficial.

Mas, será?

Eu sei que Guerras Clônicas foi validado como oficial no universo Star Wars Filmes, e as Irmãs da Noite fazem parte delas. Além disso tem o crossover do Rogue One... logo... porque não?!

O jogo é bom, não é uma obra prima, mas é bom.

Ele é lindo, complementar, e tem muita informação útil. É com toda certeza melhor que o último filme (Ascensão Skywalker) então, por mim, eu o considero.

Enfim, é isso.


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6 Comentários

  1. Jogo muito bom... tem de tudo um pouco, de Tomb Rayder a dar souls. O único problema que eu vi foi esse preço salgado. Credo cara 250 reais em um jogo curto só single player é querer enriquecer fácil demais.

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    1. Da facilmente pra esperar pelas promoções né sr.

      Bem, valeu pela leitura e comentário sr Chaves.

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  2. EA games.....vish...essa não dá Naum hein...vish....

    Star Wars com EA resulta nessa frase:
    "Que as micro transações estejam com você...."

    Sim...essa frase define a EA, ainda bem que pra ter o sabre de luz tu não precisa desembolsar 20 pilas...ainda bem.
    Aliás, falando nisso, o preço desse jogo tava salgado na época viu... Eu até pensei em comprar mas....Deus...muito caro.


    Bem....parando de falar de dinheiro, pois isso só estressa kkk.
    O jogo, o jogo é baum.

    Ele é a nova esperança, mintira, o Mando que é a nova esperança (ainda achavam que o Luke que era...pif.)

    (Meu..eu sou muito aleatório kk, do nada eu comecei a ouvir a música do império kkkk.)

    Eu gostei da nova unidade de droides que eles adicionaram...
    E também do seu texto cara.....pra mim foi melhor que gastar 300 pila....

    Aliás, que final foi esse desse jogo?
    O call deu uma de vida Loka e cortou a paradinha como se:
    "Ah, foda-se sapoha, eu quero pega minha mina vey"

    Kkkk, pior que faz sentido pacas....hum...

    Eles deveriam fazer um Darth Vader assim nos filmes cara....todo poderoso.
    Lá na primeira trilogia, por causa das limitações da época, num parecia que aquele era O KARA DU MAU (erro...mintira, eu sei escrever...eu acho....kkkk.)

    Mas agora, o cara tava poderoso, só naquela cena de fuga a gente sabia que era melhor dá no pé kkkkk.
    (Pior que a outra mina que eu esqueci o nome conseguiu segurar ele....mas não durou muito não kkkkk.)


    Nossa...quantos "Ks"....eu sou muito risonho (ou seja, retardado.)

    Bem...enfim, see yah!

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    1. Pior que esse jogo ficou tão bom, que achei que mandaloriano ia usar ele como cânone. Pensei que o Call apareceria no final, e não o Luke.

      Mas, questão de tempo. A EA acertou ao deixar quem gosta fazer o game. Pena que isso é raro com essa empresa né.

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  3. Ótimo texto, como sempre, sr. Morte.
    Eu adquiri esse game numa promoção relâmpago por 90 pilas, pois dificilmente pago mais de 100 em qualquer jogo (em raríssimas ocasiões eu posso considerar chegar a 150, porém nunca mais que isso!). Gostei muito dele e a aparição de Darth Vader sempre trás um diferencial, seja jogo, filme ou série. Mas ainda considero o game "The Force Unleashed" o melhor em se tratando de Star Wars, pena que, assim como esse, ele não avance com a história e nem sei se foi considerado canônico. Chegou a ter uma continuação, mas foi completamente dispensável.
    Enfim, parabéns.

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    1. Sr Josenildo, bem vindo novamente! E sempre.

      Obrigado, to feliz por ter curtido, tanto o artigo quanto o jogo. E poxa, 90 reais ta em conta até.

      Bem, a história do aprendiz do Star Killer é sempre considerada a melhor no mundo dos games de Star Wars. Infelizmente, a Disney não fez dela cânone. Porém no caso do Jedi Fallen, ele é tecnicamente cânone pois foi feito depois da aquisição da Disney, e não ta no universo "Legends".

      Se bem que, depois de Mandaloriano, é bem possível que tragam a história dos dois Unleashed pro cânone, ou revitalizem eles com séries. Eu não duvido.

      Bem, novamente obrigado sr!

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