AnáliseMorte: Dante's Inferno

A Divina Comédia representada genuinamente e em grande estilo, no mundo dos games.


Um ode a Dante Alighieri que cara, ficou excepcional, ao ponto de me fazer questionar inquietantemente "Porque raios em 10 anos ainda não fizeram uma continuação?"

Bem, dessa vez devo alertar que o artigo contém, além dos esperados spoilers, um pouco de nudez. Isso se deve ao fato do jogo ter nudez (inclusive do capiroto!) então por obséquio, prepare seus olhos viu. Alias, tentarei não por nada explícito... mas evitarei censurar.

Boa leitura.

Dante's Inferno é um jogo que a muito tempo eu queria experimentar, mas sempre tive algum problema pra conseguir joga-lo. Por mais que eu tenha um Xbox 360 e um Ps4, acabou que em ambos não fui capaz de adquirir versões desse game, logo, tive de me contentar com as versões emuladas, e só ai, já começaram os problemas.

Existem 3 versões de Dante's Inferno, uma pra Xbox360, uma pra Ps3, e uma pra PSP. Todas são basicamente idênticas, mesmo a de PSP, sendo ela um port extremamente fiel e completo. Porém, existem apenas 3 emuladores (bons) desses consoles/portáteis (Xenia, RPC3 e PPSSPP respectivamente), e os 3, por mais perfeitos que estejam na emulação da maioria dos games comerciais, acabam por sofrer bastante quando se trata de rodar Dantes.

No Xenia, o jogo fica em Preto e Branco... no RPC3, o jogo fecha sozinho em vários momentos... e no PPSSPP, o jogo causa ataques epiléticos por causa das luzinhas piscando na parte de baixo da tela.

Ainda assim, nos 3 emuladores, da pra tentar sofrer um pouco e terminar o jogo. O que eu escolhi pra isso? Foi no RPC3, onde consegui dar um jeito de, ao custo de alguns FPS's (ele rodava a 60, eu tive de setar em 30 e fazer mais umas configurações) ele parou de encerrar sozinho do nada. E sim, deu pra terminar e se divertir.



Chega a ser meio irônico, mas mesmo Dantes sendo um dos jogos AAA mais bonitos de suas respectivas plataformas na época, nos emuladores ele é sempre o mais sofrido. Isso meio que deixa claro o quanto os programadores se esforçaram nele, e talvez todos os balaios que fizeram pra fazer a belezinha rodar, sejam os problematizadores para os decodificadores "Jack Sparrowianos".

E sim, ao meu ver, Dantes é uma obra prima do mundo dos games, por causa de sua programação, arte, ambientação, e só peca um pouco na jogabilidade, e muito, mas muito mesmo, na trilha sonora.

Antes de tudo, preciso dizer que a trilha sonora desse game é um disco arranhado. Isso me incomodou muito, pois ouvir a mesma música, o tempo todo, não é legal não. Pareceu algo repetitivo, chato, e monótomo, o que tirou um pouco do brilho do jogo pra mim. Mas não posso dizer o mesmo da sonoplastia.

Os Efeitos Sonoros são ótimos, e talvez, se não tivesse música no jogo, e apenas o som ambiente, dos gritos, choros e lamentações infernais, ele seria melhor... mas é uma crítica, só uma crítica boba... quem sou eu pra falar de música??? (na real, a pouca música que tem, é boa, o problema é que é pouca!)

Enfim, continuando, nunca vi Cinemáticas mais belas! Pra um jogo de 2010, as cutscenes são espetaculares e ainda nos tempos atuais, se saem muito melhores que de vários jogos recentes, não da pra negar.



O jogo em si se sai melhor em vários quesitos, a dinâmica dele, em mescla com a ambientação, é de dar inveja a qualquer joguinho que se considere topzera mas num consegue ficar 2 horas sem entrar na mesmice.

Dantes consegue mergulhar fundo na poesia que lhe inspira e no meio dessa imersão, trazer uma experiência válida para um jogo.



Alias, eu fiquei bem surpreso, pois antes mesmo de jogar, eu li a Divina Comédia, apenas a parte do Inferno, não por causa de Dante's Inferno, mas por causa de outro jogo que também a utilizou como base de inspiração (vagamente), chamado "Devil May Cry". Alias, em DMC, o protagonista e seu irmão tem seus nomes inspirados diretamente nos personagens da Divina Comédia, mas além disso, vários pequenos elementos dos jogos em geral puxam um pouco dessa fonte.

Eu lembro, que foi para explicar a origem de um demônio em particular, que eu li a primeira parte da Divina Comédia inteira (nem é um livro tão grande). Eu tava numa vibe de interpretar as criaturas partindo da origem delas e da inspiração, e na época, achei justo ir no livro pra descobrir o exato significado de um determinado inimigo (foi em DMC3). Deu super certo, e eu ainda adquiri muito conhecimento sobre esse livro clássico que tanto inspira a tantos.

Alias, eu só li a parte do Inferno, pois era a única parte interessante pra mim na época, mas eu me lembro da sensação que tive ao terminar essa parte e ler a introdução do Purgatório, que é a segunda parte (de três, a última é o Paraíso), e confesso que tive exatamente a mesma sensação ao terminar esse jogo!

O jogo, consegue adaptar muito bem o Inferno da Divina Comédia, mas de um jeito bem diferente do que vemos em adaptações de livros.

Primeiro que, A Divina Comédia, é um livro de Poesia, é cheio de poemas e rimas, e é bem complicado de se entender, pois tudo gira em torno de interpretação. Existe entretanto, uma versão descritiva, narrativa sabe, do mesmo livro, que é mais fácil de se ler, pois já traz todas as linhas poéticas interpretadas. Pode-se haver erros? Yep... sempre existem erros e divergências em interpretações, mas, essa é a melhor versão pra alguém, que não tem uma inclinação poética acentuada, apreciar e entender (tipo eu).



Eu li ambas... e foi um saco a primeira, pois cara, eu entendi pouco ou quase nada! Mas na versão narrada, mesmo sendo mais difícil em alguns pontos, já consegui interpretar e visualizar melhor o Inferno que o livro queria mostrar.

O livro, é basicamente isso, uma descrição minuciosa e super detalhada de como o Inferno, Purgatório e Paraíso são, tudo aos olhos de Dante, o escritor em si, e um Poeta que o guia, chamado Vergilio.

A justificativa para ambos estarem la, passeando pelos vários círculos do inferno, é o que menos se destaca na obra. Eu mesmo, quase não me recordo do porquê ele estava la, apenas me lembro que Dante se viu numa floresta sombria, e de la, buscou por Beatriz, sendo guiado por Vergilio, enviado pela própria Beatriz, pelo caminho mais difícil até chegar a ela. O caminho era justamente, o ponto mais alto do inferno, até o seu centro, de la pelo purgatório e do purgatório ao paraíso, onde Beatriz estava esperando Dante.

Eu parei no momento que ele chegou no Purgatório, e talvez, no livro, seja melhor explicado o que ele fazia la posteriormente. Só que convenhamos, a parte mais louca de tudo e talvez o que mais chama a atenção, é o Inferno.

A descrição de Dante do Inferno é tão, surreal, macabra, nefasta, sombria, e cruel, que é sim, infernal! Dante foi perfeito em sua visão, onde conseguiu não apenas descrever cada pequeno ponto do local dos condenados pós mortem, como também conseguiu vivenciar e dar nomes aos bois. Ele colocou figuras contemporâneas e reais em sua obra (da sua época), fazendo críticas sociais diretas pra caramba, e fazendo tantas referências e alusões que, da medo.

Ele simplesmente não pega as pessoas que ele odeia e fala "Ele foi pro inferno, eu vi.", não, ele pega todo mundo. Quem pecou, ta la, seja bom, mal, plebe, clero, geral ta pagando, e pagando caro! Na descrição de Dante, ele faz questão de citar quem e por que ta la, e descreve o lugar de todo mundo, com a punição mais cruel e condizente com aquilo que errou.

Eu te juro que na época em que li, fiquei abismado em várias partes, imaginando e pré-visualizando aterrorizado. Tem várias coisas que nunca saíram da minha cabeça, e apesar de igualmente, haverem trechos no livro que eu não cheguei a compreender bem, no sentido de, eu não concordei com a gravidade da punição em relação ao pecado, também tiveram momentos em que eu me senti com medo real do quão cruel a punição divina é.

E sim, por mais que a Divina Comédia não seja um livro bíblico, ele acaba sendo muito fiel a mitologia cristã, ao ponto de ser quase como um apócrifo da bíblia... um dos mais medonhos diga-se de passagem.

O interessante de tudo isso é que, Dante's Inferno acaba pegando o espírito da obra literária, de um jeito que transmite perfeitamente a ideia do livro, mas ele não se limita a isso.



Na verdade, o jogo vai muito além. Ele tem seu próprio roteiro, idealizado em cima do ambiente que o livro criou, e ele segue a mesma ideia do livro, mas fazendo uma adaptação válida que, justifica de forma mais aceitável toda a jornada do carinha narigudo pelo reino do tinhoso.

O personagem principal por exemplo, é uma adaptação direta do Dante do livro, mas diferente do livro, aqui ele não é um mero escritor testemunhando atrocidades, aqui ele é um templário, pagando por seus pecados, que convenhamos, abrangem TODOS os patamares.

O testemunho dessa nova versão de Dante é muito mais natural, crível, e terrível, que a original, não que isso a diminua, de forma alguma, mas no roteiro do jogo, isso se encaixa bem, ao ponto de quase não se notar o que é Adaptado, e o que é Original.

O envolvimento dele com o próprio Inferno, acaba tornando tudo muito mais, profundo, e os personagens incluídos na trama do jogo acabam soando mais importantes, do que o que o livro mostra de inicio.

La, Vergilio era só um guia, Beatriz era só um objetivo/mandante, e o que tinha de personagem citado era apenas alguma referência a uma figura pública ou pessoal, sendo torturada pra exemplificar o inferno. Mas agora, tudo ganha uma entonação maior, tudo ta relacionado a Dante, pois no fim das contas, é o Inferno dele (daí o nome!).

Mesmo assim, mesmo com todo esse envolvimento e alterações, no fim das contas, o jogo segue A RISCA o que o livro conta. A diferença mesmo é que, ao invés de Dante Alighieri escrever em seu livro o que vê, sem se envolver, agora ele desce a porrada em tudo e todos, cortando, fatiando, e as vezes absolvendo os demais.

Sim, conseguiram pegar uma história de passeio poético e transformar num jogo de Hack&Slash, sangrento, e bem agitado. Alias, que jogo bom mano.

Gameplay

Talvez, o brilho de Dantes tenha sido ofuscado deliberadamente na época pela presença de God of War, jogo com o qual foi constantemente comparado e até acusado de plágio, da jogabilidade. Muitos jogadores dizem que Dante's Inferno é uma versão genérica, mal feita e fracassada de God of War, que tentou surfar na onda do sucesso do título e, não vingou. Porém, essa é uma opinião um tanto quanto precipitada, e infundada, apesar de ter certos pontos a se considerar.

Por ser um Hack&Slash, comparações são inevitáveis. Na era do PS2 pro PS3, o título que dominava o gênero era sem dúvidas GoW (gostando ou não) e, qualquer coisa que parecesse um pouquinho, já era tachado como cópia. Ocorreu com Darksiders, tiveram também suas patadas pro lado até de Devil May Cry (que buscou criar sua própria identidade no gênero), e por fim, vários outros games caminharam na sombra de GoW. Só que Dantes foi quem mais sofreu...



Com uma mecânica praticamente idêntica, a Viceral Games não teve vergonha de incluir pancadaria, carnificina, monstros gigantescos como chefes, Quick Time Events aos montes, finalizações mortais e violentas, puzzles de cenários chatinhos e enrolados, e claro, itens de cura que você pega fazendo força, e orbs que caem dos inimigos pra upar poderzinhos. Tudo isso junto, consolidou a fama de cópia descarada dos joguinhos originais do Claiton Bom de Guerra... contudo...

Foi tudo um mero pretexto. O gameplay é apenas uma forma de mostrar o verdadeiro brilho de Dante's Inferno: A Ambientação e Enredo.

Os aspectos em que GoW menos convenceu, foram o que Dantes melhor investiu. Alias, ouso dizer que Dante's Inferno supera e humilha God of War 1, 2 e 3 juntos, mesmo usando exatamente a mesma fórmula de jogabilidade "descaradamente".

Isso ocorre, pois a ambientação de Dantes é riquíssima, tamanha a fidelidade com sua obra inspiradora. Mas, ele inovou muito mais, criando um roteiro que amarra e conecta tudo de forma convincente, envolvente, e até divertida.


Então, apesar de sim, o gameplay ser uma cópia, o jogo não é, pois o jogo não se resume ao seu gameplay.


Agora vejamos, como funcionam as coisas:

É igualzinho God of War... só que os monstros te estupram.



Ao invés de correntes, temos uma Foice, e ai usamos ela pra cortar os bicho tudo.



Também temos uma Cruz, e ela serve pra dar "tirinho". A Cruz lança Energia e isso acerta inimigos de longe. É o poder santo, no meio do inferno. Ela é bem forte...



Com a foice, da pra dar ataques pesados, e ataques rápidos, e com a cruz da pra sair atirando feito louco. Variando os controles, cria-se os combos, e é assim que se mata, ou tenta matar, as dezenas de criaturas que voam no pescoço do Dante.



Sério, vem bicho de todo lado, ao mesmo tempo, tudo atacando junto, de um jeito diferente, e meu, é chato de mais esquivar ou defender, mas é uma opção. Da pra tentar contra-atacar, depois de defender, mas tem que ser no tempo certo.

Esquivar é bom, mas os inimigos podem acertar ainda assim se usarem golpes de área... além disso, como a esquiva é feita pelo analógico direito do controle, se ele tiver algum probleminha de contato e der uma travadinha (como o meu fazia) temos Dante girando feito uma criança que acabou de descobrir que dar cambalhota salva vidas em Dark Souls, mas aqui não é Dark Souls, aqui é Inferno mano!

Legal que isso pode até derrubar ele de penhascos (quantas vezes me vi caindo assim) e aí, é game-over no ato. Dante retorna do último check point imediato, o que é feito automaticamente mas só durante as batalhas ou progresso do jogo. Se fechamos o jogo, ele volta pelos Pontos de Salvamento mesmo.

Pra se salvar o progresso, é preciso falar com estátuas da mina do Dante, e só isso. Tem um número pequeno de slotes de salvamento mas, nem demora pra gravar. Só que se não gravar, perde-se toda a jornada então, é bem complicado.



Voltando aos movimentos, Dante pode Pular, bem alto até, e dar Pulo Duplo pra subir plataformas altas.

Ele também pode escalar as muitas paredes que existem no inferno, e também segurar cordas ou ossos pra se mover por ai, e descer ou balançar.



O passeio é bem turbulento, e sempre tem alguma variação do que se fazer, mas no geral, ele pode se pendurar nas coisas, tendo assim uma baita força nos braços.


Exceto para destruir as fontes. Tipo, pra recuperar Energia Vital, Magia e etc, Dante precisa por sua Cruz em fontes de cores específicas e fazer força pra elas explodirem e liberarem energia pra ele. Nesses momentos é preciso apertar o botão de ação (bolinha) feito retardado, dando a impressão que ele ta fazendo força.



Existe uma forma de burlar isso, com um acessório que acelera a destruição das fontes e deixa no automático, só sendo preciso clicar nelas. Acessórios podem ser equipados dependendo do level da Foice, ou Cruz de Dante, e podem ser encontrados ao longo da aventura.



Dante upa suas duas armas na base da escolha: Condenar ou Absolver. Ele pode, depois de dar Agarrão em alguns inimigos, punir a alma deles, entrando um quick time event e causando a morte instantânea da criatura em caso de sucesso, ou, salvar a alma deles, passando por um evento semelhante mas, purificando a criatura (uma ova, ele queima, explode, ou tortura, mas com luz).



Se a escolha for punir, a Foice ganha exp, se for salvar, a Cruz ganha exp. Isso não parece interferir em mais nada no jogo (apesar do final ser diretamente ligado a esse tipo de decisão).

Há também algumas almas que estão fora de seus Círculos de Condenação. Dante pode pegar elas e punir, matando e enviando elas de volta pro círculo (quem morre no inferno, só volta pro local original de onde saiu, passando pela tortura inicial outra e outra vez, pra sempre), ou, purificando ela, o que seria como manda-la ao paraíso, mas no caso, as almas são atreladas a Dante e ele próprio as carregaria para o paraíso.



A primeira opção só causa a morte mesmo, fazendo elas voltarem la pro círculo delas. Agora, a segunda opção, cria um puzzle lento e enjoativo, onde é preciso apertar os botões na hora certa pra salvar a alma. É uma droga (mas faz sentido, pois salvar é sempre mais difícil).



Escolher o que vai upar é importante pra melhorar as habilidades do que mais se utiliza pra se dar uma surra nos inimigos. Eu, particularmente, preferi usar a Foice muito mais, mas os poderes santificados da Cruz são muito mais fortes e seguros, sendo uma boa pedida.



O impacto moral no jogador é nulo, visto que tirando nas almas penadas que são encontradas ao acaso, e em alguns chefes (o que não temos escolha, Dante sempre irá Absolver as suas almas), acabamos torturando os inimigos mesmo quando tentamos "salva-los".



Continuando, temos também Poderes Especiais. Essas Habilidades são obtidas conforme se elimina Chefes, avança ou upa as armas, como por exemplo, a Cruz, que libera uma habilidade de suporte que da uma defesa extra pro carinha, e regenera um pouco de sua energia vital periodicamente, dando tipo asas de luz pra ele.



Os outros poderes são os seguintes:

Temos a Cruz de Gelo, um impulso de Gelo que Dante da bem rápido, causando dano em tudo no caminho. Ele pega isso como um presente ao conhecer seu Guia pelo Inferno.


Temos o Tornado da Luxúria, que é um pequeno tornadinho que cobre Dante e causa dano em tudo que circunda ele, mas é um dano meio baixo, e ele torra a magia.



Temos as Cruzes Bumerangues. São pequenos crucifixos que Dante pega de um padre corrupto e passa a jogar em geral, mas são uma porcaria.



Temos as Sementes do Suicídio. São basicamente Bombas de Atordoamento... algo realmente inútil... principalmente pela quantidade de magia que gasta pra ser jogada.



Só é possível equipar até 4 poderes de uma vez, podendo ativar um por vez com atalhos no controle. Mas, deu pra ver que a grande maioria acaba com a magia em questão de instantes, o que faz desses poderes umas desgraças.



Só é bom mesmo usar em uma parte que tem Magia Infinita... mas tirando essa parte, eu mesmo quase nem utilizei.

Infelizmente, o jogo não conta com sistema de Mira, muito menos com manipulação de Câmera. Isso faz com que nossa movimentação seja meio limitada de mais, e nossa percepção do magnífico cenário acaba sendo prejudicada. Muitas vezes, me vi lamentando pela falta de liberdade em exploração visual... Mas, o jogo funciona bem ao menos.

Mesmo com as hordas de inimigos vindo de todos os lados, realizando ataques as vezes de pontos que nem podemos ver, e mesmo eles sendo extremamente cruéis e letais, da pra enfrenta-los. A Câmera é quase panorâmica de tão distante que fica as vezes, mas, ela se posiciona na maioria das vezes de forma decente, então é possível avançar com certa "tranquilidade".

É possível mudar o nível de dificuldade de Fácil (que significa "desistiu bebê?"), Normal (que é basicamente "Difícil") e Difícil (que é basicamente "Se fod3 ai") a hora que quisermos, então no caso dos inimigos serem um problema, da pra burlar isso, fazendo eles morrerem com um simples tapa.


Mas isso não funciona pros puzzles.

Muitos deles são terríveis, acelerados, e assustadores, de um jeito que faz o jogador temer por sua vida. E nesse caso não da pra mudar a dificuldade. Esses Puzzles, são coisas que envolvem pular plataformas antes delas caírem, ou subir rápido antes de morrer carbonizado, e pra isso não há nenhum facilitador.



A mecânica pode até colaborar, mas é tudo sempre com tanta urgência que, torna-se difícil de mais. No fim das contas, é um aglomerado de desafios.


Bem, que tal falar um pouco dos personagens?

Dante

O protagonista do jogo é uma adaptação do Dante escritor da Divina Comédia. Enquanto no livro ele era apenas um observador rumando pelo inferno, na adaptação virtual, ele é um Templário.


Talvez a melhor conversão possível, visto que Templários eram tecnicamente, criminosos e pecadores, buscando através de promessas da Igreja, redenção.


Daí vem o primeiro acerto, onde, colocando um personagem com essa postura, temos um perfil ideal para o passeio por todos os círculos do Inferno. É justificável, e crível, que um pecador que foi enganado pela igreja, ganhasse um passe livre pra visitar todas suas vagas por direito nos cafundós do tinhoso.


Só ai o jogo já me prendeu em questão de enredo, e por mim poderia me enrolar perfeitamente com um contexto simples de um carinha condenado sem saber por onde começar a sofrer... mas as coisas vão além, surpreendentemente além.



Dante não se contenta em merecer um acento em tudo quanto é canto, ele quer acentos vip! Então logo de inicio, ele já pega nada mais nada menos que a função de Ceifador, e parte ceifando todo mundo de seus lugares, tomando os mesmos para si.



Seu objetivo real é alcançar sua amada, que ta sendo arrastada pelo próprio demônio, como uma isca num anzol. Mas ele não sabe disso, é claro que não, pra Dante, sua esposa ta em perigo e ele precisa a todo custo salva-la, atravessando o próprio inferno para tal.

Beatriz


A esposa de Dante, pra quem ele jurou fidelidade a amor eterno, dentre outras coisas, acaba assassinada logo no inicio da história. Claro que isso não impede que ela continue aparecendo, como coadjuvante, objetivo e até "inimiga".

A moça acabou sendo vítima de um Assassino, naquele mesmo estilo "Assassin's Creed", e depois disso, foi encontrada por Dante um bom tempo depois, só ai sendo arrastada pro submundo.



Dante, assim que morreu, e venceu a Morte, ficou num tipo de Limbo criado pra si mesmo, onde viveu numa ilusão de que estava vivo, costurou sua história em seu próprio corpo, e caminhou até sua casa, do lugar onde havia falecido (o campo de guerra), e só então, começou sua jornada pro inferno, ao encontrar sua amada morta também.



Foi só nesse momento que sua realidade fictícia entrou em choque e ele passou a confrontar seu inferno, e só ai, ele passou a correr atrás de Beatriz, que por sua vez havia esperado por ele. Mas, Lúcifer também aguardou, e ele aproveita a chegada de Dante pra envenenar a mente de Beatriz, usando os fatos da história e os pecados de Dante contra o próprio, fazendo ela aos poucos se voltar contra ele.




Sim, Beatriz aos poucos vai se tornando aliada de Lúcifer, e rolam cenas picantes entre ambos, algo que inclusive corrobora com um baita pecado de Dante, mas eu vou comentar isso depois.

Assassinos


Isso não tinha no livro viu, mas foi mais uma adaptação de enredo para o jogo que eu achei surpreendentemente louca. Como Dante é um Templário, nada mais justo que atribuir as mortes mirabolantes da época contra a igreja aos Árabes contra os quais ela lutava.



Assim sendo, o principal antagonista que surge no caminho tanto de Dante, quanto de Beatriz, é um misterioso e encapuzado usuário da Animus que ta executando seus massacres na surdina, um Assassino. De qualquer forma, o desgraçado mata Beatriz e, o pai de Dante (que tenta abusar dela aparentemente) e também é o responsável por matar Dante! Se não for, é alguém do mesmo grupo então, da na mesma. Alias, no momento da morte de Beatriz, Dante já havia falecido, e ela ta chorando a noticia.


Apesar dele, ou "eles", serem vilões da trama, só aparecem em cutscenes durante o período em que Dante ainda estava vivo. Como o jogo inteiro se passa durante sua morte, esses inimigos não aparecem em gameplay. Nem mesmo há versões deles no inferno (poderia, mas não tem).



Uma das grandes reviravoltas do jogo é a revelação de que Dante ta morto desde o começo, mas isso é bem óbvio pra dizer a verdade. Como logo de cara ele toma uma punhalada nas costas e se depara com a Morte, da pra interpretar isso no inicio.



Mas, em comparação com o livro, talvez seja um pouco mais surpreendente. No livro pelo que me lembro, no arco do Inferno Dante era tido como vivo ainda, inclusive Vergílio sempre o lembra dessa sua vantagem em relação aos demais ali condenados, o que da à ideia um frescor de criatividade. Infelizmente, na prática, a surpresa não funciona em nada, tanto para leitores quanto não leitores, visto que da pra perceber a grande reviravolta logo de cara. É o mais óbvio.

Isso não desmerece em nada o enredo, lógico que não... e o jogo não sustenta sua narrativa nessa revelação, mas não posso deixar de dizer que ele espera nela uma surpresa que não existe para o jogador, mas existe para Dante.

Alias, Dante acreditava estar vivo o tempo inteiro! Mesmo estando no inferno, mesmo afundando mais e mais, mesmo encontrando pessoas e entes conhecidos e queridos ali, arrastados por um vinculo com ele, e tendo até revelações sobre si mesmo... ele ainda acreditava estar vivo. Acreditava ter vencido a morte literalmente e figurativamente, e que tinha conseguido acessar o inferno de forma física. Mas no fim das contas ele tava lascado mesmo.

Vergílio

Logo na entrada do inferno, Dante recebe o auxílio de um espírito conselheiro e poeta. Este é Vergílio.




Enquanto no livro, essa figura foi enviada diretamente por Beatriz para guiar Dante através dos círculos do inferno justamente para conhecer cada cantinho do mesmo e chegar até ela, aqui, ele tem quase a mesma função, mas não é pelos mesmos critérios.



Vergílio viu Beatriz ser arrastada por Lúcifer e se "comoveu". Ele escutou as súplicas dela por socorro e por Dante e simplesmente, optou por ajudar. Assim sendo, ele passou a guiar Dante pelo inferno, surgindo em diferentes pontos com conselhos e até alguns itens, que o novo ceifador da área pode ou não pegar, se quiser.

Conversar com Vergílio é opcional, suas dicas são opcionais, pegar seus itens também, e seus diálogos não chegam a mudar nada na história. Porém, ele sempre oferece uma conversa reflexiva sobre o que Dante está fazendo, e onde ele se encontra, além de informar bastante sobre o ambiente ao redor.


Por fim, existem outros personagens de certo peso e importância na história, uns com maior relevância que outros, mas todos eles são melhor pra explicar na sessão de inimigos, ou então ficarei falando repetidamente.


Nem todos são "enfrentáveis". Alguns são meros coadjuvantes, outros nem inimigos são de verdade... mas o que importa é que eu vou falar de tudo, em seu devido tempo...

Inimigos


Então, no inicio do jogo nós nos deparamos com um breve tutorial de como tudo funciona, e logo de cara enfrentamos um chefe chato pra caramba. Mas, os inimigos são fraquíssimos.

Logo de cara, Dante usa uma Alabarda enorme e extermina pessoas comuns, que só tentam se defender. Ele, na posição de templário, está atacando e invadindo as "terras santas" em nome da Igreja Católica... e aqueles que ele ta exterminando são chamados de "hereges"... pela igreja, o que justifica tal chacina.


Os navios ao fundo, pertencem a Igreja também, e toda a ação de guerra que ta rolando parte de Dante e seus aliados. Logo, iniciamos tudo como vilões... algo muito bem mostrado visto que na introdução, o Dante cego pela fúria chega a matar mulheres, crianças e prisioneiros indefesos. É bem cruel.

Mas ele paga na mesma moeda, sendo assassinado pelas costas pouco tempo depois, e é ai que enfrentamos a Morte. Mas, depois falo dos chefes.

A Igreja / Portões do Inferno


Após vencer a Morte, Dante costura sua história em si mesmo e vai ao encontro de Beatriz. Como mencionado, ele ainda não havia se tocado que estava mortaço, mas, no momento que encontra sua casinha toda arruinada pelas ações do assassino, e pra variar, sua esposa, semi nua, e com uma espada fincada no peito...


Ele percebe que ta tudo uma desgraça. Além disso, o espírito de Beatriz deixa seu corpo e, lamenta por ele te-la abandonado, e quebrado sua promessa, dizendo também que agora vai ter de ir com "ele"... é nesse momento que a sombra do capeta puxa Beatriz e Dante mergulha no pesadelo que será sua viagem pelo inferno.



Tudo começa a corromper, e os inimigos começam a surgir. Dai pra frente, é só correria e pancadaria. De cara temos os zumbizinhos aparecendo...



Eles representam a percepção de Dante pela morte, simples assim. No instante que ele nota que a morte está próxima, não a entidade, mas a morte em si, ele começa a perceber as criaturas que já se foram, e os espíritos começam a tomar forma física pra ataca-lo. Pra variar ele tava num cemitério (coincidência da porr4).



Seguindo, ele chega numa Igreja, onde coloca a Cruz de Beatriz, um artefato que serviu de simbolo para as promessas de amor e fidelidade entre o casal, ai Dante começa a usar tal cruz e sua simbologia como arma, afetando as criaturas sombrias com sua luz.



Daí passam a surgir uns bichos voadores do inferno, juntamente com toda a distorção da paisagem e abertura do abismo.



Dante passa a enfrentar o cenário em si, e todas as conversões aleatórias e quedas, ao mesmo tempo que desce e desce, e escapa de obstáculos e armadilhas, e enfrenta mais zumbis, mais bichos voadores, e também criaturas sombrias incandescentes e invisíveis.



Esses monstros são basicamente figuras sem forma física revestidas pelo fogo que só podem ser feridas após iluminadas e congeladas pela luz da cruz.



Além desses seres, Dante também se depara com um bichão montado em outro bichão, ainda maior. Ambos atacam quase como um chefe, mas na real é só um monstro comum.



Ele pode, e precisa, derrotar o inimigo que usa o grandão como montaria, usando um Quick Time Event, pra só ai subir nele e capturar a criatura, usando ele como montaria em seu lugar. Daí da pra varrer o mapa usando o monstrão até finaliza-lo como parte das ações do cenário.


Margens de Aqueronte


Descendo, Dante encontra como inimigo, além dos anteriores, um demônio chifrudo e grandão. Ele é forte, defensivo, mas é só um inimigo padrão do inferno. São demônios.



Também há várias Portas Vivas, que são demônios, mas que não atacam. Essas portas pra serem abertas são agredidas por Dante até enfraquecerem. Elas contam como inimigos, visto que se ele não golpear o suficiente (apertar bolinha) elas não abrem, e resistem, e pior, elas retornam depois de um tempo.



Além disso, há várias pessoas presas nas paredes, que não atacam, mas servem de suporte pra Dante se pendurar. Ele usa elas pra atravessar todo o cenário.



Igualmente, há corpos de pessoas que são usados como pilares pra descer e escalar. Só pra constar, todos ainda "vivem" em sofrimento eterno, pois no inferno, as almas com seus corpos projetados são condenadas a dor constante, e uma vez que os corpos não resistem mais, eles são restaurados pra dor se repetir.

Também há um enorme Barco Demoníaco vivo, com quem Dante tenta barganhar pela passagem. Ele chega a oferecer sua alma, mas ele já pertencia ao inferno. Assim, ele acaba atacando a entidade.



Depois de se pendurar, entrar e escalar por dentro, ele luta contra hordas em cima da criatura e no fim, decapita o monstro, após pegar uma carona, pra forçar a parada. Essa embarcação era a responsável por levar as almas para o local onde elas seriam reencaminhadas aos seus "aposentos". Dantes faz uma bagunça.



Mas o mais interessante, é que a criatura permanece viva. A cabeça do monstro continua falando de boa de dentro da cratera onde vai parar. Esse monstro era Caronte, e a passagem pela qual ele leva Dante era o Rio Aqueronte.

Limbo


Daí Dante chega no Limbo, o lugar mais perturbador (na minha opinião). É onde Minos decide com base nos pecados da galera, onde cada um vai sofrer pelo resto da quase eternidade (até as trombetas do juízo final tocarem). E logo de cara rola a coisa mais tensa de todas... os bebês...



Existem bebês na entrada do inferno. Isso porque, na Divina Comédia, quando uma alma não batizada falece, ela simplesmente não recebe o direito de entrar no paraíso ou purgatório. Ela acaba indo pro Inferno mesmo. Mas, como bebês são inocentes, se estes não forem batizados, são enviados para um lugar no inferno onde ficarão isolados pra sempre... só isso... tecnicamente.



Na visão do jogo é um tiquinho mais cruel. Um monstro gerado na forma de bebês passa a surgir, com mãos de lâminas, saindo do útero de uma estátua feminina distorcida...

Ele desce todo desajeitado, como uma criança mesmo, e ataca correndo, e chorando, com sons de bebê... é perturbador.



Dezenas de criaturas assim passam a aparecer e é realmente perturbador.




Além deles, também aparecem zumbis enfurecidos. Eles são iguais os outros zumbizinhos, mas, eles pegam fogo e explodem quando chegam perto. São basicamente representantes da Ira, um dos pecados capitais.


Luxúria


Falando em pecados, depois de passar por Minos, que é um chefe, Dante entra no território da Luxúria logo de cara, onde a grande condenação da galera que cometeu tal pecado é ficar num tornado, girando eternamente. Ela é o chefe seguinte e nem demora muito pra isso, mas antes dela ser enfrentada, além dos puzzles que envolvem sua fase, temos suas representantes.



As "Luxúrias" são mulheres demoníacas com coisas que saem de dentro delas e esticam, como se fossem tentáculos simulando um órgão genital masculino gigantesco.


Elas sentem prazer ao serem atacadas, e inclusive tentam agarrar Dante usando esse tentáculo, e se ele puxa de volta, elas gemem enquanto fazem uma posição sensual muito bizarra...



Mais uma vez, perturbador. Alias, é na câmara da Luxuria que Beatriz é vestida, e encantada com coisas materiais.


Gula


Depois de passar pela Luxúria, Dante chega no território da Gula, que é bem nojento diga-se de passagem. Eu bati o olho e lembrei do que li no livro, é exatamente como imaginei. A entrada, Cerberus (que é o chefe e guardião da entrada) e cara, que louco. Pessoas se afogando em lama, que é tipo o lago que envolve todo o círculo da gula, é algo que o livro descreve e marca na mente. Mas além disso, temos as criaturas.



Tem uns vermes gigantes que aparecem como armadilhas, e devoram tanto inimigos quanto Dante. Eles são aleatórios, e chatos que só. 



Nessa parte eu morri muito, mas ai notei que quando se perde várias vezes, quando se retorna, além do jogo dar a dica de mudar a dificuldade, ele também passa a recuperar um pouco da energia vital. Isso facilita um pouco.



Além dos vermes, também tem o monstro baseado na própria Gula. 



Uma alma corrompida, grandona com mãos em forma de boca, que devora Dante, vomita ou defeca nele, dependendo da posição em que ele fica na luta... é nojento de mais.



Isso, somado ao cenário com chuva de gordura, órgãos, intestinos e dentes gigantes se mexendo, além das pessoas gritando na lama... é... é nojento de mais.



Sem contar os furicos pegando fogo na entrada desse círculo...




Alias, na Gula Dante encontra Lucifer, ao passar por um tipo de câmara de espelhos. Lucifer mostra pra ele como Beatriz morreu, e depois vai embora, prometendo que a tortura só ta começando.


Ganância


Da Gula pra Ganância, demora um pouco pra sair do território nojento dos gulosos mas, quando Dante entra no círculo da Ganância da pra notar de longe. Tudo é dourado e brilhante, com pessoas presas na parede (sempre) e mergulhadas em ouro borgulhante, uma visão idêntica ao sugerido pelo livro.



Os inimigos vistos aqui se resumem aos mesmos de antes, mas, com um novo, um carinha de duas cabeças, coberto de ouro, que gira feito pião, e é chatinho que só, com uma maça de ouro gigante nas mãos.



Da pra quebrar a defesa dele defendendo na hora certa do impacto, mas, ele é bem difícil de derrotar.


Tem uma máquina, que apesar de não ser um "inimigo", ta viva então vale mencionar. É um tipo de guilhotina horizontal que arranca as cabeças das pessoas presas nas paredes (que crescem logo depois com ouro derretido e borbulhante). Ela repete esse processo infinitamente, girando pela sala inteira, e Dante precisa pular pelas pontas pra não ser ferido ou jogado longe.



O louco, é que sempre que se mexe, da pra ouvir os gritos de dor e pânico das pessoas presas tanto na guilhotina, quanto nas paredes. É tanto grito, tantos berros, misturados com os sons da própria máquina se movendo e seus rangidos, que assusta.

É nessa região que um demônio um pouco mais forte é encontrado, um com Machado e Escudo, bem mais resistente. Ele é quase um chefinho de tão forte, mas é só uma variação do demônio guerreiro.



Também aparece uma versão dos seres da Luxúria, um pouco mais forte, e bem frequente. Na real, aparecem versões de todos os demais condenados, quase como se na Ganância todo mundo se unisse. Tem um momento que é preciso enfrentar todos os tipos vistos até então de uma vez, o que fica meio fácil depois que se pega um dos demônios montaria pra ajudar.



Mas, é preciso também evitar o ataque os "domadores", demônios que tentam tirar Dante de cima do monstro e pega-lo de volta.


Ira


No território da Ira é quando as coisas começam a ficar inesperadas. Eu lembro que passou o mesmo comigo na leitura, onde na espera de ver representações dos 7 pecados capitais assim, certinho e bonitinho, me peguei surpreso com a ênfase no pecado da Ira e suas ramificações, tanto que o restante do Inferno foca só nisso. Inveja, Preguiça e Orgulho somem, e da-se lugar apenas às facetas do ódio, o pecado mais nefasto aos olhos divinos.

Antes de entrar no círculo, Dante precisa atravessar um pântano onde há pessoas se afogando eternamente. Essa ideia de por gente se afogando em todos os locais aquáticos é pra evitar que Dante de um mergulho, e sempre fica bem bizarro.



Toda a passagem pelo pântano é sem inimigo novos.




Mas assim que se passa pelos puzzles, e chega na parte incendiária, onde a Ira começa a dominar, as coisas começam a ficar tensas.

Atravessando o Estigia, um dos lagos do inferno, Dante enfrenta um monte de criaturas voadoras em cima de um tipo de embarcação...




Ai perto da margem, a "embarcação" sai da água e se revela ser o topo da cabeça de uma criatura gigantesca (Flegias), que Dante precisa escapar.



Ele não é um inimigo, não diretamente, pois não pode ser ferido. Mas Dante tem que escapar de seus ataques ao mesmo tempo que enfrenta legiões de condenados, e abre caminho.




É quase uma luta de chefe, mas como não há enfrentamento contra a criatura maior, não conta como chefe. Ela só fica atrapalhando o mapa todo.




Demora pra Dante escapar dele, passando por várias e várias instâncias com batalhas contra inimigos menores que, também são feridos pelo grandão.


Nesse meio tempo, é interessante que a "Ira" de Dante é atiçada pelo demônio, que na aventura inteira fica conduzindo paralelamente Beatriz para seus braços. É na entrada desse círculo que Dante testemunha Beatriz completamente seduzida por Lucifer e pra piorar, entra em fúria ao vê-los se beijando intensamente.




Alias, Beatriz se entrega a Lucifer pra inicio de conversa só por confiar na fidelidade de Dante. Eles meio que apostam, e ela quebra a cara.



Daí ele doma a Criatura Gigante, e invade a cidade que se forma nos círculos centrais.




Ele simplesmente sucumbe a ira e devasta a cidade dos pecadores inteira com o monstro, destruindo tudo, até que chega numa ponte e o peso junto com os golpes da criatura derrubam a mesma no penhasco. Então Dante continua sua jornada sozinho.


Heresia


Ai ele chega numa das vertentes da ira, a "heresia". O ódio contra Deus, onde aqueles que afrontam e confrontam Deus vão parar, boa parte delas presas em paredes...



O local é bem quente, cheio de fornalhas e tem uns demônios que tentam fritar Dante de supetão. É bem chato enfrentar eles antes de torrar.



Um inimigo que surge logo de cara é o Herege, uma criatura "feiticeira" que encanta todos que tiverem perto, melhorando suas defesas e ataques e ferrando ainda mais a batalha pro lado de Dante. Eles ainda usam vários tipos de magias diferentes e são difíceis de acertar.



O local da heresia é quase como um grande templo sombrio, onde a luz machuca os seres presos la dentro. Tem estátuas e figuras gigantes (como se fossem figuras pagãs de falsos deuses) e no fim, o objetivo é sair dali seguindo a luz.


Violência


Mais a fundo, vem o círculo da violência pura, um dos atos mais odiados por Deus. É ai que Dante chega pertinho de onde realmente merecia estar (visto que ele próprio já havia matado milhares). O lugar é o Rio Flagetonte, um rio de sangue fervente onde os condenados ficam mergulhados.



O primeiro inimigo encontrado é o Demônio Guerreiro com Asas. Uma versão melhor e mais poderosa do demônio comum. Ele voa e é bem forte, sendo preciso primeiro arrancar suas asas...



Pra só então mata-lo, como um demônio guerreiro comum.


Suicídio


Dante não fica muito tempo no rio de sangue, e chega na Floresta dos Suicídios, e caramba, quando bati os olhos pensei "Meu deus é exatamente como imaginei!". Quando alguém pratica violência extrema contra si mesmo, tirando sua própria vida, essa pessoa vai direto para essa floresta, onde não recebe uma personificação de seu corpo, mas sim, germina e cresce como parte dos galhos contorcidos das árvores imóveis.

Imagine crescer todo distorcido, sentindo as dores, e o pânico de nunca se mover. O destino dos suicidas é exatamente esse na concepção de Dante, e é isso que aparece no jogo.



Uma floresta toda sombria e nefasta, com árvores bem próximas umas das outras, com os galhos praticamente conectados, e bem distorcidos. No silêncio total, ouve-se gritos de dor abafados ao desferir golpes contra qualquer estrutura na tal floresta...



Louco que se olhar de perto, da pra perceber que são pessoas, pois formam as silhuetas.


Por fim, nessa passagem tudo que tem, além dos inimigos padrões e alguns vermes, são Flores Suicidas. Umas sementes que caem e seduzem todos que se aproximam a tirar a própria vida e se misturar à floresta.




Dante precisa destruir a planta que solta essas sementes antes dela brotar, ou então ele mesmo começa a tentar se matar com a cruz, e é game over.



Inimigos também se matam perto dessas plantas, é bem louco




Alias, nessa floresta que Dante encontra sua própria mãe. Ela cometeu suicídio por causa de seu pai, e o jovem nunca soube dessa verdade. Ao encontra-la pendurada como parte das árvores, ele fica chocado.



Mas ele tem misericórdia da alma dela e a absolve.


Negação


Aqueles que negam Deus, vão parar mais fundo do que na própria heresia. Um grande deserto com chuva de fogo. Nele, Dante confronta os inimigos de sempre, quase imortalizados pela lava (eles ficam brotando de novo em algumas partes).



É aqui que surgem os Templários. Aqueles que lutaram pela igreja, manipulados e enganados por ela, acabam indo para nesse lugar e, pro azar deles, são considerados "negadores". Assim, eles se convertem em zumbis templários, mais fortes que os zumbis normais, tendo eles uma defesa quase inabalável. Dante seria um deles.



Alias, é aqui que me deparei com um pequeno desapontamento. Gerião, ou "Geryon", um gigante na mitologia grega, e um "meio de transporte" em forma de criatura na Divina Comédia. Ele quem me atraiu para o livro na primeira vez, visto que essa criatura é personificada em Devil May Cry 3 como um demônio e eu precisava muito entender sua composição...

E aqui, ele não passa de parte do cenário. Ele recebe espaço em legenda, se não eu nem saberia que era o próprio. Assim como no livro, Dante pega uma carona pros círculos mais profundos nas costas dessa criatura, mas aqui, ela não passa de um Elevador.



Uma grande estátua até, é só o que parece, forjada e posicionada como base de uma plataforma que funciona como elevador para as partes inferiores do Rio de Sangue. É curioso que, essa estátua deveria ser uma entidade viva, o que me faz pensar que todas as outras vistas ao longo do jogo também, e até mesmo de igual ou maior importância que Geryon ao meu ver. Deu vontade de pesquisar mas... nah.



Não posso negar que me decepcionei, pois eu sentia nessa entidade, descrita como "uma criatura com rosto humano, e corpo de dragão" me fazia pensar em coisas bem bizarras. O mais interessante, é que rola uma mescla de Geryon e o chefe que luta logo acima dele.

Na batalha, aquele que enfrenta Dante carrega consigo uma parte da descrição de Geryon, ou seja, foi uma baita de uma conversão em prol do roteiro do jogo, mas depois explico melhor.

Fraude


Então, em mais uma conversão dos círculos, surge Beatriz agora toda se achando e sendo servida pelos demônios. Dante tenta convencê-la a voltar com ele, mas já é bem tarde, a mente da moça ta totalmente envenenada.



Ao invés de rolar uma luta contra ela diretamente, ela usa o círculo da Fraude para atingir Dante. Primeiro, invoca Melacoda, um demônio coberto por fogo que o torna imune a qualquer golpe.



Ele é fortíssimo, e realmente invulnerável, ao menos até suas chamas se extinguirem. Demora, mas depois de muitos golpes da cruz, o fogo some por um breve período e da pra sentar o coro nele.



Depois de derrotar essa invocação, Dante vai atrás de Beatriz, o problema é que, era só o começo. É preciso passar por 10 desafios, 10 salas representando cada vertente da Mentira.

Começando pela Sedução e Malandragem, onde da pra brincar um pouco, e é preciso matar os inimigos do mapa em tempo, com o auxílio único de Mana Infinita. Irônico né? Dante pode abusar de um "cheat" pra ferrar com geral, literalmente pecando nesse círculo. É legal pra usar os poderes tudo.



Depois vem Bajulação e Puxação de Saco. Aqui é preciso surrar todo mundo que aparecer, sem parar, combando até 100 vezes seguidas. O que combar tanto tem a ver com bajular? Sei la...



Ai vem a Simonia. O que é isso? Então, se alguém cobra por favores divinos, ou vende posições na igreja (ou se vende por tal) meio que é mentir. Ninguém no mundo tem poder sobre o mundo divino, muito menos pode prometer favores espirituais visto que não são eles quem os garantem. Aquilo que a igreja fez aos templários foi um baita de um ato de simonia e sim, certos Papas e Clérigos foram condenados por esse pecado. Aqui é preciso matar os inimigos enquanto eles ainda estiverem no ar.



Então vem os Profetas. Então, prática de falsas profecias, bem como iludir os demais com falsos rituais, não é nada legal. Por isso esse tipo de mentira é punida igualmente as demais. Aqui, Dante tem de lutar enquanto permanece no ar por pelo menos 8 segundos seguidos.



Temos também a Política. Não que a própria seja uma mentira, mas a politicagem é, e quem a pratica merece arder no inferno. Foi mal, difícil não concordar, mas que é um monte de balela mentirosa e alienatória, ah isso é, até os tempos atuais. O desafio então passa a ser proteger dois humanos que estão no inferno (são só ilusões) de zumbis bombas.



Depois há a Hipocrisia, nem tem o que dizer né? Fingir ser o que não é, sentir o que não sente, muito feio, é o mesmo que mentir. Nessa parte Dante precisa derrotar os inimigos sem usar Magia. O interessante é que esse desafio é "cancelado" quando um demônio gigante invade o ringue, ai da pra usar magia de novo, pura hipocrisia né?



Então tem o Roubo, Furto e afins. O ato de pegar o que não é seu, é um tipo de mentira também. Assim, a condenação é a mesma. Nessa parte Dante perde sua energia vital continuamente e precisa derrotar os inimigos antes de morrer. Os inimigos roubam sua energia... faz sentido.




Há os Falsos Conselhos, o que já fala por si só. Aqui Dante precisa peitar os inimigos sem poder bloquear. Legal que os inimigos que aparecem nessa situação são justamente aqueles que caem mais fácil pro bloqueio. Belo conselho né?




E Semear a Discórdia, onde fazer algo esperando o mal alheio, enganando para tal, isso ta no mesmo barco. Dante precisa eliminar os inimigos desse desafio com 1 único golpe contínuo. Ele não pode deixar o contador de combos reiniciar. Esse é irritante, pois um toque do inimigo, ou uma paradinha que seja, e o desafio reinicia.



Por fim tem a Falsificação, que fala por si só. Aqui, Dante só tem que matar todo mundo, sem qualquer demérito ou benefício. Mas vem todos os inimigos, um de cada vez.



Todos esses desafios tem uma premiação especial, no caso de serem completados no tempo mínimo. Mas, é bem mais difícil fazer isso, e o prêmio é apenas experiência.

Depois de passar por todos esses desafios, Dante encontra Beatriz, e tenta se reconciliar com ela, mas, a moça ta bem irritada, e mesmo ele dizendo que enfrentou todos seus pecados, ela ainda diz que falta o último círculo, o da Traição, jogando na cara dele tudo o que ele fez.


Dante teria traído o irmão de Beatriz ao invés de protegê-lo como prometeu quando partiu, logo, ele estaria sentenciado ao nono círculo e mais profundo do inferno.

Curiosamente, Dante, ao aceitar isso, deixa a cruz de suas promessas cair e aceita sua condenação, e é essa cruz que salva o dia.



Ao ver que o carinha ainda carregava a prova de tudo que prometera, Beatriz recebe a luz e o mal que a cobria some.




Pra variar, um anjo surge do nada e diz que Dante tem muito mais importância na guerra que virá do que ele imagina, pega Beatriz, toda peladona, e leva pro paraíso.



Isso deixa Dante boquiaberto.




Mas depois disso, Dante continua sua jornada pras profundezas do inferno, agora apenas pra ter sua vingança com o tinhoso.


Traição


Nesse último local, o principal inimigo é o mapa. Existem os inimigos padrão, os voadores, mas no geral, o que temos é uns gigantes ao fundo, soprando e empurrando Dante nos penhascos gélidos.



Toda essa parte do inferno é completamente congelada, e da até pra ver pessoas, nas paredes, mas só a sombrinha dentro do gelo. É muito bem feito.



Também há plataformas de gelo que despencam com o peso de Dante é é preciso andar com cautela.




No fim, os Gigantes não são enfrentáveis nem se ferem, mas, é bem difícil passar por eles, mais pelos inimigos que surgem junto pra atrapalhar.



A passagem é curta, e breve, e Dante logo se vê frente a frente ao próprio Lúcifer em sua prisão no gelo, bem no centro do inferno.



Dai rola a luta final, e o encerramento. Antes de falar disso, irei contar quem são os chefes do jogo.

Chefes

Morte


O primeiro chefe, é a Morte e a luta contra ela é, tanto para mostrar Dante vencendo a dita cuja e assim, conquistando o poder de andar livremente entre os mortos, como também pra fazê-lo conquistar sua arma principal, a Foice.



A Morte é bem forte, rápida, e apelativa. Ela causa tremores, ataca a distância jogando sua foice, da investidas, enche o saco.



No fim, Dante pega a arma dela e usa contra ela, cortando ela ao meio, enquanto a própria suplica por misericórdia.


Minos


Já no inferno, Dante acaba tendo de passar pelo seletor, mas sem ser selecionado. A criatura gigante com caudas de serpente tinha a tarefa de pegar os condenados e colocar eles no curso de seus pecados, mas quando Dante chega, são tantos pecados que o cara chega a ficar confuso.




Ele é bem poderoso, pois é imune a qualquer dano devido sua casca grossa, e sua cabeça apesar de deixar ele meio tonto, não lhe confere dano algum.


É preciso primeiro fazer ele expor sua única fraqueza (a parte mais inferior de seu corpo de serpente), pra golpear sua carne. 


Pra isso Dante tem que esperar ele atacar de longe, e ai quando ele vai conferir o campo de batalha de mais perto (ele parece ser cego) ele pode tomar uns golpes na cabeça, o que deixa ele atordoando, levantando além do que deveria.


Depois de um pouco de dano (a barra de HP dos chefes não é mostrada!) ele muda seus padrões de ataque, passa a invocar condenados, e também a golpear o chão com força, e passar a mão varrendo o mapa. Dante tem que escapar de tudo isso até ele abrir uma brecha.


Ai dando um Quick Time Event, Dante golpeia o rosto dele e repete o processo de golpear a carne dele.


Só que depois de um tempo, ele para de deixar sua mão livre pra tomar os golpes, e é preciso aproveitar um momento que ele grita com Dante (e causa dano) pra golpear sua cabeça. É bem difícil pois ele não fica muito tempo próximo ao solo, e é complicado esquivar do grito dele (não da, Dante precisa ser muito rápido).


Ai dante encerra a luta usando a Roda Seletiva do cara, contra ele.


Cleópatra


Então, a Luxuria personificada é ninguém mais ninguém menos que Cleópatra, a Rainha do Egito, aqui dominando tudo. A Batalha com ela é indireta, e na verdade ela mais atrapalha como parte do cenário, a grande Torre revestida de Tornado, do que tudo.




Ela ataca quando Dante ta dentro da torre, usando o elevador. Ao invés de ser diretamente enfrentada, ela precisa ser vencida com auxílio do cenário. 



Dante tem que desviar o fogo pra ela e queima-la, enquanto enfrenta hordas de condenados jogados por ela, e bate em sua mão pra atordoa-la e faze-la soltar o elevador, pra assim alcançar as plataformas que ativam o fogo.



Só que não é só ativar o fogo, é preciso virar as estátuas que sopram ele (cobras) na direção da Cleopatra, o que deixa tudo bem difícil, afinal, tem tempo limite tanto pro fogo se manter, quanto pras estátuas permanecerem viradas.


Inclusive, é nessa parte que ela começa a tirar bebês dos seios e arremessar contra Dante. Sim... é bem... estranho.




Mas ela não morre ai, na real a luta continua. Dante sai do elevador, passa por paredes com pessoas presas e umas estátuas indecentes que jogam eletricidade, e chega num campo pra enfrentar seu amante. 



Ela então passa a ficar de fundo, só dando suporte ao cara, melhorando a capacidade de batalha dele.




Alias, antes da luta, Dante encontra Beatriz, com Lúcifer. O cara tinha mostrado pra ela que Dante desonrou sua promessa, ficando uma mulher assim que uma das batalhas templárias acabou. Ele tinha prometido se guardar pra ela, e isso a magoa.


Marco Antonio


Esse cara, de amante de Cleópatra (e marido, se bem que ele já era casado mas, okay) se converteu em seu fantoche no inferno. E como tal, a serve, atacando Dante  com sua grande espada e escudo, ao mesmo tempo que Cleópatra fica no fundo enchendo o saco.




Sinceramente eu não sei a razão, mas a barra de HP do chefe passa a aparecer nesse. Acho que é justamente pra mostrar que, quando ele fica muito fraco, Cleópatra regenera a energia vital dele. Nessa hora atacar a mão dela se torna prioridade, ou a batalha é infinita.



Depois de atacada, ela some do ringue por um tempo, e fica um pouco mais fácil surrar Antonio, se bem que, ele apela ainda assim, sendo muito rápido e invasivo, usando magias especiais como arremessar espadas através do Solo, o que arranca o HP de Dante.


Depois ela volta e começa todo o suporte de novo.



Quando derrotado, Cleópatra se personifica numa forma reduzida pra resgatar seu amado, e assiste sua morte (ou seja, ele vai sair de perto dela e ir direto pro inferno original dele, provavelmente Traição).


Só que, ao perder Antonio, ao invés de lamentar, Cleópatra tenta seduzir Dante.


É preciso esquivar das investidas dela pelo Quick Time Event, ou é game over pois ela devora Dante.


Depois de vencer, Dante esfaqueia ela com a foice e pronto, é fim da sedutora.


Cerberus

Esse chefe, visto de longe, parece um cara gordão saindo da lama... mas de perto que ele realmente fica tosco.




O nome é do cão de três cabeças do inferno, pois é exatamente isso que ele é, só que todo distorcido. Chegando perto, as três "cabeças" (são bocas formadas de mais bocas) saem e começam a atacar Dante, tentando devora-lo e vomitando corpos lameados. 




Derrotar ele nem é difícil, é preciso usar uns gêiser do campo pra queimar as cabeças depois de acionados, e ai é preciso decapita-las.




O louco, é que o campo é cercado por um lago de lama com gente se afogando nela. Isso é bem como o livro descreve. La, o cão de três cabeças se alimenta daqueles mais gordinhos acima da lama, e esses são as pessoas que comeram lama pra passar a gula. Bem tenso, ou eles passam fome, ou comem lama, engordam, e são devorados por Cerberus, renascendo la no fundo do lago outra vez.



No fim, Dante se deixa engolir e explode a criatura por dentro.


Alighiero


Esse é o pai de Dante, um membro do clero que fez questão de manipular seu filho desde a infância. Cometeu tantos pecados quanto ele, e agora e essa criatura repulsiva no inferno, preso ni círculo da Ganância.


Ele quem envenenou a mente de Dante, fazendo ele errar tanto... e só da pra reconhecer ele pela cruz que carrega... 


A mesma usada para mata-lo, quando ele tentou aproveitar do luto de Beatriz por seu próprio filho.



Ele acompanha e provoca Dante de longe enquanto avança pelos desafios da Ganância, e no fim, ele o enfrenta.




Seus ataques consistem em jogar sua Cruz, o que da pra rebater e causar vários golpes seguidos. Mas, ele demora a tomar dano.



Além disso ele bate diretamente com a Cruz dele, rivalizando com o poder santo de Dante.




Ele também cria "armadilhas" no chão, que ficam emanando energia em um pequeno espaço, causando dano em Dante se ele chega perto. Isso é chato, pois o campo já é limitado, pelo poço de ouro ao redor, e fica ainda mais com essas armadilhas, e ele próprio ataca de longe.



Sem contar que o maldito ainda faz ataques de área.



Depois de derrotar seu pai, Dante o absolve (não deveria) e coleta sua cruz como armamento.


Francesco


Esse é o irmão de Beatriz, e protegido de Dante. Como parte de suas promessas, Dante disse que faria tudo pra manter o irmão de sua amada seguro durante as guerras templárias... mas ele fez bem diferente. Na verdade, Dante traiu Francesco.


E ai o próprio surge nas costas de Geryon, com várias espadas fincadas nele (daí a mescla de descrições, pois no livro, Geryon teria armas de guerreiros caídos em si). No caso, o fato dele ter morrido como alguém justo, também faz alusão ao "Rosto de Homem Justo" que Geryon teria.



A luta é tensa. Francesco pode invocar espadas ilimitadas e lançar na direção de Dante.



Além disso, ele é muito forte, e invoca templários pra ajuda-lo.




Ele tem também um escudo fortíssimo, que só pode ser rompido depois de muitos ataques, ou, se uma de suas espadas arremessadas for lançada de volta.



As vezes, ele da um abraço em Dante, que perfura o mesmo com as espadas dele...



Mas no fim, Dante vence e o absolve.


Lúcifer

Apesar de aparecer o jogo todo, provocando e atrapalhando Dante, e até há contato físico nas cutscenes, Lúcifer estava aprisionado.

Tudo era só uma projeção dele, que foi capaz de impregnar a mente da Beatriz e causar tantos infortúnios ao pecador. Mas, Dante chega nele, pra tirar satisfações, e encontra seu corpo verdadeiro fincado no gelo, aprisionado.

Claro que Dante o liberta né? Pra encontra-lo, dante rompe o selo que o prendia, e isso era tudo o que ele queria.



O curioso, é que no livro, Dante também vê o demônio preso dessa mesma forma. Grande, no gelo, mas, ele não chega a ter contato. Aqui fizeram uma pequena mudança e eles se confrontam.



O demônio ataca batendo forte no chão e criando ondas de choque. Além disso, as vezes ele golpeia o centro do pentagrama no solo, o que invoca uma luz. 



Se Dante se aproxima da luz, inicia um Quick Time Event que permite atacar diretamente a cabeça do tinhoso, o que o deixa atordoado, permitindo que seu tronco seja atacado.


Ele fica nessa, as vezes invoca uns tornados depois de dar mó berrão, e esses tornados impulsionam Dante pro alto se ele apertar o botão certo na hora certa, isso ajuda, pois da pra ficar atirando nele com a cruz, sem se preocupar com as ondas de choque no solo.



Ele vai acelerando até perder todo o HP, mas tem um porém... isso é só o inicio.

O Lúcifer real tava na verdade preso dentro da casca grandona, e assim que Dante o derrota, ele quebra seu último selo. Assim, ele se liberta, e sai peladão.


Na real era tudo parte do plano do piroc... digo, do capeta. E ele conduziu Dante até ali para quebrar os selos que o mantinham preso. Assim, ele se prepara pra fugir, mas Dante não deixa.


Ele o enfrenta, só que nessa rodada, como Lúcifer é o "Anjo da Luz", ele é imune a Cruz, e é bem rápido. Isso deixa bem difícil acertar ele, porém, por ser orgulhoso, ele anda na direção de Dante e vai no mano a mano, o que da a chance de contra-ataque.


Quando prestes a ser derrotado, ele se irrita com Dante, e diz que ele não o impedirá de ir até o Purgatório, e depois ao Paraíso tomar o que lhe é por direito, batendo de frente com "Ele". Assim, ele passa a voar em meio a luta.


Elke usa uma porrada de ataque, desde explosões até teletransporte, e é difícil alcança-lo ou atingi-lo, principalmente seu poder usar a Cruz. Mas, é possível com bastante esforço.


Só que novamente, prestes a cair, ele apela uma vez mais, e começa ativar o pentagrama invertido do solo, pra abrir caminho ao Purgatório. 


Dante precisa se pendurar nos pilares que surgem dando voltas no cenário até chegar em Lúcifer.


Daí uma vez preso ao demônio, ele tenta se livrar de Dante voando, rápido e alto, e é preciso evitar a fuga através de Quick Time Events.


Dante finaliza o capeta, arremessando ele com a foice no peito direto pro solo.

E la começa a cena final.


O Demônio, ferido, tira onda com a cara de Dante, e mostra pra ele sua morte. Ele diz então que Dante já ta morto faz tempo, e que ali quem manda é ele.


Ele tira a foice, e mostra que nem ferido ta de verdade. Ele só tava brincando com o cara. Dante não tinha poder algum para feri-lo.


Ai o demônio caminha pro portal que fez ao Purgatório, e diz que ta indo nessa.


Mas, Dante se vira contra ele, e diz que em toda sua jornada, ele salvou e coletou almas, e as invoca. Ele chama por sua mão, pai, cunhado, geral que ele absolveu, e na real, "absorveu". Todas as almas saem dele.


E atacam o demônio, prendendo ele no corpo grande outra vez, e colocando suas "algemas" novamente.


Assim, o demônio fica selado mais uma vez, e puto da vida.


É ai que ele acessa o portal, sem querer, e entra no Purgatório, todo pelado, vendo Beatriz e mais uma vez, tendo como objetivo busca-la.


Ele sai de uma caverna...


E contempla o Purgatório.


Antes de continuar, ele arranca as costuras do peito (que eram pêlo, eu sei la, deve ter doido muito) simbolizando a pureza total...


E o pêlo... ou costura, eu sei la, se converte em uma serpente, mostrando, talvez, que Lúcifer o acompanhou até la, ou que o pecado ainda vivia, e inclusive da pra ouvir a risada de Lúcifer.


Daí aparece um "continua" e fim.


Nunca mais teve Dante's Inferno.

Esse final, assim como no livro, mostra a chegada de Dante no Purgatório e daí pra frente é um mistério pra mim. Mas eu lembro que na leitura, é exatamente assim que parece o Purgatório... a imagem que tenho em minha memória se assemelha muito ao que vi no jogo.

Creio eu que não houve nem haverá continuação pois, apesar de ter uma certa promessa ai de roteiro com embates e afins, não teria como por "guerra" ou "conflitos" no Purgatório! Onde almas vão para buscar por redenção e purificação antes de pisar no Paraíso.

Nem faz sentido ter luta la, ao meu ver. Mas pelo que parece, iriam gerar um tipo de guerra, provocada pela presença de Dante, o que causaria uma baita desordem no universo, bem como Lúcifer queria.

Seria bom ter continuação? Eu não sei. Gostaria de ver a conclusão dessa obra, mas não sei se funcionaria como Hack&Slash.

A Equipe de desenvolvimento chegou a planejar um Multiplayer de Dante, e tinham planos, na época, pra continuação... mas acredito que se tocaram desse probleminha e por isso, arregaram.

Dante's Redemption

Existe um vídeo feito por um fan, que chamou a atenção de mais. Essa animação curta mostra Dante no inferno sentando a porrada em geral, e no fim tem até participação do Claiton. 

Nem faz sentido esse curta, visto que Dante já saiu do Inferno, e duvido que ele voltaria... não como "continuação". Mas, a ideia é boa pra caramba, e a qualidade do trabalho é excelente:


Animação

Existe uma animação, feita por vários artistas diferentes se não me engano, em cada episódio um assume. Eu ainda não assisti, e parece boa... quando eu vir, falo dele.


Bebês!

 Mano, usaram captura de movimentos num bebê pra criar os "Bebês" de Dante!


Isso que é dedicação aos detalhes. Percebe-se que os caras realmente se empenharam nesse projeto. Quem dera fizessem mais trabalhos assim, mas hoje, a Viceral Games não existe mais. Dante ta com a EA... queria saber o que houve com essa equipe.

E por fim, gente... é isso.

Espero que tenha gostado...

Artigo mais ou menos longo, dei o que pude nele, e estou feliz de ter concluído.

Por hora, agradeço de mais por sua leitura, lamento por qualquer inconveniente (tipo a demora) e, digo como sempre: See yah!

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  1. Ótima análise, joguei no psp,mas depois da metade ficou injogável,ainda tenho que finalizar. A animação é soberba,tem dublado e o trabalho da BKS ficou muito bom. Esse jogo realmente é fora de série,infelizmente o fim do estúdio e o fato da EA ser detentora dos direitos não deu esperança pra sequência...e que venham mais e mais textos.

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    1. Que rápido sr Mario! Obrigado por ler... e desculpe pela demora. Tempos difíceis...

      Agora, depois que a EA lançou esse novo Star Wars, meio que meu hate com a empresa diminuiu um pouquinho. Ainda to bem chateado com o fato deles terem sumido com várias franquias, quase no mesmo nível da Konami, mas, existe esperança! Claro que, de continuar Dante's acho improvável. Não tem enredo pra encaixar. Talvez, um remake ou reboot, o que eu acredito que seria burrice (e duvido que conseguiriam reproduzir a ambientação original), mas eu não sei se da pra fazer pancadaria no purgatório.

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    2. EA, Konami e Activision disputam o titulo de qual empresa é a mais desgraçada.





      Mas todos sabemos que a Konami é imbativel nesse quesito(que "honroso"!!!).

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    3. Acho que a maior prova do quanto um jogo foi bom pra nós é o replay,tem jogos que adorei jogar mas não consigo rejogar depois de zerar,enquanto há outros que mesmo depois de mais de vinte anos ainda jogo.GOW nunca me cativou a ponto de sequer querer zerar todos,os de psp foram os que fui mais a fundo,mas o Dante s por algum erro na minha cópia de psp não consegui terminar. Enfim,o jogo é bom, mas não me cativou a ponto de correr atrás, essa comparação é compreensível,mas eu não faria por achar o GOW superestimado. Dessa safra de hack'n slash os ninja gaiden 1 e 2 me atraíram muito mais,mas por razões de mercado foram também engolidos por Kratos e não tiveram sequências nessa geração.

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    4. A konami se tornou uma mera sombra do que já foi um dia,triste pelas franquias que caíram no limbo,mas também aliviado por não ver chorume sendo lançado...

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    5. Ninja Gaiden, tai uma série que eu não joguei. Na tentativa de conhece-la me deparei com Ninja Blade, que não é ruim, mas não é a mesma coisa. Um dia quem sabe eu explore ele.

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    6. É melhor morrer antes de se converter num completo desastre... infelizmente a Konami ainda vive... isso assusta.

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    7. Bom,se surgir uma oportunidade, jogue os ninja gaiden,pelo menos o 1 e 2,mas os de NES são masoquismo...hahaha
      A konami é um caso complicado,agora estão se sustentando fora do Japão com PES e relançamentos...

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    8. E Máquinas de Pachinco. Lançaram uma nova de Silent Hill que deu o que falar...

      Bem, eu vou jogar... um dia... certeza. Vlw sr Mario.

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  2. E aí sr, blz? Como esperado de vc, boa análise, e eu nunca esperaria que esse jogo seria inspirado nesse livro, o Divina Comédia. Confesso que a um tempo, eu queria jogar esse game, e lendo essa analise fiquei com mais vontade ainda kkkkk bom, eu smp achei que o enredo desse jogo não era seu forte, pois, a unica coisa que eu ouvi falar da história dele é que era sobre um protagonista (gado d+) que matou a Morte, roubou sua foice, e atravessa o Inferno para recuperar sua amada. Enfim, eu até jogaria esse jogo, mas não tenho mais meu Xbox 360 (triste ;-;). Enfim Shady, curtir mto a analise, e espero que tenha mais análises de games no estilo Hack & Slash aqui no seu blog/site

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    1. Hei sr Caique! Grato por sua leitura, e feliz por ter gostado.

      Eu acabei vendo que tinham pessoas que não sabiam do quanto Dante's Inferno era inspirado, e muitos nem curtiram por causa da comparação com God of War, o que é uma pena.

      Bem, eu espero que um dia surja uma oportunidade pro sr experimentar uma das versões de Dantes, compensa. Alias, lamento pelo seu console =/.

      Hack&Slash é um gênero que eu adoro, o problema é ter jogo bom. Eu tenho alguns títulos pra analisar, e dentre eles, uns que se assemelham ao gênero.

      Logo eu posto.

      Mas, enquanto isso, obrigado por acompanhar meu trabalho sr!

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    1. Preferências, eu entendo. Queria eu gostar dos GoW originais mas, depois do novo meio que deu uma vontade de joga-los. Quem sabe eu faça isso com novos olhos...

      Eh, eu to de volta a escrita. Espero que consiga manter isso em dia.

      Eu ainda desenho também srta Bia, mas, tentarei equilibrar as coisas que me dão alegria.

      See yah, e tentarei também evitar hiatos...

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    2. Exato Max, tem que equilibrar... 99% de jogos e 1% de desenhos hehehe... q bosta kkk

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    3. 1%? Vish... tudo bem, eu vou tentar produzir menos desenhos por essas bandas.

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  4. adorei o post man! como eu queria o 2 desse jogo

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    1. Hei sr Ivan, obrigado.

      Pior que eu também gostaria de ver uma continuação, ou quem saber um tipo de reboot ou sei la, algo novo com essa mesma vibe.

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  5. Humilha em que? Gameplay? Nem a pau, passa longe bem longe, trilha sonora? Mais longe ainda... ambientação? Mostraram muita coisa da mitologia grega que é algo maior do que foi mostrado nesse livro onde se inspirou, então não, enredo talvez um pouco, mas não é só um fator positivo do seu lado que faz ser melhor se perde feio nos outros quesitos (isso pq estou falando só do 1,2 e 3, que nem chega a ter um enredo ruim, cumpre no que se propoe, e se for falar do 4 a coisa complica mais ainda), Dante's nunca saira da sombra de God Of War por varios motivos validos(e claro, pq esta abaixo bem abaixo).

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    1. E outra... seria mesmo que dizer que Rule Of Roses é melhor que Silent Hill só pq tem um enredo melhor que varios Silent Hill, sendo que nos outros quesitos fica bem abaixo.

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    2. O gameplay realmente, em comparação, não chega a "humilhar", mas garante uma diversão. A Trilha Sonora, como eu disse, é lamentável... mas é pela ausência, e o que tem é boa... o triste é não ter mais variação. Eu não quero me estender com relação ao God of War, nem vou falar de nada sobre o quanto ele aborda ou respeita, ou se inspira na Mitologia Grega, ou atualmente, Nórdica, ou o quanto toma liberdades, mas o fato é que, Dante's Inferno e seus criadores souberam representar com muito carinho e empenho a atmosfera que o livro (que por sua vez é bastante complexo) apresenta. Infelizmente, também é fato que sempre estará na sombra de God of War.

      Na época de seu lançamento, o jogo vigente era God of War 3, que era espetaculindo. Nem tem como competir. Sozinho, Dante's é uma obra de arte, mas se for posto lado a lado ele é ofuscado sim, não por deméritos, mas por inconveniências do acaso. A Santa Mônica saiu na frente, e já tava no 5º título né.

      Mas eu te entendo srta Bia.

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    3. Então, é meio claro que eu sou um pouco "hater" pro God of War, mas por minhas frescuras de jogador. Lógico que depois que joguei o novo, eu tomei vergonha na cara e aprendi que, nem tudo é 8 ou 80. Sempre tem-se de ver as coisas pelo lado bom, e ruim. Logo, eu acho que devo sim dar o devido respeito aos jogos, razão pela qual eu sinto que um dia, irei analisa-los decentemente, e sem torcer o nariz.

      Por esse mesmo motivo eu evitei comparar diretamente em termos de "melhor ou pior". Ta, eu ainda deixei minha opinião, mas convenhamos, é um post sobre Dantes! Não posso esculachar um jogo que eu gostei, sendo que sei que ele já é esculachado pela massa, injustamente. Meu objetivo era mostrar exatamente onde ele foi injustiçado. Eu lamento pelos momentos em que peguei pesado com God of War, por isso que tentei fazer isso com mais humor, pra mostrar que não era por maldade. Ainda por cima eu fiz questão de admitir que o jogo é uma cópia descarada em gameplay. Só que a questão nunca foi essa, pra mim.

      Essa comparativa de Rule of Rose e Silent Hill não tem cabimento algum. Ambos os jogos são lindos exclusivamente. Cada título se destaca por seus próprios méritos e nenhum está na sombra do outro. Rule of Rose, por ser título único, se saiu muito bem diga-se de passagem, e não tem nada nele que me faça dizer "cópia de SH" pois, não. Ele tem sim um clima mais psicologicamente perturbador, e pode ter coisas semelhantes em enredo e até gameplay, vagamente, bem vagamente (ele é beeem diferente) mas, é único. Os SHs, em geral, também são únicos. No final das contas, cada título deve ser analisado de forma individual.

      O caso de Dante's e GoW é uma história a parte.

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    4. Tem sim cabimento, pois na epoca de lançamento houveram comparaçoes tanto com Hauting Ground tanto com Silent Hill, e ele (e varios) sempre fica na sombra desse nos games de terror pscologico de PS2, só que não foi essa a questão, alem de eu não ter falado "mal" dele por demerito(que alias, qualquer fã dele reconhece seu grande problema na pessima gameplay), e sim uma analogia, a diferença é que não são duas coisas tão populares ou que se ve tanta comparação como do God e o Dante, mas teve sim um caso parecido(bem rapidamente).

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    5. Entendi... desculpe minha interpretação equivocada. Entretanto, repito que o caso de God e Dantes é bem mais explícito que qualquer outro caso de "mais famoso vs menos famoso".

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  6. Mano,discordo totalmente do teu ponto de vista,Dante's Inferno é apenas um jogo mediano,curto,com desenvolvimento apressado,com cenários que mereciam ter mais tempo e serem mais bem representados,graficamente o jogo é ok,muito curto,fechei em 7 horas na única vez que joguei...God of War 2 é fantástico,lindo,denso,com gráficos fantásticos até hoje...tu forçou a barra legal.kkkkkkkk
    Na minha opinião,eu achei Dante's Inferno bem genérico...o jogo não é ruim,achei umas certas coisas interessantes,começando pela inspiração vinda de um livro clássico e a temática cristã,a história é interessante contando a história do cara que vai atrás da pessoa amada que foi parar no inferno,isso mantém o jogador envolvido com a trama,o sistema de magias boas e ruins é legal,mas achei alguns cenários bem sem criatividade,enquanto uns 3 cenários são muito bons...é um jogo inconstante,curto e feito às pressas,até o gráfico não é lá essas coisas.Ainda acho God of War 2,mais bonito graficamente e é de PS2.kkkkkkk

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    1. Bem, obrigado por ao menos ler minha opinião. É legal compartilhar perspectivas, e obrigado por me mostrar a sua.

      Eu não me atrevo a falar além do que eu notei, e bem, eu considero Dante's Inferno um Genérico legal, tanto que me incentivou a escrever. Eu gostaria muito que os antigos God of War fizessem isso por mim também... se bem que, depois do que passei com o mais recente, é muito provável que minha mente se expanda mais para o título.

      Mas, não sei se foi um jogo feito apressadamente não. Na verdade, acho que fui seduzido pela inspiração. Fazer o que.

      Enfim, obrigado pela leitura e partilha de opinião sr Gabriel.

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  7. Você não jogou ainda os 4 primeiros títulos principais de God of War né?kkkkkkkk
    Mas entendo que você gostou mais que o normal do Dante's Inferno,por conta do livro,e que a temática cristã possa te agradar mais...como vc mesmo disse,"é um genérico bom"...isso é verdade,mas pra quem jogou pelo menos um God of War da franquia,sabe o quanto o jogo não chega aos pés do pior da saga...mas essa é a sua visão,e fico feliz que tenha gostado e aproveitado o jogo,dando vazão à sua criatividade no texto,que ficou grande e completo,porque eu zerei o jogo e vendi por 20 reais pra gastar no álbum Sargent Peppers Lonely Heart Club Band,que faltava na minha coleção...o jogo valeu por isso kkkkkkkkkkkkkkkk
    Bom...já me alonguei e disse coisas sem noção kkkkkkkk.
    Eu sou o mesmo "Gabriel" com aquela foto de perfil com o emblema do Fluminense,e que comento desde 2014 aqui no seu blog,só tô falando mesmo pra ver não pensar que morri kkkkkkkk
    Esse novo formato do blog,não aparece a foto do perfil...vlw man

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    1. Estranho sr Gabriel, algumas pessoas de fato ta aparecendo, outras não. Eu não sei como corrigir isso =/.

      Bem, eu até joguei os primeiros. Tipo, o 1, eu joguei até a Fênix, ai eu me perdi kkk. O 2 eu joguei até... eu não lembro. Eu sei que joguei por causa da Estátua Gigante e a lutinha contra ela. O 3 eu joguei até o final da luta contra o Poseidon. Os dois de PSP eu joguei só a cena de abertura pra testar o emulador, e nunca joguei o Ascencion. Porém, eu vi o "everything wrong with" dos 3 primeiros, além de ter visto meus amigos jogando e comentando várias e várias vezes até o final. Todos que me cercam amam GoW...

      Agora eu mesmo, nunca peguei pra valer... mas eu estou planejando tomar vergonha na cara.

      Enfim, fico feliz por não ter morrido... eu também fico feliz por ainda visitar o site e, claro, por não desacreditar de mim kkk.

      See yah sr.

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  8. Kkkkkkkk,blz,a saga é muito boa,pode jogar tranquilo.
    Queria reforçar um pedido antigo...jogue a Saga Metal Gear Solid,é uma das minhas favoritas,gostaria muito que tivesse uma análise sua disponível dissertando sobre a franquia.
    Vlw.

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    1. Pedido bem antigo rs... da até vergonha ainda não ter feito um artigo sobre. Eu sempre me lembro que, pra começar, tem que ser do 3. E também sempre lembro de como foi complicado na época tentar jogar com o emulador dando pau. Provavelmente hoje ele roda melhor...

      Não se preocupe sr, logo terá mais Hideo Kojima no blog, preciso "preparar o terreno" pra uns grandes posts, e seu pedido pode tar mais perto de se realizar do que imagina.

      See yah sr.

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  9. Ah,que bom mano,ansioso para ver um artigo seu destrinchando a saga...deve ter vários pontos com interpretação errônea minha,que certamente o senhor irá elucidar.
    Acho que pode começar pelo MGS 1 do PS1,na época começaram assim kkkkkk...além de ter o Metal Gear 1 e 2 sem "solid",para o MSX,que também são canônicos,mas quase ninguém jogou,vc pode só ler à respeito da estória desses dois para se situar,mas pode jogar se quiser também.rs.
    Vou fazer a cronologia aqui pra vc...
    MGS: 3
    MGS:Peace Walker
    MGS V :Ground Zeroes
    MGS V:The Phantom Pain
    MGS 1
    MGS 2:Sons of Liberty
    MGS 4:Guns of the Patriots
    MGR:Revengeance(Spin Off)
    E os Metal Gear do MSX que são 2d e bem antigos.

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    1. Comecei já, pelo Solid Snake mesmo. Eu tentei jogar a versão de PS2, mas continua com um bug chato, então to jogando na versão de 3DS. É a mesma coisa, só o controle que ta uma droga (por causa da ausência de analógico pra mover a câmera, algo que até da pra burlar, reconfigurando os controles de forma externa, mas quero a experiência "real". O jogo tem bastante cutscene! Eu mais to assistindo do que jogando rs, e quando jogo, passo a faca em geral e continuo vendo filme (eu sou terrível pra game stealth).

      Vou tentar ser mais furtivo, assim como o jogo pede... mas é tão mais fácil só matar todo mundo... Enfim... eu também to, paralelo a isso, jogando Star Wars (o novo que saiu), Lollipop Chainsaw, Horizon Zero Dawn e Hyrule Warriors, além de tar escrevendo um artigo sobre Castlevânia 4. Sei que é bastante jogo pra zerar ao mesmo tempo, considerando que eu sou uma lerdeza, mas bora la! O ruim vai ser as fotografias rs.

      Posteriormente sr, dependendo do feedback do MGS3, eu posso jogar a lista inteira que o sr mencionou. Alias, eu tenho o Metal Gear Rising... ele é até que bem mais focado em ação pelo que joguei (amei cortar tudo) mas, eu acabei parando.

      Enfim, coisa pra caramba! Espero que eu consiga terminar tudo soon.

      See yah!

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  10. Só discussão nos comentários....adoro....rs.

    Eu nem vou me aventurar com o emulador de PSP kkkk....
    Eu já me laskei demais com emuladores portáteis....rs.

    Mas que belo jogo....(em todos os sentidos...menos na trilha sonora...eu pesquisei...é uma música daora...mas se ela toca o tempo todo aí é ruim kkk.)
    E como sempre...como de costume...tuas análises em altos padrões de qualidade....
    (Puxa saco? Talvez...só...talvez.)

    Eu sempre esqueço de comentar isso...mas agora eu lembrei rs.

    Tem uma diferença grande em Religião e uma mitologia...
    Por que digo isso? Pois tu estava tratando o cristianismo como uma mitologia.
    Mas não é, ele é uma religião.....

    Mitologia seria como algo cultural, não é tido como a verdade absoluta mas também não é tratada como uma mera explicação para um fato que anteriormente não podia ser explicado com fundamentos.

    Já a religião é algo...digamos...chega até a níveis políticos, A Religião seria a verdade inquestionável, a explicação máxima das coisas e do por quê da existência.
    Alguns países tomam religiões "oficias" como próprias deles...
    É algo além da cultura, está em tudo e é tido como parte da sociedade.
    Claro, e ainda bem...que, somente alguns países tomam religiões como "pensamento obrigatório para todos que tiveram essas cidadania" sabe? Rs....
    Mas ainda é questionável isso, o estado é laico, e não deve ser definido por um pensamento específico...ele deve estar sujeito a mudanças com base na opinião pública.....



    Meu....que textaum desnecessário, era só eu te mandar uns links kkkk.
    Mintira.....nenhum site tem o que falei, pelo menos nessa ordem kkk.
    (Falsa originalidade..."só troca a ordem")


    Pois bem.....
    Que jogo bonito cara, pra um jogo de 2010, ele é: NICE GRAPHICS!
    Lock out This graphics, lock How they are amaizing!
    Kkkkk.

    Bem, infelizmente...Como a EA é um disgraçada, não vai ter mais Jogo do Dante man.... mó triste.
    Falando sério, se sabia que a EA ganhou um recorde mundial?
    O incrível recorde mundial de ser A PIOR EMPRESA DO MUNDO, tipo
    Ela ganhou isso duas vezes consecutivas!... não é só de jogos, no geral, ela é tida como o pior lixo que existe...

    O mais engraçado é como as empresas seguem esse exemplo....A Nintendo...a Konami....a activision... Ubisoft.....bem....
    "Charles, o mundo não é mais o mesmo"
    Referências kkk.

    Bem, enfim.....
    See yah!

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    1. Então né... mudar a palavra não altera o conceito. Vai falar pra quem segue a religião nórdica que o Thor faz parte de uma mitologia. ^^"

      Para um ateu, a existência divina cristã não passa de um conto, logo, um mito. Se encaixa nos padrões visto que não é algo absoluto nem tido como real unanimemente, justamente por tal existem vários tipos de religiões.

      No entanto, compreendo que, não é justo nomear ao acaso. Eu tenho sim minhas crenças mas, são crenças... verdade ou não, não vai mudar o fato de que são crenças, estou me ponto na posição de acreditar em algo que não tem sua existência confirmada ou atestada pela ciência, ou pela história.

      Mudar a palavra não muda o conceito de muitas coisas.

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    2. Falsa originalidade senhor....falsa originalidade....
      O conceito é o mesmo, e se está certo... não é errado. (Ava)

      Bem....isso é em base na crença da pessoa.
      Os ateus Vêem tudo como meras mitologias (conjuntos de mitos e lendas...aliás, Lendas seriam mitos que fazem parte da cultura de uma região, e os mitos são...apenas mitos, eles só tem significado se estiverem em um contexto próprio, a mitologia.)

      Já as pessoas com uma crença específica, vê a sua crença como....a crença dela.
      Porém as pessoas "de fora" vêem aquilo como uma religião....


      Meu, é difícil entender isso.....
      É quase como se o nome tivesse relacionado com a perspectiva...pois dependendo da perspectiva, uma mera mitologia é uma religião....
      Se bem que.....quem é religioso na maioria das vezes não vê sua crença como uma religião, e sim como "a verdade"
      Bem...enfim....
      Eu não sei explicar nada kkk.

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    3. Sabendo que não é possível definir uma verdade absoluta, a menos que se apele pra fé, toda Religião é também uma Mitologia, dependendo apenas de quem a pratica e a considera, diante aqueles com quem compartilha.

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    4. Como assim não tem verdadi absuluta?!!!!
      A CIÊNCIA CACETE!!!!!!!!


      Brinkadeira kkkk.
      Brincadeira, brincadeira kkkk.


      Tudo depende de quem compartilha esse conhecimento, se é um religioso, ou uma pessoa de determinada cultura.
      Apesar que um religioso não considera sua religião como uma religião....

      As mitologias são conjuntos de mitos de determinada cultura.
      Mitos são explicações geralmente sobrenaturais que explicam algum fato "impossível rs" de se explicar em uma época...
      E não tentam ser a verdade absoluta e nem apelam na maioria das vezes para a devolução de bens para retribuir a dádiva de sua existência...ou seja, sacrifícios.


      Religiões são a Crença no poder ou no princípio superior onde se deve a existência do ser humano e o respeito e obediência do mesmo.
      É quase como um ato natural da retribuição, e como se houvesse certeza de que aquilo é real....



      Na verdade, ambas são muito semelhantes, a diferença, é como o senhor disse, depende de quem pratica e a considera, e quem a compartilha.

      Mas....se for ver, ninguém segue cegamente uma mitologia, elas só fazem parte da cultura de um povo...países escandinavos não lidam com sua mitologia como uma religião, lidam como uma parte de sua vasta cultura, aquilo que já fez os seus antepassados acreditarem na existência do divino.


      E....eu adoro ficar discutindo contigo kkk.
      See yah!

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    5. Pois é... religião, esporte, política... coisas que não curto discutir ^^.

      Em resumo, acredito que no fim das contas, só mudam as palavras pra se sentirem mais confortáveis com a própria fé.

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