AnáliseMorte: What Remains of Edith Finch

"O que Resta de Edith Finch" é um jogo de qualidade visual linda e narrativa pra la de poética além de dinâmica, e apesar de ser um jogo indie e relativamente curto, é incrível.


Talvez o único problema dele esteja em sua premissa, que pode ser interpretada de uma forma um tanto quanto polêmica, já que fala de morte, de diferentes membros de uma mesma família, de diferentes idades, incluindo crianças. É tétrico, mas nada explícito, repito que é algo mais voltado pro lado "poético" e, acredite, vale a pena conferir.

Irei resumir a história do jogo sem polpar spoiler, e tentarei explicar o máximo possível.

Espero que goste de sua leitura.


A história do jogo é inicialmente simples, onde uma garota vai pra casa da família, conhecer e registrar os motivos por trás da morte de cada um de seus parentes, visto que ela mesma é a última pessoa viva da família. 


Todos seus familiares faleceram de formas diferentes, em épocas diferentes, sob circunstâncias muito diferentes e, através de documentos como diários ou cartas, suas histórias são reveladas, em um gameplay muito criativo, mostrado por FlashBacks Interativos.


Basicamente, cada personagem é incorporado pela protagonista e tem sua história contada por um jogo próprio, seguindo o modelo em primeira pessoa do jogo principal, isso, em sua maioria. É exatamente como o quarto de cada membro da família, próprio, único, desenhado exclusivamente pra ele, o que deixa a casa (e o jogo) com uma estrutura toda maluca e incomum.


Algumas histórias ganham mais interatividade que as outras, e apesar do fim em comum ser macabro (morte, sempre) o tom da história muda dependendo do personagem em questão.

Criativo, e as vezes até lindo, é uma forma de se descrever a experiência... mas em alguns pontos chega a ser moralmente questionável...

A primeira morte apresentada já é de uma criança, uma menina, e é fofa... yep, eu disse isso "morte fofa", mas a morte dela mesma não é mostrada, apenas insinuada, e não é bem isso que é "fofo". O interessante é a forma como esse desfecho é apresentado, em uma história repleta de imaginação e sob a perspectiva infantil da menina, que tem sua dublagem condizente com sua idade e personalidade, e ao invés de ser algo assustador ou aterrorizante, se torna uma experiência mágica, mesmo tendo um final triste.

Mas, a pior parte nem é essa, mas sim a morte de um bebê de 1 ano de idade... que novamente, por se tratar de uma visão em primeira pessoa pela perspectiva infantil, torna tudo muito mágico e fofo, e divertido e dinâmico, apesar de ser tudo sob o propósito de levar a pobre criança a morte... 

Bizarro, eu sei, mas o foco do jogo nem é necessariamente mostrar como e porque a galerinha morre, mas sim, como a mente das pessoas funcionam. A imaginação enriquece cada um dos momentos, e é essa imaginação que torna os momentos tão únicos e lindos, o que no final é uma visão metafórica e filosófica sobre o passo da própria vida, mas falo disso depois...

Ao passo em que cada morte é explorada e revelada, a história da protagonista é melhor explicada, além dela preencher em seu diário, num desenho de sua árvore genealógica, a posição, data e ilustração de seus parentes. Seu objetivo é preencher o desenho por inteiro e registrar la como toda sua família se foi... para então passar para o próximo Finch, seu próprio filho.

E ai fica o plottwist do jogo, onde você descobre que na verdade, o jogo principal é um dos FlashBacks interativos, da mãe do verdadeiro protagonista, que estava grávida dele na época em que investigou a família, para deixar os registros pra ele assim, ele saberia exatamente o que houve com todos e não se veria atraído pela "maldição". 

Interessante? Pois é, bora contar como são as mortes... e de quebra falo um pouco do gameplay, que na verdade nem tem segredo nenhum (só andar e interagir).


Tia Avó Molly 



(Criança Alucinando)
1937 ~ 1947
Envenenamento

A primeira história revivida é a de uma criança de 10 anos, muito fofa, que comenta uma fatídica e mágica noite em que ela acordou faminta, pois foi posta pra dormir (aparentemente de castigo) sem jantar.


Edith pega seu diário ao conseguir entrar em seu quarto, por uma passagem secreta, e nele encontra o último relato de sua vida.


Ela acordou, e saiu comendo tudo o que viu pela frente, pasta de dente, frutas estranhas, qualquer porcaria, até pensou em comer o peixinho dourado dela mas teve pena.


Ela dizia "Minha barriga roncava tanto!". 


Daí ela olhou pela janela, e viu um pássaro... 


E ao abrir uma pequena fresta da mesma que era trancada com correntes (castigo severo hein), ela se transformou em um GATO.


Ela chega a ver até os pais dela no quarto que nem a notam (é de uma precisão detalhista de impressionar)


Yep, isso mesmo, a menina virou um bicho, e saiu pulando de galho em galho, atras do pássaro pra se alimentar.


Ela chega a encontrar os ovos dele, mas vazios, e continua a caça-lo até pega-lo... 


Quando o alcança, se alimenta, e cai da árvore... 


Se transformando em uma CORUJA. 


Isso mesmo, ela vira outro animal, e teletransporta pra um local amplo, um campo aberto, numa grande fazenda, onde começa a voar e buscar por comida.


Então ela vê coelhos, uma família de coelhos, e começa a devora-los em vôos rasantes... 


Até que fica com o estômago tão cheio, mas tão cheio que chega a exclamar "Eu estava quase explodindo mas ainda estava com tanta fome!"


Ai ela cai de uma árvore em que estava pousada e vira um TUBARÃO...


Indo direto pro solo mesmo e se debatendo até ir pra estrada e depois... 


Ir prum rio, onde começa a perseguir, ainda faminta, uma foca... 


A qual depois de uma caçada sangrenta, vira comida.


Daí, ela sai da água, direto pra um barco, e vira um POLVO, que se move usando apenas um tentáculo, e começa a se alimentar dos marinheiros a bordo.



Ela devora até o capitão, e ai se joga na água de novo.



Daí ela nada até canos de esgoto... 


E chega até um banheiro, que era o banheiro de sua própria casa, em seu próprio quarto, então ela, ainda como um polvo monstruoso, se arrasta até embaixo de sua cama, com ela (humana) dormindo calmamente, e ai... ela acorda...



Pega o diário, e escreve tudo o que aconteceu, eufórica pra voltar a dormir e comer, e ainda encerra o texto com a frase: "Eu estarei deliciosa."



Pois é, com isso termina a história de Molly, que morreu enquanto dormia.



Ela sonhou com essa aventura, mas no mundo real, ela morreu envenenada justamente por ter comido um monte de besteiras tóxicas que encontrou, antes de desmaiar e começar a alucinar. Curiosamente, ela não teve pesadelos, ela não teve medo, ela apenas sonhou.

Tataravô Odin



(Fundador da Casa Flutuante) 
1880 ~ 1937 
Afundou com a Casa 

A segunda história é a do membro mais antigo da família Finch, o fundador, que também é o suposto percursor da maldição de morte dos membros. Sua família, riquíssima, era também vítima de mortes misteriosas e após perder sua esposa, ele decide pegar sua casa, e viajar pra longe com ela.


A história de Odin é contada de uma forma diferente, apenas é visualizada por um Estereoscópio Antigo (um tipo de apresentador de slides posto diretamente nos olhos, como um óculos).


São poucas fotos, e narram de forma breve e resumida, mas bem clara.


A muito tempo, Odin, sua filha, o marido dela e a filha dela (Molly) foram embora da antiga região em que viviam, navegando, usando a casa deles, toda modificada como barco.



Mas, perto da região onde atracariam, ocorreu uma tempestade e a casa naufragou, o que causou a morte de Odin.



Porém, os Finch's sobreviventes construíram uma nova casa, às margens de onde a anterior afundou, e ali continuaram a existência de sua família.


Alias, aproveitando a deixa, o marido da filha de Odin era um baita de um construtor, e graças a ele a casa dos Finch's se converteu numa casa maluca lotada de cômodos, passagens secretas e afins.


Ele morreu com uma idade avançada, mas não tem sua história "visitada", apenas citada, onde é dito que ele foi engolido por um dragão, um exagero da mídia (na real da esposa dele rs) sobre um acidente que ocorreu, onde ele foi esmagado por um tobogã que construía na casa, que tinha justamente a forma de um dragão. 



Detalhe que eu fiquei olhando esse dragão quando cheguei na casa e tipo, esperei pela história onde ele seria explicado mas, nem foi, não da forma "mágica", pois o cara não era exatamente um Finch de raiz (ele era um grande contribuinte pra família,  era com toda certeza importante, mas era o marido de uma Finch, não tinha o sangue, por isso a "maldição" não é aplicada a ele, tecnicamente).


Tio Avô Calvin



(Gêmeo da Balança)
1950 ~ 1961  
Queda de Penhasco por Balanço

A terceira história é sobre um de dois irmãos gêmeos. 


Ele costumava se acidentar bastante, tanto que já aparece com a perna engessada, mas sua história é bem curta.


Novamente, numa história visitada em primeira pessoa, sob a perspectiva de uma criança, agora de 11 anos, Edith assume o papel de Calvin, um garoto peralta balançando na frente da casa dos Finch, em um balanço fixado numa árvore, diante um pequeno penhasco (nada seguro).


Seguindo um desafio de seu irmão, Calvin, um garoto sonhador com desenhos de voar e tal, decide dar a volta na árvore com o balanço, indo mais alto do que qualquer um já teria ido. 


Ele balança e balança, e nós controlamos apenas o vai e vem, até que ele da a volta, feliz da vida, e assustado também. 


A sensação de vertigem é indiscutível. 


Eu não gosto de altura, e ver o balanço perdendo o controle, com o som do vento batendo, os galhos se movendo, e o penhasco logo a frente, é de aterrorizar.



Então, o garoto voa, se soltando do balanço.



Ele morreu por causa da queda.

Tia Avó Bárbara



(Atriz dos Gritos)
1944 ~ 1960
Homicídio

A Bárbara é a mais interessante de todas pra se reviver. Sua história é misteriosa e pra la de diferente, onde controlamos uma história em quadrinhos ao estilo "Conto da Cripta" ao som da trilha sonora de "Halloween" (o filme clássico de 1978). 


Quando Edith consegue achar a entrada secreta pro quarto de Bárbara, ela mergulha no mundo da atuação. Bárbara era uma atriz famosa de filmes de terror, mais famosa durante sua juventude por atuar num filme de pé grande bem premiado, e reconhecida por seus gritos.


Dentre seus prêmios e troféus, Edith encontra uma solitária revista em quadrinhos, baseada na morte da atriz, e ao lê-la, nós acompanhamos quadro a quadro da revista, lendo os balões que aparecem periodicamente junto a dublagem gerada pela imaginação da leitora, e no fim, começamos a controlar Bárbara, em sua versão adulta, porém cartunesca, de dentro da revista.


É incrível, pois o jogo mantém-se em primeira pessoa, mas sob design de quadrinhos, com traços de quadrinhos, e é muito mais interessante. A história, fala de Bárbara na casa em pleno Halloween, com seu namorado (com a perna quebrada e de muletas), seus pais, e seu irmão mais novo. 


O namorado de Bárbara era também seu fan, que ainda acreditava em seu potencial apesar de sua voz, e grito, ter perdido sua performance com a idade. Eles são mostrados treinando gritos quando do nada, alguém grita de verdade.


Era o pai de Bárbara, o grande construtor, que tinha se cortado com uma de suas serras no "Porão Proibido" onde trabalhava e precisava ser levado às pressas ao hospital pela esposa, e ai, Bárbara e seu namorado ficam de baba do irmão mais novo.



E ai começa o terror.



O namorado escuta um barulho no sótão do pai de Bárbara e vai investigar, isso mediante a várias matérias em rádio falando de coisas bizarras e assassinos de halloween. Então, ele revela o segredo pra entrar no sótão (pela caixa de música secreta) e vai sozinho, ficando um bom tempo sem responder.


Ela vai atrás dele e não o encontra em lugar algum, até que encontra sua muleta e se arma com ela (e ai começamos a jogar, dentro de um quadrinho... é legal). 


Daí, o cara aparece pra assusta-la e fazê-la gritar, o que da errado e ela se defende, se irritando e chutando ele pra fora de casa, sem a muleta.


Daí Bárbara adormece, quando da meia-noite, acorda com o irmão gritando, optando por investigar, apesar de achar ser outra pegadinha.


Ela vai até o irmão, mas não o acha, e de quebra encontra um estranho mascarado com um gancho, que é citado num rádio como um assassino cruel a solta, e ai Bárbara começa a se defender e lutar por sua vida.


Depois de fugir pro quarto do lado (da Molly) e conseguir escapar, dando a volta por uma passagem secreta e atacando o suposto assassino com a muleta, Bárbara o arremessa pelo parapeito do segundo piso, quebrando tudo...



Mas ao descer pra checar o corpo, ele some. E ai, a campainha toca...



E ao atender, Bárbara não vê ninguém, do lado de fora da casa, mas do lado de dentro, após um apagão, surgem dezenas de monstros, dizendo "Surpresa!" numa suposta festa para Bárbara...


Mas, todos os monstros atacam ao mesmo tempo, e Bárbara, feliz e espantada... 



Grita como jamais gritou antes.



Posteriormente, a polícia chega na casa e só encontra a Muleta do namorado de Bárbara. 


Tanto o namorado quanto ela nunca mais foram vistos, e o irmão mais novo dela, estava o tempo todo escondido embaixo da cama dele, e tinha sido a única testemunha.



Daí a história termina com o mascote do quadrinho encerrando ao estilo "Conto da Cripta".



Bárbara morreu assassinada, provavelmente por seu namorado, em tentativas de assusta-la e fazê-la gritar só pra trazer de volta a atriz assustada de antes. O parapeito do segundo piso, na casa de verdade, realmente tinha sido quebrado e pode ser visto reformado, o que faz pensar que a história tem tudo pra ser mais real do que fictícia, com apenas alguns exageros literários pra causar medinho.

O tenso, a única coisa tensa, é que o garoto testemunha confirma a presença dos monstros posteriormente, e considerando a precisão dos quadrinhos, tem muito detalhe que somente Bárbara saberia, mas eu tenho uma explicação bem clara pra isso, e falarei posteriormente. 

Tio Avô Walter



(Testemunha Sobrevivente)
1952 ~ 2005
Atropelado por um Trem

Após a incrível história cinematográfica de Bárbara, Edith descobre a existência de um membro oculto em sua família. O irmão mais novo de Bárbara, havia construído um quarto novo pra ele, escondido, no subsolo, como um bunker de sobrevivência. 


Ele realmente vestiu a pele de sobrevivente, decidindo viver o resto de sua vida la, com suprimentos e enlatados, e uma rotina de isolamento. 



Edith descobre isso ao ir explorar, com o segredo da Caixinha de Música, o porão da Casa, e descobre la a entrada pro quarto secreto do Tio Walter. La, ela encontra seu diário de sobrevivente, que descreve seus últimos dias.



Toda noite, a meia-noite (horário da morte de Bárbara), um terremoto tomava conta do local mas ele estava seguro.



Ele era intocável, tinha latas e mais latas de comida e poderia sobreviver pra sempre ali.



Sentado em sua cadeira, diante sua refeição, diariamente, perante os terremotos, ele comenta sua experiência e menciona inclusive o monstro que matou sua irmã, e diz que em certo ponto, mediante a sua solidão, nem era mais tão assustador.



Então, um dia, o terremoto para.



Aí, Walter depois de muitos anos sozinho e escondido, decide abrir uma saída pelo outro lado do bunker, escavando.



Ele abre um buraco que leva pra trilhos de um túnel de trem, e ao sair, e testemunhar depois de muito tempo o ar livre, ele decide voltar a viver, decide parar de temer e se esconder, e decide enfrentar a vida de uma vez.



E ai, ele é atropelado por um trem.



As experiências de Walter são suspeitas. Ele não parecia alguém são, então não da pra se levar em consideração tudo pelo que ele passou no seu esconderijo, e também, não da pra credibilizar seus argumentos sobre os monstros. Como ele era muito jovem, é possível que ele tenha lido a revista feita pra Bárbara e se surpreendido, ao ponto de misturar a realidade e ficção e acreditar que os monstros realmente existiam. Mas, eu ainda tenho outra perspectiva pra apontar, e falo disso no fim...

Tio Avô Sam



(Gêmeo Caçador)
1950 ~ 1983
Queda de Penhasco por Cervo

Lembra do irmão gêmeo? Então, o outro que permaneceu vivo cresceu e teve uma filha, essa é a mãe de Edith. Ele era um caçador, que preferiu se manter próximo à morte ao invés de evita-la, caçando animais, empalhando, pendurando suas cabeças como troféus, sem medo nem vergonha alguma, e ele queria que sua filha seguisse seus passos.



Sua história é contada quando Edith chega ao seu quarto, e pega um envelope com várias fotos. Ela observa as fotos, e incorpora a Câmera que as tirou.


Jogamos através da câmera, focando ou desfocando, mirando e fotografando. O propósito é tirar a foto de pontos específicos, mas podemos observar tudo o que quisermos, e há alguns easter eggs como um pássaro azul, que indica o caminho, do mesmo tipo que aquele que Molly viu em seu sonho.



Pois então, Sam fotografa sua filha, em uma viagem de caça que ambos fizeram.



Ela não estava tão interessada em caçar, mas estava se divertindo com seu pai, passando um tempo com ele, e até fotografando também.


Chega uma parte, que ela pega a câmera e enquanto ele busca por maneiras de rastrear um cervo, ela encontra um, e o fotografa.



Mas, por causa disso, o cervo vira alvo de seu pai, que feliz da vida decide ensinar sua filha a atirar.



Ele registra tudo, e sua filha acerta o pobre animal.



Daí ela é obrigada a posar ao lado do corpo do bicho, chorando de tristeza... 


Enquanto seu pai animado e orgulhoso prepara a câmera pra realizar um disparo automático, e corre pra cima da montanha pra ficar ao lado da filha pra foto (nessa parte passamos a controlar o Sam, mas a câmera fica parada mirando).



Mas o cervo se debate na última hora, e empurra o cara do penhasco.



Ele morre na queda, com a câmera registrando tudo.



Curiosamente, os dois irmãos gêmeos morrem caindo, e fazendo o que amavam.



Mas esse não foi o primeiro contato de Dawn (mãe de Edith) com a maldição da família... ela só tinha 15 anos quando seu pai morreu, mas já tinha perdido seus dois irmãos antes.

Tio Gregory



(Bebê na Banheira)
1976 ~ 1977
Afogado

Ao visitar o quarto de sua mãe, Edith encontra duas camas, de duas crianças que ela desconhecia. Eram seus tios de quem sua mãe pouco falava. O primeiro, morreu com 1 ano de idade, no banho, o que gerou o divorcio dos pais de Dawn.


Edith lê o desfecho da criança por um memorando no contrato de divórcio de Sam para sua ex-esposa, tentando explicar que apesar de tudo, ele não a culpava pelo que ocorreu. E nessa cartinha, ele conta um pouco sobre seu filho, o que é o suficiente para fazê-la imaginar seus últimos momentos.



Gregory é descrito como um bebê imaginativo e feliz, e é assim que é visualizado.



Em sua banheira, brincando magicamente com seu patinho e sapinho de borracha, ele dança com eles, enquanto uma música clássica toca. Sua mãe até aparece pra interromper logo de inicio mas para pra ir discutir com o marido... e ai ele continua brincando.



Uma festa, feliz e lotada de brinquedos começa, com direito a dança por toda parte, e o bebê se divertindo na água.



Quando ele começa a se empolgar, a mãe dele chega, esvazia a banheira e prepara para retira-lo do banho.



Mas, um imprevisto ocorre...



Ela começa a discutir com o marido novamente, e deixa o bebê sozinho na banheira, esvaziada... só que pra evitar que o bebê escutasse a briga dos pais, ela fecha a porta do banheiro...



Ainda assim, o bebê consegue usar a mente pra fazer seu sapinho pular pela baleia de borracha e assim, alcançar a torneira e fazer a água voltar, pra música, dança e festa do banho continuar...



Mas a água sobe de mais... enche e transborda...



E ai, o bebê vira o Sapo, e mergulha com seus brinquedos, nadando nas profundezas da banheira...



E ai, ele afunda, guiado por seus brinquedos, feliz da vida, como um sapinho feliz.



Ele morreu afogado.



É, tenso eu sei... mas é interessante como é contado.



Negligência dos pais... causando a morte do filho. As reais circunstâncias seriam ainda mais cruéis, mas, toda essa descrição parte do pai de Gregory, para sua esposa, após o divórcio, como uma forma de conforta-la e amenizar sua sensação de culpa. Detalhe que, eles já vinham brigando muito antes disso, então a separação não se deve por causa dessa morte... mas talvez tenha sido um dos agravantes.

Tio Gus



(Soltador de Pipa)
1969 ~ 1982
Vendaval

O outro irmão de Dawn, morreu com 13 anos, soltando pipa, em uma festa da família (era o casamento do pai, da nova esposa, mas ele não ligava).



Sua história é descrita por um poema escrito pela mãe de Edith e assistida através dos olhos de Gus, soltando sua pipa despreocupado da vida.


Ele brinca com palavras no ar, guiando o brinquedo de papel através do vento, enquanto sua família festeja logo a sua frente.



Sem perceber, uma tempestade se forma, todos se movem pra um lugar seguro, mas Gus fica la, brincando com o vento.



Então, o vento fica mais forte, arrasta cadeiras e mesas, faz tudo voar, até que tudo vira um caos, e só ele é pego.



Ele morre esmagado por objetos arremessados pelo vendaval enquanto estava distraído soltando pipa.



Curiosamente, da pra ver as cadeiras jogadas pelas árvores quando se passa de Edith pelo local onde esse acidente ocorrera... o que significa que a imaginação de Edith é bem precisa... 

Depois de perder seus irmãos e pai, Dawn cresce e decide deixar a casa. Ela viaja pra Índia onde se apaixona e se casa com um cara gente boa, tendo três filhos com ele, mas, ele acaba falecendo, e ela decide voltar pra casa, pra junto dos Finch... o que é um erro.

Irmão Milton



(Mágico do Pincel)
1992 ~ 2003
Desaparecido

Milton era um dos filhos de Dawn, que ao chegar na casa dos Finch's, recebeu junto de seus irmãos, um quarto próprio só pra ele (ele ganhou um pequeno castelo). Milton era pintor, desenhista, e era promissor de mais.



Mas, um dia, ele sumiu.

E é isso. Ele apenas desapareceu.



Dawn ficou desesperada com seu sumiço, espalhou cartazes dele por todo lado, mas ele nunca foi encontrado. Como existe a maldição da família, é de se imaginar que ele faleceu, de alguma forma, e jamais seria encontrado como parte das circunstâncias de sua morte.


Sua história final é contada por vários detalhes ao longo do jogo, como seus cartazes espalhados por todo canto, mas no final mesmo, é algo curtíssimo, onde ele ilustrou por um flipbook seu próprio encerramento.



Ele desenhou a si mesmo, pegando um pincel...



Fazendo uma porta, entrando e sumindo, como um mágico em um show.



E é isso.



O mistério por trás de seu desaparecimento é algo que não da nem pra teorizar, e o foco é justamente esse. Haveria a esperança de que ele aina estaria vivo, e no coração de Dawn, isso é uma verdade, mesmo com seu macabro histórico familiar, e por causa dessa crença, ela se manteve na casa por mais um tempo...

Irmão Lewis



(Peixeiro Gamer)
1988 ~ 2010
Suicídio por Decapitação/Depressão

Seu outro filho, Lewis, era meio noia (provavelmente ficou ainda pior depois do sumiço do irmão) e curtia vídeo-game (qualquer relação é mera coincidência). Apesar de estudado, e sonhador, o cara num havia sido bem sucedido na vida, e trabalhava em uma fábrica de peixes enlatados... e ai rola uma das histórias mais, loucas.


Sua história é contada por um relato de sua psicóloga, que tenta explicar o que se passou em sua cabeça nos últimos dias de sua vida. Ele se consultava com ela em tratamento, e ela viu pelo que ele tava passando, mas no fim, não pode salva-lo.


O cara se desligava, periodicamente, do mundo. 


Ele tinha uma imaginação fértil então, hora ou outra, ele enxergava um pequeno mundo periférico, paralelo ao mundo real.


Em sua história, controlamos ele trabalhando na fábrica com o analógico direito, pegando um peixe, levando à guilhotina e jogando na esteira, em um movimento padrão e repetitivo.


Mas, com o analógico esquerdo, controlamos uma pequena figura, no imaginário do rapaz, visto por um vulto ao canto do esquerdo, o qual ele imagina andando por um labirinto, como um simples puzzle.


Ele se distrai, em meio a repetição da rotina do trabalho, com sua imaginação.



Mas essa imaginação, fértil como todo Finch, acaba expandindo... e recebe cores, 


Vai aumentando, tomando mais forma, mais espaço, ocupando sua visão.


Mas seu trabalho continua impecável. 


Algo que a psicóloga até destaca, que o chefe dele dizia que ele era o melhor funcionário pois nunca reclamava, nunca faltava, trabalhava bem e como uma máquina.


Mas, aos poucos, o cara se desligava do mundo...


Mergulhado em outro mundo... 


Criou uma verdadeira sociedade, amigos, seguidores, se tornou bem sucedido...


Passou a ficar horas e horas no trabalho, imaginando seu outro mundo, ignorando o mundo real, ignorando até mesmo sua mãe.


Dawn tava desesperada, pois ele tava desligadão, e de fato, o jogo em sua mente tinha tomado proporções enormes.



Ele criou um mundo, um mundo onde ele reinava, onde ele comandava e onde era querido por todos, seguido por todos. 


Ele conquistou várias cidades, viajou, e até se apaixonou...



E ai, ele se converteu num verdadeiro rei.



O mundo real já não era mais tão real, e seu mundo imaginário havia tomado conta de tudo.



La ele vivia melhor, la ele era alguém.



Daí, um dia, ele foi para sua coroação, decidido a por um fim no seu antigo eu... 


Retornando ao mundo real, mesclado ao mundo mágico que criou...


 Assistindo a si mesmo, trabalhando como uma máquina.



Ele havia deixado de ser apenas Lewis, e tinha se convertido no rei de seu mundo, pronto para viver la pra sempre.



Então ele sobe na esteira da coroação...



Vai até sua rainha, abaixa a cabeça e recebe a coroa.



Ele coloca a própria cabeça em uma das guilhotinas da fábrica.



Depois disso, Dawn fica irritadíssima com sua mãe, culpa ela por tudo, e no mesmo ano, ela abandona a casa dos Finch, além de sua mãe falecer (provavelmente por culpa).

Bisavó Edie



(Exploradora Historiadora)
1917 ~ 2010 
Culpa

Edie é a Finch que mais viveu, tecnicamente, e depois de ter perdido todos seus filhos, vários netos, pais, e bisnetos, ela apenas faleceu. O suicídio de Lewis junto as acusações de Dawn provavelmente a fizeram sentir tanta culpa e solidão que não suportou (ela tinha mais de 90 anos, usava remédios e bebia então, junta tudo e, considerando que ela faleceu no mesmo dia da partida da neta com a bisneta, ela não deve ter suportado)..


Edie tinha uma biblioteca, local onde todas as histórias de todos os Finch estavam armazenadas, que é inacessível durante a campanha... mas da pra olha por um dos olhos mágicos...


Todo quarto da casa tem uma porta trancada, com um olho mágico invertido pra olhar de fora pra dentro (estranho né). O único que não da pra entrar, seja destrancando ou entrando por passagem secreta (na real, todas são por passagens secretas ou janelas) é esse... mas...


Edith conseguiu entrar ainda jovem, no passado, e descreve isso. Mas, quando ela pega o diário pra ler uma das últimas experiências da bisavó, sua mãe acaba pegando ela e levando pra longe, interrompendo a história bruscamente. 



Não da pra saber como termina, mas Edie encerra essa aventura do diário viva, pelo menos. Ela é vista na mesma noite da partida, ao longe, mas ela morre no dia seguinte, como Edith descreve, quando a mãe dela manda uma galera de uma casa de repouso busca-la.


Mas, o pouco da história que Edith viu é mostrada... Ela conta que um dia, a maré da praia estava baixa e dava pra alcançar a Casa Afundada de seu pai Odin

.

Ela andou até ela, chegou a se perder na neblina densa...



Mas chegou na casa, e ainda viu uma luz acesa...



Mas bem na hora que a história vai ficar interessante, Dawn proíbe Edith de continuar lendo, acusando sua mãe de ser culpada pelas mortes dos Finch's, pois proliferou a suposta maldição, fazendo-os acreditar nessas histórias... e ai, leva a filha embora.



Edie é vista pela última vez na varanda da casa, e morre pouco tempo depois. Alias, todos os altares feitos ao longo do jogo, nos quartos, foram feitos por Edie. Ela fazia de tudo pra registrar a história da família.

Mãe Dawn



(Viajante)
1968 ~ 2016
Doença

No mesmo flashback, que na verdade é Edith escrevendo seu próprio diário sobre seu passado, ela descreve o fim de sua mãe. Dawn viveu com ela por um tempo, mas Edith viajava com suas palavras flutuantes então pouco se recordava dela. 



Mas, ela se lembra dos momentos finas, sua mãe morrendo de doença, e ela ao seu lado.

E é isso.

Dawn fez o possível pra fazer sua filha sobreviver ao máximo, e conseguiu... apesar de ter sido forçada a se afastar da família pra isso.

Edith



(Investigadora)
1999 ~ 2017
Parto

Por fim, temos a história de Edith. Tudo o que é jogado na verdade é o diário de Edith, descrevendo sua investigação após retornar à casa da família.


Edith fez isso, pois um tempo após sua mãe falecer, ela conheceu alguém, engravidou, e queria deixar uma mensagem pro filho, ciente que talvez não sobreviveria para conhecê-lo.

Ela investiga para que não houvesse mistério para ele investigar, assim, evitando que seu filho de alguma forma perdesse tempo de sua vida se preocupando com uma maldição que, talvez, nem existisse.

Um fato é que, todos na família de Edith tinham uma coisa em comum: Imaginação Aflorada.

A própria Edith, enxerga palavras ao vento. Esse recurso pra contar a história do jogo, na verdade é a habilidade / defeito de Edith, onde ela vê palavras e pensamentos voando por ai.


Fica claro isso quando ela brinca com as palavras durante sua infância, crescendo junto à sua mãe, e ai, tudo o que vemos no jogo é na verdade, a imaginação de Edith ganhando forma.


Logo, não da pra se considerar nada ao pé da letra. Detalhes de cenário, como sei la, as cadeiras jogadas nas árvores, tudo isso pode ser apenas uma descrição condizente com o que Edith adquiriu em sua imaginação. Os detalhes em sua memória podem ter se formado para dar mais crédito a sua história e não deixar espaço pra mistério ou dúvidas...

Algo que infelizmente não foi bem sucedido afinal, seu filho foi até a Casa, um tempo após sua morte. Ela morreu no parto dele...

Filho 
Christopher
2017


Chrisopher é o nome do filho de Edith, e ele é visto diante seu túmulo no cemitério dos Finch. Detalhe que, esse cemitério pode ser visitado durante o jogo, e la tem os túmulos de todos os membros da família... 

E ainda tem até as covas dos bichinhos de estimação.



Bem, o garoto é visto nascendo cara... é algo, da imaginação de Edith mas, é um vestígio dele.



E pra infelicidade da garota, seu filho acaba indo visitar seu túmulo na casa, talvez ainda em busca não apenas de luto, mas de respostas, mais respostas.



Alias, o jogo começa justamente com ele, no barco pra ilha onde a casa fica, pra visitar o túmulo da mãe, com flores e o diário que ela deixou pra ele.


É lendo esse diário que a história é contada, então logo de cara, já vivemos um mega spoiler (afinal, o título em si já dita o desfecho).




E a mão engessada do garoto já deixa claro que ele já é vivido, afinal ferimentos são um sinal de acidente, e sempre há uma história por trás de um acidente. O garoto provavelmente segue os conselhos da mãe... e talvez não seja a primeira leitura do livro dela... 




Enfim... é isso.



Bem, a mensagem do jogo, é bem simples: Viva ué.

Legal que mesmo nos mostrando histórias por diferentes perspectivas sinistras de morte, o resultado é uma salada de vidas entrelaçadas e complexas, que no fim, não são tristes ou felizes, são apenas, vidas.

Com ou sem misticismo, da pra ter uma vida empolgante apenas usando a imaginação, e na boa... a única certeza que temos é que um dia, todos morreremos... mas isso não importa. O que importa é como faremos pra chegar até la, como contaremos nossas histórias, como mostraremos nossas vivências, como passaremos isso pra frente. E bem... 

Vivamos.

Curiosidade:



Os créditos finais, além de mostrarem um mural em retrospectiva de todo o enredo, ainda creditam à equipe através de fotos deles na infância... isso é poético e fofo.



Esse jogo é poético e fofo.



See yah!

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15 Comentários

  1. Esse domingo tava chato, mas agora ficou uma delícia kkkkk

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    1. Heh, sempre presente hein sr Jose. Grato por sua leitura.

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  2. Noooossa. Não tinha nem me tocado que no início era o filho dela

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  3. Aviso:....
    Se já deve saber que aviso é esse né?
    Não?! Nossa...
    estou triste agora....sniff....se não me conhece cara?
    ;-;
    ....
    Enfim, chega de trama nessa porra!
    O aviso é o seguinte:
    Nessa merda que tu vai lê, vai ter spoi....NÃO!! (Kk)
    Vai ser um comentário de um usuário de prantinha tá ligado?
    Então vai ter Brização enquanto os caracteres assim permitirem...
    Aviso: tu foi avisado!
    (Esse foi daora....um belo aviso rs)

    Eu não acho que o jogo é fofo e poético...tu foi fofo e poético nesse final (""hmmmm Wilson...."fofo" é?
    ( ͡° ͜ʖ ͡°)"")

    Aliás, kk, percebeu o quanto Rogers ficou meio dorgado?
    Kkk, minha influência...é....isso não é bom....acho que Rogers era legal sendo um cada mei nerd....sla, ele que escolheu essa vida kkk

    Mas falando sério agora....
    Que jogo... impressionante, não esperava que fosse tão bom...
    Eu não curto muito esse gênero, mas falando sério...essas são as análises "textaums" que são mais legais de se ver....
    Já que, a jogabilidade é super simples, então:
    A análise inteira quase é dedicada a falar dos personagens e da história....
    E essas partes são as mais dedicadas, e divertidas de se ler, eu acabo me envolvendo na história, mesmo sem nem ter jogado o jogo!

    Foi um grande plotwist ver que o filho é quem é o grande protagonista...
    Sempre que envolve flashbacks e interferência no passado, a história acaba envolvendo mais ainda...eu curto pacas.
    Aliás Gordin....bela análise.
    Eu não consigo lembrar muito dos nomes dos personagens, mas citando características deles dá pra entender né? Kk

    Essa mina, que é mãe do filho, filho esse que aparece no final, com a mão toda laskada....
    Ela engravidou com 18 anos?
    Meu, isso tá muito errado! Kk
    Mas é triste ver como tudo acabou....
    A família acabou, o filho virou órfão (eu acho né....pelo menos no começo....eu acho....sla! Kk)
    E sem nenhum parente....
    Magina o futuro dessa criança!?
    Deus...quero nem pensar...é muito triste.


    A única certeza que temos é que....o tempo é finito (ele não é finito...mas né?!)
    E temos que....viver, faça o que tem vontade, amanhã...tu poderá não acordar amanhã...
    (Num leve ao pé da letra isso pq.... né?!
    "Fazer o que tem vontade"
    Aí de vira o carinha do GTA e sai matando mei mundo... não, não é isso que estou falando!)

    Mas realmente foi fofo esse jogo
    (Mano, eu não uso essa palavra faz mó tempo....ihhhh....isso significa! Kkkkk)
    A mensagem final.... emocionante.
    Enfim....que jogo mais incrível...
    Wilson acaba por aqui e....
    Até...
    Depois?....
    Talvez......
    Talvez nós encontremos depois....



    See yah!

















    Comentário que eu vou me arrepender de ter postado....certeza...ai ai ai....




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    1. "Chega de trama nessa porr4" num artigo onde, você mesmo disse que é rico pela trama... senti-me triste T_T... kkkkkkkkkkkkk

      Menos DRAMA agora kkk...

      Notei que em suas leituras, a maioria é de jogos que ainda não viu, mas você sempre diz "É como se eu tivesse jogado". Não faz a menor ideia do quanto isso me deixa feliz, empolgado, e estimulado a continuar. Imagina!!! Eu to com textos transferindo a experiência que tive em jogos, isso me deixa muito satisfeito!!! Obrigado de mais.

      De fato, aquela criança ta sofrida. Mas um adendo: A idade em si da mãe na época nem tava errada, isso acontece, acredite... sei bem disso.

      E o nome dela é justamente o nome do jogo kkk... Edith.

      E sim, é um baita plot!

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    2. Maldito corretor do Android....
      Sempre estragando meus comentários....marditin

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    3. Só por ser "normal" de acontecer, não quer dizer que esteja certo.
      Uma Moça, que acabou de concluir o ensino médio, com a mente afobada com os corres da vida adulta, ainda ter que cuidar de um ser vivo que passará por tudo que ela está passando ou passou....tipo, não, não está certo.

      Mas eu sei o que quis dizer, realmente, realmente acontece, e infelizmente é bem comum.

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    4. Os leitores têm uma excelente imaginação

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  4. Tá, mas e a teoria sobre o que aconteceu realmente na morte de Barbara Finch?

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    1. Oi Rafael, prazer tê-lo por aqui. Eu precisei reler o artigo pra me lembrar (memória ruim) e aproveitei pra corrigir alguns erros que encontrei de ortografia.

      Bem, no caso de Bárbara e o irmão dela, Walter, ambos viveram apenas um exagero de suas próprias mentes, agravado um pouco mais pelo diário de Edith, e pra finalizar, a mente do filho dela, Christopher. Resumidamente: Cada camada imaginava piorava ainda mais a lógica já bastante questionável da trama geral.

      Um sinal disso são as batidas resultantes do trauma de Walter. O mais provável que tenha ocorrido naquela noite foi que, o namorado de Barbara fez de tudo pra assusta-la, e negligenciou a condição do cunhado. Pela situação solitária e auto-isolada de Walter, eu não suspeitaria se ele tivesse algum transtorno social, antes mesmo dos eventos com a irmã.

      Daí, quando Barbara e Walter caíram do parapeito e morreram, o garoto que nem deve ter visto nada pode ter imaginado o assassino, imaginado os monstros, imaginado o terror pelo qual a irmã passou, inclusive somando o famoso grito dela à equação.

      Ou seja, provavelmente Barbara morreu num acidente, e não exatamente um homicídio como seu irmão alegou. Mas para Walter, o monstro da fantasia de seu cunhado era atormentador o bastante pra levar toda a culpa, o que derivou a história em quadrinhos ilustrando os relatos, e talvez mais obras semelhantes.

      Daí ele se isolou do mundo, viveu escondido, até morrer num acidente como foi com sua irmã. Daí na visão de Chris, da visão de Edith, da visão de Walter, da visão de Barbara, temos uma fantasia que só repleta de mistério.

      É isso que eu acho...

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    2. Ah, sim, interessante. obrigado por responder tão rápido um post tão antigo.

      É uma visão interessante, de fato é a história mais intrigante dentre todas.

      Mas tem um detalhe, na história diz que só encontraram a orelha dela na caixinha de música. Será que foi mais um exagero por parte da história pra dar uma causada a mais?

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    3. Pra mim é um tremendo prazer poder responder, e é tão bom conhecer quem se interessa por essas histórias e pensamentos. Relembrar o que sentia na época que escrevi, rever meu jeito antigo de ser e tentar lembrar o que eu queria contar só me faz sentir mais felicidade tanto em ter escrito, quanto em poder falar a respeito. O pouco que me recordava de Edith não era nem de longe o suficiente... Foi bom reler. Muito bom (fico envergonhado pela minha escrita antiga mas, ao mesmo tempo, sinto orgulho!).

      O conto de Barbara é bem true crime né, e ainda com essa pegada ilustrativa, não dá pra não curtir!! Mas eu particularmente amo o conto do irmão gamer. Inclusive me identifico muito com ele (passo por coisas e pensamentos semelhantes até hoje).

      E sobre a orelha (nem lembrava disso) é assim como você mencionou, provavelmente. Só mais uma agravo ocasionado pela memória de Edith em seu diário, que já estava "corrompido" pelas memórias dos demais. Talvez o único jeito de saber a verdade seja entrando na biblioteca da avó. Talvez tenha sido pra isso que Chris foi até lá... Ne? Afinal de contas, no fim de tudo, ainda sobrou muito pra se buscar.

      Sr, obrigado por ler e comentar. Seja bem vindo ao site, e caso ache algo mais do seu interesse, estarei sempre de prontidão para responder, comentar, conversar, opinar ou apenas ouvir mesmo. Tô sempre por aqui.

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