AnáliseMorte: Rule of Rose - O retorno ao Terror!

Rule of Rose


Faz um bom tempo que não jogo um Survival Horror, mas finalmente trago mais uma pérola do gênero. 

Pra te dizer a verdade eu ainda estou encucado com o enredo... mas vou tentar me decidir ao longo da digitação. Alias, antes que me esqueça, esse jogo é um exclusivo de PlayStation 2, lançado em 2006, e é beeeem polêmico (pra mim, pura frescura... tem jogos mais pesados... só FFXIII tem 60 Gigas no PC).

Pois bem...

As ideias, explicações e descrições que aparecem nessa análise são pura interpretação. 
Qualquer similaridade com o que tem espalhado pela net é pura coincidência.
Os pontos de vista e opiniões expressados aqui representam os meus próprios pesamentos e cara... tem muito spoiler!

Boa leitura!


"Rule of Rose" conta a história de uma garota adulta que volta para seu antigo orfanato, em busca de suas memórias de infância, as quais ela havia perdido. Mas, não demora muito e a garota sai de sua realidade e volta ao passado, onde literalmente revive suas memórias e lembranças esquecidas, com direito até a personificação de sua imaginação e interação com as pessoas e seres do passado. 


A história se prolonga num demorado gameplay, lotado de portas com loadings e caça à itens. Eu me lembro de ter desistido desse jogo por ter uma jogabilidade chata e lenta, com um vai e vem por portas e mais portas num mapa que por mais simples que fosse, confundia pela repetição. Por conta disso eu demorei pra voltar a jogar mas dessa vez, consegui me manter até o final do segundo capítulo, o que valeu a pena...


É quando o jogo começa de verdade, onde a protagonista encontra e salva seu cachorro. 



Com isso, a principal e mais importante ferramenta do jogo se habilita: O Faro do Cachorro.


Com tal parceiro, a garota consegue rastrear de tudo facilmente, só dando algo relacionado pro cachorro cheirar e seguindo ele. O nariz do bendito animal é extremamente aguçado e ele localiza com exatidão praticamente tudo e todos. E como o jogo é praticamente uma enorme caça ao tesouro, ter um aliado destes é de longe a coisa mais útil.


Mas, há momentos em que o cachorro não ta junto, e nesses momentos a chatice volta, e é preciso procurar as coisas por pura intuição ou seguindo algumas pistas. Apesar de sempre ter algo indicando pra onde ir ou o que fazer, a coisa é bem chata de fazer.

Os itens escondidos ficam tão escondidos, que as vezes é impossível de se ver, e pra encontrar é preciso ficar apertando o botão de interação em tudo quanto é canto. É um movimento padrão, mas só deixa tudo mais chato. É tipo assim: Você entra num quarto no 3° andar e não encontra determinado e importantíssimo item, aí você sai e passa por vários e vários locais, quartos, salas, corredores, andares, só pra voltar pro mesmo quarto e descobrir que o item que você precisava estava no cantinho da parede, escondido atrás de uma estante, com 3 corpos e um ursinho de pelúcia na frente. É mais ou menos isso que acontece.


Eu sei que coleta de itens é algo comum e padrão nos Survival Horrors, é ai que mora a graça, e o desafio ta em desvendar os mistérios, mas em RoR é algo um pouquinho exagerado de mais. Por sorte, pra variar um pouco, há momentos em que é preciso lutar!


Só que a alegria dura pouco, já que o sistema de batalha é totalmente lerdo e desajeitado.

A protagonista pode atacar com a mão, dando tapinhas fraquinhos nos inimigos que aparecem de vez em quando, ou pode equipar algumas armas mortais como Garfos ou Faquinhas. 


Existem armas grandes como a Pá, que acertam um pouco mais longe, mas mesmo assim pouca coisa (ou quase nada) muda, já que os inimigos atacam qualquer um que se aproxima, seja o cachorro ou a protagonista, e a única forma de lutar é chegando muito perto deles. Ou seja, é melhor optar por fugir do que por lutar... a menos que se tenha uma das raríssimas Armas de Fogo.


Existem duas armas de Fogo, mas uma só tem 1 bala, e é obtida apenas durante a parte final da última batalha contra o último chefe, e a outra é muito bem escondida e pra obtê-la é preciso encontrar 4 frascos de perfume diferentes com a ajuda do cachorro, e oferta-los numa caixa do clubinho (e na real, ambas são a mesma arma).


Isso alias, eu só descobri depois de já ter zerado o jogo, ou seja, eu nem peguei a arma. Pior que eu também nem imaginava que era possível doar outros itens além dos pré-requisitados no mês... ah é, tem isso...


Cada capítulo do jogo se passa em um mês do ano, e em cada mês é exigido uma oferenda dos membros da ceita dos Aristocratas. Isso é uma regra que se aplica a geral que vive no orfanato, e se parar pra pensar, é isso que move a história, afinal coletar o item exigido é o único objetivo claro que tem. 


Mas, da pra doar outras coisas aleatórias, que rendem consumíveis como doces, que recuperam a energia vital da protagonista. Mas, novamente, eu nem sabia disso, então em minhas mãos, a personagem teve de sobreviver na base de doces achados pelo chão e um garfo, que foi trocado por uma faca que achei na cozinha, depois por uma pá que achei num túmulo e depois por um machadinho que, por conta de seu alto dano, se tornou a melhor arma.

Eu sei, parecem várias críticas negativas mas, eu não tenho como deixar isso passar. Eu mostrei o jogo pro meu irmão, hipnotizado pela curiosidade, e o mesmo não entendeu porque eu tava jogando algo tão chato. Ao som de um violino, o jogo é paradão e repetitivo... mas como mencionei, eu estava hipnotizado, e é exatamente isso que faz Rule of Rose brilhar...

A curiosidade pra ver até onde a história vai, até onde a protagonista afunda e principalmente, pra entender todas as coisas malucas do cenário e todas as falas e cenas bizarras dos personagens, é o que força o jogador a continuar, sem nem se dar conta. É por isso que eu disse que valeu a pena resistir ao primeiro e demorado capítulo, pois a história começa a ganhar forma quando o objetivo de caçar itens se torna secundário e até automatizado (graças ao cachorrinho).

O legal mesmo é ver as Cutscenes...


A cada item entregue, há consequências, e podemos assistir a essas consequências, na primeira fila e comendo pipoca. Cada cena é mais perturbadora que a anterior, e tudo consegue chegar ao ponto de realmente assustar...


Cada revelação, cada significado, tudo fica cada vez mais aterrorizante conforme faz sentido... mas no final, todo o lado perturbador abre espaço pro verdadeiro tema do jogo: O Amor.


Fofinho não?! Eu fiquei perplexo ao ver que no final de tudo, nada era tão tenso quanto parecia... eu vou mostrar e explicar o porquê, então... é agora que a coisa realmente começa a ficar interessante.

Pois bem, antes de explicar os personagens e contar a história de forma resumida porém completa, preciso dar alguns alertas e citar algumas das principais características do jogo:
  1. Os vilões, em sua maioria, são crianças entre 8 e 12 anos.
  2. Questões morais e éticas, são constantemente apresentadas e abordadas no enredo.
  3. Abuso Infantil e Crueldade com Animais (incluindo tortura, espancamento, esquartejamento, estupro e etc) fazem parte da história, de forma subliminar e em alguns casos até explícita.
  4. A história nada mais é que uma mistura de flashbacks, lembranças e imaginação, ou seja: Nada é real no momento em que acontece, mas tudo já aconteceu, provavelmente de forma até pior que a reimaginada.
  5. Todos estão mortos... ou quase... isso é meio confuso de entender... mas tentarei explicar.
  6. Por fim, o jogo é acronológico. Nada ocorre ou é mostrado de uma forma linear, mas os eventos possuem uma ordem correta, e eu contarei nessa ordem, então os principais spoilers já estarão logo no início.
Dito isso... vamos la...

           Os Personagens          

Jennifer



Tudo começa com essa mocinha, azarada e desafortunada.


Ela é a protagonista, e a história gira em torno dela e de sua vida, pelo menos as partes mais ruins e traumatizantes de sua vida.

Ela passou por tantos traumas, tantas desgraças, que nem se lembra mais. É como se um grande apagão tivesse tomado sua mente, decorrido por conta de um stress pós-traumático.

Ela perdeu seus pais num acidente de dirigível, foi mandada pra um orfanato onde sofreu abusos psicológicos e físicos de outras crianças, encontrou e perdeu logo em seguida um grande amigo e assistiu à um massacre e a um suicídio, que ela mesma provocou. Desgraça pouca é bobagem.

Tudo isso é mostrado, pouco a pouco, conforme ela recupera sua memória. Alias, tudo começa justamente com ela indo em busca de suas lembranças, provavelmente na tentativa de desvendar seu próprio passado, ou descobrir a origem de seu trauma. Logo no inicio de sua viagem ela já tem o estopim para que suas memórias voltem... alias ela passa por dois estopins, ambos interligados porém bem diferentes.

A primeira coisa que acontece para iniciar sua regressão é o surgimento de uma criança misteriosa no ônibus para o orfanato. Essa criança, entrega um livro, e sai corrento.

Ela era uma das principais percursoras do grande trauma, e Jennifer a personificou inconscientemente, no momento em que se viu perto do orfanato. Ela começou a delirar e esse "fantasma" surgiu. Mas não era a única coisa...

A segunda coisa pela qual Jennifer passa que influencia sua memória é o encontro de uma coleira em uma cabana à caminho do orfanato.

Essa coleira pertencia a um cachorro, que paralelo a criança do livro, era igualmente percursor do grande trauma de Jennifer. Mas, ambos eram como lados opostos de uma mesma moeda, e é ai que as memórias de Jennifer começam a conflitar.



Tanto o Cachorro, quanto a Criança do Livro, eram importantes pra Jennifer, mas ela foi induzida por conta de eventos do passado a descartar os dois. Basicamente, ela era melhor amiga da Criança do Livro e melhor amiga do Cachorro, mas a Criança do Livro não gostava do Cachorro e ela obrigou Jennifer a escolher entre eles, mas... a escolha foi tão forçada que no fim, causou a morte de ambos.


Jennifer tinha seus sentimentos, mas não tinha suas memórias, então ela chega ao orfanato abandonado para explorar e encontrar algo que ela sentia que era muito importante. Depois de passar por alguns eventos estranhos, ela encontra um túmulo, o qual ela cava desesperadamente e descobre um caixão com um saco ensanguentado.

Logo em seguida, crianças empurram ela pra dentro do caixão onde ela é trancada e é supostamente levada pra algum lugar... mas na verdade tudo isso se passa apenas em sua cabeça.

Na realidade ela entra no túmulo e se deita com seu amigo, pois o cachorro estava morto dentro do saco, a anos. Paralelo a isso, ela recupera sua memória, pouco a pouco, enquanto dorme. Nós literalmente assistimos a um sonho de Jennifer, onde ela revive tudo que acabou levando ela e seu melhor amigo àquele túmulo.

Brown



Esse é o cachorro de Jennifer, que em seus sonhos conseguiu crescer e se tornar um ótimo farejador.



Apenas em seus sonhos, durante a reconstrução de suas memórias, pois na verdade Brown morreu provavelmente ainda filhote, brutalmente assassinado pelas crianças do orfanato, e de certa forma por causa de Jennifer.

Brown era um filhotinho abandonado que Jennifer passou a cuidar, alimentar e brincar, pouco tempo depois de ter chegado ao orfanato, quando criança. Porém ela o fazia secretamente, e longe de todos, sem conhecimento principalmente dos órfãos. Sua preocupação com a segurança de seu amigo era bem justificável visto que os hábitos das crianças órfãs eram um pouquinho agressivos de mais com os animaizinhos.



Mas, um dia, Jennifer decidiu apresentar seu cachorro e melhor amigo pra ninguém mais ninguém menos que a líder do grupinho das crianças do mal. Isso ocorre pois a garota em questão se torna também a melhor amiga de Jennifer, depois de tortura-la por alguns meses. É uma relação de ódio e amor um pouco confusa no inicio mas faz todo sentido depois... pois bem...

Ao fazer isso, não da outra, e pouco tempo depois o cachorro de Jennifer vira alvo da ceita. Como mencionei, há oferendas mensais em nome da Ordem dos Aristocratas, sendo elas, em sua maioria, sacrifícios de animais. Então surge Brown, que não apenas supria a necessidade do grupinho sociopata, como também atiçava os ciúmes de sua concorrente, a líder suprema do grupo, apaixonada por Jennifer.

Mas, Jennifer não deixa a morte de Brown barato, e ela espanca sua amiga, a Princesa da Rosa, a líder, a manda-chuva, e abdica sua promessa para com ela. Depois disso, ela é considerada a nova líder dos Aristocratas, só pra enfurecer ainda mais a pobre mocinha ciumenta... e é ai que a merd4 vai pro ventilador.

Wendy



A princesa da Rosa Vermelha



Essa mocinha é a ciumenta que acabou se apaixonando pela novata do orfanato. Sim, rola romance entre ambas, mas nada explícito, é só uma paixonite platônica por parte de Wendy.

Inicialmente, quando Jennifer chega ao Orfanato e é imposta às regras da Rosa Vermelha, a garota sofre pra caramba, porém ela sobrevive, e cumpre suas tarefas com maestria. Isso chama a atenção de todos, mas principalmente da Princesa Wendy, que acaba se aproximando de Jennifer.

Wendy era a princesa suprema do clubinho, mas havia um príncipe supremo também. Ambos repartiam o trono... literalmente... já que Wendy assumia os dois papeis secretamente. Alias, era o príncipe que dava as caras na maioria das vezes, e a princesa Wendy era a "misteriosa". 


Sabe a criança do livro? Pois é, ela é Wendy disfarçada de menino... mas as coisas não se limitam a isso.

Wendy se vestia como "Joshua", por duas razões: 1° Para manter a posição hierárquica do falecido príncipe e a sua. 2° Para manter sua promessa.

Ai tem uma pequena confusãozinha, pois muitos acreditam que Joshua inicialmente era Jennifer, que vivia confinada em um quarto até Wendy salva-la, surgindo aí a grande amizade entre ambas... isso é inclusive confirmado por conta de uma carta que diz "O homem me chama de Joshua mas meu nome é Jennifer". Em teoria, Jennifer teria sido a única sobrevivente da queda do dirigível que matou seus pais e o agricultor/fazendeiro pai de Joshua a resgatou e a confinou no quarto de seu falecido filho, vestindo-a e tratando-a como ele. Porém, tudo isso é apenas parte da ilusão que tomou conta da mente de Jennifer naquele momento. Isso ocorre em um trecho distorcido da história, e até mesmo a carta é resultado da reimaginação de Jennifer... digo isso com base no único momento em que os eventos ocorrem exatamente da forma que realmente aconteceram, que citarei no final da análise.

Bem, Wendy se vestia de Joshua para manter o verdadeiro Joshua vivo. Existiu um Joshua, que tinha uma doença e vivia em uma casa próxima ao orfanato. Ele era cuidado por seu pai, que escrevia histórias pra ele e tudo mais, mas um dia, ele faleceu, deixando seu pai extremamente depressivo.



Wendy conheceu Joshua, e planejou fugir com ele, mas Joshua deixou claro que ele amava seu pai, e apesar de sua condição, era o melhor e ele preferia viver com ele. Mas, ambos mantiveram contato até sua trágica morte... antes disso porém, Joshua foi condecorado como o Príncipe da Rosa Vermelha. 

O pai de Joshua cuidou de seu filho até seus últimos momentos, e depois de sua morte, ele o enterrou e entrou em profunda depressão. Porém, Wendy vestiu as roupas de Joshua e passou a se comportar como ele, para fazer o amado pai de Joshua feliz. Isso funcionou e o homem transtornado aceitou seu filho de volta, passando a cuidar de Wendy como cuidava de seu filho.  

Wendy revesava entre sua real identidade e a de Joshua indo do orfanato à casa dos Wilson e vice-versa, mas sua atitude humanitária para com a memória de Joshua foi prejudicada quando ela contraiu uma doença que a deixou fraquíssima e impossibilitada de deixar o orfanato. (essa doença alias é provavelmente a mesma que matou Joshua).



Daí, Wendy passou a ficar somente no orfanato, enquanto Joshua foi dado por desaparecido por seu pai, após falecido. Ainda assim, a garota se vestia de Joshua uma vez ou outra para mostrar que o Príncipe ainda vivia. Com isso, todos os príncipes e princesas passaram a respeitar o príncipe Joshua, e por desconhecer a princesa e sua real aparência, tratavam ela feito lixo. Wendy não era ninguém, exceto aos olhos de suas três principais serviçais, as quais conheciam sua posição hierárquica (mas desconheciam sua identidade dupla).

Jennifer, na tentativa de fazer amizades acabou se aproximando da garota doente que todos menosprezavam: Wendy.



Sim, apesar de ser a princesa, Wendy sofria pacas, e o que mantinha ela no controle dos Aristocratas era Joshua. Daí surgiu a novata, que também sofria pacas, e a mesma se identificava com ela. Ambas passaram a se tratar bem, e Wendy, apesar de ser a princesa da Rosa Vermelha, se tornou também a melhor amiga da garota novata sem valor algum. Ambas, secretamente, semearam essa amizade até que Wendy fez exatamente o mesmo que fez com Joshua: A Promessa de Amor Eterno.



É... muito bonito, muito fofinho... mas era tudo temporário, pois depois de um tempo, Jennifer passou a sair do orfanato escondida, pra se encontrar com alguém. Wendy não podia segui-la por conta de sua doença e fraqueza, mas ela conseguia imaginar o que Jennifer fazia... afinal ela mesma já tinha passado pela situação de sair do orfanato e se encontrar com alguém... Foi aí que ela criou a Lenda do Stray Dog (Cão Vadio/Disperso). 



O último chefe do jogo é essa criatura, mas seu significado tem duas grandes facetas. Uma é a inveja e tentativa de Wendy impedir que Jennifer a traísse. A outra é o amor de um cara traumatizado.

Vou falar da primeira, e depois, la pro final, explico melhor a segunda.

Wendy juntou o fato de haver um homem em busca de seu filho desaparecido perambulando perto do orfanato com o fato de Jennifer sair as escondidas, e inventou a lenda de uma criatura que atraia crianças para devora-las. Mas, isso só adiantou pra manter as demais crianças sempre no orfanato, pois a própria Jennifer não se aterrorizava nem um pouco e continuava saindo.



Um dia, Wendy questionou Jennifer, e a mesma confiou nela.

Sim, Jennifer mantinha Brown escondido das crianças do orfanato para que ele não tivesse o mesmo fim que todos os outros animaizinhos, mas ela confiou em sua melhor amiga e a levou até a cabana onde escondia seu cachorro, para apresentar e revelar seu segredo. Infelizmente ela nem imaginava que Wendy não era só uma criança qualquer do orfanato, mas a suprema líder dos Aristocratas...



Depois de tentar fazer Jennifer abandonar Brown por puro ciumes, Wendy viu que não conseguiria e passou a apelar para seus poderes de líder, e ordenou como Joshua que todas as crianças passassem a ignorar Jennifer. 

Mesmo assim não funcionou, e foi aí que Wendy fez bobagem e revelou o segredo de sua melhor amiga e amada, pras demais crianças. Ela exigiu Brown como oferenda, revelando sua posição e tudo mais.

Mas ainda assim não era o suficiente e Wendy orquestrou a pior tortura psicológica possível pra Jennifer: Como Princesa e Príncipe dos Aristocratas ela ordenou que a mocinha enterrasse pessoalmente o Brown, ou ela seria enterrada em seu lugar. E sob tal ameaça, Jennifer não viu outra alternativa além de seguir as regras e enterrar Brown.



Foi ai que seu cachorro morreu... mas ela ainda tinha Wendy apesar de tudo... até que fez a pior das descobertas...

Wendy, pessoalmente, junto dos Aristocratas, revelou na cara de Jennifer que era a Princesa da Rosa Vermelha. Isso enfureceu Jennifer, que pela primeira e única vez em sua vida reagiu. Jennifer espancou e humilhou a Princesa da Rosa, fazendo com que ela fosse inclusive deposta pelas suas principais cervas. Depois disso, Jennifer se tornou a nova princesa da Rosa Vermelha, por escolha dos súditos.



Aí, Wendy ficou arrasada, se vestiu de príncipe Joshua, voltou até a "casa de pão de gengibre", se encontrou com o pai dele e o convenceu a ir até o orfanato e matar a todas as crianças de la... simples assim.

Só que... durante o massacre, Wendy tira seu disfarce de Joshua na frente de Jennifer e revela seu outro segredo, dizendo que ela era o príncipe e a princesa ao mesmo tempo. Pro azar dela, o pai de Joshua tava atrás dela e ao ver a cena, ele mata Wendy também.



Logo em seguida, ao invés de matar Jennifer, ele se mata na frente dela.

Bizarro né?! Foi ai que Jennifer traumatizou de vez e depois que os policiais chegaram e resgataram a tadinha, ela cresceu, se tornou uma mulher, voltou pro orfanato, entrou no caixão de seu amigo, lembrou de tudo e dormiu com ele, pra sempre.



A história mais importante do jogo é essa, que gira em torno da protagonista e da antagonista. Mas, há muitos personagens secundários, como o próprio pai de Joshua, as súditas leais da realeza da Rosa, os funcionários do orfanato e os animais. Além deles tem os monstros e chefões, todos com seus perturbadores significados... e é de tudo isso que falarei agora. Alias, ao descrever os personagens e inimigos, eu também contarei a história do jogo na ordem de jogabilidade, ou seja... será a descrição e o enredo. Mas te garanto que se você buscava por um entendimento melhor sobre o jogo, já deve ter encontrado várias respostas interessantes até aqui. Só que ainda tem mais... muito mais!

Diana



Se a verdadeira líder se mantinha oculta, alguém precisava liderar publicamente, e esse alguém era Diana.





Ela é uma das servas leais da Rosa Vermelha e é a manda-chuva de todos. Ela parece ser a mais velha dos Aristocratas e mais perversa também.

Ela usa de intimidação, humilhação e até sensualidade pra obter o que quer.





Não tenho tanto a falar sobre ela, tirando o fato de ela ser uma criança com a mente tão conturbada que passou a aceitar altas atrocidades, com uma naturalidade desconcertante.


Por saber que ela não é a líder dos Aristocratas de verdade, todas as coisas que originalmente eu atribuiria a ela, como as decisões de quais serão as oferendas mensais, acabam por transforma-la num tipo de bode expiatório, dando a cara a tapa e assumindo a responsabilidade pelas atitudes mais malignas do grupinho.

Mas ela não é nada inocente. Na realidade nenhuma dessas crianças é, e no caso de Diana ela exala maldade e é uma garota mandona, metida e cruel.

Meg



Dentro dos Aristocratas tem que ter um burocrata, e essa é Meg.



Ela é inteligente, inventora, leitora, e é a porta-voz do grupo, fazendo os anúncios, convocações, etc.

Sabe aquela pessoa anfitriã que fala "Ladies and Gentlemen!!", essa é a Meg.





Ela não é menos malvada que as demais crianças, e pra ajudar ela é fria e calculista. Além disso ela é apaixonada por Diana, e tem o hábito de registrar absolutamente tudo o que acontece com um giz vermelho em seu caderno de ocorrências/diário, inclusive sua paixonite.



Meg também é a responsável pelos equipamentos dos Aristocratas, como a caixa de oferenda e os dispositivos de tortura. Ao que parece, ela é a idealizadora de tudo isso.

Eleanor



Do trio mais fiel, ao lado de Meg e Diana, tem Elanor, a mais fria de todas.





Ela quase não fala, esta sempre distante e acima dos outros. Além disso ela nunca olha nos olhos de ninguém e faz questão de ignorar a existência alheia. Ela é totalmente egocêntrica.


Tanto que em uma passagem do jogo, Diana e Meg chegam a apostar em qual seria a reação de Eleanor ao descobrir que seu passarinho de estimação havia sido morto. 



Pra surpresa, ambas erram feio, e Diana não se esboça qualquer reação, pega o corpo do passarinho e oferece ele na caixa de oferendas, pois ele era a oferenda do mês.



Alias, a maioria das crianças tem um bichinho de estimação ligado a elas, e eu vou falar disso depois.

Amanda




A última das crianças "principais" é a Amanda, uma garota gorda e com baixa auto-estima, que é constantemente humilhada pelos demais do grupo. Ela faz de tudo pra ser aceita.





Amanda é uma das garotas que mais chegou perto de se tornar amiga de Jennifer, porém, pouco a pouco, por causa de sua obsessão pelo reconhecimento das garotas mais populares, ela acaba traindo a amizade de Jennifer e agindo contra ela.



Ela é complicada, pois é instável. A qualquer momento ela explode e age de forma completamente ignorante. Por várias vezes, ela tenta usar Jennifer, a novata, pra subir no conceito do grupo, e quando ela falha, ela começa a agir de forma insana.

No final de tudo, Amanda deseja a morte de Jennifer e chega até a encenar a mesma... várias vezes.

Gregory M. Wilson



Esse cara é um dos poucos adultos que aparecem na história. Ele é o pai de Joshua.

Existem várias "formas" dele ao longo do jogo, e todas elas tem um significado bem diferente.

A forma inicial dele, é a com boina e entregadora de histórias.





Ele aparece trazendo histórias escritas por ele mesmo como um presente para Joshua, e as entrega para Jennifer, as vezes até chamando ela de "Joshua". 



Essa aparência carrega consigo dois significados distintos: Busca e Compartilhação.


Gregory tinha como objetivo principal em uma parte de sua vida, escrever histórias para seu filho moribundo. Para isso ele buscava por inspirações e Jennifer o conheceu durante uma dessas jornadas, quando ainda era pequena... é ai que nasce essa primeira forma em sua mente.





Jennifer cria inconscientemente um Gregory em suas memórias, que aparece de vez em quando para auxilia-la em seus sonhos, dando dicas através de suas histórias. Por não ser uma memória real, ele aparece vestido de uma forma exclusiva e que jamais havia sido vislumbrada por Jennifer, apesar dela já tê-lo visto no passado.


A segunda forma dele, é uma forma aparentemente real, a mais próxima da real acredito, onde ele é encontrado por Jennifer em sua casa, nomeada "Casa de Pão de Gengibre". Nessa parte ele aparece sem a boina, e com um aspecto depressivo. 



Além disso, há vários momentos que Jennifer o vê bebendo ou apontando uma arma pra própria cabeça.





Como mencionei, essa é a forma mais real dele, a mais próxima da verdade na cabeça de Jennifer, e ela é vista durante a passagem da mocinha pela casa do cara. Essa mesma aparência é a que ele tem quando é visto numa memória 100% real de Jennifer, em que ela aparece pequena, e é justamente por esse encontro que eu me atrevo a descartar a teoria de que Jennifer era Joshua. 





Durante esse encontro, o primeiro encontro, o cara diz claramente para Jennifer que ele estava em busca de uma história para seu filho Joshua, e até pergunta pra Jennifer se ela tem algo pra compartilhar. Esse encontro acontece no ponto de ônibus na entrada pro orfanato, e por ser uma das poucas memórias REAIS de Jennifer, é completamente contraditório com a teoria de que ela havia sido forçada a assumir o papel de Joshua após ter sido resgatada da queda do dirigível, pelo próprio Gregory. 


Se a cena em questão ocorre paralela aos cuidados de Jennifer com Brown, após a mocinha já fazer parte do orfanato e já ter semeado a amizade com Wendy, não é possível que o cara simplesmente ignore a existência dela, já que nesse ponto ele já teria vestido ela como Joshua por um tempo, até ela ser supostamente resgatada por Wendy.





A terceira forma dele é como "Cachorro de Wendy", onde ele aparece praticamente nu e de quatro, atacando e matando todos no orfanato. 



Ele é o último chefe do jogo. Que pode ser derrotado de duas formas, abrindo dois finais diferentes.





Na batalha final Jennifer consegue uma Arma de Fogo das mãos de Wendy, antes dela ser morta, e a arma tinha apenas 1 bala. Com ela, Jennifer pode atirar no cara, matando-o (depois de bastante luta) ou entregar pra ele.





Se Jennifer mata Gregory, a história acaba e uma mensagem simples aparece dizendo que a garota falhou miseravelmente.





Mas, se ela da a arma pra Gregory, em um momento que ele suplica por misericórdia, ele também morre, só que dessa vez por suicídio na frente de Jennifer. Isso desencadeia uma memória real da mocinha, onde ela pode encontrar Wendy, Brown e Gregory. 



Justamente por essa cena, justamente por esse final, que a teoria de que Wendy era Joshua ganha mais sentido.


O que permite separar memórias reais de memórias falsas é a aparência física de Jennifer. É algo bem simples: Se ela ta adulta, são memórias falsas ou distorcidas. Se ela ta criança, são memórias reais.





Só há 2 partes em toda a história em que Jennifer aparece como criança: Quando ela enfrenta Wendy e no final real.


Se considerar essas duas cenas como as verdades absolutas, muita coisa contada e mostrada na história perde o sentido. Por exemplo, Jennifer enfrenta Wendy logo após a chocante revelação de que ela era a Princesa manda-chuva, e ela estava por trás da morte de Brown. 





Se essa era a memória real, a versão da história que contava e até mostrava Jennifer jurando amor eterno à Wendy, assumindo o papel de Príncipe Joshua, com condecoração e tudo mais, não faz o menor sentido, pois Jennifer não sabia dos segredos de Wendy.


Além disso, se Jennifer viveu na casa de Gregory até ser resgatada por Wendy, não faria sentido algum seu encontro com Gregory ainda em sua fase de escritor, no final do jogo, pois o mesmo já estaria colapsado mentalmente e depressivo. Mas no final do jogo, ele aparece bem e escrevendo para Joshua.

Eu diria que nessa parte, uma das últimas viagens de Wendy havia ocorrido. Ela já estava em seu estado doente e pararia de sair do orfanato pouco depois de Jennifer encontrar Brown. Mas, depois do desenrolar de tudo, quando Wendy é humilhada e deposta, ela vai até Gregory, assumindo o papel de Joshua pela última vez, e o convence a fazer sua vontade: Dar cabo ao orfanato.



O fato dele aparecer praticamente nu e de quatro, é uma alusão ao fato dele ter se entregue totalmente às vontades de seu filho, que na real era Wendy. Ele havia se tornado um ser leal e totalmente submisso. Além disso, Wendy havia criado a história do cachorro malvadão para assustar os órfãos, então na mente de Jennifer, fazia sentido ele assumir uma forma canídea.

A parte do suicídio, e o fato de isso alavancar o final real, deixa claro que foi basicamente esse o desfecho da história de Jennifer, onde após matar Wendy (que havia acabado de se descaracterizar e revelar o segundo segredo à Jennifer), o cara simplesmente decide se matar, pois havia acabado de descobrir que seu filho estava mesmo morto e ele havia sido enganado e manipulado. O cara havia chegado ao cúmulo e quando Jennifer lhe da a arma, BUM! Ele se mata.

Hoffman

Esse é o diretor, professor e pelo que entendi, médico do orfanato.




Ele é um péssimo exemplo, visto que a galerinha do orfanato se comporta de forma monstruosa e ele não toma atitude alguma. Pra piorar, ele é molestador.



Ele não só coloca geral pra trabalhar, como costuma alisar as meninas mais velhas. Isso fica evidente quando ele interage com Diana, e passa a mão por todo o corpo da menina. Além disso, há a interação dele com uma criança que é chamada de "Princesa Triste". Essa mocinha é inclusive um dos chefes, mas eu falarei dela melhor depois. 

Ele é um monstro, e é mostrado como tal, inclusive sendo enfrentado como um chefe.

Martha



Ela é a faxineira do orfanato.


Apesar de ser a primeira vítima aos olhos de Jennifer, ela provavelmente era uma das únicas pessoas sensatas no orfanato. 

Era vista e chamada de Bruxa por todas as crianças, mas além de ser a responsável pela limpeza do local, ela também administrava e protegia a criançada... de certa forma. 

Infelizmente não há tempo pra conversar muito com ela e entender suas motivações, pois ela morre antes mesmo de terminar sua demorada limpeza na porta do corredor... 



Jennifer testemunha ela sendo espancada, arrastada e enfiada em baixo de uma cama... ou pelo menos ela imaginou que testemunhou. Por ser tudo um sonho, é provável que isso não tenha passado de mera especulação de Jennifer e seu subconsciente para lidar com o desaparecimento da pobre Martha.



Alguns artigos e cartas encontrados por Jennifer indicam que a empregada mantinha contato com policiais e fazia acusações constantes. Seu objetivo ao que parece era proteger a pirralhada... mas as próprias crianças não pegavam nem um pouco leve com ela.




Jennifer chega a encontra-la viva, toda amarrada e envolta com jornal... o que significa que apesar dos pesares, Martha tava viva.

Bem, é isso... mas ainda falta falar dos inimigos e complementar a história.

Imp


Os inimigos padrões do jogo são os Imps, que são simples criaturas humanoides de aspecto assombroso, que sussurram e atacam usando vassouras, facas e até caixas.


A criatura mitológica chamada "Imp", na qual esses monstros se inspiraram, é basicamente um ser travesso e infantil, que tem como habilidade a capacidade de incorporar criaturas pequenas, para auxiliar em suas brincadeiras.


Em Rule of Rose, os Imps são a personificação das crianças travessas do orfanato. Isso fica muito claro na passagem final do jogo, em que no mesmo local em que essas crianças estavam, surgem Imps (alguns deles caracterizados).


Era assim que o subconsciente de Jennifer via seus colegas, o que não passa muito longe da realidade. Os Imps são bem agressivos e mortais, sempre aparecem matando e limpando. Essa é quase uma descrição perfeita das crianças da Ordem dos Aristocratas, pois ao mesmo tempo que eles estão limpando o orfanato aos mandos de Hoffman, eles estão brincando e causando verdadeiros pesadelos, não só aos poucos adultos e as demais crianças, mas aos pobres animais que tiveram o azar de chegar até a mansão.


Existem variações dos Imps, sempre ligadas a uma das crianças da ceita e suas características ou aos animais que as crianças carregavam. Além disso, cada criança do orfanato usava um saco de papel com um animal desenhado. Jennifer atribuiu essas características e personificou os Imps em suas memórias.

Imp Coelho

Baseado no coelho de Wendy, esse Imp é também uma personificação da própria Wendy, misturada com seu coelho indomável... uma criança com cabeça de coelho.



A segunda oferenda que Jennifer precisa fazer, é o Sr Peter, um coelho que Wendy aparece cuidando logo no começo do jogo.



Curiosamente, esse mesmo coelho após capturado causa um alvoroço e destrói a caixa de oferendas, fugindo. Daí Jennifer e os demais aristocratas tem como missão encontrar e capturar o Sr Peter.



Quando os aristocratas conseguem capturar o coelho, eles o colocam num saco e espancam até a morte. Daí no final, eles simulam um enforcamento com o tadinho...


Nessa parte do jogo que os Imps Coelhos começam a aparecer, pouco mas aparecem. Há bem mais na parte final do jogo.



Wendy aparece em sua cama depois disso, aparentemente chorando, mas na real ela não sentia nada, afinal foi ela quem tomou a decisão de tal sacrifício.




Provavelmente ela nem tava cuidando dele, mas sim preparando ele.

Imp Peixe



Ele começa a aparecer durante a parte em que Jennifer pira na peixaria. Na verdade, o animal/oferta da vez é uma Sereia (que no caso é um peixe de estimação do diretor que Diana cuidava, costurado à uma boneca, provavelmente de Clara, ao estilo "Sereia de Fiji").

Daí surgem uns Imp com cabeça de peixe, que se jogam no chão e começam a pular e se debater, como peixes fora d'água.



Esses Imps são baseados em Clara, visto que a própria Clara é o tema principal dessa parte do jogo. Junto com Diana... ambas são "abusadas" nessa parte, o que deixa claro que o diretor do orfanato abusava das garotas mais velhas. Um peixe se debatendo é como Jennifer via as moças mais velhas, que não tinham escapatória alguma.

Imp Pássaro



Crianças com uma cabeça de pássaro, la no alto, feita de madeira com um pescoção... esse imp ataca de longe, bicando, e quase não se move, aparecendo durante o episódio em que a oferenda é o Pássaro de Eleanor.



Ele é baseado inclusive em Eleanor, e sua forma incorpora o fato de Eleanor curtir pássaros, e se achar acima de todos (olhando por cima do ombro e ignorando geral). Era assim que Jennifer a via, em seus piores momentos.

Imp Cabra



Os Imps com cabeça de Cabra são de uma parte em que uma história de Cabras Irmãs que rivalizavam é o tema. Tecnicamente, se baseiam em Diana e Meg, pela proximidade e divergência em certas opiniões entre ambas. Claro que, elas não deixam de serem unidas e, apesar do tema (que mostra uma matando a outra), na verdade ambas se juntam contra Jennifer.



Se olhar de uma forma interpretativa baseada em sonhos (tecnicamente, o jogo é um grande sonho né!?) as cabras tem significados que se conectam perfeitamente a Diana e Meg, dentro do contexto mencionado (opiniões e etc). Como uma é preta e a outra branca, significa aceitação e flexibilidade com relação a múltiplas opiniões. O chifre na cabra preta simboliza traição e desconfiança, bem a cara da manipuladora Diana. Claro que, eu não manjo nada de sonhos... pesquisei um pouquinho (tipo aqui) e até que fez sentido.

Imp Porco


Esse Imp é baseado principalmente em Amanda, onde ele personifica ela misturada com um porco (apesar de não haver porcos no jogo). Talvez se referindo às atitudes dela, ou a aparência robusta, ou simplesmente dando vida à máscara que ela usava (um saco de papel com o desenho de um porco), ou a forma como ela era taxada pelas demais mocinhas... algo disso fez com que a mente de Jennifer a caracterizasse dessa forma na hora de seus pesadelos.



Algo que o Imp Porco faz, é correr com os braços esticados como se fosse dar um abraço, o que causa um dano alto e em uma área maior que o normal, algo inspirado no fato de Amanda ser pegajosa e constantemente tentar demonstrar afeto por Jennifer agarrando e abraçando ela.




Ele começa a aparecer numa parte em que a história se foca em Amanda, reforçando a referência.

Imp Rato

Diana tem o hábito de usar um rato em um bastão e forçar as moças a esfregarem na cara umas das outras, como punição. Isso com certeza foi o que inspirou o formato do Imp com cabeça de Rato, que só aparece no final, rodeado por Imps Coelhos (e tem outro, mas menos significante).




Ele aparece no mesmo local em que Diana estava, logo, é ela. 



Tecnicamente, se refere ao hábito de Diana, e como Jennifer se lembrava dela em suas piores memórias. O Rato era seu simbolo, mesmo ela usando uma máscara de Peixe (saco de papel com peixe desenhado).



O fato da versão rato de Diana aparecer rodeada e protegida por Coelhos, é uma referência ao fato de Diana ser totalmente respaldada e protegida por Wendy, a verdadeira Princesa da Rosa Vermelha.

Chefes

Os Imps, junto aos Puzzles, são chefes que encerram algumas partes da história. Mas há chefões que se destacam. As irmãs cabras por exemplo, são juntas um dos chefes do jogo, mas elas aparecem novamente (pelo menos a branca) como chefe secundário, na parte final do jogo (onde Jennifer enfrenta 2 de cada um dos Imps animais mais fortes). Logo, eu desconsiderei todos os Imps como chefes. Tirando eles, sobram apenas 3 chefes (originais saca).

Hoffman

O diretor do orfanato é o primeiro chefe do jogo. Ele aparece ao longe, falando mal de Jennifer com alguns imps com vassouras o cercando. No contexto, ele estava recebendo denúncias por parte dos Imps da sujeita/bagunça que Jennifer fez, mas na real é uma mistura de memórias, que conflitaram nesse instante.



Quando Jennifer se aproxima, ela percebe que é Hoffman todo contorcido e enrolado com cordas. Daí rola lutinha, e no final, os Imps varrem o corpo dele pra longe.



Só que, Hoffman ainda aparece na história nos meses seguintes, o que deixa a história levemente confusa: Se ele era um chefe e foi derrotado por Jennifer, porque ele ainda vivia?!



Então, na minha interpretação, os chefes do jogo são uma farsa, todos eles, desde os imps até os chefões originais mesmo. Na verdade, Jennifer jamais chegou ao ponto de enfrentá-los de verdade, e a luta com eles em seus sonhos são apenas uma forma de sua imaginação lidar com seu fracasso, reimaginando uma situação real e supondo como as coisas se encerrariam caso ela fizesse a escolha de enfrentar a tal situação.



Por exemplo, Hoffman contorcido e amarrado, na verdade era apenas uma reinterpretação de Jennifer vendo Hoffman ao telefone, falando dela, misturado com o momento em que as crianças a culparam pela morte de um dos animais.



Ela viu isso ao longe, ficou com medo de se aproximar e foi embora. Mas, em suas memórias, ela não aceitou isso e enfrentou Hoffman. Claro que isso não ocorreu de verdade, e o que prova isso é o fato do subconsciente de Jennifer criar uma forma contorcida de Hoffman, justificada por cordas enroladas por seu corpo, com enfase no braço indo em direção a orelha. Ela nem sabia o que Hoffman estava fazendo na verdade, mas imaginou isso. Os demais chefes dão mais valor a essa teoria.


Clara



Clara é uma mocinha que Jennifer encontra e nomeia de "Princesa Assustada". Ela sempre ta perto de Hoffman e no final do jogo, rola uma cena bem estranha em que Hoffman chama e obriga ela a limpar o chão de seu quarto.



Na cena em questão, ela fica toda assustada e encolhida, e quando Jennifer olha pela fresta da porta, a coisa é estranha e um pouco desconfortante, onde Hoffman fica em pé enquanto Clara fica agachada fazendo movimentos na frente do cara... claro que Jennifer não vê nada demais... mas é estranho.



Pois bem, na parte da história em que Jennifer precisa encontrar uma Sereia, ela enfrenta Clara no final, no quarto de Hoffman, pendurada no teto por um anzol, com uma calda de Peixe.



Era uma verdadeira sereia que no final vira uma boneca com calda de peixe. Como na parte da história Jennifer encontra a cabeça de Peixe e as pernas da boneca, é justificável a sereia ofertada ser na verdade a boneca de Clara costurada ao Peixe de Hoffman... o que até gera bronca por parte de Hoffman, o qual culpa Diana e alisa o corpo dela todo durante o sermão.



Bem... tudo isso é apenas a mente de Jennifer lidando com a realidade traumatizante do que realmente aconteceu. Pense como quiser, imagine o que você achar melhor, eu não entrarei em detalhes do que pode ter acontecido, mas posso explicar o que Jennifer viu...



Pouco antes do chefe da Sereia aparecer, Jennifer chega no quarto de Hoffman, reimaginado como uma das muitas salas do Dirigível, e olha pela fresta da porta, vendo Clara deitada na cama e Hoffman sentado na sua frente. Ao invés dela abrir a porta, ela volta pra trás, e cabe ao jogador fazê-la entrar na sala. Quando ela o faz, Hoffman não ta la, e a sereia surge pendurada e gritando.



Então... Jennifer jamais entrou no quarto, por isso ela jamais descobriu o que aconteceu. Foi mais uma das situações em que Jennifer exitou em agir, o que gerou consequências sérias pra pobre Clara, mas que Jennifer menosprezou e desconsiderou psicologicamente. Ela preferiu reimaginar uma batalha contra um monstro do que enfrentar a dura realidade em que ela teve a oportunidade de salvar uma amiga, mas não o fez.

Gregory




No final temos mais um chefão que Jennifer na verdade jamais enfrentou: Gregory como um cachorro.



Quando ele aparece, Jennifer escuta os gritos de todas as crianças do lado de fora do orfanato, e ela aguarda até Joshua (Wendy disfarçada) entrar com Gregory numa coleira.




Daí rola lutinha, o falecido cachorro de Jennifer aparece pra salvar o dia, e ela vence o chefão.



Ao sair e ver as roupas de todas as crianças jogadas do lado de fora, sem corpo algum, Joshua aparece saindo pela mesma porta em que Jennifer passou, revela sua identidade como Wendy e entrega a arma de Gregory para Jennifer, dizendo que somente ela e seu cachorro poderiam deter o Cão Vadio.



Pois bem, rola a segunda parte da lutinha, onde é opcional matar Gregory ou dar a arma pra ele se matar. Pois é... tudo isso é apenas a imaginação de Jennifer imaginando o que aconteceria caso ela tivesse ficado na frente da porta do orfanato ao invés de ter se escondido.



Sim, ela jamais enfrentou Gregory, mas ela testemunhou seu suicídio, após ele ter matado Joshua, que ele descobriu ser Wendy. Na cena real, Jennifer apenas viu o cara se matando... provavelmente de longe, talvez por uma das janelas do orfanato.



Ela jamais pegou a arma do cara, e até a revelação de Wendy de forma heroica nem ocorreu. No máximo, Jennifer testemunhou a descoberta de Gregory que tirou o disfarce de Wendy, ou até mesmo por um pequeno deslize de Wendy, o que fez com que sua morte acontecesse.



São muitos "talvez" mas, o que importa é que no final de tudo, Jennifer foi a única sobrevivente do massacre do orfanato, por pura sorte ou covardia.




O único chefão que Jennifer realmente enfrentou, é o único que não é enfrentado no jogo...

Wendy



Sim, a princesa da Rosa é tecnicamente um chefe que o jogador não precisa derrotar, pois a própria Jennifer o fez na época certa. Foi a única iniciativa que Jennifer tomou, e por essa razão, sua memória vem inteiramente exata quando isso é mostrado, com direito a ela no corpo infantil.


Jennifer ficou irritada, brava, furiosa, e espancou Wendy. Isso realmente aconteceu, e apesar disso não trazer Brown de volta na vida real, foi uma atitude correta... mesmo que isso tenha causado a morte de todas as demais crianças, visto que foi justamente por essa surra que Wendy apelou pro Cão Vadio.



Beleza, ta feito... agora vou contar a história... da forma como ela aparece no jogo e depois organiza-l da forma linear...


Tudo começa em...

Março de 1930 vs Presente: 
A Pequena Princesa.




Jennifer chega ao orfanato e desenterra Brown. Basicamente é isso que ocorre... mas atente-se a data. 


Apesar dos eventos ocorrerem no presente, Jennifer tem vários devaneios e se lembra do dia de sua iniciação nos Aristocratas.



Perto do final, quando Jennifer chora e lamenta, sem saber exatamente o porquê, surgem as mocinhas da Rosa Vermelha encapuzadas com seus sacos/máscaras, e elas derramam água em sua cabeça. Eis a iniciação, o momento que Jennifer começou a errar.



Apesar dos Aristocratas serem um clubinho majoritário no orfanato, ele não era obrigatório, e nem todos precisavam participar. O erro de Jennifer foi aceitar... não que isso mudaria alguma coisa, mas de toda forma, esse foi o estopim de seu trauma: E isso ocorreu em Março de 1930.


Outro detalhe interessante e muito importante: O Dirigível.



Os pais de Jennifer morreram num acidente de dirigível ela foi mandada para o orfanato... (não sou eu quem diz isso, é o próprio cara que narra a história, Gregory).



Mas isso não significa que ela não esteve no dirigível... eu até arriscaria dizer que seus pais, provavelmente seu pai, foi o responsável pela criação do dirigível. Digo isso pois o dirigível que caiu é um fato claramente inspirado no acidente do R-101, ocorrido em 1930. Coincidência ou não, o dirigível britânico causou a morte de uma pá de gente, dentre os quais estavam vários envolvidos na montagem e manutenção do mesmo (afinal era necessária a presença de peritos na aviação, até mais que o número de tripulantes).



A imaginação de Jennifer é muito exata na forma técnica do dirigível, inclusive com relação ao mapa do mesmo, as salas das hélices e motores e várias outras partes, que podem ser vistas mas não tem qualquer conexão com o enredo. São cenários inteiros sem qualquer importância pra história... pelo menos não diretamente.



Tudo isso deixa claro que o conhecimento da mocinha era amplo, o que significa que ela esteve no dirigível (algo que com toda certeza nem todo mundo poderia fazer).

Os órfãos em geral, haviam participado de um tipo de excursão ao dirigível (foram à cerimônia inaugural), mas não chegaram a voar nele (Esse fato é afirmado em um dos primeiros jornais/artigos que Jennifer encontra) e isso foi o suficiente para inspira-los a tematizar a cede dos Aristocratas.



Um dos desenhos de Wendy, visto na parede do hospital (onde ela fixava seus desenhos, já que passava bastante tempo la) mostra o que parece ser a criançada curtindo o passeio, com eles segurando os cabos de atracagem do Dirigível, e alguns até voando nele. E claro, o dirigível é representado como um grande peixe.



Eles passaram a brincar que o orfanato era um dirigível, com direito a salas específicas e tudo mais. Ai imagina como Jennifer se sentia vendo que o local em que ela passou a viver, após a perda de seus pais, era justamente considerado e tematizado como o mesmo local que matou seus pais.

Parte do trauma que acabou com as memórias de Jennifer partiu daí. Por essa razão, boa parte do jogo se passa em pleno ar, num dirigível, que nada mais é que a reimaginação do orfanato, forçado pelas influencias das crianças.

Abril de 1930: 
O Campo de Trevos


Essa é a parte da história mais longa e chata, pois é aqui que o tutorial ganha forma, e o jogo vai se desenvolvendo em termos de jogabilidade.



Tem muitas coisas importantes nessa primeira parte (já falei de tudo praticamente), pois Jennifer encontra e conhece todos os moradores do orfanato. Além disso, ela encontra Brown, e faz sua primeira oferenda.



O primeiro bichinho sacrificado é uma simples e inofensiva mariposa/borboleta. Mas as coisas vão piorando conforme os meses passam.



É bem enrolado, mas o que importa é que no final, Jennifer consegue fazer sua oferenda, mas por ser a última é castigada tendo um rato esfregado em seu rosto, pela própria Amanda (que depois alega ter feito por ter sida forçada, mas recebe o troco.).



Esse mês acaba com Jennifer desmaiando após ser punida... e ai começa o próximo..

Maio de 1930: 
Senhor Peter.


Esse é o mês de oferecer o coelho de Wendy, e Jennifer já chega atrasada pra oferenda.


Mas ele consegue escapar e ela ganha uma segunda chance, precisando captura-lo... 


Alias, o coelho é retratado pelas crianças no cartaz como um demônio de um chifre... quando percebi que era um simples coelho eu fiquei pasmo... também, olha o estrago que ele faz...


Mas tudo isso acontece só depois de Jennifer se encontrar com Amanda do lado de fora do dirigível, e receber um pedido de desculpas. 


Nesse encontro, ambas conversam em cima do dirigível, mas mais pra frente o local real é mostrado.


Pois bem, Jennifer consegue, depois de muito tempo, depois de encontra-lo e persegui-lo por toda parte...


Capturar o bendito coelho... na verdade ela o encontra ensacado e esmagado, por vários Imps. O que era uma releitura do que realmente aconteceu. Nessa mesma parte, ela encontra o modo Chefe do Hoffman. 


Basicamente, ela estava buscando pelo coelho, dai quando o encontrou, pegou o diretor falando dela, e viu de longe. Daí ela fugiu, deu merd4 com a bagunça provocada pela perseguição e o diretor culpou a novata, baseado nas denúncias de seus coleguinhas. Mas na mente de Jennifer, em seu sonho, ela o enfrentou, venceu, e viu o mesmo sendo arrastado pelos Imps.


Daí ela leva o saco com o coelho morto pros Aristocratas, e o coelho saltita vivinho da silva de dentro dele. Fofo não?! Bem realista também... na mente de Jennifer, por pior que fosse a crueldade, os bichinhos voltavam a vida depois. Alias, o Brown morreu durante a luta contra o Hoffman no meu gameplay...


E só foi passar por uma porta que tava la ele, vivinho da silva... enfim...


Mas beleza, depois que Jennifer entrega o coelho Peter para Amanda entregar aos Aristocratas (sim, a mocinha tenta se aproveitar do trabalho da novata pra ganhar crédito com o clubinho)...


Jennifer testemunha o ritual de enforcamento e sacrifício do pobre bichinho, e é promovida, ganhando a oportunidade de esfregar o rato na cara da pessoa de posição mais baixa dentre os Aristocratas: Amanda.


Ela o faz... mas ai ela percebe algo que deixa a situação toda ainda pior...


O rato tava morto, e cheio de larvas. Se considerar o fato da cena toda ocorrer fora da realidade do dirigível, é possível deduzir que tudo isso estava próximo da realidade (apesar de não ter sido exatamente assim que aconteceu). A Punição pelo Rato também para de ser reproduzida justamente após essa cena (e Jennifer desmaia ao ver a condição do ratinho). 


Logo, provavelmente, essa foi a última participação do rato também. Ps;: Isso também conecta o Coelho com o Rato (na luta contra o Imp Rato por exemplo).

Outubro de 1930:
As Três Escolhas.


Então, o mês seguinte é Outubro, como é mostrado pelo save... 


E nele Jennifer tem uma audiência com o Príncipe da Rosa, o qual lhe pede para ler os 3 livros à sua frente, para assim ela se lembrar da merda que havia feito e o quão malvada ela era. Claro que, é opcional a ordem da leitura...


Cada livro mostra uma história com a última página rasgada. Lê-las faz Jennifer reviver os meses perdidos (pulou de Maio para Outubro... são 4 meses de amnésia, dentro da amnésia!)


A ordem correta, é a ordem "Julho", "Agosto" e "Setembro". O mês de Junho só aparece depois, e vou resumir os 4 meses... da forma mais curta que eu puder.

Julho de 1930:
O Pássaro da Felicidade


Essa história gira em torno de Eleanor e seu pássaro. Ele é a oferenda da vez, mas ele desapareceu, numa maldosa pegadinha realizada por Diana e Meg.


Jennifer vai em busca dele, não para ajudar Eleanor mas para cumprir a tarefa do mês. 


Tem penas do pássaro por toda parte, e ao encontrá-lo, ele ta preso numa caixa, dentro de outra caixa, que ta dentro de outra caixa, e assim por diante. 


Cada caixa exige um código numérico para ser aberta e eis a grande travessura: Quanto mais demorar pra abrir, menor será o tempo de vida da pobre ave.


Claro que Jennifer consegue abrir, seguindo inúmeras dicas...


Mas no final, o pássaro ta morto. Daí Eleanor aparece...


Pega o pássaro, coloca em sua gaiola, e vai até a sala de oferenda, algo que acompanhamos em primeira pessoa, na perspectiva do pássaro (curiosamente, quando isso ocorre é fora da realidade do Dirigível, ou seja: Perto do que realmente aconteceu).


E o que ela faz?! Ela pega ele e coloca na caixa, sem esboçar qualquer reação.


Simplesmente fria.

Agosto de 1930:
A Princesa Sereia.


A missão do mês de Agosto é oferecer uma Sereia, mas a história gira em torno de Diana e Clara.


Diana pelo fato de ter perdido o Peixe de Hoffman, pois provavelmente as outras moças do club pegaram o peixe e costuraram à boneca da Clara, pois era a única alternativa já que sereias não existem... mas era o desejo da Princesa e do Príncipe da Rosa.


Após encontrar a Cabeça do Peixe...


E as Pernas da Boneca...


Jennifer encontra "A Sereia".


Isso depois de enfrentar a forma Chefe de Clara...


E que chefe viu... tenso pra caramba... mas logo após derrotar o chefe que jamais enfrentou na vida real, Jennifer assiste Diana levando uma bela bronca de Hoffman...


Mas apesar de fazer cara de triste, de inocente ela não tinha nada e logo em seguida pega a "sereia" e devolve ao Aquário, culpando Jennifer por seus problemas e por atrapalha-la... 


E assim termina a história da sereia.

Setembro de 1930:
As Cabras Irmãs.


Nesse mês, a oferta eram Cabras Irmãs Filhote... 


Mas a história girava em torno da relação de Meg e Diana...


Jennifer encontra várias cartas dela, e algumas demonstram um "gostar" além do normal... cartas essas que Meg queria que ninguém encontrasse...


Pior que Diana sabia da carta, e das intenções e sentimentos de Meg, o tempo inteiro... mas ela não tava nem um pouco preocupada. Na verdade ela já tinha capturado a Cabra (esse orfanato é quase um zoológico) e tinha dado a carta pra cabra comer, mas não tinha funcionado. 


Jennifer vê Diana conversando com Eleanor sobre isso, e recebe a missão de recuperar o restante da carta de amor de Meg antes dela descobrir/encontrar primeiro. Tecnicamente, Diana havia pegado o diário/livro de ocorrências de Meg e lido sem autorização, daí ela encontrou a carta, não gostou, rasgou, tentou dar pra uma cabra comer, e depois "se arrependeu" e queria que Meg não descobrisse. Daí ela obrigou Jennifer a encontrar o resto da carta, pra depois por a culpa de tudo em Jennifer, já que ela estava com a carta. Simples não!?

Ao buscar pela cara, Jennifer encontra os imp em forma de Cabras e os derrota, ai ela descobre que na real, a cabra que Diana tentou alimentar com a carta estava morta e escondida dentro de um Relógio de Pêndulo... é bem tenso.


Daí Jennifer pega o restante da carta e junta as duas partes... só pra ser pega no flagra.


E ai, Diana e Eleanor fazem questão de acusar Jennifer pra Meg, que rende uma punição ainda mais severa que a do Rato... 


Meg era inventora, e havia feito um dispositivo de tortura único, que Jennifer estreou. 


Um a um, os membros dos Aristocratas deveriam jogar um inseto diferente, no saco com apenas uma entrada pequena. 


Esse era o dispositivo no qual Jennifer seria (e foi!) castigada.


Todos participam, menos o Príncipe e a Princesa da Rosa... e logo após isso ocorre a audiência com a realeza.

Mas, o mês de Junho que é o próximo...

Junho de 1930: 
A Casa de Pão de Gengibre.


Por que vem Junho depois de Setembro você deve estar se perguntando... pois é, é a forma que a história é contada e relembrada por Jennifer. A ordem das coisas não é essa, mas um lembrança levou à outra. O esquema da Carta de Amor Platônico de Meg por Diana fez com que Jennifer recordasse da Carta de Amor de W. para J.


A "Casa de Pão de Gengibre" é a casa do Sr Gregory. E Jennifer esteve la em Junho de 1930...


Isso ocorreu por conta da tarefa de Junho: Ofertar um Urso. Wendy queria o urso de Joshua (como princesa da Rosa) e depois de dar a ordem, ela deu dicas a Jennifer (como amiga) de onde ela poderia encontrar o urso, que na real era um urso de pelúcia. 

Jennifer foi até a casa de Gregory, pegar o urso do quarto de Joshua, e nesse passeio ela descobriu algumas coisas sobre a vida de Joshua, e os segredos de Wendy, mas sem entende-los muito bem.


Ao reviver a memória, Jennifer se coloca no papel de Joshua, e de Wendy, e revive como se ela fizesse parte (é ai que mora a confusão). Mas na verdade, na época, Jennifer nem sabia quem era "W," e quem era "J.", siglas citadas nas muitas cartas amorosas que ela encontrou no quarto do falecido garoto.


Inclusive, ao andar pela casa, Jennifer chegou a ver o pai de Joshua e se escondeu dele. 


Várias vezes...


Eu diria que as cenas em preto e branco são reais, memórias reais... mas uma das cenas que é colorida, na qual ela vê Gregory pensando em se matar, essa é falsa. Algo criado pela mente dela para justificar as atitudes finais do cara. As memórias poderiam estar confusas e esquecidas, mas elas ainda estavam la.


Ela conseguiu entrar e sair sem ser pega, e obteve o urso... mas ao reviver sua memória, ela se colocou na realidade de Joshua e ela se imaginou sendo capturada, presa e resgatada por Wendy, bem como foi a história original.


Só que na verdade, tudo que ela fez, foi pegar o urso para Wendy, pra ela entregar como oferta ao clube. Sem saber quem realmente Wendy era, sem saber o verdadeiro significado do urso. Foi apenas isso que Jennifer fez. As cartas, as memórias, são apenas projeções baseadas nas consequências e revelações futuras, que Jennifer havia esquecido/ignorado pelo seu trauma.


Assim que Jennifer pega o urso, Wendy aparece e a tira da casa de pão de Gengibre.


Antes disso porém, Wendy pega alguma coisa do escritório de Gregory e leva embora. Essa era a Arma de Fogo dele. Esse item em particular pode ter realmente sido recolhido por Wendy, ou apenas uma memória forjada de Jennifer pra explicar o desfecho... ambas as possibilidades são válidas.


Fora da casa, Jennifer e Wendy trocam presentes e juras de amor.


Essa é uma memória alterada dela, que junta o fato de Wendy ter se tornado amiga de Jennifer justamente pela devolução do urso, com o amor entre Wendy e Joshua. 


Sua mente tentava explicar o fato de Wendy ter tanto ciumes dela, com a justificativa de que ambas se amavam. Só.

Outubro de 1930:
A Princesa e o Pano de Costura


De volta ao mês de Outubro, após a audiência, a missão é recuperar o Urso Joshua.


E o prêmio é um Giz Vermelho, o que é a marca definitiva de um membro do clube dos Aristocratas. 

Jennifer não demora pra descobrir o paradeiro do urso. Amanda havia pegado ele, e a caçada se volta pra ela. Quando ela chega até Amanda, a mesma ta fazendo juras de ódio por ela, desejando a morte e tudo mais. Alias, lembra do topo do dirigível?! Então, essa é a verdadeira aparência dele: Uma árvore oca no meio do mato. Era apenas a parte de fora do orfanato, num morro em que Amanda escondia alguns de seus pertences.


Pois bem, chegando no local preferido de Amanda, ela recepciona Jennifer amistosamente e até entrega o Urso pra ela. Mas ela tava put4 da vida, e até estava treinando espancamento em uma boneca que simbolizava Jennifer.


Jennifer se assusta e desmaia após ver a verdadeira face de Amanda... e quando acorda, o urso sumiu de novo. Daí ela passa a perseguir o Príncipe Joshua, que havia pegado o tão requisitado urso.


Depois de correr, enfrentar Imps aos montes e chegar até ir parar na frente da Caixa de Ofertas com o Urso em mãos.


Uma das crianças a vê e corre pra avisar as demais, e em uma reunião com os Aristocratas, Jennifer é condecorada e recebe seu Giz Vermelho, 


Ao mesmo tempo que todos desaparecem, e dão lugar a Imps e mais Imps ao estilo "stop motion". É apavorante.


Daí ela é agarrada e amarrada.


E chegamos no desfecho.

Novembro de 1930:
O Funeral.


Jennifer acorda amarrada e totalmente riscada de vermelho, com vários gizes vermelhos enfiados em sua boca. Ela de fato havia recebido seu Giz Vermelho, da forma mais bruta possível. 


Os Imps aos montes agarrando e amarrando ela eram uma representação de sua mente, referindo-se às crianças riscando, prendendo e torturando a pobre infeliz.


Jennifer se solta com ajuda de Brown, e segue pelo orfanato. 


Ela já não estava mais no dirigível, era apenas o orfanato. A brincadeira havia acabado.


Mas todas as crianças passaram a ignora-la.


Depois de tentar falar com todos, e ser ignorada por todos, Jennifer escuta o anúncio de que a faxina terminou.


Geral some, tudo escurece, e a missão do mês é apresentada: Jennifer era a oferenda.


Todos queriam por um fim em Jennifer. Surgem Imps por toda parte, e ela precisa matar 2 de cada um dos Imps animais pra poder sair da casa. Simples assim.


Tudo quanto é tipo de Imp aparece, e no final, ela sai, justamente para o canteiro onde Brown foi enterrado.


Daí Wendy aparece, faz carinho em Brown, e quanto Jennifer encontra o caixão, todos somem, todos os Imps, Wendy, Brown, todos.

Jennifer escuta o choro de Brown e começa a procura-lo. Ela vê vários "Browns" mortos...


Mas quando chega perto deles percebe que são só bonecos... mas a sensação de perda tava nela... enraizada.


Mas ela sabia o que aconteceu, ela havia matado Brown no passado, e por mais que negasse isso, por mais que quisesse mudar esse fato, ela não podia...


A história já tinha sido escrita.


Daí Jennifer encontra Brown...


E sua mente ameniza a perda transformando-o em um mero boneco.


O que não é o suficiente pra acabar com a dor. Jennifer sentia a verdade.


Daí, o drama termina. O verdadeiro Brown aparece, logo ao lado dela.


E pra variar, é nesse momento que a Princesa da Rosa Vermelha se revela.


Wendy, surge sorrindo. E é ai que Jennifer se levanta e decide enfrenta-la.


A memória real, a única, ganha forma. Ela humilha, ela grita, ela descarrega toda sua raiva e desaprovação.


Ela espanca a Princesa da Rosa na frente de todos. E ela até admite, ao dizer que odeia todos e até ela mesma, que era fraca e se arrependia de nunca ter se imposto antes.


Aí Wendy sai chorando e todos ficam chocados. 


Fim... dessa parte.

Dezembro de 1930: 
O Cão Vadio e a Princesa Mentirosa.


Jennifer acorda numa noite chuvosa de dezembro. E é bem tratada e direcionada pelos membros dos Aristocratas através do orfanato...


Ela era a nova Princesa da Rosa Vermelha. A nova líder dos Aristocratas.


Mas... Wendy aparece do lado de fora do orfanato e todas correm para vê-la.


Jennifer fica pra trás e quando vai ver o que aconteceu, escuta todos gritando.


Daí, Joshua aparece ao lado de Gregory.


E Jennifer enfrenta o chefe final pela primeira vez, a primeira parte da luta. Na verdade, nada disso aconteceu, é só a mente de Jennifer trabalhando pra finalizar as coisas de forma heroica... mas a história é essa...


Jennifer tenta lutar, não consegue, daí aparece Brown, e juntos eles derrotam Gregory.


Mas depois Jennifer tem de enfrenta-lo novamente, armada. 


E ai rola o final correto, em que ela da a arma pra Gregory se matar.


Com isso, Jennifer caminha em direção a luz ao lado de Brown... literalmente.


E o último mês é mostrado.

Janeiro de 1930: 
Era uma vez...




Jennifer acorda no orfanato, em sua idade infantil, com aparência infantil. Tudo numa coloração monocromática e de aspecto envelhecido.




Ela anda pelo orfanato aparentemente deserto, mas e é possível escutar várias crianças rindo, fazendo sons de animais e cochichando. Também, é nessa parte que Jennifer encontra e lê algumas cartas trocadas com Wendy... nas quais a relação de ambas fica bem clara, e o ciumes de Wendy vem a tona. 




Apesar da carta levar também as iniciais "W" e "J", é como se Wendy tivesse reutilizado seu método de comunicação com Joshua e adaptado ao seu novo amor. Jennifer não sabia da profundidade das iniciais, coisa que ela só foi descobrir, e assimilar, meses depois (ao ir até a casa de Gregory).




Pois bem, Jennifer já vivia a um tempo no orfanato. Tempo suficiente pra desenvolver uma amizade platônica com Wendy, e aceitar entrar para os Aristocratas... mas o que importa é quem aparece nessa parte da história. 




Ao sair da mansão, Jennifer encontra Wendy, ambas trocam carícias... 


E depois, mesmo com Wendy praticamente implorando pra ela não ir, ela vai visitar Brown.



No caminho até Brown, Jennifer conhece Gregory, que até pergunta se ela tem alguma história pra partilhar.



Depois disso, ela vai até Brown, na casinha em que ela mantinha ele preso.



E após sair, e se despedir de Brown... tudo termina... e começa ao mesmo tempo.



E esse, é o final do jogo.

Se não entendeu, eu vou resumir a história na ordem correta. Não vou entrar em detalhes nem nada assim. É só pra ficar mais claro.:


Tudo começa com Wendy ficando enciumada pela proximidade de Jennifer com Brown. Dois meses depois, Jennifer entra pros Aristocratas. No mês seguinte ela faz sua primeira oferenda, a Mariposa, e passa pela primeira tortura do clube. No outro mês, Wendy "perde" seu coelho pros Aristocratas e fica triste, o que faz Jennifer, sua amiga, ficar mais próxima ainda. No mês seguinte, o urso de Joshua é a missão, e Wendy conta pra Jennifer onde ela pode conseguir o mesmo. Além disso, Jennifer da o urso pra Wendy oferecer.  Nos três meses seguintes, nas missões do pássaro, da sereia e das cabras, Jennifer conhece a verdadeira face dos Aristocratas. No outro mês, o Urso de Joshua é a missão de novo, mas dessa vez ele tinha sido roubado, e Jennifer vai atrás dele a todo custo, quando o recupera, ela consegue se tornar uma Aristocrata de elite mas é humilhada por isso. No mês seguinte, Jennifer perde Brown, se revolta e espanca Wendy. Daí, em Dezembro de 1930, Jennifer vira a nova Princesa da Rosa, mas todos no orfanato são assassinados por um psicopata manipulado por Wendy, que também morre no processo.

Só Jennifer sobrevive... e ela volta anos depois, pra desenterrar o passado, e se enterrar com ele. Literalmente.

Bem... agora sim é isso.

Espero que tenha ficado legal. Se ficou... to muito feliz. Se não ficou... eu tentei... e fiz por que quis... isso que importa!!!

Ah, antes que me esqueça... da pra liberar roupas secretas após terminar o jogo, pois uma Chave de Trevo de 4 Folhas surge no inventário ao entrar no Orfanato modo Dirigível. Essa chave abre uma porta que tem algumas roupas. Eu liberei as seguintes:

Roupa de Enfermeira


É bem fofinha e vem com uma Arma especial, uma Seringa Gigante. Todas as roupas extras vem com uma arma própria, que da pra mudar se quiser, mas fica fofinha junto com o vestuário certo. Essas armas alias são extremamente fortes.

Jogadora de Tênis


Muito fofa, vem até com óculos e uma Raquete de Tênis. 

Roupa de Lolita


A melhor e mais fofinha é essa, que vem com Guarda-Sol...


Além de incrível, ela também estiliza Brown!

Existem outras roupas, mas infelizmente eu não sabia delas antes de jogar por isso nem tentei libera-las. Essas 3 que citei são roupas padrão que ficam disponíveis só por terminar o jogo. Mas tem umas ainda mais especiais... talvez um dia eu as libere...

Se faltou algo, se você discordou ou não, sei la... comenta ai. Terei prazer em respondê-lo.

See yah!

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45 Comentários

  1. Acho que finalmente estou livre para descansar um pouco(fim de semestre terrível esse ano) e fico feliz que tenha escrito sobre esse jogo.
    Joguei esse jogo no ps2 em doses homeopáticas,em parte por preguiça e por outra porque procurei inúmeras coisas relacionadas á ele,desde a trilha sonora(que é incrível,até minha namorada que gosta de música clássica e Jazz adorou) até obras em que ele se baseou(se puder,leia "O Senhor das Moscas", o tom é quase o mesmo com um final levemente mais feliz).
    Shady,estava lendo um mangá chamado "Berserk" e acho que pode gostar(e se quiser analisar), a história é incrivelmente boa e profunda(e bastante violenta também,não sei se isso é um demérito) e o desenho é surreal(principalmente nos volumes mais atuais),infelizmente ele ainda não foi terminado mas falo sério quando eu digo que é a melhor história que tema medieval que eu já li(desculpe Senhor dos Anéis).
    Também li o seu post sobre o feedback e problemas nos posts antigos e eu não acho muita coisa á se reclamar,gosto de textos longos e explicativos, é ótimo para se conhecer coisas novas.Acho que a minha única dica é em relação a copiar as palavras(tanto para pesquisar automaticamente quanto para colar)sei que deve ser ruim um cara qualquer copiar e colar o seu texto em qualquer blog por aí e falar como se fosse dele mas dá para deixar apenas algumas palavras e termos possíveis de copiar e colar(e pesquisar)?Não mexo em blogs há algum tempo então não sei se dá para fazer isso,mas sei que no mínimo dá para indicar links diretos no texto,bastando clicar nas palavras em outra cor.Não precisa fazer isso(assim eu paro de ser preguiçoso e escrevo no google),principalmente se for dar muito trabalho.
    Então é isso,vou tomar mais cuidado para ler os novos posts(principalmente o próximo,SSBB...glorioso).Boa sorte e até mais

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    1. Final de ano, hora de curtir e descansar ao mesmo tempo! Natal chegando!!!!

      Não falei da trilha sonora de forma aprofundada e detalhada porque eu não manjo... mas que put5 som sr! Eu consigo ouvir em meus pensamentos, é algo muito bem feito. Sobre "O Senhor das Moscas", eu pesquisei de forma bem rala sobre Rule of Rose e vi algumas referências a esse livro... mas preferi não me aprofundar durante a digitação pra não influenciar minha própria interpretação... mas eu lerei sim.

      "Berserk", ouvi falar. Pode deixar, eu lerei. Infelizmente eu não tenho muita liberdade atualmente (trabalho toma todo meu tempo =/) mas vou separar alguns mangás e livros pra alimentar minha cabeça nos tempos vagos. Atualmente eu voltei a desenhar, faço um desenho diário, e quando a fonte de ideias secar, vou começar a ler (algo que dificilmente faço... hábitos saca). Ps.: Não curto Senhor dos Anéis, enquanto qualquer história medieval interessante, pra mim, já é melhor.

      Eu dei uma mexida e aprendi a linkar páginas. Na maioria dos textos eu coloco um link ou outro em palavras chave. Eu vou dar uma estudada quando tiver livre, pra melhorar o blog em designe. Mas, fico feliz pelo feedback ser positivo. Constantemente eu to atualizando todos os posts, nada que chame a atenção, são apenas correções ortográficas e algumas atualizações. Nada que mude o material... mas é bom saber que posso contar com os leitores em caso de falhas gritantes.

      SSBB ta saindo... sério eu já temrinei de analisar a história. A parte difícil é descrever os personagens... haja personagem kkkk. Alguns eu manjo, outros nem sabia que existiam (Olimar mano, que que é aquilo kkkk) mas eu vou entender o máximo que der pra descrevê-los de forma completa. Eu queria jogar e analisar cada um individualmente, pois se parar pra pensar o meu conhecimento sobre, sei la, Zelda, é muito maior que meu conhecimento sobre Metal Gear Solid... mas enquanto não jogo e analiso a lista toda, vou pelo menos resumir com base em observações (evitarei ler artigos prontos sobre os jogos e tentarei ser o mais imparcial porém fiel aos seus enredos... saca...)

      See yah sr Will... e vlw a leitura!

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  2. Ótimo texto! Joguei esse game há muito tempo, e na época não entendi bem a história... mas assim como o autor, fui cativado pelos enigmas da história e das cenas perturbadoras...

    Agradeço por agora o compreender por completo, e constatar que esse game realmente é uma "joia" perdida, para quem admira o gênero...

    Mas como não poderia deixar de ser em um jogo como esse, uma última dúvida: ao fim, com o aparecimento do "Stray Dog", deve-se deduzir que na realidade todas as crianças foram massacradas por ele ao mando da Wendy, para posteriormente o mesmo suicidar-se ao descobrir a real identidade do "Joshua"?

    No mais, parabéns pelo grande trabalho!

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    1. Serei sincero: Até os 45 minutos do 2° tempo eu também não entendi nada. Mas depois de terminar o jogo, e rever todas as imagens, as coisas começaram a clarear um pouco. Isso porque eu tentei não buscar respostas na internet, pra deixar o texto no mínimo original. Pena que não dá pra falar absolutamente tudo, ou o texto jamais sairia pois eu literalmente dissecaria cada pixel... mas em resumo, é isso ai... é o que eu considero o mais importante. Mas jogar, sempre é uma experiência única e Rule of Rose me marcou.

      É uma pena que a censura tenha ofuscado esse jogo, pois ele tinha potencial pra franquiar... se bem que a história de Rule of Rose ta perfeita assim, se fossem nascer outros jogos dele, seriam com a ideia, com o estilo, e talvez com o que tinha de bom na jogabilidade... acho que é a única coisa que não curti... apesar de quase não ter pego gameover, e da jogabilidade aumentar a tensão, achei que a lerdeza dos movimentos na hora de lutar e o excesso de portas tornou as coisas um tiquinho chatas. Se não fosse o enredo, eu não teria terminado.

      Sobre o Stray Dog, sim. Pelo menos foi isso que entendi. Claro que ele não se matou exatamente por descobrir que Joshua era Wendy, mas isso foi a última gota. O cara havia passado meses sob tortura psicológica e estava completamente fora de si. Eu queria entender bastante de psicologia pra poder tentar explicar isso... mas em resumo: Depressão e Insanidade são vizinhas.

      Bem... sr Jefferson, bem vindo e obrigado pela leitura! Fiquei feliz pelo texto ter lhe agradado...

      See yah!

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  3. Belo post Carinha, o jogo parece muito interessante. Btw, qual o proximo jogo Survival Horror que você planeja jogar ? E que venha SSBB !

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    1. Sr Tuth!!! Yey!

      O jogo é interessante, só peca na jogabilidade (opinião). Bem, que eu planeje jogar, survival... nenhum. Após terminar SSBB vou terminar a de DKC3 e continuar/começar Life is Strange, TWD (S01EP3). Vou jogar Remember-Me de novo. Dessa vez tentarei não esquecer da análise rs... Eu quero jogar Fatal Frame também... e FEAR... e com toda certeza eu vou jogar e escrever sobre Metroid. Provavelmente Super Metroid. E também vou trabalhar com Prince of Persia... eu quero muito falar das "Areias Opostas". A curto prazo, esse é meu cronograma.

      Esse fds sai SSBB.

      See yah sr Tuth!

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    2. Que bom, a e siga o conselho do Will, Berserk é muito bom, e se for possivel leia/assista o Senhor das Moscas.Btw, qual o proximo filme/anime que você pretende ver ?

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    3. Sim eu farei questão de seguir os conselhos do Sr Will. Normalmente vocês só recomendam coisa top.

      Filme... não tem nenhum found decente nesse fim de ano. Tem bons títulos pra 2017 mas por hora... sem nada legal. Anime... pretendo terminar de ver Death Note com meu mano.

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  4. Opa e aí...
    Já tinha terminado esse jogo há 2 anos,gostei muito da estória,muito triste por sinal e bem estranha kkkk.
    Deixa eu ver se entendi...A Jeniffer morre logo no começo do jogo ao ser "jogada no caixão"...Ou seja ela comete suícidio na vida real ou só depois que ela "imagina" tudo e o jogo termina e depois ela morre,ou ela continua viva...Ou o orfanato é tipo um purgátorio e ela passa por tudo aquilo já morta imaginando que tá viva na realidade...

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    1. E ai sr Gabriel!!!

      Então, ela morre no começo mesmo, cometendo suicídio... é tenso.

      Esse jogo não tem nada "sobrenatural", é tudo voltado pro psicológico mesmo. Ao ver o caixão e o cachorro enterrado, é desencadeado um monte de memórias distorcidas. Ela é jogada no caixão, por sua própria mente, que aos poucos justifica com suas memórias o porquê disso.

      É como se ela visse sua vida inteira passando diante de seus olhos, em seus últimos momentos. Mas na verdade ela apenas lembra a razão de tar se matando.

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    2. Caralho que estranho...
      Quer dizer que todos os momentos do jogo,tudo que você passa,na verdade é só um instante dela pensando na vida?
      Ela foi ao orfanato com intuito de se matar ou só foi uma coincidência infeliz que a fez lembrar do ocorrido?
      Então os únicos momentos em que ela está realmente viva é quando ela chega ao orfanato?
      Jogo muito estranho realmente...

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    3. Caralho que estranho...
      Quer dizer que todos os momentos do jogo,tudo que você passa,na verdade é só um instante dela pensando na vida?
      Ela foi ao orfanato com intuito de se matar ou só foi uma coincidência infeliz que a fez lembrar do ocorrido?
      Então os únicos momentos em que ela está realmente viva é quando ela chega ao orfanato?
      Jogo muito estranho realmente...

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    4. Sim, todos os momentos são tecnicamente um demorado flash da vida dela.

      Ela foi ao orfanato provavelmente atraída por seus próprios sentimentos e curiosidade referente ao seu passado. Ela envelheceu, o que significa que ela foi pra algum lugar e conseguiu viver por um bom tempo... mas ela não tinha as memórias de infância nem da própria família então, ela buscou pistas e foi até a origem de tudo. La, tudo veio a tona, partindo da coleira encontrada. Na verdade, as memórias começaram a voltar quando ela viu o ponto de ônibus... mas o que despertou tudo mesmo foi achar a coleira. Aquilo fez com que ela se lembrasse de tudo, mas o subconsciente dela tentou ajudar, preservar a vida e tentou distorcer pra evitar o trauma novamente... mas ai ela agiu por instinto, deitou ao lado do cachorro recém desenterrado e no final, se lembrou de tudo da melhor forma que sua mente deixou. Ela dormiu e nunca mais acordou, cometeu suicídio por abstinência. Tudo que vemos e vivemos é apenas a imaginação dela mesclada com as memórias, durante a morte dela.

      Isso provavelmente levou dias, não foi um único momento... mas ela não fez absolutamente mais nada após se deitar com o saco ensanguentado, dentro do caixão, onde tava seu cachorro.

      É bem tenso.

      Os únicos momentos "reais" são quando ela chega ao orfanato e as cenas em que ela se recorda com mais exatidão o que ocorreu. Claro que absolutamente nada além da cena inicial é verdadeiramente real, e tudo se passa na cabeça dela. Mas algumas dessas lembranças são mais ou menos reais. A maioria é apenas a mente distorcendo memórias com lembranças.

      Eu, particularmente, adorei a história e a forma que ela foi contada. É um tipo de terror psicológico que honra o título saca... em termos de enredo.

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    5. Man a estória é genial sem dúvida...
      O que me deixa desconfortável é que ela ficou sofrendo por dias antes de morrer...Nós jogamos o sofrimento psicológico dela...
      O jogo realmente foi ótimo no que se mostrou a fazer

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    6. É desconfortante eu reconheço... mas é isso.

      O que importa é que no final, apesar dos pesares, ela morreu em paz, afinal a verdade foi totalmente distorcida pra ela.

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    7. Cara ela morreu em uma mentira...Isso é péssimo

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    8. Cara ela morreu em uma mentira...Isso é péssimo

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    9. Ela morreu confortada sr... pode não ter sido a verdade, mas foi o melhor.

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    10. Mas man a verdade sempre é melhor sendo ela ruim ou não...
      Enfim...Feliz Ano Novo para você meu amigo.
      A espera do Max payne e dos fatal's hein RS.
      Quem sabe uma "saideira" de resident evil dead aim (spin off ) ainda esse ano hein rs

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    11. Bem, pelo menos nós sabemos a verdade rs.

      Feliz ano novo sr Gabriel...

      Eu adoraria responder ao seu pedido... mas já tenho planejado a "saideira" desse ano... pretendo postar todas os 5 episódios de TWD 1° temp Game e fazer a análise de No More Heroes... infelizmente RE só ano que vem mesmo... o mesmo pra Fatal Frame e Max Payne. 2017 será um bom ano pra esses títulos rs.

      See yah sr...

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  5. Say where is my shame, when I come back after so long.... Hahaha HAPPY NEW YEAR! Sim, porque afinal essa análise me é praticamente um presente de ano novo. Este jogo é uma pérola rara com um gameplay bem ruim, coisa típica de jogos do estilo aliás, mas que ainda assim tem uma história, um conceito, uma trilha sonora, uma gama de coisas que o fazem ser uma verdadeira obra-prima! A história me deixou mais apaixonado que Silent Hill até, embora seja um amor tortuoso pois afinal ela é muito interpretativa e nem mesmo os criadores quiseram entrar em detalhes sobre ela. Infelizmente ele causou tanto que deu até num jornal lá na Europa e tudo isso ferrou pesado com as vendas, foi até cancelado o lançamento em alguns países. Em resumo eu até joguei, mas não finalizei porque esse lance de legenda em japonês e dublagem em inglês me ferrou, fora a jogatina. Lamentável, aliás... Enfim, ele é fantástico, e a análise ficou muito boa, tanto quanto que a Bruna fez em "A verdadeira História de Rule of Rose", onde ela juntou de tal forma que me espantou muito pois ficou bem claro. Apesar de mistérios que são deixados ainda em abertos, como por exemplo o destino de Martha e Hoffman (que podem tanto ter morrido como eu imagino ou simplesmente terem ido embora segundo umas cartas no jogo dão a entender). A trajetória de Jennifer é mesmo complexa, e no fim eu acredito que tudo no jogo era ficção, creio que a Jennifer adormeceu um dia no parque e teve todas essas memórias, como forma enfim de se libertar de seu passado e poder continuar em frente, mantendo dentro de si as memórias daqueles que se foram como forma de honrá-los e não odiando ninguém, preferindo manter os bons sentimentos que as boas memórias deixaram nela graças a essa citação dela aqui:

    "I'm sorry everyone. You don't deserve to be forgotten... But I'll remember you. Thank you all for the precious memories."

    No wiki do jogo tem também muita informação e até teorias a respeito do jogo, vale à pena conferir, assim como o texto da Bruna.

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    1. Rs... feliz por sua felicidade sr.

      Bem, o que dizer... Rule of Rose é realmente incrível. Uma pena que foi tão prejudicado pelas péssimas críticas. Cheguei a ver que teve um lugar que baniu o jogo por incentivar o suicídio. Outro por ter sensualidade de crianças. Outro por ter crueldade contra animais... e por ai vai. Uma pena, mas ao mesmo tempo é bom, pois evitou que o jogo caísse nas mãos de empresas mercenárias que conseguiriam, facilmente, destruir o mesmo na tentativa de criar uma franquia. Certeza. O bilho de Rule está no fato de ser uma história simples (complexa, porém simples).

      Sobre "A verdadeira História de Rule of Rose" por Bruna Cardoso publicado no seugame.com, foi um dos artigos que cheguei a consultar. Mas, eu evitei ler de forma profunda qualquer texto, antes de publicar o meu, para evitar qualquer influência. Acredite, tentei ser bem original e fazer uma interpretação individual. Ainda assim, preciso dizer que o trabalho dela ficou magnífico. Algo que não posso falar da Wiki. Na real, tem wiki de tudo quanto é jogo, e eu costumo chegar algumas informações la, durante as pesquisas, mas vejo tanta coisa boa quanto bobagem. Acho que por ser um site aberto à edição, eles buscam generalizar as informações, levando e registrando apenas o básico do básico, sem dar certeza de nada, sem se arriscar em interpretações pensadas. É triste... mas compreensível. Ainda assim, vira e mexe me vejo criticando o que tem publicado nas wikis.

      Enfim... sobre seu comentário do "sonho". Eu concordo, e não concordo, ao mesmo tempo. Percebo que o sr usou a abertura como influência, incluindo o banco de praça e tudo mais (saca, o parque)... mas a existência de Brown na cena já deturba tudo, e ainda tem o dirigível reimaginado, que implica na seguinte conclusão: Aquilo é apenas um sonho. Ou seja, ela de fato ta sonhando, mas ela sonha, dentro de outro sonho (A Origem rs). Eu acredito que ela estava o tempo todo no caixão. Só que como o sr disse, o jogo é aberto a interpretações, muito.

      Eu não sei se eu que sou pessimista de mais, mas eu acredito que a atitude de Jennifer em permitir a alteração de sua mente não é algo bom, é até meio deprimente. Mas ok.

      Sr, eu fiquei honrado em jogar, em analisar, e com toda certeza fico ainda mais por sua leitura. Sério sr Marcio, fico com medo de não conseguir fazer algo decente, e quando faço, fico orgulhoso pra caramba.

      See yah.

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  6. Fantástico amei o artigo ficou muito bom! Eu joguei umas 8 vezes esse jogo, só pra tentar pegar tudo kkk. Consegui fazer com que o Brown se transforma-se numa cadeira sem querer, foi bem bizarro.

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    1. Numa cadeira?! Oo

      Moça deve ter sido muito irado... e estranho... creio que tenha sido um bug né? Tipo, eu sei que ele pode vestir umas fantasias e ser personalizado dependendo da roupa que a moça veste, mas jamais imaginei que dava pra virar uma cadeira... isso é muito louco kkkk.

      Eu agradeço pelo seu gosto moça, eu amei ter postado, sempre quis jogar Rule of Rose, foi uma experiência gratificante e bem, fico lisonjeado por sua leitura. Seja bem vinda ao DM.

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  7. E realmente o jogo é fantástico, trilha sonora perfeita, enredo muito bom. E uma das coisas que me deixou intrigada no jogo, foi a cena do cap once upon a time em que a Jennifer conversa com o Gregory, e ele pergunta pra ela se ele pode fazer uma historia sobre ela, achei isso lindo, ela realmente era como uma filha pra ele, uma opiniao simples seria que essa cena se passa antes de tudo, antes do dirigivel cair, antes do Joshua morrer, antes de Gregory enlouquecer, antes de tudo mesmo. Mas nesse jogo é dificil achar uma certeza nao é? kkk

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    1. Moça, foi minha impressão também. Entre os momentos ilusórios e os reais, acredito que este seja um dos pouquíssimos reais. Foi inclusive o momento em que eu passei a entender o enredo, e aprendi a separar verdade de imaginação.

      Temos sorte de ter conhecido esse game moça, ele é simplesmente encantador.

      Repito: Bem vinda ao blog srta Cida.

      See yah!

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  8. Nao acho q ela tenha morrido, acho q ela teve um looongo sono no banco da praça e se lembrou de tudo de uma manera distorcida e pertubadora(ou menos pertubadora), ai quando ela acordou ela teve umas alucionaçoes de como ver o cachorro na frente dela e depois desaparecer e as crianças(que podem ser as crianças do orfanato numa alucinaçao mesmo ou outras parecidas q n me recordo agr) graças aos seus traumas revividos no sonho, ja o dirijivel q ela ve no céu pode ser tambem uma alucinaçao ou um novo dirijivel q apareceu conhecidentemente na hora pq nao?!!

    Curiosamente uq me fez querer jogar foi pela historia,personagens,trilha sonora,visual e graficos muito interessantes/exelentes,pq realmente a jogabilidade é lenta/lerda,jenifer é lenta/lerda uq me fez ter muito trabalho nos chefes como contra o diretor do orfanato e contra sereia, e tambem a exploraçao bem demorada mesmo num cenario pequeno e sobre vc entra numa sala procurando uma coisa nao achar e depois de uma looooonga procura em outros lugares descobrir q uq estavamos procurando tava naquela sala isso realmente irrita kkkk, e so nao desisti do game toltalmente(eu desisti algumas vezes mesmo conseguindo prosseguir, por causa da lerdeza, mas depois continuei) graças as qualidades q citei...

    Enfim tirando a jogabilidade é um jogo exelente(e obs:realmente a jogos mais pesados como o proprio FFXIII mesmo kkkk)

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    1. Pois é, as vezes chega a ser frustrante seu gameplay, mas a história e beleza técnica nos prende.

      Bem, pode ser ué, porque não? Podemos interpretar livremente e há aberturas pra essa visão. Eu sou mais trágico, mas isso não me torna mais "realista", pelo contrário, minha versão interpretativa é bem viajada, confesso.

      Obrigado pela leitura Srta Lockhart.

      See yah! ^^

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  9. Por isso que Jennifer e Brown correm juntos para a luz no final do jogo. Ela finalmente esta com o seu amigo.

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  10. Dizem que se quiser fazer uma coisa bem feita,faça com o coração,e a sua analise tem muito coração.
    você não só dissecou o jogo,estudando cada parte cuidadosamente com muito respeito e cuidado,como também juntou todas as peças e colocou no lugar certo e de maneira
    perfeita.meus parabéns pelo seu trabalho e obrigado ^^ fica com Deus.
    Obs: Tai um jogo que merecia um Remake. Hoje seria melhor,creio eu porque,as pessoas jogam o jogo antes de analisar ou julgar. antigamente me parece que as grandes revistas nem se quer jogavam antes de fazerem as criticas,sei lá...é só minha opinião.

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    1. Obrigado sr Emanuel... eu imprimo muito de mim nesses artigos e fico bem feliz em ter conseguido compartilhar tudo o que eu queria. O esforço é recompensador, principalmente quando leitores como o sr alcançam meu trabalho.

      Alias, um jogo como esse não merecia um tratamento menor que esse. Obras assim precisam ser avaliadas e analisadas minuciosamente e com um comprometimento impar. Me orgulho do resultado... e obrigado por partilhar dele.

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  11. Eu acho que depois que depois que Wendy perde Joshua ela vira uma criança amarga,e
    começa a querer destruir tudo que as outras crianças amam,por isso que ela pede sempre os animaizinhos das crianças mortos.
    acho que os animais representavam muitas coisas,desde a inocência ao desejo de liberdade,como no caso do pássaro de Eleanor.
    Mas Brawn foi o que mais me emocionou ;-;

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    1. Concordo com sua visão... Crianças são muito ligadas aos seus animais... Sem querer zombar do raciocínio (longe disso), a Dilma Rouseff tentou expressar isso naquela famigerada frase "Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás(...)". Pelo menos foi isso que eu consegui interpretar...

      E sim, Brown foi pesado.

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    2. Não me senti zombado ^^ kk. Só quis encontrar o motivo do comportamento de Wendy mas,acabei de ver um furo na minha própria teoria. Que são as cabras gêmeas, Não faz nenhum sentido pois,não pertencia a nenhuma criança,a não ser pela carta de amor que foi rasgada,mas isso não justifica a morte do animal.
      então,alem do simbolismo dos animais com as crianças,não encontrei um motivo para os atos de Wendy...alem de pura maldade?sei lá. Ela não sabia oque fazia?enlouqueceu com o poder?chama o psicologo! ^^ kk.

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    3. O pior é que cabras simbolizam o diabo, psicologicamente falando (tadinhas), provavelmente, é a pura maldade mesmo. Como o sr disse, chama o psicólogo, que ta feio.

      Algumas pessoas, inclusive crianças, são bem perversas, sem precisar de um trauma por trás.

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    4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    5. O sr parece bem centrado na psique da galera, isso é bom.

      Eu preferiria uma continuação espiritual, do que um remake. Por mais que os gráficos fossem melhorados e o gameplay, acho que o que marca Rule of Rose é aquela simplicidade e a tendência em forçar a imaginação. Um jogo na mesma temática, com um peso tão grande quanto no enredo, já seria demais.

      Ainda assim, você ta certo sr.

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  12. descobri esse jogo esses dias e uau...é tudo muito emocionante pra mim. Fiquei muito triste pelas atrocidades que essas crianças cometiam principalmente com o pobre cachorrinho da jennifer. Eu não consegui processar tudo mas com certeza seu texto me ajudou a digerir. Obrigado!

    Então, no fim, a jennifer morreu? :(

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    1. Infelizmente, ela morre. É a única lógica que consigo pensar... e é triste mesmo.

      Esse jogo é um soco no estômago... mas é um ótimo jogo... é pesado, meio traumatizante... mas é ótimo.

      Pelo menos no quesito Terror Psicológico ele se sai perfeitamente bem e é um grande exemplo. E nesses casos, desfechos positivos poderiam até estragar a mensagem da obra como um todo, então, é de se esperar toda essa tragédia mesmo.

      Enfim, bem vindo!

      E obrigado pela leitura.

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  13. Esse jogo é muito fod# e essa análise ficou ótima, concordo com praticamente tudo. Só senti falta da análise das cartas da Martha e do diário do Hoffmann. Pelas cartas da Martha, onde ela conversa com a polícia, o jogo nos informa que Wendy já tinha contato com o Gregory antes do massacre e que ele aparecia explicitamente andando de quatro e latindo aos comandos dela. Isso me deixou confuso, pois sua análise diz que Wendy não podia sair naquele período devido sua saúde.
    Quanto ao diário do Hoffmann, nele mostra a suposta afeição dele por Clara e suas queixas sobre não aguentar mais aquele ambiente. Ali nós tbm somos informados que Martha, Hoffmann e Clara desapareceram antes do massacre e que as crianças viveram sozinhas por um período. Essa parte não ficou clara pra mim...
    Enfim, parabéns pela resenha.

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    1. Cara, esse jogo é surreal... só de olhar a cover já tive excelentes memórias voltando.

      Fico feliz por ter gostado do artigo sr Emerson, mas talvez eu tenha pecado ao não falar destes documentos...

      Não sei ao certo se os encontrei... já faz muito tempo desde que vi este jogo e, já não guardo recordações exatas. Mas o que posso dizer é que, caso eu tenha deixado essa informação de lado, eu lamento muitíssimo.

      Espero que a ausência desses dados não seja algo comprometedor pro artigo em si. Darei uma lida, e verei se recupero as memórias pra tentar explicar esse ponto vago... daí retorno aqui e comento caso consiga.

      De toda forma, eu agradeço muito pelo comentário, e seja muito bem vindo... você parece amar esse game!

      Cara, de verdade, que saudades desse jogo absurdo!

      Obrigado por me trazer aqui!

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