O Filme (Achado) Procurado de Hoje: The Babadook.

The Babadook


Pois é... já adianto que não é found footage, nem documentário, mockumentário, filmagem de transito, compilados de snapchat, diário em vídeo, ou qualquer coisa que envolva o que eu normalmente assisto. Dessa vez é só um terrorzinho básico... mas isso não torna o mesmo menos assustador. 

Claro que, estou acostumado a me assustar apenas com o que de certa forma insinua realismo, é o que costumo buscar... mas dessa vez eu estava sedento por algo medonho e diferente, e busquei bastante por filmes, chegando a cogitar inclusive tentar assistir coisas como Centopeia Humana, filmes clássicos (nesse caso eu ainda vou assistir) ou até quem sabe, Holocausto Canibal (seria a terceira tentativa... mas nem). Daí achei essa belezinha que só pela capa já me conquistou...

Tem spoiler ta.

Bem, dito isso... boa leitura né...



Então, Babadook é um filme do tipo Terror com elementos Psicológicos e Sobrenaturais. Conta a história de um pirralho hiperativo metido a caçador de monstros, chamado Simon (Na real é "Samuel"... mas a pronúncia é praticamente "Simon" e também... faz mais sentido), e a mãe dele, que eu não me lembro mais do nome. 


A mãe é atormentada pelo filho, por conta de vários fatores diferentes (mas principalmente o comportamento do infeliz), e de alguma forma acaba invocando pra sua vida um ser paranormal chamado Babadook, tal qual ajuda o garoto no trabalho de ferrar com a sanidade dela. 


Em resumo é isso. 

Mas as coisas não são tão simples assim (sequencial triplo de "ão" brinca), e ao longo do filme os detalhes vão deixando tudo mais claro. Não é difícil de entender, nem de acompanhar, mas o final do filme é de surpreender. 

E é por causa do final, que decidi criar esse post. Só pra sabe, registrar mesmo a experiência, e se bobear compartilhar também, porque não!? Enfim... 

Antes de falar do final, vai um resumo dos personagens mais importantes que aparecem...

Simon
(Samuel... pif)


Herdeiro do clã Belmont, Simon busca pela vingança contra a morte de seu pai, e enfrenta altos demônios, espíritos, monstros e afins em Castlevânia. Claro que ele consegue enfrentar Drácula e concretizar sua vingança de vez quando adulto, mas Simon já mostrava traços de um grande caçador ainda jovem, quando vivia com sua mãe.


Ele criava armas, e antes de adotar o uso do Chicote, característico da família, Simon apelava pra Disparadores de Dardos e Catapultas de Bolas, tudo inventado e fabricado por ele mesmo, aos seus 7 à 8 anos (com as ferramentas do próprio pai alias). 


Apesar de ser extremamente dedicado ao trabalho da família, sua mãe não curtia esse seu lado caçador, e fazia o possível pra tira-lo desse rumo, mandando-o pra escola, forçando a social com outras crianças mas... no fim Simon não conseguia se dar bem com ninguém, apenas sua mãe (mesmo ela o rejeitando as vezes).


Um dia ele encontra um livro estranho e pede pra sua mãe ler pra ele... mas o livro era demoníaco e acaba por invocar uma entidade nomeada Babadook, trazendo uma maldição que inicialmente atinge Simon, mas ele vence rapidamente... o que depois passa pra sua mãe.


Daí, ele decide salva-la a qualquer custo, motivado pelo seu amor. Usando e abusando de uma promessa que fez em conjunto com sua mãe, ele consegue conduzir um verdadeiro exorcismo contra Babadook (tal qual possui a mãe do moleque) e no final, sua mãe mostra que apesar de não ser uma Belmont, também tem sangue fervoroso nas veia. 


A Mãe


Apesar do nosso protagonista mais interessante ser evidentemente o caçador de monstros, a mãe dele aparece bem mais. Ela é uma cuidadora de velhinhos que, nas horas vagas, curte jogar Wii. 


Ela perdeu seu marido no dia do nascimento de seu filho, num acidente que se deu pela péssima condução do maridão, que acabou morrendo ao mesmo tempo que seu filho nascia (na real o cara se distraiu por que achou que ia chover... culpa do Drácula!). 


A partir dai, a Mãe buscou não falar de seu falecido marido. Porém, por dentro ela se remoía toda por culpa, raiva, e mais uma penca de sentimentos ruins, até mesmo contra seu filho, tal qual ela indiretamente culpava pela morte de seu amado. Ainda assim, ela cuidava de Simon, demonstrando todo o amor que sentia, mesmo ele não ajudando em nada.


Com a chegada de Babadook, ela passou a ser ainda mais atormentada e conseguiu ver que seu filho era o menor dos problemas... mas ai já era tarde e ela estava possuída pelo medo, e consequentemente, por Babadook. 


Daí, a moça mata o cachorro da família, seguindo o cronograma que o próprio Babadook havia feito pra ela, mas ao tentar matar seu filho, o mesmo reage bonito e consegue não apenas derrubar ela, com o diabo no corpo, mas também consegue prendê-la, e exorciza o tinhoso. 


No final entretanto, Babadook não vai embora da casa, pois sua maldição era impossível de ser quebrada, então... a Mãe tem a melhor ideia e mais contraditória de todo filme de terror... e eis o grande final: Ela adota Babadook como novo cão da família.


Pois é, dotados de um demônio domesticado, os Belmont se tornam mais uma vez o clã mais poderoso no mundo, e a esposa de Trevor Belmont mostra exatamente a razão de ter conquistado o coração de um dos lendários caçadores de vampiros do mundo. E ninguém mexe com os Belmont!


Tem mais um monte de personagens legais, tipo a velhinha vizinha ou o cara passível a amante. No caso da velhinha, ela era provavelmente uma guardiã dos Templários que observava e zelava pela família Belmont, saca, de longe. No final ela até tenta ajudar jogando umas mandingas pela porta da casa, mas isso não adianta muito, só ajudando mesmo a enfraquecer levemente o Babadook. O cara meio que casa com a parte da história em que a Mãe viúva precisava... relaxar... mas isso parece ser abandonado da metade pro final e o cara some. Tem mais alguns personagens, sem importância, exceto é claro: Babadook.

Babadook


O cara é resultado de uma maldição de um livro, que quando lido, invoca ele na vida de quem leu. Apesar de Simon não saber ler, ele viu as imagens do livro então se ferrou junto com sua mãe. Mas é claro que isso serviu de treinamento.


Seu livro mostrava ele e como ele agia, através de um poético ritual verbal. Mas, assim que a Mãe percebe que aquilo não era um livro comum, ela para de ler em voz alta e folheia até o final, em branco.


Posteriormente ela se assusta, esconde o livro, Babadook aparece só pro filho dela, daí ela rasga o livro, e ai Babadook começa a aparecer pra ela, trazendo seu livro novamente pra casa. Num evento completamente simbólico, Babadook deixa seu livro na frente da casa dela, e ela encontra, pega, leva pra dentro e termina de ler.


O livro estava todo remendado e colado, mas contava com novas páginas que ilustravam o que estava por vir. 


A mãe mataria o cachorro...


Depois o filho...


Depois a si própria.


Mas apesar da primeira previsão realmente acontecer (Rip Dog)...


Ela não consegue terminar de enforcar Simon e bem, o filme tem seu desfecho, com Babadook entrando pra família.


Enfim... fala se não é no mínimo curioso!

Esse é um ótimo filme de terror, pode ter certeza... se duvida, se liga no trailer:


E é isso. 

Espero que tenha gostado... eu curti.

See yah!

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12 Comentários

  1. O texto ficou engraçado, mas prejudica a compreensão de quem não assistiu uma vez que não dá pra saber o que é piada ou o que é sério. Poderia ter sido feita uma crítica mais séria sobre o filme já que ele não é um filme de terror comum. O monstro do livro na verdade é uma metafora para os sentimentos que a mãe têm em relação ao filho (que é muito dependente e problemático) e a morte do seu marido. E o fato dele virar um "monstro de estimação" no fim é outra metáfora para compreendermos que ela não perdeu esses sentimento, mas apenas aprendeu a conviver com eles. Por isso mesmo é que o filme nunca deixa claro se o babadock é real ou apenas imaginação. Tirando a mãe, e talvez a criança, ninguém vê o monstro.

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    1. Forma legal de interpretar. Em termos críticos ou sou péssimo, e filmes que fogem ao gênero que eu amo (found footage) geralmente não são meu forte na hora de analisar. Eu tento apenas registrar o que senti e pensei no momento de ver o filme... ainda to buscando pelo formato ideal pra esses filmes, e valeu o toque, na próxima vou tentar ser mais cauteloso... pelo menos ficou engraçado rs.

      See yah sr Diego.

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  2. Muitas pessoas não gostaram do final do filme.
    Discordo de todas elas.
    Tem a resposta na ponta da língua: "Ah, ela deveria ter matado o Babadook".
    O filme nunca foi sobre matar o mal ou livrar-se dele, mas aprender a lidar com seus demônios.
    Por que digo isso?
    O Babadook sempre existiu, apenas era invisível aos olhos dela.
    Tanto é, que um dos recados do livro era "Se me ignorar, eu não vou embora".
    O Babadook era toda a depressão e luto que a mãe de Sam (no filme ele é chamado só de Sam) vinha acumulando ao decorrer dos anos. Vc não mata seus problemas ou se livra deles com um toque de mágica.
    A vida real não é um musical da Disney. Ela aprendeu a conviver e a lidar com seus demônios, no caso, o Babadook.
    No fim, ela diz ao Sam que quando ele crescer, ele poderá ver o Babadook. Ou seja, quando ele amadurecer e passar por problemas na vida, igual a todas as pessoas normais.
    Not-se também, que a mãe tem um pouco de desprezo pelo filho, pois na cena inicial, quando Sam dorme na cama dela, ela o afasta, com um tanto de rispidez, dormindo na beira da cama, quase caindo.
    Ela culpa o filho pela morte do marido, ela detesta o filho ser tão esquisito, e ela odeia Sam porque por causa dele, a sua irmã mais nova não quer convidá-la para fazer mais nada juntas.
    A conversa que ela tem com a vizinha - ainda possuída pela entidade - talvez a tenha feito abrir os olhos.
    Ainda há muito coisa para se extrair desse filme. Daria um ótimo TCC. Só quem passou pelos mesmos problema que a mãe do Sam, vai se identificar nem que seja um pouquinho.

    P:S: Babadook é um anagrama para A Bad Book (um livro ruim).

    Desculpa pelo textão, kkkk é que eu me empolguei. Certamente é um filme que levarei para toda a vida.

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    1. Parabéns srta Crystine, seu texto ficou incrível.

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    2. Eu tava inspirada. É que esse filme realmente mexeu comigo.

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    3. Confesso que também foi um filme que me impressionou. Meu irmão e eu assistimos juntos e até hoje consideramos o melhor do gênero. Mas, eu não conseguiria explica-lo da mesma forma que você explicou, você viu algo bem além do moleque chato pacas... eu meio que me identifiquei totalmente com a moça e queria mata-lo junto... rs...

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  3. Eu.... não sei o que dizer.
    Esse filme, realmente parece interessante, talvez um dia melhores do gênero.
    Uma leitora (eu acho que é "ela" ....espero rs)
    Escreveu um comentário...que expressa o que entendi, é mais um pouco.
    Esse filme realmente parece muito bom, mas da forma que você escreveu, caçoando ele é fazendo comparações com Castlevania (mas eu achei engraçado...rsrs)
    Acaba tirando o brilho do filme,
    Realmente.... não há o que falar, que não já tenha sido falado.
    O garoto parece ser uma representação da nossa impaciência perante os nossos traumas, que no caso, mesmo sendo o filho da mulher doida, ela o trata como "lixo" já que....o trauma dela não deixa ela estar em plena consciência rsrs
    Enfim, Belo post Sr, só acho que expressar mais seriedade falando sobre um filme assim, ajuda a..... entender se o filme é bom mesmo rsrs
    Enfim, see yah!

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    1. Eu to torcendo pra não repetir essa falha. Houve um tempo em que eu deixava mais pro meu lado humorado tomar conta, ou buscava compensar o horror interno por humor externo... mas agora... eu to mais equilibrado espero.

      Ainda faço piadas, mas são pontuais, referências, mas tento ser mais respeitoso... o tempo mudou no fim das contas.

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    2. O tempo passa....mudamos e crescemos, sempre sujeitos a erros, afinal nascemos pequenos.

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    3. O importante é não deixar que os ossos se fundam erroneamente.

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    4. Obrigado, não tinha dúvidas que entenderia.

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