One Piece - Zou
Fiquei em dúvida sobre como falaria deste arco considerando que no momento em que escrevo, ele nem foi completamente dublado, ou melhor, foi, mas a Netflix optou por lançar parceladamente.
E o problema dessa decisão é que não apenas fragmentou algo que nem tem tanto conteúdo assim, quanto o conteúdo em si é muito mais daquele padrão odioso das animações One Piece: Esticado e Enrolado.
Sempre há aquela opção de ignorar a dublagem e assistir logo tudo legendado, afinal já tem até mais do que a própria Netflix disponibilizou pro público, o que configura outro erro grosseiro deles, mas ainda assim, como meu objetivo era acompanhar a franquia pela dublagem, estou eu numa armadilha.
O lado bom é que o artigo será mais curto, e bota curto nisso... considerando que outros textos tiveram como base em torno de 60 a 100 episódios cada, este tem somente 30, e pior, destes certa de 7 são úteis, com todo o resto pura enrolação pra render.
Ironicamente, após uma introdução grande como essa, bora relatar um dos menores arcos, mais mal animados e adaptados, e pior disponibilizados pelo streaming vermelhinho, até então.
Arco Zou, um fragmento dividido.
O Arco Zou na verdade é parte do Arco de Wano (Saga Yonkou), dividido em pequenas partes assim como a maioria das passagens de One Piece, mas parece que a Netflix cansou de catalogar sagas completas dubladas, e agora quer fazer algo idiota como dublar e ir lançando mensalmente.
É quase a mesma coisa que lançar dublado cada episódio diariamente, mas agora vão ficar com a frescura de lançar micro pacotes de 10 episódios todo mês, pra segurar o interesse do público, como se alguém em sã consciência que acompanha One Piece fosse de fato esperar pra ver dublado.
Eles já estão lançando semanalmente os episódios mais recentes, dublando é claro, porém isso já cria uma baita confusão pra quem não acompanha a saga e queira começar, e ainda um desconforto enorme pra quem escolheu (como eu) assistir apenas a versão dublada.
A escolha de catalogar somente a versão dublada, deixando um buraco enorme de certa de 500 episódios e já lançar os atuais é com certeza um baita problema. Afinal, quem seguiu pela dublagem com certeza tomou spoiler, tanto de eventos quanto da mudança repentina de qualidade da animação, pois ao terminar um arco o streaming simplesmente segue pros episódios recentes, sem aviso algum.
E, caso o espectador tenha parado ali, pra aguardar o restante sair pra então continuar, ter a notícia de que irão lançar tudo ainda mais quebrado é tão desanimador, mas tão desanimador que praticamente obriga abraçar a pirataria e procurar pelos episódios restantes legendados, ou quem sabe até pular logo pra leitura do mangá.
Baita tiro no pé da Netflix que assim expulsa o próprio consumidor, pra buscar algo que eles próprios poderiam facilmente entregar sem cerimônias. Poderiam deixar a versão legendada disponível para que os mais ansioso já assistissem, e posteriormente anunciar as dublagens, ou poderiam apenas manter mesmo o lançamento de arcos em pacotes grandes.
Mas, optaram por repentinamente dividir uma das menores sagas em menos episódios do que a própria saga! Afinal, lançaram 20 episódios, mas o arco de Zou tem 40. O que significa que os outros 20 episódios só sairão daqui a sabe-se lá quantos meses.
Triste esperar, e infelizmente, é assim ou apenas ignorar a franquia e parar de assistir de vez (o que a cada dia se torna uma decisão mais sedutora).
O que é o Arco Zou?
Este arco serve especificamente pra pavimentar o combate contra o Yonkou das Feras, combate no qual Luffy e os demais vão sofrer uns bocados. E, para tal, introduzem a espécie Mink, formada por seres humanoides de aparência animal, e as Akuma no Mis Falsificadas das Feras, arma usada pelo tal Yonkou.
Com essa temática de animais, pra explicar direitinho a diferença entre Frutos do Diabo, Frutos Artificiais, o tipo Zoan (que permite virar animais) e a espécie que já tem por natureza a forma de animais, tudo realmente ajuda a compreender o grande novo vilão.
Só que não tem tanto conteúdo assim pra explorar na cidade de Zou, que mesmo sendo bem interessante, com dois reis, com o grupo do Law escondido, com o posicionamento nas costas de um elefantão quilométrico que nem pode ser rastreado pelos log poses, e ainda por cima com a introdução de novos "poderes", tudo consegue ser pior do que arcos mais extensos.
Afinal, pensa numa animação ruim! Trabalharam mal de mais dessa vez, tornando o que era lento ainda mais lento, e fazendo a proeza de criar episódios com 2 minutos de informação, o resto sendo apenas reações, repetições, ou imagens panorâmicas.
Até combates foram reduzidos a slides coloridos, e pra variar, mal coloridos e mal desenhados. Diria eu que é a pior saga animada de One Piece.
Dividir isso só piorou tudo, pois deu a oportunidade de olhar com mais cautela o que foi feito de ruim.
Primeiro que a continuidade foi jogada na sarjeta. No final do arco Dressrossa, foi mostrado uma passagem mal adaptada do grupo do Sanji chegando em Zou. Não sei se na época o mangá estava em desenvolvimento no exato arco por isso não tinham informações, ou se os animadores apenas não tiveram acesso ao que era a saga Zou, mas fizeram algo tão ruim ali, que não daria pra piorar.
Infelizmente pioraram, e muito. Lá parecia que Sanji e os demais chegaram magicamente numa ilha com um vulcão de água, e chão que se movia sozinho como uma serpente, além de pessoas com chifres vivendo lá e caçando misteriosos animais.
Sendo que na verdade, aqui é revelado que era a ilha de Zou, formada por vegetação que cresceu nas costas de um elefante gigante que caminha pelo mar, e que por conta disso deixa o chão da ilha macio (e não móvel).
O vulcão de água é a tromba dele que periodicamente lava a ilha criando uma inundação, só que isso deveria ter sido pelo menos bem animado dessa vez, e agora apenas tacam água pra todo lado, sem uma chuva prévia, apenas um tsunami surgindo que convenhamos, é ridículo.
Se assistirmos os dois episódios em que Sanji é mostrado chegando na ilha, fica nítido o quanto ambos são ruins, mas também desconexos e sem a menor continuidade ao ponto de soarem sagas diferentes. E pra variar, a animação anterior pelo menos tava mais movimentada, sendo a versão definitiva ainda pior por ser mal feita.
A História de Zou
Luffy e os demais chegam no elefantão, que aliás só ocorre no episódio 2 dessa temporada, afinal o primeiro serve pra recapitular a história de Luffy desde o começo de One Piece. Sim, fizeram isso.
E depois de 4 episódios enrolando eles sobem na ilha, descobrindo que ela foi atacada por algo.
Mais 3 episódios depois, descobrem o povo Mink que os recepciona calorosamente, agradecendo por terem salvado eles, apesar de estarem fora da cidade principal e refugiados na floresta.
E os episódios restantes servem pra explicar muito por alto, e por flashbacks, como Sanji e os demais teriam salvado a ilha. O problema é que nem chegam nessa parte exatamente.
Enrolam tanto mas tanto, que quando começam a contar a história, só da tempo de explicar a razão de tudo ser destruído, não sobrando tempo pra contar como Sanji e os demais salvaram a ilha, inclusive, não explicam onde raios foi parar o Sanji.
É que mostram Chopper, Nami e Brook bem, então mencionam que o Momonosuke (menino dragão artificial) tá lá também, mas não pode interagir muito por ser um samurai de Wano, e isso seria um problema em Zou por causa da invasão.
Então usam de flashback pra explicar que um dos capangas do Kaidou, um dos 4 Yonkous, invadiu a ilha em busca de um samurai de Wano, e sem querer conversar já foi destruindo tudo e matando geral, peitando os dois reis da ilha de igual pra igual.
Mas tudo isso aconteceu antes mesmo de Sanji e os outros chegarem. Lembrando que eles fugiram com o Caesar (cara do gás) lá de Dressrossa, enquanto Luffy e os outros peitavam o Doflamingo, mas eles tinham de fugir da Big Mom, outra Yonkou.
E com o destino deles marcados para Zou, graças a um vivrid card que o Trafalgar Law deu pra eles se reunirem (afinal a tripulação dele estaria lá), eles de algum jeito chegaram lá. Mas nada disso é relembrado ou explicado tá.
Na verdade na primeira parte dessa saga, só explicam mesmo o que são os Minks... e explicam mal.
Povo Mink
Um povo formado por animais humanoides do tipo mamífero, que falam, tem poderes elétricos, e são todos grandes guerreiros.
Eles vivem no topo de um elefante ambulante, e tem uma civilização receptiva pra humanos, que consideram Minks também de um tipo inferior sem pelos e derivado de macacos.
Só que como é muito difícil achar o elefante, e também ainda mais difícil escalar ele, eles nunca recebem humanos. Pro azar, do nada um monte de piratas chegaram.
Eles tem dois reis, que já foram piratas no passado, sendo eles um Cachorro, e um Gato, que revezam no controle da ilha por não se darem nada bem. De dia o cachorro reina, de noite é a vez do gato.
Ambos são poderosos, apesar do Cachorro ser mais diplomata que o Gato, os dois tentam proteger a ilha revezando em seus horários, enquanto lutam contra os piratas invasores.
E no fim, com 5 dias de luta, os piratas decidem usar uma arma de gás criada pelo Caesar e vendida ao Kaidou pelo Doflamingo, pra torturar os Minks todos.
A história para neste ponto, e os Mink agradecem Luffy pela ajuda dele pois foi graças ao ataque dele ao Doflamingo, que os piratas foram embora.
E ai que tá, os líderes dos Mink, o grande gato e o grande cachorro, que não se viam pra não dar briga, botam as diferenças de lado rapidamente e fazem uma trégua quando a verdade surge, e os Samurais aparecem. E tudo o que aconteceu parece só muita, mas muita enrolação.
O Pirata Mamute Jack
A ironia é que o pirata que atacou o elefante gigante, é usuário de uma fruta de Mamute, um tipo Zoan Ancestral, que é um dos mais raros e fortes.
O cara servia diretamente ao Kaidou, mas por alguma razão não explicada na primeira parte, deixou a missão de caçar um samurai, pra voltar pra Dressrosa e tentar ajudar Doflamingo.
Mas ele morreu no meio do caminho, algo que também é citado mas não é explicado.
Ele tinha uma tripulação de piratas com chifres, mas também tinha alguns com braços que podiam virar animais (apenas os braços). Pelo que parece eram usuários das frutas artificiais que o Doflamingo tava produzindo com ajuda do Caesar.
Só que nada disso é muito explicado, ao menos não na primeira parte. O primeiro arco foi estranhamente dividido em 3 partes, sendo duas lançadas em outubro, e a última em novembro, e apenas na última parte que explicam o que rolou de fato... pelo menos eu achei que seria assim... mas quando saiu adivinha: não explicaram.
Ele foi embora pra tentar resgatar o Doflamingo, falhou miseravelmente e foi dado como morto (nem animaram a luta dele contra a marinha, deixam tudo de qualquer jeito) e depois ele volta pro elefantão, e ataca a pata dele, causando um alvoroço que é resolvido com o elefante dando uma lapada nele com a tromba.
Por ser um usuário de akuma no mi, ele vai pro mar e é dado por morto outra vez, mas ele continua vivo esperando resgate, no fundo do mar... respirando! Juro que nem sei se esse personagem é canônico pois sinceramente, parece criação filler pra esticar história.
Sanji
E claro, o maior mistério da saga é onde foi parar o Sanji, que todos ficam tristes ao falar sobre.
É revelado depois de muita enrolação que ele foi capturado pela Big Mom, uma dos quatro imperadores dos mares, e que ela tinha intenções bem pessoais com ele. Inclusive foi ela quem solicitou a captura dele ainda vivo, algo raro entre piratas.
E a grande surpresa está aqui: Sanji é um Príncipe.
Sanji é o primeiro do bando a ter seu passado totalmente revelado, pelo menos se ignorarmos o fato de que Nami teve quase o mesmo arco. Puxada pra um passado do qual fugia, resgatada por Luffy pra voltar a ser parte do bando, algo que ela ainda não era... só que com Sanji isso demorou mais.
Apesar das muitas dicas ao longo de todos os arcos, com ele sempre se afastando do grupo e assumindo disfarces de espionagem, revelando que tinha uma tendência a ser furtivo, muito mais que um mero cozinheiro, tudo isso se amarra agora com a revelação de que ele faz parte de uma família de espiões do submundo.
E pra piorar, o pai dele firmou um acordo com a Yonkou Big Mom, pra casá-lo com uma das filhas dela, unificando as duas famílias.
O problema disso é que além de Sanji não ter qualquer vontade de se casar forçadamente, ele também não mantém vínculo com a família, priorizando o bando do Chapéu de Palha. Mas, como a Big Mom ameaça eles, ele prefere ceder.
Então ele é raptado, e a história continua com Luffy e os outros se unindo a um dos membros da própria Big Mom, pra ir recuperar Sanji.
Vinsmoke
Essa é a família de Sanji, mas ela nem chega a ser mostrada nos 2 primeiros arcos. Ela só é citada, como família de assassinos.
Capone e o Leão
Quem vai sequestrar o Sanji juntamente do Caesar é Pekoms, o leão que trabalha pra Big Mom, e era esse tempo todo um Mink. Outro que também é um Mink é o urso branco da tripulação do Law, que também já estava na ilha de Zou.
Então obviamente, ao ver que a ilha foi atacada pelo Kaidou, o leão debanda e passa a pensar nos amigos e família, mas ele não tava sozinho, tendo Capone, um dos novos piratas, como novo servo da Big Mom. E esse cara trai ele levando Sanji de toda forma, e mete tiros pelas costas do Pekoms, já que ele não queria lutar contra os salvadores de Zou.
O Pekoms vira um aliado e se fosse apenas ele, o problema do Sanji teria sido evitado. No fim apesar de muito machucado, ele sobrevive ao ataque do Capone (novidade, ninguém morre em One Piece, ainda acredito que Ace e Gol D. Roger estão vivos em algum lugar, fica vendo).
Observação: Capone tem uma akuma no mi que transforma ele num castelo vivo e pode reduzir pessoas pra ficarem dentro dele, carregando a tripulação dele inteira no próprio corpo. Isso é usado como ferramenta pra levar Sanji embora, mas não era necessário, e as motivações dele pra ter entrado no bando da Big Mom nem são mencionadas.
Filler em Forma Cânone
Além do arco inteiro ser só uma passagem enrolada, ainda tem episódios que não tem o que contar, apenas fingem.
Um deles, o 765, é completamente estúpido, com metade sendo uma luta contra insetos inventados de última hora, enquanto Luffy e os outros viajam pra conversar com o Rei Gato, e depois a outra metade sendo Brook cantando uma música inventada de última hora também, sobre como o Rei Gato é incrível.
Tudo tão idiota, que deu vontade de simplesmente parar logo, e o que me revoltou é que no "arco" seguinte, que só tem 10 episódios também, tudo é só conversa, com uma revelação explicativa sobre algo geral do que ainda acontecerá, uma por episódio.
Tsunami de Reviravoltas
Melhor Plotwist de todos: O Ninja/Samurai que o Mamute tava caçando, estava em Zou o tempo todo mesmo, e todos sabiam, pois queriam protegê-lo. No fim contam pro Luffy e os demais e sim, eles estavam dispostos a morrer pelo segredo.
Plotwist no episódio seguinte: Momonosuke é um Lorde, e Ki'nemon não é pai dele, é um servo dele. O povo Mink protegia os samurais no fim das contas, afinal eles sabiam toda a verdade.
Plotwist no episódio seguinte: O Road Poneglyth e o Caminho pra Lauth Tale. Na verdade os Minks guardavam um dos 4 Road Poneglyths, simplesmente o caminho para a última ilha da Grand Line! E os Samurais faziam parte do grande segredo.
E as revelações não param. A próxima é sobre os criadores dos Poneglyths, o Clã Kozuki, que foram os artesãos que criaram e escreveram nas pedras. E o conhecimento sobre a leitura e escrita foi um tesouro transmitido entre gerações, tornando eles lordes, até que o Oden, pai do Momonosuke, morreu, sem transferir o conhecimento pro filho.
Logo, a única pessoa no mundo inteiro que sabe ler os Poneglyths é a Nico Robin... o que torna ela um alvo do mundo todo, e de tabela bota o bando do Chapéu de Palha na mira.
Pra variar, o Road Poneglyth leva até a última ilha, e existem 4 pedras vermelhas que precisam ser lidas e combinadas pra apontar o caminho. O problema é que das 3 que sabem a localização, duas estão com os Imperadores dos Mares, forçando o combate contra a Big Mom e o Kaidou. E o último ninguém sabe a localização.
Tudo isso vem direto em episódios consecutivos, numa enorme conversa cheia de revelações e reviravoltas.
Ai ainda vem a revelação de que o pai de Momonosuke, que já tava pouco né ele ser um tradutor ambulante de Poneglyphs, ainda era um dos membros da tripulação do Gol D. Roger, e que ele próprio já esteve em Laugh Tale, logo, ele sabia onde One Piece estava.
E o maior de todos os problemas é que o Kaidou tomou o país de Wano, matando o pai de Momonosuke. Essa é a razão dos samurais estarem tudo sendo perseguidos, e Luffy deu sorte em achar todos. Primeiro Ki'nemom, depois o Pintor, e agora o Ninja, todos guardiões do próprio Momonosuke.
E tudo termina com Luffy formando uma aliança com os Samurais de Wano, pra enfrentar Kaidou e libertar o país de Wano, mas o problema maior é que antes ele precisa resgatar Sanji também, lutando contra a Big Mom.
Então, ele precisa escolher qual caminho seguir. Como ele já tem a aliança com o Trafalgar Law pra derrotarem Kaidou, e também já tem o objetivo de enfrentar a Big Mom mesmo antes de Sanji ser levado, já que ele quer libertar a Ilha dos Homens-Peixe, a lógica deixa ele em cima do muro sobre qual dos dois ele enfrentará primeiro.
Assim termina a segunda parte, e confesso que fiquei tão receoso em ter de esperar lançarem a terceira parte que optei por nem assistir, até tudo sair dublado... e seria bem chato ficar a ver navios depois de 10 episódios de pura conversa.
Zunesha
O que parecia que demoraria pra ter alguma explicação, acaba sendo o estopim pra fase final do arco Zou. O Grande elefante vira alvo do Mamute (ainda vivo), como forma de destruir o povo Mink, mas Zunesha pede ajuda, pra ninguém mais ninguém menos que Luffy e Momonosuke, os únicos capazes de ouvirem sua voz.
Nem é a primeira vez que Luffy se coloca de igual pra igual com algum figurão capaz de ouvir as criaturas, já que ele já escutou os Reis dos Mares durante seu combate na Ilha dos Homens Peixes.
Apesar de ouvir, apenas Momonosuke consegue conversar com o elefante, e acaba pedindo pra ele ajudar. Curiosamente Zunesha fala que ele precisa de autorização pra isso, e uma vez que obedece Momonosuke, significava que ele era seu mestre.
Logo, do mesmo jeito que a princesa da Ilha dos Homens Peixe controla os Reis dos Mares, Momonosuke controla Zunesha, o que só aumenta ainda mais o poder de Luffy.
De quebra Zunesha fala por alto que ele é um criminoso, e sua penitencia é andar infinitamente, mas ele pode lutar, e com uma trombada derruba a frota inteira do Mamute.
Tudo ainda fica um grande mistério é claro, ninguém entende a conexão de tudo isso, mas no fim da pra deduzir afinal, Gol D. Roger também conseguia ouvir Zunesha, mas não o controlava.
Isso mostra que Luffy tem mais uma conexão direta com ele e, quanta coincidência.
A Segunda Metade
Por fim o arco de Zou serve basicamente pra separar o time novamente, agora deixando Luffy com o outro grupo, aquele que não participou de Dressrossa. Enquanto todos os outros partem pra Wano, junto dos samurais e do ninja, Luffy acompanha Nami, Chopper e Brook pra resgatar Sanji na Big Mom.
O esquisito é que parte da jornada é marítima, e Luffy descarta metade da tripulação quando ele mais precisaria, tudo pois agora é pra dividir a equipe e valorizar a outra metade. Pelo menos dão uma arma nova pra Nami, um bastão que estica infinitamente (outra invenção exagerada e mágica do Usopp).
É um arco onde nada realmente acontece, serve só pra colocar um objetivo maior pros samurais introduzindo Wano repentinamente, e dando mais significado pro Momonosuke. O fato dele ter comido uma Akuma no Mi cópia da do Dragão nem é lembrado nessa parte, e o foco mesmo são os samurais e o confronto contra Kaidou.
Também explicam que o objetivo original, que era ir até o fim da Grand Line, achando a Laugh Tale, já não é mais o objetivo final, e que o que achariam lá seria apenas a revelação dos Poneglyths. Logo, eles pegaram um atalho aqui.
Assim sendo a tripulação já tá muito mais avançada pra achar o One Piece do que qualquer outro pirata ou marinheiro. Eles tem a única pessoa que lê Poneglyths no mundo todo, tem alianças fortíssimas com figurões que dominam as bestas dos mares mais poderosas e nem entendem isso, e ainda tem mais grandes membros que a longo prazo serão cruciais pra jornada.
Ainda introduzem bem rápido um evento real chamado Levely que ocorrerá com todos os reis e princesas, onde mais da metade Luffy conheceu.
E também mostram bem por alto que o quartel general do Dragon foi atacado pelo Barba Negra, mas tudo é só pincelado pra mostrar que grandes eventos estão rolando.
Contam também a história de capa do Wapo, o antigo rei do país em que Chopper vivia, e como ele ficou rico até virar um rei de novo. Isso revela que as histórias de capa de One Piece podem ser a qualquer momento adaptadas também, mas infelizmente não são "construídas", apenas mostradas e narradas com as exatas mesmas artes estáticas.
Enfim, Luffy cada vez mais parece destinado a ser o Rei dos Piratas, muito mais do que um objetivo que traçou e lutou com unhas e dentes. Todos que ele encontra parecem colocados no caminho dele pela força do roteiro.
E este é um ponto que já começa a me preocupar em One Piece.
Explicando o poder do Roteiro
De começo tudo parecia uma grande história de um garoto sonhador, com um poder legal mas meio subestimado, que tem um olho bom pra quem quer em sua tripulação para alcançar seu sonho. Da mesma forma, cada membro que encontra parecia ter seus próprios sonhos inalcançáveis que, motivados pelo capitão sonhador, passam a acreditar que tem potencial.
Mas ao longo da história isso vem mudando, pouco a pouco tudo parece parte de um enorme quebra-cabeças onde Luffy é um imã de coincidências, que puxa apenas figuras importantes e de potencial desconhecido, que serão cruciais no futuro.
Do nada ele começa a ouvir as criaturas divinas?
Nico Robin é a única no mundo todo que pode traduzir o principal mistério de tudo?
Franky é justamente o carpinteiro naval que estudou com o mesmo carpinteiro do grande Rei dos Piratas?
Sanji é um príncipe fugitivo de um grupo de espiões assassinos do submundo?
A parte simples dos sonhos, como Nico Robin aprendendo a valorizar a própria vida e claro, buscar pelos segredos do que ninguém ligava (mas agora todo mundo liga), Franky construindo o grande barco que levaria Luffy por toda a Grand Line, mas que agora parece coisa pequena já. Sanji sendo um cozinheiro que queria o All Blue, e virou um guerreiro espião que voa e ataca com pernas flamejantes.
One Piece está longe do que foi One Piece
A história parece querer levar pra revelações onde todos são grandes guerreiros destinados ao One Piece, como se o destino os colocasse no caminho de Luffy, e não Luffy os escolhesse.
Daqui a pouco vão falar que Usopp é um gigante miniatura e não sabe disso, e que ele ainda tem o poder de tornar mentiras verdades, apenas com a habilidade da crença. Por isso ta essa bagunça, a mentira dele tá se tornando real.
Chopper é um tipo de usuário de Akuma no Mi do tipo Paramecia e não Zoan, onde a fruta dele é da Humanidade e não do "homem" e na realidade ele controla todos os seres humanos. Por isso é tão bom médico, ele domina os mistérios do corpo humano.
Zoro é a reencarnação de um antigo espadachim lendário de 100 espadas, e na verdade ele controla todas as espadas do mundo, por isso tem tanta afinidade com lâminas.
Nami é a deusa dos mares, e na verdade ela conhece todos os cantos do mar, controla os oceanos, e apenas não lembrava disso, por isso ela tem tanta facilidade em manipular o tempo com as máquinas mágicas que Usopp criou.
Brook é um dos antigos celestiais, mas não lembra pois morreu, e um dia lembrará que na verdade ele pertence ao Governo Mundial e melhor, ele é um dos Dragões, ele é um soberano. Por isso ele é tão bobinho.
Saca como tudo parece ir pra um caminho onde tudo só é grandioso e reduz o simples a mero nada? Os objetivos iniciais não importam pois agora, o sonho maior é ser o soberano e tudo sempre foi assim, pelo menos é o que querem passar.
Só falta agora falar que Luffy é um deus, que a fruta dele é uma fruta do Deus Nica e que na verdade, ele não é de borracha, é feito de tudo que quiser, pois ele é o deus da trapaça, o deus da pegadinha, Loki (OS CARAS NEM TENTAM ESCONDER OS SPOILERS! OLHA A CHAMADA DA NETFLIX).
Me lembra sabe o quê? Naruto. Ninjas legais que crescem, e terminam lutando contra aliens, pois o roteiro apenas não conseguiu manter o ritmo original e precisou muito apelar pra grandeza.
Lembra Dragon Ball, onde de esferas mágicas terminamos em combates entre realidades, onde o lutador supremo é o mesmo que no começo de tudo, era apenas uma releitura da fábula de Wukong.
Grandes obras, cheias de potencial, que enquanto se alongam começam a destoar do que eram no começo... e perdem sua essência.
One Piece, agora que estou nos episódios 800, posso afirmar que não é uma boa animação. Na verdade acredito que a obra original é extremamente melhor, mesmo sem precisar nem ler.
E pelo jeito como a Netflix decidiu distribuir, tornou tudo ainda mais difícil de acompanhar, e gostar.
Mas, vamos lá, arco Whole Cake... que sairá quebrado também é claro, e eu que não sou besta nem nada vou esperar sair tudo.
É isso...
See yah!
16 Comentários
Beleza, DivulganteMorte, já pode subir os créditos.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkk, é a coisa complicou xD
ExcluirEu fico muito triste pelo que One Piece se tornou...
ResponderExcluirEu conheci One Piece aí por 2008/2009... em um dvd desses de feirinha praticamente ali no finalzinho da Vila Syrup (Entrada do Ussop) até o inicio da vila Cocoyasi (introdução aos homens peixe).
E por muito tempo assisti apenas esses episódios (apesar de ter uns mangás de CDZ que faziam propaganda a One Piece e quando olhava eu só pensava em algo como "que personagem mal desenhado") depois de muito tempo comecei a ler mangás pela internet e realmente comecei a acompanhar One Piece... li a primeira vez até a metade de Skypea (naquele tempo só tinha em pt-br até essa parte)... Anos depois reli novamente e parei na ilha dos tritões (que estava sendo lançado e se não me engano era 2012) e a partir daí comecei a ler semanalmente... parando para reler a última saga logo após ela ser concluída (afinal, acompanhar por anos uma saga acaba fazendo você ficar meio perdido lendo 1 capítulo por semana [Dressrossa que o diga]).
Eu acompanhei dessa maneira até alcançar o Arco de Egghead, onde finalizei ela e deixei de lado.
Eu observei cada detalhe que ia se alterando na série... Assim como vi o que aconteceu em Naruto e Dragon Ball Z...
E hoje em dia, eu ainda gosto de One Piece, porém não como antes, onde eu realmente considerava O ANIME.
Eu continuo gostando de muita coisa em One Piece, mas também vou desgostando de outras...
A enrolação constante para contar toda a história de uma saga... os combates picotados em 2 ou 3 páginas por capitulo durante 30 capítulos diferentes...
Os capítulos se tornando um constante bate papo repetitivo com os mesmos comentários toda hora entre os personagens como se para preencher as páginas necessitassem colocar mais diálogos em vez de montarem uma interação decente entre os personagens...
O panorama geral da série sendo super apressada para alcançar um final hipotético que ao mesmo tempo queremos e não queremos, deixando assim de lado diversas pontas soltas que gostaríamos de ver detalhes e teria potencial para ver os detalhes porém são ignorados...
Eu ainda irei ler One Piece, porém, só quero acompanhar agora quando acabar, não vou mais dedicar de meu tempo para ler algo que me deixa frustrado...
ExcluirFiz o mesmo com Naruto, acompanhei até o inicio da guerra ninja e reli tudo até o final quando finalmente acabou tudo (ainda li o inicio de Boruto e deixei aquilo de lado para nunca mais).
Meu deus então até nos mangás tem esse aspecto picotado e abarrotado de diálogos? Poxa meu, eu tinha fé que pelo menos lá seria melhor... e que era um exagero dos animadores.
ExcluirMas, deve ser frustrante mesmo acompanhar por lá, até pq o Oda não quer contar tudo numa tacada só, ele fica rebatendo ideias até acertar alguma...
O anime com certeza deve piorar muito isso graças aos preenchimentos de cena e os fillers... se o material base já é um quebra-cabeças, colocar peças de moldura só prejudica muito mais ao invés de embelezar...
E to ligado como é tenso ler semanalmente... passei perrengues pra ler Made in Abyss por causa de lançamentos esporádicos... e nunca mais pego algo pra ler assim.
Saca sr Sieg, n vou mentir que não gosto de One Piece... estranho a arte pra caramba, acho muito chato de assistir, mas eu curto a história, e admiro a criatividade do Oda. Lamento muito pelo anime ter tantas falhas e vim piorando com o tempo, mas já que to submerso, agora tenho que ir ao fim.
Não sou fã, longe disso, mas respeito a obra, assim como respeito CDZ e DBZ (em ambos tenho críticas pesadas sobre adaptação do anime e continuidade, pois eles erram feio), e esse respeito permanece até certo ponto. Eu nunca vou considerar os falsos cânones como sagas feitas após a morte do Akira, ou as distorções criadas com os cavaleiros. Assim como jamais vou acreditar que Boruto existe (sou da teoria de que o Madara venceu kkkkk, e geral tá vivendo a ilusão da lua).
Tem obras que é melhor alcançar o fim antes de se tornarem perdidas... e One Piece não parece ser uma obra que vai se perder, mas certamente ela não é o que foi um dia.
Espero um dia ver o final dela.
Infelizmente sim, porém é mais prático para você voltar algumas páginas/capítulos quando lhe convenha para entender 100% do combate, diferente do anime que tem todo o esquema "abertura, recapitulação do episódio anterior, cenas paradas de conversa com animação repetida, intervalo, parte que você tem interesse, encerramento, prelúdio do capítulo seguinte" que você tem para avançar e encontrar o que realmente quer...
ExcluirPior que eu ainda acompanho outro mangá nesse mesmo esquema (Hajime no Ippo, e já reli ele ao menos umas 3 vezes e ainda não avançou muitos capítulos desde a última vez que li).
One Piece já foi meu Anime/Mangá favorito, mas hoje é apenas mais um que acompanho quando tiver de bobeira (e olha que tenho do mangá vol.1 até o vol.101 na minha estante e parei de comprar justamente porque foi ficando enrolado e chato).
O mal do envelhecimento duplo... nós crescemos e a obra também, com o tempo nossa percepção muda, e a obra também, e a evolução cria o distanciamento... poético.
ExcluirEu não consigo acompanhar mangás que não estão completos, pois quando param, só param.
Os animes em si tecnicamente também tem esse padrão de parar e demorar a voltar, mas os animadores costumam fechar arcos ao menos. Nos mangás sempre tem aquela necessidade de continuidade... tenso xD.
Animes da toei são uma merda.
ResponderExcluirNão é atoa que não adaptam mais nada relevante.
ExcluirAhhh a polêmica! O pior que de fato esse estúdio num vem se saindo nada bem. O que esperar de um grupo que festejou em cima do túmulo de um dos maiores gênios que já abrigou? Meu respeito eles não tem.
ExcluirE acho que tu devia parar de ver isso ai, tu podia ta aproveitando a vida de outra forma do que perdendo horas e mais horas com algo que claramente não é pra vc, no maximo esperar acabar (se acabar), ver um resuminho e ai sim ver os ultimos capitulos e episodios, usa mais o cerebro.
ResponderExcluirVão lançar na Netflix o "The One Piece" que é a resumida disso... eu devia ter esperado lançarem pra me aventurar no anime. Só que agora já to longe demais. É tipo decidir ir pra praia e notar que vai chover, mas já ter comprado a passagem, e estar a 5 minutos de chegar. Compensa voltar pra casa? Claro... mas agora já num tem volta mais...
ExcluirNesse caso eu lhe recomendaria ler o mangá... você avançaria mais rápido na história, conseguiria mais detalhes (estes que não foram explicados no anime) e se sentiria melhor por ao menos estar avançando sem sofrer tanto com o anime...
ExcluirTem essa opção também né. Mas tem gente que só gosta de coisas em formato anime... eu mesmo dou preferência pra isso, mesmo que acabem me privando da melhor parte... o jeito é sofrer huahua.
ExcluirClaro que tem, aproveitando o tempo com outras coisas, até mesmo dormir.
ResponderExcluirFaz sentido rs... mas na real não tem não... eu preciso encerrar esse ciclo saca.
ExcluirObrigado demais por comentar, isso me estimula a continuar.
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