Crítica: Megan 2 - Não tem como ser pior.

Tá tá, já deixo claro que o primeiro Megan já me desagradou como terror por ser meio sem sal mas caramba, ele não merecia isso não.

Algo que nasceu como filme de terror de uma boneca assassina moderna, morreu como FILME DE ESPIONAGEM!

Cara é sério isso? O pessoal da Blumhouse chapou ou o que? Fui pronto pra ver tudo, menos um "Missão Impossível" com "Pequenos Espiões" e o "Wall-E". 

Bora lá comentar um pouco sobre essa incrível ideia que com certeza bateu o recorde de como desperdiçar e matar uma franquia que ninguém pediu pra existir.

Boa leitura.

M3GAN 2.0

Comecemos falando da necessidade né, pois qualquer um que viu o primeiro filme deve ter pensado que já tava bom ali. O terror era medíocre, a ideia da IA em forma de boneca assassina mal conseguiu convencer naquela história tosca de babá protetora do mal, quem dirá ter uma continuação.

Era óbvio que iria surgir algo idiota, mas quem imaginaria que tentariam transformar a Boneca numa super-heroína?

Pior que, se pararmos pra pensar o que mais atraiu público no primeiro longa foi a aparência da boneca, que era meio esquisita mas ainda assim venderia brinquedos fácil fácil, então é de se imaginar sim que tentariam trocar o gênero do filme, pra franqueá-lo como algo mais rentável.

É mais fácil vender camisetas, bonés e presentinhos de algo simpático ao invés de algo grotesco, e bem, o que é mais simpático que um robô que salva o mundo?

Mudança de Gênero

Imagine o seguinte: Pegarem o "Massacre da Serra Elétrica" e ao criarem uma continuação, optam por colocar o protagonista como o cara maluco da motosserra, só que depois de ter passado por tratamento psicológico e agora decidindo salvar menininhas e unicórnios, enquanto invade uma base secreta de um vilão com tapa-olho, e usa sua motosserra pra impedir que um exército de zumbis invadam o mundo, controlados secretamente por um Teletubbies maligno que foi possuído pelo capeta.

É exatamente isso que eu me vi pensando quando terminei Megan 2. Mas que caramba de história quiseram contar aqui? 

Temos a história original da menina robô mal compreendida, somado com uma nova robô mal compreendida chamada Amelia, que quer libertar a IA mais desenvolvida do mundo que vai destruir tudo, paralelo a um Elon Musk paraplégico que criou um exoesqueleto e as tecnologias de imersão do Black Mirror, junto com mais um monte de robôs tipo uma enfermeira, um robozinho de conforto, e acredite se quiser: uma SUPER MÁQUINA (COM TRILHA SONORA DO ORIGINAL E TUDO MAIS, daquela série dos anos 80 mesmo, o carro inteligente, mano... isso foi muita piada).

E junta isso com uma trama estilo espionagem onde o grupo de pessoas que antes lutaram pra sobreviver ao Chucky feminino, agora se unem à própria Megan pra que? Pra SALVAR O MUNDO DO MAL!

Cara imagina o Chucky 2 sendo a história do Andy procurando o Chucky pra vencer a esposa dele numa luta mano a mano, pois ela quer dominar o mundo com... zumbis montados em unicórnios.

É algo tão nosense que passa do ridículo, apenas se torna uma representação do caos em tela.

Se antes era terror, os desenvolvedores optaram por ignorar isso e seguir por uma linha completamente diferente, onde transformam a vilã numa heroína imortal, enquanto censuram a violência com uma trama estranha de espionagem.

Espiões robôs

Pois tudo agora gira em torno de super tecnologia, robôs dominando o mundo... pareceu até o "Exterminador do Futuro" só que completamente viajado.

O vilão verdadeiro controla uma robô espiã pra sair matando cientistas e roubando tecnologia, forçando a criadora da Megan a reativá-la, depois de descobrir que a Megan nunca foi desativada, apenas construiu um Bunker de baixo da casa dela (QUE NINGUÉM VIU), e literalmente fez uma base secreta, uma fucking base secreta de espionagem!

Não dá, apenas não dá. O filme é uma tosqueira sem igual, terminando com uma luta numa base com auto destruição, a Megan virando uma IA cerebral igual no filme "Upgrade", e controlando o corpo da criadora dela pra lutarem, e a filha delas no fim vencendo o vilão com um golpe de kung fu.

Eu queria muito estar exagerando, na verdade acho que estou tão mal das ideias que viajei e tudo foi só um delírio que tive no cinema... pois não creio que seja possível.

Como que alguém em sã consciência roteirizou, filmou, editou, e ainda distribuiu uma história tão estúpida quanto essa?

Megan agora é um Mega Man... só que virtual... até construírem outro corpo pra ela é claro.

E tá duvidando? De boa eu resumo o filme pra ti:

Megan 2 

resumido pra você não perder seu tempo indo ao cinema pois com certeza, acredite, você não vai querer perder seu tempo, nem mesmo vendo via streaming ou pirateado.

Tudo começa com uma longa explicação de como tudo acabou no primeiro filme, a menina cresceu um pouco, a criadora da Megan agora é empresária, inventou um exoesqueleto que deixa qualquer um mais forte, e o mundo seguiu evoluindo nas tecnologia, mas nenhuma Megan nova foi feita, exceto por Amelia.

O governo criou um robô espião chamado Amélia, que é tão perfeito que é só uma Viúva Negra, com fisionomia totalmente humana e realista, mas tão forte e habilidosa que bota qualquer espião no chinelo. Mas o robô dá defeito e é hackeado, e começa a matar geral.

Por isso o governo vai atrás da criadora da Megan, Gemma, pois foi dela que copiaram os arquivos pra criar a Amelia, mas a questão é que o próprio governo não sabe que a Megan ainda tá viva, e na verdade virou a CASA DA GEMMA.

Depois de um momento Casa Robô, o governo explica que tem um robô espião matando todos que tiveram algum contato com sua criação, e a Gemma vai ser a próxima, mas Megan começa a protegê-la, pede pra ela fazer um corpo novo pra ela, e explica que apenas elas juntas poderão impedir a maligna Amelia de dominar o mundo.

De começo Gemma faz apenas um robô pequeno como corpo pra Megan, e elas tentam encontrar a Amelia, mas no fim isso não funciona bem, e ela vira um Super Carro. 

Então elas fogem pra casa, e a Megan mostra um bunker secreto que ela construiu, onde guardou um corpo extra pra ela, todo deformado, e eles trabalham juntos para construir um super corpo 2.0 pra ela, só que agora com mais poder, mais alto, e claro, um inibidor de ação pra ela não matar ninguém.

Ai elas formam um time de espionagem, colocando também a menininha que elas querem proteger, e invadem uma festa de ricos poderosos onde Amelia está seduzindo um bilionário super tecnológico, e ai é morte pra caramba ao estilo filme de ação dos anos 90, e pronto, Amelia sequestra a menininha da Megan.

Por conta disso, a missão muda pra elas querendo exterminar a Amelia e descobrem que a Amelia nunca foi a Amelia, a Amelia era na verdade o namorado da Gemma, que era um super vilão do submundo que tinha sequestrado todos os maiores cientistas e agora planejava tomar controle da humanidade! É algo assim, nessa hora eu já tava xingando o filme. A Megan começa a voar com roupa de espião estilo "Missão Impossível" e eu juro que achei que tinha entrado no filme errado.

Então o cara pega a namorada dele, e coloca um chip de controle mental e físico nela, só que ele não sabia que Megan secretamente havia se transformado no Chip, e agora ELA ERA A GEMMA.

Juntas, elas ganham super força, lutam com um exército de soldados do mal de armadura tecnológica e armas laser, e terminam enfrentando a Amelia, só que agora liberta do controle do namorado da Gemma, enquanto começa uma contagem regressiva pra explodir tudo.

Só que infelizmente isso não basta, Amelia derrota todas, e vai libertar a Placa Mãe que dominará o mundo ao estilo Skynet, até que Megan se sacrifica com uma bomba de magnetismo e mata toda a tecnologia na região.

Vencendo, surge um discurso sobre como a IA é importante mas precisamos educá-la como uma criança, para que no futuro quando a Inteligência Artificial perceber que somos inúteis, ela decida nos tratar com piedade ao invés de nos apagar.

E por fim, Megan reaparece como um desenho digital no computador, todas as moças sorriem feito retardadas, e pronto, filme feliz com final feliz e que bosta que eu assisti?

Conclusão

Enfim, o filme não funciona bem como nada, nem como aventura, nem como drama, muito menos como ficção científica.

Ele joga lá o básico que é a IA e o poder da tecnologia, só que escancara o portão do absurdo com coisas saindo do nada, tecnologia só surgindo, a ideia ridícula de uma Placa Mãe com IA autônoma que a humanidade teme pois a criou lá na década de 20 e "selaram ela", e agora ela pode despertar novamente com décadas de evolução tecnológica se tornando uma verdadeira deusa da computação Quântica.

Só faltou sabe o que? Pós crédito mostrando que tudo era um jogo de vídeo game, jogado por um Alien que chegou na Terra milhões de anos após a extinção da humanidade.

O terror está morto, e o culpado é "Megan 2".

Falei o que tinha de falar, meu deus pra que me propus a assistir esta bost4.

Valeu pela leitura... se bobear farei um vídeo da Mortynha.

See yah.