Eu sei, estranho falar de um filme de 2021, assim do nada, mas acho que chegou meu tempo pra isso.
Quando foi anunciado, eu fiquei super ansioso pra assistir, e quando o fiz na época, eu simplesmente sai revoltado. Era totalmente diferente do que eu esperava e o filme só me desagradou, o que eu mesmo não entendi. Tanto que eu me obriguei a não escrever a respeito, mesmo tendo muito a comentar, pois eu sabia que eu não tinha assistido do jeito certo.
Não me recordo o que houve na época, mas algo havia afetado minha percepção, e eu estava mais crítico do que o normal, condenando um filme que tinha muitos acertos, por alguns erros que eu julguei mal. Então, hoje revi, com uma visão mais tranquila e descompromissada, e me deixei aproveitar a experiência.
Foi como assistir outro filme, mesmo reconhecendo até mesmo os "erros" que havia observado da primeira vez, dessa vez eu acabei vendo algo além, algo profundo e até poético.
Enfim, bora comentar mais a respeito.
Boa leitura.
O que é o Filme
"Free Guy" é um filme sobre um NPC de um jogo online chamado "Free City", que desperta consciência e começa a interagir com os jogadores, sem saber que ele é "falso", assumindo um protagonismo que nunca houve antes. Paralelo a isso os desenvolvedores do jogo enfrentam problemas entre eles no mundo real, derivados do jogo em si, de como ele foi criado, e de tudo que o npc vem causando.
Com Ryan Reynolds no papel do npc chamado Guy, o longa é uma comédia, com um tiquinho de ação, repleta de referências nerds, e indiretas pra um público bem específico, mas também mira num tipo de romance em duas realidades simultâneas.
A criadora do sistema de IA enfrenta o atual dono do "Free City" judicialmente, pois ele roubou sua tecnologia e aplicou sem sua permissão. O antigo colega e parceiro dela foi contratado por ele como um recurso de segurança caso seja processado (podendo usar ele como bode expiatório), e o grande objetivo dela é encontrar algum vestígio de que seu projeto anterior foi usado indevidamente.
E ai entra Guy, que é por si só uma prova de seu projeto, mas que o filme ignora para dar ênfase em um bug de reflexo, de um mapa antigo do jogo "Life Itself" que a moça criou, e que perto do final é procurado por ela, seu avatar, o Guy e o antigo parceiro dela.
Matrix Invertido
Uma parte muito importante do filme tá em sua identidade "Matrix". Ele segue a mesma premissa do outro filme, mas ao invés de ser uma pessoa presa numa realidade simulada despertando pro mundo real, aqui é uma simulação acordando e percebendo a realidade.
O protagonista e sua forma de lidar com a verdade de que ele é apenas uma linha de programação, é algo mostrado com tanta naturalidade que sentimos a dor dele. Primeiro vem uma onda de satisfação e liberdade, onde ele aproveita o mundo pela visão de um jogador, e depois a noticia terrível de que ele não é nada de mais.
Então, imersos na esperança de que ele assuma um posto muito mais importante do que todos imaginam pra ele, inclusive seus criadores, o filme até tenta torna-lo um grande protagonista, mas infelizmente preferem dar mais ênfase o lado de fora da Matrix do que ao que rola dentro.
Em todo caso esse exercício de questionamento sobre a vida vale também pra gente. Com direito a um monólogo lindo sobre o valor da vida e dos momentos, acima de qualquer noção de realidade, vindo do melhor amigo do Guy, é algo que inspira e agrada, entrando num espaço filosófico e bem profundo.
O poder da IA
Outro ponto muito abordado é o valor da IA, e o quanto pode ser desenvolvida a longo prazo, conscientemente ou não.
Uma forma de vida artificial que é capaz de pensar, aprender e evoluir, hoje vivemos algo aparentemente parecido, com coisa como Chat GPT e ferramentas diversas de IA que, ao princípio eram engraçadas, simulando arquétipos humanos e tentando muito parecer criativo mas sempre soando mera cópia ruim, em pouco menos de 2 anos já são recursos que esbanjam tanto talento, quanto criatividade.
Não é de hoje que algo do tipo é abordado pelo audiovisual, e é normal na ficção científica mostrarem algo referente às Inteligências Artificiais. Desde séries como Star Trek a Black Mirror, jogos como Detroit: Become Human ou o recente MiSide, filmes aos montes e por ai vai, tudo que tenta emplacar nesse tema acaba criando algo muito interessante e promissor.
E neste filme, a ideia não destoa tanto. Guy não é o único a criar uma mente própria mesmo sendo NPC, todos os demais também o fazem. Mas ele é o primeiro a desbloquear isso, por isso ganha tanto destaque.
O ponto ruim disso é que acaba sobrando personagem depois, e a história se encerra sem ter muito o que fazer com eles. Não criam um universo tão interessante assim para que existam, nem se esforçam em dar um uso convencional para tamanha inovação.
O filme não é daquele tipo de imersão total em um jogo, não imita um Sword Art Online nem um Jogador N° 1. O mundo do jogo é quase um Fortinite misturado com GTA, e para quem tá de fora, tudo que fazem é controlar um avatar dentro, e assisti-lo de fora pela tela do monitor, no máximo falando através de um headset.
Mas, dentro do jogo, pros personagens, tudo ali é muito real, e como o filme fica alternando entre as duas perspectivas, as vezes cria umas confusões que até ele próprio se confunde.
Erros de Realidade
Chega a ser grosseiro e um baita insulto a inteligência do espectador, o quanto o filme esquece de suas própria regras e só enfia eventos desconexos e sem o mínimo de cautela lógica.
E ai começam os problemas que no começo me fizeram odiá-lo. Tudo começa bem promissor, com essa estética dupla de dentro e fora do jogo, e não é difícil que entendamos tudo o que acontece, ainda mais com o ótimo empenho técnico com os efeitos visuais, inclusive para criar a versão digital pouco realista dos personagens quando vistos de fora.
É que, o pessoal de fora vê o jogo com um visual mais digital, enquanto pro pessoal de dentro é tudo real. Legal, são as perspectivas dos dois mundos. Mas tem algumas regrinhas que não confusas, como por exemplo "o beijo".
Uma hora, o Guy beija a mocinha, e pra ela que é jogadora a ação em si é esquisita pois não é um comando normal do jogo. Dá pra dançar, da pra acenar, mas não da pra beijar. Não tem esse movimento entende?
Pro NPC porém, é um sonho realizado, e sinceramente toda a sequência é muito bem feita, e engraçada. Rola um corte pra mostrar a reação dela no mundo real, paralelamente a cena toda romantica dele dando seu primeiro beijo, com direito a uma conversa constrangedora da garota com seu parceiro sobre a experiência Role Play que teve online, sendo tudo muito hilário.
Acredite, é comum para jogadores de RPG online e jogos onde personagens podem ser interpretados, cenas românticas e ações que simulam uma interação mais pessoal. Ragnarok Online que o diga, é um jogo antigo, sem realismo algum, e ainda assim tem gente que cria/criou até família dentro disso, atuando, interpretando, vivenciando e compartilhando com outros jogadores, que atrás de seus personagens apenas vivem uma vida diferente e virtual, regada por pura imaginação.
Então essa sequência e referências são genuínas e criativas, inspiradíssimas em algo pra lá de real. Algo que pouco depois é ignorado pelo roteiro, que abandona todo o bom trabalho desempenhado ali, para fazer algo só arrastar a trama pro fim.
No terceiro ato, invertem as ações e a jogadora precisa beijar o personagem, pra desbloquear as memórias dele uma vez que foi resetado. Vendo isso, tudo que consegui pensar foi na inexistência de lógica, seguindo as próprias regras que o filme criou.
A jogadora beija ele usando um comando que não existe no jogo, e nós aprendemos isso, ela própria disse isso. Ela faz isso dentro da perspectiva do jogo gerando uma baita cena linda sim, mas sem sentido, tanto que nem chega a ser mostrado a reação dela no mundo real dessa vez, pois não tem conexão entre os dois eventos.
Ela apenas desenvolveu uma função nova? Faria sentido ela pedir pra ele beija-la, tudo isso teria exatamente o mesmo efeito, e a resolução seria a mesma, só que obedecendo as regras. Mas do jeito que é feito, com ela tomando a iniciativa, é só confuso, e tira nossa atenção.
O pior é o exagero e a sequência em si, pois ela simplesmente não vira pra ele e beija, ela faz todo uma ação sem sentido, atirando num carro de polícia com uma bazuca (que na cena em si não tem importância) e só então beija.
Se fosse algo irrelevante, tudo bem. Mas não é. Isso é uma ação importante que dá continuidade a história, e sem esse beijo, o personagem nunca desbloquearia as memórias, nunca contaria onde viu um bug, e nunca teria o desfecho.
É essencial que ele beije ela, pois só isso é capaz de fazer ele se lembrar dos sentimentos que tem, algo implícito em seu código fonte. E, apenas ele tinha a informação de onde o Bug que levaria para a versão oculta do "Life Itself" estava.
Desperdício de Possibilidades
E tem outras situações assim ou até piores. Por exemplo, uma hora um jogador perde os óculos, e ao acontecer isso ele perde tudo no jogo. Os óculos são a marca registrada dos jogadores, onde NPCs nunca usam, e apenas os avatares dos jogadores vestem isso.
Com os óculos, eles podem enxergar tudo o que um jogador vê, como layout, barra de vida, valores e marcações pelos cenários. Além disso os óculos desbloqueiam acesso ao sistema, permitindo abrir inventário, coletar dinheiro do mapa, pegar itens que para os NPCs nem existem, e por ai vai.
Só que ai mora um baita desperdício do filme, onde o Guy vira um jogador por vestir um óculos roubados, e o jogador de quem ele tirou isso perde sua conexão com o jogo (morrendo por um tiro, mas mortes são temporárias no jogo). Até ai, tá tudo certo, mas o personagem em si continua existindo mesmo sem seus óculos.
Em outro momento, o Guy pega os óculos de mais um jogador para dar pro melhor amigo, e aí o jogador se torna um NPC praticamente, reagindo mas sem poder se comunicar aparentemente. Isso acaba deixado de lado, tanto os óculos que ele roubou, quanto o jogador que foi prejudicado.
O mais estranho é o avatar reagindo, respondendo e até assumindo funções de NPC quando tem seus óculos removidos, sendo que na verdade, ele é apenas um avatar. A natureza dos óculos em si passam a ser só um ajuste visual, e não necessariamente os recursos de jogo. Remover eles não os desconecta, mas limita suas funções como jogadores transformando eles em tecnicamente NPCs.
Só que em caso de desconexão, os personagens simplesmente desligam, e ficam parados em alguma parte. Até vemos outros jogadores desligando por desconectar e parando em pé, com o avatar deles entrando em "coma", e até perdendo um pouco da cor.
Isso acontece muito durante o filme, inclusive no final quando desconectam todos os jogadores e seus avatares apenas ficam lá parados, enquanto os NPCs lutam desesperadamente pela vida.
Vendo isso, a cena do Guy pegando os óculos do jogador apenas não combina, por conta do que foi mostrado. Ele poderia por exemplo remover os óculos e o personagem ficar parado?! Sim. Poderia ter algum tipo de conversão de jogador pra NPC sem os óculos? Sim. Mas o filme não usa nada disso, apenas faz uma piada boba, e ignora tamanha possibilidade.
O Final Ruim
O fim também não é dos mais agradáveis, por mais que soe todo alegre. É que, durante toda a história vemos o romance de um personagem com a jogadora, e ele se apaixonando e tudo mais. Tem até os dois beijos entre eles, e o valor disso é tão grande pro personagem que mesmo cientes que esse relacionamento nunca daria certo, a gente torce por ele.
O amor dele é real, e mesmo ele sendo artificial, ela era tudo pra ele. Aí no final, ele próprio termina com ela e diz "Eu sou uma carta de amor para você". Tipo? Quê? Parece fofo (na verdade é, e muito), mas é igualmente desanimador.
É que, o Guy havia sido desenvolvido pelo colega da garota, que tinha feito um personagem apaixonado pelas características dela, inspirado em seu próprio amor por ela. Só que eles eram tão amigos, que ele apenas evitava contar isso pra ela.
Quando o código fonte foi roubado, e os NPCs criados no "Free City", muito foi reciclado inclusive o NPC que o cara criou. É muita coincidência, tanto que ele só se liberta da programação e começa a se desenvolver pois ele vê a avatar dessa moça, e se apaixona logo de cara.
Como o avatar dela tem exatamente a mesma cara dela, só que mais estilizada, assim como no caso do parceiro dela, que ao criar um avatar GM e entrar no jogo como policial, também surge com a mesma cara, nada disso é explicado, e o filme não se da ao trabalho de tentar explicar. Mas isso não vem ao caso...
A questão é que no fim, o romance verdadeiro é entre a moça e o parceiro dela, que se beijam no mundo real ao ela perceber que o Guy foi só uma criação dele pra ela.
E o Guy? Que o filme inteiro tenta nos fazer pensar ser um personagem importante e protagonista de sua história, termina sendo exatamente aquilo que disseram que não era: Um coadjuvante.
É bonito, mas vai contra a essência do que nos foi contado. Eu sei que é poético e fofinho, a maturidade do personagem em abrir mão dela pra que ela viva feliz com seu real amor, é uma prova grande de amor.
Só que ela também estava apaixonada por ele! Ela correspondeu ao romance, ela inclusive passou a entrar no "Life Itself", jogo que acabou desenvolvendo no fim, para ir só passar tempo com ele. Só que e ai? Ela abandona ele, pra viver um caso real e ponto final?
Cara isso é maldoso. Se ao menos ela desse independência pro avatar dela, criando uma IA pra ela e deixando o Guy vivendo ainda mais feliz, só isso já seria uma correção muito valiosa. Mas nem isso é feito, ele é deixado no máximo com seu melhor amigo e fim.
De certa forma, isso mostra bem a realidade cruel da vida. Aquela sua namorada virtual que tu tanto almeja, um dia pode conhecer alguém real e simplesmente vai te largar, nunca mais vai logar, e você nunca mais a verá.
O Problema do React
Outro problema que não da pra ignorar são os Reacts. O filme usa alguns momentos de personagens do mundo real reagindo aos do jogo e, é muito vergonha alheia se se ver. E algumas coisa não tem a menor lógica, com as reações sendo exageradas de mais e caricatas.
Por exemplo, quando o Guy puxa o escudo do Capitão América, e rola até um corte pro ator Chris Evans assistindo a Live e reagindo, com direito a trilha sonora do filme Vingadores, é algo muito bem encaixado e até engraçado.
Mas por outro lado nada disso faz sentido. Não é como se o Guy tivesse criado o escudo do nada, afinal se tá no inventário dele é porque é algo normal do jogo, então a reação em si parece ridícula se olhar por esse ângulo.
São jogadores que estão assistindo um vídeo do NPC jogando (ou seja, uma cinemática) e ficam espantados, surpresos e ridiculamente animados com coisas comuns do jogo.
Ele tirando um sabre de luz, e todo mundo comentando "Olha é um sabre de luz!!" ou "Uhum, uhum, um sabre de luz" ou então "Mãe vem ver, ele tirou um sabre de luz, é um sabre de luz, meu deus amado é um sabre de luz, alguém me segura, é um sabre de luz!!!!!" com a música tema sendo a de Star Wars pra lembrar que é mesmo um sabre de luz pra?
Ele da duas giradas com a arma e já larga, tipo, exatamente pra que tanto alarde??? É um react exageradíssimo, e atoa.
Isso rola no final mas, por não fazer o menor sentido, acaba virando uma bola de neve com o outro maior problema do filme...
Destruindo os Servidores
A ideia do criador do "Free City" que havia roubado o código fonte, indo até os servidores do jogo e sentando um machado nele... é a coisa mais tosca que já vi num filme.
Gente, é absurdamente ridículo isso tanto como solução, quanto como encerramento, pois nada disso é minimamente crível.
Talvez pra alguém que não faz ideia de como um computador ou videogame funcione isso passe desapercebido e não impacte em nada, mas acho bem difícil isso uma vez que o público alvo é justamente jovens adultos que gostam de jogos.
Primeiro que destruir servidores não vai quebrando pedacinhos do jogo online. Fazer isso, gera erros de sistema que corrompem tudo em tempo real e simultaneamente. O jogo inteiro iria apagar no ato, travar ou morrer.
São machadadas em hardware! O problema técnico que isso geraria seria tão grande que bastaria um golpe pro estrago total.
Se um inseto, calor, um pouco de poeira ou o simples ato de desligar da tomada já arruína tudo de uma vez, imagina uma fucking machadada.
Mas vamos supor que cada servidor ali tinha fonte de energia própria, tinha uma função isolada e pra variar, não tinha a menor conexão em hardware com os demais, sendo realmente responsável por cada pedaço do jogo. Não seria mais simples desligar o disjuntor?
Tirar da tomada resolveria o problema e não geraria gastos ou perdas, ainda mais considerando que a motivação pra tal cena era justamente GASTOS E PERDAS. O vilão, que dono do jogo e tal, não queria perder dinheiro e só por isso tenta impedir que o Guy e seus amigos encontrem a prova que queriam.
Mas pra isso ele estaria disposto a torrar milhões por pura birra?
Como o filme depende muito desse problema pra poder se concluir, ele além de ignorar uma lógica tão simples, ainda joga o último servidor intacto como justamente aquele abençoado onde estava a única informação que o cara precisava.
É de uma coincidência e implausibilidade que não da pra acreditar. É muito difícil relevar, é o último gostinho que temos, a última coisa que vemos, a o desfecho para comentarmos. Tô errado em reclamar?
Continuação?
Só quis falar um pouco, acho que realmente deu a hora pra isso. Pior que eu nem vejo possibilidade de existir um Free Guy 2, pois não tem bem espaço pra continuação.
A história nem mesmo se esforça pra dar significado ou importância pra grande criação dele. Poxa, em um ponto mencionam Prêmio Nobel, o que convenhamos seria algo esperado já que a moça criou literalmente um sistema inteligente que evolui sozinho, mas...
O final é só um mundo digital bonito, que os jogadores podem entrar pra interagir com NPCs vivos.
E toda a ação ou interatividade de um jogo de tiro ficou como algo ruim, como se quem joga jogo violento fosse errado e vilão.
É uma crítica direta a liberdade absurda dada em jogos como GTA, mas ao mesmo tempo ignora a natureza dos jogos em si. Qual a graça de entrar num aquário pra olhar NPCs vivendo? Juro que nessas horas os argumentos do executivo que simplesmente mudou o código fonte pra criar o Free City, e deixar os jogadores curtirem, faz muito mais sentido.
Mas, existem sim jogos de interatividade, romance, e até mesmo simuladores de vida por ai. Tem público pra tudo, mas convenhamos que com um sistema tão futurista como de uma IA de auto aprendizagem, fechar a história com um servidor onde os personagens vão vivendo sem motivações, é bem desanimador.
Desligue o Cérebro e Divirta-se
Mas em todo caso, vi pelo lado descompromissado dessa vez, apenas pra divertir, e sem procurar regras. E é diferente. O foco está no personagem e não no mundo dele. Está na interação dele com a garota e sua outra realidade, e não com o sistema por trás de tudo.
E aí sim, ele fica mais legal de ver.
Desligue o cérebro e sorria, foi isso que disse pra mim mesmo e no fim deu realmente certo.
Tudo é divertido, até mesmo esses absurdos e exageros, ganham um tom cômico e, olhando assim fica mais fácil digerir.
Ainda acho que o filme foi reescrito da metade pro final, pois tanto dele perdeu a essência inicial que é difícil não notar. Mas, não é a pior coisa que já vi.
Na verdade eu assistiria novamente facilmente, e repito que é divertido.
Só ignorar as regras.
See yah!
2 Comentários
DivulganteMorte provavelmente infantaria ao ver um filme do Adam Sandler.
ResponderExcluirTe contar que sou fã dele kkkkkk
ExcluirObrigado de mais por comentar, isso me estimula a continuar.
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