CríticaMorte: Feios - É ruim de mais

Feios


Feios (Uglies) é um filme da Netflix de Ficção Científica que tem um conceito interessante, uma história boa, efeitos especiais legais, mas uma direção tão ruim que faz ele se tornar um completo desastre. Olha a capa! Todo mundo é mó gato, num filme chamado "Feios"... ah ta bom.

O ritmo do filme é terrível, ele é corrido, tem uma trilha sonora fora de tempo, é muito mal contado, apesar de ter uma história legal até.

Ele aborda conceitos estéticos, sociais e políticos, num período da humanidade que convenhamos, olhar esses temas é quase uma necessidade. Só que a abordagem jovial dele, combinada com um estilo romantizado, faz ele ficar brega ao ponto de afastar qualquer um que seria capaz de entender sua mensagem.

Enfim, vou tentar explicar o que achei disso.

Boa leitura.


Ninguém é Feio


Então, a primeira coisa que me fez querer desistir do filme logo de cara foi a forçada de barra na questão da aparência. Tipo, o tema principal do filme é a aparência física da galera e uma sociedade em que as pessoas precisam ser bonitas, e o próprio governo oferece uma cirurgia plástica quando alcançam os 16 anos, para serem perfeitos e se enquadrarem nos padrões.

Aí logo de cara a protagonista Taly (Joey King) é uma tremenda gata! A atriz é muito bonita, e não adianta ficarem repetindo que ela é vesga, que seu apelido é vesguinha, que ela é triste por se achar feia e os caramba, quando a personagem é uma verdadeira modelo, apenas sem maquiagem. 


Antes fosse apenas ela, mas caraca, todo mundo é lindo de mais, isso sendo geral considerado aberrações da natureza, feios ao ponto de quererem mudar totalmente suas características ao ingressarem na fase adulta. 

Se o tema do filme se baseia na aparência, deviam se esforçar um pouco pra nos convencer que essa questão é real no meio dessas pessoas. Mas não se vê bullying, não se vê ofensas, não há testemunho algum de hostilização pela aparência. 


A escola de preparação é repleta de jovens vestidos com roupas sem vida, sem opção de estilização, sonhando com filtros do Instagram, mas sem contato algum com pessoas "lindas" de fato. E o contato é punido ainda por cima, negando que se encontrem com qualquer um que já passou pelas cirurgias.

Paralelo a isso, as pessoas belas vivem em júbilo carnavalesco do outro lado de uma ponte, lá em meio a cidade, e podem ser assistidas pelos jovens para causarem inveja. Só que, isso é ridiculamente mostrado, em uma cena montada pra ser "encantadora e épica" mas que destoa do lógico, e caminha pelo cômico.


Apenas não convence, e era necessário ter um trabalho técnico mais engajado em transmitir a sensação de feiura e rejeição, pelo menos no começo.


Um Ritmo Errado


A protagonista em 10 minutos de filme já faz o que ninguém jamais fez, entra na cidade proibida, se infiltra com uma máscara que engana todos os outros, e já encontra um amigo que passou pela cirurgia sem nem procurar direito. 

Se havia interesse em investir em mistério, sobre a razão dele em sua aparência nova ignorar a amiga e tal, isso se perde pois não temos temo de absorver o assunto ou criar a dúvida. É tão rápido que a gente nem tem tempo de entender o que o filme quer mostrar... e isso é ridículo de mais.


O tal amigo, é introduzido em 2 minutos de filme, junto com todo o resto do passado que vai servir de plano de fundo, além da própria protagonista. Cara, é tudo muito maçante, e a gente tem que escolher em qual ponto vai prestar atenção.

Daí o filme se perde em diálogos pra relembrar o que já vimos, e explicar melhor. Sessões de óbvio explícitas, seguidas por mais eventos jogados em tela, é tudo muito acelerado e repetitivo, o que cria exaustão.


Essa impressão permanece durante o filme inteiro, e lembra até séries de televisão jovem, que por não terem tempo pra explicar tudo em detalhes, apenas apelam pra sequências espaçadas por meros segundos, pra alcançarem seus objetivos narrativos.

É preciso que a protagonista ganhe uma amiga certo? Então jogam uma personagem do nada pra ser amiga dela, e não trabalham a união delas. Apenas vão do ponto A ao ponto B, como se só precisassem mostrar que ela tem uma amiga e pronto. 


E a gente? Aceita afinal tem efeitos especiais bonitinhos, elas tão sorrindo, e provavelmente não é importante.


A Importância Camuflada


A questão é que tudo isso é importante, a ideia do estético, a mentalidade das pessoas, a união deles, tudo isso tem grande relevância na história geral. Em dado momento até pensei que, era tudo propositalmente jogado às coxas.

Como se, aqueles jovens realmente enxergassem a vida deles como trágica pela feiura que possuíam, pois suas mentes forma moldadas para ficar daquele jeito. Nós, que vivemos fora dessa bolha, em nossa própria realidade, perceberíamos o absurdo dessa realidade fictícia, só por nossas perspectivas. 


Mas, isso é um erro grotesco, pois o intuito dos filmes é criar imersão, para que sintamos o que os personagens sentem. Apenas tacar um monte de informações em tela com a desculpa de que, pra nós isso não importa mas pra eles sim, é uma clara deficiência de construção de imersão.

Afinal, é uma história sobre como o governo manipula a mente jovem, com falsas verdades, para que todos se atentem aos problemas que mostram pra eles, enquanto os verdadeiros problemas são escondidos.


Quando começam a introduzir a ideia da rebelião, das pessoas que vivem fora do sistema, da situação real do meio ambiente e de como o embelezamento forçado, e a lavagem cerebral da galera, é um problema minúsculo diante do restante, ai as coisas começam a ficar interessantes.

Chato que isso começa na metade do filme, e apesar de acertos narrativos como uma abordagem um pouco mais séria e real, o ponto exagerado e jovializado continua, em puro melodrama.


A Ignorância é uma Virtude


Queria eu ser capaz de me contentar com um filme sobre uma mocinha falsamente feia, achando seu par perfeito na liderança de uma rebelião contra o sistema. Mas isso não é o suficiente pra prender minha atenção, por isso foi um verdadeiro sacrifício completar o longa.

Contudo, achei que o filme tinha tudo pra ser bom, caso talvez tivesse lidado melhor com alguns de seus recursos.


Eu raramente comento sobre trilha sonora, mas a deste filme é um total desperdício. As músicas tocam na pior hora possível, são repetitivas, não combinam com o que é mostrado em tela, com música épica tocando na hora de ação, música romântica tocando em momentos épicos, musica de ação tocada em momentos românticos, tudo meio que é trocado!


Pior é que, isso não da pra ser ignorado, afinal é a música que dita sensações naquelas cenas, e por mais legais que cenas sejam, elas perdem o significado por causa da sonoridade. É prejudicial, e no fim muito do filme se perde por causa disso.

Ele tem ótimos efeitos especiais, como as pranchas voadoras que são realmente bem feitas. Mas elas estão em momentos sem nexo, que levam pra lugar algum, ou não tem o menor sentido!


Um baita exemplo é a grande jornada da protagonista, que deixa a escola pra procurar a terra dos rebeldes, seguindo um mapa em forma de poesia que apenas ela poderia entender. A lógica disso é inexistente! Chega a ser um furo narrativo absurdo e mal pensado.

Quem dá esse mapa é a amiga recente dela, que vai deixar a escola pra fugir com os rebeldes, só que não havia forma dela saber a localização do lugar pra onde fugiria, muito menos havia como revelar tal localização pra amiga. O próprio filme diz que nenhum novato conhece o lugar, mas de alguma forma ela conhecia, passou a localização, e guiou a amiga sem a menor dificuldade.


É só uma desculpa burra pra uma sequência fantástica e super bem feita, que acaba também sendo desnecessária pra um caramba.


Continuidade Esperada


O trágico é que o filme termina aberto, para que uma continuação surja e traga respostas. Ele parece muito com filmes inspirados em livros, tipo Maze Runner, Jogos Vorazes, ou principalmente Divergente. Aliás a estética geral dele é a de Divergente, Convergente, Detergente e Absorvente.

A franquia do Ente também tem essa mesma atmosfera, futurista revolucionária, com o governo manipulativo e um sistema opressor de mentes livres... mas lá as coisas tem uma narrativa coesa, e cada filme se basta em si, respeitando a trama, e contando uma história individual cada um, para no fim tudo formar uma grande trama.


Já aqui, "Feios" é apenas isso, feio pra caramba. Ele tem uma ótima aparência, as atuações são boas, ele conta até com músicas legais (apesar de meio genéricas devo confessar), só que tudo é montado errado.

Podia ser muito melhor, e infelizmente ficou assim, apenas mal contado.


Daí duvido muito que haverá continuidade, afinal a história, mesmo tendo muito a oferecer, não parece ter nada interessante pra contar.

Chega a ser irônico... o filme é lindo na aparência, mas é um desastre em conteúdo.


Resumindo pra Você não ter de Assistir


Depois de um tempo, lembrei que meu propósito aqui é ajuda-lo a não ter de sofrer com filmes tão terríveis, então, depois de literalmente assistir duas vezes (sim, eu assisti duas vezes) bora resumir tudo.

O filme começa com a protagonista chamada Taly narrando que acharam a solução pra todos os problemas do mundo, a perfeição física. Assim, todos fazem cirurgia total quando chegam aos 16 anos de idade. Ela cita que problemas climáticos foram resolvidos graças a uma planta branca sem importância, e que todo mundo é belo e feliz agora, exceto os jovens, como ela, que estão confinados em escolas isoladas, até completarem a idade da cirurgia.


Daí é mostrado ela em aulas rápidas, apresentando-se pros demais colegas e contando mais sobre o mundo dela, paralelo a momentos dela admirando uma versão filtrada por Inteligência Artificial de como ela será no futuro.


Então Taly se encontra com seu único amigo, um narigudo que na verdade usa uma massa no nariz pra fingir que tem um calombo. Fingindo ser feio, ele conversa com ela, passeia, ambos violam regras da escola, afinal Taly sabe usar o anel de acesso deles pra quebrar o sistema, e no fim, eles tem um acordo: Se reencontrar após a cirurgia, na ponte de acesso a outra cidade.


Ele faria a cirurgia antes dela pois o aniversário dele estava próximo, e eles tinham esse pacto desde a infância. Ambos tinham se ferido na mão atoa, enquanto discutiam, e a cicatriz seria a prova de que eles jamais se esqueceriam um do outro, independente de quem se tornassem.


Cirurgia ocorre, o cara some da escola e corta o contato no celular. Daí Taly fica toda nervosa por um tempo, até ir pra ponte e ver se ele dá sinal de vida. Como ele não aparece, ela decide atravessar a ponte por baixo (com mó música besta que nem combina) e invade a cidade proibida pros feios, sem ninguém percebê-la.


Ela ainda acha uma máscara do nada, que deixa ela mais bonita por IA, com roupas e um cabelo projetados pra fantasia, e ninguém se dá conta que ela é uma feia... pois ela não é feia!


Mas ela anda um pouquinho, ao som de uma musiquinha feliz e de admiração, pra dizer que ela está num mundo de fantasia, e não tem nada de mais, só são um monte de jovens suados dançando eternamente em festas, mó falsidade. A solução do mundo é festejar e nunca mais trabalhar, sim, acreditamos nisso.


Sem esforço algum, ela encontra o amigo dela, e ainda identifica ele de costas, no meio da multidão. Legal que até ele diz pra ela que ela está na festa errada, sugerindo que há várias e várias festanças diferentes, com multidões, e que era impossível ela encontrar ele, ainda mais tão diferente.


Os caras mudaram tudo nele, cor do cabelo, pele, olhos, altura, o nariz é o menor dos problemas, e até tiraram a cicatriz da mão. O cara tá irreconhecível, se bobear até o dublador mudaram, mas ela o reconhece pela força da amizade. Sem nem demorar, ela tira a máscara e fica questionando porque ele a ignorou tanto, e ele age como se nem a conhecesse, até a segurança do lugar surgir.


Taly pega uma blusa do nada, e pula de um prédio, revelando que aquilo era um equipamento tecnológico de bungee jumping, e se salvando da queda mortal. Ela também foge a pé, de guardas equipados com naves e os caramba, e quase é pega só por derrubar uma pedra na água!


Mas ai uma garota anônima, que perguntou pra ela se o amigo dela era o namorado dela a um tempo, aparece com uma prancha voadora e as duas fogem juntas de uma NAVE.


Elas riem, e viram melhores amigas do dia pra noite, curtindo juntas, violando mais regras da escola juntas, em pura artificialidade. No final até Taly aprende a usar a prancha voadora em questão de minutos, virando profissional.


Aliás, ela fica famosa na escola por ter invadido a cidade proibida, mas ninguém da administração parece se importar com isso, mesmo com Taly dizendo o tempo todo que isso pode acabar com a cirurgia dela.


Então um dia, a amiga dela fala de alguém chamado David, diz que a Fumaça é real, e que David existe, levando Taly pra uma região de prédios antigos sem a menor explicação. A questão é que até esse momento, nem é mencionado o que é fumaça ou os caramba. A informação brota do nada!


E as coisas só são explicadas quando Taly e essa amiga já estão no prédio abandonado, e a amiga faz Taly prometer que nunca contará sobre aquilo pra ninguém. Ela acende uma fogueira, diz que David chegará, chora um pouco pois ela ira EMBORA naquele exato momento, e ainda chama Taly pra fugir junto com ela, dizendo que a vida real é outra.


Mas Taly, e o espectador, ficam sem entender bulhufas do que tá rolando, e apenas diz "Não mano" e pronto, acaba com a amiga pegando a prancha e voando na direção de outra fogueira ao longe. Não antes dela pegar um poema e dar pra Taly, alegando que apenas ela conseguiria ler e entender.


História segue, agora com Taly chegando perto do dia da cirurgia e triste por ter perdido mais um amigo, até que no dia ela a cirurgia é negada, e ela é levada pra chefona da administração da escola. 


Ela praticamente se entrega falando da invasão na cidade, mas a escola não ligava mesmo pra isso, e eles falam da amiga dela que sumiu. Detalhe: A amiga tinha vários outros amigos a muito tempo, com quem compartilhava livros (proibidos), mas só Taly é levada pela administração, que a conhecia não tinha nem 2 dias (pela péssima continuidade e montagem).


A mulher perfeitamente duvidosa alega que a amiga da Taly está em perigo, que David é alguém maligno e que tem uma arma pra destruir a escola e todo o sistema, cabendo a Taly ajuda-la a encontra-los. Sim, a mulher dá a missão de caçar a localização da amiga, e encontrar os rebeldes da Fumaça, confinado totalmente em Taly.


Ela ainda dá um Colar pra ela, com um rastreador caso ela aceite ajudar. Mas Taly fica receosa e nega a princípio. Até receber a visita do amigo dela que passou pela cirurgia, quem convence que ela tinha de ajudar.


O cara não fala com ela a dias, ignorou ela e tudo mais, mas do nada aparece na janela do quarto dela pedindo pra ela ajudar o sistema? Suspeito?

Ela aceita o colar então e vai procurar a amiga, seguindo o poema que ela deu. De alguma forma esse poema era um mapa enigmático, que na base da sorte levava ela pra uma grande aventura se jogando de penhascos e escalando montanhas.


No fim ela chega num jardim de plantas brancas e se deita, onde aparentemente ela encontraria os caras da Fumaça. E então acorda num grande incêndio, sendo salva pelos mesmos.


Ela é levada pra um acampamento reserva deles, diretamente pelo David, líder da coisa toda, e lá já encontra amiga dela, se abraçando e tal. Mas durante a noite ela explica que está lá pra resgata-la, e não pretende ficar, até que a amiga diz pra ela dar uma chance pro lugar.


O tempo passa e ela aos poucos vai entendendo que ali é um lugar livre, em que todos trabalham, trocam itens como moeda, e lutam pelo dia a dia, sem ligar pra aparência ou marcas de idade. Ela começa a notar que a vida artificial festeira que ela queria de fato era ruim, e ela própria decide que aquele lugar é o melhor pra ela.


Também é explicado por alto que as flores brancas eram prejudiciais pro mundo, uma arma biológica criada pela humanidade, que começou a devastar o planeta, e forçou essas comunidades isoladas a existirem. A Perfeição tinha um custo, e a Fumaça queimava essas flores como forma de protesto ambiental (incendiar é a solução...).


Só que não era apenas isso, depois que Taly se apaixona pelo David e ambos se pegam, ela é apresentada aos pais dele, que contam toda a verdade sobre o sistema. Eles eram cientistas cirúrgicos, que eram contra esse método, onde algumas pessoas faleciam após serem dilaceradas, além de ter um tipo de controle mental onde o cérebro também era afetado.


Mas, eles tinham criado um antídoto, uma poção que fazia a cirurgia retroceder, mas pra fazer essa poção mágica funcionar eles precisavam da substância mágica usada pras cirurgias funcionarem na mente das pessoas (só apelando pra magia pra alguma coisa fazer sentido nisso).


Daí Taly entende que seu amigo tinha esquecido dela e da promessa, pois o cérebro dele foi modificado, e fica possessa com isso, optando se rebelar também e se unir de verdade à Fumaça. Nesse ponto eles já estavam na base principal.


Paralelo a tudo isso, a organização sem nome que controlava o sistema, decide apelar e começa a mandar soldados geneticamente modificados, para as localizações em que Taly esteve. Eles conseguiam melhorar a cirurgia, transformando as pessoas em super humanos, rápidos, resistentes e obedientes.


Fazem isso com o amigo da Taly, dando o aprimoramento e mandando ele pra caçada. Como é tudo muito rápido, o filme nem gasta tempo mostrando os combates dos Fumaças contra os soldados, apenas uma única passagem em que Taly salva a amiga de um incêndio das flores, e testemunha eles de perto.


Mas no fim, ela pega o colar e destrói, o que aciona o localizador, e faz o território principal dos Fumaça ser encontrado e atacado. A própria líder da organização governamental vai pra invasão, e depois de um rápido confronto (os caras não conseguem defender a própria terra), geral é capturado.


Tem menos de 50 pessoas se contar, contra um exército se super soldados. Mas imitando uma cena que eu juro que vi em outro filme (se não me engano ocorre exatamente o mesmo no filme Maze Runner 3), os caras matam o pai do David na frente deles, procurando por David, que se revela em seguida pra ser capturado.


Taly se revela também, só pra ser acusada de traidora publicamente, agradecida pela chefona do mal, que diz que ela e todos os outros fariam a cirurgia agora.


Mas ai ela e David conseguem fugir, do nada virando uma guerreira, e eles são ignorados (toda confusão por nada).


Juntos, eles conversam, Taly explica mais ou menos o que houve, e David ignora que acabou de perder o pai, e apenas perdoa ela. Ai eles montam um plano de invasão ao sistema, para resgatar a todos.


Sem esforço, eles entram na escola, encontram os mesmos amigos que a amiga de Taly tinha, e juntam um novo exército rebelde em minutos.


Durante uma distração criada por esses amigos, eles invadem a sede principal, e encontram TODO MUNDO. É super fácil, e Taly ainda usa seu anel de acesso hackeado pra sair abrindo as portas, sem notarem ela.


No fim, descobrem que a amiga de Taly foi a única que passou pela cirurgia, e ao tentar resgata-la, ela já mudou pra forma bonita e controlada mentalmente (colocou vestido, peruca, lentes e salto).


Mas eles tinham um plano, que consistia em serem capturados, passarem pela cirurgia, enquanto os amigos achavam um helicóptero (DO NADA) e atiravam contra eles. Por sorte ainda acham a poção mágica especial que os caras usavam pra cirurgia, que só tinha uma, e tava exatamente no lugar em que eles chegaram na pura sorte.


Moral da história, tudo facilitado pelo roteiro e sem preocupação em se conectar naturalmente. Pra fechar tudo com chave de ouro, o amigo de Taly aparece pra detê-la, e ela se aproxima pra perdoa-lo e converte-lo através do amor.


Mas ai o namorado novo dela fica com ciúmes, além de lembrar que foi esse cara que matou o pai dele, e simplesmente empurra ele de uma represa. 


Taly até tenta salvar, percebendo que tava funcionando a conversão por discurso, mas o cara cai na água, aparentemente pra morte (sim, super humano, cai na água, e vai morrer, a gente engole essa).


Eles fogem para a cidade em destroços então, e lá compartilham a informação de que tem as duas poções mágicas agora, e dá pra fazer a anti-cirurgia, tendo até uma cobaia em potencial, a amiga de Taly.


Mas a amiga se recusa, e por ser politicamente imoral, eles dizem que não da pra impor a cirurgia nela (tipo, é óbvio que ela foi forçada a fazer a cirurgia e ela não queria aquilo, mas eles mandam um politicamente incorreto nessa hora), além de ter risco de morte.


E a brilhante solução de Taly, é ela mesma se oferecer pra cirurgia. Ela diz que irá se entregar pro governo (depois de tudo que fez), e irá passar pela cirurgia primeiro, pra depois fugir e passar pela anti-cirurgia. E TODOS CONCORDAM COM ESSE PLANO DE MERDA.


Ela ainda fala pra David que ele saberá quem é ela por um sinal que ela deixará, e pede pra confiar que ela, diferente de todo mundo, vai aguentar o controle mental.


Moral da história, ela passa pela cirurgia, ganha até um apartamento novo, fica feliz na nova aparência e tudo que tem de diferente, é a cicatriz deixada na mão.


Que aparentemente, é a prova de que ela não deixou de ser a antiga Taly mas, convenhamos, nem faz diferença.


O filme se acha genial, mas é um show de horrores. Talvez o nome caiu bem.


Talvez o livro seja bem melhor.

É isso...

See yah

Postar um comentário

0 Comentários