Harry Potter - E a Pedra Filosofal - Falando um pouco do primeiro filme do bruxinho

Harry Potter - E a Pedra Filosofal



Apesar dos recentes relançamentos, Harry Potter é um filme antigo, baseado em livros e que fez um baita sucesso, e ainda faz até os tempos de hoje. Composto por uma franquia de 8 filmes, uns sendo excelentes e outros nem tanto, essa saga conseguiu a proeza de entrar para a história por sua qualidade.

Mas, eu gostaria de falar somente do primeiro filme dessa vez, e não da franquia inteira. Isso pois assim como o filme é uma adaptação de um livro, este mesmo livro gerou muitas outras interpretações em formato de jogos, e pretendo falar de cada um deles separadamente.

Será um trabalho longo, mas tenho certeza que compensará no final.

Então hoje, bora falar de "A Pedra Filosofal", o primeiro filme da franquia do bruxo com cicatriz de raio.

Boa leitura.



O Filme


Em 2001 a Warner teve a audaciosa ideia de adaptar duas obras literárias bem conhecidas, sendo elas Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien, e Harry Potter de J. K. Rowling. Talvez na proposta de alimentar duas demandas, a de um publico adulto com filmes de guerra, e a de um público infantil com filmes de magia, os dois investimentos se provaram um baita acerto.

Eu me lembro bem, apesar de pequeno, que "HP" foi uma tremenda surpresa. Não eram comuns filmes de magia, quem dirá voltados para todo um mundo fantástico com poderes místicos e afins. Na época o que atraia crianças aos cinemas eram desenhos animados ou coisas bem mais infantis, e então surgiu este filme, protagonizado por crianças, que mostrava um amplo universo completamente inovador.

Era um baita contraste com a fantasia repleta de exércitos de Senhor dos Anéis, e neste ponto a própria Warner deu inicio a uma rivalidade: Surgiram os fãs da Terra Média, e os fãs de Hogwarts.


Mas o ponto que quero abordar nem é a rivalidade em si, mas o quanto o longa do bruxinho foi marcante pra todo uma geração, que passou a crescer com seus filmes e derivados, cada vez mais se encantando.

Acompanhei a saga dele desde o princípio e sempre via com empolgação os lançamentos, colecionando álbuns e brinquedos, sonhando em me tornar um bruxo, e até mesmo fabricando minhas próprias varinhas, fantasiando como toda criança.

Além disso haviam jogos que foram surgindo cada vez mais, e justamente a paixão pela magia me empurrou na direção deles, me fazendo conhecer novos prazeres e encantos. Falando nisso, o mundo representado em HP era e sempre será muito mais que um simples filme, ou uma mera interpretação de algo literário, pois ele tinha de fato magia ali.

A música por exemplo, trazia algo que eu nunca vou esquecer, e hoje em dia se tornou raro de acontecer. Era uma emoção agradável seguida de um arrepio na espinha, que surgia sempre que a trilha sonora principal tocava, principalmente no final dos filmes. 

Era algo tão puro e incrível, que nos tempos modernos começou a se tornar cada vez mais difícil de ocorrer. Talvez pela idade que nos alcança, ou a falta de criatividade e entusiasmo dos estúdios ao criarem obras recentes, essa magia veio se perdendo. Inclusive, já não a sinto mais mesmo reassistindo aos filmes que tanto amei na infância.

Surgiu um tipo de propagação de genérico que afetou muito o fantástico, e tudo parece vazio, sem inspiração e feito às coxas, para angariar lucros. Mas no passado, percebia-se o amor nos filmes, tanto de seus desenvolvedores, quanto de seus participantes. 


A Fantasia



Pedra Filosofal foi a estreia da magia para muitos, e ele fez um excelente papel na construção dessa mesma magia. 

O filme não vem escancarando efeitos especiais (que na época estavam engatinhando ainda), e se utiliza muito mais de efeitos práticos e elementos presentes em cena e reais. O famoso castelo de Hogwarts é composto por várias locações pela Inglaterra e Escócia e... me dói sequer cogitar falar a respeito.

É que, enquanto por um lado soa muito informativo apenas mencionar que o grande castelo mágico realmente existe, mas em fragmentos utilizados como estúdios... por outro lado é doloroso cutucar memórias com bastidores... isso interrompe a magia. Há pessoas que veem vantagem em fazer rotas turísticas por tais lugares e cataloga-los, mas eu sou do contra, e vejo nisso um baita erro.


Sim, me nego a falar a respeito disso com mais detalhamento, mas o que importa é dizer que fizeram uso de locais verdadeiros, e não só telas verdes enfeitadas digitalmente. E essa tangibilidade reforçou o encanto promovido em tela, alimentando mais e mais o desejo de um dia pisar ali, de verdade. Tanto que um dos maiores prazeres que já tive, foi o de voar pelo castelo que cresci vendo nos filmes, através de "Hogwarts Legacy" (mesmo que eu tenha odiado o jogo no geral, esse é um ponto que eu apenas idolatrei nele). 


Parecia algo real, parecia algo vivo, então é natural que crianças sonhassem profundamente em um dia receberem a cartinha de convocação pra escola de magia e bruxaria de Hogwarts.

E olha que ela nem é a única escola, havendo várias outras pelo mundo todo no universo do bruxinho, mas qual criança ia ligar pra esses detalhes? O filme consegue ser tão imersivo e encantador, que tais sentimentos apenas brotam e germinam rapidamente no imaginário infantil, e se transformam em verdadeiras árvores de sonhos na mente adulta.



O Livro


Note que em momento algum comparo a adaptação do longa com os manuscritos de J.K. Rowling, afinal uma coisa independente completamente da outra. Sim, os textos foram a grande base para o roteiro do filme, e muitos aspectos são similares ou idênticos ao que se encontra nas páginas. Mas, a direção de Chris Columbus com o roteiro de Steve Kloves, somado ao apoio criativo da própria J.K. Rowling, foi o que contribuiu para o grande resultado positivo do longa.

É uma história própria, não nova, mas original em contradição, pois ela dá um rosto para o imaginário. Por isso, eu sempre notei comparações entre livro e filme, e críticas quanto adaptações errôneas ou faltas, e me vi celebrando tais escolhas.


Pois, o que funciona no imaginário pode não ser tão belo no cinematográfico, e vice-versa. Isso ainda deu ainda mais importância pra adaptação, que ganhou ambiguidade e marcou gerações por si só, e não como uma versão de algo "melhor".

Algo que já não se vê hoje em dia. Obras que costumam adaptar algo, sempre tentam imitar o que adaptam e não se permitem a independência, e isso vale pra tanta coisa...

Filme e Livro são excelentes, cada um com suas individualidades. Por isso eu sempre vejo Harry Potter como um material independente, e de riqueza enorme, que supera sim os livros, mas não por ser melhor, e sim por suas qualidades únicas. Ele é apenas algo que se basta, e manteve essa qualidade conforme a saga avançava, sem jamais se esgueirar no que os livros mostram, assim como os livros fazem com relação aos filmes. Dois universos similares mas separados.

O melhor é notar que essa característica também se repetiu no videogames, mas falarei disso em outro momento.


Os Personagens


Os atores que hoje são celebridades conhecidíssimas (principalmente o grande trio), eram estreantes naquele tempo. Os mirins tinham sido selecionados por lembrarem os personagens, e não por suas habilidades interpretativas, e os mais velhos por comprometimento com os personagens, e não necessariamente por seus currículos.

Inclusive, por exigência da criadora, todo o elenco deveria ser obrigatoriamente britânico, e tendo em vista o mal hábito de Hollywood em favorecer a galera americana na atuação (ainda mais naquela época), era difícil achar atores famosos pros papeis.

E isso resultou numa qualidade um pouco reduzida com relação às atuações, tanto que mesmo assistindo com dublagem eu desde pequeno notei o "amadorismo" de muitos personagens, incluindo mas não limitando-se ao próprio trio composto por Harry, Rony e Hermione.


Eles eram pequenos, e ainda tinham muito pra evoluir, mas a direção fez milagre com eles, dando espaço pra que crescessem e se aprimorassem mais e mais.

O melhor disso é que, apesar dos destaques por questões de puro roteiro, o filme é tão amplo que cada pequeno personagem parece ter sido pensado como protagonista em algum momento.

São muitos personagens, e até os menores e menos frequentes tem tremenda relevância, ao ponto de soarem muito mais importantes do que acabam sendo, ao longo da franquia.

Mas o legal é que o filme fala deles com carinho, da espaço pra todos, e torna eles importantes ali. 


O Formato


Um filme de crianças bancando detetives, enquanto frequentam uma escola cheia de magia, é isso que é Harry Potter.

Parece meio desinteressante pelo conceito, mas na prática é incrível ver os jovens passando pelas mesmas condições que passariam em suas rotinas escolares, mas com algo mágico envolvido, e isso valoriza ainda mais a experiência estudantil no geral.

Como elas socializam, criam alianças e rivalidades, descobrem mais sobre o mundo e aprendem, simplesmente aprendem.

O filme agrada por abrir essa visão pela perspectiva do mundo infantil. Independente do tom que a trama tomaria com o passar do tempo, a fantástica jornada de Harry em seu primeiro filme é leve, e cheia de descobertas, que introduzem muito bem esse universo.


Os detalhes favorecem em muito essa abordagem, com muitos objetos cenográficos criados unicamente pro longa, e uma atenção notável a tudo que engloba as cenas, estejam relacionados ou não com a trama.

Tudo contribui um pouco pra grande história, e mesmo quando nada parece estar acontecendo, há algo pra se observar e encantar, dando muito significado a cada segundo de filme.

As trilhas individuais de cada momento e personagem ainda ajudam a passear pela história, nos movendo inconscientemente na direção que a trama pede, sem depender muito que entendamos o que está acontecendo.

Aparece um vilão? Tememos ele, não por haver todo uma construção de desastre e tragédia enaltecendo o quanto ele é mau, mas sim pelo aspecto aterrador dele, as reações dos personagens, a música sinistra que o precede.

Essa construção é feita com tanta atenção que até mesmo o momento mais imbecil do filme, torna-se épico. Ele consegue atribuir tons aos seus momentos, e tudo flui.


A Magia


Infelizmente se tem algo que poderia ser muito mais abordado é justamente o lado mágico desse universo bruxo. Há pouquíssimas criaturas mostradas, quase nada de magia, e tudo se limita ao mais básico possível.

Não vemos grandes combates de poderes, nem espetáculos de fogos de artifício, e tudo é muito comedido, e sempre me pareceu algo proposital do primeiro filme, não para poupar gastos, mas para preparar o público.

É que, a pouca magia que surge já é o bastante pra ser impressionante, mesmo sendo simples. O filme tem um teor realista, e quando vemos alguém sair voando, já é algo inesperado. Seja uma simples vassoura voadora, uma peça de xadrez que se move sozinha, ou um mero quadro que parece estar vivo, esses detalhes são feitos com simplicidade realismos, mas ainda destacam o potencial mágico.


Dessa simplicidade toda vem a fantasia menos fantástica e mais plausível, e se tem algo que alimenta os sonhos é essa possibilidade de lá no fundo, tudo ser mais mágico do que aparenta.

    
Ainda tem esse aspecto de antigo misturado a místico, em que os bruxos parecem parados no tempo em questão de evolução tecnológica, mas contornam isso com soluções mágicas. Ao invés de criarem fósforos, eles usam magia para criar um pouquinho de fogo e acender lareiras. Detalhezinhos assim fazem uma enorme diferença.

Mas, há as criaturas mágicas de encher os olhos como o enorme cão de três cabeças, dragões, o trasgo, o centauro, os duendes ou até os fantasmas.


Criaturas menos frequentes, mas que estão ali presentes sejam importantes ou não pro que está sendo contado. Tiveram uma cautela tremenda em inserir eles em cada cantinho, o que faz eles se tornarem parte real daquele ambiente.


O Enredo


E aqui estamos nós na parte da história. A Pedra Filosofal serve pra apresentar Harry, mas também tem sua própria historinha de mistério e magia.

Pensei em resumir o filme, mas acredito que uma forma legal de fazer isso seja falando de cada um dos personagens, e seus momentos mais importantes na história.

Então, bora lá!



Alvo Dumbledore


O primeiro personagem visto no filme é o grande Dumbledore, um bruxo barbudo interpretado por Richard Harris (falecido em 2002). Ele é o diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a escola da Inglaterra.

Ele pessoalmente leva Harry para seu lar adotivo ainda bebê, depois do incidente com os pais do garoto, e a partir de então cria um forte laço com ele, mas ainda se mantém bem afastado.

Aparecendo pouco, ele é um personagem importantíssimo, não apenas por ser o diretor da escola, mas por ter essa conexão com o passado do protagonista.


No filme há apenas 2 momentos de destaque com ele, tirando é claro a introdução, nos quais ele interage diretamente com Harry.

O primeiro é a conversa sobre o Espelho de Ojesed, que Harry encontra depois de bisbilhotar de noite pela escola, usando sua Capa Invisível.


Aliás, a Capa é o primeiro presente que Harry ganha na vida (desconsiderando-se o bolo de Hagrid é claro), mas nunca é explicado exatamente de onde ela veio e quem lhe entregou, pelo menos não nesse filme.

A Capa de Invisibilidade pertencia ao pai de Harry, e foi deixada como herança, nas mãos de outro bruxo. Este bruxo era ninguém mais ninguém menos que Dumbledore, que não perde a chance de entregar anonimamente a capa pro jovem, capa essa que seria uma ferramenta crucial pra muitas aventuras dele no futuro.


Voltando ao Espelho, ele era um artefato mágico que Harry encontra e passa a gastar dias encarando-o. Nele, apareciam seus pais, quem ele podia admirar pela primeira vez na vida. Isso pois Harry nunca tinha visto seus pais antes, sem fotos deles, sem memórias nem nada.

O problema é que o Espelho mostrava os maiores desejos das pessoas, e até mesmo permitia senti-los, mas Dumbledore nota nisso um grande obstáculo pro garoto. Ele decide então usar o espelho em seu sistema de proteção para o objeto mais forte deste filme, a Pedra Filosofal, privando o pequeno Harry de um grande prazer, mas também salvando-o de uma grande desilusão.


Outro momento importante é o fim, em que ele tem uma conversa com Harry no hospital da escola. A conversa ode não ser das mais informativas, mas é muito interessante ver o quanto ele se aproxima do garoto, e zela por ele, com genuína preocupação.


Ele também usa essa conversa pra esclarecer o desfecho que salvou Harry, e explicar a razão dele e sua cicatriz serem tão fortes contra o vilão. 

Enfim, Dumbledore é misterioso, mas ele sempre faz questão de deixar claro que se importa muito com Harry.

Um detalhe: Em cena adicional, Rony acaba falando sobre Dumbledore ser aquele que derrotou um antigo bruxo das trevas chamado Grindelwald (algo que ele lê em uma das suas figurinhas) o que ajuda a descobrir quem era Nicolau Flamel (pois ambos são citados). Eu nunca soube disso na infância, e quando vi o tal Grindelwald em animais fantásticos, eu simplesmente fiquei sem entender o personagem e a ênfase que davam a ele. Essa pequena cena talvez teria mudado minha percepção, mesmo sendo rápida, além de dar ainda mais significado pras figurinhas bruxo e suas histórias sobre os antigos bruxos.


Mas, antes da versão de cinema com cenas adicionais, e a versão Blu-ray editada, o que se tinham eram VHS ou DVDs Duplos (estes com as cenas extras), e na minha coleção, infelizmente, o DVD de Pedra Filosofal é o simples.


Minerva McGonagoll


Praticamente vice diretora de Hogwarts, ela é diretora de uma das 4 casas da escola, e também é vista no início do filme ao lado de Dumbledore.

Ela pode se transformar em um gato, e é perita na arte de Transfiguração, sendo a professora dessa matéria na escola, e é interpretada por Maggie Smith.


Além disso, ela também tem um grande carinho por Harry, mas evita demonstra-lo publicamente, quase nunca sendo vista próxima dele, ou interagindo com ele.


Minerva é mais cautelosa que Dumbledore nesse sentido, evitando demonstrar favorecimento com o garoto que sobreviveu, mas não conseguindo esconder isso muito bem.

Tanto que, ela quem faz questão de colocar Harry na equipe de Quadribol, indo contra a própria história da escola e furando a fila dos recrutamentos, apostando em uma qualificação nem testada do garoto (ela só o vê fazendo uma proeza rápida e já deduz que ele é um fenômeno).

Pra ajudar mais ainda nisso, ela presenteia Harry com uma Nimbus 2000, uma vassoura que na época era a mais rápida (e cara) do mundo. Fosse pra tentar garantir que ele se saísse bem em sua estreia no esporte, ou apenas por ama-lo muito, a bruxa acaba dando um passo grande de mais com tal presente, escancarando seu zelo pelo garoto.


Pra compensar ela tenta ser e parecer mais fria com ele em público, mas no fundo, ela é uma grande tia babona.


Hagrid


E o terceiro dos tutores não licenciados de Harry é o meio gigante Hagrid, quem leva o garoto em sua moto no começo do filme e chora por ter de deixa-lo.

Ele cuidou de Harry bebê por um tempo após os pais dele morrerem, e é praticamente um padrinho não oficial dele, mas que também tem de evitar contato constante.


Como Guardião das Chaves de Hogwarts, Hagrid é um tipo de porteiro do local, com um alojamento localizado nos arredores do castelo, onde também se dedica a cuidar de criaturas mágicas.

Apesar de não ser um professor, sua presença é requisitada como parte do corpo docente, e ele tem até sua cadeira ao lado dos muitos professores anônimos.

É que, apesar de se esforçarem pra caracterizar bem os professores que se sentam ao lado de Dumbledore, não há espaço no filme para mostrar cada um deles, nem as aulas que dariam. Além disso, vários rostos acabam sendo trocados nos anos seguintes (dentro e fora dos bastidores da história), então acaba sendo irrelevante quem são os demais.


Mas, Hagrid sempre se destaca, sendo o maior de todos. Aliás, o ator Robbie Coltrane (falecido em 2022) era bem alto, com 1,85m, mas não tanto ao ponto de soar um gigante. Por isso ele usava muito dublê de corpo em cenas abertas e com interação com os demais personagens, razão pela qual as cenas em que fala sempre tem close em seu rosto.

Hagrid também não podia usar magia, mas é o primeiro contato com magia (proposital) que Harry tem. Ele vai busca-lo pra escolta-lo pra escola depois da recusa de seus tios, presenteando o garoto com um bolo que ele mesmo fez (todo errado).

Nessa cena, ele usa seu Guarda-Chuva como catalizador mágico (ao invés de uma varinha), tanto para acender uma fogueira, quanto para amaldiçoar o primo de Harry temporariamente como um castigo.


Hagrid não explica a razão de não ser autorizado a usar magia, mas ele confia em Harry para que não conte.


Por fim, é bom citar o dragão que ele adota e faz chocar, Norberto, que no filme em si não tem grande importância, mas é um dos poucos momentos em que Hagrid mostra sua aptidão com feras mágicas. Não é fácil cuidar de um dragão, e posteriormente o filhote acaba sendo levado embora, servindo só de gancho para explicar como derrotar o "Fofo".



Harry Potter


Pois é, apesar de Daniel Radcliffe interpretar o protagonista, ele não é o primeiro a dar as caras no filme, incluindo a versão bebê (Saunders Triplets) de Harry Potter (seria bem estranho ele bebê ali... pesadelos com deep fake).


O garoto que sobreviveu é um jovem recluso, tratado feito criado pelos próprios tios, posto pra viver de baixo da escada em um armarinho, e sem qualquer regalia ou conforto. Ele é um zero à esquerda na própria família, feito de capacho e reduzido a nada.

Mas ao invés de se transformar num grande vilão vitimizado pela sociedade, a história é sobre como esse pobre infeliz cresce salvo por amigos. Ou pelo menos essa é a tendência... 

Só que em Pedra Filosofal, o foco é a descoberta de Harry e sua real natureza, como um Bruxo e não um Trouxa (termo usado sabiamente pra se referir a humanidade). E o legal é que sua história é contada paralelamente à principal.


Ele conhecendo o mundo mágico é nosso representante perfeito na saga, pois tudo que é surpreendente pra ele, também é pra nós. Ainda mais pelo fato dele ter vivido como mendigo a infância inteira, e só ter conhecido a vida de verdade após conhecer o mundo mágico.

Não se trata dele ser especial, poderoso ou escolhido, o que prende a atenção nele é o simples fato dele ser nossa passagem de ida pra Hogwarts.


Talvez por essa razão os momentos brilhantes dele se tornaram tão marcantes, como quando descobre sua magia, quando é escolhido pra uma casa, quando aprende a voar, ou quando queima o vilão vivo com um simples toque.


Sentir pena de Harry ajuda a ter simpatia por ele, e torcer pelo seu sucesso e ascensão como um grande bruxo. Mas ele não é perfeito, por isso precisa dos amigos que preenchem as lacunas de suas falhas.

Curiosamente, o filme é um grande aniversário para Harry, mostrando o quanto seus 11 anos foram um verdadeiro presente pra ele, não só o tirando da vida sofrida que havia tendo, mas também o entregando as melhores e maiores experiências que teria a vida inteira.

A ironia está no fato do longa se iniciar com o aniversário do primo de Harry, mas ser sobre a idade na qual o garoto ingressaria na vida de estudante de magia, e tudo mudaria pra ele.


A Cobra Falante


Aliás, antes que me esqueça é importante citar o caso da Cobra. É que, Harry conversa com uma cobra ao visitar o zoológico com seu primo, o que causa um pequeno incidente e leva a ira de seu tio. Essa cena é importante pra mostrar que Harry, assim como qualquer bruxo, pode gerar magia involuntariamente e sem controle, o que reforça a necessidade dele ir pra uma escola.

Mas, o ponto importante mesmo é a comunicação dele com a serpente, muito pelo que ele diz do que pelo que ocorre em si. Eu na infância me maravilhava por ver que a cobra era do Brasil, sendo que isso nunca foi verdade.


Alteraram a nacionalidade da cobra na dublagem, mas nas legendas e no áudio original mantiveram ela como sendo da Birmânia.


Lilian e Tiago Potter


Os pais de Harry aparecem no filme, interpretados por Lilian (Geraldine Somerville) Tiago (Adrian Rawlins), só que eles não falam, nem tem contato real com Harry.

Lilian aparece rapidamente em um flashback enquanto Hagrid conta para Harry como seus pais morreram, também explicando quem é o vilão da história.


E Tiago aparece apenas quando Harry olha para o Espelho de Ojesed. Ele surge ao lado de sua esposa, ambos atrás do garoto.


Também podem ser vistos no final do filme, quando Hagrid presenteia Harry com uma foto que se move de seus pais e ele, sendo este sendo o maior presente de todos pro garoto.

Os pais de Harry morreram quando ele ainda era um bebê, em seu primeiro ano de vida, assassinados por um bruxo das trevas famoso. Harry sobreviveu, e ganhou uma cicatriz de Raio na testa, posteriormente se tornando famoso no mundo bruxo, mas tendo de viver quase como indigente com seus únicos parentes sanguíneos, os Dursley.


Curiosidade: Nos livros (em inglês), e também nas legendas do filme, como na Taça de Quadribol que o pai de Harry ganhou quando jogava no time da escola, o nome dele é escrito como "James Potter" e não como Tiago. 

Normalmente não se traduz nomes, mas quando traduziram os livros de Harry Potter optaram por traduzir e adaptar alguns nomes, dentre eles o do pai do garoto. Na bíblia cristã, "Tiago" é a tradução de "James" como um dos apóstolos, aí optaram por usar essa versão, mesmo que ela não lembre em nada o nome original.

Tinham vários outros nomes possíveis, de Jacob até Iago, mas no fim ficou isso mesmo. O curioso é que traduziram isso nos livros, e há vários outros nomes que sofreram essas mudanças drásticas, mas os filmes não seguiram todas elas não. A dublagem acabou por ignorar certas traduções posteriormente... mas deixo isso pra outros textos.



Família Dursley


Petunia (Fiona Shaw), Duda (Harry Meeling), Tio Valter (Richard Griffiths), são a única família que Harry conheceu. Eles foram praticamente forçados a cuidarem de Harry, mas jamais contaram a verdade pra ele.

O garoto cresceu sem ter a menor ideia de que era um bruxo, e seus tios fizeram questão dele se manter na ignorância, negando educação básica pra ele (da pra ver que ele nem estuda fora), e privando ele de qualquer carinho ou convívio social.


Ainda por cima ele é obrigado a assistir seu primo ser mimado, recebendo tudo do bom e do melhor, enquanto ele fica com sobras que cata do lixo (como os brinquedos jogados fora do Duda), ou roupas velhas dele, como seu antigo uniforme de escola. Em cena estendida, é até mostrado que Harry seria matriculado numa escola do governo só por obrigatoriedade mesmo, enquanto Duda receberia todo suporte em uma boa escola particular.


Petunia, que deveria ter uma visão maternal para com o garoto, tem repudia por ele, já que sabe que ele é um bruxo. Ela era irmã de Lilian, mas não herdou o traço sanguíneo dos bruxos.

E pra variar, Valter faz questão de maltratar Harry sempre que pode, menosprezando ele, privando ele de qualquer respeito, e ainda humilhando-o e até agredindo sempre que pode. 


Apesar de serem cruéis com ele, ao menos lhe dão um teto pra viver, e Harry tem que agradecer por isso, trabalhando e servindo.

Eles tentam impedir que Harry vá para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts quando ele recebe sua convocação, alegando que não querem gastar com ele. Mas na verdade, eles fazem isso por maldade mesmo, afinal eles não teriam qualquer gasto com a partida do garoto.

Aliás, os Potter deixaram uma baita herança pro filho, herança esta que o sustenta na vida estudantil, quebrando um dos seus maiores e prováveis empecilhos. A sorte dele é que esse é um dinheiro "bruxo", então os Dursley nem sabiam de sua existência (caso contrário tomariam tudo).



Edwiges


Mais um presente que Harry ganha, Edwiges é uma coruja dada por Hagrid pouco antes de Harry chegar em Hogwarts.


Hagrid guia o garoto até o Banco Gringotes, pra sacar sua fortuna (e também cumprir uma missão secreta de Hogwarts), e depois o acompanha nas compras pelo Beco Diagonal.


Nesse processo, ele decide comprar Edwiges pra Harry, e mal sabia ele o quanto o garoto amaria sua corujinha. 


Corujas são as carteiras do mundo Bruxo, responsáveis por enviar correspondências independente do tamanho, mas também são ótimas mascotes.



Senhor Olivaras


Toda a passagem pelo Beco Diagonal é importante pra mostra como o capitalismo comanda no mundo bruxo. Se não fosse a herança dos Potter, Harry estaria completamente lascado, apesar dele ter o apoio de muita gente (muito do que ele tem é presente).

Olivaras (interpretado por John Hurt) é um vendedor famoso de varinhas, que tem uma lojinha ali no Beco Diagonal, e reconhece Harry imediatamente quando ele chega na loja.

Ele tinha várias varinhas guardadas, que os pais de Harry já haviam escolhido e comprado! Então tudo que ele faz é testar a melhor para Harry.


Isso criou uma cena famosa do filme, em que ele testa as diferentes varinhas até encontrar àquela que o escolhe. Varinhas costumam escolher seus usuários, e isso é muito mas muito importante pra trama.

A que escolhe Harry é a famosa "Pena de Fênix", a mesma que aquele-que-não-deve-ser-nomeado também possuía, pois a Fênix que produziu a pena que serve de núcleo pra varinha, só produziu mais uma pena, a qual também foi colocada na varinha de seu nêmeses.

Sempre me senti meio confuso com isso, pois por muito tempo achei que Fênix era uma criatura rara e que só haviam duas varinhas com sua pena (animais fantásticos costumam servir de matéria prima pras varinhas). Mas a coincidência das varinhas só se aplica a esse caso específico.

Olivaras é meio sensacionalista.


Rony Weasley


Ruper Grint faz Rony Weasley, o primeiro melhor amigo de Harry.

Pertencente a uma família de sangues puros, porém pobre, Rony é um garoto ruivo que acaba cruzando o caminho de Harry e o ajudando a passar pela famosa Plataforma 9 3/4. Um ponto chave do filme, em que Harry precisa atravessar uma coluna mágica entre as plataformas 9 e 10 da Estação de Trem de Londres, pra assim chegar ao Expresso Hogwarts.


Se não fosse pelos Weasley, Harry ficaria zanzando sozinho pela estação sem nunca chegar ao trem, e perderia o ano letivo, pois Hagrid acaba deixando ele sozinho sem explicar direito as coisas.

Rony não só salva Harry nessa parte, junto de sua família é claro, como também passa a guia-lo em toda a jornada pela escola, mesmo também sendo sua primeira vez ali. Por conhecer mais do mundo bruxo e ter vivido nessa sociedade, ele acaba tendo um preparo maior, mesmo sendo novato. Sempre ficando ao seu lado, o garoto sempre ensina, explica e acompanha seu amigo, não por interesse monetário nem por fama, mas apenas por curtir a amizade mesmo.


E olha que essa proximidade acabou fazendo com que Rony caísse nas maiores encrencas de sua vida, mesmo ele sendo todo acovardado.


Família Weasley


Os famosos Weasley são muitos, e nem todos aparecem aqui, mas todos que aparecem tem tremenda relevância. Começando por Moly, a mãe de todos, interpretada por Jule Walters, que leva seus filhos para o Expresso Hogwarts, no primeiro dia de Rony.

Alguns dos seus filhos mais velhos também frequentam a escola, mas ela vai pessoalmente leva-los, reforçando um pouco mais a solidão de Harry. 


Mas ela é bem gentil, quase adotando Harry ali mesmo! Ela já mostra carinho pelo garoto sem nem saber quem ele é (ela nem pergunta), mas parece ser bem observadora já notando a solidão dele.

Ao lado dela tem Gina, irmã mais nova de Rony, que ainda não estava pronta pra ir pra Hogwarts, mas é apresentada ali. A garota Ruiva interpretada por Bonnie Wright ganharia mais destaque em próximos filmes, e sua personagem já tinha um rosto estabelecido ali.


Então tem Percy, que apesar de não falar muito no primeiro encontro com Harry, é um personagem com certa importância em Hogwarts já que é o Monitor da Casa de Grifinória.

Então tem os gêmeos Fred (James Phelps) e George (Oliver Phelps), que são gêmeos de verdade e não apenas dublês de corpo e o mesmo ator intercalando nos papéis. Escolha sábia, e que casou com a importância dos personagens ao longo dos filmes.


Aqui, apesar de não participarem muito, eles já deixam clara a presença marcante que possuem, e se destacam muito, brincando com o fato de serem gêmeos. 

Ainda tem mais Weasley citados, como o Carlinhos, irmão mais velho de Rony que já saiu de Hogwarts e agora trabalha com dragões. Diferente dos demais ele não tem um ator estabelecido neste filme, sendo meramente citado quando há algum dragão em cena. 

Rony se orgulha muito dele.


Perebas


Se falei da coruja, nada mais justo que mencionar o ratinho de Rony, que aparece enchendo o bucho com feijões mágicos dentro do Expresso de Hogwarts, e é usado como cobaia nos feitiços de seu dono.

É um Rato domesticado, que pertenceu ao irmão de Rony e agora está com ele, mas tirando o fato de ser uma cobaia mágica do garoto, ele acaba não tendo mais destaques neste filme.


Hermione Granger


A bruxa mais inteligente de Hogwarts, que em seu primeiro ano já demonstra aptidão pra feitiços e grande habilidade em conjura-los. Hermione, interpretada por Emma Watson, é irritante, convencida, e esnoba seus colegas.

Ela de início não é bem uma amiga, procurando alguém pra se enturmar mas tendo grande dificuldade por conta de seu ego e forma de agir. Ela tenta ser amiga de Neville, depois força uma amizade com Harry e Rony, mas no fim ela não se enquadra nem com meninos, nem com meninas, sempre sendo vista isolada e solitária.


Mas ela mantém a compostura e se esforça nos estudos. É curioso que o filme mostra ela sorrindo sempre que pode, e atriz é brilhante em tornar a personagem tolerável, mas no fundo ela tem um baita viés depressivo.

Na cena em que ela se tranca em um banheiro e chora a tarde inteira, quase morrendo pra um Trasgo das masmorras, é o ápice de sua depressão sendo mostrado. Mesmo sendo um filme destinado a um público infantil, ele não esconde a rejeição que a garota sofre.


Ela acaba virando parte do Trio de Ouro, ao conquistar a amizade de Harry e Rony, sem precisar fingir ser quem não é, sem disfarçar o quão esnobe é, e somando ao trio com sua inteligência. Ela é bem dependente emocionalmente deles, assim como eles confiam em sua sabedoria mesmo sendo jovem.

Aliás, importante mencionar que Rony quem salva Hermione do monstro, usando justamente "Wingardium Leviossa", magia que ela lhe ensina (apesar de quem ensinar pra ela ser tecnicamente o professor). Ele aprende todas as magias que usa com Hermione, e ambos sempre se ajudam sem notarem.




Neville Longbotton


Esse é um personagem que sempre está presente, mas ao mesmo tempo não importa até que percebamos que ele existe. Interpretado por Matthew Lewis, Neville seria um personagem menor, mas que tem tanta importância quanto o protagonista.

Com sue sapo, ele é atrapalhado e acaba chamando atenção por razões inversas às de Harry. Onde Harry se sai bem, ele se sai mal, e isso sempre faz todos rirem.

É péssimo em encantamentos, ruim com vassouras, não se da bem nem com seu sapo, e também não tem amigos (pior até mesmo que Hermione). O pobre Neville é sofrido, e o irônico é que a vida dele é similar a de Harry.


Ele também perdeu os pais para o mesmo vilão, mas nada disso é explicado ainda.

O que importa de Longbotton é que ele está ali, indo pra mesma casa de Harry, convivendo com ele indiretamente, e até influenciando sua aventura sem participar, tendo sua própria história em paralelo a ele.


Draco Malfoy


Harry não tem apenas o algoz de seus pais como inimigo, e o mundo da magia não é de todo felicidade. Ele também faz rivais, como o Draco Malfoy (Tom Felton), um jovem rico e mimado que iniciou o ano letivo juntamente dele.

Ele até tenta conquistar a confiança do garoto no primeiro encontro deles, mas Harry nota o quão ele é mesquinho pelo destrato que faz ao Rony (menosprezando suas vestes e o humilhando). Essa falta de humildade faz com que Harry o considere um colega ruim, e partindo daí nasce a rivalidade dos dois. Também nem precisaria de muito pra isso já que o primo de Harry e Draco em muito se parecem.


Draco acaba não gostando em nada de Harry também, mas ambos se evitam por boa parte do filme, exceto nas poucas vezes em que o Malfoy tenta se impor perante seus colegas, e justamente Harry o impede, como na hora em que Draco usa uma vassoura pra voar com o Lembrou do Neville, debochando dele, e Harry voa atrás pra impedi-lo.


Ao lado de Draco estão Crab (Jamie Waylett) e Goyle (Josh Herdman), personagens que também tem seus atores escolhidos mas não recebem destaque neste filme. 



Chapéu Seletor


Dublado originalmente por Leslie Phillips (Jorge Lucas na versão brasileira), o personagem é apenas um chapéu, que decide as casas dos estudantes calouros.

Em Hogwarts, há 4 casas chamadas Grifinória (Gryffindor, com a bandeira de um Leão), Sonserina (Slytherin, com a bandeira de uma Serpente), Lufa-Lufa (Hufflepuff, com a bandeira de um Texugo) e Corvinal (Ravenclaw, com a bandeira de um Corvo). 

Cada casa representa e foi criada por um dos fundadores da escola, e tem também características distintas, que costumam transparecer em seus estudantes. Alunos da Grifinória tendem a ser astutos e corajosos; Sonserina tendem ao lado mais perverso da bruxaria; Lufa-Lufa seriam mais calmos e honestos; e por fim, Corvinal seriam mais estudiosos e inteligentes.


Não é uma regra, mas cabe ao Chapéu Seletor tentar decidir pra onde cada estudante vai, para que consiga se enturmar melhor e se adaptar aos seus colegas em cada casa. Ele consegue assim ler os pensamentos mais íntimos daqueles que o vestem, e se comunica com eles pra decidir, mas também respeita muito a opinião dos estudantes.

Ele coloca Harry, Hermione e Rony na mesma casa, de Grifinória, e arremessa Malfoy em Sonserina sem nem encostar nele. Isso acaba definindo em muito o destino de cada criança pelos próximos anos, e não é possível trocar de casa.


Cada casa tem um salão comunal em uma parte diferente da escola, bloqueados por um código ou um método de entrada exclusivo dos estudantes. No jogo "Hogwarts Legacy" um dos maiores acertos é a capacidade de nos permitir ir pra uma dessas casas e vivenciar toda a experiência pela perspectiva de cada uma. Mas, o filme não mostra tão bem isso, destacando apenas a galera de Grifinória por serem os colegas de Harry.

As demais escolas poucos são faladas ou mostradas, com no máximo Sonserina ganhando espaço, por conta do Draco Malfoy.


Simas Finnigan


Existe um personagem pouco importante mas bem recorrente, como um alívio cômico. É um dos colegas de Harry, chamado Simas e interpretado por Devon Murray. Ele não tem nada de tão especial, apenas o fato de ter uma baita tendência explosiva.

Ele consegue incendiar tudo usando magias diferentes, e acaba fazendo tudo entrar em combustão, como se fosse obcecado por pirotecnia. Mas, ele não tem o menor domínio disso, e tende a se queimar o tempo inteiro.


Severo Snape, Professor de Poções


Até a segunda ordem, Snape é considerado pelos jovens protagonistas como grande antagonista, muito por sua postura, e pelas más línguas, do que por suas ações reais.

É um personagem sério, que sempre lança um olhar duvidoso e parece suspeitar de tudo e todos, mas principalmente e constantemente de Harry. Ainda por cima é diretor da Sonserina, e isso dá a impressão de que ele mais apoia os baderneiros de sua casa.


Mas na verdade, ele é um baita aliado que tenta proteger Harry além das aparências. O legal é que Alan Rickman, o ator que deu vida a esse personagem, era o único da produção ater certos benefícios narrativos, e tinha spoilers do futuro da saga antes mesmo de serem escritos, o que facilitou ainda mais sua composição de personagem.

Enfim, Snape é um professor de Poções, mas não há aulas ainda com ele. Harry até participa de uma mas o cara acaba sendo totalmente injusto com o jovem, acreditando que ele estava distraído ao invés de prestar atenção.


Na cena, Harry faz anotações da aula, enquanto Snape se apresenta... e o professor castiga ele humilhando diante os demais com perguntas que ele não saberia responder nunca (já que pra ele tudo é novidade ali). Mas, isso faz parte de sua estratégia para não parecer um amigo, e imparcial perto de Harry.


Essa mesma cena tem uma extensão onde Snape se aproxima de Harry e explica tudo o que ele perguntou. Essa essa ele mostra hostilidade, e no fim até tira 5 pontos da casa de Grifinória, mas ele também percebe o quanto estava errado em criticar o garoto, ao olhar de relance o que ele anotava. Tanto que depois disso, ele fala pra todos na sala anotarem o que ele explicou. Isso diz muito sobre quem Snape é.


Madame Hooch, Professora de Quadribol


Um dos poucos professores verdadeiramente indiferentes com Harry, a Hooch (Zoë Wanamaker) ensina voo com vassouras, e também é a juíza do jogo de Quadribol.

Esse é um esporte do mundo bruxo muito bem ilustrado no filme, e nem precisa de tantas explicações. No esporte há 3 tipos de bolas diferentes, uma que voa sozinha e é violenta chamada Balaço, tendo duas delas em jogo pra atrapalhar cada time; uma que não se move e precisa ser carregada chamada gole, sendo a usada pra pontuação; e uma pequena e rápida chamada Pomo de Ouro.


O jogo se passa em pleno ar, onde dois times de 7 jogadores cada precisam colocar as Goles em Aros pra marcarem pontos. Os Batedores repelem os Balaços, enquanto os demais jogadores tentam levar os Goles pros aros. Além disso, tem um goleiro em cada aro pra impedir os pontos.


E, tem 1 apanhador em cada time, Harry é escolhido como apanhador da Grifinória, e a função dele é apenas capturar o Pomo de Ouro, se possível. A captura dele zera o tempo de jogo, encerrando a partida e dando 150 pontos pra casa que capturou.

Porém, isso não necessariamente dá a vitória pro time (é bem mais fácil vencer assim), precisando que na somatória dos pontos feitos, os 150 pontos sirvam pra vencer.


Enfim, Harry mal pega numa vassoura e já se torna o melhor do time, inclusive fazendo a captura do Pomo de Ouro. 

A ironia é que quem ensina sobre o esporte nem é a professora, mas sim um aluno chamado Oliver Wood (Sean Biggerstaff), que é goleiro do time de Grifinória, e tem de ensinar pra Harry.



Flitwick, Professor do Wingardium Leviossa


Esse é um professor que aparece pouco, e ensina a arte da levitação. Não é uma magia tão usada, mas acaba sendo uma das armas que Harry usa pra vencer seu primeiro monstro.

Wingardium Leviossa é uma das poucas magias que vemos ser ensinada por um professor no primeiro filme. Além dela há magias como Reparo (pra consertar coisas), Alohomora (pra abrir portas), Petrificus Totalus (pra paralisar o Neville enxerido) e normalmente as magias são passadas de alunos pra alunos (Hermione que ensina tudo).


O ator que faz o professor Flitwick tem nanismo, e também é aquele que faz o Banqueiro de Gringotes (o principal deles ao menos), ficando irreconhecível por trás da maquiagem de um Duende.


Aliás, a primeira criatura mágica que Harry conhece no filme é um Duende, ao chegar em Gringotes.


Senhor Filth e sua Gata


O Senhor Filth (David Bradley) não é um personagem de muito destaque e aparece pouco, sendo o faxineiro e zelador da escola (trabalho esse bem complicado). Ele tem uma gata, e é bem rabugento não interagindo com os alunos de forma alguma.


É importante cita-lo pois ele também acaba sendo um "inimigo" em potencial, já que uma de suas funções é evitar que crianças passeiem pela escola de noite. E também impedir acesso aos locais proibidos. Ao invés de conjurarem alguma magia protetiva, deixam tudo nas mãos do Filth.



Nick Quase sem Cabeça


Esse também é um personagem de pouco destaque, mas que é bom falar a respeito, por ser um fantasma.

Há muitos fantasmas soltos em Hogwarts, e eles são conscientes. Contudo, o filme não os explica em parte alguma, e faz parecer que são meras alegorias da escola.


Mesmo com John Cleese tendo falas, são poucas e acabam não fazendo jus ao personagem. Contudo, o filme pelo menos enfeita bem os cenários com eles.


Fiquei bem chateado quando descobri que existe um professor fantasma em Hogwarts, que foi ignorado nos filmes. Ele surge no Hogwarts Legacy (também sendo ignorado de certa forma), e isso reduz a importância dessa criatura mágica nesse universo, pelo menos no primeiro filme.

Mas, não é justo condena-lo por isso, até porque o filme era mais pra introduzir esse universo e não para aprofunda-lo.


Quadro da Mulher Gorda


Elizabeth Spriggs faz a "Mulher Gorda", um quadro vivo de Hogwarts. Na verdade, a escola tem vários quadros vivos, alguns com pessoas inéditas, outros como réplicas de pessoas que viveram. O que importa é que todos se movem, ou moveriam ao menos.

No primeiro filme eles são em sua maioria robóticos, quase como se fossem só hologramas. A Mulher Gorda mesmo fala como se fosse um computador, e se move também assim, sem vida nem expressões. Gosto de pensar que foi brincadeira dela, que futuramente acabaria sendo mais expressiva.


Mas, fato é que nas escadarias que se movem, os muitos e muitos quadros pendurados não se movem por completo. Alguns são totalmente estáticos, e tira a magia de suas individualidades.


Claro que, isso talvez seja por conta deste ser o primeiro filme e o investimento nesse detalhe não ter sido alto. E, ainda pode servir como explicação o fato de ser o primeiro ano de Harry ali, e a percepção dos movimentos dos quadros ter sido reduzida por ele não notar a tempo.


Aliás, as Escadas que se Movem são tecnicamente um personagem do filme de grande importância, afinal é por conta delas que os alunos se perdem pela escola, se atrasam pras aulas, e quase morrem caindo pelo castelo. Um ponto que provavelmente deveria ser regulamentado pela Agência Ministral de Segurança Bruxa. 



Firenze, o Centauro


Esse é um personagem ridiculamente rápido que aparece sem ser chamado, e vai embora quando a gente começa a ter interesse sobre ele. Feito totalmente em computação gráfica, ele é muito estranho e sua presença só cria incógnitas.

Firezen (dublado originalmente por Ray Fearon) era um professor! Mas o filme não fala nada disso. Na verdade ele surge apenas como um salvador de Harry de uma entidade maligna, e some no meio da Floresta Negra.

Ele é um Centauro enorme, que Harry encontra acidentalmente ao investigar a morte dos unicórnios, como um castigo aplicado por Minerva em conjunto com Hagrid. Tudo tá errado nessa passagem, e a lógica é totalmente estapafúrdia. 


Harry, Hermione e Rony são dedurados por Draco, por estarem conversando com Hagrid em sua cabana, de noite. Então a professora Minerva castiga os 4 com um passeio noturno, pela Floresta Negra, guiados por Hagrid e seu cachorro.

O problema nisso tudo é que, Hagrid fazia parte do erro (ele não deveria permitir que as crianças saíssem de noite), e andar pela Floresta, de noite, também é algo que extrapola a segurança dos jovens.

Pra piorar, Hagrid ainda separa o grupo em dois, deixando Harry e Malfoy juntos pela floresta, bem numa investigação de algo que vem matando Unicórnios.


É um momento no filme que eu nunca entendo, e até mesmo a aparição do vilão, bebendo sangue de Unicórnio, me soa forçada.

Ai no fim entra Firezen, que nunca mais é lembrado nos filmes, nunca é explicado, e apenas se apresenta sem nada de esclarecimento. Caramba, é um Centauro gigante que ainda salva o Harry e os caras ignoram?! Eu nunca entendi isso.

E ao ver que ele era um professor de Adivinhação (por fora dos filmes achei essa informação), me faz questionar o fato de não terem usado mais o conceito dele.



Quirrel 
Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas


Ian Hart faz Quirrel, um professor gago que faz questão de conhecer Harry pessoalmente antes mesmo dele chegar na escola, no Caldeirão Furado, um bar famoso dos bruxos que dá passagem ao Beco Diagonal.

Quirrel não toca em Harry, e parece ser alguém bondoso, mas esconde um baita segredo na cabeça, por baixo de um turbante.

Ele é o derradeiro vilão da história, de quem ninguém suspeita, nem mesmo os protagonistas, e o legal é que o filme constrói ele de forma subliminar, colocando ele nos locais exatos para justificar suas ações maléficas, sem que percebamos à primeira vista.


Momentos como quando Harry está sendo azarado em sua vassoura e quase cai, a câmera foca em Snape ao invés de Quirrel, pois é dele que as crianças suspeitam, mas se o espectador notar bem, da pra perceber Quirrel fazendo a azaração.

É interessante que nas histórias do bruxa, a aula que Quirrel assume na escola acaba sendo tecnicamente amaldiçoada, sempre fazendo com que seu professor seja direta ou indiretamente o vilão da história.

Nem sempre fica óbvia essa posição, mas ao longo dos filmes se esforçam muito em destacar essa característica em comum.


Enfim, Quirrel é tecnicamente o primeiro contato com a morte que Harry tem, pois ele se desintegra ao seu toque, mas o filme tenta mascarar isso pra não prejudicar a inocência do garoto, dando a entender que ele não causou a morte do professor, e sim o professor acabou se matando.

Tudo também é bem rápido pra não chocar a criançada.

Aliás, Harry não chega a ter aulas com Quirrel, apesar de ser uma das matérias principais da escola. Pelo menos o filme não mostra, e o único momento em que da pra ver Quirrel lecionando, é quando Harry é levado por Minerva até o capitão e goleiro do time de Quadribol, para ser recrutado.


Tirando esse momento, Quirrel surge as vezes sem grandes suspeitas, tramando por trás do panos, como quando ele corre alegando que o Trasgo das Masmorras está solto, só para causar alvoroço, mas Dumbledore impede a confusão.

Apesar disso ele é visto por Harry sendo interrogado e confrontado pelo Severo Snape, deixando claro que um dos dois estava ligado à tentativa de roubar a Pedra Filosofal.


Voldemord
Aquele-que-não-deve-ser-nomeado


E aqui vem o grande vilão, Voldemord, ainda não em definitivo.

O cara que matou os pais de Harry ainda "vive", mas em uma forma moribunda que precisa buscar maneiras pra continuar existindo. Uma das formas que ele usa é como um consumidor de Unicórnios, contraditoriamente no território de Hogwarts.

Ele perambula pela floresta Negra caçando essa criatura mística e tomando seu sangue pra prolongar a vida, mas isso não chega a ser muito explicado.

Ele também deseja a Pedra Filosofal, um item mágico que pode ser usado pra prolongar a vida. O criador da pedra é citado e comentado, mas nunca aparece, sendo Nicolau Flamel um amigo de Dumbledore.


O Voldemord, ou Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, é interpretado por Richard Bremmer aqui, mas ele não tem muita presença. 

O único momento em que aparece e fala, é como um parasita na cabeça de Quirrel, se revelando apenas no final do filme. Não tem um rosto bem definido, e sua voz é distorcida, além disso ele nem está de fato materializado.


Tanto que quando Harry encosta em Quirrel, e a magia de sua mãe o pulveriza, Voldemord foge como uma grande fumaça, atravessando o garoto inclusive (mas sem machuca-lo). Ele precisava mesmo da Pedra Filosofal para tentar a sorte com um novo corpo, mas é tudo bem vago.


A Pedra Filosofal


Aliás, a Pedra que dá subtítulo ao filme é importante apenas por conta Daquele-que-não-deve-ser-nomeado. O Bruxo das trevas que todos temem, quer a tal pedra e por essa razão, Dumbledore decide retira-la dos cofres de Gringotes e levar para Hogwarts.


Seria muito mais sábio da parte dele andar com a Pedra no bolso, já que Voldemord nunca ousaria se aproximar dele... mas a história complica tudo, e ele próprio decide complicar tudo mais ainda.

Dumbledore monta um cofre improvisado em Hogwarts, com armadilhas planejadas por alguns de seus professores. Aliás, as armadilhas são aparentemente mortais, e até uma criança poderia encontra-las e desafia-las (sendo exatamente isso o que acontece).

No filme são o Fofo, cão de três cabeças colocado por Hagrid na entrada da câmara que levaria à Pedra. Ele dorme com música, e o vilão chega antes mesmo das crianças, com uma Harpa Mágica, o que também ajuda elas a passarem.


Depois o Visgo do Diabo, colocado provavelmente pela professora de Herbologia (não mostrada no filme). Algo bem fácil de vencer, bastando só ter um pouco de conhecimento.


Então tem as Chaves Voadoras, colocada pela Madame Hooch do Quadribol, uma ideia bem boba diga-se de passagem, já que ela também coloca a Vassoura pra pegar a chave ali (e alguém sábio conseguiria magias pra pegar a chave sem precisar voar).


Ai tem o Xadrez Bruxo, com peças gigantes, que também não é uma ideia muito inteligente (provavelmente foi Minerva que teve essa ideia mas, não fica claro no filme). 


E por fim, o Espelho de Ojesed, com a Pedra colocada dentro dele por magia. A pedra só seria entregue pra alguém que desejasse ela, mas sem querer usar ela. Então na lógica, era melhor só ter colocado o espelho na sala do Diretor e pronto... mas Dumbledore ama complicar.


A pedra nem é tudo aquilo no fim das contas, e depois da tentativa frustrada de roubo de Voldemord, ela é destruída pelo próprio Dumbledore (devia ter destruído antes!). Tudo que ela fazia era dar vida longa pra quem soubesse usa-la, mas só Nicolau Flamel, quem a fabricou, sabia usa-la. Moral da história: Baita desperdício de orçamento da verba de Hogwarts. 


Encerramento


A probabilidade dos livros trazerem respostas e muito mais lógica pra tudo que o filme mostra é enorme, contudo... o filme se basta sozinho e isso é um sucesso.

A qualidade dele é inquestionável, e uma leva enorme de fãs conheceu a saga através do cinema, e não das páginas. Cada um se engajou e buscou se aprofundar à sua maneira, e no meu caso, eu optei por consumir apenas os filmes e jogos.

Então, minha visão do que foi e é "Harry Potter e a Pedra filosofal" é isso, um filme mágico, com um furo aqui e outro ali, mas que prende minha atenção até hoje.

Só não me faz sentir o arrepio de antes... mas é muito bom de assistir.

Enfim, tarefa feita, agora bora pros jogos! 

See yah!

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10 Comentários

  1. Engraçado que se parar pra pensar o enredo é bem bobo mesmo kkkk o Dumbledore podia ter impedido tudo, era só destruir esse pedregulho no início do filme e tava show.
    Curiosidades sobre o livro (pode ter spoiler, cuidado aí pessoal)
    Nos livros aquele feitiço que o Hagrid joga no Duda é permanente e ele só consegue se livrar daquele rabo de porco ma base da cirurgia mesmo kkkk
    Outra coisa (spoiler mesmo) é a questão dos professores de defesa contra arte das trevas ficarem sendo sempre substituídos. Em um dado momento o Tom Riddle pede pra ser professor dessa disciplina e o Dumbledore nega, então a partir daí começa essa maldição onde nenhum consegue ficar muito tempo no cargo. Dumbledore revela isso no livro, acho que no filme não conta, por isso comentei.

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    1. Caramba então Hagrid devia ser punido drasticamente! O Ministério da Magia fechou os olhos pra ele, proibido de magia, amaldiçoando permanentemente uma criança Trouxa?! Cadê a justiça!

      Um ponto curioso é esse, eu nos filmes nunca saquei o peso das Maldições em relação às Magias, e o que diferia Encantamento, Magia, Feitiço e Maldição. Os jogos me fizeram olhar melhor pra isso e sacar que umas tem efeitos mais duradouros...

      No filme não contam isso sobre as matéria ser amaldiçoada, e acho que podiam ter explicado isso facilmente. Preciso ver a versão com cenas extras dos outros filmes pra ter certeza... mas essa é novidade pra mim!

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    2. Faz uns bons anos que assisti Harry Potter pela última vez... e tem mais anos ainda que não toco o título da série que saiu para o Playstation 1...

      Hoje já tenho uma visão mais analista das coisas e é interessante como a gente perde detalhes quando assiste antes e como a gente encontra coisas novas reassistindo hoje.

      O filme tem suas falhas de enredo e até de atuação... no primeiro a gente fica meio assim de aceitar porque não tem como refutar alguns casos... mas o segundo a gente até deixa passar já que ele dá aquele tom de inocência de quando a gente mesmo está descobrindo tudo... é um novo universo no qual não sabemos nada e estamos aprendendo junto ao protagonista tudo.

      Sempre tive interesse em ler os livros, pra poder pegar os detalhes que nunca soube... mas nunca quis gastar comprando... e sempre tive aquela preguicinha de buscar na net... mas um dia vou ler kk.

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    3. Penso da mesma forma sr...

      Mas eu sempre acabo parando pra assistir... meio que cresci junto do filme e minha família inteira tinha um tipo de ritual pra assistir. Minha mãe que o diga, ela me induziu pacas.

      Sobre jogos, originalmente o único que terminei do primeiro foi o de PC, mas atualmente estou jogando todas as versões pra fazer um compilado de reviews... defendo a ideia de "multipla interpretação", apesar de ter recebido um baita balde de água fria no primeiro de Ps1.

      Minha versão do jogo (Portuguesa) bugou bem na parte final e estou tendo de reiniciar a campanha em outra versão =/

      E, parte do plano é ler...

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    4. Esse é um dos motivos de eu acabar evitando jogar algumas versões de jogo traduzidas... as vezes a gente acaba encontrando uma bomba dessas... sinto muito mano.

      Eu tô a fim de reassistir os filmes e conforme você for analisando vou assistindo e comparando com suas reviews.

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    5. O pior nem é isso! A tradução é oficial... tipo...

      O Jogo de HP1 para Ps1 tem 4 versões de disco, cada uma com 3 localizações diferentes. Se não me engano, a Europeia tem 2 versões (uma com Espanhol, Italiano e Português de Portugal, e uma com Inglês Europeu, Espanhol e Francês), a Americana 1 (Inglês, Francês e Alemão) , e a Asiática com Japonês e Chinês... acho que é isso, mas tipo, cada versão tem até 3 idiomas, e vem dublada em cada um deles (acho que por isso dividiram em tantas mídias).

      O tenso é que justamente a ISO que obtive em PT de Portugal tava corrompida, e o save não vale pra versão em espanhol que possuo que não está corrompida. Ai o jeito é jogar tudo do zero.

      O bom é que o jogo é curtinho, o ruim é que é apenas 1 dos 5 que tenho que finalizar pra concluir o projeto... e eu tava tão perto!!!

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    6. Poxa, aí fica ainda mais complicado então :(

      Eu meio que não me dou bem com jogos em português de portugal... prefiro jogar em inglês, espanhol ou japonês...

      O idioma é muito zuado pra eu me dar bem... fico incomodado sabe?

      Prefiro manter em inglês que seria o original... espanhol que pelo menos eu entendo bem... ou japonês que mesmo sem entender nada pelo menos tem um impacto legal na forma de falar.

      Mas faz parte a gente topar com problemas com essas coisas... isso me lembra quando finalizei o primeiro disco do FFVIII... não conseguia rodar jeito nenhum o disco 2 que eu tinha... quando finalmente consegui um que funcionasse (umas 4 compras ao longo dos anos) nem tinha ps1 mais, até hoje não passei dessa parte por esse detalhe.

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    7. Eu também não sou fã, mesmo sendo o idioma mais naturalmente semelhante. Mas depois de Kutaro eu meio que fiquei animado com as dublagens europeias... to ansioso pra ver o Kratos de portugal rs.

      Poxa japonês!!! De fato no original sempre é melhor, Fatal Frame que o diga né.

      Eu não me lembro muito bem de ter sido impedido de concluir um jogo por bug ou problemas técnicos. Teve o caso do Prince of Persia Warrior Within, que eu tive que literalmente usar um bug exploit pra atravessar uma porta que sempre travava depois de um tempo (sendo isso um bug reconhecido da Ubisoft na mídia original), mas era só pra pegar 100% do jogo então não impedia totalmente.

      E fui impedido de concluir o Kingdom Hears 3, pela DLC, que na época eu não possuía. Daí tipo, joguei no Ps4, zerei, fiz artigo, e quando consegui a DLC foi no PC, e não tinha compatibilidade. Ter de rejogar tudo foi assustador, mas ao mesmo tempo compensou pois tive outra experiência.

      Agora, travar bem no final por problemas técnicos na mídia, isso é um pesadelo. Tu ainda passou por problemas com mídia dupla... eu lembro que tive medo de me acontecer isso com Final Fantasy 9... tenho trauma de não conseguir terminar jogos, pois depois esqueço tudo sobre eles e fica um vazio...

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    8. Eu não aguento escutar alguém referindo-se a jovens mulheres como raparigas... não posso ir pro português de portugal kkk

      Já tive problemas para prosseguir em jogos... um deles foi o Skyrim, porém existem várias páginas na net que lhe explicam como passar por certo lugar depois que o jogo buga e isso possibilitou que eu conseguisse avançar (mas não fazer 100% no ps3).

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    9. Tem alguma coisas estranhas mesmo na conversão do idioma rs, mas da pra acostumar uai.

      Quando alguém mais passou por um determinado bug da pra ter uma luz no fim do túnel, foi o que me salvou no PoP.

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Obrigado de mais por comentar, isso me estimula a continuar.

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