CríticaMorte: The Marvels - Marvel vs Capcom no Cinema!

Eu nem ia assistir pra ser sincero, mas a curiosidade ao ver o Fera no pós crédito me encorajou, e não me arrependo.

"The Marvels" é divertido, bem feito, e até amarra algumas pontas soltas deixadas em todas as séries e filmes que a Marvel e a Disney vem fazendo ultimamente, conectando histórias planetárias com as universais e as multi-universais, sem forçar a barra dessa vez.


Ainda por cima, o filme é bem feito e arruma alguns equívocos e desagrados que haviam em seus personagens principais, como a própria Capitã Marvel (que teve um baita ajuste de personalidade), o Nick Fury (que em seus tropeços na série solo, ganhou um novo significado agora), Mônica Rambeau, que finalmente acerta as contas com Carol depois de adquirir seus poderes na série da Wanda, e por fim, Khamala Khan, que leva sua influência pra arrumar todo o resto.

Este não é só um filme qualquer, ele é aquele que reúne tudo, tanto Guardiões da Galáxia até os X-Men (mesmo que não apareçam), combinando todas as séries e filmes desse novo arco. Se isso é o bastante pra justifica-los... bem... ai já são outros quinhentos.

Bora falar mais a respeito a seguir.

E tem spoilers, mas caso não queria, adianto que é um bom filme, e vale a pena ver. É engraçado, tem ação, tem bons efeitos, mas não é bobo. Ele tem algo pra contar (apesar da ameaça ser bem fraquinha). Como filme de super herói, ele é espetacular.

Boa leitura.


Qual a História

Uma Kree que odeia a Capitã Marvel por ela ter destruído seu planeta no passado (sem querer querendo) descobre uma força cósmica que a permite direcionar recursos para forçar uma terra formação nova de todo seu sistema solar. 


Essa força é um Bracelete, que pode controlar os Buracos de Minhoca, tão usados para transporte pelo universo. Aliás, eles seriam a tecnologia que deu origem a esse recurso (muito usado pelos Guardiões da Galaxia). Só que ela só tem um bracelete, pois o outro está nas mãos de Khamala, a Ms. Marvel.


Então, enquanto Mônica Rambeau e Capitã Marvel investigam a pedidos do Nick Fury o que vem causando instabilidades nos Portais de Transporte por todo o universo, elas acabam tendo seus poderes conectados a anomalia, que se mesclam ao Bracelete de Ms. Marvel, e faz com que as três troquem de lugar sempre que usam seus poderes ao mesmo tempo.


Isso não afeta a Kree pois ela não tem poderes de manipulação energética, então é uma condição temporária que conecta as três personagens, forçando que elas trabalhem em sincronia, para deter a vilã que só quer um lugar pra morar.


Thanos Tava Certo


Um problema dessas histórias é que, em um universo tão grande e cheio de vida, os caras lutam e guerreiam pra obter um pedaço de terra, como se não tivesse mais onde morar. Mas ai você ve uma personagem destruindo 3 planetas e 1 sistema solar só pra reconstruir seu próprio mundo, enquanto por exemplo, em outro filme, um grupo de ex-criminosos espaciais se unem em uma Cabeça Gigante pra criar um mundo pra si.


É meio inacreditável e absurdo pensar que o universo tá tão lotado assim, mas ai lembramos que o roxinho de luva encrustada de pedras mágicas avisou que ia dar ruim, e que a única solução pra salvar tudo era apagando metade de tudo.

Nessas horas pensamos que talvez, as ações dos Vingadores só prorrogaram um mal que já estava em ação, e tudo que vemos agora é consequência disso. 


Seria isso claro, se tudo se passasse apenas em 1 universo, mas a macro história vai pra outros universos mesclando-se por muitos fatores diferentes. É Wanda abrindo portais pra salvar seus filhos e amado, é Doutor Estranho abrindo portais pra ajudar o miranha, é Loki abrindo portais pra corrigir o fluxo do tempo, ou bagunçar ainda mais, é Homem-Formiga abrindo portais pra salvar gente pequena, e agora é Capitã Marvel abrindo mais um portal, pra salvar o universo de uma colisão cósmica provocada por... mais portais.

Talvez o problema real nem sejam os recursos, mas os poderes, a ciência e a exploração espacial. Se Thanos tivesse usado a manopla pra pulverizar tudo isso, talvez o universo estivesse salvo (ou cada problema ficaria contido em seu próprio planetinha, fim).


Mas a história se seguiu, e todas essas influências colidem em um único desfecho: Vai tudo virar um amalgama.

Aliás, no fim também há um novo recrutamento para os Jovens Vingadores, partindo de Khamala (que banca o Nick Fury). A primeira que ela recruta é a Bishop, a nova "Gavião Arqueiro". Mas, nem faz muito sentido o recrutamento, já que na lógica ela trabalha com a Capitã Marvel agora.


Um fanservice ao meu ver... só pra dizer que não esqueceram dela.


Mais Crossovers de Realidade


O Fera aparece no final, junto com a mãe de Mônica Rambeau ainda viva, e como uma X-Men. Mas, não é no mesmo universo, pois Mônica fica presa em outra realidade no fim da história.


Um detalhe fortuito pois na lógica, os "Buracos de Minhoca" que permitiam a dobra pelo espaço eram apenas atalhos no universo, e não necessariamente portais pra outra realidade. 

Mas o filme do nada joga essa e a gente entende que, é pra juntar com a outra macro-história meio maluca que a Marvel quer contar.


Enquanto esperávamos personagens novos fazendo pontas, só temos repetição da mesma ideia falha de sempre, com participações rápidas pra comunicar algo que será explicado (ou desperdiçado) em outro filme ou série.


Também tem a aparição de Valkiria, só pra levar geral pra Nova Asgard na terra (quando digo geral, são mais Skrulls desabrigados, como se as coisas já não estivessem problemáticas por lá e pra eles). O universo ta pequeno de mais pra tanta gente.


Mas o Filme tem um Bom Ritmo


Me senti assistindo "Marvel vs Capcom" em live action! Pois ver as Marvetes trocando de lugar e intercalando na luta é muito a cara desse jogo. Lá a gente intercala entre três personagens de nossa escolha, trocando quando bem entendermos.

Chamar seus aliados e compartilhar a barrinha de vida enquanto desce o sarrafo, e ainda usar especiais combinados, qualé mano, é o jogo mas sem "Capcom" junto. 


O legal é que é muito gostoso de assistir, tanto as batalhas quanto a evolução delas, afinal as garotas não nascem sabendo como mudar de lugar, elas treinam, elas aprendem aos poucos, até finalmente renderem ótimas lutas e combos.

Mas, até isso acontecer é caótico, porém divertidíssimo. Elas mudando de lugar toda hora, levando objetos e pessoas consigo, e pulando de um lugar pro outro, é muito maluco, imprevisível, e engraçado.


Os Personagens Estão Melhores Agora


Carol Danvers mudou muito, cresceu muito, ela tá mais expressiva, interessante, e até divertida. Alguns momentos bizarros rolam, tipo o Musical que é só o idioma falado no "Planeta da Música", e a Capitã solta a voz, brevemente, mas mostra que tem pensamentos e emoções.


Muito pode ser por causa de Khamala, que é uma adolescente fanática pela Capitã e nem tenta esconder isso (seu nome de heroína que o diga), e tem seus poderes de energia estilo Lanterna Verde, criando objetos coincidentemente com a mesma energia de sua heroína favorita, mas é toda animada, empolgada, tagarela, e entusiasmada com a ideia de ser uma Vingadora.


Mônica Rambeau não teve uma série ou filme próprio, sendo apenas coadjuvante na série da Wanda, mas lá ela encontrou seu poder de manipulação de energia, e se tornou uma heroína. Contudo, ela ainda é cientista, ainda é rabugenta, ainda é muito técnica, e ainda tem seus perrengues emocionais com Carol, afinal esta a abandonou a tempos. Mas aqui todos formam uma família de vez, forçadas é claro, mas formam.


E tudo se junta bem, até o Nick ta mais interessante, ainda com seus problemas com o Gato de Tentáculos (que ainda insistem em usar) e agora tem até filhotinhos. Aliás, encontraram espaço no filme pra fazer um sub-enredo em que o Gato ganha uma família gigantesca, e é usado como veículo de transporte para o pessoal do Nick.


Cena essa bem insana, engraçada porém muito fora da casinha. A solução que encontram pra evacuar geral é mandar todo mundo pro estômago da gataria. Esquisito no mínimo.


Os Efeitos Estão Espetaculares


E bem, é um grande show, com luzes e uma mistureba de poderes, naves espaciais, e os muitos portais se abrindo, o que não da pra reclamar.


As coreografias estão ótimas, são fáceis de acompanhar mesmo na bagunça, mesmo nas substituições.

Só lamento mesmo pelo filme não ter tanto assim pra contar, é só uma reviravolta em cima dos misteriosos portais que existem por todo o universo. Deles brota uma ameaça cósmica gerada por interesses de uma personagem qualquer, que aliás, por poder de Roteiro, tem força suficiente pra peitar as Marvels de igual pra igual.


O Bracelete dela absorve a energia delas, mas o da Khamala não... é estranho isso. 

Também é estranho ela não aguentar o poder dos braceletes enquanto a Ms. Marvel não vê problema nenhum, e até mesmo se fortalece com isso.


Os problemas meio que seriam facilmente resolvidos se apenas cortassem o braço dela fora. Esquisito que a Carol não pensou nisso, já que ela foi a primeira a fazer isso contra Thanos.

Mas, desse pouco que contam, contam direito, e acaba sendo agradável mesmo sendo um simples complicado.


Enfim, Compensa Assistir

Independente dos altos e baixo, o filme é uma das boas poucas coisas que criaram no cinema. Não é uma obra prima memorável que reinventa a roda, mas também não é algo descartável. É agradável, e eu até ri alto em algumas cenas (e nem foi de deboche!).

Valeu a pena ver, e digo mais, eu veria e verei outras vezes facilmente.

Gostei... de um filme Marvel... em 2023... o que tá havendo?!

É isso.

See yah... vou tomar meus remédios.

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2 Comentários

  1. eu estava com receio de assistir....agora eu vou... creio que vou ter a mesma experiencia com the flash

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    1. Eu espero que goste. Vá de mente aberta, esperando diversão que não vai se arrepender!

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