SérieMorte: O Mandaloriano - 3° Temporada - Atualizado (Episódio 3)

A série do cara de capacete e seu eterno protegido bebê Yoda retorna, pra mais uma temporada que... começou mal.


Falarei o que achei, com spoilers.

Boa leitura.

Ou meu senso crítico está completamente desajustado, ou a série retornou um tanto quanto perdida.

O primeiro episódio não sabe exatamente o que quer contar, e apenas vai mostrando eventos que se conectam, forçadamente, numa pretensão de nos apresentar os elementos que formarão a trama desta nova temporada.


Mas ele tenta resgatar coisas das temporadas anteriores, sem saber administrar as informações que deseja revelar.

É basicamente uma jornada de volta aos locais do passado, que mudaram, mas sem nos dizer exatamente quanto tempo se passou, ou validar tais visitas com justificativas no mínimo lógicas e coerentes.


O Mandaloriano tem como seu maior objetivo, recuperar sua honra, perdida após remover seu capacete, e pra isso busca por recursos pra visitar seu antigo planeta, aparentemente envenenado.

Daí ele faz um caminho confuso. Primeiro ele visita a moça que faz as ferramentas, agora em um planeta (e não em naves ou esconderijos), realizando um ritual de iniciação em uma criança.


Essa parte é tudo de melhor que teve no episódio, que faz parecer ser um flashback do passado do Mandaloriano, mas na verdade é um evento em tempo real, até sua visita ocorrer.

Mas, ao mesmo tempo, essa já é uma parte desconexa da própria história. Os mandalorianos se unem pro ritual de batismo da criança nova, num laguinho, que do nada revela ser habitado por uma fera reptiliana enorme, contra a qual nenhum deles tem o mínimo de capacidade pra vencer.


O ritual além de ser desnecessariamente perigoso, ainda é infrutífero e vago, sem contar que não explica nem combina com a história já conhecida dos Mandalorianos do Olho.

Eles nunca tiram o capacete (na presença de outros), e antes viviam em esconderijos, revelando-se raramente (por isso acreditava-se que os mandalorianos estavam extintos). Mas agora, um deles que foi expurgado é capaz de encontrar toda a tropa, num evento de batismo, ao ar livre e ainda por cima em perigo.


É esquisito, pois mata o mistério que consolidou a reputação do protagonista, além de ir contra a ideia da dupla remanescente de mandalorianos resistindo no espaço (a ferreira e o grandão, que tentou pegar o sabre na lutinha), como dava. Não era isso que mostraram na temporada anterior?? 


Fiquei tão perdido, e confuso, que logo ai me desprendi do episódio... mas tudo piorou.

Essa visita é só pra ele descobrir que, pra poder voltar a ser considerado um Mandaloriano, ele deve ir lá pro planeta deles, e se banhar numas águas, pra se purificar. Mas o planeta tava envenenado né, por causa das guerras antigas, e ele teria de dar um jeito, se decidindo nessa viagem. 


Sem o menor contexto, uma cena do Grogo observando criaturas no meio de um salto espacial toma um bom tempo de tela (é bonito pelo menos), e em seguida nos vemos de volta em mais um evento gratuito, pra reapresentar personagens que não tem pra que aparecerem.


O Mandaloriano volta pro planeta onde o amigo robô dele morreu (um dos caçadores que tentou capturar o bebê e depois se aliou, se sacrificando pra ajuda-lo no fim), e após ver a estátua dele, decide que quer ele pro time.


Tipo, é completamente randômica a tomada de decisões. Ele vai até o planeta e se impressiona com a grande mudança que a comunidade fez, e o quanto ela cresceu. Tanto, que fica evidente que é o primeiro contato dele com os mesmos depois de tanto tempo. Mas, ele vê uma estátua de seu robô antigo e só ai, decide que ele deve voltar a vida. (Qualé, ele tinha ido lá por um motivo, e lá criou outro motivo... qual era o motivo inicial??? Ou ele só ta visitando planetas mesmo?).

A estátua era um robô sucateado, completamente destruído, que foi empalhado em um memorial, e ele decide que é o único em quem ele pode confiar, e vai trazer de volta, REPARANDO COM AS PROPRIAS MÃOS.


Ele vira técnico de robótica e consegue restaurar a máquina, mas em seguida ela volta ao modo de fábrica e tenta matar o bebê... tudo pra justificar mais uma busca prolongada por algo aleatório.

Só depois que isso da errado, que eles pensam em levar pra especialistas em robótica, e ainda por cima com esperanças de restaurar a máquina, QUE SE AUTO DESTRUIU, com direito a suas memórias. Sabe o que me deixa injuriado? ELE SE DESTRUIU JUSTAMENTE PRA NÃO TER SUAS INFORMAÇÕES ROUBADAS OU RECUPERADAS! 


PRA QUE SE DESTRUIR SE É POSSÍVEL TRAZER DE VOLTA?!

Me lembro que ele tinha sido o único a ver o rosto do Mandaloriano (até ele começar a tirar o capacete), e a destruição dele chegava a ser algo harmônico, pra preservar o mistério. Mas, simplesmente querem trazer de volta e pronto.


Te juro que não esperava que isso funcionaria, torci pra série não se tornar tão estúpida assim, mas sim, é possível recuperar a máquina, só basta buscar pelos recursos. 

Nesse planeta também rola o surgimento de um novo grupo de vilões genérico pra p%#$!, pra servir de antagonistas pro herói, afinal... NÃO PARECEM TER IDEIA DE PRA ONDE QUEREM IR COM ISSO!


Óbvio que os vilões retornam, próximo ao fim do episódio, com o chefe deles que, não chega a ser derrotado e com absoluta certeza voltará pra perturbar o Mandaloriano mais vezes, tanto que ele tem design próprio nunca antes visto, se destacando com louvor pra garantir estabilidade, visualmente ao menos, pois sua introdução é fraquíssima e desinteressante que só.


Também nesse planeta, há referência a moça lá que tinha virado xerife e capturou o antigo dono do Sabre Negro, e tipo... fica por isso mesmo. É dada uma justificativa chula pra explicar a razão dela não estar na série, e pronto.

Fica apenas jogada a ideia de que o robô está em manutenção, e o Mandaloriano parte pra... mais um planeta do passado.


Agora ele vai pro planeta atual dos Mandalorianos, os outros, aqueles que podem tirar o capacete, onde encontra a atual rainha deles, quem deveria estar com o Sabre Negro, mas por não ter vencido a lutinha contra o protagonista, perdeu sua autoridade.

E é só pra isso mesmo que tem essa visita. Pra dizer que o sabre ainda tá com o Mandaloriano (mas ele nem mostra), e pra falar que geral parou de seguir a moça... até os aliados mais próximos, tudo por ela não ter o sabre (que ela nunca teve!).


E o episódio acaba, de forma aberta pra que o próximo continue a nos enrolar.

Sem qualquer foco, e com um enredo bobo e infantil, a série retorna fraquíssima e sem graça.


Aquela mágica interação entre o misterioso cowboy espacial, e o ingênuo bebê caçado, ficou completamente de lado.

Os momentos que eles interagem, além de serem também fora de contexto, são desinteressantes. E inclusive, fiquei decepcionado com o fato de banalizarem a dupla, fazendo-os parecer sem destino, sem objetivo, e perdidos.


Caramba, tanto pra se abordar, e num primeiro episódio tudo que conseguem é rever o passado e justificar as mudanças? Bem triste.

Ao menos os efeitos especiais estão bons. E as cena de ação também.

Mesmo que não sejam bem justificadas, ao menos são bem boladas.

A batalha espacial dos piratas por exemplo, é estúpida (eles vão vingar a morte dos colegas, matando mais colegas???), mas é mó daora o Mandaloriano se escondendo pra atirar.


Enfim, é isso que eu achei.

Aliás, achou as imagens muito pequenas? Pois é, é assim que da pra assistir no Disney Plus se você tiver um monitor Widescreen. Além do serviço em streaming não dar suporte e criar essas barras GIGANTES nas laterais, ele ainda bloqueia fotografias.

Eu até pensei em editar e deixar elas mais fáceis de enxergar, mas sinceramente, quis registrar essa falha do streaming. Na Netflix, HBO e Amazon Prime, nunca tive esse problema... e ao pesquisar, não achei soluções. Era assim que deveriam ficar:


Confesso que não pretendo assistir mais... mas caso eu veja, atualizarei este post.

Episódio 2
Então... eu felizmente errei.


O segundo episódio traz um pouco do velho gostinho que essa série despertou em sua estreia.

Da simplicidade, ao desbravamento, ela entregou algo relativamente novo, e agradável, além de melhor conduzido e justificado.


O Mandaloriano vem treinando seu discípulo, e filho adotivo, nos caminhos de Mandalore (figurativamente, e literalmente). Agora ficou bem claro isso (quero ver o baby yoda de capacete!)


A tal grande jornada na qual a série se inspiraria nessa temporada, já se deu por encerrada (o que me fez questionar a razão de focarem tanto isso no primeiro episódio).


Coisas que deram importância lá, se tornaram insignificantes agora.

Esqueça robô, esqueça purgo, esqueça viagens por planetas tóxicos, ou melhor, veja tudo aqui, para que não seja mais tão importante depois.


Esse episódio consegue ser bem simples, mas igualmente complexo e completo, respondendo (e resolvendo) todas as questões do primeiro episódio, ao menos as que pareciam importantes.

Mas, ele não se encerra apenas como complemento de algo em aberto, ele permite se permite inovar, com elementos novos na narrativa, criaturas novas (e muitas), além de bastante criatividade.


A assimilação do droide R5 por exemplo, foi espetacular, e hilária... como deve ser (detalhe, o droid de exploração de Fallen Order fica só de longe ouvindo, e ele seria um baita recurso pro mandaloriano, se fosse notado).


Forçaram a barra um pouco? Talvez... mas foi divertido assim mesmo. Um droide tão cheio de personalidade, e ainda sem ser uma mera inventividade pra venda de brinquedos (afinal, o personagem é da velha guarda, apenas reciclado), foi uma boa pegada.

Uma melhor abordagem e Bo-Katan (a mandaloriana princesa) e até mesmo o contraste dado ao Sabre Negro e seu uso desengonçado pelo Mandaloriano, mas preciso nas mãos da Mandaloriana... isso foi muito bom.


O episódio ainda nos posiciona na história, dizendo claramente onde estamos e o que está sendo feito, algo muito melhor do que o que o primeiro mostrou.

Por fim, Grogo voltou a tirar suspiros de ternura com seu jeito inocente mas, corajoso.


O pequetucho, mesmo sendo um baita fantoche de borracha, ainda consegue ser uma fofura.

Bem, não faço ideia do que nos aguarda. O episódio encerra revitalizando a fé da princesa através de um velho mito, e isso é uma reviravolta inesperada.


Por isso, eu realmente não sei o rumo que a história tomará, nem consigo antecipar... o que me anima muito pra voltar a assistir.


Engraçado como o episódio tem só 10 minutos a mais que o anterior (com 45 minutos, somando introdução e crédito), e ainda assim ele parece muito maior, e mais interessante. Espero que os próximos soem assim também.

E nessa empolgação, aguardo pela próxima semana!

Aliás, aprendi que da pra tirar fotos do streaming desativando Aceleração por Hardware no Chrome. Isso ajuda muito... em todas as plataformas. Mas o problema das bordas pretas da Disney persiste... essas barras horizontais cortam muito a imagem.

Episódio 3 - Corrupção e Redenção 

Esse episódio é muito longo, e não tem tanto pra contar. Mas o pouco que tem é bem contado e toma um tempo justo e ideal para construir algo...


O problema é se esse algo será tão impressionante quanto é prometido, e nos basta só aguardar mesmo.

Mais da metade do episódio se concentra num cientista de clonagem do Império passando por um programa da Nova República, de reabilitação.


Quem era do lado inimigo agora ta aprendendo a ser mocinho, mas aos poucos, na base do trabalho administrativo, até que, uma suposta ameaça começa a surgir, não por parte dele, mas por uma antiga conhecida dele.


Ela se mostra um traidora infiltrada, buscando obter confiança dentro do programa, pra fazer alguma coisa (provavelmente sabotagem por dentro), e pra isso sacrifica a mente de um amigo.


Mas, nada é dito só sugerido, e voltamos pro arco do Mandaloriano.


Agora, após fugir de alguns caças que o perseguem, e a Bo-Katan, ambos voltam pro planeta provisório dos Mandalorianos (que inclusive, agora é bem apresentado, sem deixar dúvidas que é um esconderijo deles, que só membros da organização encontram).


E, ele comprova que se banhou nas águas vivas de Mandalore, junto com Bo-Katan, ambos obtendo redenção.


E aí ta a surpresa, ela agora é uma Mandaloriana do Olho e nunca mais poderá remover o capacete, se assim ela desejar. De certa forma, o episódio foca bem mais ela, do que o Mando.


Como sua fé foi restaurada ao ver a criatura nas águas, provavelmente ela pensará duas vezes antes de abandonar essa oportunidade de recomeço. E assim, ela triplica os membros do elenco, com Jin-jarin, Grogo, e agora ela, num trio se aventurando pela galáxia.


O episódio é interessante apesar do foco lento no lado do cientista. A apresentação da cidade de Coruscant ramifica um pouco os ambientes da série. É bom lembrar que tem mais que só deserto e ruinas no universo, e há lugares modernos, cheios de prédios e tal.


Mas de resto, não há muito mais pra contar. É um episódio morno sem tanta ação (tirando a perseguição ode caças no início), e até mesmo sem tanto diálogo (pois há muitas cenas de contemplação em Coruscant).

 Bem, ainda tenho esperanças de que algo bom virá... pelo menos tudo parece estar voltando aos trilhos.

Até a próxima semana...

Até lá, see yah.

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2 Comentários

  1. que ódio, não tenho mais HBO, nem Disney, não posso mais assistir 😭😭😭 mas vou ver as atualizações, fiquei meio desapontado em saber que a série não ta mais no melhor, mas vamo que vamo, quem sabe é só a disney não sabendo usar ótimos personagens por se prender a roteiristas ruins com mente fechada (pra variar...) out talvez só não fosse pra ser um bom ep mesmo, tem problema não kkkk

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    1. Torcendo pro próximo ser melhor né. As vezes só o começo desapontou.

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