CríticaMorte: À Espreita do Mal (I See You)

Vi uma recomendação desse filme da Netflix e decidi assistir...

À Espreita do Mal

Então só pra que não me esqueça, eis meu singelo artigo a respeito.

Boa leitura, e não terá spoilers.

Este é assumidamente um filme de terror, que já nos primeiros minutos levanta um monte de dúvidas sobre qual exatamente será sua pegada.

E ao longo dele, essas dúvidas só aumentam pois ele não se assume em um único gênero, dentro do terror. Tem de tudo um pouco, e tudo funciona bem.

Ele trabalha na ideia de ser um filme de vários gêneros: 

Sobrenatural, pois fica nítido a quantidade de eventos bizarros e paranormais ocorrendo, de forma bem incômoda e assustadora.

Thriler, pois rola uma pura investigação criminal, que apesar de surgir em meio a esquisitice do gênero anterior, acaba soando até como uma segunda linha narrativa (até que ambas são combinadas).

Slasher, já que no meio da investigação, um caso de assassinatos e sequestros acaba se tornando cada vez mais real e presente na vida dos envolvidos.

Terror Psicológico, afinal o filme conduz nossa interpretação, e nos engana constantemente com respostas as vezes fantásticas, as vezes realistas.

Terror de Monstros, pois sim, em alguns momentos a ideia de que uma criatura além do mero sobrenatural existe, toma uma força colossal.

E até mesmo meu preferido: Found Footage!

Cada elemento tá ali, aparece pra fazer uma ponta de uns bons minutos, e no fim é usado como alicerce para o verdadeiro e assumido gênero, nos momentos finais que é: ...

Não da nem pra mencionar do que se trata a obra pois, qualquer coisa que eu disser vai acabar com a experiência no ato! Aliás, o único gênero que não notei presença foi Horror (gore e tal), mas não foi por falta de possibilidade, visto que há momentos sim de tensão visual extrema.

Mas, adianto que é sempre bem surpreendente, e acredito que você vai achar bem curioso como algumas coisas são mostradas e qual a real pegada da obra.

Vale citar que, é muito legal ver como o filme brinca com nossa expectativa, e faz a surpresa surgir onde menos se espera!

Como eu adoro o estilo found footage, irei já adiantar que não... ele não se enquadra em filmes desse gênero pois, os elementos que ele usa são pra um recurso narrativo muito específico, e não necessariamente pra contar a história geral.

Acontece que, no momento em que o filme pula pro estilo found footage, é pra mostrar uma outra perspectiva de personagens, e também é pra trabalhar com o mistério, nos dando possíveis soluções e até reviravoltas, justamente pra que tentemos antecipar o desfecho, e nos choquemos com o derradeiro final.

O que é mostrado, e como é mostrado, tá lá mais pra nos intrigar e surpreender, do que pra tomar os holofotes da obra geral. Além disso, found footages servem essencialmente pra enganar o espectador de que "São filmagens reais", e aqui, o caso passa longe disso.

As cenas nesse estilo servem pra mostrar uma segunda perspectiva dos eventos, e claro, pra criar possível material dentro da trama que pode ser usado pra alimentar ainda mais a reviravolta. É um bom uso do estilo, e achei até legal que tenham usado...

Normalmente fico descontente quando pegam o estilo found footage e usam de qualquer jeito, sem "respeitar" as vantagens de se trabalhar com ele. Normalmente é em filmes que começam com a ideia de enganar o espectador com realismo, e logo abandonam pra assumir um estilo mais cinematográfico mesmo. 

Aqui, é algo usado pra dar continuidade a todo o suspense em que já estamos imersos... e melhor ainda... está mais como um lembrete de que, este é um filme de terror, mas ainda sem nos dizer que tipo de terror.

O filme te guia por uma linha de raciocínio, com respostas o tempo inteiro, mas sempre de forma disfarçada, pra que não notemos o real significado de tudo o que acompanhamos. Isso é sem dúvidas genial.

Bem, só pra que eu não me esqueça mesmo, decidi criar esse textinho. 

Se vir, por favor me diga o que achou.

Aliás, eu achei o final perfeito. Ele não fica em aberto, mas ao mesmo tempo, não nos da todas as respostas na íntegra. Ele cumpre a missão de encerrar a história de forma satisfatória e combina todos os elementos de forma que, a resposta sobre qual o gênero desse terror fica convincente.

É possível ter dúvidas? Sei lá, achei ele simples de se compreender. Nada fica expositivo de mais, no máximo o jogo de edição e trilha nos conduz pra interpretação adequada, mas sem que hajam diálogos a respeito.

See yah.

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7 Comentários

  1. Heh, como você foi agraciado uma vez, decidi assistir outra recomendação e...




    Poura, muito show, o final foi perfeito.
    Aquela mascara do carinha encapetado é muito massa, to afim de uma daquelas kapakapakapa.

    No mais, foi um bom filme, a trilha sonora conduz muito bem a trama, além da edição e tals.



    Bom, você provavelmente já assistiu, mas se não assistiu (o que eu duvido muito rs).

    Eu recomendo o filme "A mulher da janela"
    Tem a mesma pegada que esse, só que não tem aquele suspense sobrenatural.






    Pse, mais uma vez, recomendas algo realmente bom.
    Eu to achando mei suspeito essa parada da Netflix ta lançando coisa boa...


    Mas não reclamo kapakapakapa.

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    1. Quando a esmola é demais o santo desconfia né sr Wilson.

      Em todo caso, é bom a Netflix ta acertando...

      Irei assistir a mulher da janela, só to esperando tomar coragem rs.

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    2. E também tem outro chamado "fuja"
      E tem outro chamado "I'm mother"
      E tem outro também "The Witch"


      Todos são muito bons hahah.




      Tome coragem homi...
      Exceto de tiver uma mulher te observando pela janela...



      Fala a real, quando vi o titulo logo pensei "A fofoqueira".
      Mas ai eu assisti e num era nada disso, enfim kkkk.

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    3. Não é de assistir que tenho medo, mas de escrever novamente sobre filmes. To meio sem vontade kkk. Mas já matei isso... assistir "Army of the Dead" que é simplesmente um lixo, e perdi o medo de assistir filmes kkk.

      Tecnicamente, meu receio está no hábito do meu cérebro em não me deixar descansar enquanto não escrevo sobre o que vejo pra que eu não esqueça, exceto nas vezes em que eu quero esquecer. Os últimos filmes eram bons então, não consegui não escrever, mas finalmente achei algo que quebrasse a corrente.

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    4. Eh... todos odiamos kkk. Filmes ruins são... horríveis! Mas existem, aos montes. Fazer o que, é a vida.

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    5. Para tudo na vida há o oposto.
      É isso que a jornada do herói conta, pois para um herói incrivelmente poderoso, há um vilão em tanto (e visse versa).

      Mas para tudo que realmente importa na vida, há a quebra dos padrões, nenhuma conquista vem sem isso, e sempre com isso.





      Por isso vos digo...






      Há uma falha na Matrix.

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